Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Tribunal nega detenção de líder da oposição Um tribunal de Seul negou ontem o mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público contra o líder do principal partido da oposição, Lee Jae-myung, acusado de corrupção. A decisão considerou ser “difícil ver a justificação e a necessidade” da detenção do líder do Partido Democrático (PD), uma vez que não há risco de fuga ou de destruição de provas. Pouco depois do anúncio, Lee agradeceu ao tribunal por ter “demonstrado claramente que é o último bastião dos direitos humanos”. O político de 58 anos levou a cabo uma greve de fome de 24 dias em protesto contra as políticas do Governo de Yoon Suk-yeol, que acusa de “liquidar” a ordem democrática ao endurecer leis contra os ‘media’ e ao não condenar a libertação no mar da água tratada da central nuclear de Fukushima, no Japão. Críticos dizem que a greve de fome de Lee serviu para desviar as atenções das acusações de corrupção. O político é acusado de ser responsável por a autarquia de Seongnam, uma cidade dormitório nos arredores da capital, Seul, ter perdido cerca de 20 mil milhões de won entre 2014 e 2015, depois cancelar abruptamente um plano de construção de habitações sociais e permitir que um promotor privado assumisse o empreendimento. Os procuradores disseram acreditar também que, entre 2019 e 2020, Lee pediu a uma empresa que transferisse cerca de oito milhões de dólares para as autoridades da Coreia do Norte – algo que sem autorização prévia é crime no Sul – para facilitar a visita do político ao Estado vizinho, com o qual o país ainda está tecnicamente em guerra. Na altura, Lee era governador de Gyeonggi, a província que rodeia Seul – a mais populosa do país, com mais de 13 milhões de habitantes -, e era candidato às eleições presidenciais de 2022, defendendo o diálogo e a aproximação entre as duas Coreias.
Hoje Macau China / ÁsiaOito mortos e seis desaparecidos em Seul devido às chuvas mais fortes em 80 anos Subiu para oito o número de mortos devido às inundações causadas pelas chuvas mais fortes que atingiram Seul em 80 anos, deixando ainda seis pessoas desaparecidas, disseram hoje autoridades locais. Partes da capital sul-coreana, bem como da cidade portuária de Inchon e da província de Gyeonggi, registaram fortes chuvas de mais de 100 milímetros (mm) durante várias horas consecutivas nas primeiras horas da manhã de hoje, informou a agência noticiosa Yonhap. A precipitação excedeu mesmo 140 milímetros (mm) numa hora no distrito de Dongjak de Seul, a chuva mais forte registada em 60 minutos desde 1942. Entre as vítimas mortais estão duas mulheres e uma adolescente, todas da mesma família, que se encontravam numa cave no distrito de Gwanak de Seul. Um funcionário público perdeu a vida ao tentar remover árvores caídas na via pública, possivelmente eletrocutado. As inundações deixaram cinco pessoas mortas e outras quatro desaparecidas em Seul, enquanto no resto da província de Gyeonggi, três pessoas perderam a vida em deslizamentos de terra e no desabamento de uma estação de autocarro e duas outras estão desaparecidas. As fortes chuvas provocaram inundações de casas, veículos, edifícios e estações subterrâneas, de acordo com a Yonhap. Quase 800 edifícios em Seul e nas cidades vizinhas ficaram danificadas e pelo menos 790 pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas, revelou o Ministério do Interior e Segurança da Coreia do Sul. As chuvas atingiram também o Norte, onde as autoridades emitiram alertas para o sul e oeste do país, avançou a televisão estatal KCTV. O jornal oficial Rodong Sinmun descreveu as chuvas fortes como potencialmente “desastrosas” e apelou a medidas para proteger terras agrícolas e impedir inundações causadas pelo rio Taedong, que passa pela capital, Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaJornal New York Times transfere parte da sede asiática de Hong Kong para Seul [dropcap]O[/dropcap] jornal norte-americano New York Times anunciou a decisão de transferir parte das operações de Hong Kong para Seul, após a aprovação da Lei de Segurança Nacional imposta ao território por Pequim. “A radical lei de segurança nacional em Hong Kong criou muita incerteza sobre as consequências que as novas regras terão na nossa actividade jornalística”, escreveu a direcção do jornal num e-mail ao pessoal, de acordo com informação divulgada no ‘site’ do New York Times (NYT). “Pensamos ser mais prudente fazer planos de contingência e começar a diversificar a nossa equipa editorial na região”, acrescentou. O New York Times tem a sede regional há décadas em Hong Kong, de onde tem vindo a cobrir notícias na Ásia e, mais recentemente, a ajudar a produzir o conteúdo digital de ‘streaming’ do jornal. O jornal lembrou ter escolhido a antiga colónia britânica como sede asiática, tal como muitos outros meios de comunicação social de língua inglesa, devido à proximidade com o continente e à “rica tradição de uma imprensa livre”. “Mas uma lei geral de segurança nacional aprovada pela China em junho, destinada a travar a oposição e as forças pró-democracia em Hong Kong, perturbou as organizações noticiosas e criou incerteza sobre as perspectivas da cidade como centro de jornalismo na Ásia”, salientou o jornal. O NYT indicou que “alguns funcionários” do jornal tiveram dificuldades na obtenção de autorizações de trabalho, “obstáculos que são comuns na China, mas que raramente foram um problema na antiga colónia”. O jornal concluiu que “com a cidade a enfrentar uma nova era sob o apertado domínio chinês, os editores do Times determinaram que precisavam de uma base adicional de operações na região”. O diário adiantou que vai transferir a equipa digital, cerca de um terço dos funcionários de Hong Kong, para Seul, no próximo ano. Este é o primeiro grande passo anunciado por um meio de comunicação social internacional desde que a Lei de Segurança Nacional foi aprovada por Pequim no mês passado. Promulgada em 30 de Junho pelo Presidente da China, Xi Jinping, a nova lei permite punir quatro tipos de crimes contra a segurança do Estado: atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras que ponham em risco a segurança nacional em Hong Kong. Os crimes contra a segurança nacional passam a ser passíveis de prisão perpétua na região administrativa especial chinesa. A comunidade internacional, com os Estados Unidos e a UE em destaque, além de diversas organizações não-governamentais (ONG), expressaram mais de uma vez o receio de que a lei sirva para silenciar vozes críticas em Hong Kong, após um ano de protestos que levaram a nove mil detenções no território.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Seul atenta a actividade em base de mísseis [dropcap]O[/dropcap] Exército da Coreia do Sul anunciou ontem que vigia atentamente a actividade nas instalações de lançamento de mísseis da Coreia do Norte porque suspeita da preparação de um lançamento balístico. “Em cooperação com os Estados Unidos estamos a vigiar e a seguir todos os movimentos [do Exército norte-coreano], incluindo os possíveis preparativos para o lançamento de mísseis”, disse ontem o porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, Kim Joon-rak, durante uma conferência de imprensa em Seul. “Não podemos comentar detalhes em concreto”, acrescentou Kim Joon-rak quando confrontado com as notícias da agência Yonhap sobre eventuais movimentações detectadas na estação de lançamento de Sohae, noroeste da Coreia do Norte, na semana passada. Imagens captadas por satélite mostraram que o regime da Coreia do Norte está supostamente a reconstruir algumas das estruturas da base o que leva Seul a considerar que está em preparação o lançamento de um satélite a bordo de um foguetão especial. O lançamento do alegado satélite é apontado como um ensaio encoberto de mísseis intercontinentais para pressionar os Estados Unidos, sobretudo no quadro das recentes negociações inconclusivas entre Washington e Pyongyang que decorreram na capital do Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Delegação de Seul reúne-se com Kim Jong-un [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma delegação sul-coreana reuniu-se ontem com o dirigente norte-coreano, Kim Jong-un, numa altura em que Seul quer organizar uma nova cimeira intercoreana para ultrapassar o impasse das negociações sobre desnuclearização. Chung Eui-yong, conselheiro para a segurança nacional do presidente sul-coreano Moon Jae-in, que se deslocou ao Norte com quatro outros emissários, tinha dito antes da reunião que pretendia discutir modos de “realizar a desnuclearização” da península coreana e estabelecer “uma paz duradoura”. A delegação “encontrou-se com o presidente Kim Jong-un, entregou-lhe uma carta pessoal (de Moon) e trocou pontos de vista”, declarou um porta-voz da presidência sul-coreana, adiantando que os sul-coreanos partiram ontem para Seul. Durante uma cimeira histórica a 12 de Junho em Singapura, o presidente norte-americano, Donald Trump, e Kim Jong-un chegaram a um vago compromisso sobre uma “desnuclearização completa da península coreana”, cujo modo e calendário foram adiados para negociações posteriores. O processo entre Washington e Pyongyang encontra-se actualmente num impasse e no mês passado Trump anulou à última hora uma viagem à Coreia do Norte do secretário de Estado, Mike Pompeo. O objectivo oficial da visita ao Norte da delegação sul-coreana é definir os pormenores da organização de uma nova cimeira entre Kim e Moon, que deverá realizar-se ainda este mês e que será a terceira desde o final de Abril. Especialistas no dossier coreano consideram que Chung é provavelmente portador de uma proposta para se sair do impasse na questão da desnuclearização.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul elogia pressão da China sob Pyongyang [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m responsável sul-coreano elogiou ontem, em Pequim, o papel da China em pressionar Pyongyang a discutir a desnuclearização, numa altura em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admite reunir-se com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O director da Agência Nacional de Segurança da Coreia do Sul, Chung Eui-yon, informou o conselheiro de Estado chinês, Yang Jiechi, responsável pela política externa de Pequim, sobre as recentes conversações entre as duas coreias, segundo a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. O enviado de Seul reuniu-se ontem com o Presidente chinês, Xi Jinping. “O nosso Presidente, Moon Jae-in, e o Governo [sul-coreano] acreditam que vários avanços em prol da paz e desnuclearização da península coreana foram atingidos com o apoio ativo e contribuição do Presidente [chinês], Xi Jinping, e do Governo chinês”, disse Chung a Yang. O conselheiro de Estado chinês insistiu em que todas as partes “recorram ao diálogo e consulta para resolver a questão” norte-coreana. “Enquanto todas as partes insistirem em resolver a questão pela via política e mantiverem esta direção, podemos sem dúvida gerir a situação na península coreana de forma a que se desenvolva no sentido que a comunidade internacional deseja”, acrescentou. Na semana passada, Chung afirmou que Trump informou estar disposto a reunir-se com Kim, em Maio, visando “alcançar a desnuclearização definitiva” na península coreana. Chung afirmou ainda que Kim prometeu, durante um encontro em Pyongyang, que “a Coreia do Norte vai abster-se de realizar mais testes nucleares ou de mísseis balísticos” e que o líder norte-coreano está “comprometido com a desnuclearização”. Suh Hoon, o responsável pela agência de espionagem da Coreia do Sul está em Tóquio, também para se reunir com líderes japoneses. O comércio externo da Coreia do Norte, 90% do qual é feito com a China, sofreu um forte impacto após Pequim implementar as sanções impostas pelas Nações Unidas contra Pyongyang. Segundo dados das alfândegas chinesas, o comércio da China com a Coreia do Norte recuou, em Janeiro passado, 52%, face ao mesmo mês de 2017.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Detectados ovos contaminados com pesticida [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades da Coreia do Sul anunciaram ontem que detectaram ovos contaminados com o pesticida ‘fipronil’ numa quinta e proibiram temporariamente a produção nas explorações agrícolas com mais de três mil aves. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais sul-coreano informou que alguns ovos testaram positivo à presença de ‘fipronil’ numa quinta em Namyangju, a leste de Seul. Desconhece-se que proporção do produto estava contaminado, sabendo-se apenas que a quinta, que conta com cerca de 80 mil galinhas poedeiras, produz cerca de 25 mil ovos por dia. O Ministério decretou a proibição de produção para quintas com mais de três mil aves, até que seja finalizada uma inspeção de fundo, informou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. A Coreia do Sul teve de restringir a venda de ovos produzidos no seu território, devido ao surto de gripe aviária detectado desde 2016, que obrigou à importação de países como a Austrália, Nova Zelândia, Dinamarca, Holanda, Tailândia e Espanha. Até agora não há informação de que o ‘fipronil’ tenha sido detectado em ovos importados. Após o anúncio de ontem, três dos principais retalhistas sul-coreanos ((Homeplus, E-Mart e Lotte Mart) anunciaram a suspensão da venda de ovos até que se conheçam os resultados da inspecção. O pesticida ‘fipronil’, de uso proibido em galinhas, gerou alarme na Europa, após ter sido divulgado que foi usado na Bélgica e na Holanda, e depois de terem sido detectados produtos contaminados em 17 países. Segundo especialistas, o ‘fipronil’ representa um risco de intoxicação “muito improvável” para humanos. Tendo em conta os níveis máximos detectados na Bélgica e Holanda, uma pessoa teria de consumir milhares de ovos contaminados ao longo da vida para sofrer efeitos adversos.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul e Washington simulam ataque a instalações nucleares norte-coreanas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s forças especiais de combate da Coreia do Sul e dos Estados Unidos realizaram um exercício conjunto em que testaram “ataques cirúrgicos” contra instalações nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, segundo informaram as Forças Armadas sul-coreanas. Durante a operação “Teak Knife” os aliados ensaiaram a entrada das suas forças especiais na Coreia do Norte por via aérea, em caso de um conflito na península coreana, informou à agência Yonhap o comandante das Forças Armadas sul-coreanas. A divisão 353 da força aérea norte-americana e o grupo de operações especiais do exército sul-coreano realizaram esta manobra a partir da base militar de Gunsan, a cerca de 270 quilómetros de Seul, numa data não revelada. Os dois aliados realizam este exercício regularmente desde os anos 1990, apesar de não ser habitual tornarem-no público. Nesta ocasião, optaram por anunciar o exercício devido à intensificação de testes nucleares e de mísseis de Pyongyang. A Coreia do Norte realizou cinco testes de mísseis de médio alcance nos últimos dois meses, a que se juntou o quinto teste nuclear em Setembro, o que indica que o regime de Kim Jong-un está a acelerar os seus esforços para obter um míssil nuclear. O Ministério da Defesa sul-coreano anunciou ontem também que iniciará no próximo dia 31 um exercício de duas semanas para melhorar a sua preparação contra provocações norte-coreanas. Nestas manobras participam corpos navais, aéreos e terrestres, contando também com alguns exercícios conjuntos com as tropas norte-americanas.