Hunan | Quinze condenados a pena de prisão por derrocada de edifício

A justiça chinesa condenou 15 pessoas a penas de prisão pela sua responsabilidade no desmoronamento de um edifício que matou 54 pessoas e provocou uma onda de protestos, avançou ontem a imprensa local. Em Abril de 2022, um edifício de oito andares que albergava um hotel, apartamentos e um cinema ruiu em Changsha (centro da China), capital da província de Hunan.

As autoridades alegaram que a estrutura tinha sido construída ilegalmente. A tragédia desencadeou um aceso debate público na China sobre a corrupção no sector da construção. A televisão estatal CCTV avançou ontem que dois tribunais de Changsha condenaram 15 pessoas implicadas no caso.

Wu Zhiyong, a pessoa que construiu, ampliou e renovou o edifício sem autorização e que foi considerado parcialmente responsável pelo colapso, foi condenado a 11 anos de prisão. Outras penas de prisão incluem 12 anos para o antigo director-adjunto de uma empresa municipal de distribuição de água, que foi considerado culpado de incumprimento do dever e de corrupção.

Uma empresa responsável pela realização de testes de conformidade foi multada em um milhão de yuan. Vários dos seus empregados foram presos por terem redigido documentos falsos que garantiam a segurança do edifício.

De acordo com o tribunal, Wu Zhiyong e as pessoas que efecutuaram os trabalhos não tinham “quaisquer qualificações” no domínio da construção e alugaram ilegalmente as várias partes do edifício a empresas de restauração e de alojamento, informou a CCTV.

“Não foram tomadas medidas correctivas eficazes, apesar da descoberta de grandes riscos estruturais”, segundo a mesma fonte.

Os desmoronamentos de edifícios ocorrem ocasionalmente na China. As autoridades culpam geralmente a aplicação pouco rigorosa das normas de segurança ou a corrupção por parte dos responsáveis pela sua aplicação.

18 Out 2024

Yunnan | Sobe para 34 número de mortos em aluimento de terras

O número de mortos provocado por um aluimento de terras na província de Yunnan, no sudoeste da China, subiu para 34, informou ontem a imprensa local.

A catástrofe ocorreu na madrugada de segunda-feira na aldeia de Liangshui, na parte nordeste da província de Yunnan. Mais de 1.000 soldados e bombeiros foram destacados para as operações de resgate, que prosseguem apesar das temperaturas negativas e da neve. Ao todo, 44 pessoas ficaram soterradas, indicaram as autoridades.

De acordo com uma investigação preliminar, citada pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua, a massa de terra que desabou tinha cerca de 100 metros de largura, 60 metros de altura e uma espessura média de seis metros. A agência não explicou o que causou o desmoronamento inicial.

Fotografias aéreas mostram que a encosta de uma montanha com muitos socalcos se abateu sobre várias casas da aldeia. Mais de 900 habitantes foram deslocados. As equipas de socorro tiveram de enfrentar a neve, estradas geladas e temperaturas negativas que se prevê que se mantenham nos próximos dias.

O incidente ocorreu às 05:51 de segunda-feira na vila de Zhenxiong, situada no norte da região, e afectou cerca de 18 casas na zona baixa entre duas montanhas. “Estávamos a dormir nessa altura, era de manhã cedo e ainda estava escuro. De repente, ouviu-se um ruído forte e o chão tremeu. Parecia um grande terramoto”, disse um residente local, citado pelo jornal local Jimu News.

No total, as catástrofes naturais na China causaram a morte e o desaparecimento de 691 pessoas no ano passado, e perdas económicas directas de cerca de 345 mil milhões de yuan, disseram a Comissão para a Redução de Catástrofes e o Ministério da Gestão de Emergências chineses.

26 Jan 2024

Índia | Terminam buscas por dezenas de desaparecidos

Centenas de socorristas deram ontem por encerradas as buscas, que decorreram durante quatro dias, por dezenas de pessoas desaparecidas, depois um enorme deslizamento de terras provocado por chuvas, numa aldeia no oeste da Índia.

As equipas de resgate recuperaram, nos primeiros dois dias de buscas, os corpos de 27 pessoas que morreram no deslizamento de terras, que ocorreu na quarta-feira à noite na aldeia de Irshalwadi, localizada a quase 80 quilómetros de Mumbai, a capital do estado de Maharashtra.

O governo estadual e a agência nacional de socorro decidiram ontem encerrar as operações de busca, por entenderem que não há esperança de encontrar sobreviventes, quando continuam desaparecidas 78 pessoas, Deepak Avadh, responsável da força nacional de resposta a desastres.

Pelo menos 17 das 48 casas da aldeia foram total ou parcialmente soterradas pelos escombros, disseram as autoridades.

Entre os mortos, estão quatro crianças, segundo a agência de notícias Press Trust of India, acrescentando que 75 pessoas foram resgatadas com vida, quatro delas encontrando-se hospitalizados.

Chuvas recordes de monções mataram mais de 100 pessoas no norte da Índia nas últimas três semanas, disseram as autoridades, com a força das águas a causar a queda de pontes e estradas e o colapso de casas.

A Índia sofre regularmente inundações severas durante a temporada de monções, entre Junho e Setembro, que os cientistas dizem que estão a tornar-se mais erráticas por causa das mudanças climáticas, levando a deslizamentos de terra frequentes e inundações repentinas.

25 Jul 2023

Pelo menos 24 mortos em inundações e deslizamentos de terras nas Filipinas

Pelo menos 24 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terras no centro e sul das Filipinas, na sequências de fortes chuvas causadas por uma tempestade tropical, indicaram ontem as autoridades.

Mais de 13.000 pessoas fugiram para abrigos de emergência quando a tempestade inundou casas e campos e cortou estradas e linhas elétricas, referiu a Agência Nacional de Catástrofes.

A província central de Leyte foi a mais duramente atingida, com deslizamentos de terras que mataram 21 pessoas em quatro aldeias, disse à agência France-Presse (AFP) Rhyse Austero, responsável pela gestão de catástrofes naturais na cidade de Baybay.

Fotografias publicadas na rede social Facebook e autenticadas pela (AFP) mostram várias casas na aldeia de Bunga, uma das mais atingidas na província de Leyte, cobertas com lama até aos telhados.

Outras três pessoas morreram em Mindanao, a principal ilha do sul do país, anunciou anteriormente a Agência Nacional de Catástrofes.

12 Abr 2022

Pelo menos 34 mortos após o deslizamento de terras na Índia ocidental

Inundações em Mumbai provocaram este domingo pelo menos 34 mortos e um número desconhecido de desaparecidos na capital do estado indiano de Maharashtra, na sequência de deslizamentos de terras, segundo os dados mais recentes das autoridades indianas.

Vinte e um corpos foram resgatados na zona de Chembur, no subúrbio oriental de Mumbai, e dez em Vikhroli, no norte da cidade, de acordo com a agência APF que cita o diretor da Força Nacional de Gestão de Desastres (NDRF).

A cidade de Mumbai tem sido atingida por fortes chuvas, desde sábado, e o abastecimento de água potável foi afetado, assim como os serviços de transporte público.

As autoridades locais ainda não conseguiram estimar quando é que o abastecimento de água potável será retomado e aconselharam os habitantes a ferver a água antes de a consumirem.

As últimas previsões meteorológicas apontam para chuvas moderadas ou fortes para os próximos dois dias.

No mês passado, 12 pessoas morreram na sequência do colapso de um edifício num bairro pobre de Mumbai e em setembro do ano passado 39 morreram após o colapso de um edifício de três andares em Bhiwandi.

19 Jul 2021