Empresa de Rita Santos não entregou ventiladores ao Brasil

[dropcap]U[/dropcap]ma empresa de Macau da qual Rita Santos é sócia maioritária tinha acordado entregar 15 mil ventiladores com o Ministério da Saúde do Brasil, algo que não chegou a acontecer, avançou ontem a TDM Rádio Macau. O contrato, assinado com a Santos-Produtos do Brasil (Macau) no início de Abril, era superior a 1,5 mil milhões de patacas e previa a entrega dos equipamentos no espaço de 30 dias. Rita Santos justificou o desfecho com a subida dos preços dos aparelhos.

“Na altura [das negociações há uns meses], os preços dos ventiladores não eram tão elevados. A minha parceira no Brasil [a Bio Ciência Produtos Científicos] conseguiu um colaborador que podia fornecer 15 mil ventiladores pelo preço [unitário] de 13 mil dólares norte-americanos. Hoje, o mesmo modelo custa três ou quatro vezes mais. Como houve atraso no processo, eu, da minha parte, falei com a minha parceira de que era impossível fornecer àquele preço. Mais: normalmente as aquisições têm de ser a pronto pagamento”, disse Rita Santos, citada pela TDM Rádio Macau.

A também conselheira das comunidades portuguesas garantiu que indicou à parceira que a representa no Brasil que perante a subida dos preços se devia avisar logo o Ministério da Saúde da impossibilidade em fazer a entrega, para permitir que este encontrasse alternativas para o fornecimento de ventiladores. Motivo pelo qual indica que ficou “com a consciência mais tranquila”.

Suspeitas brasileiras

No final do mês passado houve uma audiência pública em que senadores questionaram o ministro da saúde brasileiro, Nelson Teich, sobre as razões do cancelamento do contrato, que tinha sido feito com o seu antecessor. O ministro indicou que havia “alguma suspeita” sobre a condução do processo, e que a empresa de Macau alegadamente pediu o pagamento adiantado de dinheiro a ser depositado numa conta bancária na Europa – uma informação que precisava ainda de confirmar.

Neste ponto, Rita Santos explicou à TDM Rádio Macau que desconhecia o que aconteceu, já que passou uma procuração à parceira relativamente ao negócio e não acompanhou esses pormenores do processo.

13 Mai 2020

Covid-19 | BNU fundamental a ajudar Portugal na compra de ventiladores à China

O negócio da compra à China de 500 ventiladores pelo Governo de António Costa concretizou-se graças à ajuda do BNU, com o embaixador português em Pequim a fazer a prova do pagamento junto à empresa chinesa vendedora. A notícia, avançada pelo jornal Público, adianta que os ventiladores estiveram perto de ser desviados para o Canadá

 

[dropcap]P[/dropcap]ortugal encomendou 500 ventiladores à China, mas teve de fazer o pagamento a pronto de 10 milhões de dólares americanos entre domingo, 22 de Março, e as 9h, hora à Pequim, da segunda-feira da semana passada. A operação só foi possível graças a uma transacção feita em tempo recorde que assegurou a compra dos ventiladores, caso contrário a encomenda seguiria para o Canadá.
Coube ao Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau agilizar a transacção para que fosse feita a tempo e horas, conforme exigido pelo fornecedor chinês, escreve o diário português Público. As autoridades portuguesas tinham também de fazer prova de que o depósito tinha sido efectuado.

Uma fonte governamental descreveu ao jornal uma situação de “sufoco” vivida pelos governantes para que fosse assegurada a vinda do material para Portugal. “Este mercado está uma selva!”, disse.

“O contrato estava feito para os 500 ventiladores e tinha sido sinalizado pelo Executivo através de uma garantia. Mas, no domingo, o Executivo foi informado, pelo vendedor chinês, de que se não pagasse o total da encomenda, à cabeça e até segunda-feira de manhã, ela seria entregue ao Canadá. Ou seja, o Governo tinha até às 2h da madrugada de segunda-feira em Lisboa, quando são 9h na China, para transferir dez milhões de dólares americanos para a conta do vendedor”, escreve o jornal.

Millenium e Sonae eram opções

António Costa começou então a accionar todos os meios de que dispunha, mas todos os bancos e departamentos estatais fecham portas ao domingo. O Governo chegou a abrir o Instituto de Gestão e Crédito Público para ter acesso aos 10 milhões de dólares americanos na hora, mas depois foi necessário apoio de outras entidades para transferir o dinheiro para a China.

Foi aqui que entrou o BNU Macau, embora, numa primeira fase, se tenha ponderado contactar a sucursal em Macau do Millenium BCP ou a Sonae, que tem uma central de compras na China.

“A solução acabou por ser fazer o depósito através do BNU de Macau. Mas mesmo assim, em contra-relógio. As autoridades tiveram de esperar que o administrador deste banco acordasse para tratar da transferência. Em cima da hora limite, 2h da madrugada em Lisboa e 9h da manhã na China, o pagamento foi feito”, adianta o Público.

Coube depois ao embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte, a apresentação do comprovativo de transferência que iria assegurar o envio dos ventiladores para Portugal. “O comprovativo do depósito chegou ao Governo [português] às 2h30 da madrugada de Lisboa.

Foi imediatamente enviado ao embaixador português na China que tratou de o ir apresentar pessoalmente ao vendedor para assegurar que Portugal não perdia a encomenda de 500 ventiladores”, acrescenta o jornal.

30 Mar 2020

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que “não estão todos disponíveis”

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.

“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.

O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.

Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.

“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.

Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.

“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.

No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

17 Mar 2020

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que "não estão todos disponíveis"

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.
“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.
O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.
Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.
“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.
Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.
“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.
No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

17 Mar 2020

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que "não estão todos disponíveis"

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.
“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.
O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.
Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.
“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.
Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.
“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.
No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

17 Mar 2020