João Luz Manchete SociedadeCentro de Ciência de Macau | Mok Ian Ian no conselho de administração Depois da surpreendente notícia de que Mok Ian Ian estava de saída da presidência do Instituto Cultural, um despacho do gabinete do Chefe do Executivo confirmou que a responsável irá para o Centro de Ciência de Macau. Durante um ano, Mok Ian Ian irá desempenhar as funções de presidente do conselho de administração A notícia de que Mok Ian Ian estaria de saída do Instituto Cultural, depois de quase quatro anos ao leme da instituição, apanhou Macau de surpresa. Ontem de manhã, um despacho assinado pela chefe do gabinete do Chefe do Executivo, Hoi Lai Fong, dissipou a dúvida quanto ao seu próximo destino. “É nomeada, em comissão eventual de serviço, Mok Ian Ian, pessoal do quadro do Gabinete de Comunicação Social, para desempenhar funções no Centro de Ciência de Macau, S.A., pelo período de um ano, a partir de 19 de Janeiro de 2022”, é estabelecido. O despacho não especifica a posição que já ocupa no Centro de Ciência, porém, uma notícia no website do centro e o próprio organigrama de gestão da instituição esclarece que Mok Ian Ian é a nova presidente do conselho de administração do Centro de Ciência de Macau. Na secção de notícias da instituição dedicada à pedagogia científica é descrito que “em resposta à vaga por ocupar na presidência do conselho de administração, e para garantir o desenvolvimento do Centro de Ciência de Macau, uma reunião de accionistas do Centro de Ciências de Macau nomeou Mok Ian Ian para a presidência do conselho de administração, de acordo com os estatutos, a partir de 19 de Janeiro”, é estabelecido. A ex-presidente do Instituto Cultural preenche a vaga deixada em aberto desde a saída em 2020 de Lau Si Io, ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas. Do fundo do coração O Centro de Ciência de Macau sublinha no mesmo comunicado que a sua missão é promover a popularidade das ciências educativas entre a juventude de Macau, e estimular a comunicação sobre ciências e tecnologia. “Com a liderança da presidente Mok Ian Ian, todo o pessoal do Centro de Ciência de Macau irá colocar o coração na forma como irá servir a população, abrindo um novo capítulo no desenvolvimento do Centro de Ciências de Macau”, é prometido pela instituição. A instituição de divulgação científica, que tem o director dos Serviços de Educação e Juventude, Lou Pak Sang, à frente da estrutura accionista a representar o Governo da RAEM, é composta por um planetário, um centro de exibições e um centro de exposições, com uma área de implantação bruta de 20.000 metros quadrados.
Andreia Sofia Silva PolíticaMok Ian Ian deixa presidência do Instituto Cultural Mok Ian Ian, presidente do Instituto Cultural (IC), vai deixar o cargo para abraçar outra profissão. A notícia foi avançada ontem pelo portal All About Macau, que cita fontes próximas do processo. Segundo o website informativo em língua chinesa, Mok Ian Ian deixou uma nota de despedida aos colegas. “Estou grata por estes quatro anos de trabalho conjunto e agradeço ainda pelo vosso apoio, compreensão e tolerância. Aceitei um novo cargo, escolhido pelos meus superiores, e vou desempenhar novas funções. Hoje, digo adeus a todos”, pode ler-se na referida carta. As alterações na presidência do IC deverão ser anunciadas hoje em Boletim Oficial, adianta o mesmo portal, sendo que o actual director do departamento do património cultural, Choi Kin Long, poderá ocupar o lugar deixado vago por Mok Ian Ian. Sugestão de Alexis Muitos têm sido os nomes que, nos últimos anos, têm ocupado o cargo de presidente do IC. Mok Ian Ian assumiu funções em Janeiro de 2018 em substituição de Cecilia Tse, que, por motivos de saúde, se demitiu do cargo. Foi Alexis Tam, à época secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, que sugeriu o nome de Mok Ian Ian ao Chefe do Executivo. “O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura considera que Mok Ian Ian possui a competência profissional e as aptidões necessárias para assumir o cargo de presidente do IC devido à sua experiência na Administração Pública e conhecimento sobre o desenvolvimento artístico e cultural local”, lia-se num comunicado. Autora, mestre e com um doutoramento em ciência de teatro chinês pela Universidade de Nanquim, Mok Ian Ian é licenciada em jornalismo internacional pela Universidade de Jinan. Entrou para a Administração pública em 1994, tendo sido técnica superior no Gabinete de Comunicação Social (GCS). Seis anos depois, assumiu a chefia da Divisão de Projectos Especiais do IC e, entre 2001 e 2011, trabalhou na delegação da RAEM em Pequim, na área de promoção cultural e relações com os media. Fez parte do Conselho de Administração do Fundo das Indústrias Culturais e teve funções como técnica especialista no GCS.
Pedro Arede Eventos MancheteLusofonia | Festival de 10 a 12 de Dezembro. IC garante ter dialogado com associações O Festival da Lusofonia vai acontecer entre 10 a 12 de Dezembro integrado no Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. A Presidente do IC garante ter dialogado com as associações participantes. Amélia António diz que a Casa de Portugal apenas foi informada da decisão, mas que “o importante é fazer” Está confirmado. O Instituto Cultural (IC) anunciou ontem que o Festival da Lusofonia será realizado no fim-de-semana de 10 a 12 de Dezembro, integrado na 3.ª edição do “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Depois de os novos surtos de covid-19 registados em Macau terem levado ao adiamento do evento para uma data a confirmar em Dezembro, facto que causou algum descontentamento às associações lusófonas participantes devido à sobreposição com actividades natalícias, a presidente do IC, Mok Ian Ian garantiu que houve sempre diálogo e que a decisão de alterar a data “não foi fácil”. “Há sempre coordenação e diálogo. Temos mantido uma boa comunicação [com todas as associações]”, começou por dizer à margem da apresentação do Festival de Artes e Cultura. “O Festival de Artes está na 3.ª edição e foi interrompido no ano passado. Esperamos que organizando os dois festivais em conjunto, possamos criar uma sinergia, dinamizar melhor os eventos e trazer um ambiente artístico melhor para a cidade em prol da promoção do intercâmbio cultural”, acrescentou. Caso a evolução da pandemia assim o permita, Mok Ian Ian garantiu que, no próximo ano, a ideia será retomar o modelo habitual, que passa pela autonomização do Festival da Lusofonia em relação ao festival de artes. “Para o próximo ano, se tivermos melhores condições com a estabilização da epidemia, esperamos retomar o plano anterior, ou seja realizar (…) o Festival de Lusofonia à parte”, assegurou. Sobre aquela que será a 24.ª edição do Festival da Lusofonia, foi dito que o espaço das Casas da Taipa vai receber 10 expositores culturais das comunidades lusófonas: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Goa, Damão e Diu, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, e também da comunidade local. Além disso, não estando prevista uma redução do número de stands, haverá ainda espaço, como habitual, para mostras culturais, espetáculos de música e dança, jogos tradicionais portugueses e gastronomia típica. É o que temos Contactada pelo HM, a presidente da Casa de Portugal em Macau, Amélia António, confirmou que houve comunicação por parte do IC sobre as datas, mas que esta foi em sentido único e apresentada “como sendo a alteração possível”. “Não era uma data para ser analisada ou discutida”, apontou. Segundo Amélia António, que não esconde a frustração com as novas datas, a justificação apresentada para que o festival não aconteça em Novembro prende-se com o facto de o espaço estar reservado “há muito tempo” pelos serviços de turismo (DST). Contudo, frisa, “fazer é sempre o mais importante”. “Há muitas actividades em Dezembro por causa dos eventos de Natal e, por isso, é preciso fazer uma ginástica muito grande para conciliar tudo, mas é o que há e é preciso fazer o esforço”, rematou. Por seu turno, o presidente da Associação dos Macaenses (ADM), Miguel de Senna Fernandes, diz “compreender a situação” e não ter ficado surpreendido com as datas anunciadas. Para o responsável, que confirmou ter havido um “diálogo informal” por parte do IC, apesar de estarmos a falar de “datas limite”, é positivo que o evento vá mesmo acontecer. “Entre 10 e 12 de Dezembro são datas limite para se celebrar a Lusofonia este ano. Mas ainda bem que vai haver Lusofonia, faça frio ou não. A comunidade precisa de uma festa deste género”, acrescentou Senna Fernandes. “A ADM vai fazer 25 anos [a 11 de Dezembro] e é praticamente impossível estar a 100 por cento [na Lusofonia], mas faremos o melhor possível, porque não faz muito sentido a Lusofonia ser em Macau e a tenda de Macau não ter representação”, rematou.
Andreia Sofia Silva SociedadeLai Chi Vun | Concurso público pode começar “nos próximos meses” Mok Ian Ian afirmou ontem que os trabalhos de recuperação dos estaleiros de Lai Chi Vun, em Coloane, estão “a entrar na fase dos trabalhos de concepção destinados aos terrenos X11 até X15, que estão prestes a ser concluídos”. A presidente do Instituto Cultural revelou que tem esperança que o “concurso público comece nos próximos meses.”
Sofia Margarida Mota Manchete PolíticaConcursos por sorteio | Presidente do IC quer evitar “muitos” concursos públicos Mok Ian Ian aguarda oportunidade para realizar um concurso público geral para contratar serviços de segurança para todas as instalações do Instituto Cultural, para evitar que cada serviço o faça de forma independente. Esta é a justificação de Mok Ian Ian para os concursos por sorteio promovidos pelo IC para contratos que chegam aos 10 milhões de patacas [dropcap]A[/dropcap] presidente do Instituto Cultural (IC), Mok Ian Ian justificou ontem a contratação por sorteio de serviços de segurança para algumas das instalações do organismo como uma forma de dar tempo para que se possa realizar um concurso público geral para a adjudicação de um contrato que abranja a totalidade dos serviços. “Na segunda metade deste ano vamos continuar a fazer as adjudicações por sorteio para que depois, quando todos os contratos tiverem terminados, se fazer apenas um concurso público geral para todos os serviços”, disse ontem Mok Ian Ian aos jornalistas, à margem da cerimónia da abertura da Feira Internacional do Livro de Macau. De acordo com a responsável, “não é preciso estar sempre a abrir concursos para a prestação de serviços para cada um dos organismos”, disse, acrescentando que o IC “tem várias instalações como o conservatório, bibliotecas salas de exposições, etc., em que cada uma tem a suas necessidades”. Por outro lado, o IC tutela agora mais serviços, desde a integração de algumas das valências do extinto Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. “Depois da integração de alguns departamentos do antigo IACM, o IC, em conformidade com o princípio de facilitação do trabalho administrativo, pretende trabalhar no sentido da integração administrativa”, apontou Mok. Uma questão de sorte As justificações de Mok Ian Ian surgem um dia depois da divulgação por parte do deputado Au Kam San de que o IC tem estado a fazer a adjudicação de contratos para prestação de serviços de segurança, avaliados em mais de 10 milhões de patacas, através de sorteio electrónico. De acordo com Au, o organismo liderado por Mok Ian Ian evitou realizar concursos públicos, como acontecia nos anos anteriores, o que contraria o regime das despesas com obras e aquisições de bens e serviços. “Segundo o IC, este ano houve uma reforma interna e o contrato dos serviços de segurança não vão ser distribuídos por concurso público. Em vez disso, o IC vai utilizar um sistema de distribuição electrónica, em que convidou várias empresas para participar”, referiu o pró democrata. Segundo o regime das despesas com obras e aquisições de bens e serviços, as obras com valor superior a 2,5 milhões de patacas ou os bens e serviços adquiridos com valor acima de 750 mil patacas têm de ser adjudicados por concurso público. Só em casos de excepção, por conveniência, o concurso pode ser dispensado. Mok Ian Ian fez ainda questão de sublinhar que, relativamente ao projecto da Biblioteca Central que vai ter lugar no edifício do antigo tribunal, toda a estrutura e elementos arquitectónicos vão ser preservados. “O IC já transmitiu às Obras Públicas a necessidade da preservação completa do edifício do antigo tribunal, incluindo todos os elementos e características arquitectónicas que compõe o estilo único e o valor cultural do edifício”, disse.
Sofia Margarida Mota Manchete SociedadeIC admite que o cartaz do Festival de Artes de Macau foi plagiado [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) foi acusado de plágio no cartaz de promoção do espectáculo de encerramento do Festival de Artes de Macau que anuncia a ópera “A alma de Macau”. As denúncias chegaram ao canal de notícias “All About Macau”. De acordo com esta fonte, os autores das imagens utilizadas no cartaz acusam ainda o IC de ter desvalorizado a situação num primeiro momento, quando alertado, e depois de lhes ter sido oferecido dinheiro em troca da resolução da situação em privado. A presidente do IC, Mok Ian Ian, não nega o plágio e acabou por explicar o que aconteceu. “O colega responsável pelo design recolheu na Internet uma série de imagens de ópera cantonense como referência para conceber o cartaz”, começou por dizer à TDM. Segundo a responsável, as imagens acabaram por ser utilizadas como elementos de composição do cartaz. “Terá sido isso que aconteceu pelo que percebemos para já”, disse. Explicações dadas Segundo a directora do IC, o autor foi contactado a fim de lhe ser prestado esclarecimentos. “Falámos com a pessoa afectada para lhe explicar o incidente e para pedir desculpa em nome do IC. Essa pessoa aceitou o nosso pedido de desculpas”, apontou Mok. “Depois de um processo de conversação vamos pagar os direitos de autor e indicar os créditos da imagem”, acrescentou a presidente do IC. No entanto a responsável não adiantou os valores a pagar pelos direitos de autor, nem as consequências deste plágio para o funcionário que desenhou o cartaz. O cartaz em causa anunciava o espectáculo de 1 de Junho, “A Alma de Macau”, uma cooperação com a Trupe de Ópera Cantonense de Foshan. De acordo com a apresentação do IC, “o espectáculo é a interpretação de um evento verídico que teve lugar em Macau em 1849”. “A Alma de Macau” é uma obra adaptada pelo dramaturgo Li Xinhua, a partir de uma peça homónima de ópera de Pequim. Os papéis principais são divididos entre o cantor local Chu Chan Wa e Li Shuqin, director da Trupe de Ópera Cantonense de Foshan.
João Santos Filipe Manchete PolíticaInstituto Cultural | Mok Ian Ian define protecção do património como prioridade Mok Ian Ian recusa entrar em conflito com os interesses do imobiliário mas promete assegurar a protecção do património através do diálogo. A quarta presidente do IC em menos de um ano, admite também que está num cargo com muito stress e pressão [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma presidente à espera de muito stress e muita pressão, uma área com um grande escrutínio. Foi desta forma que a nova presidente do Instituto Cultural, Mok Ian Ian, comentou a posição que assumiu ontem de forma oficial, no Centro Cultura de Macau. “Tenho uma grande experiência de muitos anos na função pública e sei que tenho de enfrentar muito stress e pressão, não só dentro dos serviços, mas também por da sociedade”, afirmou Mok Ian Ian, sobre o facto de ser a quarta pessoa a assumir o cargo, menos de um ano. “No Instituto Cultural temos uma grande tarefa pela frente”, reconheceu. Em relação às prioridades para o ano que agora começa, a nova presidente do IC apontou a situação dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun e a questão do Centro Histórico da Cidade. “Nesta momento os trabalhos mais importantes passam pela consulta sobre os Estaleiros Navais de Lai Chi Vun e pelo Centro Histórico de Macau. O IC trabalha sobretudo a para protecção do Património Cultural”, frisou. Em relação aos confrontos entre os interesses do sector imobiliário e a protecção do património histórico, Mok recusa entrar em confronto directo: “Não sou uma pessoa que vá entrar em conflitos directamente. Vou apostar na comunicação para perceber as ideias das diferentes partes. Através do diálogo acho que em conjunto com a minha equipa podemos conseguir resultados interessantes”, sublinha Porém este não é o único objectivo e 2018 pode trazer uma maior aproximação aos Países de Língua Portuguesa: “Um dos trabalhos mais importantes para este ano é a criação do Centro de Intercâmbio Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Temos de organizar actividades artísticas, espectáculos e exposições”, indicou. Bem preparada Formada em jornalismo e com mestrado e doutoramento em Ciências do Teatro, Mok Ian Ian conta no currículo com passagens pelo Instituto Cultural e Gabinete de Comunicação Social. Entre 2015 e 2017 integrou também o Conselho de Administração do Fundo das Indústrias Culturais, por nomeação do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. A presidência do IC chega num momento muito conturbado para o próprio organismo. Devido ao escândalo da utilização de contratos de prestação de serviços, Guilherme Ung Vai Meng teve de abandonar a presidência do Instituto Cultural, em Fevereiro de 2017. O mesmo caso acabaria por afectar o sucessor Leung Hio Ming, que deixou o organismo em Dezembro. Também a substituta de Leung, Cecilia Tse, foi forçada a deixar o posto por motivos de saúde, menos de um mês após ter tomado posse. No entanto, Mok Ian Ian expressou acreditar ter as condições para alcançar o sucesso no cargo, apostando no apoio da equipa e na sua dedicação. Ao mesmo tempo, comprometeu-se a seguir as políticas definidas pelo Governo durante as Linhas de Acção Governativa. Alexis Tam confessa grande expectativa O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura revelou ter uma grande expectativa face ao trabalho da nova presidente do Instituto Cultural, apesar de admitir que o desafio não é fácil. “A pressão não é pouca, mas posso dizer que a nova presidente tem as capacidades necessárias para exercer o cargo. Temos uma grande expectativa face ao seu trabalho e todos os resultados do anterior trabalho dela na área da cultura tiveram resultados muito positivos”, afirmou Alexis Tam, durante a tomada de posse. Por outro lado, o secretário definiu como prioridade a defesa do património e disponibilização de espaços e oportunidades para os artistas locais: “Vamos continuar a prestar apoio aos artistas locais, com lugares onde possam desenvolver o seu talento e mostrar os seus trabalhos”, sublinhou Alexis Tam.
Andreia Sofia Silva Breves PolíticaIC | Alexis Tam diz que Mok Ian Ian é a escolha adequada para o IC Alexis Tam | FOTO: GCS[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura considera que a vasta experiência na função pública de Mok Ian Ian fazem da nova presidente do Instituto Cultural (IC) a pessoa adequada para a função. Alexis Tam acrescenta que a nova presidente do IC foi membro do Conselho de Administração do Fundo das Indústrias Culturais entre 2015 e 2017, o que faz com que “domine bem a situação do desenvolvimento cultural e artístico de Macau”, lê-se no comunicado do gabinete de Alexis Tam. O secretário salientou ainda que o IC encontra-se a funcionar normalmente, apesar das alterações na presidência.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaIC | Cecília Tse pede demissão. Alexis Tam sugere nome de Mok Ian Ian para a presidência Foi nomeada, esteve de baixa médica e acabou por abandonar mesmo o cargo. O Instituto Cultural volta a ficar sem presidente depois de Cecília Tse ter pedido a sua demissão ao secretário Alexis Tam por motivos de doença. Mok Ian Ian foi o nome sugerido ao Chefe do Executivo [dropcap style≠‘circle’]É[/dropcap] mais uma reviravolta na presidência do Instituto Cultural (IC). Cecília Tse foi nomeada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, para assumir a liderança do IC depois da saída de Leung Hio Ming. Contudo, Cecília Tse pouco tempo ficou no cargo: semanas depois de tomar posse meteu baixa médica, tendo apresentado ontem a sua demissão por motivos de doença. O HM não conseguiu confirmar de que patologia sofre Cecília Tse, mas sabe que a ex-presidente do IC vai fazer os tratamentos médicos em Hong Kong. Horas depois do anúncio da sua saída, foi emitido um comunicado onde o secretário disse aceitar a demissão e esperar “rápidas melhoras” de Cecília Tse. No mesmo comunicado foi também adiantado que Alexis Tam sugeriu a Chui Sai On, Chefe do Executivo, o nome de Mok Ian Ian para ser a nova presidente do IC. Licenciada em jornalismo internacional pela Universidade de Jinan, Mok Ian Ian é mestre e doutorada em ciência do teatro chinês pela Universidade de Nanjing. Tendo começado por trabalhar no Gabinete de Comunicação Social (GCS) em 1994, Mok Ian Ian acabaria por ser transferida para o IC em 2000. Desde de Abril do ano passado que vinha exercendo funções de técnica especialista no GCS. “O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura considera que Mok Ian Ian possui a competência profissional e as aptidões necessárias para assumir o cargo de presidente do IC devido à sua experiência na Administração Pública e conhecimento sobre o desenvolvimento artístico e cultural local”, revela o mesmo comunicado. Gestão acima de tudo Confrontado com a notícia, o arquitecto Francisco Vizeu Pinheiro mostrou-se surpreendido com a demissão de Cecília Tse, pois, na sua opinião, a sua nomeação “tinha sido uma boa escolha” por parte do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. O arquitecto espera que a pessoa que venha a suceder a Cecília Tse tenha, sobretudo, boas capacidades de gestão. “Para já não estou a ver uma alternativa, pelo menos dentro do IC. Mas nos recursos humanos do Governo haverá certamente pessoas para essa posição”, adiantou ao HM. Francisco Vizeu Pinheiro não quis comentar a possível nomeação de Mok Ian Ian por não conhecer o seu trabalho. “É uma posição de gestão do que ser especialista na matéria. O IC precisa não tanto de um especialista em cultura mas de alguém que ponha alguma ordem no sistema de gestão do pessoal e nas suas funções, pelo menos por algum tempo.” Francisco Vizeu Pinheiro destaca como necessidades mais prementes a reorganização da estrutura orgânica, “que cresceu muito desde os seus princípios”. “O IC é muito diferente de outros departamentos do Governo”, referiu Francisco Vizeu Pinheiro, que defende uma aposta na resolução de problemas como a contratação de recursos humanos a tempo parcial, bem como a “falta de arqueólogos e a organização de arquivos e bibliotecas”. Olhar o centro histórico A arquitecta Maria José de Freitas deposita esperanças na vice-presidência do IC para lidar com o Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau, actualmente em consulta pública, bem como o processo de classificação dos estaleiros de Lai Chi Vun. “Espero que o novo presidente consiga levar a cabo as tarefas que o IC tem em mãos, designadamente as que estão relacionadas com a gestão do centro histórico e a classificação dos estaleiros de Lai Chi Vun. São tarefas complexas, que têm a ver com toda a história de Macau e do seu património para o futuro. Isso tem bastante relevância e o próximo presidente deve estar habilitado e com os consultores e assessores que lhe permitam tomar a decisão certa, na hora certa”, apontou. A arquitecta lembra que é importante que “não se demore mais tempo com a conclusão do plano de gestão, porque o centro histórico está classificado desde 2005”. “Tem havido uma grande pressão da UNESCO para que seja entregue o plano de gestão, e esta mudança [saída de Cecília Tse] agora vem introduzir algum atraso [no processo]. Mas também creio que há pessoas dentro do IC que estão capacitadas [para lidar com esse processo]”, rematou. Quando tomou posse, a 20 de Dezembro do ano passado, Cecília Tse prometeu controlar a contratação externa de pessoas, uma polémica que foi tornada pública depois do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) ter lançado um relatório sobre o assunto. “O IC já tem um número muito grande de trabalhadores em comparação com outros departamento, mais de 800 pessoas, salvo erro. Preciso de algum tempo para fazer um levantamento e saber exactamente o que faz falta e o que não faz”, revelou Cecília Tse na cerimónia de tomada de posse. Resta ver o que fará o novo nome apontado por Alexis Tam.