Trabalho | Sands China garante dar resposta a queixas de funcionários

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s deputados Ella Lei e Leong Sun Iok têm recebido queixas de funcionários da operadora de jogo Sands China relacionados com marcação de férias anuais, trabalho por turnos e o funcionamento do sistema GFL, ligado ao cálculo de velocidade dos cartões que são distribuídos nas mesas, escreveu o jornal Ou Mun. Este sistema permite ainda avaliar o trabalho desempenhado pelos croupiers.

Alguns trabalhadores queixam-se de terem sido repreendidos pelos seus chefes por não responderem às exigências da Sands em termos de velocidade de distribuição de cartões, algo que tem gerado stress no trabalho e dificuldades no controlo do tempo devido aos pedidos dos jogadores. Os funcionários também se queixam que a empresa raramente disponibiliza o período do fim-de-semana, entre sexta-feira e domingo, para tirarem férias, o que causa confusão na organização do trabalho por turnos.

Os deputados reuniram com Amy Lee, presidente do departamento de recursos humanos da Sands China, que garantiu que a concessionária tem dado ouvidos às queixas dos funcionários. Amy Lee explicou que o sistema GFL serve para a recolha de dados e que não são feitas quaisquer punições a trabalhadores neste âmbito. A responsável pelos recursos humanos referiu ainda que a empresa tem disponibilizado o fim-de-semana para a marcação de férias e prometeu uma melhoria no sistema de trabalho por turnos.

20 Jul 2018

Sands | Director executivo quer centros de inovação na zona marítima de Macau

O director executivo do grupo hoteleiro e operador de jogo Sands China quer Macau a investir em tecnologia. Para Wilfred Wong é necessário aproveitar a nova área marítima local para a construção de centros de inovação. Helena de Senna Fernandes aposta na eficácia do grupo Alibaba para ajudar na construção de uma cidade inteligente

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director executivo do grupo hoteleiro e operador de jogo Sands China, Wilfred Wong, defendeu ontem que Macau deve aproveitar os 85 quilómetros quadrados de zona marítima para criar centros de inovação e tecnologia.

“Podemos usar esse espaço para o desenvolvimento tecnológico e para a criação de centros de inovação”, afirmou Wilfred Wong, durante o debate “Como Macau se está a transformar”, na feira Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), a decorrer no território.

“Acredito numa região onde a indústria do jogo e da tecnologia podem e devem coexistir ao mesmo tempo”, argumentou o responsável da Sands. Para tal, é necessário “atrair os jovens a virem a Macau” e abrirem negócios, afirmou.

A 20 de Dezembro de 2015, Macau passou a ter jurisdição sobre 85 quilómetros quadrados de águas marítimas. Nessa data, o Conselho de Estado da China publicou um decreto de promulgação do Mapa da Divisão Administrativa Especial de Macau da República Popular da China, o qual integra a delimitação das áreas marítimas e terrestres da região.

Alibaba a passo rápido

No mesmo debate, a directora dos Serviços de Turismo de Macau lembrou que a cidade assinou um protocolo de cooperação com o gigante de comércio electrónico Alibaba para acelerar a construção de um centro de computação em nuvem e a criação de uma plataforma de megadados.

Para Maria Helena de Senna Fernandes, a evolução tecnológica de Macau pode ter “boas repercussões na área no turismo”, já que a “região em algumas alturas do ano [como na época do novo ano chinês] fica sobrelotada”, daí a importância do “desenvolvimento para se tornar uma cidade mais inteligente”. O futuro de Macau tem de passar por um turismo mais integrado, disse.

“Macau é a capital mundial do jogo” mas, desde que “entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia, acreditamos que no futuro a nossa indústria de comidas e bebidas vá crescer ainda mais”, destacou.

Também para o director-executivo da Sands China, “Macau está a caminhar na direcção certa, com ‘resorts’ integrados, indústria de comidas e bebidas e indústria do jogo”.

“Na cabeça das pessoas, Macau é apenas um centro de jogo, mas nós temos de focar-nos em divulgar esta ideia dos ‘resorts’ integrados ao mundo”, sublinhou. “Em 2012, só havia sete restaurantes com estrelas Michelin em Macau, em 2018 há 17”.

Já o presidente não executivo da Wynn Macau, Allan Zeman, afirmou que “Macau tem uma cultura histórica portuguesa e chinesa, algo que é único, e por isso (a cidade) deve investir em mais centros culturais e museus de renome mundial”.

Mudança total

Para Allan Zeman, a abertura da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, “vai mudar tudo”, em termos turísticos e económicos, referindo ainda que Macau vai mudar drasticamente devido ao projecto da construção da Grande Baía.

“As fronteiras entre as cidades vão deixar existir” devido “à inteligência artificial e ao reconhecimento facial”, que vão passar a existir nas fronteiras, o que na opinião de Allan Zeman vai “trazer vantagens enormes” em termos económicos e turísticos para Macau.

Por fim, Wilfred Wong demonstrou estar muito confiante nos benefícios que a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vai trazer a Macau.“A conectividade é tudo” no negócio, garantiu. “Vamos ter um aeroporto internacional [Hong Kong] às portas de Macau”, afirmou, mostrando-se esperançado com a possibilidade de Macau e Hong Kong “trabalharem em conjunto e dividirem os negócios entre si”.

17 Mai 2018

Jogo | Las Vegas Sands regista resultado recorde devido a Macau e Singapura

O grupo norte-americano presente no território apresentou ontem os resultados do primeiro trimestre do ano. Sheldon Adelson tem razões para estar satisfeito com o recorde alcançado de 1,46 mil milhões de dólares norte-americanos

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] operadora Las Vegas Sands, companhia-mãe da Sands China, atingiu um novo recorde com lucros de 1,46 mil milhões de dólares norte-americanos, nos primeiros três meses do ano. Os resultados apresentados são quase o triplo dos ganhos no primeiro trimestre do ano passado, quando o grupo tinha tido um lucro de 481 milhões de dólares.

Estes números são justificados com os desempenhos nos mercados de Macau, Singapura e ainda um benefício fiscal nos Estados Unidos no valor de 557 milhões. Este último factor deve-se à reforma fiscal introduzida no final do ano passado pela administração do presidente Donald Trump.

Com estes dados em cima da mesa, o presidente do grupo, Sheldon G. Adelson, não perdeu a oportunidade para se auto-elogiar: “A letra G. no meu nome quer dizer Gary mas também quer dizer crescimento [Growth, em inglês], o que fica demonstrado por todos os nossos desempenhos nos diferentes mercados”, afirmou o magnata.

“Este trimestre constitui um novo recorde para nós e estou muito feliz por conseguirmos gerar resultados tão excepcionais em cada um dos mercados em que estamos presentes”, acrescentou.

Em relação à empresa Sands China, que opera os casinos Venetian, Parisian, entre outros, em Macau, os lucros cresceram 59 por cento, para 557 milhões de dólares norte-americanos, quando no período homólogo do ano passado tinham sido de 350 milhões.

Três visitas por dia

Na conferência em que divulgou os resultados da empresa, Sheldon Adelson apresentou igualmente outros números. Nomeadamente, afirmou que, em média, cada visitante que vêm a Macau visita os casinos e centros comerciais da Sands China três vezes.

“Os nosso portfólio de empreendimentos turísticos receberam 23,8 milhões de visitas, enquanto o total de turistas em Macau foi de 8,5 milhões. Isto significa que recebemos quase três visitas de cada turista”, explicou.

De acordo com os dados avançados, os hotéis tiveram uma taxa de ocupação de 94 por cento, enquanto que o crescimento no mercado de massas, um dos mais lucrativos, cresceu 35 por cento. Já as vendas do retalho cresceram à velocidade de 33 por cento.

Ainda em relação aos turistas, Sheldon Adelson sublinhou o facto de ter havido um crescimento de 18 por cento no primeiro trimestre de turistas chineses vindos de fora da província de Cantão.

Na mesma conversa, o presidente do grupo voltou a mostrar interesse no mercado brasileiro, assim como na Coreia do Sul. Em relação ao projecto em Macau, conhecido como Londrino, Sheldon disse que as obras estão a decorrer a um bom ritmo.

27 Abr 2018

Sands China | Lucros crescem quase 50 por cento no último trimestre

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] operadora Sands China teve um crescimento de 49,1 por cento homólogo nos lucros no último trimestre do ano passado, atingido o valor de 519 milhões de dólares norte americanos. No mesmo período de 2016, o lucro do braço chinês da Las Vegas Sands tinha sido de 348 milhões de dólares. A informação foi avançada ontem, em comunicado, pela empresa.

Em relação aos resultados para todo o ano de 2017, a empresa registou um lucro 1,6 mil milhões de dólares norte-americanos, o que representa um crescimento de 31,1 por cento face aos 1,2 mil milhões, em 2016.

“Sentimos que estamos a regressar a 2014 e ao período anterior [à crise das receitas]. Estou muito entusiasmado com o crescimento que estamos a registar em Macau”, afirmou Sheldon Adelson, presidente da Sands.

Sheldon Adelson adiantou ainda que a concessionária “tem crescido mais rapidamente do que o Mercado de massas, tanto no terceiro trimester como em todo o ano de 2017”. “Vamos continuar a fazer investimentos significativos em Macau, porque temos um acordo de longa data e inabalável [com o território]”, acrescentou.

Big Ben e Buckingham

Afirmando estar confiante em relação aos futuros projectos, Sheldon Adelson anunciou ainda que o Londoner, actual Sands Cotai Central, “vai ter mais hóspedes do que o Venetian e o Parisian juntos”, além de estabelecer sinergias com estes dois empreendimentos do Cotai, da mesma operadora de jogo. No que diz respeito ao alojamento, Sheldon Adelson adiantou que “teremos cerca de 13 mil quartos de hotel interligados”.

“Imaginem se isto fosse em Las Vegas ou em qualquer outra localização. Em nenhum outro lugar do mundo podemos ter uma propriedade com quartos a diferentes preços e tamanhos, ou mesmo casinos de grande, média ou pequena dimensão. Há uma mistura de gostos que chega a todos aqueles que querem ter diferentes experiências”, frisou.

Sheldon Adelson apontou que os empreendimentos da Sands China vão constituir um espaço icónico no Cotai, com uma réplica da torre do Big Ben e do Palácio de Buckingham.

“A parte de for vai ser como o Big Ben e o edifício do Parlamento [britânico]. Vamos ter a torre e a ponte representadas algures, com cabines telefónicas, que vão ser usadas como caixas multibanco.”

“Vamos ter autocarros de dois andares e muitos guardas com chapéus à semelhança dos que existem no Palácio de Buckingham. Talvez tenhamos alguns cavalos (…).”, concluiu.

26 Jan 2018

Salários | Poder do Povo pediu aumentos para funcionários da Sands

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Poder do Povo apresentou ontem uma carta junto da operadora de jogo Sands China a pedir um aumento salarial para os funcionários entre seis a dez por cento.

O vice-presidente da Poder do Povo, Cheong Weng Fat, entende que este ano a economia de Macau voltou a melhorar, tendo-se verificado um aumento das receitas do jogo na ordem dos 20 por cento. Tendo em conta estes dados, o vice-presidente exige que a Sands China distribua ordenados mais elevados aos seus funcionários, assim como um bónus extra para que se possa partilhar o fruto do desenvolvimento de Macau e manter a moral dos trabalhadores.

O responsável justifica a ideia do aumento salarial com a elevada inflação. Além disso, espera que o Governo fiscalize as actividades do sector da restauração, por este sector anunciar todos os anos, depois da passagem do ano, um aumento nos preços dos produtos. Para isso, quer intervenção do Governo para controlar os preços cobrados junto dos consumidores, a fim de atenuar a sua pressão económica.

Cheong Weng Fat acrescentou que a ideia de entregar uma carta apenas à Sands China é porque a empresa registou mais lucros comparativamente com as outras operadoras de jogo. No entanto, espera que as outras concessionárias de jogo também atribuam aumentos salariais, para se conseguir partilhar o fruto do desenvolvimento económico.

29 Dez 2017

Saúde | Sands China confirma investigações dos Serviços de Saúde

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Sands China – proprietária e operadora do Parisian – confirmou ao site GGRAsia que foi contactada pelas autoridades de saúde de Macau por causa dos três residentes de Hong Kong que, ao que tudo indica, terão contraído a doença dos legionários na unidade hoteleira. Numa resposta por email, a empresa do sector do jogo garante que está a “cooperar totalmente” com as investigações levadas a cabo pelas autoridades.

“Como de momento não temos outros detalhes, não nos encontramos em posição de tecer mais comentários”, escreveu ainda a operadora.
Os Serviços de Saúde deram a conhecer, no passado fim-de-semana, que três homens de Hong Kong que estiveram no Parisian foram diagnosticados com a doença dos legionários. Dois doentes ficaram no hotel em Janeiro e Março, sendo que o terceiro tinha pernoitado na unidade hoteleira do Cotai em Dezembro do ano passado.
De acordo com as informações das autoridades de Hong Kong, um dos homens infectados encontra-se em estado crítico, sendo que outro caso é considerado grave. O terceiro paciente já recebeu alta hospitalar.
O GGRAsia perguntou à Sands China se o incidente está a ter repercussões na marcação de quartos e nas operações para os feriados do Dia do Trabalhador, uma das alturas do ano em que os hotéis do território registam maior procura. A empresa preferiu não comentar a questão.
Os Serviços de Saúde estão a levar a cabo uma série de análises à água de fontes, jacuzzis e piscinas do Parisian. O site indica ainda que o sistema de canalização do hotel também já foi alvo de uma inspecção. Com a recolha de amostras de água, as autoridades pretendem tentar encontrar a fonte da infecção que atingiu os três residentes de Hong Kong. Os resultados deverão ficar disponíveis no prazo de dez dias.

Sem demoras, nem problemas

Entretanto, o secretário para a Saúde de Hong Kong negou ter havido qualquer atraso na investigação em torno dos três pacientes infectados com legionella. Confrontado pela imprensa de Hong Kong acerca de um eventual problema de comunicação com as autoridades de Macau, Ko Wing-man afirmou que o Departamento de Saúde teve de cumprir “certos procedimentos” para identificar a fonte das infecções. O governante assegurou que vai estar em contacto próximo com Macau para que o assunto seja resolvido.
Ko Wing-man disse ainda que vai acompanhar de perto os resultados das investigações feitas pelos vizinhos. “A nossa responsabilidade é providenciar tratamento adequado para estes pacientes, bem como ter um bom mecanismo de comunicação em funcionamento”, rematou.

25 Abr 2017

Investigação | “Sanção penal” à Sands sobre práticas corruptas em Macau

A Las Vegas Sands acordou pagar 6,96 milhões de dólares para pôr termo a uma investigação sobre supostas práticas corruptas à luz da lei norte-americana. Em causa estava uma antiga relação com um consultor em Macau e na China

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om o acordo – em que Las Vegas Sands aceita pagar 6,96 milhões de dólares como “sanção penal” –, a empresa do magnata Shledon Adelson coloca termo a uma investigação, que dura há mais de cinco anos, sobre se violou a lei federal sobre práticas de corrupção no estrangeiro (FCPA, na sigla em inglês) ao pagar a um consultor para a ajudar a fazer negócios em Macau e na China, indica um comunicado divulgado no final da semana passada pelo Departamento de Justiça norte-americano.

A lei proíbe empresas com sede nos Estados Unidos e os seus executivos de efectuarem pagamentos a membros de governos estrangeiros para tentar influenciar, conseguir ou manter negócios.

Este acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos segue-se a um outro relacionado, alcançado em Abril, em que a empresa aceitou pagar uma multa de nove milhões de dólares para encerrar uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, de acordo com a qual alguns pagamentos ao consultor não foram devidamente autorizados ou documentados.

A empresa não foi acusada por crime, nem admitiu a culpa em nenhum dos casos.

No comunicado, citado pelo portal especializado em jogo GGRAsia, o Departamento de Justiça norte-americano afirma que determinados executivos da Las Vegas Sands “consciente e deliberadamente falham em aplicar um sistema de controlos internos de contabilidade”. Esses mecanismos seriam necessários para garantir a legitimidade dos pagamentos ao consultor de negócios “que ajudou a Sands a promover a sua marca em Macau e na República Popular da China, e impedir a falsa inscrição desses pagamentos nos seus livros de registos”, indicou ainda o Departamento de Justiça.

A investigação, levada a cabo pela divisão criminal do Departamento de Justiça, indica que, entre 2006 e 2009, a Las Vegas Sands – através das suas subsidiárias em Macau e na China – transferiu aproximadamente 60 milhões de dólares para um consultor com o objectivo de promover o seu negócio e marcas.

A Las Vegas Sands admitiu ter pagado cerca de 5,8 milhões de dólares ao consultor “sem qualquer objectivo de negócios legítimo discernível” entre 2006 e 2009, de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

“Apesar das advertências do seu pessoal financeiro e de um auditor externo”, a Las Vegas Sands terá continuado a fazer pagamentos ao consultor de negócios, descrito na investigação do Departamento de Justiça norte-americano como uma pessoa baseada no interior da China, que se apresentava como “um antigo membro do Governo da República Popular da China”, e publicitava as suas ligações políticas com membros do Governo chinês como “a sua principal qualificação” para facultar assistência.

Tudo resolvido

Ron Reese, porta-voz da Sands, citado pela agência AP, saudou o desfecho do processo: “A empresa congratula-se com o facto de a sua cooperação e compromisso para com o cumprimento [da lei] de longo prazo terem sido reconhecidos no alcance desta resolução”, e que “todos os inquéritos relacionados com estes assuntos estejam agora completamente resolvidos”.

O Departamento de Justiça afirmou que a Las Vegas Sands “cooperou totalmente com a investigação”, e destacou a adopção de extensas medidas correctivas, acrescentando que a empresa ou as suas subsidiárias já não empregam nenhum dos indivíduos implicados no caso.

As investigações do Departamento de Justiça e da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos foram anunciadas ao mesmo tempo, em 2011, e resultaram dos mesmos alegados actos no quadro dos esforços da empresa para se transformar num dos principais ‘players’ em Macau, que se tornou numa mina de ouro para as operadoras norte-americanas que aproveitaram a liberalização do sector.

23 Jan 2017

Sands China “muito optimista” quanto à renovação da licença

[dropcap style≠’circle]A[/dropcap] Sands China, subsidiária da Las Vegas Sands, está “muito optimista” quanto à renovação da licença de jogo em Macau, disse ontem o magnata Sheldon Adelson, manifestando vontade de continuar a construir na cidade se lhe cederem mais terrenos.
As licenças de jogo terminam entre 2020 e 2022, com o Governo de Macau a colocar grande ênfase na diversificação da oferta dos casinos. Ontem, Adelson garantiu que 95,5 por cento do espaço dos seus projectos em Macau é dedicado a actividades extra-jogo. “Estou muito optimista, temos mais não-jogo do que qualquer outra [operadora]”, afirmou.
O presidente da Las Vegas Sands falava durante a inauguração do novo projecto do grupo, o Parisian, inspirado em Paris e que inclui uma réplica da Torre Eiffel com metade do tamanho da original.
Com a finalização do Parisian, a Sands esgota as parcelas de terreno que lhe foram cedidas pelo Governo de Macau, onde já construiu quatro casinos, incluindo o Venetian, o maior do mundo.

Quero mais

Adelson garante que “podia construir mais seis lotes se os tivesse”. “Se o Governo [de Macau] me está a ouvir, estou interessando em construir mais”, afirmou.
Além da réplica da Torre Eiffel, o Parisian de Macau conta com reproduções do Arco do Triunfo, da Fontaine des Mers, da Avenue Montaigne, dos Champs-Élysées, da Place Vendôme, entre outros espaços icónicos de Paris.
Subir ao topo da torre custa entre 168 e 188 patacas, dependendo se é dia de semana ou fim de semana.
O Parisian tem 3.000 quartos de hotel, um centro de convenções, restaurantes, lojas, ‘spa’, e uma sala de espectáculos de 1.200 lugares, entre outros. A ‘pequena Paris’ está localizada ao lado do Venetian, uma reprodução da cidade de Veneza, sendo possível passar de um para o outro internamente.
As receitas dos casinos de Macau estiveram 26 meses consecutivos em queda, com o sector VIP a ser o mais afectado. A queda foi associada à desaceleração da economia da China e à campanha anti-corrupção lançada por Pequim, que parece ter afastado dos casinos de Macau os grandes apostadores. Em Agosto, os casinos registaram um aumento de 1,1% das receitas face ao período homólogo do ano passado.

14 Set 2016