Japão | Lucro líquido da Nissan caiu 93,5% entre Abril e Setembro

O lucro líquido do fabricante japonês Nissan caiu 93,5 por cento entre Abril e Setembro, para 19.223 milhões de ienes, sobretudo devido à quebra nas vendas e ao ajustamento da produção. No mesmo período, que corresponde à primeira metade do ano fiscal japonês, o lucro operacional caiu 90,2 por cento, para 32.908 milhões de ienes, anunciou a empresa.

A Nissan Motor não publicou ontem a estimativa de lucro líquido para todo o ano fiscal, que terminará em Março de 2025, devido a “dificuldades em calculá-lo num ambiente de negócios em rápida mudança”, segundo disse o presidente e director executivo da empresa, Makoto Uchida, em conferência de imprensa. Entre Abril e Setembro, o volume de vendas caiu 1,3 por cento, para 5,9 biliões de ienes.

Cortes a direito

A quebra nas vendas levou ontem a Nissan a anunciar um corte de 9.000 postos de trabalho em todo o mundo, assim como um ajustamento na sua capacidade de produção

O responsável da Nissan Motor anunciou ainda que haverá mudanças na liderança da empresa, nos próximos meses, bem como cortes na remuneração dos seus executivos de topo, fruto dos resultados negativos ontem apresentados.

“Não vamos tornar a nossa empresa mais pequena, mas sim torná-la mais ágil e adaptável a um ambiente de negócios em rápida mudança”, disse Uchida, que também admitiu que a Nissan Motor “não foi capaz de se adaptar aos tempos” ou “capaz de ser rápida o suficiente.”

O responsável aludiu especificamente a “um mercado cada vez mais difícil e com mais concorrentes”, ao aumento do preço das matérias-primas, à escassez de semicondutores ou a um plano de vendas da empresa “excessivamente esticado” como factores para o agravamento da saúde financeira da Nissan.

8 Nov 2024

Tribunal japonês prorroga detenção de ex-presidente da Nissan

[dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Tóquio anunciou hoje ter prorrogado o prazo da detenção por mais 10 dias do ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn, detido novamente a 4 de Abril por suspeita de ter desviado 4,4 milhões de euros.

O tribunal competente aceitou o pedido do Ministério Público nipónico para estender o período de detenção de Ghosn, que terminaria este domingo, até ao dia 22 de Abril.

Na quarta-feira, a defesa de Carlos Ghosn apresentou um recurso especial ao Supremo Tribunal do Japão contra a decisão do tribunal relativa à prisão preventiva, a quarta desde 19 Novembro.

No dia 4 de Abril, Carlos Ghosn foi detido novamente por suspeita de ter desviado cinco milhões de dólares.

Os procuradores do Ministério Público japonês adiantaram que o dinheiro terá sido desviado de uma subsidiária da Nissan para uma concessionária fora do Japão.

A detenção aconteceu cerca de um mês depois de Ghosn ter sido libertado sob fiança, quando se encontrava sob custódia das autoridades, suspeito de má conduta financeira enquanto liderava o fabricante japonês.

Esta semana, o ex-presidente da Nissan acusou os executivos da empresa japonesa de conluio contra ele “por medo de que a empresa perdesse autonomia” durante o processo de integração com a fabricante francesa Renault, que detém 43% da empresa japonesa.

12 Abr 2019

Tóquio | Tribunal concede liberdade sob fiança a ex-presidente da Nissan

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tribunal distrital de Tóquio aceitou ontem o pedido de liberdade sob fiança do ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn, noticiaram vários órgãos de comunicação social japoneses.

Detido há três meses na capital nipónica, Carlos Ghosn poderá sair em liberdade caso o Ministério Público japonês não apresente novo recurso.

O montante da fiança foi fixado em mil milhões de ienes (cerca de oito milhões de euros).

A aceitação do terceiro pedido de fiança de Ghosn surgiu um dia depois de um dos advogados ter afirmado estar confiante de que o antigo responsável da construtora automóvel Nissan ia conseguir ficar em liberdade.

O advogado recém-contratado, Junichiro Hironaka, é conhecido por ter conseguido que vários clientes tenham sido absolvidos no Japão, onde a taxa de condenações é de 99%.

Na segunda-feira, Hironaka afirmou ter proposto novas formas de monitorizar Ghosn após a libertação sob fiança, como vídeovigilância. Hironaka questionou também o fundamento da detenção de Ghosn, num caso que considerou “muito peculiar”, sugerindo que podia ter sido resolvido como um assunto interno da empresa.

No Japão, os suspeitos ficam em detenção provisória durante meses, frequentemente até ao início dos julgamentos. Os procuradores defendem que os suspeitos podem alterar provas e não devem ser libertados.

Os dois pedidos de fiança, apresentados pelos advogados de Ghosn, foram negados.

O empresário franco-brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, de 64 anos, foi detido em Novembro em Tóquio por suspeitas de fraude fiscal e de quebra de confiança.

 

6 Mar 2019

Tóquio | Carlos Gohsn diz que Nissan está a “destruir a sua reputação”

O ex-presidente do grupo Nissan encontra-se aprisionado num centro de detenção em Tóquio. Está acusado de ter “conspirado para minimizar os seus ganhos cinco vezes entre Junho de 2011 e Junho de 2015”

[dropcap]C[/dropcap]arlos Ghosn, antigo presidente do grupo Nissan suspeito de falsificação de informação financeira e detido em Novembro em Tóquio, disse ontem que a Nissan está a “destruir a sua reputação”.

“O objectivo era claro e houve resistência desde o início”, disse Carlos Ghosn durante uma palestra num centro de detenção em Kosuge, em Tóquio, onde está detido desde 19 de Novembro.

Em entrevista à agência de notícias francesa France Presse e Les Echos no centro de detenção de Tóquio, Carlos Ghosn disse que está a ser “punido antes de ser condenado”.

Carlos Ghosn, que está detido há dois meses, disse sentir-se injustiçado.

“Não tenho telefone, nem computador, mas como posso defender-me? “, questionou durante sua primeira entrevista aos meios de comunicação não-japoneses desde sua prisão.

“Estou focado. Quero lutar para restaurar a minha reputação e defender-me de acusações falsas”, disse.

O ‘chairman’ (presidente do conselho de administração) e presidente executivo do grupo Nissan e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, o empresário franco-brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, de 64 anos, foi detido em Novembro em Tóquio por suspeitas de fraude fiscal.

Ghosn é acusado de ter “conspirado para minimizar os seus ganhos cinco vezes entre Junho de 2011 e Junho de 2015”, declarando uma soma total de 4,9 mil milhões de ienes (cerca de 37 milhões de euros) em vez de quase 10 biliões de ienes.

O grupo Nissan poderá igualmente estar sujeito a processos judiciais.

 

Culpas repartidas

O Ministério Público acredita, de acordo com a imprensa, que, se houver culpa, a responsabilidade também recai sobre a empresa, pois a mesma entregou às autoridades documentos financeiros imprecisos nos quais Ghosn escondeu uma parte significativa dos seus rendimentos.

Estas suspeitas que recaem sobre Ghosn colocam uma série de questões sobre o futuro da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi (actual líder de vendas a nível mundial), processo que o próprio empresário franco-brasileiro liderou.

Além de presidente do grupo Nissan Motor, Goshn é também o homem forte das duas empresas que compõem a aliança com a Nissan, a Renault e a Mitsubishi Motors, e é considerado o homem de negócios estrangeiro mais influente no Japão.

Ghosn chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault.

1 Fev 2019

Ministério Público japonês acusa ex-presidente da Nissan de ocultar rendimentos

[dropcap]O[/dropcap] Ministério Público japonês acusou oficialmente o antigo presidente da Nissan, Carlos Ghosn, de ocultar rendimentos da empresa durante um período de cinco anos, informou hoje a agência oficial Kyodo.

De acordo com a agência nipónica e o canal público NHK, o Ministério Público responsabiliza também a Nissan, uma vez que foi a empresa a apresentar os relatórios às autoridades.

Ghosn, detido em Tóquio há três semanas, foi entretanto demitido como presidente da Nissan e também das mesmas funções na empresa japonesa Mitsubishi. Além de Ghosn foi também detido o seu principal colaborador, o norte-americano Greg Kelly.

10 Dez 2018

Japão | Carlos Ghosn suspeito de usar fundos da Nissan para cobrir perdas pessoais

[dropcap]O[/dropcap] ex-presidente da Nissan Motor Carlos Ghosn terá utilizado fundos da empresa japonesa para cobrir perdas de investimentos pessoais no valor de cerca de 13,2 milhões de euros, noticiou hoje a agência nipónica Kyodo.

De acordo com a agência, que cita fontes ligadas ao processo, Ghosn sofreu essas perdas durante a crise financeira de 2008. Esta revelação junta-se a uma série de actos de má conduta financeira que Ghosn supostamente cometeu nos últimos anos e que levaram à sua detenção em 19 de Novembro.

Ghosn, que está detido numa prisão de Tóquio, a aguardar detalhes da acusação, foi demitido como presidente da Nissan e também das mesmas funções na empresa japonesa Mitsubishi.

No domingo, a Renault lançou uma auditoria interna sobre as remunerações de Ghosn, que também é presidente executivo da empresa francesa, e ‘arquitecto’ da aliança Renault-Nissan.

Além de Ghosn foi também detido o seu principal colaborador, o norte-americano Greg Kelly.

Segundo as informações divulgadas esta manhã pelo canal público NHK, Carlos Ghosn negou as acusações que lhe são imputadas de ocultar rendimentos e de má gestão do dinheiro da empresa.

27 Nov 2018

Automobilismo | Nissan confirma presença na Taça do Mundo de GT

A Nissan foi o primeiro construtor a confirmar a presença na edição deste ano da Taça do Mundo FIA de GT que decorrerá dentro do programa do 65º Grande Prémio de Macau. Esta será a primeira participação do construtor nipónico na Taça do Mundo da federação internacional

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m parceria com a NISMO, o braço da competição da Nissan, a equipa KCMG vai inscrever três novos Nissan GT-R NISMO GT3 na prova do Circuito da Guia. A equipa de Hong Kong que já venceu a classe LMP2 das 24 Horas de Le Mans participa esta temporada com dois carros da marca nipónica no campeonato Blancpain GT Series Asia.

A formação liderada no terreno pelo japonês Ryuji Doi não confirmou os seus pilotos, mas é provável que a escolha recaia em dois pilotos da sua formação do Blancpain GT Series Asia e num piloto nomeado pela NISMO Motorsport. Alexandre Imperatori, Florian Strauss, Tsugio Matsuda e Edoardo Liberati são os pilotos da equipa do empresário e ex-piloto Paul Ip na competição asiática da SRO.

“Nós não somos novatos em Macau, tendo colocado carros a correr em diversas categorias anteriormente, mas a nossa parceria oficial com a NISMO permite-nos embarcar numa outra excitante oportunidade”, afirmou o responsável japonês.

Esta não será a estreia da NISMO na corrida de GT do Grande Prémio de Macau, pois em 2014, um Nissan GT-R NISMO GT3 privado participou naquela que ainda era apenas chamada Taça Macau GT. Contudo, o maior sucesso da marca na prova remonta a 1990, quando um R32 conduzido por Masahiro Hasemi venceu a célebre Corrida da Guia.

Mesmos moldes do passado

Apesar da Nissan ter sido por agora o único construtor a confirmar a sua presença na Taça do Mundo, há duas semanas, em entrevista à Rádio Macau, Domingos Piedade disse que Mercedes AMG planeava voltar em Novembro com Edoardo Mortara, vencedor da edição transacta, e Daniel Juncadella.

Igualmente é esperada a presença oficial da Audi, cujos responsáveis continuam a considerar esta corrida como “uma mais valia” para promover os seus produtos no continente asiático. BMW, Honda e Porsche poderão também fazer-se representar em parceria com equipas da região, a exemplo do ano passado.

A prova de GT voltará este ano a estar limitada a 25 inscrições, sendo que apenas pilotos classificados pela FIA como “ouro” e “platina” estão autorizados a participar. O programa será igual ao ano passado, com uma corrida de qualificação no sábado e a corrida decisiva de 18 voltas no domingo. O evento deverá começar com a tradicional exposição na Praça Tap Seac uma semana antes.

As inscrições para esta corrida abriram no dia 29 de Junho e só encerram a 31 de Agosto. Um comité de selecção irá depois escolher os participantes até ao dia 5 de Setembro, seguindo-se o período de registo, e só depois estes serão dados a conhecer ao público em geral.

5 Jul 2018

Nissan perde certificado de qualidade internacional nas fábricas japonesas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fabricante japonês Nissan perdeu o certificado de qualidade internacional nas suas fábricas de produção local, no Japão, devido a irregularidades nos controlos de automóveis, informou ontem a agência nipónica Kyodo.

A multinacional empregou trabalhadores sem qualificações necessárias para realizarem a revisão final dos seus automóveis, tendo estas irregularidades sido detectadas em Setembro passado.

A Organização Internacional de Normalização, encarregada de assegurar o controlo de qualidade, retirou a 31 de Outubro a certificação 9001 em seis fábricas de montagem de veículos da marca.

“Consideramos que a revogação é lamentável”, disse à agência Efe um porta-voz da empresa, adiantando que agora que retomaram a produção para o mercado interno vão trabalhar para obter a certificação o “mais depressa possível”.

A norma 9001, uma das mais conhecidas da organização com sede na Suíça, assegura que os produtos e serviços cumprem os requisitos do cliente e que melhoram a sua qualidade de forma constante.

Estes controlos dos automóveis irregulares foram revelados em Setembro, depois de ter sido feita uma inspecção pelo Ministério do Trabalho japonês às unidades do grupo.

A Nissan, que assegurou de forma pública que os seus veículos são seguros, deverá responder perante o Ministério dos Transportes nas próximas semanas para garantir que estas situações não se repetem.

16 Nov 2017