Pedro Arede SociedadeCandidaturas ao financiamento para cursos na Universidade do Porto abrem a 25 de Maio [dropcap]O[/dropcap]s residentes de Macau que pretendam frequentar cursos na Universidade do Porto (UP) podem candidatar-se a um plano de financiamento do Fundo do Ensino Superior entre 25 Maio e 7 de Julho. Segundo uma nota divulgada ontem pela Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES), o plano de apoio oferece 15 vagas para alunos que queiram frequentar cursos de licenciatura ou de mestrado integrado e no curso preparatório de língua portuguesa da UP. Os beneficiários vão receber por ano lectivo 29 mil patacas, no caso de frequência do curso preparatório e 48 mil patacas, no caso de frequência dos cursos de licenciatura. Quanto aos cursos de mestrado, esclarece a DSES, “o montante financiado corresponde ao valor atribuído, em cada ano, para as bolsas de mérito para estudos pós-graduados”. Os alunos apoiados vão fazer o curso preparatório de língua portuguesa em duas fases, com o primeiro semestre ministrado pelo Instituto Português do Oriente (400 horas) e, o segundo semestre, na UP (300 horas). Quanto aos cursos que conferem grau académico, a DSES refere que “a Universidade do Porto oferece 51 cursos em áreas especializadas, com vista a satisfazer as necessidades de formação dos estudantes de Macau”. Os candidatos devem ser portadores do BIR, Passaporte da RAEM, ter realizado o Exame Unificado e apresentar as suas classificações das disciplinas de Língua Chinesa, Língua Inglesa e Matemática.
Hoje Macau China / ÁsiaGuiné | Expectativa de financiamento na véspera da cimeira China-África [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, viajou ontem para Pequim para participar na cimeira África-China, que vai decorrer a 3 e 4 de Setembro, com a expectativa de financiamento chinês ao país no horizonte. “Vamos assistir à cimeira china-África onde vamos ter oportunidade de passar em revista a relação entre o nosso continente e a China e vamos eventualmente ver a disponibilidade da China em acompanhar o continente relativamente ao financiamento de uma série de projectos que nós temos em carteira”, afirmou José Mário Vaz. O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas momentos antes de viajar para Pequim. Sobre a Guiné-Bissau, o Presidente disse que há “expectativa” de financiamento de projectos, que vão ser “motores de crescimento” da economia do país. Os projectos estão relacionados com os sectores agrícola, do turismo, pescas, infra-estruturas e minérios. “Mas está tudo em aberto”, disse. Durante a sua estada na China, José Mário Vaz vai reunir-se com o seu homólogo, Xi Jinping.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Governos locais passam a financiar-se com emissão de obrigações [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Governos locais da China passam, a partir deste ano, a financiar-se apenas através da emissão de obrigações, anunciou ontem o Ministro das Finanças chinês, Xiao Jie, como parte do esforço do país para reduzir o endividamento. Xiao frisou que aquela passa a ser “a única forma legal” de as administrações locais se financiarem, enquanto a captação de fundos através de outras vias – incluindo empréstimos bancários – será punida. O responsável pelas Finanças da China falava numa conferência de imprensa por ocasião da sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão legislativo máximo do país. O conjunto das obrigações emitidas pelos governos locais não poderá ultrapassar 1,35 biliões de yuan, um aumento de 550.000 milhões de yuan, face ao ano anterior. No final de 2017, a dívida da China fixou-se em 29,95 biliões de yuan, o equivalente a 36,2 por cento do PIB (Produto Interno Bruto). Xiao considerou que o nível de endividamento do país é “relativamente baixo”, comparado com os montates de dívida acumuladosn por países desenvolvidos e outros emergentes, e afirmou que será mantido assim nos próximos anos. O Governo chinês está a prestar muita atenção à gestão da dívida pública e está decidido a “combater irregularidades nas vias de financiamento”, como os empréstimos concedidos por entidades à margem do sistema bancário, disse. O ministro avançou ainda um corte nos impostos para particulares e empresas e insistiu no objectivo do país de reduzir o déficit fiscal até 2,6 por cento do PIB, abaixo da meta de 3 por cento fixada no ano passado.
Hoje Macau Manchete SociedadeHotel 13 procura financiamento de quase dois mil milhões [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]bras por concluir, dificuldades de financiamento, projecto atrasado até, pelo menos, 31 de Março do próximo ano, e incerteza sobre a autorização para instalar mesas de jogo. É esta a situação do Hotel 13, que procura gerar 1,96 mil milhões de dólares de Hong Kong com três operações financeiras, incluindo empréstimos. O ponto de situação foi feito pela empresa 13 na passada quinta-feira à noite, num comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong. Desde Julho de 2017 que as obras do Hotel 13 estão paradas por falta de financiamento. Neste momento, estima a empresa, o projecto está concluído a 90 por cento, mas por falta de verbas não é possível concluir os trabalhos. Por essa razão a companhia anunciou três operações financeiras com o objectivo de garantir um financiamento de 1,96 mil milhões de dólares de Hong Kong. As operações são a oferta de mais acções aos actuais accionistas, a um preço com descontos que chegam a 87 por cento face ao preço do mercado, e dois empréstimos. Com a primeira operação a empresa quer gerar pelo menos 973 milhões e com os empréstimos: 740 milhões e 250 milhões, respectivamente. Raízes do problema As dificuldades no acabamento do projecto são explicadas três factores: dificuldades no processo de emissão das licenças necessárias para o hotel, redução da quota para a importação de trabalhadores não-residentes e, finalmente, melhoria da fase número dois do exterior do edifício, que, segundo a empresa, está por concluir. Outro dos pontos mais relevantes do comunicado é o facto da empresa 13 ter um princípio de acordo com uma das seis operadoras do território para instalar mesas de jogo no hotel. O nome da operadora não é revelado, mas o princípio de acordo foi assinado em Abril de 2008, e a última confirmação da vigência do mesmo data de Fevereiro deste ano. “É esperado que o acordo formal seja assinado entre as duas partes dependendo, entre outras coisas, do Operador Licenciado [concessionária do jogo] obter a aprovação do Governo de Macau para que o Hotel 13 possa ter actividades de jogo”, é explicado no documento. No entanto, a própria empresa 13 admite que o processo envolve uma grande incerteza: “a autorização para instalar e operar um casino no Hotel 13 depende da aprovação do Governo de Macau, por isso o sucesso da operação é incerto”, é apontado.
João Luz EventosIntercâmbio | Fundo Nacional das Artes financia 3 mil projectos em Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] intercâmbio cultural entre Macau e China na formação de artistas e quadros especializados da área cultural são alguns dos objectivos de interesse do Executivo no âmbito do Fundo Nacional das Artes. Nesse sentido, Alexis Tam reuniu-se com a vice-presidente e secretária-geral do organismo, Zhao Shaohua na sede do Governo. O Fundo Nacional das Artes foi criado em 2013 com o objectivo de fomentar o desenvolvimento da criatividade artística, promover os artistas que tenham trabalhos de grande qualidade, assim como formar quadros qualificados na área da produção artística. Desde a sua génese, o fundo financiou mais de três mil projectos em Macau, incluindo programas de cooperação cultural e artística, envolvendo um montante investido de quase 3 mil milhões de patacas. Zhao Shaohua afirmou que a sua visita a Macau tem em vista o reforço da cooperação com o Governo da RAEM, assim como com as associações cívicas locais. Pretende também prestar o apoio necessário ao desenvolvimento e promoção de criações artísticas de Macau e formar pessoal no sector. Alexis Tam focou a sua intervenção no que está a ser realizado no território, nomeadamente no pacote de medidas do Executivo para promover a cultura e o intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura recomendou que sejam realizadas acções de formação de jovens artistas locais e quadros técnicos na China. O coordenador adjunto do Centro de Gestão do Fundo Nacional das Artes, Wang Yong, adiantou que os formandos recomendados pelo Executivo serão bem recebidos e assegurou apoio às intenções de Alexis Tam. Além disso, foi mencionado que o Fundo Nacional das Artes tem toda a disponibilidade para apoiar e promover óperas locais com características históricas e culturais típicas de Macau na China e no exterior.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEPM | Esperada continuação do financiamento da Fundação Macau O presidente da APIM e o próprio presidente da Escola Portuguesa de Macau garantem estar optimistas em relação à continuação do apoio financeiro da Fundação Macau à EPM, que em cinco anos totalizou 45 milhões de patacas. O Ministro português da Educação reúne amanhã com responsáveis pela instituição de ensino [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ão há certezas, mas pelo menos existe o optimismo de que a Fundação Macau (FM) não deixará de financiar a Escola Portuguesa de Macau (EPM) por mais uns anos. Na véspera da chegada do Ministro da Educação de Portugal, Tiago Brandão Rodrigues, o dossiê sobre o financiamento será discutido, mas o seu fim é um ponto que não é sequer considerado. “Na hipótese de deixar de existir claro que a escola se iria ressentir, mas essa hipótese não está em cima da mesa”, disse ao HM Manuel Machado, presidente da direcção da escola. “As alternativas estão a ser estudadas, mas julgo que a FM continua a apoiar a EPM, o problema não se coloca nestes termos. Não estou preocupado com essa eventualidade”, acrescentou Miguel de Senna Fernandes. Para o presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), ligada à gestão da EPM, “a RAEM não deixará afundar a EPM por falta de financiamento da escola. O problema não se coloca e estamos bastante tranquilos”, referiu ainda. Questionada pelo HM, a FM preferiu não confirmar se vai continuar a financiar o projecto educativo no ano lectivo de 2017/2018, numa altura em que o prazo de cinco anos de financiamento está a chegar ao fim. Foram concedidos um total de 45 milhões de patacas, nove milhões por ano. A renovação do protocolo é, para Miguel de Senna Fernandes, “um tema importantíssimo”, e a vinda de Tiago Brandão Rodrigues a Macau também. “Era bom que (o Ministro) se inteirasse dos dossiês e que esta não fosse uma mera visita de cortesia. Era bom que se debruçasse sobre as questões da EPM e o suporte financeiro para manter a escola.” Visita à EPM dia 13 Tiago Brandão Rodrigues, que acompanha a comitiva do Primeiro-Ministro António Costa à RAEM, reúne amanhã com os responsáveis da Fundação EPM, onde se incluem os dirigentes da Associação de Pais e de Estudantes. A visita às instalações da EPM será feita no dia 13, por volta das 11h00. Numa altura em que a EPM funciona com mais uma turma no primeiro ciclo, o seu presidente garante que não são necessários mais professores e que será um projecto estável aquele que será revelado ao Ministro da Educação. “Este ano aumentamos uma turma no primeiro ciclo, esse aumento teve repercussões em termos de ocupação das instalações. Temos todas as instalações ocupadas a tempo inteiro. Mantemos o nosso projecto educativo, continuamos com uma oferta significativa de actividades extra-curriculares. Estamos com o corpo docente estável e não precisamos de mais professores.” Manuel Machado disse ainda que não há data para as novas obras da EPM. “Não está definido quando as obras poderão avançar. Está feito o levantamento das necessidades. É um assunto que depende de Portugal e de Macau também. Sei que o assunto está a ser tratado pelos responsáveis”, rematou.
Hoje Macau China / ÁsiaFinanciamento a Angola prevê criar 365.000 empregos [dropcap style = ‘circle’]A[/dropcap] Linha de Crédito da China (LCC) a Angola vai financiar 155 projectos com 5,2 mil milhões de dólares, a executar por empresas chinesas, estimando o Governo angolano a criação de quase 365.000 empregos. A informação consta do plano operacional da LCC, elaborado pelo Governo angolano com as obras a realizar pelas empresas chinesas ao abrigo deste financiamento, fechado durante a visita de Estado de José Eduardo dos Santos à China, documento ao qual a Lusa teve ontem acesso. O sector da energia e águas lidera, em termos dos montantes a investir, entre nove sectores, com 2.174.238.412 dólares alocados para 34 projectos. Neste sector, só o projecto para reabilitação e reforço do sistema de abastecimento de água na província de Cabinda, a desenvolver em 18 meses, vai custar 209 milhões de dólares e gerar, na perspectiva do Governo angolano, 42.421 empregos. O sector da construção contará com 33 projectos, mobilizando 1.644.282.124 dólares. O sector da educação é o que concentra o maior número de projectos, num total de 55, sobretudo a construção de escolas, num investimento global de 373.348.412 dólares. A província de Luanda vai mobilizar cerca de um quinto do total do investimento, com 1.026 milhões de dólares em 18 projectos, seguida do Huambo, com 776 milhões de dólares e 12 projectos. O documento é acompanhado por uma lista com 37 empresas chinesas “recomendadas para o mercado angolano”, ao abrigo da LCC. Apesar de executados por empresas chinesas, o Governo angolano garantiu anteriormente que estes projectos terão também uma incorporação maior de materiais e empresas nacionais, face às linhas de crédito anteriores. O Governo angolano anunciou a 15 de Outubro que o acordo estabelecido com a China em Junho previa a atribuição a Angola de um crédito a rondar os seis mil milhões de dólares, a aplicar em investimento público no país. A informação foi prestada na Assembleia Nacional pelo vice-Presidente da República de Angola, Manuel Vicente, em representação do chefe de Estado, na anual mensagem sobre o estado da nação. “Contraíram-se também créditos à China no valor de aproximadamente seis mil milhões de dólares norte-americanos, destinados a investimento público nos domínios da educação, saúde, água, energia eléctrica e estradas, tendo sido já aprovado pelo executivo o plano operacional para assegurar a execução de projectos identificados em 2016 e em 2017”, disse Manuel Vicente. Angola enfrenta uma crise financeira e económica devido à forte quebra da cotação internacional do barril de crude no mercado internacional, o que provocou também uma crise cambial, pela redução de entrada de divisas no país.