FRC | “Passeios com História” voltam a realizar-se no fim do mês

Cândido Azevedo, professor, volta a ser o orientador da iniciativa “Passeios com História” promovida pela Fundação Rui Cunha (FRC) para os próximos dias 26 e 27 deste mês. A ideia é descobrir mais sobre a história e o património das zonas antigas de Macau em visitas guiadas em português, nos dias 26 e 27, e também no dia 3 de Novembro, mas desta vez em inglês. As visitas decorrem entre as 10h e as 12h30.

Segundo uma nota, desde 2017 que a área dos apoios sócio-culturais e filantrópicos da FRC oferece aos interessados um programa gratuito de visitas guiadas à História e Património da “Cidade de Macau dos séculos XVI a XIX”. Ao longo de duas horas e meia terão os participantes oportunidade de conhecer as memórias, crenças, práticas quotidianas e saberes das gentes desse tempo, das duas partes da cidade: a cristã e a chinesa.

Este ano decorre, assim, a quinta edição, sendo que o objectivo é descobrir mais informações sobre as ruas becos, santuários e núcleos museológicos. O passeio intitula-se “Circuito das cidades cristã e chinesa, na Macau dos séculos XVI a XIX”. O ponto de encontro será na galeria da FRC a partir das 9h45. As inscrições fazem-se junto da FRC.

16 Out 2024

FRC acolhe exposição de pintura de Chan Man Kin

O artista Chan Man Kin protagoniza a nova exposição da Fundação Rui Cunha (FRC) que é hoje inaugurada a partir das 18h30. Trata-se de “The Splendor of Objects” [O Esplendor dos Objectos] e tem curadoria de Cai Guojie. Esta é uma mostra que tem como tema a “natureza-morta” e a escola holandesa da pintura como ponto de partida, destaca um comunicado da FRC. Depois, o artista expandiu o seu trabalho para o universo abstracto, “como uma explosiva reacção nuclear”.

A mostra inclui 21 pinturas feitas com tinta acrílica com o foco na “natureza morta com pêssegos”, uma peça criada no ano passado que daria sentido ao restante trabalho. Inspirado na “experiência histórica da Escola Holandesa de Pintura, iniciei uma discussão sobre o sentido de segurança e estabilidade necessários à vida: dos objectos específicos ao exame da vida e da morte, do olhar para a morte para expressar apreciação pela vida”, refere o artista, citado pelo mesmo comunicado.

O artista acrescentou ainda que “ao observar o espaço interno de um pêssego cortado ao meio – o caroço do pêssego – parece um mundo pequeno. O caroço do pêssego serve tanto como fim quanto como início de novos pêssegos, incorporando infinitas possibilidades”.

“A partir daí, mergulhei na relação entre o pêssego e seu caroço, desde o microcosmo do caroço do pêssego até o macrocosmo do universo. Este processo transita gradualmente das formas concretas para as abstractas, explorando as relações visuais expressas através da transformação dos estilos de pintura”, disse.

Processo existencial

Chan Man Kin desenvolveu um longo processo em torno das ideias para este projecto artístico, realizando uma “discussão filosófica sobre a existência e a morte”. Como revelou ainda, “a pintura de natureza-morta é um género e forma de pintura com valor estético independente e orientação espiritual na pintura ocidental”, além de trazer, ao artista, “uma sensação de estabilidade pessoal, permitindo que o meu corpo e a minha mente rapidamente se alinhem”.

Chan Man Kin terminou recentemente um mestrado em Comunicação Visual na Universidade de Macau, trabalhando actualmente como artista na Academia Li Keran, sendo também artista residente na Academia de Belas Artes de Guangzhou. As suas áreas de estudo incluem pintura, design gráfico, fotografia conceptual e técnica mista.

25 Jun 2024

FRC acolhe debates comemorativos dos dez anos do Plataforma

O semanário bilingue Plataforma, por ocasião da celebração do décimo aniversário de existência, promove na próxima semana, entre os dias 27 e 30, quatro debates na Fundação Rui Cunha (FRC), num ciclo especial de conversas intitulado “Plataforma Talks”. Todos os debates começam às 18h30 e contam com diversas personalidades locais, focando-se nas áreas do ensino superior, banca, diplomacia e Direito, sob o mote “Redes para a internacionalização de Macau”.

O primeiro debate, na segunda-feira, conta com os advogados Frederico Rato, sócio fundador da LEKTOU e Oriana Pun, sócia do escritório PCC Lawyers. Por sua vez, na terça-feira, o debate versará sobre “Redes Bancárias”, contando com Carlos Cid Álvares, CEO Banco Nacional Ultramarino e Ip Sio Kai, vice-presidente do BOC Macau e deputado.

Na quarta-feira, dia 29 de Maio, a conversa incidirá sobre “Redes Universitárias”, contando com a presença de Agnes Lam, Directora do Centro de Estudos de Macau da Universidade de Macau e ex-deputada, e ainda Priscilla Roberts, professora de História e Cultura na USJ – Universidade de São José.

Por último, quinta-feira, dia 30 de Maio, o debate será sobre “Redes Diplomáticas”, tendo como convidados o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão, e Danilo Henriques, secretário-adjunto do Fórum Macau. Os moderadores dos debates serão os directores do jornal, Paulo Rego e Guilherme Rego.

Diversificar e flexibilizar

Segundo um comunicado da FRC, estes debates pretendem dissecar o tema da diversificação económica que, “por mais sucesso que tenha, não irá alterar de forma dramática o peso do jogo no Produto Interno Bruto de Macau”. Contudo, “pode e deve mudar significativamente o perfil do emprego e a relevância nacional e internacional; além da cultura de exigência digna de uma sociedade de serviços moderna, ágil, competente e global”.

“Este é o ADN do PLATAFORMA, que desde a sua primeira edição defende o bilinguismo, a livre circulação de pessoas, a massa crítica estrangeira, e do continente, a diversificação económica e flexibilidade na atribuição de Bilhetes de Identidade de Residente”, é descrito na mesma nota. Para o semanário, estes factores constituem “pilares do projecto lusófono e da afirmação internacional de Macau”, defendendo que “se deve promover, ao mesmo tempo, uma sociedade de serviços multicultural, multilingue, flexível e competente, capaz de criar redes institucionais e profissionais que liguem China e Lusofonia, Oriente e Ocidente”.

24 Mai 2024

FRC | Concerto de Jazz amanhã a partir das 17h

A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta amanhã, às 17h, o concerto “Saturday Night Jazz”, onde será apresentado um repertório que fará uma associação à exposição colectiva patente na galeria, intitulada “MusicArt”. A mostra, que estará patente ao público até 22 de Julho, reúne trabalhos de 17 artistas locais e do Interior da China que procuram estabelecer uma ponte entre sons e imagem através de várias expressões artísticas.
A organização descreve o concerto e a exposição como uma “experiência Interdisciplinar entre a Arte e a Música, conceitos que se tocam e atravessam, gerando resultados que podem ser surpreendentes, algures entre as sete notas musicais e as setes cores do arco-íris”.
As composições musicais que serão apresentadas amanhã “giram em torno de vários estilos de jazz, do tradicional ao moderno, incluindo swing, latino e funk”.
No palco vão estar, ao piano e no trompete Ao Fai, no piano Joviz Lee, no trombone Gregory Wong, na bateria Roy Tai, e no baixo Mars Lei, “interagindo com o espaço expositivo e o público”.
O concerto irá contar ainda com a participação do curador da exposição e “artista multifacetado” Giulio Acconci.

14 Jul 2023

Exposição “Plagiarim” de Sio Hang Wong inaugurada hoje da Fundação Rui Cunha

A galeria da Fundação Rui Cunha acolhe a partir de hoje “Plagiarism”, uma exposição individual de Sio Hang Wong cujo conceito assenta na reflexão de desenhos que o artista local fez quando era criança. Ao longo 50 obras, Sio Hang Wong redescobre o sentido e a frescura de visão da infância

 

A galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) será palco hoje, às 18h30, da inauguração da exposição “Plagiarism”, da autoria de Sio Hang Wong. A mostra reúne 50 obras multidisciplinares em termos de composição e materiais usados e que faz a ponte entre os tempos de criança do artista local e a sua capacidade criativa na actualidade.

“Plagiarism” resulta de uma viagem evocativa e temporal de 26 anos, que lançou Sio Hang Wong numa reflexão sobre o significado das antigas criações infantis, colocando-as em contraste com a obra actual e revelando valores inerentes que extravasam tempo e capacidade técnica.

A exposição, baseada no conceito e curadoria de Kuan U Leong, apresenta ao público obras multifacetadas, “principalmente papéis de rascunho com desenho a esferográfica e a caneta colorida, representando composições em pares de antes e depois – desde 1997 até os dias de hoje”, indica a Fundação Rui Cunha em comunicado. O público pode também encontrar em “Plagiarism” reproduções de fotos pintadas com marcador e sedas pinceladas com pigmentos de cor naturais.

Segundo a curadora, durante “o processo de reflexão sobre o significado dos seus antigos desenhos, Wong descobriu que os trabalhos de infância criados sem interferências externas continham uma energia visual interessante e indefinida, provocada pelo desvio subjectivo de criança. (…) Para Wong, a forma mais intuitiva de os comparar era copiá-los. Mas no processo da cópia, os desvios são racional e deliberadamente minimizados, e a nova obra perde a vitalidade da pintura infantil”.

Assim, “mesmo que duas pinturas idênticas sejam desenhadas pela mesma pessoa, elas terão significados completamente diversos, devido aos diferentes objectivos do artista em cada momento. Ou seja, a pintura não é o mais importante, o que afinal importa é o significado da acção por trás da criação”, aponta a curadora Kuan U Leong. Esta justaposição, na sua óptica, convida também o público à reflexão.

 

Instinto vivo

A FRC indica que, para o artista, a “opção de retomar o hábito de inclinar a caneta e desenhar como em criança é como aceitar a infantilidade que parece simples, mas é extremamente vital”.

Kuan U Leong acrescenta que enquanto o artista continuou a prolongar a vida das representações feitas em criança, manteve vivo o instinto e desvendou “valores e significados ao longo do processo” de criação artística.

Nascido em Macau em 1994, Sio Hang Wong foi professor de inglês do ensino secundário. Em 2022, concluiu o Bacharelato em Artes Visuais da Universidade Politécnica de Macau, com especialização em Pintura Chinesa (Belas Artes), explorando principalmente a arte contemporânea e a pintura chinesa.

Actualmente, é membro da Associação de Artistas de Macau, da Associação de Pintores e Calígrafos Chineses Yu Un de Macau, da Associação de Arte Juvenil de Macau e da Creative Macau.

20 Jun 2023

FRC | Cinco artistas reflectem o impacto da covid-19 em mostra colectiva

O impacto da covid-19 na sociedade estará amanhã em destaque na Fundação Rui Cunha, através da exposição colectiva “Safe As”. Cinco artistas apresentam uma reflexão sobre temas como o uso de máscara, vida enclausurada e comunicação virtual

A Fundação Rui Cunha inaugura amanhã, às 18h30, a exposição colectiva “Safe As”, o resultado de um projecto de artes plásticas que reflecte sobre diferentes experiências da pandemia, com a assinatura da 10 MARIAS Associação Cultural. A mostra colectiva apresenta dez peças de cinco artistas: Bruno Oliveira, Célia Brás, Marieta da Costa, Mónica Coteriano e Patrícia Soares.
“Desde o primeiro alerta sobre o vírus Covid-19, até à actualidade, o impacto em todas as nações tem sido intenso e revela consequências na forma como as pessoas vivem o seu dia-a-dia, como comunicam, como se deslocam, como trabalham, como lidam com os diferentes problemas e situações, nunca antes vividos. A exposição pretende dar continuidade às muitas reflexões sobre o tema”, descreve a Fundação Rui Cunha em comunicado (FRC).
A mostra conta com diferentes formas de expressão artística, como instalações de peças, um mural com fotografias e recortes de jornais. Os espaços que compõem a mostra abrangem um camarote de projecção com capacidade para duas pessoas, onde será exibido o vídeo “Mask off”, realizado ao longo dos últimos oito meses e que reflecte sobre a vida das máscaras.
O trabalho foi “bastante colaborativo”, envolvendo a troca de opiniões, explicou Patrícia Soares ao Hoje Macau. O fio condutor entre os diferentes trabalhos é a escolha dos materiais, já que a máscara foi utilizada por todos. “Todas as máscaras foram recicladas, reutilizadas, devidamente desinfectadas e trabalhadas em cada uma das peças. E depois atendendo à simbologia, à mensagem, outros materiais foram sendo adicionados, mas sempre com uma coerência visual e de mensagem bastante forte”, explicou Patrícia Soares.
De acordo com a nota da FRC, a curadora da instalação artística, Mónica Coteriano, apontou como principais temas a máscara, enquanto símbolo mundial deste ano, a nova realidade da vivência enclausurada e as suas consequências para a sociedade, bem como a comunicação virtual ao nível do relacionamento em termos laborais e pessoais.
Além de ser dada voz à preocupação ambiental associada ao desperdício das máscaras, que se tornaram um bem essencial, são também abordadas outras problemáticas, como a saúde mental. Uma instalação representa os quatros pilares da saúde mental a serem pensados. O objectivo é “a reflexão construtiva e importante, porque existem consequências na vida das pessoas”, observou Patrícia Soares.

Urgência na reflexão

A 10 MARIAS Associação Cultural é um projecto sem fins lucrativos, nascido em 2016, com iniciativas ligadas às artes visuais, performativas, dança, música ou novas tecnologias. Esta exposição surge de uma “necessidade ou até de uma certa imposição que a questão da pandemia trouxe a todos nós: o olhar para dentro”.
A impossibilidade de trazer artistas de fora e a introspecção a que os tempos conduzem potenciou o projecto “Safe As”.“A questão da pandemia foi unânime para todas nós porque achamos que é um tema absolutamente urgente em termos de reflexão”, disse Patrícia Soares, acrescentando o destaque da natural aposta no talento local. Com este olhar para dentro surgiu uma percepção: “havia de facto em todas nós uma forte vertente artística”. Um factor transversal às criadoras é a ligação a contextos de design, arquitectura, moda, expressões artísticas e dança.
A artista reconheceu ainda o apoio da Fundação Rui Cunha, onde a exposição está patente ao público até ao dia 8 de Janeiro.

15 Dez 2020

FRC | Exposição de banda desenhada local na próxima semana

Uma mostra de banda desenhada e encontros com os criadores vão preencher o cardápio da exposição que inaugura no próximo dia 18, na Fundação Rui Cunha. A iniciativa pretende incentivar o gosto pelas aventuras lidas e desenhadas das tiras aos quadradinhos

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]istórias aos quadradinhos são coisas para todos. Da banda desenhada (BD) temática à infantil, à característica de determinada zona geográfica, passando pela mais séria e sofisticada, muitas são as pranchas que deleitam os mais diversos fãs.
Macau não foge à regra e 18 de Agosto é a data agendada para a abertura de uma exposição de BD de Macau e Hong Kong. A iniciativa tem lugar na Fundação Rui Cunha (FRC) numa organização conjunta com a Associação de Banda Desenhada, Quadradinho e Brinquedos de Macau (MACT, na sigla inglesa). O objectivo é a promoção desta forma de arte junto da população juvenil e adulta, bem como o incentivo ao desenvolvimento criativo. Para o efeito, e paralelamente, o evento integra ainda um encontro com cartoonistas convidados.
Edward Loi é o fundador da MACT e fala ao HM da origem da associação e dos seus fins. A ideia surgiu porque era “super fã de BD”. Com o gosto vieram os contactos e o responsável começou a conhecer artistas de Hong Kong criadores de pranchas. A curiosidade foi crescendo e Edward Loi, ao analisar o que se passava em Macau, verificou que não havia escassez de amantes da leitura em balões, mas reparou também que o alvo era essencialmente a BD japonesa e com poucas referências para o que se fazia por cá.
Juntou-se a alguns amigos e começaram a “organizar actividades com ilustradores locais e de Hong Kong porque curiosamente”, como afirma Edward Loy, “a BD mais vendida em Macau era as revistas semanais da região vizinha que estavam em exibição entre as molas de todos os quiosques”.
“À parte de compra de livros aos quadradinhos, não existiam actividades que envolvessem a criação e os que dela gostam”, afirma Loi. E foi isso que o fez por mãos à obra. “Achava que era uma pena não existirem encontros e outros actividades que impulsionassem e desenvolvessem a BD local.”
Nasce a Associação e as actividades que promove, onde está incluída a mostra que terá lugar na FRC. Y.E.A.C.H
Edward Loy convidou três escritores de HK e três locais. São todos profissionais na criação de BD, o que “é algo muito raro por aqui”. O evento resulta ainda da cooperação com uma revista de BD fundada em Macau, mas que encontra a sua publicação em Hong Kong.
De entre os convidados está o artista que conta já com dez anos de carreira J-Head, (Cheung Dun Yoi) que, apesar das dificuldades, consegue ver os seus desenhos publicados. Mas a exposição conta ainda com as presenças de Tam Yok Meng, conhecido por UMAN, e Lei Ka Chun, de Macau. De Hong Kong estão as presenças e trabalhos de Sam Tse , Tung Tung e Lei Long Kwan.
É no encontro com os artistas que a organização pretende “partilhar a imaginação e a experiência obtida durante a produção até o produto final das obras”.

Bonecos em risco

Para Edward Loi, a sobrevivência desta arte poderá “estar em risco, dadas as dificuldades dos artistas em se afirmarem no sector”. É com tristeza que afirma que a BD tem vindo a perder terreno na popularidade, salvaguardando que na região vizinha ainda existe um forte grupo de amantes desta arte.
Os dinheiros que financiam a Associação, além das cotas dos membros que a integram, baseiam-se no apoio do Governo e fundações. Apesar da entidade pretender trazer artistas de outras zonas do globo “não consegue” porque os apoio que tem só financia o local, mesmo que “por vezes não seja da melhor qualidade”. Não é o caso dos convidados para este encontro, mas também esta mostra “poderia ser enriquecida com a vinda de gente de outras paragens e a troca de conhecimentos entre todos”. 李家進(筆名:安東尼)
 A Associação quer combater a tendência e tem na agenda a continuidade de trabalhos através da organização de “exposições, seminários e competições” de modo a receber mais “aceitação por parte da população”. Para isso anseia mais apoio, nomeadamente do Governo, para que esta arte não fique exposta nas criações mais “vulgares” afirma.
Para o responsável, a preferência dos consumidores de BD da região é “definitivamente a BD japonesa”, sendo que “ultimamente se regista um crescendo de adeptos de tiras curtas publicadas online”. Para Edward Loi, a razão por detrás do sucesso da “fast BD” é o facto de poder ser facilmente divulgada nas redes sociais e ser leitura fácil e rápida. A mostra, que inaugura pelas 15h30, termina a 2 de Setembro e conta com entrada livre.

11 Ago 2016

Música | Artistas locais apresentam livro e novos álbuns na FRC

São três jovens que actuam juntos e, pela primeira vez, lançam-se em obras a solo. Josie Ho, Hyper Lo e AJ apresentam em Agosto um livro e dois álbuns na Fundação Rui Cunha

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s três músicos de Macau Josie Ho, Hyper Lo e AJ vão lançar um livro e novos álbuns a solo já no próximo mês de Agosto. O evento acontece na Fundação Rui Cunha, onde os três vão também actuar ao vivo.
Os artistas fazem parte da editora SP Entertainment. Os músicos ficaram mais recentemente conhecidos por terem dedicado um tema ao lutador KK Ng, de Macau, sendo que, agora, se estreiam a solo.
Josie Ho escolheu o nome “Ho Chi Cheng” para o seu primeiro disco, sendo este aliás o seu nome em Chinês. O objectivo é mostrar-se a si própria através da música que faz. A cantora de Macau incorpora diferentes estilos, tanto ao nível do que produz sonoramente, como da sua própria imagem.
“Josie tem diferentes ‘looks’, que demonstram as várias facetas da sua personalidade, ao mesmo tempo que mostra o quão versátil se tornou”, começa por apontar a editora em comunicado. “Não só os fãs vão adorar, como também os ‘fashionistas’ vão apreciar a quantidade de trabalho que a sua equipa tem colocado no seu estilo.”
Não faz muito tempo que a cantora se juntou à SP Entertainment, mas a sua qualidade e reputação enquanto cantora e MC já “é evidente”, como se pode ler no documento.

Juntar culturas

Já AJ vai trazer a palco e dentro do seu CD a solo a fusão entre o Chinês e o Português. O músico é de origem macaense e pretende com o seu primeiro álbum aproximar mais as duas culturas.
“AJ quer mostrar e promover o seu background macaense, incorporando no seu álbum ‘Macanese’ elementos de azulejos, no seu estilo e design, mas também tentando misturar a Língua Portuguesa no Canto-Pop”, indica a SP. “A fusão das diferentes culturas e as características sensoriais vão sem dúvida proporcionar uma experiência refrescante às audiências das regiões vizinhas.”
AJ envolveu-se na composição musical recentemente, produzindo não só para si, mas para outros cantores.
Hyper Lo não se ficará, agora, apenas por Macau. O cantor, tido como “um artista de muitos talentos”, foi convidado para falar sobre a sua jornada de Hong Kong a Londres… de carro.
“Ele reconta os 45 dias da sua jornada e partilha as suas experiências no seu novo livro de viagens intitulado ‘My Driving Experience from Hong Kong to UK’”, indica a empresa de entretenimento.
Hyper tem já singles lançados ao longo dos anos, sendo que, no livro, apresenta um álbum com 12 das suas músicas.
Os três artistas vão estar na Fundação Rui Cunha no dia 4 de Agosto, pelas 15h00. O evento será a cerimónia oficial para o lançamento das novas obras, sendo que haverá, além da actuação ao vivo, uma sessão de autógrafos. A entrada é livre. J.F.

28 Jul 2015