Reveladas imagens de sonda chinesa que será enviada para Marte

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China continua a investir no grandioso programa espacial e, recentemente, revelou imagens de uma sonda que tenciona enviar para Marte, até ao final da década, numa missão que enfrenta desafios “sem precedentes”, avançou esta quarta-feira a imprensa estatal.
Numa corrida contra o tempo, para recuperar o atraso face aos Estados Unidos, Pequim está a investir num ambicioso programa espacial e quer enviar uma sonda, “por volta de 2020”, para fazer a trajectória em torno da órbita de Marte e aterrar no planeta. Zhang Rongqiao, o responsável pelo projecto afirmou na terça-feira que o lançamento da nave deverá realizar-se em Julho ou Agosto desse ano, reforçando que “os desafios que enfrentamos não têm precedentes”, de acordo com a agência Xinhua.
O foguete propulsor Longa Marcha-5 será lançado desde o centro de lançamento de satélites de Wenchang, na ilha de Hainan, extremo sul do país, afirmou a Xinhua, que cita um consultor da missão. A sonda separar-se-á do foguete no final de uma viagem de cerca de sete meses, próximo da linha do Equador de Marte, onde esta irá explorar a superfície, acrescentou. Com 200 quilos, a sonda tem seis rodas e quatro painéis solares e vai funcionar ao longo de 92 dias. Tem como missão transportar equipamento como uma câmara e um radar para penetrar e estudar o solo o ambiente e a estrutura interna de Marte, visando procurar vestígios de água e gelo.
A China tem investido milhares de milhões de dólares no desenvolvimento de um programa espacial, que Pequim vê como símbolo do progresso do país e um marco na sua ascensão global. A primeira sonda lunar chinesa foi enviada em 2013, e apesar de ter sofrido problemas mecânicos, ultrapassou em muito a durabilidade prevista, tendo sido encerrada no início deste mês.
Grande parte do programa da China é, contudo, um replicar das actividades desenvolvidas pelos EUA e a antiga União Soviética, há várias décadas. Os EUA enviaram já duas sondas para Marte, e a Agência Espacial Europeia e a União Soviética também efectuaram missões semelhantes.

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