Hoje Macau SociedadeGestores do Fundo Petrolífero de Timor-Leste recebem formação em Macau Os dirigentes do Banco Central de Timor-Leste (BCTL) responsáveis pela gestão operacional do Fundo Petrolífero realizaram uma formação de dois dias em Macau, que terminou na terça-feira. Num comunicado, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) disse que a formação abordou temas como o mercado monetário, investimentos em obrigações e acções, gestão cambial e “os últimos desenvolvimentos no actual mercado financeiro global”. O regulador acrescentou que os mecanismos de gestão da reserva financeira de Macau foram também alvo de uma apresentação aos dirigentes do BCTL. A reserva financeira de Macau atingiu em Junho o valor mais elevado dos últimos dois anos, tendo ganho 22,3 mil milhões de patacas na primeira metade de 2024. A AMCM recordou no comunicado de terça-feira que a formação resulta de um acordo, assinado com o BCTL em Abril, para reforçar a cooperação e o intercâmbio nas áreas da supervisão financeira e gestão de reservas. Criado em 2005 O Fundo Petrolífero de Timor-Leste foi criado em 2005 e o portefólio é gerido pelo BCTL. As transferências do Fundo Petrolífero para o Orçamento de Estado têm de ser aprovadas pelo parlamento timorense. O valor do Fundo Petrolífero manteve-se com 18,45 mil milhões de dólares, no final de Março, registando um aumento de 3,4 por cento em relação ao mesmo mês de 2023. “Este crescimento foi impulsionado pelos preços do petróleo e do gás, pelo pagamento de receitas referentes a 2023 e pela redução dos levantamentos devido à baixa execução orçamental no contexto da transição política”, salientou em Agosto o Banco Mundial. A AMCM assinou em 2022 um acordo de cooperação com o Banco Nacional de Angola nas áreas de supervisão financeira, troca de informações, gestão de crises e intercâmbio de pessoal. Um ano antes, o regulador juntou em Macau, através de videoconferência, os bancos centrais dos países lusófonos para discutir o futuro da estatística nestas instituições após a pandemia de covid-19.
Hoje Macau China / ÁsiaMar de Bohai | Encontrado novo campo petróleo de 104 milhões de toneladas As autoridades estimam que o achado no mar de Bohai, no nordeste da China, permita uma produção diária de um único poço de cerca de 110 toneladas de petróleo bruto A China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) anunciou ontem a descoberta de um novo campo petrolífero no mar de Bohai, no nordeste chinês, com uma reserva comprovada de 104 milhões de toneladas de crude. Denominado Qinhuangdao 27-3, o campo situa-se a cerca de 200 quilómetros da cidade de Tianjin e tem uma profundidade média de água de 25 metros, informou a agência de notícias oficial Xinhua. A produção diária de um único poço está estimada em cerca de 110 toneladas de petróleo bruto. Esta descoberta é o sexto campo com uma reserva de mais de 100 milhões de toneladas a ser encontrado no mar de Bohai desde 2019, confirmando as amplas perspectivas de exploração de petróleo e gás na região, segundo a CNOOC. Mais profundo Na segunda-feira, na cidade de Binzhou, província de Shandong, começou também a ser distribuído gás natural a partir de um terminal de processamento de gás, o maior do género construído pela Bohai Oil Field, o maior produtor de petróleo bruto ‘offshore’ da China. O projecto, que faz parte do Campo de Gás Condensado Bozhong 19-6, o primeiro campo de gás com reservas comprovadas de mais de 100 mil milhões de metros cúbicos de gás natural no mar de Bohai, vai processar até 1,3 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano. Este projecto proporcionará um fornecimento de “energia limpa mais estável e fiável” à região de Pequim – Tianjin – Hebei e à região do mar de Bohai, o que é de “grande importância para a segurança energética nacional e para a optimização da estrutura energética”, afirmou Jiang An, director-geral da filial da CNOOC em Tianjin. De acordo com a CNOOC, a exploração chinesa dos recursos de gás natural fora da costa está a avançar de forma constante para águas ultraprofundas. A companhia petrolífera chinesa Sinopec descobriu, em 2023, na região ocidental de Xinjiang, um campo com 1,7 mil milhões de toneladas de petróleo, que poderia cobrir a procura interna chinesa de 800 toneladas por ano durante dois anos, explicaram na altura os peritos locais.
Hoje Macau China / ÁsiaAIE prevê pico de combustíveis fósseis esta década e aquecimento de 2,4 graus O pico de consumo de combustíveis fósseis será atingido esta década, mas já não irá a tempo de evitar um aquecimento global de 2,4 graus Celsius, alertou ontem a Agência Internacional de Energia (AIE). Num relatório, a AIE lembrou que o aquecimento acumulado até agora já ronda os 1,2 graus e deverá duplicar até ao final do século com a dinâmica actual. Isto apesar da transição para a energia limpa estar em curso e a única questão ser quanto tempo levará a concretizar-se, sublinhou o director executivo da agência, Fatih Birol. A AIE admitiu que ainda considera “possível, mas muito difícil”, conseguir limitar o aquecimento global a 1,5 graus, o objectivo que a comunidade internacional estabeleceu com o Acordo de Paris, em 2015. A agência sublinhou que cumprir essa meta exigiria uma redução muito mais acentuada no uso de combustíveis fósseis. Embora o pico de consumo de carvão já deva ter sido atingido e o pico de consumo de petróleo e gás natural deva acontecer esta década, os combustíveis fósseis continuarão a corresponder a cerca de 73 por cento da procura global de energia em 2030. A acelerar Por outro lado, a AIE sublinhou que a transição para os automóveis eléctricos está a acontecer mais depressa do que o esperado e previu que 40 por cento dos carros vendidos em 2030 serão movidos a electricidade. A agência disse ainda acreditar que, até ao final da década, as energias renováveis representarão 80 por cento da nova capacidade de produção de electricidade, com a energia solar a representar mais de metade. As políticas anuais permitem a instalação de painéis solares com capacidade para produzir 500 gigawatts por ano, mas a AIE garantiu que o mundo poderia fabricar e instalar painéis solares com uma capacidade para produzir 1.200 gigawatts por ano até 2030. Ou seja, com o reforço das redes eléctricas e do armazenamento de electricidade, poderia ser integrada muito mais produção de fontes renováveis, o que reduziria mais rapidamente a utilização de combustíveis fósseis, sobretudo do carvão e especialmente na China. A China, que na última década absorveu quase dois terços da procura adicional de petróleo e um terço da procura de gás, além de ser o principal consumidor de carvão, é agora uma potência nas energias limpas, sublinhou a agência. A procura por combustíveis fósseis e as emissões associadas começarão a diminuir a partir de 2025 e será a Índia a impulsionar o crescimento do consumo de energia, seguida do Sudeste Asiático e África. A AIE defendeu que, para reduzir o uso de combustíveis fósseis, será decisivo encontrar financiamento para o desenvolvimento de tecnologias de baixas emissões nestas regiões.
Hoje Macau China / ÁsiaVenda de petróleo saudita em renmimbi “poderá prejudicar Angola”, diz dirigente Com a Arábia Saudita a ponderar vender petróleo à China usando a moeda chinesa, Angola poderá sair prejudicada, alertou ontem o presidente da Fundação para a Paz e Desenvolvimento das Nações Unidas. Num seminário a assinalar o 10.º aniversário da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, em Hong Kong, Daniel Fung Wah-kin disse que, no passado, a China foi “obrigada a comprar petróleo de Angola porque a Arábia Saudita era praticamente um monopólio dos Estados Unidos”. Angola tornou-se, em 2010, o principal fornecedor de petróleo da China e, de acordo com uma base de dados da ONU, o pico das exportações de crude angolano para o mercado chinês foi atingido em 2012: 33,6 mil milhões de dólares. No entanto, na primeira metade de 2023, Angola foi apenas o nono principal fornecedor de petróleo da China, numa lista liderada pela Rússia, Arábia Saudita e Brasil, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas chinesa. Daniel Fung disse que o papel da Arábia Saudita como exportador de petróleo para a China poderá sair reforçado, caso decida vender crude para o mercado chinês usando o renmimbi. No ano passado, o ministro das Finanças saudita, Mohammed al-Jadaan, disse que o reino estava a ponderar vender parte do petróleo para a China em renmimbi, apesar da sua moeda – o rial – estar ligada ao dólar norte-americano. Em dezembro, o Presidente chinês, Xi Jinping, disse numa cimeira com líderes do Golfo Pérsico, na Arábia Saudita, que a China ia procurar adquirir petróleo e gás natural da região usando o renmimbi. Para Daniel Fung, a aquisição de petróleo da Arábia Saudita daria “um enorme impulso à internacionalização” da moeda chinesa, dando como outros exemplos os Emirados Árabes Unidos e o Brasil. Em março, a China concluiu a primeira compra de combustíveis fósseis aos Emirados Árabes Unidos com renmimbis, tendo adquirido 65 mil toneladas de gás natural liquefeito. Em abril, a sucursal no Brasil do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) processou a primeira transação transfronteiriça em moeda chinesa, dois meses depois dos bancos centrais dos dois países terem assinado um acordo de compensação do renmimbi. As exportações brasileiras de petróleo para a China cresceram 49% na primeira metade de 2023, em comparação com a média do ano passado, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas chinesa. Em abril, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, atacou, em Xangai, o domínio do dólar como moeda de reserva mundial e apelou para o uso de outras divisas na relação comercial entre Brasil e China. A China realizou em março, pela primeira vez, mais transações transfronteiriças com a sua moeda do que com o dólar.
Hoje Macau China / ÁsiaRiade | Fórum empresarial com acordos de mais de 9,2 MM de euros O encontro empresarial na capital da Arábia Saudita movimentou quantias astronómicas. Só o acordo entre a chinesa Human Horizons, fabricante de veículos eléctricos, e o Ministério de Investimentos saudita cifrou-se em 5,6 mil milhões de dólares O Fórum de Empresários Árabes e Chineses, que terminou ontem em Riade, promoveu acordos comerciais estimados em mais de 10 mil milhões de dólares, noticiou a imprensa internacional. Segundo os meios de comunicação sauditas, os acordos do primeiro dia incluíram, entre outros, investimentos conjuntos nos sectores de tecnologia, energia renovável, agricultura, habitação, cadeia de suprimentos, turismo e saúde. O maior destes, no valor de 5,6 mil milhões de dólares, foi assinado pelo Ministério de Investimentos saudita e pela empresa chinesa Human Horizons, especializada no desenvolvimento de tecnologias de direcção autónoma e na fabricação de veículos eléctricos com a marca HiPhi. As partes estabelecerão uma parceria para investigar, desenvolver, fabricar e vender veículos eléctricos na Arábia Saudita, segundo as fontes. Outros acordos, alguns entre empresas sauditas do sector privado, incluem o estabelecimento de investimentos conjuntos para fabricar carruagens de comboios, construir e operar um projecto de mineração de cobre ou ainda desenvolver aplicativos sobre turismo. Parceria reforçada O Fórum de Empresários Árabe e Chineses – na sua décima edição e que teve início no domingo em Riade – é visto pela Arábia Saudita como uma oportunidade para ampliar a parceria económica com a China, considerada a principal parceira comercial de Riade. O chanceler saudita, Faisal bin Farhan, estimou durante a sessão inaugural em 430 mil milhões de dólares o volume do intercâmbio comercial árabe-chinês em 2022, e em 106 mil milhões o comércio saudita-chinês no mesmo período, com um aumento de 31 por cento e 30 por cento, respectivamente, em relação a 2021. Este fórum ocorre quando os Estados Unidos estão a perder gradualmente a sua influência na região, o que fez com que a China se posicionasse no centro dos países da Liga Árabe, formada por 22 membros, principalmente nas monarquias ricas em petróleo do Golfo Pérsico. Em Dezembro passado, a China consolidou-se como o maior parceiro comercial da Arábia Saudita, assinando cerca de trinta acordos multimilionários, incluindo um acordo de “Parceria Estratégica”, durante a primeira visita do Presidente chinês, Xi Jinping, ao reino desde 2016.
Hoje Macau China / ÁsiaEnergia | País converte “berço” do petróleo em ‘hub’ de renováveis Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa No remoto oeste chinês, berço da exploração de petróleo e carvão, estão a ser construídos alguns dos maiores parques eólicos e fotovoltaicos do mundo, ilustrando os esforços da China para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Em Gansu, uma província empobrecida e esparsamente povoada, a energia eléctrica gerada a partir de fontes renováveis ascende já a 40 por cento da produção total, explicou Ding Kun, vice-director da Divisão de Desenvolvimento da filial local da State Grid, a estatal chinesa que em Portugal detém 25 por cento da REN – Redes Energéticas Nacionais. Trata-se de um valor superior à média do país, que se fixou em 31,9 por cento, no ano passado, segundo dados publicados pelo grupo de reflexão (‘think tank’) Ember. A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo, devido à sua dependência do carvão, mas é também líder global em energias renováveis. Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados. Em Gansu, onde vastas planícies são interrompidas por vales profundos e cadeias montanhosas com picos nevados, estão alguns dos maiores parques eólicos e solares do planeta, visando aproveitar a abundância de vento, sol e água da região. A capacidade de exploração técnica de energia eólica e solar da província ascende a 5,6 mil milhões de quilowatts e 95 mil milhões de quilowatts, respectivamente, explicou Ding Kun. Era do renovável No norte da região, na borda oriental do deserto de Gobi, que se estende por mais de 1.600 quilómetros quadrados, está o parque de Jiuquan – o maior da China e um dos maiores do mundo, com capacidade instalada de mais de 20 gigawatts. A cerca de 200 quilómetros, a outrora próspera cidade de Yumen, o “berço da indústria petrolífera chinesa” que entrou em decadência, nos últimos 20 anos, à medida que os poços de crude se esgotaram, está a construir um dos maiores parques de energia solar do país. Um sinal escrito em inglês e chinês continua a identificar Yumen como “Terra Sagrada do Petróleo”. No centro da cidade, ergue-se uma estátua de Wang Jinxi, o “Homem de Aço” que liderava uma equipa encarregue da perfuração de campos petrolíferos, e que se tornou numa figura exaltada pelo regime, nos anos 1960, como parte das campanhas para inspirar os operários. Ele “trabalhava tão afincadamente que, por vezes, se esquecia de comer”, contava a propaganda maoista. Mas, numa planície desértica nas redondezas da cidade, estão agora a ser instalados anéis gigantes de painéis solares. No centro de cada círculo há uma torre, projectada para receber a luz do sol reflectida e concentrá-la num feixe, gerando calor suficiente para operar uma usina termoelétrica – uma técnica designada Energia Solar de Concentração. Aproveitando as capacidades tecnológicas da State Grid para transmissão de energia a longa distância, a energia produzida em Gansu viaja cerca de 1.500 quilómetros até à província de Hunan, fornecendo assim o sudeste chinês, a região mais industrializada do país. Gansu ambiciona ser um ‘hub’ na produção e distribuição de energia ‘verde’ para o resto da China, devido à sua localização central no noroeste do país. A província faz fronteira com Shaanxi, Qinghai, Ningxia e Xinjiang, regiões administrativas cujas redes de distribuição eléctrica não estão directamente conectadas entre si. “As redes dessas regiões estão conectadas a Gansu e conectadas entre si através de Gansu”, resumiu Ding.
Hoje Macau China / ÁsiaArábia Saudita e China acordam manter estabilidade no mercado de petróleo Arábia Saudita e China comprometeram-se sexta-feira a cooperar para manter a estabilidade no mercado mundial de petróleo, segundo a imprensa oficial, depois de o reino árabe ter sido alvo de críticas por parte de Washington. De acordo com a agência noticiosa saudita SPA, o ministro da Energia, Abdulaziz bin Salman bin Abdulaziz, e o director da Administração Nacional de Energia da China, Zhang Jianhua, “afirmaram a sua vontade de cooperar para garantir a estabilidade no mercado petrolífero mundial, manter uma comunicação eficaz e fortalecer a cooperação, visando enfrentar desafios futuros”, durante uma reunião por videoconferência. As duas partes apontaram para a “importância de trocar pontos de vista, como dois dos mais importantes produtores e consumidores de energia do mundo”, segundo a mesma fonte, acrescentando que as duas partes sublinharam a importância de um fornecimento confiável de petróleo a longo prazo, para garantir a estabilidade no mercado de petróleo. O mercado de petróleo enfrenta “muitas incertezas, como o resultado de condições internacionais complexas e em mudança”, disse a agência, sem dar mais detalhes. Cooperação activa A Arábia Saudita enfatizou que continua a ser o “parceiro e exportador mais confiável de suprimentos de petróleo bruto para a China”. Ambos os lados acordaram ainda “cooperar, no âmbito do acordo de cooperação bilateral para o desenvolvimento de energia nuclear, negociado entre os governos da China e da Arábia Saudita”. Os 13 membros da OPEP+, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, decidiram, em 5 de Outubro, reduzir as cotas de produção, para impedir uma queda no preço do petróleo bruto, uma decisão que abalou a relação entre Riade e Washington. A Casa Branca disse que vai “rever” o seu relacionamento com a Arábia Saudita, que acusou de “alinhar com a Rússia”, com aquela medida. A Arábia Saudita defendeu o acordo da OPEP+ para reduzir a oferta de petróleo, afirmando que se trata de uma decisão puramente económica, algo que foi apoiado por muitos países, especialmente da região do Golfo Pérsico.
Hoje Macau China / ÁsiaAumento do preço do petróleo agrava défice da balança comercial do Japão O Japão registou um défice comercial de quase 8 biliões de ienes na primeira metade deste ano, devido ao aumento dos preços do petróleo e à desvalorização da moeda japonesa. De acordo com dados oficiais divulgados hoje pelo Ministério das Finanças japonês, o país registou o segundo semestre consecutivo de défice comercial. Apesar do défice as exportações cresceram 15%, para 45,94 biliões de ienes e as importações caíram quase 38%, para 53,86 biliões de ienes. Em junho, as importações aumentaram 46%, enquanto as exportações cresceram 19%, em comparação com igual período de 2021, resultando num défice comercial de 1,38 biliões de ienes, o maior para o mês de junho desde 2014. As importações japonesas da China aumentaram 33% em junho, em relação ao ano anterior, enquanto as exportações aumentaram 8%. As importações dos Estados Unidos cresceram 25%, enquanto as exportações aumentaram 15%, por sua vez as importações do Médio Oriente, fonte de grande parte do abastecimento energético do Japão, aumentaram 125%. Junichi Makino, economista-chefe da consultora SMBC Nikko Securities, disse que as exportações aumentaram em junho, apoiadas pela procura global por carros e chips de computador japoneses. O iene vale hoje cerca de 138 ienes por dólar, abaixo dos cerca de 110 ienes de um ano atrás. O Banco do Japão optou hoje por manter inalteradas as taxas de juro de curto prazo em -0,1% e o programa de compras de fundos negociados em bolsa para manter a curva de rendimento das obrigações de longo prazo em cerca de 0%. Pelo contrário, outros países, incluindo os Estados Unidos estão a subir as taxas para combater a inflação. Os preços do petróleo subiram no mercado mundial desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro, e agora estão a ser negociados a cerca de 100 dólares o barril.
Hoje Macau China / ÁsiaQuatro países do Golfo visitam China em período de crise energética Quatro países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) iniciaram hoje uma visita de cinco dias à China, num período de rápido aumento do preço do petróleo, do qual o país asiático é o maior importador do mundo. A recuperação da economia mundial levou, nos últimos meses, a uma forte subida dos preços de todas as fontes de energia, em particular do gás e do petróleo. Face ao aumento da procura global e às interrupções relacionadas com a pandemia de covid-19, a China está preocupada com o seu abastecimento. A convite do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, os seus homólogos de quatro países do Golfo Pérsico – Arábia Saudita, Kuwait, Omã e Bahrein – estão na China até sexta-feira, segundo uma nota informativa da diplomacia chinesa. O comunicado divulgado não fornece detalhes sobre o programa. As visitas de diplomatas estrangeiros à China nos últimos dois anos têm sido escassas, devido às medidas de prevenção contra a doença covid-19. De acordo com o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, esta visita poderá permitir “avançar” nas discussões em torno de um acordo de livre comércio entre a China e o Conselho de Cooperação do Golfo. O GCC (na sigla em inglês) é formado por seis países: Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Qatar. Nos últimos anos, a China tem procurado fortalecer os seus laços com os países do Golfo. Em 2014, o Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu mais do que duplicar o comércio com a região até 2023. Esta visita ocorre numa altura em que os distúrbios no vizinho Cazaquistão, membro da OPEP + (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), levaram à subida dos preços do petróleo. Os investidores temem possíveis interrupções no fornecimento. O país é o maior produtor de petróleo da Ásia Central, com a 12.ª reserva comprovada de petróleo do mundo, de acordo com a Agência de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA). O Cazaquistão produziu cerca de 1,8 milhões de barris por dia em 2020. Em novembro, a China anunciou que estava a utilizar as suas reservas de petróleo para baixar os preços, acompanhando uma iniciativa lançada pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Hoje Macau EntrevistaMinistro do Petróleo diz que política em Timor-leste colocou “a carroça à frente dos bois” [dropcap]T[/dropcap]imor-Leste meteu “a carroça à frente dos bois” na estratégia para o sector petrolífero, com a política à frente das questões técnicas e de viabilidade económica, algo que tem agora de ser revertido, disse o ministro da tutela. “Temos primeiro de ouvir dos técnicos, ver o resultado da análise de viabilidade económica. Vamos aguardar por esse parecer. O Estado timorense comprometeu-se com povo com a ideia de que o gasoduto tem de vir para Timor-Leste. Se não for no Tasi Mane [costa sul] pode ser no Tasi Feto [costa norte]”, disse Victor Soares, ministro do Petróleo e Assuntos Minerais em entrevista à Lusa. “Mas, se não for viável não vamos perder dinheiro. Esse é o princípio do negócio. Isso é que vamos defender. O que ocorreu até aqui, foi colocar a carroça à frente dos bois: os políticos decidiram e os técnicos foram atrás dos políticos. Temos de reverter isso”, afirmou. No cargo há apenas dois meses e no intuito de imprimir esse novo cunho, Soares já levou a cabo uma ampla reestruturação na liderança das várias instituições que actuam no sector do petróleo, com mudanças no comando da petrolífera, a Timor Gap, da Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM) e do Instituto de Petróleo e Geologia (IPG). As equipas cessantes estiveram envolvidas no que foram, até agora, os passos mais amplos dados por Timor-Leste neste sector, incluindo a delimitação das fronteiras permanentes com a Austrália, o projecto de desenvolvimento da costa sul para o setor petrolífero e os poços do Greater Sunrrise, onde a Timor Gap comprou uma participação maioritária por 650 milhões de dólares. Todos trabalharam de perto com o líder timorense Xanana Gusmão, o principal arquitecto da política para o sector – incluindo o projecto Tasi Mane de desenvolvimento da costa sul e do gasoduto dos poços de Greater Sunrise para Timor-Leste. “Vi o desenvolvimento deste sector ao longo do tempo e considerei que era essencial fazer mudanças. Temos de fazer mudanças de forma estruturante, para responder às expectativas da população”, afirmou. “Este sistema foi montado há mais de 10 anos, mas não vejo que as coisas funcionem de acordo com as políticas decididas e sinto que é necessário fazer alterações tendo em vista uma nova estratégia”, afirmou. Soares é claro sobre o investimento no consórcio do Greater Sunrise: “Penso que foi um grande erro que o Governo fez”, disse. “Não deveria ter sido feito. Pagou para uma coisa que não é nada. Isso foi um erro. Não foi baseado na análise técnica da empresa ou dos técnicos. Foi uma decisão meramente política. Logo nas primeiras reuniões que tive com direcção da Timor Gap, da ANMP e do IPG, confirmamos que o projecto não foi feito com base num estudo de viabilidade”, explicou. Victor Soares sublinha a importância do sector petrolífero para o país: “É fundamental e vital para o progresso de desenvolvimento de Timor-Leste”. Questionado sobre os cenários técnicos e até económicos apresentados por Xanana Gusmão ao longo do tempo, o ministro considera que sempre assentaram “mais em questões políticas que técnicas”, não dando informações certas sobre as análises de viabilidade. Victor Soares disse ainda que o Governo está a debater solicitar uma auditoria externa a “todo o projecto” para ver o que foi feito, como foi feito, o que está certo ou não. Victor Soares é um dos elementos no Governo da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), o maior partido do país, que se juntou ao actual Executivo para o viabilizar no que resta de mandato, que termina a 2023. O partido votou contra o tratado de fronteiras marítimas e o projecto do Greater Sunrise e contestou a compra da participação maioritária pela Timor Gap. Publicamente, o partido não contesta a decisão de trazer para Timor-Leste um gasoduto do Greater Sunrise – talvez o assunto mais complexo e polémico de todo o projecto, que tem dividido timorenses e australianos e sido contestado pelas petrolíferas internacionais. Em privado, porém, dirigentes do partido questionam não só a viabilidade do gasoduto, mas até a localização da unidade de gás natural liquefeito a criar, admitindo a sua transferência da costa sul, como prevê o actual projecto, para a costa norte. Com a questão do gasoduto a ser politicamente colada ao tema da soberania nacional – posição vincada por Xanana Gusmão e defendida na política do actual Governo – o partido admite que apresentar uma versão contrária poderia ter um custo político ou eleitoral. Questionado pela Lusa sobre o facto de a Fretilin não admitir publicamente as suas reservas sobre o assunto, Victor Soares refere-se à “euforia” da população. “Esta política tem vindo a ser desenvolvida, e os timorenses ouviram e expressaram que a fronteira marítima devia ser definida e o gasoduto ou oleoduto devia vir para Timor-Leste. Isto foi consumo público e toda a gente está com esta euforia de ter esta soberania e a nossa riqueza, mesmo a qualquer custo”, disse. “As pessoas mais formadas que conhecem a área e que têm acesso às informações específicas sabem que não é totalmente viável. Mas como a política já foi decidida, temos de ter cuidado com o partido. O nosso eleitorado não são todos políticos, não têm conhecimento de nível alto. Vamos ter esse cuidado”, admitiu. Independentemente disso, insiste, o importante é que os técnicos da Timor Gap e da ANMP concluam “uma análise de viabilidade económica de todo o projecto”, tendo em conta vários cenários para o preço do crude e os novos “parâmetros” no quadro do impacto da covid-19. “Temos de tomar uma decisão dependendo do estudo de viabilidade económica”, disse. “Mas estamos a pensar agora fazer um ajustamento, definir uma nova estratégica. Deixemos os técnicos do Timor Gap, os parceiros do consórcio e outras partes envolvidas no projeto, que vejam se é viável ou não, se é lucrativo ou não. E depois disso apoiaremos a escolha”, referiu. O Governo, explicou, partiu dessa base de que o gasoduto tem que vir para a costa sul do país, porém, sublinha Soares, essa opção terá necessariamente impacto naquela que é uma das principais zonas de agricultura do país, sector de que vive a ampla maioria da população. Motivo pelo qual, disse, a política tem que também ter em conta um adequado plano territorial que analise as melhores localizações possíveis. Empresa estatal na calha O Governo timorense quer criar uma empresa estatal, equivalente à petrolífera Timor Gap, para os minerais, e uma autoridade específica que permita regulamentar adequadamente o sector, adiantou também o ministro da tutela. “Tem de haver uma empresa estatal, como a Timor Gap. Vai haver discussão do código mineiro na especialidade e com certeza vai passar. Mas depois temos que elaborar os regulamentos e estabelecer uma autoridade específica para o sector dos minérios”, referiu. Actualmente a responsabilidade regulatória recai na Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM) que, segundo Victor Soares, vai ser dividida em duas, para que a nova entidade “possa fazer regulamento mais específicos para toda as actividades mineiras”. O governante garante que “várias empresas locais e internacionais expressaram intenção de investir nessa área” e que, para isso, há que terminar toda a regulamentação necessária. No cargo há apenas dois meses e no intuito de imprimir esse novo cunho, Soares já levou a cabo uma ampla reestruturação na liderança das várias instituições que actuam no sector do petróleo, com mudanças no comando da petrolífera, a Timor Gap, da Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM) e do Instituto de Petróleo e Geologia (IPG). Um dos elementos centrais do trabalho no sector é o futuro Código Mineiro, aprovado no final de Julho na generalidade no Parlamento e que vai agora ser analisado na especialidade, eventualmente com o apoio de técnicos especializados. Em preparação há vários anos, o código suscitou amplas diferenças de opinião entre partidos, interpretações sobre como o sector deve ser gerido, questões sobre licenças ambientais e até sobre a criação ou não de uma empresa pública para o sector. Uma primeira proposta apresentada ao Parlamento caducou, dado o fim da legislatura – Timor-Leste teve eleições legislativas em 2017 e antecipadas em 2018, tendo a versão aprovada na generalidade sido apresentada em julho de 2019, assinada por deputados do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), do Partido Libertação Popular (PLP) e do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) – que integravam a anterior coligação do Governo – e ainda do Partido Democrático (PD). No sector, um dos projectos que se arrasta há vários anos é o da unidade de produção de cimento em Baucau, o TL Cement, onde têm havido avanços e recuos e onde se está prestes a esgotar o prazo da valência de um ‘depósito’ de 50 milhões de dólares, pelo Governo, como parceiro no projecto. Victor Soares explica que têm havido contactos com a empresa, mas que depois dos fundos já investidos pelo Governo é preciso que a empresa “contribua com o seu capital”. Igualmente em curso continua o projecto, no sector do petróleo ‘onshore’, da empresa Timor Resources, na zona sul do país. “Estivemos com os representantes timorenses, fizemos uma vídeo-conferência com a CEO [directora executiva] e o diálogo foi muito positivo. Estão interessados em continuar a investir e pediram o apoio político, da ANMP e Timor Gap para que possam continuar”, referiu. Em termos gerais, Victor Soares sustenta que Timor-Leste está “bem”, com um Governo “em pleno funcionamento e um parlamento com ampla maioria” e que a viabilidade está garantida. “Os investidores e os nossos parceiros não devem ter anseios e dúvidas e desconfianças porque Timor está bem e vamos trabalhar até ao fim do nosso mandato. Sempre encorajo todos a que devem confiar neste Governo”, disse. “Devem acreditar que Timor está no rumo certo” afirmou.
Salomé Fernandes SociedadePetróleo | Governo exorta fornecedores a ajuste “imediato” de preços [dropcap]P[/dropcap]erante a descida de preços do petróleo a nível internacional, o Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Fiscalização dos Combustíveis do Governo instou os fornecedores locais a acompanharem a tendência de forma proporcional. Um comunicado do Conselho de Consumidores e da Direcção dos Serviços de Economia apontou que se tem mantido uma comunicação regular com o sector, e que a fixação dos preços dos produtos petrolíferos deve ser consistente com o ritmo de ajustamento internacional, para responder às expectativas da população. “Apesar de os fornecedores de combustíveis terem reduzido os preços de venda a retalho seis vezes, durante este ano, mas face às mudanças recentes do preço internacional do petróleo, devem-se, de imediato, proceder aos ajustamentos correspondentes, concretizando o mecanismo de ajustamento de preços”, indica a nota. Na base da variação internacional dos preços dos produtos petrolíferos de Macau estão a epidemia do novo coronavírus e a ruptura do acordo sobre a limitação de produção de petróleo nos países produtores. Assim, o valor do petróleo bruto sofreu uma quebra de 67 dólares por barril no início de Janeiro, para cerca de 25 dólares a 19 de Março, representando uma descida de 60 por cento. No mesmo período, o preço internacional dos produtos refinados desceu também cerca de 40 dólares americanos por barril. Dados do Governo que estabelecem uma comparação entre os preços de venda a retalho de gasolina sem chumbo 98 entre Zhuhai e Macau mostram que no dia 20 de Março o preço médio tinha uma diferença de 4,49 patacas, com a RAEM a apresentar o valor mais alto. Sulu Sou indicou numa publicação no facebook que o Governo instou as companhias de petróleo a ajustar os seus preços, mas questionou quando. E criticou que apesar de se falar da criação de uma lei anti-monopólio, esta ainda não foi levada à Assembleia Legislativa. Com história Esta não é a primeira vez que o deputado levanta a questão. Durante o debate na generalidade da proposta de lei sobre os direitos do consumidor, em Março do ano passado, indicou que o diploma deveria actuar em conjunto com uma lei da concorrência leal, para prevenir práticas comerciais desleais de fixação de preços. Na intervenção, apontou que quando os preços praticados ao nível da gasolina no mercado internacional sobem, o preço sobe também em Macau. Mas que quando desce, no território se mantêm altos. Na altura, o então Secretário para a Economia e Finanças explicou existir um projecto da proposta de lei de concorrência leal, mas que se encontrava em fase de aperfeiçoamento. Recorde-se que o deputado Leong Sun Iok também pediu recentemente um ajuste dos preços e promoção de leis sobre a concorrência leal e anti-monopólio, numa interpelação escrita.
João Luz VozesDuo do Ouro Negro [dropcap]E[/dropcap]sta crónica não é sobre Raul Indipwo, mas “Vou Levar-te Comigo”, meu irmão. Este fim-de-semana, uma série de ataques de drones à maior refinaria de petróleo do mundo, na Arábia Saudita, fez soar os tambores da guerra. Quando a vítima de um atentado é o ouro negro, Washington responde com ira e prontidão para começar uma guerra. Este episódio traz ao de cima, mais uma vez, uma das mais perversas e bizarras alianças geopolíticas dos últimos tempos, o Duo do Ouro Negro. Chamemos os bois pelos nomes. A Arábia Saudita é o Estado Islâmico que conseguiu os seus intentos. Um país que, além de exportar petróleo, exporta wahhabismo, semente do terrorismo sunita que, inclusive, foi a força “espiritual” da Al-Qaeda. Um dos exemplos do enorme poder relativista do petróleo é o facto de que 15 dos 19 terroristas que desviaram os aviões que embateram contra o World Trade Center eram sauditas, assim como Osama Bin Laden. Mas nada importa, pelo menos enquanto o petróleo xiita tiver a Rússia e a China como clientes. Há anos que a Arábia Saudita bombardeia o Iémen com armas norte-americanas, causando uma das maiores crises humanitárias da actualidade que ameaça limpar da superfície terrestre o que resta do país. Agora que houve uma centelha de retaliação, explode o mais podre e hipócrita dos ultrajes. Vá lá, o desdém pela vida e direito internacional não era suposto ser assim tão óbvio, nem demonstrar tão claramente que petróleo vale mais que pessoas. Ao menos o preço do barril de crude subiu. Os mercados vivem, enquanto as pessoas morrem. Viva o Duo do Ouro Negro!
Hoje Macau China / ÁsiaPetróleo | Preocupações com preços após ataque na Arábia Saudita [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês admitiu ontem estar preocupado com o impacto nos mercados do petróleo do ataque com veículos aéreos não tripulados (drones) a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, ocorrido no fim de semana. “A China está obviamente muito preocupada com o impacto do ataque na estabilidade e segurança do mercado internacional de fornecimento de petróleo”, afirmou a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying. Os preços do petróleo caíram na terça-feira, depois de subirem no dia anterior, após o ataque. A China é um dos maiores clientes do petróleo do Médio Oriente. Hua afirmou ainda que o país condena os ataques a uma refinaria e a um campo de exploração petrolífera em Aramco, que forçou a Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo, a reduzir a produção para metade. O porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês Fu Linghui considerou ontem que é muito cedo para avaliar o impacto nos mercados de energia, e observou que os preços do petróleo estavam em queda antes do ataque. Os rebeldes iemenitas Huthis, apoiados pelo Irão e que enfrentam uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, há cinco anos, assumiram a responsabilidade pelos ataques. O incidente foi condenado pela Casa Branca. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou Teerão de “lançar um ataque sem precedentes ao fornecimento global de energia”.
Hoje Macau China / ÁsiaPetróleo | Preocupações com preços após ataque na Arábia Saudita [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês admitiu ontem estar preocupado com o impacto nos mercados do petróleo do ataque com veículos aéreos não tripulados (drones) a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, ocorrido no fim de semana. “A China está obviamente muito preocupada com o impacto do ataque na estabilidade e segurança do mercado internacional de fornecimento de petróleo”, afirmou a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying. Os preços do petróleo caíram na terça-feira, depois de subirem no dia anterior, após o ataque. A China é um dos maiores clientes do petróleo do Médio Oriente. Hua afirmou ainda que o país condena os ataques a uma refinaria e a um campo de exploração petrolífera em Aramco, que forçou a Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo, a reduzir a produção para metade. O porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês Fu Linghui considerou ontem que é muito cedo para avaliar o impacto nos mercados de energia, e observou que os preços do petróleo estavam em queda antes do ataque. Os rebeldes iemenitas Huthis, apoiados pelo Irão e que enfrentam uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, há cinco anos, assumiram a responsabilidade pelos ataques. O incidente foi condenado pela Casa Branca. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou Teerão de “lançar um ataque sem precedentes ao fornecimento global de energia”.
Hoje Macau China / ÁsiaPetróleo | Gulbenkian vende Partex por a empresa pública tailandesa [dropcap]A[/dropcap] Fundação Gulbenkian assinou hoje um acordo para a venda da Partex com a PTT Exploration and Production, empresa pública tailandesa de exploração e produção de petróleo, por 622 milhões de dólares. Em comunicado hoje divulgado, a Fundação Gulbenkian informou que “a operação terá um valor de 622 milhões de dólares, sujeita aos ajustes habituais nestas transacções”, sendo que “o acordo seguirá agora o habitual processo de autorizações, que deverá estar concluído até final do ano”. A Fundação Gulbenkian já tinha anunciado a intenção de sair do negócio da exploração de petróleo, com activos avaliados em cerca de 457 milhões de euros, para ser mais sustentável, um negócio criado em 1938 pelo seu fundador, Calouste Gulbenkian.
Hoje Macau SociedadeAutoridades detectam tráfico de petróleo [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Zhuhai detectaram um caso de transporte ilegal de petróleo por parte de uma embarcação que viajava entre Hong Kong e Macau. O caso foi relatado ontem pelo canal chinês da Rádio Macau, que cita as autoridades da cidade vizinha. Segundo a informação divulgada, as suspeitas do tráfico foram confirmadas depois de uma inspecção, já depois do navio em causa ter sido obrigado a atracar. Durante a investigação, as autoridades detectaram a existência de um compartimento secreto com capacidade para o transporte 30 toneladas de combustível.
João Luz SociedadeEnergia | Petrolífera chinesa anuncia exploração na Grande Baía [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente da gigante China National Offshore Oil Corp (CNOOC), Yang Hua, anunciou que a petrolífera irá focar investimento na área da Grande Baía Guangdong – Hong Kong – Macau. A petrolífera propõe-se explorar petróleo e gás natural e construir o primeiro poço de águas profundas da região, onde se estima que exista uma reserva de gás natural com mais de 100 mil milhões de metros cúbicos, de acordo com o jornal China Daily. A companhia, cujo maior accionista é o Governo chinês, prevê ainda a construção de um complexo de exploração petrolífera nos próximos anos. De acordo com Yang, citado pelo China Daily, a zona da Grande Baía é uma das regiões onde a CNOOC vê maior potencial de investimento para a exploração offshore de gás e petróleo, assim como para a refinação de petróleo, construção de pipelines de gás natural e terminais de gás natural líquido. “Vamos continuar a aumentar a exploração e a descobrir mais poços e petróleo e gás natural para assegurar a segurança energética nacional e a estabilidade do fornecimento de energia”, avançou o presidente da CNOOC, também delegado na Assembleia Popular Nacional. A CNOOC foi responsável, em 2018, pelo abastecimento de mais de 18,2 mil milhões de metros cúbicos de gás natural à zona da Grande Baía, o que representou mais de 70 por cento do gás consumido na região.
Hoje Macau China / ÁsiaPetróleo | China é opção para investimento em Timor [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]imor-Leste recorrerá a capital chinês para desenvolver os campos petrolíferos do Greater Sunrise e projectos associados se investidores de outros países, como Austrália, EUA, Japão ou Coreia não avançarem, disse o embaixador timorense em Camberra. Em entrevista ao Australian Financial Review, Abel Guterres disse que Timor-Leste continua confiante nas perspectivas de desenvolvimento do Sunrise, nomeadamente o projecto de um gasoduto até ao sul do país. “Se os nossos amigos norte-americanos, australianos, japoneses e coreanos não avançarem, então, não temos escolha: os chineses têm capital”, disse. “Há capital: é uma questão de como lidamos com as questões que existem para construir a confiança dos investidores”, sublinhou. A entrevista surgiu dias antes de Timor-Leste concretizar a compra por 650 milhões de dólares de uma participação maioritária de 56,6 por cento no consórcio dos poços petrolíferos Greater Sunrise, no mar de Timor. Esses fundos sairão do Fundo Petrolífero (FP) aos quais, como explicou à Lusa esta semana o presidente e director executivo da Timor Gap, Francisco Monteiro, Timor-Leste quer evitar recorrer para financiar os custos de capital até 12 mil milhões de dólares para o desenvolvimento do projecto. Quando a produção começar espera-se que garanta um retorno financeiro que pode alcançar os 28 mil milhões de dólares, explicou o responsável. “A nossa estimativa conservadora é de que pelo menos 28 mil milhões entrarão no FP do Greater Sunrise, sem contar outros benefícios económicos como empregos criados, por isto ocorrer em Timor-Leste”, disse.
Hoje Macau InternacionalQatar vai sair da Organização dos Países Exportadores de Petróleo [dropcap]O[/dropcap] Qatar vai deixar de ser membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Janeiro, anunciou hoje o ministro de Energia do país. “O Qatar decidiu retirar-se de membro da OPEP em janeiro de 2019”, disse Saad Al-Kaabi durante uma conferência de imprensa em Doha, acrescentando já ter informado a organização sobre esta decisão. O Qatar continuará a produzir petróleo, mas vai concentrar-se na produção de gás, explicou Saad Al-Kaabi. O Qatar é o maior exportador mundial de gás natural em estado líquido. “Não temos muito potencial [em petróleo], somos muito realistas, o nosso potencial é o gás”, disse. O ministro, antigo CEO da Qatar Petroleum, a empresa estatal que opera todas as actividades de petróleo e gás no país, assegurou que a decisão de deixar a OPEP “não tem nada que ver com o bloqueio económico” que a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Egito impuseram a Doha desde Junho de 2017. O Qatar é membro da OPEP desde 1961.
Hoje Macau China / ÁsiaFundo Petrolífero timorense com saldo de 17,16 mil milhões de dólares no final de setembro [dropcap]O[/dropcap] Fundo Petrolífero de Timor-Leste registava no final de setembro um saldo de 17,16 mil milhões de dólares, mais 228,83 milhões que no final de Junho, segundo o relatório trimestral divulgado hoje pelo Banco Central timorense. “O lucro no período foi de 228,83 milhões, representando um retorno de 1,73%”, em linha com o ‘benchmark’, explicou Venâncio Alves Maria, vice-governador do Banco Central de Timor-Leste (BCTL), num encontro com os jornalistas para divulgação do relatório. O relatório confirma que no trimestre entre 1 de Julho e 30 de Setembro, o fundo registou receitas brutas de 79,42 milhões de dólares, correspondentes a contribuições, ‘royalties’ e impostos. As saídas de liquidez ascenderam a 144,15 milhões de dólares, no mesmo período, sendo que 140 milhões desse valor foram para o Orçamento Geral do Estado e o resto representou gastos de gestão. O rendimento dos investimentos foi de 293,72 milhões de dólares, dos quais 89,86 milhões correspondentes a dividendos e juros e 226,35 milhões de “alterações do valor de mercado dos instrumentos detidos”, tendo o movimento cambial representado perdas de 22,5 milhões. Em termos homólogos, face ao final de setembro de 2017, o fundo cresceu cerca de 470 milhões de dólares, tendo aumentado 360 milhões de dólares. O relatório abrange o último trimestre de 2018 em que o Estado viveu com duodécimos, o que implicou que, ao longo do ano, os levantamentos do fundo tenham sido muito menores do que o normal. Nos primeiros nove meses do ano, e ainda no regime duodecimal, apenas foram feitos levantamentos para o Orçamento Geral do Estado de 210 milhões de dólares – 70 milhões pelo VII Governo e 140 milhões pelo VIII Governo. Em Outubro, já com o Orçamento Geral do Estado de 2018 – aprovado no final de setembro – em vigor, foram transferidas para as contas públicas 220 milhões de dólares, confirmou Venâncio Maria. Questionado sobre a estratégia de investimento, o vice-governador disse que continua a tendência de queda de receitas provenientes da produção dos campos petrolíferos no Mar de Timor. Sobre se é necessária ou não uma política mais agressiva de investimento do fundo, o responsável do BCTL disse que essa questão é analisada regularmente pelo Ministério das Finanças, pelo Investment Advisory Board e atualizada “oportunamente”.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste vai abrir em 2019 novos blocos para exploração de petróleo on-shore [dropcap]A[/dropcap]s autoridades timorenses deverão abrir novos blocos de exploração de petróleo on-shore no sul de Timor-Leste em 2019 e, paralelamente, ampliar a zona de exploração no Mar de Timor, anunciou o Governo. Ministro interino de Petróleo e Recursos Minerais timorense, Agio Pereira, anunciou numa conferência em Díli que a Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANPM) lança em 2019 “uma nova ronda para exploração de petróleo on-shore”. Recorde-se que em abril de 2017 Timor-Leste concedeu as primeiras duas licenças de exploração e produção de petróleo no interior do país. Esses dois primeiros contratos abrangem uma área de cerca de dois mil quilómetros quadrados e incluem as obrigações mínimas de trabalhos, incluindo levantamentos sísmicos 2D, estudos de impacto ambiental e a perfurações de pesquisa. Os contratos foram adjudicados à TIMOR GAP Onshore Block, uma subsidiária da empresa pública petrolífera de Timor-Leste (TIMOR GAP), e à Timor Resources Pty Ltd, uma empresa australiana que faz parte do Nepean Group. A Timor Resources declarou que prevê investir cerca de 42 milhões de dólares americanos no projeto nos primeiros três anos. Em agosto a empresa anunciou um contrato à BGP Indonesia para conduzir sondagens sísmicas onshore com petróleo descoberto em quatro das 12 perfurações iniciais de exploração. Além da nova ronda de exploração onshore, o Governo quer ampliar a zona de exploração off-shore, especialmente depois de concluído o processo de ratificação do novo tratado de fronteiras com a Austrália. Agio Pereira disse que os Governos timorense e australiano estão envolvidos em “contactos intensivos” com as petrolíferas para “garantir que os direitos contratuais são preservados depois da ratificação”. “A certeza do tratado criou um contexto positivo para empresas participarem na exploração de petróleo e gás no Mar de Timor”, sublinhou. O governante referiu-se igualmente à decisão do Governo comprar a participação de 30% da ConocoPhillips no consórcio dos campos de Greater Sunrise, que “coloca Timor-Leste numa posição mais vantajosa para o envolvimento direto como parceiro” para conseguir o projeto do gasoduto para o sul do país. Agio Pereira fez o anúncio no arranque da 4ª Conferência Internacional de Geociência, organizada pelo Instituto do Petróleo e Geologia (IPG) subordinada ao tema “Dados e Informação Geológica de Timor-Leste para a Diversificação Económica e Desenvolvimento”. Na agenda do encontro, que decorre até sexta-feira, estão temas como recursos hídricos e petrolíferos on shore, impacto de alterações climáticas e estudos sobre risco de sismos e tsunamis. Apesar de reconhecer que o petróleo e o gás natural continuarão a ser “pilar fundamental” da economia nacional, Agio Pereira reiterou que é prioridade do Governo diversificar a economia, incluindo através da exploração de outros recursos. Nesse sentido, disse que as sondagens e análises à geologia do país estão a contribuir para suscitar um interesse crescente de investidores internacionais. Assim, disse, o Governo prevê conseguir aprovar ainda este ano o primeiro Código Mineiro do país, que tem vindo a ser preparado nos últimos dois anos. O também ministro de Estado na Presidência do Conselho de Ministros sublinhou a importância que “conhecer e entender os dados geológicos do país” tem para definir políticas e “alcançar os objetivos do nosso plano de desenvolvimento estratégico”. “Entender os dados e informação é indispensável para os nossos esforços de conquistar os planos para o futuro da nação”, disse. “Conhecimento é poder. Informação sobre os recursos geológicos de um país pode ser escondida ou alterada para servir interesses. É por isso crucial para Timor-Leste reunir e deter dados independências, sérios para que possamos avançar no desenvolvimento da nação, de forma racional e informada”, explicou.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste está “viciado pelo petróleo” e sem alternativas económicas, diz presidente [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]imor-Leste é um país “viciado pelo petróleo”, cujo potencial “não está a ser estimulado, desenvolvido, trabalhado”, importando quase tudo o que consome e sem políticas públicas geradoras de emprego, disse hoje o Presidente timorense. “Estamos a importar quase tudo. Temos um desemprego considerável e até agora uma teimosa incapacidade de políticas públicas geradoras de emprego”, afirmou, em Díli, Francisco Guterres Lu-Olo. Na análise da situação atual, o Presidente timorense repetiu uma mensagem antiga, de que “a economia está excessivamente dependente das receitas petrolíferas”. “O êxodo rural é um problema sério que desde já tem implicações negativas no nosso país. O reforço do setor privado, um verdadeiro imperativo na esfera económica”, afirmou num discurso perante os principais empresários do país. Francisco Guterres Lu-Olo falava na abertura do 3.º Congresso Nacional da Câmara de Comércio e Indústria de Timor-Leste (CCI-TL), numa altura em que o país atravessa uma grave crise económica, provocada por mais de um ano de tensão política, ainda não totalmente resolvida. O encontro conta com a presença de vários dos principais empresários timorenses e representantes de associações, cooperativas e entidades dos 12 munícipios e da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA). Sob o tema “Por um Setor Privado Mais Criativo, Produtivo e Sustentável”, esta reunião marca uma vontade de reforço da capacidade organizativa e de capacitação empresarial nacional para responder aos desafios nacionais, considerou. “O setor privado tem um papel importante no desenvolvimento de qualquer economia. O Estado não pode deter o monopólio de potenciar a atividade económica do país, ou seja, não pode dinamizar a economia do país, detendo competência exclusiva”, disse Lu-Olo. O chefe de Estado lembrou que quase 90% do orçamento é financiado através do Fundo Petrolífero de onde, desde a sua criação em 2005 e até 2017, “foram levantados mais de 9,6 mil milhões de dólares” (8,3 mil milhões de euros), com as receitas domésticas não petrolíferas a representarem pouco mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB). “Um dos principais desafios da economia de Timor-Leste é o enorme desequilíbrio da sua balança comercial devido a importações muito grandes que não são compensadas por exportações significativas”, afirmou. No ano passado, as importações de bens e serviços corresponderam a 58% do produto interno bruto não-petrolífero, com um défice comercial anual de mais de 900 milhões de dólares, referiu. Lu-Olo insistiu que é urgente fortalecer outros setores da economia, com destaque para agricultura e pescas, o que ajudaria igualmente a combater a subnutrição no país e a fortalecer o emprego. “O desemprego é um dos problemas mais graves da nossa sociedade atual. Apesar do setor privado timorense contribuir com mais de 60 mil empregos, ainda não é suficiente para acomodar os mais de 15 mil jovens que anualmente entram no mercado de trabalho”, alertou. Aos empresários, o chefe de Estado sublinhou que “o setor privado nacional ainda é muito fraco” e exige esforços de capacitação, comprometendo-se a articular com o Governo para ajudar “a dotar de meios e de recursos o setor privado nacional” na fase atual de arranque.
Hoje Macau China / ÁsiaAngola | Venda de petróleo à China subiu 22% até Junho [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] venda de petróleo de Angola à China aumentou 22% no primeiro semestre deste ano, para 27,1 mil toneladas métricas, sendo o segundo maior fornecedor chinês, a seguir à Rússia, com 29,2 mil. De acordo com os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg, com base nos números da alfândega chinesa, Angola foi o segundo maior vendedor de petróleo à China no primeiro semestre, tendo mesmo começado o ano a vender mais petróleo que a Rússia, tradicionalmente o maior fornecedor chinês. Em Janeiro deste ano, Angola vendeu ao gigante asiático 4,9 mil toneladas métricas, sendo aliás o único mês em que suplantou as vendas oriundas da Rússia para a China – juntamente com a Arábia Saudita, estes países valem cerca de metade das importações chinesas de petróleo. No mês passado, a produção petrolífera angolana registou um aumento equivalente a 66.000 barris diários, mas continua atrás da Nigéria, que está na liderança entre os produtores africanos, segundo a OPEP. De acordo com o último relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Angola atingiu em Junho uma produção diária média de 1,668 milhões de barris de crude, face aos 1,602 milhões de barris do mês anterior, com dados baseados em fontes secundárias. Com este registo, em volume produzido, Angola continua, pelo segundo mês consecutivo, atrás da Nigéria.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Denunciadas cargas incompletas de petróleo de Angola Quase 90% dos carregamentos de petróleo provenientes do poço angolano de Saturno que chegaram a Huangdao, norte da China, nos primeiros dez meses do ano tinham peso a menos, noticiou a imprensa local [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]egundo o maior jornal da província de Shandong, o Qi Lu Wan Bao, 45 dos 51 carregamentos provenientes de Saturno traziam menos carga do que o acordado, estando a perda para os compradores estimada em 2,21 milhões de dólares. No total, as encomendas oriundas daquele poço de águas ultra-profundas, situado no bloco 31, costa norte de Angola, apresentaram um défice de 7.690 toneladas, destaca o jornal, que cita a alfândega de Huangdao. No caso em que os carregamentos apresentaram maior irregularidade, o valor em falta ascende a 0,5% do total. A mesma fonte justifica o défice com a “densidade do petróleo acima do normal” e o “carregamento insuficiente no porto de carga”, estimando a perda para os compradores em 2,21 milhões de dólares. Situada na província de Shandong, a ilha de Huangdao é sede de uma das principais refinarias do gigante estatal Sinopec no norte da China, e extremo de um dos oleodutos que fornece o nordeste chinês. No pódio Entre Janeiro e Outubro, Huangdao recebeu 3,6 milhões de toneladas de petróleo oriundos de Saturno, o que coloca o poço angolano entre o terceiro maior fornecedor, a seguir a Meery16, na Venezuela, e ESPO, na Rússia. As autoridades recomendaram aos importadores chineses que, ao assinar o contrato de compra com o fornecedor angolano, devem identificar claramente o método de pesagem e realizar uma inspecção no porto de carga. O bloco 31 tem o petróleo mais barato produzido em Angola e já rendeu em receitas para o Estado, entre Janeiro e Setembro, 57.104 milhões de kwanzas (321 milhões de euros), segundo dados do Ministério das Finanças de Angola. É explorado por um consórcio que integra a BP (26,67% do capital), a Statoil (13,33%), a Sonangol Sinopec International (15%) e a estatal angolana Sonangol (45%), que é também operadora do bloco. Em Julho passado, Angola ultrapassou a Arábia Saudita e a Rússia e tornou-se no principal fornecedor de petróleo da China, segundo dados das Alfândegas chinesas. Em Agosto e Setembro, o país africano manteve aquela posição.