Dia de Portugal | Recepção na residência consular entre Outubro e Dezembro

[dropcap]O[/dropcap] programa do Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, foi este ano limitado à cerimónia do içar da bandeira no Consulado-Geral de Macau. O céu azul não colocou entraves a quem quis presenciar o momento. As bandeiras de Portugal e da União Europeia foram içadas por escuteiros, mas a interpretação do hino ficou, desta vez, a cargo de uma gravação: a banda do Corpo de Polícia de Segurança Pública não marcou presença.

“Eu não tenho muita base de comparação, mas em relação ao que vi no ano passado não acho que esteja muito menos pessoas (…). Tinha menos gente porque não tínhamos a banda, por exemplo, não tínhamos o grupo de escuteiros completo, mas em termos de participação de membros da comunidade portuguesa achei que estavam bastantes”, comentou o cônsul-geral.

Relativamente à recepção da comunidade na residência consular, Paulo Cunha Alves tem como objectivo organizar um evento semelhante no último trimestre do ano. “No fundo a recepção não foi cancelada, foi adiada”, disse, acrescentando que pretende “encontrar uma data histórica com relevância para Portugal, de modo a que possamos celebrar Portugal nessa data”. Embora ainda não haja uma decisão, apontou como datas possíveis o 5 de Outubro ou 1º de Dezembro.

Sentimento a defender

À margem do evento, a presidente da Casa de Portugal descreveu que apesar de o ano estar a ser atípico, “aquilo que nos leva a celebrar o dia de Portugal, e neste caso o ‘Junho, mês de Portugal’, não é atípico, não há coronavírus que altere, é um sentimento e uma maneira de estar que permanece e que é preciso manter, defender e afirmar”. Amélia António indicou que depois da transferência de soberania houve “um período de secura de eventos culturais” e que “foi a Casa de Portugal que ao aperceber-se da situação deitou mão” à afirmação cultural do país – defendendo que a verdadeira comemoração de Portugal se faz “no trabalho do dia-a-dia”.

11 Jun 2020

Consulado quer data alternativa para celebrar Portugal

[dropcap]O[/dropcap] cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, disse que apesar de hoje não se realizar a habitual recepção na recepção consular devido à pandemia, espera que “possamos em breve encontrar uma data alternativa para todos em conjunto celebrarmos Portugal”. A vontade foi expressa num vídeo publicado ontem no facebook do Consulado, em que deixou uma mensagem no âmbito do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

“Onde quer que nos encontremos, em Portugal ou espalhados pelo mundo é nossa obrigação celebrarmos o nosso país e a nossa identidade, a língua e a cultura portuguesa. Todos devemos sentir orgulho por fazer parte desta grande nação que é Portugal. Perto ou longe da pátria, as comunidades portuguesas são quem nos identifica e nos valoriza perante as outras nações, são elas que dão voz a Portugal no mundo. E Macau não é excepção”, defendeu Paulo Cunha Alves.

Assim, defendeu que apesar da distância, a comunidade portuguesa em Macau “nas suas múltiplas componentes resultantes deste encontro secular de culturas”, dá “um valioso contributo” ao desenvolvimento da sociedade. Aponta que a contribuição tem sido feita através da força laboral em diferentes áreas, tendo mencionado o ensino do português e a acção social e humanitária de instituições de matriz portuguesa. Neste âmbito, o cônsul-geral observou que todos os contributos contam, “desde o padeiro que prepara a massa para o pão, até ao juiz que se encarrega de fazer justiça onde esta pode ter sido esquecida”.

Cooperação local

Recordando a campanha de solidariedade lançada em Março com o propósito de recolher fundos para adquirir equipamento médico de protecção para os profissionais de saúde em Portugal e material, no âmbito da covid-19, Paulo Cunha Alves frisou que o movimento foi além da comunidade portuguesa, contando com uma adesão alargada na sociedade de Macau, deixando uma palavra de agradecimento.

“Este ambiente de paz, harmonia e desenvolvimento apenas tem sido possível graças ao apoio das autoridades da RAEM, que têm tornado mais fácil o dia a dia da comunidade portuguesa em Macau. O consulado geral de Portugal continuará a trabalhar em conjunto com as autoridades locais no intuito de aprofundar e fortalecer a amizade existente entre o povo chinês e o povo português rumo ao progresso e ao bem-estar de todos”, descreveu.

10 Jun 2020

Consulado de Portugal fora de torneio substituto da Bolinha

A associação deu o dito por não dito e o Monte Carlo confirmou inscrição à última da hora. Na 2.ª Divisão, o Consulado de Portugal é a grande baixa, numa decisão justificada com a presença em outros torneios e a falta de informação por parte da associação

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]nze equipas vão participar na 1.ª divisão do torneio de futebol que vai substituir o campeonato ‘Bolinha’, confirmou ontem a Associação de Futebol de Macau (AFM), ao HM. As cinco equipas Lun Lok, Night Walker, Keng Seng, Chong Wa e Kin Wa optaram por ficar do campeonato, que se vai disputar no Canídromo.

“Foram 11 as equipas que nos manifestaram vontade de participar e que se inscreveram. Cinco equipas optaram por não participar na competição”, disse Daniel Sousa, vice-presidente da AFM, ao HM.

“No que diz respeito à primeira divisão, a Associação de Futebol de Macau prevê que o formato da competição sejam dois grupos, um constituído por cinco equipas e outro por seis. Inicialmente, ainda se pensou fazer quatro grupos, mas não deve ser essa a opção tomada face às inscrições”, acrescentou.

Benfica, Sporting, Polícia A, Polícia B, Cheng Fung, Lam Pak, Chiba, Sub-23, Kei Lun, Ka I, e Monte Carlo são os nomes das equipas que amanhã vão ser sorteados para definir os grupos. O sorteio está agendado para as 18h30, na sede da Associação, e a competição deverá arrancar logo na sexta-feira.

Confirmação de última hora

Apesar de ser uma das formações participantes, o Monte Carlo esteve em dúvida até muito próximo do fecho das inscrições, que aconteceu ontem às 18h30. O caso foi relatado pelo presidente do clube, Firmino Mendonça.

“O nosso pessoal, quando foi fazer a inscrição, pediu para retirar da lista os jogadores estrangeiros, que já foram embora de Macau, e inscrever locais. Mas foi-nos dito que não podíamos”, revelou Firmino Mendonça.

“Nesse caso, tínhamos falta de jogadores porque não íamos inscrever apenas nove elementos, sendo que o máximo de inscritos é 14. Assim, estivemos mesmo para não participar. Só que depois recebemos um telefonema da Associação de Futebol de Macau a dizer que já poderíamos alterar a inscrição e lá nos inscrevemos, acrescentou.

Consulado de fora

Em relação à 2.ª Divisão, o número de formações inscritas é de 105, que fica abaixo da participação normal na Bolinha. Contudo, o Consulado de Portugal não vai participar, uma vez que já tinha compromissos assumidos.

“Não inscrevemos a equipa. Já tínhamos compromissos assumidos para a participação em outros torneios, temos um este sábado, temos outro muito em breve, fora de Macau”, começou por dizer Carlos Wilson, director desportivo da equipa, ao HM.

“Não sabemos os moldes em que a competição vai ser disputada. Parece que até hoje [ontem] à tarde a maioria das pessoas não sabia o formato. Sem sabermos os moldes, não podemos assumir o compromisso, porque já assumimos a presença noutras competições”, acrescentou.

No que diz respeito ao escalão secundário, as 105 equipas, onde consta a Casa de Portugal, deverão ser divididas em 35 grupos, cada um com três formações.

O torneio de futebol sete, também conhecido como Bolinha, foi cancelado devido aos efeitos do tufão Hato e à impossibilidade de remover todos os pedaços de vidro do sintético.

11 Out 2017