FAOM exige dados detalhados sobre reconhecimento mútuo de cartas de condução

O ex-deputado e director da Federação das Associações dos Operários de Macau, Lee Chong Cheng, adiantou que a entidade vai exigir mais informações ao Executivo sobre o reconhecimento mútuo das cartas de condução entre Macau e o interior da China

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) continua a revelar preocupação sobre as consequências da implementação da medida de reconhecimento mútuo das cartas de condução entre o território e o interior da China. À margem de uma conferência de imprensa, que serviu de balanço aos trabalhos realizados o ano passado, Lee Chong Cheng, director dos serviços de defesa dos direitos e interesses da FAOM, disse notar preocupação da sociedade relativamente ao reconhecimento mútuo das licenças de condução entre o continente e Macau. O dirigente associativo revelou que a FAOM vai comunicar mais com o Executivo para exigir mais pormenores quanto à aplicação desta medida na prática.

O também ex-deputado à Assembleia Legislativa disse que parte dos residentes manifestou expectativas quanto à possibilidade de poderem vir a conduzir na China, tendo em conta o projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o seu desenvolvimento. Lee Chong Cheng adiantou também que há outras opiniões que apontam para a existência de preocupações quanto a uma maior pressão no trânsito do território e facilidade de entrada de trabalhadores ilegais.

Para Lee Chong Cheng, as questões têm surgido porque o Governo ainda não divulgou informações suficientes sobre esta questão. “[O reconhecimento mútuo das cartas de condução] aplica-se aos veículos particulares, e não envolve veículos com licença para fins comerciais. No entanto, será que, na prática, esta política pode ter lacunas e causar dificuldades na sua execução? O Governo não divulgou esta informação, sendo que o sector está muito preocupado”, frisou.

O antigo deputado lembrou também que não é aceitável que o Governo não avalie as consequências desta medida.

Emprego mais difícil

Na conferência de imprensa de ontem, Lee Chong Cheng relatou que, no ano passado, a FAOM tratou um total de 1365 casos, relacionados com assuntos laborais, de habitação e de garantias de regalias, que envolveram 3141 indivíduos. Foram ainda apresentadas 653 sugestões ao Governo após as acções de recolha de opiniões dos residentes.

O presidente da Associação Geral dos Operários de Construção Civil de Macau, Cheong Man Fun, referiu que, com a conclusão das obras de grande escala em 2017, a taxa de desemprego dos trabalhadores da construção civil tem vindo a seguir uma tendência ascendente. O dirigente adianta ainda que também existe uma dificuldade generalizada na procura de emprego, uma situação que não tem sido revelada com dados estatísticos apresentados pelo Governo, disse.

Cheong Man Fun sugeriu, nesse contexto, que o Governo concretize medidas com o objectivo de garantir o emprego dos locais, tais como promover mais obras públicas e analisar o número de obras a decorrer, sem esquecer a revisão do mecanismo de substituição de trabalhadores não residentes (TNR) para decidir o número necessário de pessoas a contratar ao estrangeiro.

26 Abr 2018

Transportes públicos | Sinistros causados pelas operadoras cresce 30 por cento

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]os primeiros dois meses do ano o número de acidentes causados pelas três operadoras de autocarros cresceu 30 por cento, de 67 acidentes em 2017 para 88. Também 40 por cento dos veículos pesados falham as inspecções da DSAT sobre as emissões de gases.

O número de acidentes com autocarros públicos causados pelas operadoras teve um crescimento de 30 por cento nos dois primeiros meses do ano. Os dados foram revelados pelo director da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, Lam Hin San, no final de mais uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito.

“Os acidentes que envolveram autocarros aumentaram em dois casos, de 142 para 144. Dentro dos acidentes com autocarros, as companhias foram responsáveis por 88, quando no mesmo período do ano anterior tinham sido responsáveis por 67 acidentes”, disse Lam Hin San.

“Ainda temos 10 meses até ao final do ano e vamos trabalhar passo a passo para que as companhias elevem a segurança das operações e reduzam o número de acidentes rodoviários”, garantiu.

No âmbito da promessa, o director da DSAT falou da implementação de sistemas de monitorização dos condutores, quando estão ao volante dos veículos pesados: “Por exemplo, queremos que seja implementado um sistema com base em câmaras de vigilância que vai permitir detectar quando os motoristas estão demasiado cansados ou quando utilizam o telemóvel. Nestes casos, o sistema alerta o motorista. Também servirá para evitar acelerações bruscas ou excesso de velocidade”, explicou. “Mesmo nos casos em que os autocarros circulem demasiado perto dos peões, o sistema lançará avisos”, acrescentou.

 

40 por cento passam inspecção

A reunião de ontem serviu ainda para abordar as crescentes exigência face aos gases emitidos pelos veículos que circulam no território. Em relação a este tópico, Lam Hin San mostrou-se preocupado com o facto de apenas 40 por cento dos veículos pesados inspeccionados conseguirem ir ao encontro das exigências.

“Verificamos que apesar de passarem as inspecções gerais, quando fazemos inspecções aleatórias só 40 por cento dos veículos pesados são aprovados. Apelamos para que as pessoas tomem as medidas adequadas para que os veículos pesados cumpram as exigências”, revelou.

No entanto, já a partir de Maio, as concessionárias do jogo vão colocar a circular cerca de 50 ou 60 autocarros shuttles movidos a gás ou energia eléctrica, que representam 15 por cento, do total de 400 shuttles. O objectivo é que até 2023 todos os shuttles tenham de adoptar energias renováveis e os autocarros adoptem o padrão Euro 5, ao nível das emissões, ou seja critérios mais exigentes que o actual modelo Euro 4.

Ainda no que diz ao novo regulamento em que o Executivo está a trabalhar e que define padrões mais exigentes ao nível das emissões, o Governo estima que 100 mil veículos já cumprem com os novos critérios.

 

Novas licenças de táxis com 130 candidaturas

Apesar do sector dos táxis se queixar da obrigatoriedade de fazer circular veículos eléctricos, o concurso público para a atribuição de 100 licenças já conta com cerca de 130 participantes. A informação foi revelada, ontem, por Lam Hin San, que explicou também que o número pode aumentar, uma vez que houve cerca de 200 organizações ou pessoas a pagarem a caução para participarem no concurso público. “Houve 200 candidatos que pagaram a caução. Mas as propostas concretizadas são cerca de 130”, afirmou o responsável da DSAT.

16 Mar 2018

Táxis | DSAT rejeita críticas contra o lançamento de táxis eléctricos

Lam Hin San acredita que existem condições para a implementação de táxis eléctricos em Macau e sublinha que a própria DSAT tem um conjunto desse tipo de veículos

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) rejeita as críticas dos taxistas contra os veículos eléctricos e reitera que vai dar uma “passo verde” com as novas licenças. O director da DSAT, Lam Hin San, sublinha também que só devem concorrer ao concurso públicos as empresas que cumprem os requisitos.

“Não percebo as razões que levam algumas vozes no sector argumentarem que não conseguem comprar os veículos eléctricos a tempo. Até a DSAT tem carros eléctricos e o custo por quilómetro é de 40 avos”, disse ontem Lam Hin San, à saída da primeira reunião do ano do Conselho Consultivo do Trânsito.

“Os interessados têm de avaliar muito bem as suas capacidades para concorrer ao concurso público. Os critérios foram definidos com base num estudo feito por uma instituição. Por isso, não vamos definir a marca do veículo que as operadoras devem comprar. Mas no mercado há pelo menos duas marcas de carros eléctricos e há cada vez mais carros eléctricos que cumpre os nossos critérios”, sustentou.

Para Lam Hin San está na altura da DSAT dar um “primeiro passo verde”, mesmo que no início possa haver alguns problemas: “No início não vai ser tudo perfeito, porque também estamos a aprender, mas este passo com medidas mais amigas do ambiente é um bom começo. Sabemos que o público vai apoiar-nos”, defendeu.

Até 8 de Março a DSAT está a aceitar propostas para a concessão de 100 licenças de táxis. Os veículos têm de ser eléctricos.

Mais passageiros

De acordo com os números que emergiram da reunião do Conselho Consultivo de Trânsito, no ano passado os autocarros de Macau transportaram 211 milhões de passageiros. O valor é um novo recorde.

“Em 2017 registámos 211 milhões de passageiros. É um novo recorde. O dia com mais passageiros atingiu a marca de 680 mil pessoas por dia e a média diária rondou os 400 mil passageiros”, começou por dizer Lam Hin San.

“Mas em Janeiro deste ano houve um novo aumento de 7 por cento nos passageiros, face ao ano passado”, acrescentou.

Apesar deste aumento, o director da DSAT não está à espera de um aumento significativo do número de carros a circular em Macau. Segundo o responsável, a aposta passa por aproveitar melhor os recursos existentes.

“Neste momento temos cerca de 900 autocarros em Macau. Em comparação com o ano de 2016 trata-se de um aumento de 4 por cento. Foi um número que cresceu na mesma proporção do número de passageiros, que também foi de 4 por cento. Acredito que temos uma abordagem equilibrada”, explicou.

“O nosso objectivo é aproveitar os autocarros da melhor forma. Principalmente através da carreiras rápidas, que têm mostrado ser muito eficazes”, frisou.

Em relação à possibilidade do aumento do preço dos bilhetes de autocarros entrar em vigor durante este ano, Lam Hin San não limitou-se a dizer que não há nada de novo para acrescentar.

A mesma postura foi adoptada perante as perguntas sobre o reconhecimento mútuo das cartas de condução com o Interior da China. Contudo, sobre este ponto, o director sublinhou que a medida é para beneficiar os residentes de Macau que visita em têm casas no Continente.

 

Empresas com multas mais caras

O Governo está a equacionar aumentar as multas para as exploradoras dos parques de estacionamento que não cumprem as suas obrigações. A revelação foi feita por Lam Hin San, ontem. “Em 2017 aumentámos as inspecções junto dos parques de estacionamento. As fiscalizações passaram a acontecer com intervalos de quatro a cinco dias. Quando foram verificadas irregularidades, as companhias de gestão foram sancionadas”, informou. “Mas vamos ponderar aumentar as multas, porque temos ouvido vozes na sociedade a dizer que os valores são baixos”, justificou.

13 Fev 2018

Auto-silos | Detectadas quase 40 gestões irregulares

Foram feitas de surpresa uma série de inspecções aos auto-silos locais. O objectivo foi assegurar que as condições contratuais estavam a ser cumpridas. Os Serviços para os Assuntos de Tráfego detectaram 38 casos de gestão irregular

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ão 38 os casos de irregularidades no que respeita à gestão dos auto-silos de Macau. A informação foi dada ontem pelo responsável máximo da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, após uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito. “Verificámos irregularidades no que respeita aos contratos celebrados”, começou por dizer o responsável.

As infracções detectadas dizem essencialmente respeito ao incumprimento contratual relativo ao número de trabalhadores que têm de estar de serviço. “Por exemplo, exigimos um certo número de funcionários no próprio local, mas durante a nossa inspecção verificámos que os trabalhadores eram insuficientes”, apontou Lam Hin San. Outro dos aspectos em incumprimento diz respeito à manutenção dos próprios parques, nomeadamente no que toca à falta de limpeza.

Duas empresas já pagaram a multa a que foram sujeitas, quatro estão com ordem de pagamento, 11 casos têm processo aberto e há ainda 21 auto-silos em que as provas já estão recolhidas e que vão ser sujeitos a processo.

O castigo vai além da multa e as empresas infractoras poderão mesmo não poder participar nos próximos concursos públicos para gestão destes equipamentos. “Provavelmente não vamos convidar estas empresas a participar nos concursos”, sublinhou o director.

As multas podem ultrapassar as dez mil patacas diárias, sendo que, uma vez atingido o montante de 150 mil patacas, o contrato de concessão é anulado.

Alterações definitivas

Outro dos aspectos discutidos ontem na reunião do Conselho teve que ver com alterações de carácter permanente da circulação rodoviária na Taipa. A zona que rodeia o Parque Central da ilha vai deixar de ter dois sentidos e passar a ser de sentido único. Com a medida, a DSAT espera aumentar a segurança para as pessoas que andam naquela zona a pé. “O sentido único é mais seguro para os peões que não precisam de, no momento de atravessar a estrada, estare atentos aos dois sentidos”, disse o responsável.

Milhões de passageiros

Nos primeiros seis meses deste ano, a DSAT contabilizou um total de 103 milhões de passageiros que utilizaram os autocarros de Macau, sendo que o dia de maior congestionamento nos transportes públicos aconteceu a 29 de Maio, altura da comemoração do festival de barcos-dragão. Circularam no território, nesse dia, 662 mil passageiros. “É um novo recorde”, afirmou o director dos Assuntos de Tráfego.

Com o novo ano lectivo, os autocarros, garantiu o responsável, vão ser reforçados.

Cerca de 50 por cento dos passageiros dos transportes públicos usaram o terminal de autocarros das Portas do Cerco. De modo a facilitar a circulação naquela zona, a DSAT já procedeu ao aumento de autocarros no piso superior do terminal, o que “melhorou muito o serviço”, disse Lam Hin San.

O acesso aos táxis também vai ser melhorado naquele ponto da cidade. “Vamos fazer obras de melhoramento da tomada de táxis, de modo a que possam ser recolhidos passageiros para cinco táxis ao mesmo tempo. O mesmo vai acontecer na zona do Terminal Marítimo do Porto Exterior, em que as alterações vão permitir a tomada de três táxis em simultâneo”, explicou.

Ainda relativamente aos serviços de táxi, Lam Hin San afirmou que vão ser acrescentados veículos à frota de radiotáxis, sendo que, admite, não é uma tarefa fácil. Em causa está a desproporção na procura deste serviço: “Nas 24 horas diárias, em cerca de 11 são procurados 80 por cento dos táxis disponíveis, enquanto nas restantes 13 horas são procurados apenas 20 por cento”.

 

Poucas obras de grande escala

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com Lam Hin San, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, em declarações dadas ontem após a reunião do Conselho Consultivo do Trânsito, as obras de grande escala a decorrer no território associadas aos serviços de tráfego, foram reduzidas de 99 no ano passado para cerca de dez neste ano. O objectivo, apontou, é “causar menos impacto ao público”. Um dos trabalhos a ser feito é a repavimentação da Rua do Campo, inicialmente prevista para ser efectuada durante as férias de Verão, mas agora adiada para o período do Natal. Em causa está o impacto destes trabalhos e “nessa altura Macau vai estar já com menos obras”, explicou. Para que as obras causem o menor dano possível à circulação naquela que é uma das vias com mais movimento do território, a mudança de datas também “permite aos passageiros planearem melhor as suas viagens”. Garante o director que os trabalhos serão efectuados em cinco dias e, durante o período nocturno, a circulação poderá ser aberta a veículos.

21 Jul 2017

Táxis | Criticado pedido para aumento da bandeirada

[dropcap style≠’circle’]K[/dropcap]ou Kun Pang, membro do Conselho Consultivo do Trânsito, disse estar contra o aumento da bandeirada dos táxis proposto pela Associação de Mútuo Auxílio dos Condutores de Táxi, uma vez que os cidadãos continuam a não estar satisfeitos com o serviço prestado. Citado pelo jornal Ou Mun, Kou Kun Pang adiantou ainda que não vê qualquer possibilidade de apoio da proposta de aumento da bandeirada das actuais 17 para 20 patacas, considerando-a “inadequada nesta fase”.

Na visão do membro do conselho consultivo, dado os elevados níveis de inflação que se registam, é inevitável um aumento dos custos. Kou Kun Pang sugere, assim, que os taxistas melhorem primeiro a qualidade do serviço prestado, para que possam exigir um aumento. Dessa forma, também os cidadãos vão aceitar a subida da bandeirada.

O responsável também se mostra contra o aditamento de uma taxa de dez patacas no período do ano novo chinês, uma vez que os taxistas trabalham, por norma, no período de férias. Para Kou Kun Pang, um aumento iria causar reacções negativas junto da população, pelo que defende que se espere pelo consenso social.

Também citada pelo jornal Ou Mun, a deputada Melinda Chan apontou que o último aumento da bandeirada foi feito em 2014, considerando “compreensível” que o sector faça esse pedido, uma vez que as taxas dos veículos também sofreram aumentos por parte do Governo.

Contudo, a deputada considera que, antes de exigirem aumentos, os taxistas têm de melhorar o serviço que prestam, para que os residentes considerem o pedido razoável. Para Melinda Chan, as autoridades devem reforçar a execução da lei.

Sobre o aditamento de uma taxa especial no ano novo chinês, Melinda Chan acredita tratar-se de algo novo na sociedade e que, por isso, merece ser discutido.

22 Fev 2017

Autocarros com menos motoristas daqui a dez anos

[dropcap styçe=’circle’]O[/dropcap] cenário é negro e não há sinais de que possa melhorar. A falta de recursos humanos sentida pelas três operadoras de autocarros deverá piorar nos próximos dez anos, devido ao facto de muitos motoristas atingirem a idade da reforma. Só a Transmac, que actualmente tem 300 motoristas, deverá perder cerca de cem na próxima década.
O assunto foi discutido na sessão de ontem do Conselho Consultivo do Trânsito, mas segundo Kuok Keng Man, representante da entidade, não se chegou ainda a conclusões.
“Nos próximos dez anos estima-se que vão aposentar-se mais de cem motoristas e, por isso, a situação é grave. Todos os membros do Conselho esperam que se possa resolver esta questão”, disse Kuok Keng Man aos jornalistas após a reunião.
“Temos mais de 800 autocarros e o número de motoristas eventualmente não é suficiente. Segundo as companhias, convém ter mais de uma centena de motoristas para colmatar essa escassez, mas é uma estimativa. É necessário ver as condições de trabalho, o salário, para ver se é suficiente e se dá para atrair mais jovens para começarem a trabalhar como motoristas”, explicou o responsável.
Além disso, chegou a ser proposto o aumento da idade da reforma, mas segundo Kuok Keng Man, “isso pode afectar a segurança dos passageiros, porque devido à idade avançada podem mais facilmente cometer-se erros”.

Lá fora nem pensar

Um dos membros do Conselho Consultivo falou da necessidade de contratar motoristas ao exterior, mas trata-se de uma classe profissional na qual, segundo a lei, só os portadores de bilhete de identidade de residente podem trabalhar.
“É necessário contratar recursos humanos do exterior, mas não chegámos a um consenso sobre essa questão. Esperamos dar mais prioridade aos recursos humanos locais. Neste momento não estamos a considerar recrutar mão-de-obra de fora, o Executivo não está a considerar”, explicou Kuok Keng Man.
Para já, o Conselho Consultivo estar ainda a analisar possíveis medidas para resolver um problema que, afirma, pode piorar com a abertura de mais empreendimentos turísticos no Cotai e a necessidade de motoristas para os autocarros dos casinos.
“Os membros consideram que não é uma questão que só o Conselho pode resolver ou discutir, é um tema que é necessário dar a conhecer a toda a sociedade. Nós estamos a ver os dados dos motoristas, mas a situação é difícil e com a abertura e entrada em funcionamento dos novos hotéis vai ficar mais difícil.”
Quanto ao sistema de transportes públicos, o Governo parece estar disposto a aumentar a frequência “de alguns itinerários”, tendo as companhias alertado para a baixa velocidade dos autocarros.
“As três companhias também relataram a dificuldade na disposição dos autocarros e a sua emissão, de modo a aumentar a frequência, para satisfazer as necessidades dos passageiros. Espera-se que haja um melhor conhecimento por parte da população, já que os passageiros vêm autocarros a dizer “reservado” mas são apenas ajustamentos na disposição dos veículos e isso gera mal entendidos”, rematou Kuok Keng Man.

30 Out 2015