Jovens de Macau começam a jogar e a apostar antes dos 18 anos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]maioria dos menores gosta de Jogo e de apostas, o que preocupa o Centro de Aconselhamento sobre o Jogo e de Apoio à Família de Sheng Kung Hui. Num estudo feito a cerca de 1385 jovens, 74% dos inquiridos disse que começou a apostar e a jogar antes dos 18 anos. A dependência da internet, alertam os responsáveis do Centro, cria mais possibilidades de ser viciado em jogos de apostas, fora ou dentro dos casinos.
O relatório ontem divulgado pelo Centro mostra que os inquiridos, com idades entre os 13 e 25 anos, jogaram pela primeira vez antes dos 18 anos, sendo a idade média de iniciação aos 15 anos. No ano passado, 19,21% destes entrevistados admite ter jogado com dinheiro, sendo que 2,38% deles participam também em jogos online. A maioria admite ainda ter começado a jogar na internet antes dos 21 anos. Para o Centro, estas respostas mostram a possibilidade de haver jovens dependentes do jogo sem se aperceberem dessa realidade.
Cerca de 61,35% destes jovens ganhou interesse pelo jogo devido à internet, até porque 11% deles admite que começou a jogar por ser gratuito. Ainda assim, o dinheiro está sempre envolvido na “jogatana”, que abrange qualquer tipo de jogo – online, dentro ou fora dos casinos e até em casa. Os dados mostram que os jovens jogam não só porque se sentem “aborrecidos”, mas também pela vontade de ganharem mais dinheiro.
Wong Wai Chan, uma das principais investigadoras do Centro, indicou na conferência de imprensa de ontem que “os jovens sabem que os jogos podem causar um efeito negativo” e que a maiorias deles concorda que a técnica e a sorte não ajudam a vencer. “Os jovens gostam normalmente de jogar póquer e mahjong”, frisou, acrescentando que os familiares e amigos também participam.
Mais de 70% desses jovens afirma que vai continuar a jogar no próximo meio ano. Outro investigador, Chan Chio Weng, sublinhou que 21,24% dos entrevistados navegou na Internet mais de cinco horas por dia, sendo que 145 jovens são viciados em jogos online.
Ip Kam Po, presidente do Centro, sugere que haja mais preocupação com estes jovens, especialmente os que demonstram o vício de jogar na internet, uma vez que este é o primeiro passo para passar a apostar noutro tipo de jogos.

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