Hoje Macau China / ÁsiaMike Pompeo levanta “todas as restrições” às relações de responsáveis dos EUA com Taiwan O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, anunciou no sábado que os EUA decidiram levantar “todas as restrições” impostas a responsáveis e representantes do país nas suas relações com Taiwan. “Hoje, anuncio que estou a levantar todas estas restrições auto-impostas”, afirmou o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, acrescentando que as representações do executivo norte-americano devem “considerar nulas todas as ‘diretrizes de contacto'” relativas às relações com Taiwan anteriormente emitidas pelo Departamento de Estado, lê-se no comunicado divulgado pelo Departamento de Estado. Além disso, toda e qualquer secção do Manual de Negócios Estrangeiros que tenham “a intenção de regular o envolvimento do ramo executivo com Taiwan, através de qualquer entidade que não seja o Instituto Americano em Taiwan (AIT), são também anuladas por este meio”, especifica o secretário de Estado norte-americano. “As relações […] com Taiwan devem ser tratadas pela organização sem fins lucrativos AIT, tal como estipulado na Lei de Relações de Taiwan”, frisa. Segundo Pompeo, o governo dos Estados Unidos mantém relações com parceiros não oficiais em todo o mundo “e Taiwan não é exceção”. “As nossas duas democracias partilham valores comuns de liberdade individual, o Estado de direito, e o respeito pela dignidade humana. A declaração de hoje reconhece que a relação EUA-Taiwan não precisa, e não deve, ser restringida por restrições autoimpostas da nossa burocracia permanente”, conclui Pompeo. Ainda de acordo com o comunicado, Pompeo considera que “Taiwan é uma democracia vibrante e um parceiro fiável dos Estados Unidos”. No entanto, há várias décadas que o Departamento de Estado tem criado restrições internas, complexas, para os seus diplomatas, membros de serviços, e outros funcionários nas suas relações com os seus homólogos de Taiwan, sublinhou Pompeo. Pompeo explica que o governo dos Estados Unidos tomou “estas medidas unilateralmente, numa tentativa de apaziguar o regime comunista de Pequim”. A decisão de hoje foi anunciada depois de a China ter advertido na quinta-feira os Estados Unidos de que vão pagar “um preço alto” se a embaixadora norte-americana na ONU visitar Taiwan nos próximos dias, como anunciado pelo Departamento de Estado dos EUA. “Os Estados Unidos pagarão um preço alto pela má ação” e “a China insta os Estados Unidos a pararem com a sua provocação louca, a deixarem de criar novas dificuldades para as relações sino-americanas e para a cooperação dos dois países no seio das Nações Unidas”, de acordo com uma declaração da missão chinesa junto da ONU, divulgada na quinta-feira. A China “opõe-se firmemente” a esta visita de Kelly Craft e apelou aos Estados Unidos para “deixarem de ir mais além no caminho errado”, reiterando a posição de Pequim de que existe uma só China e Taiwan é apenas uma província. A data precisa da viagem da Kelly Craft ainda não foi divulgada. A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Kelly Craft, vai visitar Taipé entre 13 e 15 de janeiro, nas vésperas de o presidente eleito Joe Biden tomar posse. A Missão dos Estados Unidos nas Nações Unidas afirmou naquela quinta-feira que a visita “reforça o forte e contínuo apoio do Governo dos Estados Unidos ao espaço internacional de Taiwan”. Um porta-voz do gabinete presidencial de Taiwan apontou que o território, que funciona como uma entidade política soberana, apesar da oposição de Pequim, “saúda sinceramente” a visita, e que as discussões finais sobre a viagem ainda estão em andamento. Esta visita é um “símbolo da sólida amizade entre Taiwan e os EUA e ajudará a aprofundar a parceria EUA – Taiwan”, disse o porta-voz. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou na quinta-feira que a viagem de Craft visa demonstrar o que “uma China livre poderia alcançar”. Trata-se de mais um movimento da administração Trump visando intensificar os contactos oficiais com a ilha, mas que arrisca exacerbar as tensões entre Washington e Pequim, já no ponto mais alto em décadas, face a uma prolongada guerra comercial e tecnológica e diferendos em torno das questões de Hong Kong ou do mar do Sul da China. Craft foi nomeada pelo presidente Donald Trump para o cargo em 2019. Sob a administração Trump, altos funcionários do Executivo norte-americano passaram a visitar Taiwan. Pequim continua a rejeitar Taiwan como uma entidade política soberana e ameaça usar a força para reunificar o território, se necessário. China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Taiwan, que se autodesigna República da China, tornou-se, entretanto, uma democracia com uma forte sociedade civil, mas Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação pela força. Pequim critica qualquer relação oficial entre países estrangeiros e Taipé, trocas que considera um apoio ao separatismo de Taiwan.
Hoje Macau China / ÁsiaPompeo renova na Indonésia ataques às reivindicações da China no mar do Sul [dropcap]O[/dropcap] Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, insistiu hoje na Indonésia na sua campanha contra a China, parte dos esforços para deter a crescente assertividade de Pequim no Pacífico e no Índico. A visita ocorre a cinco dias das eleições nos Estados Unidos, em que a China é um dos principais temas, com Donald Trump a acusar o candidato rival, Joe Biden, de estar comprometido com Pequim. Pompeo alertou para a “agressividade” da China no mar do Sul da China, que Pequim reivindica quase na totalidade, apesar dos protestos dos países vizinhos. Na sede da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Jacarta, Pompeo elogiou a liderança da Indonésia na organização, por rejeitar o que chamou de reivindicações “ilegais” da China. “Respeitamos a liberdade [de navegação] nos mares, a soberania e o Estado de Direito”, disse, ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi. Sem referir a China, Marsudi concordou que “as leis internacionais devem ser respeitadas”. “As nossas nações cumpridoras da lei rejeitam as reivindicações ilegais do Partido Comunista Chinês no mar do Sul da China, como fica claro pela liderança corajosa da Indonésia neste tópico, dentro da ASEAN e nas Nações Unidas”, disse Pompeo. “É uma causa que vale a pena perseguir no âmbito multilateral e a administração [de Donald] Trump apoia”, acrescentou. Em Julho passado, o governo de Trump rejeitou totalmente quase todas as reivindicações marítimas de Pequim no mar do Sul. A decisão surgiu numa altura em que Trump iniciou um esforço para usar a China como um tópico na campanha para as presidenciais, contra o adversário democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden. Até então, a política dos EUA consistia em insistir que as disputas marítimas entre a China e os seus vizinhos menores fossem resolvidas pacificamente, por meio de arbitragem apoiada pela ONU. Numa declaração emitida em 13 de julho, Pompeo disse que os EUA consideram agora ilegítimas praticamente todas as reivindicações marítimas chinesas fora das suas águas internacionalmente reconhecidas. A China ignorou decisões de arbitragem internacional e tem avançado nas tentativas de fazer cumprir as suas reivindicações. Pompeo especificou que a China não pode reivindicar o baixio James, um banco oceânico perto da Malásia, as águas ao redor do coral Vanguard, ao largo do Vietname, ou o baixio Luconia, perto do Brunei. Pompeo disse ainda que a proteção das ilhas de Natuna pela Indonésia é de louvar. O secretário de Estado norte-americano chegou à Indonésia oriundo das Maldivas, onde anunciou que os Estados Unidos vão abrir, pela primeira vez, uma embaixada no arquipélago do Oceano Índico, um movimento que reflete a crescente apreensão norte-americana com o aumento da influência chinesa na região. “O Partido Comunista Chinês mantém o seu comportamento ilegal e ameaçador”, disse Pompeo, poucas horas depois de acusar a China de ser “predatória”, durante uma visita ao Sri Lanka. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, disse que a verdadeira intenção do secretário de Estado é “fazer com que a China volte a uma era de pobreza e estagnação e deixar o mundo cair no abismo do confronto e divisão”.
Hoje Macau China / ÁsiaSecretário de Estado norte-americano realiza périplo anti-China nas nações do Índico [dropcap]O[/dropcap] secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, levou hoje a retórica anti-China do Governo de Donald Trump a duas nações insulares do Oceano Índico que Washington considera estarem em risco de ficar reféns de Pequim. Mike Pompeo está a visitar o Sri Lanka e as Maldivas, para pressionar os dois países a ficarem atentos contra potenciais “armadilhas do endividamento” e investimentos predatórios da China. A visita ocorre a uma semana das eleições nos Estados Unidos, em que a China é um dos principais temas, com Donald Trump a acusar o candidato rival, Joe Biden, de estar comprometido com Pequim. Pompeo planeia pressionar o Sri Lanka, as Maldivas e a Indonésia, que visita na quinta-feira, a resistir ao aumento da expansão chinesa no Indo-Pacífico, particularmente através de projetos de desenvolvimento e infraestrutura insustentáveis e suscetíveis de causar um excesso de endividamento, permitindo a Pequim ganhar influência sobre estes países. No início deste mês, a China anunciou a doação ao Sri Lanka de 90 milhões de dólares para apoiar o desenvolvimento rural. A China considera o Sri Lanka um elo crítico na sua iniciativa ‘uma faixa, uma rota’, um mega projecto de infra-estruturas que abrange Ásia, Europa e África, e que visa redesenhar o mapa da economia mundial. O país emprestou milhares de milhões de dólares para a construção de infra-estruturas no Sri Lanka nos últimos dez anos. Os projetos incluem portos, um aeroporto, rodovias e centrais elétricas. Críticos dizem que os projetos financiados pela China não são financeiramente viáveis e que o Sri Lanka terá dificuldades para pagar os empréstimos. Em 2017, o Sri Lanka teve de arrendar um porto construído pela China, localizado perto de rotas de navegação estratégicas no Índico, a uma empresa estatal chinesa, por um período de 99 anos, face às dificuldades em reembolsar o empréstimo concedido por Pequim. Pompeo chegou ao Sri Lanka na terça-feira, depois de uma visita à Índia, onde, em conjunto com o secretário de Defesa norte-americano, Mark Esper, intensificou a mensagem anti-China do governo Trump, numa altura de crescente rivalidade entre Pequim e Nova Deli. “Os Estados Unidos estarão ao lado do povo da Índia enquanto este enfrenta ameaças à sua liberdade e soberania”, afirmou Pompeo. “Os nossos líderes e cidadãos veem claramente que o Partido Comunista Chinês não é amigo da democracia, do Estado de Direito, da transparência, nem da liberdade de navegação – a base de um Indo-Pacífico livre, aberto e próspero”, disse. Poucas horas depois de Pompeo e Esper aterrarem na Índia, o Governo de Donald Trump notificou o Congresso norte-americano sobre os planos de venda a Taiwan de sistemas de mísseis Harpoon, por 2,37 mil milhões dólares. Os dois territórios separaram-se em 1949, depois de as forças nacionalistas terem fugido para Taiwan, após a derrota na guerra civil chinesa contra os comunistas. A relação entre a China e os Estados Unidos deteriorou-se também rapidamente, nos últimos dois anos, com várias disputas simultâneas entre as duas maiores economias do mundo, em torno do comércio, tecnologia, a soberania do mar do Sul da China ou questões de direitos humanos. Em Pequim e em Washington, referências a uma nova Guerra Fria são agora comuns.
Hoje Macau China / ÁsiaSecretários de Estado e da Defesa dos EUA visitam Índia com a China na mira [dropcap]O[/dropcap]s secretários de Estado e da Defesa norte-americanos iniciam hoje uma visita oficial à Índia, com a missão de reforçar a aliança contra a China, a uma semana das eleições nos Estados Unidos. Mike Pompeo e Mark Esper procuram capitalizar na crescente desconfiança da Índia face ao país vizinho, para sustentar uma frente regional que trave a crescente afirmação da China na região do Indo-Pacífico. Os dois lados têm previsto assinar um acordo amplo para partilha de informação de satélites militares e cooperação estratégica. Poucas horas depois de Pompeo e Esper aterrarem na Índia, o Governo de Donald Trump notificou o Congresso norte-americano sobre os planos de venda a Taiwan de sistemas de mísseis Harpoon, por 2,37 mil milhões dólares. Trata-se da segunda grande venda de armamento em duas semanas para a ilha, que Pequim considera ser uma província sua, apesar de funcionar como uma entidade política soberana. Os dois territórios separaram-se em 1949, depois de as forças nacionalistas terem fugido para Taiwan, após a derrota na guerra civil chinesa contra os comunistas. A China reagiu à primeira venda com o anúncio de sanções contra empresas de defesa dos EUA. Pouco antes de a venda ser anunciada, Pompeo reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, S. Jaishankar, para elogiar a “forte parceria entre os Estados Unidos e a Índia”. O secretário de Estado norte-americano considerou esta parceria “essencial para a segurança e prosperidade de ambos os países, a região do Indo-Pacífico e o mundo”, segundo um comunicado do Departamento de Estado. China e Índia têm registado confrontos na fronteira disputada nos Himalaias. Dezenas de milhares de soldados estão num impasse desde maio, quando violentos confrontos resultaram na morte de pelo menos 20 soldados indianos. A relação entre a China e os Estados Unidos deteriorou-se também rapidamente, nos últimos dois anos, com várias disputas simultâneas entre as duas maiores economias do mundo, em torno do comércio, tecnologia, a soberania do mar do Sul da China ou questões de direitos humanos. Em Pequim e em Washington, referências a uma nova Guerra Fria são agora comuns. Índia e China travaram uma guerra de um mês pelos territórios disputados na fronteira, durante o auge da Crise dos Mísseis em Cuba, em 1962, e alguns temem que ocorra um confronto semelhante. Pompeo não escondeu o desejo da Casa Branca de contar com a ajuda da Índia para isolar a China. Desde que Trump se tornou Presidente, os EUA e a Índia reforçaram gradualmente a cooperação no âmbito militar. Quando Trump visitou a Índia, em fevereiro passado, os dois lados concluíram acordos de defesa no valor de mais de 3 mil milhões de dólares. O comércio no âmbito da defesa bilateral aumentou de quase zero, em 2008, para 15 mil milhões de dólares, em 2019. As negociações em Nova Deli esta semana seguem-se a uma reunião que Pompeo teve no início deste mês, em Tóquio, com os homólogos da Índia, Japão e Austrália, que juntos formam as quatro nações do Indo-Pacífico conhecidas como “Quad”. O Quad é visto como um contrapeso para a ascensão da China, que tenciona reforçar o domínio militar em toda a região. Pompeo tem ainda planeadas deslocações ao Sri Lanka, Maldivas e Indonésia, com a intenção de pressionar estes países a resistirem à China.
Hoje Macau China / ÁsiaEm Tóquio, secretário de Estado dos EUA denuncia “actividades dissimuladas” da China [dropcap]O[/dropcap] secretário de Estado norte-americano denunciou hoje “as actividades dissimuladas” da China, durante um encontro, em Tóquio, com os homólogos australiano, indiano e japonês, para mostrar uma frente unida perante o gigante asiático. Mike Pompeo e a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, manifestaram “preocupações partilhadas sobre as actividades dissimuladas” da China na região do Indo-Pacífico, de acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano. A visita de Pompeo ao Japão foi mantida apesar da pandemia da covid-19 e do contágio do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de parte dos conselheiros da Casa Branca. Devido a esta situação, Pompeo anulou, no último momento, duas escalas, na Coreia do Sul e na Mongólia. Mas a reunião em Tóquio do “Quad”, grupo estratégico informal que integra Estados Unidos, Austrália, Índia e Japão, foi mantida na agenda. A deslocação ao Japão é também a primeira de um responsável norte-americano desde a nomeação, em meados do mês passado, do novo primeiro-ministro nipónico, Yoshihide Suga. Suga e Pompeo têm agendada uma reunião durante o dia. “Na primeira declaração depois de assumir as novas funções, Suga descreveu a região livre e aberta do Indo-Pacífico como ‘a base a paz e da estabilidade regionais’. “Estou totalmente de acordo”, declarou Pompeo. “Acrescentaria apenas que a pedra angular desta base é a relação americana-japonesa e a segurança e a prosperidade que ela traz aos nossos povos”, disse, antes de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros nipónico, Toshimitsu Motegi. A constituição do “Quad”, formado pela primeira vez em 2019, em Nova Iorque, foi fortemente apoiada pelo ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, do qual Suga era um fiel conselheiro. Mas a razão de ser deste grupo parece ser, por enquanto, essencialmente simbólica. Antes de partir para Tóquio, Pompeo afirmou esperar “alguns anúncios importantes” no final destes encontros quadrilaterais, mas precisou que só seriam feitos após o regresso dos ministros aos países e a consulta dos respetivos dirigentes. O objetivo das principais democracias da região é intensificar a cooperação perante uma China cada vez mais poderosa e ambiciosa. Pompeo e a administração Trump opõem-se a Pequim em questões de segurança, de comércio e de tecnologias. As relações de Nova Deli e Camberra com Pequim também conheceram uma forte deterioração nos últimos meses. Em contrapartida, para Tóquio, trata-se de um exercício de equilíbrio, com Suga preocupado com a China, tal como Abe antes dele. Na segunda-feira, o primeiro-ministro japonês sublinhou a intenção de promover o “Quad”, e ao mesmo tempo construir “relações estáveis com os países vizinhos, incluindo a Rússia e a China”. Pompeo, Motegi, Payne e o chefe da diplomacia indiana, Subrahmanyam Jaishankar, vão também abordar a pandemia da covid-19, a segurança marítima e a cibersegurança, indicou um diplomata japonês.
Hoje Macau China / ÁsiaMike Pompeo indica que embaixador dos EUA na China está de saída [dropcap]O[/dropcap] embaixador dos Estados Unidos na China estará de saída, segundo mensagens difundidas hoje na rede social Twitter pelo secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. Nas mensagens, Pompeo agradeceu a Terry Branstad pelos mais de três anos de serviço, mas até agora o Departamento de Estado não confirmou oficialmente a saída do embaixador. “O embaixador Branstad contribuiu para reequilibrar a relação entre EUA e China, para que seja orientada para resultados, recíproca e justa”, escreveu Pompeo. O secretário de Estado revelou, na semana passada, que o jornal oficial do Partido Comunista da China, o Diário do Povo, se recusou a publicar um artigo de Branstad, enquanto o embaixador da China nos Estados Unidos “está livre para publicar em qualquer meio de comunicação” norte-americano. Não é claro se a alegada saída está relacionada com aquela polémica. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, disse que o artigo de Branstad estava “cheio de lacunas, era gravemente inconsistente com os fatos e atacava e difamava a China”. A Embaixada dos Estados Unidos contactou o Diário do Povo, em 26 de agosto, a pedir que o artigo fosse impresso na íntegra, sem edição, pelo jornal, até 04 de setembro. Branstad, de 73 anos, foi governador do Estado de Iowa por duas vezes. O diplomata serviu em Pequim desde 2017, num período de rápida deterioração das relações entre Pequim e Washington.
Hoje Macau China / ÁsiaHK / Autonomia | Analistas minimizam efeitos da resolução norte-americana [dropcap]E[/dropcap]conomistas, diplomatas e empresários tentam quantificar o efeito da decisão de Washington de considerar Hong Kong “não autónomo” da China e revogar o estatuto especial da região. Ex-funcionários da Casa Branca disseram que o cenário imediato mais provável é que o presidente Donald Trump aprove uma “variedade” de sanções, potencialmente para funcionários chineses e de Hong Kong, em resposta à lei de segurança nacional da China para Hong Kong. No entanto, “outras opções estão certamente sobre a mesa”, disse um ex-alto funcionário do governo Trump. “Se Hong Kong perder o seu actual estatuto, poderá ficar vulnerável a tarifas da guerra comercial, controlo tecnológico de exportação, restrições de vistos e viagens e maior escrutínio do sector financeiro.” “Acho que a importância de Hong Kong está a deteriorar-se e quando me reúno em Shenzhen e Guangzhou e ouço as discussões sobre a Grande Baía, é praticamente como se Hong Kong fosse insignificante”, disse Joerg Wuttke , presidente da Câmara de Comércio da União Europeia para a China em Pequim. “Trump não está interessado em nada além de si mesmo e em comparação com o que fez à Parceria Trans-Pacífico, com o ataque à Organização Mundial de Comércio ou com a retirada da Organização Mundial da Saúde, mudar o estatuto de Hong Kong é um algo pequeno para ele. É outra ferramenta na caixa e ele vai usá-la se for necessário”, comentou Wuttke. “Se soubesse, estava em Guangzhou” Um funcionário consular internacional afirmou que se soubesse o quão perturbador os últimos anos foram para os negócios, teria deixado Hong Kong e aberto uma filial do consulado em Guangzhou. “Nesse sentido, a lei de segurança nacional e a resposta dos EUA serão uma continuação do que vem acontecendo desde o ano passado”, disse. A Câmara de Comércio Americana de Hong Kong disse em comunicado que a lei “pode comprometer as perspectivas futuras de negócios internacionais, principalmente se uma longa lista de detalhes não for especificada e esclarecida”. No entanto, a câmara recusou-se a comentar a resposta dos EUA. “Se o estatuto comercial especial da cidade for revogado, Hong Kong perderá acesso a componentes tecnológicos americanos sensíveis, embora possua pouca produção de alta tecnologia em grande escala, porque a maioria dos produtos enviados através de Hong Kong é fabricada noutro lugar”, disseram vários especialistas em comércio. Como membro independente da OMC, Hong Kong poderá entrar com um processo legal no órgão, com sede em Genebra, se Washington decidir que tarifas diretas adicionais são necessárias. “A relação de Hong Kong com a OMC é decidida pelos membros da OMC colectivamente, e não por um membro como os EUA. Assim, se os EUA revogassem seu estatuto separado e tratarem Hong Kong como parte da China estariam a violar as suas próprias obrigações na OMC e Hong Kong poderia processar os EUA – não que isso ajudasse, é claro ”, afirmou Henry Gao, professor de comércio na Singapore Management University. Comércio directo é pequeno Além disso, o comércio directo de Hong Kong com os EUA é relativamente pequeno, tendo exportado apenas 431 milhões de dólares para os EUA em Março, segundo dados americanos, e importado 2,4 mil milhões. “Noventa e nove por cento das exportações de Hong Kong para os EUA são reexportações de uma terceira economia – principalmente da China – e já são tributadas nos EUA com base na origem, não como mercadorias de Hong Kong”, escreveu o analista do Deutsche Bank Michael Spencer numa nota. “Portanto, as exportações de Hong Kong para os EUA foram tão afectadas pelas taxas dos EUA sobre a China quanto as exportações da China. O aumento das taxas nos últimos 1% das exportações não terá praticamente nenhum impacto na economia de Hong Kong”, concluiu.
Hoje Macau China / Ásia MancheteEUA consideram que Hong Kong deixou de ser autónomo da China [dropcap]O[/dropcap] secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, notificou o Congresso de que a administração dirigida por Donald Trump já não considera Hong Kong autónomo da China continental. A notificação abre caminho à retirada pelos Estados Unidos do estatuto comercial e financeiro preferencial de que a antiga colónia britânica beneficiava desde que foi transferida para a China, em 1997. “Nenhuma pessoa razoável pode afirmar hoje que Hong Kong mantém um elevado grau de autonomia em relação à China”, afirmou Pompeo em comunicado. “A decisão desastrosa de Pequim é simplesmente a mais recente de uma série de ações que comprometem fundamentalmente a autonomia e liberdade de Hong Kong e as próprias promessas da China à população de Hong Kong no quadro da Declaração Conjunta Sino-Britânica”, acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana. A posição de Mike Pompeo surge depois de, na semana passada, a China ter anunciado que a Assembleia Popular Nacional (APN), órgão máximo legislativo da China, vai avançar com uma lei de segurança nacional para Hong Kong. A lei proíbe “qualquer ato de traição, separação, rebelião, subversão contra o Governo Popular Central, roubo de segredos de Estado, a organização de atividades em Hong Kong por parte de organizações políticas estrangeiras e o estabelecimento de laços com organizações políticas estrangeiras por parte de organizações políticas de Hong Kong”. O artigo 23.º da Lei Básica, a miniconstituição de Hong Kong, estipula que seja o território a avançar com legislação nesse sentido, mas a iniciativa das autoridades enfrentou uma forte vaga de protestos da população, que teme uma redução das suas liberdades. Com a iniciativa legislativa a ser assumida pela China, a lei daria a Pequim o poder para combater os protestos de Hong Kong, que são vistos como um desafio ao Partido Comunista Chinês e ao Presidente Xi Jinping.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA sancionam empresas chinesas por transporte de petróleo iraniano [dropcap]O[/dropcap]s Estados Unidos impuseram ontem sanções contra empresas chinesas e seus dirigentes acusados de “conscientemente transportarem petróleo do Irão”, violando o embargo norte-americano, disse o chefe da diplomacia, Mike Pompeo. O secretário de Estado norte-americano sublinhou, num discurso em Nova Iorque, que esta decisão ilustra o início de uma fase de endurecimento das sanções contra o Irão, anunciada terça-feira pelo Presidente Donald Trump, na Assembleia Geral das Nações Unidas. Na sua intervenção na ONU, Donald Trump pediu a unidade da comunidade internacional para travar as intenções nucleares do Irão, cujo regime apelidou de “terrorista”, e avisou que se não houver uma mudança de atitude por parte de Teerão os Estados Unidos endurecerão as sanções. Ontem, o chefe da diplomacia norte-americana explicou que os EUA “intensificarão esforços” para diminuir os riscos de as empresas sancionadas fazerem negócios com o Corpo da Guarda da Revolução do Irão. “Estamos a dizer à China e a todos os países: saibam que sancionaremos qualquer violação de sanções” impostas por Washington contra a exportação de petróleo iraniano”, disse Mike Pompeo, num discurso perante a organização Unidos Contra um Irão Nuclear, que Teerão definiu como “grupo terrorista”. As empresas China Concord Petroleum, Kunlun Shipping e Pegasus 88 juntam-se a partir de agora a outras empresas que estão sujeitas a sanções por parte de Washington, ficando inibidas de acesso aos mercados financeiros norte-americanos. Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear com o Irão e introduziu sanções contra Teerão, a partir de 2018, no sector financeiro e energético, alegando a necessidade de “enfraquecer” o regime, que acusa de ser a principal fonte de financiamento de movimentos terroristas globais.
Hoje Macau China / ÁsiaMike Pompeo diz que esperanças de abertura na China “desapareceram” 30 anos após Tiananmen [dropcap]O[/dropcap] chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, disse ontem que as esperanças de uma abertura na China “desapareceram” 30 anos após a repressão sangrenta dos protestos pró-democracia na Praça Tiananmen. “Nas décadas que se seguiram (aos acontecimentos ocorridos em Junho de 1989), os Estados Unidos esperavam que a integração da China na comunidade internacional levasse a uma sociedade mais aberta e tolerante. Essas esperanças desapareceram”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, citado num comunicado. “O Estado chinês de um partido único não tolera qualquer dissidência e viola os direitos humanos sempre que é do seu interesse”, prosseguiu. Na noite de 3 para 4 de Junho de 1989, os tanques do exército chinês irromperam pela Praça Tiananmen e acabaram com sete semanas de protestos pró-democracia, liderados por estudantes. Os protestos ganharam força durante maio de 1989, pouco após a morte do líder reformista Hu Yaobang, que dividiu a hierarquia do Partido Comunista (PCC) em facções. Na véspera da efeméride, Mike Pompeo declarou que quer homenagear os “heróis do povo chinês que se levantaram corajosamente há 30 anos na Praça Tiananmen” para exigir os seus direitos, bem como pediu às autoridades de Pequim para publicarem um balanço dos mortos e dos desaparecidos, algo que nunca fizeram. A repressão sangrenta destes protestos, que poderá ter feito centenas ou até mesmo mais de mil mortos, continua a ser um assunto tabu na China.
Hoje Macau China / ÁsiaMike Pompeo condena detenção de dois canadianos pela China [dropcap]O[/dropcap] chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, considerou ontem “inaceitável” a detenção na China de dois canadianos, que ocorreu após a prisão no Canadá de uma responsável de uma empresa chinesa a pedido de Washington. Num contexto em que a administração norte-americana é suspeita por diversos observadores de pretender utilizar o caso de Meng Wanzhou, directora-executiva do gigante chinês de telecomunicações Huawei, nas negociações comerciais com Pequim, Mike Pompeo assegurou que os Estados Unidos respeitam “o Estado de direito” e apelou à libertação dos dois canadianos. As declarações de Pompeo foram emitidas após ter mantido, juntamente com o secretário da Defesa Jim Mattis, uma reunião com os respetivos homólogos canadianos. Na sequência deste encontro, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Chrystia Freeland, assinalou que Pompeu concordou que a política deve estar excluída no caso da executiva chinesa detida no Canadá a pedido dos Estados Unidos. O Governo de Pequim confirmou na quinta-feira que os cidadãos canadianos Michael Kovrig e Michael Spavor, detidos na China na sequência da prisão de Meng Wanzhou, estão a ser investigados por alegado envolvimento em “actividades que põem em perigo” a segurança nacional. “Estas duas pessoas são suspeitas de levar a cabo actividades que prejudicam a segurança nacional da China”, afirmou ontem o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lu Kang, em conferência de imprensa. Lu afirmou que as autoridades tomaram medidas de acordo com as leis e regulamentos chineses. Segundo o porta-voz, Kovrig foi detido na segunda-feira, pelo Gabinete de Segurança Nacional de Pequim, enquanto Spavor está sob custódia do Gabinete de Segurança Nacional da cidade de Dandong, na província de Liaoning, noroeste do país. “Os dois casos estão sob investigação”, afirmou Lu, revelando que as autoridades notificaram a embaixada do Canadá sobre os detidos, cujos “direitos legítimos e interesses estão a ser salvaguardados”. O porta-voz recusou oferecer mais detalhes sobre o paradeiro dos canadianos, justificando-se com o acordo consular assinado entre os dois países. O Governo do Canadá tinha já manifestado a sua preocupação com o desaparecimento de Spavor, o director do Paektu Cultural Exchange, e um dos poucos ocidentais que já se encontrou com o líder norte-coreano Kim Jong-un. O empresário organiza viagens turísticas e eventos desportivos na Coreia do Norte. A confirmação sobre a sua detenção surge depois de, na quarta-feira, Lu Kang ter confirmado a detenção de Michael Kovrig, antigo diplomata do Canadá. Lu assegurou que a organização para a qual trabalha, a unidade de investigação International Crisis Group (ICG), “não está registada na China”. As detenções ocorrem depois de as autoridades chinesas terem ameaçado Otava com “graves consequências” caso a responsável da Huawei, Meng Wanzhou, não fosse libertada imediatamente. A imprensa oficial chinesa pediu na quinta-feira a Otava que rejeite a “hegemonia” de Washington e tome “decisões independentes”, apelando à libertação da directora financeira da Huawei.
Hoje Macau China / ÁsiaSecretário de Estado norte-americano recebe dirigente norte-coreano na quinta-feira [dropcap]O[/dropcap] secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, vai reunir-se na quinta-feira em Nova Iorque com um alto dirigente norte-coreano, Kim Yong-chol, anunciou hoje o Departamento de Estado. Pompeo e Kim vão discutir os avanços alcançados na sequência da cimeira de Singapura, que juntou os líderes dos dois países, Donald Trump e Kim Jong-un, indicou uma porta-voz do Departamento de Estado. A desnuclearização da Coreia do Norte é um dos assuntos em destaque. No dia seguinte, Mike Pompeo e o secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, vão receber em Washington destacados responsáveis chineses, indicou o Departamento de Estado em comunicado. Os homólogos chineses dos dois responsáveis norte-americanos, Yang Jiechi (Negócios Estrangeiros) e Wei Fenghe (Defesa), vão estar presentes, segundo o comunicado. A reunião. que ocorre após um período de tensão militar e comercial entre Estados Unidos e China, segue-se a um primeiro encontro que teve lugar em Junho de 2017.
Hoje Macau China / ÁsiaChina espera que visita de Mike Pompeo ajude a restabelecer a confiança [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China afirmou ontem esperar que a visita a Pequim do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, restabeleça a confiança mútua entre os dois países, apelando ao fim das “más práticas”, que levaram ao deteriorar das relações. “Estamos dispostos a manter os contactos com a parte norte-americana, mas julgamos que as más práticas dos Estados Unidos em algumas questões não contribuíram para a cooperação”, afirmou em conferência de imprensa Lu Kang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. O porta-voz disse que Washington deve voltar ao “caminho certo” e “mostrar a sua disposição em trabalhar com a parte chinesa, para alcançar uma melhoria nas relações entre os dois países”. Pompeo reuniu-se ontem com o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, para analisar possíveis avanços na desnuclearização do regime norte-coreano, numa altura de crescentes disputas comerciais entre os dois países. “Pompeo mostrou a sua vontade em trabalhar sobre a questão da península coreana e a China está também disposta a tratar deste assunto”, afirmou Lu. “Como dois importantes membros do Conselho de Segurança, a China e os EUA têm necessidade de reforçar a cooperação em certas questões internacionais, e restabelecer a confiança mútua”, disse.