América Latina e Caribe em Pequim para cimeira empresarial

A 16ª Cimeira Empresarial China-América Latina e Caribe (ALC) será realizada de 2 a 3 de novembro em Pequim pela primeira vez, com o objectivo de promover o comércio e o investimento da China na região. A cimeira é realizada anualmente na China e nos países da ALC em rotação. Foram realizadas com sucesso 15 sessões em Chongqing, Hangzhou, Chengdu e outros lugares na China, bem como no Chile, Colômbia, Peru e México, entre outros países.

Cerca de 400 representantes de organizações internacionais, autoridades governamentais de países da ALC, representantes de associações empresariais e empresas confirmaram participação na cimeira, que envolve 26 países da ALC, como Argentina, Brasil, Chile e Colômbia, segundo Sun Xiao, secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional da China.

Guo Huaigang, director do subconselho de Pequim do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, disse que “no ano passado, Pequim candidatou-se com sucesso para sediar a cimeira, e isso abre uma nova janela de oportunidade para a cooperação económica e comercial entre a cidade e os países da ALC”.

A cimeira deste ano, com o tema “Inovação Aberta, Desenvolvimento Compartilhado”, “exibirá plenamente as características da capital, mostrando a liderança exemplar e o papel como capital de Pequim na situação geral da cooperação China-ALC”, de acordo com Guo.

“Os países da ALC são ricos em recursos energéticos e Pequim tem tecnologias avançadas em energia verde e veículos de nova energia. Os dois lados têm uma boa base e um amplo espaço para cooperação. Os dois lados são ricos em recursos culturais e turísticos. Há também um enorme potencial de cooperação em indústrias culturais, turismo transfronteiriço e intercâmbios entre pessoas”, concluiu Guo.

31 Out 2023

Startup portuguesa vence concurso de inovação em Macau

A startup portuguesa Cellularis Biomodels venceu ontem um concurso de inovação em Macau, no qual foram distinguidas outras seis empresas portuguesas e brasileiras, abrindo as portas a apoios e financiamento e ao mercado chinês.

À procura de financiamento, oportunidades de negócio e futura expansão na área da Grande Baía, a Cellularis Biomodels, fundada em 2021, desenvolveu uma tecnologia que permite recriar com precisão a fisiopatologia humana através da bioengenharia de modelos tridimensionais de doenças.

Uma das patentes actuais da empresa é a bioimpressão de esferas (‘beads’), formadas por um núcleo e uma concha que permitem recapitular o microambiente tumoral de diferentes tipos de neoplasias. A tecnologia pode garantir alta reprodutibilidade, bem como a fabricação de dezenas de modelos em apenas alguns minutos.

No “Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para Empresas de Tecnologia do Brasil e Portugal em 2023” foram seleccionados 15 projectos dos dois países de língua portuguesa.
Os vencedores receberam prémios monetários, com um valor máximo de 150 mil patacas, e garantiram apoio para facilitar o acesso ao financiamento e ao mercado da China.

Pé na porta

O concurso foi organizado pela Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico e Tecnológico, realizado pela Parafuturo de Macau e pelo Centro de Incubação de Jovens Empreendedores de Macau, tendo os projectos concorrentes sido analisados online por um painel de investidores profissionais, professores universitários, instituições financeiras e representantes de incubadoras.

Os organizadores sublinharam que “aos vencedores será concedida a qualificação para implementar os projectos na Área da Grande Baía”. No mesmo dia, após o concurso, os finalistas reuniram-se com instituições de investimento, empresas, universidades e incubadoras na província de Jiangsu para explorar a viabilidade da cooperação entre indústria, academia e investigação e a execução de projectos.

27 Set 2023

Empresa de capitais públicos para o Metro Ligeiro está para breve

[dropcap]O[/dropcap]Conselho Executivo deu luz verde ao projecto de regulamento administrativo sobre a constituição da Sociedade do Metro Ligeiro. A empresa de capitais públicos, que vai gerir o futuro sistema de transporte, vai nascer a meses da entrada em funcionamento da linha da Taipa, prevista para a segunda metade do ano.

A entrada em cena da nova empresa, com capitais exclusivamente públicos, implica a retirada do Gabinete de Infra-estruturas e Transportes (GIT) que, como confirmado ontem, vai ser extinto. “Não pode haver duas entidades a fazer a mesma coisa”, afirmou ontem o coordenador do GIT, Ho Cheong Kei, na conferência de imprensa do Conselho Executivo.

Na sequência do desaparecimento do GIT, organismo com natureza de equipa de projecto criado em 2007, os 93 funcionários têm agora duas opções em cima da mesa: mantêm-se na função pública ou transitam para a nova empresa. “É uma decisão de acordo com as duas partes”, explicou Ho Cheong Kei, dando conta de que se encontra na mesma situação: “Espero poder continuar a acompanhar o processo. Se o [meu] superior achar que não sou adequado [para mudar para nova empresa] estou disponível para servir em qualquer cargo”.

A Sociedade do Metro Ligeiro “só poderá operar” após firmado o contrato de concessão, pelo qual será preciso aguardar para se perceber exactamente qual será a relação entre a nova empresa e a MTR, de Hong Kong, à qual foi entregue as operações do metro ligeiro nos primeiros cinco anos de funcionamento. “Temos de aguardar pelo conteúdo para depois podermos ter os detalhes”, afirmou Ho Cheong Kei.

A empresa que vai explorar o metro ligeiro vai ser exclusivamente de capitais públicos porque vai ter “prejuízo certo”, como reconheceu o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, que estimou anteriormente os gastos anuais de operação e manutenção em aproximadamente 900 milhões de patacas. “São apenas estimativas”, manteve o coordenador do GIT.

De resto, como anunciado anteriormente, a nova sociedade anónima vai arrancar com um capital social de 1,4 mil milhões de patacas. A RAEM figura como sócio maioritário (96 por cento) da empresa que tem ainda como accionistas o Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (3 por cento) e o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e Tecnologia (1 por cento).

15 Mar 2019

Ilha de Hengqin | Future Bright Holdings já não vai pagar multas

A empresa Future Bright, do deputado Chan Chak Mo, já não vai ser obrigada a pagar multas por atrasos no desenvolvimento de um terreno na Ilha de Hengqin. O acordo suplementar assinado determina que o empreendimento comercial deva estar concluído em 2020

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Chan Chak Mo pode, finalmente, respirar de alívio. A empresa de que é accionista, a Future Bright Holdings, chegou a acordo com o Comité Administrativo para o Planeamento e Desenvolvimento de Terras de Zhuhai e ficou “exonerada” do pagamento de multas diárias de 628 mil yuan. A informação foi comunicada ontem aos accionistas e à bolsa de valores de Hong Kong.

A empresa corria o risco do pagamento de multas devido aos atrasos na construção das fundações do futuro empreendimento comercial, a ser erguido num terreno em Hengqin. O contrato assinado com as autoridades do interior da China obrigava a Bright Sucess Property, uma subsidiária da Future Bright Holdings, a obter uma licença para a construção das fundações até 28 de Novembro de 2015. Contudo, a empresa teve de esperar pela aprovação do projecto por parte das autoridades da Ilha da Montanha.

Este atraso poderia ter originado uma quebra do contrato e o pagamento das referidas multas, mas a empresa sempre contestou esta acusação, apontando que tudo se deveu ao longo período de tempo gasto com trocas de ideias sobre o projecto, com diferentes departamentos governamentais.

Em causa estaria também o facto do terreno ser demasiado macio naquela zona, o que obrigou os responsáveis pela obra a um trabalho extra.

Sem responsabilidades

O comunicado enviado à bolsa de valores aponta que a Future Bright Holdings fica exonerada “de todas as responsabilidades decorrentes da incapacidade” de cumprir as datas previstas para a construção das fundações, conforme estava no contrato inicial assinado a 12 de Janeiro de 2015.

O projecto, que deverá ter mais de 50 restaurantes e lojas, deve agora cumprir os seguintes prazos: até 31 de Julho do próximo ano os trabalhos de fundações e solos devem estar concluídos, sendo que até 31 de Julho de 2019 a estrutura principal do edifício também deve estar terminada. O acordo suplementar assinado prevê que o espaço comercial deva abrir ao público em 2020.

O empresário e deputado pagou, em 2014, o valor de 260 milhões de dólares de Hong Kong pelo terreno que fica situado no parque de cooperação Guangdong-Macau. Prevê-se que o projecto custe, no total, à Future Bright Holdings o valor de 1,1 milhões de dólares de Hong Kong. O período de concessão do terreno é de 40 anos.

Este empreendimento ligado ao sector da restauração é um dos 33 projectos de Macau anunciados pelo Instituto de Promoção do Comércio e Investimento (IPIM). O delegado de Macau à Assembleia Popular Nacional, Lao Ngai Leong, pretende desenvolver um centro de produção multimédia de grandes dimensões, chamado “i CITY Hong Kong-Macau”, que deverá custar mais de dois mil milhões de yuan.

 

1 Dez 2017