Rádio Táxis | Empresa multada em dez mil patacas

A Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau SA vai ter de pagar dez mil patacas de multa pelo facto de um motorista de táxi ter transportado um cliente sem que este tenha chamado o veículo, além de o ter ajudado a fazer a marcação quando este já estava no carro. Segundo um acórdão do Tribunal de Segunda Instância (TSI), entende-se existirem “provas suficientes de que o trabalhador [da empresa de rádio táxis] violou o contrato [de concessão]”, tendo a multa sido decretada a 16 de Setembro de 2020 por despacho assinado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas.

O caso ocorreu a 28 de Maio de 2018, quando o motorista estacionou o táxi junto do Hotel Roosevelt em estado de “espera” e apanhou um cliente que não havia marcado o serviço por telefone. Segundo o acórdão do TSI, o condutor “ajudou o cliente a solicitar o serviço de táxi à central de táxis especiais depois de este ter entrado no táxi e, em seguida, conduziu-o para a ala leste do Venetian, na Estrada do Istmo”.

O tribunal entende que “não há provas de que a tomada do passageiro tenha sido urgente e necessária”, tal como está previsto no contrato com a empresa, “não se verificando, portanto, a situação em que o condutor pode fazer a marcação do serviço de táxi em nome dos passageiros”. A empresa recorreu do despacho do secretário Raimundo do Rosário para o TSI a 5 de Março de 2021.

13 Nov 2023

Rádio Táxis | Registados prejuízos de oito mil milhões em 2019

[dropcap]A[/dropcap] Companhia de Serviços de Radio Táxi Macau S.A registou o ano passado prejuízos na ordem das 8,536 milhões de patacas, aponta o relatório do conselho de administração ontem publicado em Boletim Oficial (BO). Os rendimentos das operações foram de 90,987 milhões de patacas.

No entanto, os custos foram de 99,524 milhões, relativos “à aquisição de veículos e equipamentos necessários para a exploração de actividades, de equipamentos de escritório, taxa de gasolina, manutenção de veículos, remuneração dos trabalhadores, arrendamento, manutenção, reparação, seguro, custos administrativos e depreciação”.

O relatório dá ainda conta de que, “nos últimos meses, o órgão de administração dedicou-se a levar a cabo uma série de reformas e rectificações com o objectivo de alcançar a lucratividade em 2020”. A 2 de Maio do ano passado, a empresa obteve o direito de exploração de 200 táxis especiais, tendo colocado 100 táxis especiais a funcionar a partir do dia 1 de Dezembro.

11 Jun 2020

Rádio Táxi | Falta de carros exigidos por dia resulta em multa

[dropcap]A[/dropcap] quantidade de veículos da Companhia de Serviços de Rádio Táxi em operação em diferentes alturas do dia, se não cumprir os números mínimos, pode resultar numa multa de 50 mil patacas.

Esta é uma das regras estabelecidas no contrato de concessão das 200 licenças especiais de táxis acordado com a Companhia de Serviços de Rádio Táxi, publicado ontem em Boletim Oficial. O contrato prevê multas que podem chegar às 100 mil patacas e estabelece igualmente critérios mínimos para linha de atendimento, apesar de não fixar punição em caso de incumprimento.

A concessão é válida por oito anos e a operação deve ter início no dia 1 de Dezembro, se não for este prazo não for respeitado a Rádio Táxi terá de desembolsar 50 mil patacas por cada dia de atraso. O contrato estabelece ainda a obrigação de os condutores terem formação, nomeadamente em línguas estrangeiras.

23 Mai 2019

Rádio Táxis | Quase 40 por cento das chamadas sem resposta diariamente

[dropcap]P[/dropcap]erto de 40 por cento das chamadas telefónicas para o serviço de rádio táxis ficaram por responder diariamente, segundo informação veiculada pela TDM Rádio Macau. Os números foram divulgados pela própria Rádio Táxis.

No entanto, Kevin U Kin Lung, director-geral da companhia, afirmou que a taxa de resposta se deve aproximar dos 100 por cento com os 200 de táxis adicionais que a companhia conseguiu através de concurso público. “No total recebemos cerca de 8 mil chamadas por dia e conseguimos prestar serviço a cerca de 5 mil. Até aqui não tínhamos táxis suficiente.

Foi por isso que concorremos ao concurso e que conseguimos vencer. Olhando para este número de 8 mil chamadas por dia, julgamos que os 300 táxis que passamos a ter são suficientes”, afirmou, depois de ter participado no programa fórum da Ou Mun Tin Toi e citado pela Rádio Macau.

4 Abr 2019

Rádio-táxis | Anunciado concurso público para concessão de 200 licenças

 

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m despacho do Chefe do Executivo, publicado ontem em Boletim Oficial, autoriza o lançamento de um concurso público para a concessão de até 200 licenças especiais de táxis. A concessão das licenças especiais, para viaturas que respondem exclusivamente a pedidos por telefone e pela Internet, tem a validade de oito anos. O despacho, que entra hoje em vigor, não refere quando vai ser efectivamente aberto o concurso. O último concurso para o serviço de rádio-táxis, em que foram atribuídas 100 licenças, realizado em Outubro de 2015, foi ganho pela Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau S.A.

14 Ago 2018

Rádio Táxi | Concessionária quer mais veículos para melhorar resultados

A Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau, que celebrou o primeiro aniversário com um jantar na segunda-feira, pediu mais 100 táxis ao Governo, para equilibrar as contas. O evento contou com a presença de Chan Meng Kam, que entregou alguns dos prémios do tradicional sorteio da sorte

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] director executivo da Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau, Cheong Chi Man, diz que a empresa está a registar prejuízos e espera que o Governo acelere os procedimentos para que a empresa coloque mais 100 rádio-táxis a circular em Macau. O incremento de viaturas visa equilibrar as contas da empresa. As declarações foram feitas na segunda-feira à noite, durante o jantar que celebrou o primeiro aniversário da empresa. Entre os presentes esteve o empresário e membro do Conselho do Executivo, Chan Meng Kam – apresentado como membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês -, assim como a deputada que apoiou nas eleições, Song Pek Kei.

De acordo com um comunicado enviado aos jornalistas, o director executivo reconheceu que o primeiro ano de funcionamento do serviço não está a ser fácil e que a empresa só consegue satisfazer 35 por cento dos pedidos recebidos. Este é um número que Cheong Chi Man confessou não o deixar contente. Por isso sublinha a necessidade da empresa colocar a circular mais táxis, também para ir ao encontro das expectativas dos cidadãos.

Ao mesmo tempo, o director revelou que desde a entrada em funcionamento dos serviços da companhia, no segundo trimestre do ano passado, que o número de passageiros transportados subiu até a um valor de 150 mil por mês. Também as chamadas respondidas com sucesso seguiram a mesma tendência com um crescimento de 28 para 35 por cento. Já o número de pessoas que telefona a pedir o serviço e depois não o utiliza variou entre 6 a 10 por cento.

Consequência do Hato

A empresa revelou igualmente que na sequência da passagem do tufão Hato nove táxis ficaram danificados, sendo que apenas 91 estão disponíveis. Porém, Cheong Chi Man apontou que o regresso das viaturas danificadas acontece ainda este mês.

Ainda de acordo com um artigo publicado no Jornal do Cidadão, o director executivo foi questionado sobre a forma de melhorar os serviços. Na resposta, Cheong Chi Man sublinhou que a única forma disso acontecer passa pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) autorizar um aumento do número de rádio-táxis a circular em outras 100 viaturas.

Segundo o director, com os actuais 100 táxis em circulação, a empresa não é capaz de registar lucros, devido aos elevados custos com os trabalhadores e a manutenção dos táxis. Porém, esse problema pode ser resolvido com 200 viaturas na rua. Cheong Chi Man garantiu ainda que não vai aumentar os preços dos serviços prestados, apostando na redução dos custos e na criação de uma lista negra para os passageiros que fazem chamadas e não aparecem para o serviço.

O director considerou também que para satisfazer por completo a necessidade dos residentes é necessário colocar 500 rádio-táxis em circulação.

11 Abr 2018

Táxis | Empresa de rádio-táxis quer mais 100 veículos

O Governo vai abrir concurso para uma licença de 100 táxis e a Rádio Táxi admite a necessidade destes veículos. O serviço que está em funcionamento há menos de um ano queixa-se de não conseguir responder às necessidades e das dificuldades na contratação de motoristas

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] empresa de serviços de táxi, Rádio Táxis, pretende concorrer para conseguir ter direito a ter em funcionamento mais uma centena de veículos. A informação foi deixada pelo gerente da empresa, Kevin U Kin Lung ao Jornal do Cidadão.

A necessidade de pelo menos mais 100 carros em circulação deve-se não só à grande procura do serviço como às perdas registadas com os estragos provocados pela passagem do tufão Hato no território. “Tivemos 9 carros danificados e neste momento temos em circulação apenas 91 veículos”, referiu.

O responsável revelou que, desde que arrancaram os serviços, o número de chamadas recebidas tem vindo a aumentar entre cinco a dez por cento mensalmente. Mas, a taxa de chamadas atendidas fica-se nos 40 por cento do total o que reflecte, considera, a grande falta de veículos para responder às necessidades.

À falta de veículos, junta-se a falta de motoristas. De acordo com Kevin U Kin Lung, a dificuldade não terá que ver com a remuneração. “O nível salarial dos taxistas da companhia é atraente, uma vez que em Julho e Agosto do ano passados cerca de dois taxistas tiveram uma remuneração superior a 40 mil patacas, tendo a média de salário nesses dois meses estado entre as 25 e as 28 mil patacas”, explicou.

Actualmente, a Rádio Táxis dispões de 130 taxistas e o responsável espera conseguir recrutar, pelo menos, mais 30.

Entretanto, Kevin U Kin Lung confessou que se nos restantes meses do ano a empresa não consegue proporcionar um salário mais alto, tem que ver com o momento que a companhia atravessa e em que os lucros ainda são difíceis de atingir, sendo que cada motorista ganha em média um ordenado de cerca de 20 mil patacas.

Sucesso lento

De acordo com o responsável, a Rádio Táxis ainda não consegue apresentar resultados positivos na medida em que está em funcionamento há muito pouco tempo. “Abrimos a 1 de Abril do ano passado, há menos de um ano, e ainda é difícil ter um equilíbrio entre receitas e despesas” afirmou.

Por outro lado, os custos elevados que implicam o funcionamento deste tipo de serviços também não contribuem para um lucro rápido, considerou, sendo que “a companhia tem estado empenhada no ajuste de estratégias de forma a melhorar o seu funcionamento”.

Para o presidente da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, para que a Rádio Táxis consiga ganhar a centena de carros que o Governo vai colocar em concurso é necessário resolver algumas falhas que os serviços ainda apresentam.

 

 

Táxis | Infracções continuaram a aumentar em 2017

O número de infracções dos táxis aumentou 32,3 por cento em 2017, apontam os dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (PSP). De acordo com as estatísticas, no ano passado, registaram-se 5491 infracções de taxistas, o que corresponde a um aumento de 1339 casos em relação a 2016, ano em que se contabilizaram 4152 infracções. Entre as infracções registadas, 57,9 por cento, num total de 3180 casos, dizem respeito à cobrança abusiva de taxas. Foram também registados 1574 casos de recusa de transporte de passageiros, 49 casos de tomada passageiros em paragens sem ser seguida a ordem da fila de espera e 688 casos de infracções diversas. A PSP divulgou ainda que, em 2017, apreendeu um total de 1232 casos de táxis ilegais, número que diminuiu ligeiramente em comparação com 2016.

9 Jan 2018

Novo serviço de rádio-táxis arranca este sábado

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] já a partir do dia 1 de Abril que começam a circular os 50 veículos da Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau SA, sendo que outros 50 deverão começar a circular até ao final deste ano. Segundo um comunicado, 35 veículos serão destinados ao transporte normal de passageiros, sendo que dez carros são de “grande porte” e apenas cinco serão destinados ao transporte de pessoas com mobilidade reduzida. A concessão do serviço a esta empresa foi feita por um período de oito anos. Os pedidos de transporte poderão ser feitos não apenas por telefone mas também via aplicação móvel ou no website da própria empresa.

Praças fixas

Numa fase inicial a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) irá fixar um total de 14 paragens para estes táxis, as quais ficam situadas na zona da Barra (Rua do Dr. Lourenço Pereira Marques), Fai Chi Kei (Rua do Comandante João Belo), Areia Preta (Rua Central da Areia Preta), Hospital Kiang Wu (Rua de Tomás Vieira), Centro Hospitalar Conde de São Januário, Colégio do Sagrado Coração de Jesus (Rua do Padre João Clímaco), Dynasty Plaza (Rua de Bruxelas), Edifício do Lago (Rua de Pequim), Baixa da Taipa (Rua do Regedor), Seac Pai Van (Avenida de Ip Heng), Pavilhão Polidesportivo Tap Seac (Rua Filipe O’Costa), Portas do Cerco (Rua Marginal do Canal das Hortas), Aeroporto e Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa (Rua Son Keng) e Praia Grande (Avenida Comercial de Macau). Caso seja necessário, “não se descarta, no futuro, a possibilidade de criar mais locais de espera nos locais adequados”, aponta a DSAT.

Todos iguais

No que diz respeito às tarifas, os táxis especiais irão cobrar a mesma quantia que os táxis normais, com excepção da cobrança de cinco patacas como taxa de chamada. Caso o cliente faça a marcação uma hora antes, não terá de pagar este valor. Os passageiros podem ainda fazer o pagamento da tarifa através do Macau Pass, bem como o cartão “Quick Pass” do Banco da China e do Banco Industrial e Comercial da China.
A DSAT afirma ainda que “tem mantido uma comunicação estreita” com a concessionária, e que tem sido intensificada a “ realização de inspecção de respectivos táxis”, para além de destacar pessoal para “fiscalizar as acções de formação dos seus trabalhadores, vistoriar os equipamentos, os sistemas e a central de táxis especiais, no sentido de tratar e ajustar atempadamente os problemas encontrados”.
Em relação ao processo de fiscalização, o organismo liderado por Lam Hin San garante que irá realizar esses trabalhos com base nos padrões de serviço do “número mínimo de veículos em operação”, bem como através do “rácio de atendimento das chamadas telefónicas” estabelecidos no contrato.
Caso sejam verificadas falhas no funcionamento do serviço, a DSAT explica que cabe à concessionária “assumir as respectivas responsabilidades”, tais como a “aplicação de multas e rescisão da concessão”.

27 Mar 2017

Rádio-Táxis | Governo assina contrato com nova empresa

Está assinado o contrato que vai trazer mais uma centena de rádio-táxis ao território. Começam a circular em 2017

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stá assinado o contrato entre o Governo e a Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau. A partir de Abril de 2017, novos veículos de transporte por chamada vão começar a circular no território, depois da empresa ter vencido o concurso público à frente de outra empresa dirigida por David Chow.
Num comunicado ontem divulgado, o Executivo afirma que “assinou o contrato de indústria de transportes de passageiros em táxis especiais” ontem, na Direcção dos Serviços de Finanças.
O Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, foi quem assinou o documento em representação do Governo, para um serviço que é valido por oito anos.
Ao que o HM apurou junto do Governo, David Chow não apresentou recurso da decisão da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), que optou por uma empresa que tinha sido, inicialmente, excluída. O empresário disse ao Jornal Tribuna de Macau que ponderava interpor recurso, mas contactado por diversas vezes pelo HM nunca respondeu. Já a DSAT confirma que não o houve.
“Até agora, esta Direcção de Serviço não recebeu nenhum recurso sobre a atribuição da concessão de licenças especiais de táxis”, indicou ontem a DSAT ao HM.

Recurso de sucesso

A Companhia de Serviços de Rádio Táxi foi aceite depois de ter interposto um recurso e, no início de Setembro, a DSAT informou que foi esta quem venceu o concurso por ter apresentado uma proposta mais razoável.
A companhia pertence ao vice-presidente da Associação de Agências de Turismo e vai ser a responsável pelos cem rádio-táxis que vão recomeçar a circular no território, depois de um contrato rescindido com a Vang Iek. A empresa promete carros com internet, diversidade na forma de chamar os táxis e só cobra a chamada.
No mínimo 50 veículos vão estar em circulação “no prazo de um ano desde a data do início da operação”, como indica um comunicado do Executivo. E a Companhia deve disponibilizar, pelo menos, cinco táxis acessíveis e dez táxis de grande porte para responder às exigências.
A atribuição destas cem licenças especiais chega dois anos depois do Governo ter desfeito o contrato com a empresa Vang Iek, em Novembro de 2014.

23 Set 2016

Rádio-Táxis | Resultados de concurso só no quarto trimestre

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ó entre Setembro a Novembro se vai saber os resultados do concurso público para a obtenção de licenças de rádio-táxis. É o que confirma ao HM a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), que diz que neste momento “está a acompanhar os trabalhos de adjudicação destas licenças especiais”.
Inicialmente, depois de ter sido aberto um concurso público para a substituição da antiga empresa detentora dos rádio-táxis, a Vang Iek, só a Lai Ou Serviços de Táxi foi aceite. A empresa de David Chow, empresário detentor da Macau Legend, viu duas concorrentes serem chumbadas por não cumprirem regras do concurso. Depois, contudo, a Companhia de Serviços de Rádio-Táxis interpôs um recurso da decisão, que foi aceite pela DSAT, estando então as duas empresas aptas para receber a licença.
O Governo tinha dito anteriormente que “no segundo ou terceiro trimestres” se saberia algum resultado, mas agora frisa ao HM a nova data. “Prevê-se que haja resultado no quatro trimestre do corrente ano, procurando que os serviços entrem em funcionamento no primeiro semestre do próximo ano”, indica a DSAT.  O organismo afirmou que, pelo menos 50 rádio-táxis, devem começar a circular em 2017, incluindo cinco acessíveis a deficientes.

25 Ago 2016

Rádio-Táxis | David Chow apresenta objecção a concorrente

David Chow mostra-se confiante na disputa pelas licenças de rádio-táxis, mas depois de defender que uma concorrente até era sinal positivo, apresentou uma objecção à nova candidatura. Não foi aceite. Ainda assim há a possibilidade de recorrer ao Chefe do Executivo

A Companhia de Serviços de Rádio-Táxi Macau, candidata ao concurso para obtenção de cem licenças de rádio-táxis, não tem o caminho facilitado. Depois da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) ter aceite a sua candidatura, numa segunda vez, a companhia vê agora a corrida colocada em causa por uma objecção à decisão apresentada pela empresa concorrente, a Lai Ou Serviços de Táxi, presidida por David Chow.
A Companhia de Serviços candidatou-se ao concurso público colocando os preços das taxas no documento de apresentação, algo chumbado pela Comissão de Abertura de Propostas. Depois de um recurso apresentado pela candidata, contudo, a Comissão considerou o lapso menor e deferiu-o, dando a possibilidade à empresa de se candidatar novamente. A abertura oficial aconteceu ontem.
Numa primeira reacção à admissão da concorrente, David Chow mostrou-se despreocupado, alegando até que era uma situação boa para a sociedade, que poderia exigir mais das candidatas. No entanto, agora, a decisão do Governo, parece não agradar ao empresário. Ontem, um representante da empresa Lai Ou apresentou uma objecção contra a decisão do Governo, alegando que a Comissão violou as regras de candidatura. Depois de meia hora de avaliação, o presidente da Comissão, Chiang Ngoc Vai, tornou pública a recusa da objecção. O presidente explicou que a Comissão já tinha indicado que o lapso não constituía uma razão para não se aceitar a candidatura.
Não contente, a empresa Lai Ou apresentou de imediato um recurso hierárquico, para apresentar uma nova objecção ao Chefe do Executivo já nos próximos dez dias.

Satisfação total

Em reacção, Cheong Chi Man, director da Companhia de Serviços de Rádio-Táxi Macau mostrou-se satisfeito com as decisões. O director está confiante na vitória do concurso, indicando que vai investir até 80 milhões de patacas para este tipo de transportes. Uma das apostas são carros de sete lugares sentados, sublinhou. No entanto, o director indica que quer “mudar os hábitos das pessoas de Macau que apanham táxis”, ou seja, que se faça uma reserva com antecedência para melhorar o serviço. Serviços sem barreiras para os portadores de deficiência é também uma das apostas prometidas, que é, aliás, exigida pelo Governo.
No que diz respeito aos preços, a empresa define, segundo a proposta, uma taxa de chamada, de cinco patacas, sendo que as taxas de reserva ou incumprimento da mesma são livres, isto é, sem custo. Já a Lai Ou apresenta a taxa de chamada com 15 patacas e as de reserva e de incumprimento a cinco patacas.

18 Mar 2016

Rádio-Táxis | Empresa de David Chow foi a única a ser aceite a concurso

Uma nova empresa detida pelo empresário David Chow ficará a cargo de cem rádio-táxis por oito anos. A decisão oficial ainda não foi anunciada, mas a Lai Ou foi a única das três candidatas a ser aceite

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma empresa de David Chow deverá ser a próxima companhia a operar cem rádio-táxis no território. A Lai Ou Serviços de Táxi, S.A. foi a única empresa a ser aceite no concurso público para a atribuição das licenças especiais para a operação destes veículos, depois das outras duas concorrentes terem chumbado por não cumprirem regras do concurso. A Lai Ou tem como presidente David Chow, empresário detentor da Macau Legend, que tem a Doca dos Pescadores.
A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) realizou ontem o acto público de abertura das propostas, que vai valer a emissão de cem licenças de táxi por chamada para oito anos de operação. Dentro das três propostas apresentadas, só a proposta da Lai Ou foi admitida e David Chow já se prepara para a entrada em funcionamento, ainda que o Executivo não tenha anunciado a decisão oficial.
“Vamos investir 70 milhões de patacas [em infra-estruturas] e mais 30 milhões em carros. Os veículos que vamos usar vão ser de boas marcas, já temos 30 Mercedes”, disse o empresário ao canal chinês da Rádio Macau.

Taxas pensadas

Só “no segundo ou terceiro trimestres” é que se deverá saber a decisão do Governo, mas a empresa já tem ideias fixas sobre as taxas que quer cobrar aos passageiros. “A empresa sugere uma taxa de chamada e uma taxa de hora marcada de 15 patacas cada, bem como uma taxa de ausência de cinco patacas”, explica um comunicado da DSAT.
O contrato para os rádio-táxis vai ter determinadas exigências, como a obrigação de serem providenciados ao público cinco carros adaptados para deficientes e táxis de grande porte. Mas não só. “Além de disponibilizar a marcação de serviços de táxi por telefone, através da página electrónica e de aplicações de telemóvel, deve-se explorar outras formas de marcação de táxis conforme o desenvolvimento social, a fim de possibilitar também a utilização do serviço por parte de pessoas com carências”, explica a DSAT.
Em contrapartida, o concessionário pode requerer ao Governo o pagamento de metade do preço destes veículos e pode ainda cobrar ao passageiro taxas diferentes das dos táxis normais – os pretos. Isto devido ao funcionamento ser apenas permitido por chamada, não podendo estes táxis apanhar passageiros nas ruas ou estar parados nas praças de táxi.
As exigências do Governo e a falta de autorização para cobranças de taxas especiais levaram a Vang Iek – anterior empresa responsável por estes táxis – a desistir do funcionamento, alegando falta de condições para tal. O ex-director geral da empresa, Sin Ma Lio, disse mesmo à rádio chinesa que “não entende porque é que o Governo nunca permitiu a cobrança destas taxas anteriormente”, quando a Vang Iek estava em funcionamento. A empresa – que não se candidatou a este concurso e não quis explicar a razão – pediu diversas vezes ao Executivo que autorizasse esta cobrança.
O concurso público para a atribuição destas licenças deveria ter terminado no mês passado, mas a DSAT adiou a data de entrega até ontem, na sequência de algumas alterações ao processo. Ainda assim, as duas outras empresas que concorreram contra a Lei Ou não tiveram hipótese no concurso, por não cumprirem regras.
No caso da Companhia de Serviços de Rádio Táxi de Macau, a proposta foi rejeitada porque colocou os preços das taxas a aplicar no documento de apresentação, algo que não era permitido porque estes valores só poderiam aparecer nas propostas, que são secretas. Esta empresa reclamou da decisão, mas a comissão responsável pelo concurso, cujo presidente é o vice-director da DSAT, Chiang Ngoc Vai,  não aceitou a justificação.
As candidatas podem também interpor recurso dentro de dez dias úteis, mas a segunda empresa a ser rejeitada – a Companhia de Serviços de Táxis Taxi Go – não o vai fazer. Esta errou pelo facto de não ter assinado nem carimbado todas as páginas do plano de operação e gestão dos serviços, bem como o currículo do pessoal de gestão da sociedade. O responsável pela empresa, Billy Choi, afirmou que não vai recorrer da decisão.  
Com a conclusão do acto público, a Comissão tem agora de avaliar a proposta da Lei Ou conforme o plano de operação de gestão e de serviços, sendo que a ideia é que os táxis especiais consigam entrar em funcionamento no próximo ano. A DSAT afirmou que, pelo menos 50 rádio-taxis, devem começar a circular em 2017, incluindo cinco acessíveis a deficientes.
Chang Cheong Hin, chefe da Divisão da Gestão de Transportes da DSAT, acredita que o novo modelo de operação vai fazer os cidadãos de Macau “mudar a percepção que têm dos táxis” actualmente, já que este inclui possibilidade de chamada e reserva de serviços através da internet ou de aplicações móveis. Tal e qual como a Uber.
“Este é um avanço no actual serviço de táxis, acredito que a qualidade vai alterar a percepção dos cidadãos”, frisou o responsável, escusando-se a comentar se a Uber poderia afectar o funcionamento destes táxis.

É preciso mais taxistas

O Centro de Política de Sabedoria Colectiva sugere que o Governo impulsione mais condutores a trabalhar como taxistas. Isto porque existem cerca de 14 mil pessoas com carteiras profissionais de táxi, mas apenas mil têm realmente profissão como taxistas. Ao Jornal Ou Mun, um membro do grupo, Choi Seng Hon, disse ser viável aproveitar o concurso público para estudar como atrair mais condutores com carteiras profissionais a integrar o sector, tanto a tempo parcial como inteiro. Nem que para isso seja necessário, diz, fornecer benefícios fiscais aos taxistas. 

14 Jan 2016

Rádio-Táxis | Governo já recebeu 19 propostas e pede “cuidado com a Uber”

A DSAT já recebeu 19 propostas para a atribuição de cem licenças de táxis amarelos. Quanto à Uber, o serviço continua a ser analisado pelo Governo, que alerta para eventuais violações de privacidade

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Quase duas dezenas de pessoas ou empresas já apresentaram a sua proposta de candidatura a uma licença para conduzir um táxi amarelo. O concurso público para o regresso do serviço de táxis por chamada abriu no passado dia 15 e parece estar a gerar interesse, apesar das críticas já apresentadas por associações do sector.
A informação foi confirmada ontem por Cheang Ngoc Vai, subdirector dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), que não fez qualquer previsão de quantas candidaturas poderão receber até ao final do prazo do concurso.
No âmbito de uma conferência de imprensa sobre a edição deste ano da campanha de “Sensibilização da Segurança Rodoviária” (ver caixa)”, o responsável da DSAT falou ainda do serviço da Uber, que começou a operar no território há cerca de uma semana e que tem gerado polémica. O Governo afirma continuar a estudar o caso da empresa.

Debaixo de olho

“Na nota de imprensa conjunta que o Governo enviou foi referido que o Executivo está atento a este assunto. Estamos a acompanhar o assunto e a polícia está a recolher dados, quando houver mais informações concretas serão disponibilizadas”, apontou Cheang Ngoc Vai.
Sem grandes comentários quanto à entrada deste serviço no mercado ou em relação a uma possível legalização, o subdirector da DSAT preferiu apenas realçar as questões de privacidade ligadas à aplicação da Uber, uma vez que o serviço de transporte é pago com cartão de crédito.
“Não convém à população acreditar nesses websites onde podem registar dados privados e que podem invadir a sua privacidade, porque não há nada que garanta a sua segurança”, disse Cheang Ngoc Vai.
Questionado sobre se a Uber pode vir a preencher uma lacuna criada com a falta de táxis, o responsável da DSAT apenas afirmou que o Governo reconhece esta dificuldade e por isso iniciou este concurso para os rádio-táxis. “Estamos empenhados em acelerar o processo e reforçar a fiscalização dos taxistas que circulam nas ruas”.

Nova lei para o ano

O subdirector da DSAT garantiu que a revisão do Regulamento dos Táxis poderá ser lançada em 2016. “Estamos na fase final da revisão da lei e em princípio para o ano vai iniciar-se o processo legislativo”, referiu, lembrando que as multas para os taxistas deverão aumentar. “Temos sempre um mecanismo de contacto com o sector e acreditamos que os taxistas que violam a lei são apenas alguns e não é uma situação geral. A actual multa para a condução sem taxímetro é de mil patacas e vamos aumentar.”

Mortes na estrada aumentaram 0,09%

É já no próximo dia 1 de Novembro que decorre mais uma edição do Carnaval de Segurança Rodoviária na Tap Seac, actividade inserida em mais uma edição da campanha “Sensibilização da Segurança Rodoviária”. Dados apresentados pela PSP mostram que este ano já ocorreram 11.747 acidentes de viação, os quais resultaram na morte de dez pessoas. Segundo o comissário Lao, da PSP, os números representam ainda uma “situação grave”, já que não houve redução das ocorrências.

28 Out 2015

Rádio-Táxis | Concurso público para cem alvarás abre em “breve”

O Governo anunciou finalmente que vai abrir o concurso para cem licenças de rádio-táxis. Quando, ainda não se sabe mas a DSAT garante que vai acontecer em breve

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou que o concurso público para a atribuição de cem alvarás de rádio-táxis está para breve. A autorização foi ontem dada pelo Chefe do Executivo, através de um despacho publicado em Boletim Oficial, e surge depois de, no ano passado, o Governo ter cancelado o contrato com a empresa Vang Iek.
Em comunicado, a DSAT explica que a concessão de cada licença especial deverá durar oito anos e o referido concurso serve para colmatar a falta deste transporte em Macau. “O Governo irá realizar, dentro de curto prazo, o concurso público para a concessão de licença especial [e] será realizado sob a forma de sociedade comercial. Essa licença tem um número não superior a cem alvarás de táxis especiais e a concessão tem um prazo de oito anos”, explica a DSAT em comunicado.
Tudo isto, diz o organismo, surge no seguimento da “caducidade de cem licenças especiais de táxis em 6 de Novembro” do ano passado. A polémica dos rádio-táxis estalou há cerca de dois anos, quando os taxistas destes transportes se queixavam de não ter lucro por falta de popularidade junto dos residentes e, por muitas vezes, serem chamados sem que o cliente ainda lá esteja. Em sentido contrário, o Governo decidiu cancelar o contrato com a Vang Iek por considerar que esta não cumpria os requisitos do contrato. Requisitos que pediam, entre outros, que a companhia tivesse carros para deficientes físicos, que apenas atendesse chamadas telefónicas e que circulasse nas estradas da zona norte.
Cheang Wing Chio, director da Companhia de Rádio-Táxis Vang Iek, disse ontem ao canal chinês da Rádio Macau que só se vai decidir pela candidatura ao concurso quando foram divulgadas mais informações, uma vez que as ontem anunciadas são, disse, “apenas preliminares”.
Para o presidente da Associação Geral dos Proprietários de Táxis, Ieng Sai Hou, os investidores locais “com capacidade” podem ter vontade de se candidatar à atribuição de licenças especiais caso as condições oferecidas sejam razoáveis. Mas, o responsável apela a que as regras de concurso público sejam transparentes, algo que deve ser estipulado através da realização prévia de consultas públicas.
Ieng Sai Hou sugere que estes alvarás devem ser obtidos por pelo menos por duas empresas, as quais devem ser locais. Ieng acrescenta que a concessão deve esclarecer bem a relação laboral entre as empresas concessionárias e os taxistas, criando cláusulas de penalização. A título de exemplo, refere casos de infracção onde o castigo pode ser a retirada das licenças já atribuídas.
Em Maio passado, o Executivo atribuiu 200 novas licenças de táxis pretos, sendo que 230 anteriores veriam a sua licença caducada até ao final deste ano. A estes, vão, agora, juntar-se mais cem. Ontem, contudo, não foi divulgada qualquer data para a realização do concurso, apenas sendo referido que vai acontecer “brevemente”.

6 Out 2015