Viagens | Recebidos 34 pedidos de ajuda para regressar ao território

No seguimento da proibição de entrada e trânsito de estrangeiros anunciada por Taiwan, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo recebeu vários pedidos de informações para entrar e sair do território. O Consulado Geral de Portugal disse também que vários portugueses residentes de Macau querem regressar à RAEM e que está a tentar encontrar uma solução

 

Até ao fim do dia de ontem, e depois de Taiwan ter anunciado a proibição de entrada e trânsito de estrangeiros, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo tinha recebido 34 pedidos de residentes com intenção de regressar a Macau, dois pedidos de informações para sair e ainda um pedido que envolve 16 não residentes que querem voltar ao país de origem. O Gabinete de Gestão de Crises do Turismo disse ao HM que se tratam de indivíduos que por saberem que já não há voos para o exterior através de escala em Taiwan, procuram saber mais informações sobre como vir até Macau.

Registou-se ainda o pedido de um estudante que está em Macau e quer regressar aos Estados Unidos da América. O aluno pretendia regressar por Taiwan, mas face às novas restrições, contactou o gabinete para saber de que outra forma poderia voltar aos estudos nos EUA. A opção é passar por Hong Kong, fazendo quarentena no território vizinho. O gabinete esclareceu que actualmente não existem planos para um novo “corredor especial” entre Macau e o Aeroporto Internacional de Hong Kong.

Na quinta-feira, o Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong comunicou ao HM que tomou conhecimento de diversos portugueses com estatuto de residente na RAEM que estão em Portugal e pretendem regressar ao território. “Face à decisão das autoridades de Taiwan proibirem a entrada e o trânsito de estrangeiros, o Consulado Geral de Portugal está a desenvolver contactos com as autoridades da RAEM, responsáveis pelo regresso dos seus residentes a Macau, no sentido de ser encontrada, em conjunto, uma solução para o problema”, respondeu o Consulado.

A EVA Air tinha voos para a Europa via Taiwan, que era uma das poucas vias de entrada e saída na RAEM, mas a companhia aérea suspendeu os serviços de trânsito a partir do início deste mês. As informações sobre voos divulgadas na página electrónica do Aeroporto Internacional de Macau apontam para o cancelamento de voos da Eva Airways a partir da RAEM, com destino a Taipé, entre 1 de Janeiro e 27 de Março.

Travar o vírus

As medidas de prevenção contra a covid-19 levaram por sua vez a RAEM a anunciar que indivíduos que nas duas semanas antes de entrarem em Macau tenham estado na vila de Renhe (da cidade de Pequim), ou na cidade de Dalian, façam quarentena nos locais designados. De acordo com comunicado do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a restrição começou a ser implementada às 9h de ontem.

Para quem vem do Interior da China, é também actualmente exigida observação médica de 14 dias a quem tenha estado em localidades de Pequim, das províncias de Liaoning e de Heilongjiang, bem como da região autónoma de Xinjiang.

Por outro lado, a partir das 20h de dia 1 de Janeiro, foi cancelada a necessidade de quarentena para indivíduos que tenham estado em Chengdu e na cidade-prefeitura de Hulunbuir.

4 Jan 2021

Covid-19 | Portugueses pedem ajuda ao GGCT para voltar a casa

Ao todo 10 cidadãos estrangeiros pediram ajuda para voltar ao seu país de origem. De acordo com as autoridades de saúde que garantem estar a dar “todo o apoio possível”, cinco destes casos dizem respeito a portugueses. Já o reconhecimento mútuo do código de saúde entre Macau e o Interior da China será anunciado em breve

 

[dropcap]U[/dropcap]ma dezena de cidadãos estrangeiros pediram ajuda ao Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) para voltar aos seus países de origem. Segundo Inês Chan dos Serviços de Turismo, cinco deles são portugueses, estando garantido que Macau irá prestar toda a ajuda necessária aos consulados que solicitem o apoio.

“Recentemente, pessoas de nacionalidade estrangeira querem sair de Macau para o seu país de origem. No entanto muitos países já implementaram medidas restritivas à entrada. Se estas pessoas quiserem sair de Macau e regressar para o seu local de origem devem recorrer aos seus consolados para pedir ajuda. Macau vai dar todo o apoio possível para ajudar essas pessoas a regressar ao seu país de origem”, explicou Inês Chan por ocasião da conferência de imprensa diária da covid-19.

Segundo os serviços de turismo, além dos cinco portugueses, há ainda pedidos de ajuda provenientes de dois cidadãos italianos e três cidadãos indonésios. O apoio prestado será dado sobretudo ao nível do transporte e da coordenação fronteiriça com Hong Kong, sendo que algumas destas pessoas deverão conseguir sair de Macau em meados de Maio. Entretanto uma pessoa de nacionalidade tailandesa já conseguiu sair do território.

“Alguns deles vão sair de Macau já em meados de Maio e os restantes vão ficar por um período mais longo. As ajudas que fornecemos são basicamente relacionadas com o transporte e temos também de verificar se com o passaporte que detêm podem ou não entrar em Hong Kong e se precisam de se sujeitar a quarentena ou não para fazermos os trabalhos de coordenação”, acrescentou Inês Chan.

Cores comuns

Na conferência de ontem foi ainda avançado que está para muito breve, o anúncio dos moldes em que será feita a articulação do novo código de saúde de Macau com o do Interior da China. A intenção, avançada na segunda-feira pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Iong, no debate das LAG da sua tutela, será comunicada oficialmente assim que possível na conferência de imprensa das autoridades de saúde.

“Quanto ao reconhecimento do código de saúde entre os dois lados temos contactado as autoridades do Interior da China para ver quando é que o reconhecimento pode ser activado. Em princípio, muito em breve, podemos dar informações actualizadas”, disse Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas.

Quando as fronteiras estiverem abertas, acrescentou a responsável, as medidas relacionadas com o teste de ácido nucleico e a comunicação com as autoridades do outro lado das fronteiras têm de estar coordenadas. “Temos que ter as políticas, as medidas e elas têm também que ser conhecidas para serem lançadas”, acrescentou.

Recorde-se que desde domingo Macau passou a ter um código de saúde com as cores verde, amarelo e vermelho, um mecanismo que substituiu a declaração de saúde anteriormente em vigor.

Para “todas as possibilidades”

Alvis Lo Iek Long partilhou ontem que Macau se encontra há 27 dias sem registar novos casos, existindo apenas seis pacientes a receber tratamento para a covid-19. Questionado sobre se estão a ser tomadas previdências para combater um eventual surto de maior intensidade no próximo Inverno, o médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário respondeu que, apesar da “evolução da pandemia ser muito imprevisível”, o facto de Macau já ter passado por duas vagas, permite às autoridades “preparar cada vez melhor todas as possibilidades”.

Máscaras | Mais duas rondas garantidas

O Governo garantiu ontem que o plano de fornecimento de máscaras será assegurado, pelo menos, atá à 13ª ronda. De acordo com o médico Alvis Lo Iek Long, do Centro Hospitalar Conde de São Januário, o plano de fornecimento está dependente da evolução da pandemia. “Em Maio, o Governo vai garantir o programa de venda de máscaras pelo menos até à 13ª ronda. Este plano de fornecimento de máscaras pode continuar dependendo da evolução da pandemia, assim como a oferta do mercado. Ainda estamos em Maio e temos alguns dias para fazer avaliação (…) e observar para termos uma decisão final”, sublinhou. Questionado sobre se o aumento das temperaturas aliado ao uso de máscaras pode afectar a saúde dos cidadãos, Alvis Lo Iek Long afirmou não existir uma “relação directa” entre o calor e o uso do equipamento no Verão. No entanto, os cidadãos devem “mudar de máscara sempre que esta estiver molhada”, aconselhou o médico.

6 Mai 2020

Viagens | Residentes com restrições de entrada em 25 países e regiões

Angola, Taiwan, Rússia são alguns dos países e regiões em que os residentes de Macau se deparam com restrições à entrada. A partir de ontem, as autoridades da Tailândia também obrigam os residentes a um período de quarentena, mas o Governo da RAEM ainda não foi notificado sobre esta medida

 

[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que a epidemia do Covid-19 se expande cada vez mais, os residentes e passageiros em trânsito por Macau encontram restrições à entrada em 25 países e regiões. A lista apresentada foi compilada com dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, no acrónimo em inglês) e ainda com base nas informações dos diferentes consulados em Macau e Hong Kong.

Em 17 dos países e regiões, os residentes ou pessoas que passem pela RAEM não entram. Entre estes estão Angola, Taiwan, Rússia, ou Mongólia. Mas, a lista é mais extensa e inclui ainda Vanuatu, Tonga, São Vicente e Granadinas, Seychelles, Arábia Saudita, Filipinas, Palau, Maurícia, Ilhas Marshall, Coreia do Norte, Iraque ou Ilhas Cook. Em alguns destes casos, as restrições à entrada não se limitam apenas aos residentes de Macau, por exemplo, a Coreia do Norte simplesmente não aceita turistas, independentemente das proveniências.

Em relação a Israel, a entrada de pessoas que tenham estado em Macau também está proibida. No entanto, caso seja provado que apenas estiveram em trânsito na RAEM conseguem entrar.

Além da proibição da entrada, há ainda outras jurisdições que aceitam a entrada, mas que obrigam a um período de quarentena de 14 dias. No fundo, é uma medida semelhante à que Macau adopta para os trabalhadores não-residentes, permite a entrada, mas antes têm de passar por uma quarentena.

A situação regista-se na Samoa, Micronésia e Quiribati. Em alguns destes países é exigido que a quarentena seja feita em regiões sem qualquer caso e ainda antes de viajar.

Declarações de saúde

Além das restrições, há outras regiões que passaram a exigir que quem seja residente de Macau ou passe pela RAEM fique submetido a medidas especiais.

Por exemplo, na Polónia as pessoas vindas da RAEM ou residentes têm de preencher uma declaração de saúde. Já no caso do Nepal, o visto de entrada que poderia ser feito à chegada foi cancelado. Os residentes de Macau passam agora a precisar de tratar das formalidades com antecedência, para poderem viajar. Esta medida repete-se no Irão, onde anteriormente também era possível obter um visto à entrada.

Ainda em relação à suspensão dos vistos de entrada à chegada para residentes de Macau, esta política foi igualmente seguida pelo Bangladesh. Mas, neste caso mesmo com visto, as pessoas que entrarem precisam de preencher uma declaração de saúde.

Já a Polinésia Francesa exige um atestado médico com cinco dias de antecedência que mostrem resultados negativos de infecção do coronavírus. Finalmente, o Egipto aceita entradas, mas as pessoas ficam num período de “observação”, onde precisam de declarar os locais que pretendem frequentar nos próximos 14 dias.

Cuidados antes de viajar

Em reposta às restrições impostas aos cidadãos de Macau, o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), aconselha a que as pessoas consultem as informações dos consulados e de agências de viagens para não serem surpreendidos com restrições. “Devido ao constante desenvolvimento relativo aos procedimentos de imigração adoptados por diferentes países, o GGCT recomenda aos residentes de Macau que consultem os seus agentes de viagens e as Missões Consulares mais próximas do país para o qual planeiam viajar, a fim de obter as informações mais recentes”, foi respondido ao HM.

Além dessas vias, é ainda recomendado que as pessoas que tenham estado no Interior visitem o portal da “National Immigration Administration” da República Popular da China, que contém as informações mais actualizadas sobre restrições para quem esteve no outro lado da fronteira.

Por último, o GGCT informou o HM que ontem, ao final da tarde, ainda não tinha sido informado pelas autoridades tailandesas sobre as novas medidas restritivas que obrigam os residentes a um período de quarentena de 14 dias.

 

Correcção: A Tailândia foi inicialmente incluída na lista de países com restrições para residentes de Macau, devido a um declaração do Ministro da Saúde da Tailândia, Anutin Charnvirakul. Após o desmentido oficial do Governo da Tailândia, a informação foi corrigida e o país excluído do artigo.

 

 

 

5 Mar 2020

Viagens | Residentes com restrições de entrada em 25 países e regiões

Angola, Taiwan, Rússia são alguns dos países e regiões em que os residentes de Macau se deparam com restrições à entrada. A partir de ontem, as autoridades da Tailândia também obrigam os residentes a um período de quarentena, mas o Governo da RAEM ainda não foi notificado sobre esta medida

 
[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que a epidemia do Covid-19 se expande cada vez mais, os residentes e passageiros em trânsito por Macau encontram restrições à entrada em 25 países e regiões. A lista apresentada foi compilada com dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, no acrónimo em inglês) e ainda com base nas informações dos diferentes consulados em Macau e Hong Kong.
Em 17 dos países e regiões, os residentes ou pessoas que passem pela RAEM não entram. Entre estes estão Angola, Taiwan, Rússia, ou Mongólia. Mas, a lista é mais extensa e inclui ainda Vanuatu, Tonga, São Vicente e Granadinas, Seychelles, Arábia Saudita, Filipinas, Palau, Maurícia, Ilhas Marshall, Coreia do Norte, Iraque ou Ilhas Cook. Em alguns destes casos, as restrições à entrada não se limitam apenas aos residentes de Macau, por exemplo, a Coreia do Norte simplesmente não aceita turistas, independentemente das proveniências.
Em relação a Israel, a entrada de pessoas que tenham estado em Macau também está proibida. No entanto, caso seja provado que apenas estiveram em trânsito na RAEM conseguem entrar.
Além da proibição da entrada, há ainda outras jurisdições que aceitam a entrada, mas que obrigam a um período de quarentena de 14 dias. No fundo, é uma medida semelhante à que Macau adopta para os trabalhadores não-residentes, permite a entrada, mas antes têm de passar por uma quarentena.
A situação regista-se na Samoa, Micronésia e Quiribati. Em alguns destes países é exigido que a quarentena seja feita em regiões sem qualquer caso e ainda antes de viajar.

Declarações de saúde

Além das restrições, há outras regiões que passaram a exigir que quem seja residente de Macau ou passe pela RAEM fique submetido a medidas especiais.
Por exemplo, na Polónia as pessoas vindas da RAEM ou residentes têm de preencher uma declaração de saúde. Já no caso do Nepal, o visto de entrada que poderia ser feito à chegada foi cancelado. Os residentes de Macau passam agora a precisar de tratar das formalidades com antecedência, para poderem viajar. Esta medida repete-se no Irão, onde anteriormente também era possível obter um visto à entrada.
Ainda em relação à suspensão dos vistos de entrada à chegada para residentes de Macau, esta política foi igualmente seguida pelo Bangladesh. Mas, neste caso mesmo com visto, as pessoas que entrarem precisam de preencher uma declaração de saúde.
Já a Polinésia Francesa exige um atestado médico com cinco dias de antecedência que mostrem resultados negativos de infecção do coronavírus. Finalmente, o Egipto aceita entradas, mas as pessoas ficam num período de “observação”, onde precisam de declarar os locais que pretendem frequentar nos próximos 14 dias.

Cuidados antes de viajar

Em reposta às restrições impostas aos cidadãos de Macau, o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), aconselha a que as pessoas consultem as informações dos consulados e de agências de viagens para não serem surpreendidos com restrições. “Devido ao constante desenvolvimento relativo aos procedimentos de imigração adoptados por diferentes países, o GGCT recomenda aos residentes de Macau que consultem os seus agentes de viagens e as Missões Consulares mais próximas do país para o qual planeiam viajar, a fim de obter as informações mais recentes”, foi respondido ao HM.
Além dessas vias, é ainda recomendado que as pessoas que tenham estado no Interior visitem o portal da “National Immigration Administration” da República Popular da China, que contém as informações mais actualizadas sobre restrições para quem esteve no outro lado da fronteira.
Por último, o GGCT informou o HM que ontem, ao final da tarde, ainda não tinha sido informado pelas autoridades tailandesas sobre as novas medidas restritivas que obrigam os residentes a um período de quarentena de 14 dias.
 
Correcção: A Tailândia foi inicialmente incluída na lista de países com restrições para residentes de Macau, devido a um declaração do Ministro da Saúde da Tailândia, Anutin Charnvirakul. Após o desmentido oficial do Governo da Tailândia, a informação foi corrigida e o país excluído do artigo.
 
 
 

5 Mar 2020