Lenovo | Lucro líquido cresceu 38% entre Abril e Junho

A empresa tecnológica chinesa Lenovo, o maior fabricante de computadores do mundo, registou um lucro líquido de 243 milhões de dólares no seu primeiro trimestre fiscal, uma subida homóloga de 38 por cento.

No comunicado enviado ontem à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a empresa também informou ter registado um acréscimo de 20 por cento no volume de negócios, para 15,447 mil milhões de dólares, superando as previsões dos analistas que apontavam para um valor de cerca de 14,16 mil milhões de dólares.

O comunicado referiu que o desempenho da Lenovo no trimestre se deveu ao facto de ter aproveitado “oportunidades sem precedentes” naquilo a que chama inteligência artificial (IA) híbrida, bem como ao seu “sucesso contínuo na transformação orientada para os serviços”.

De acordo com os dados divulgados, a Lenovo vendeu 14,7 milhões de computadores entre Abril e Junho, um aumento de 3,7 por cento, em relação ao ano anterior. Isto deu-lhe uma quota de mercado líder de 22,7 por cento a nível mundial, contra 22,5 por cento há um ano.

O volume de negócios proveniente de outras actividades que não os computadores pessoais atingiu um nível recorde, com 47 por cento do total.

Olhando para o futuro, a empresa continua a apontar a IA como uma grande aposta, afirmando que a sua integração nos computadores vai impulsionar o mercado e resultar numa “recuperação a longo prazo para além dos níveis pré-pandémicos”.

A empresa voltou a citar projecções de que, até 2027, quase 60 por cento dos computadores vendidos incorporarão capacidades de IA.

16 Ago 2024

Hackear e Meditar

Quando a mãe olhou para o computador todo desfeito, pegou numa pá para bater no filho de oito anos. O computador tinha sido comprado a muito custo. Uma mãe solteira da classe baixa inglesa não ganhava para aquilo.

Dylan tinha chorado baba e ranho para que a mãe lhe comprasse aquele computador. Vê-lo despedaçado em várias partes foi para ela um grande choque que resultou num enxerto de porrada. Mesmo cheio de nódoas negras, Dylan passou a noite a pé. O computador estava de volta à sua forma original no dia seguinte. A partir daquele dia, a mãe nunca mais lhe bateu. Conheci Dylan já com 35 anos. Comprara uma casa perto de Coimbra e sediara a sua empresa de segurança digital em Portugal. Estava a vir de uma temporada na Suécia que se sucedeu depois uma temporada em Tóquio, mas o lugar que melhor conhecia era a baía de São Francisco. Foi ali que a sua empresa cresceu, no epicentro da fecundidade digital. Quis pôr-me a aprender programação em troca de aulas de português, mas já tenho muito em mãos a aprofundar o conhecimento das programações linguísticas às quais já me dedico. Então, decidiu ensinar-me a meditar.

Se nunca viram o Zuckerberg em retiros espirituais no Hawaii, é porque não andam atentos. De facto, nada como estar profundamente submerso no tecido tecnológico para reconhecer a importância de se ausentar dele. “É preciso manter sempre um sentimento de fundamentação (groundedness)”, dizia-me. Essa necessidade de sentir a materialidade do corpo como um alicerce que se equilibra com o campo da existência mental subjectiva, acabava por ser essencial. Meditar é um processo auto-regulatório da atenção. Executar funções cognitivas complexas corre melhor com menos cortisol no sangue. Não é por acaso que a grande indústria digital está de mão dadas com a neurociência – com nootrópicos a substiuirem os nossos psiquiatrizados receptadores de serotonina cuja fórmula não muda há muitas décadas. Optimização tecnológica é também optimização humana. É apenas natural que as mentes mais curiosas tentem compreender vias alternativas para problemas antigos e essa descoberta possa passar pela medicina preventiva de origem chinesa e indiana que tantas empresas em Silicon Valley estão agora a explorar.

Sobretudo, quando os fundos de investimento cientifico de grandes farmacêuticas ocidentais preferem perpetuar fórmulas ultrapassadas, por exemplo, de antidepressivos (tradozona?). Não é necessário ser-se apelidado de estúpido quando decidimos educar-nos sobre meditações oriundas do yoga, como a meditação transcendental e a meditação budista samatha. A relação entre a meditação e a diminuição de cortisol está comprovada em centenas de estudos fidedignos. Dylan não é um new age de rastas cheio de ametista ao peito. É CEO de uma empresa de segurança digital e hackeava computadores quando era pequeno. Agora, hackeia também a vida. Coloca em causa a nossa arrogância etnocêntrica em relação à supremacia da ciência ocidental e esse questionamento é uma tendência que veio para ficar. Todos devem ter acesso àquilo que a tecnologia de ponta produz em termos de saúde. E essa tecnologia passa tanto por vacinas anti-covid como pode perfeitamente passar pela revisitação dos benefícios da ashwagandha. Só se chega à verdade quando esta é permanentemente questionada. Continuemos a fazê-lo sem pudor e, acima de tudo, sem preconceitos.

9 Abr 2021

Computador é menos usado pelas famílias de Macau

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] “Inquérito à Utilização da Tecnologia Informática dos Agregados Familiares” relativo ao ano passado revela que 145.100 famílias utilizam o computador, o que representa 75,8 por cento do total dos agregados familiares, uma quebra de 2,1 por cento face a 2016. De acordo com o comunicado ontem divulgado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), esta descida deve-se a um maior acesso a “aplicações noutros equipamentos, nomeadamente, nos telemóveis”.

“A taxa de penetração de computador entre os indivíduos com idade igual ou superior a 3 anos correspondeu a 52,8 por cento, menos 1,7 pontos percentuais”, aponta o mesmo comunicado. Em relação ao consumo de Internet, um total de 168.800 agregados familiares navegaram online, o que representa 88,1 por cento, ou seja, mais 1200 famílias em relação a 2016. Um total de 513.600 pessoas com idade igual ou superior a três anos utilizaram a internet, um aumento de 2,7 por cento face a 2016. “Destaca-se que as taxas de penetração de internet dos indivíduos com idade entre os 35 e os 44 anos, bem como entre os 25 e os 34 anos foram de 97,6 por cento e 97,4 por cento, respectivamente, tendo subido 1,3 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais.”

Quanto às finalidades de utilização da internet, a maioria dos utilizadores de internet usou-a para “comunicação” (93,7 por cento) e “entretenimento on-line” (81,4 por cento), mais 2,2 e 4,8 pontos percentuais, respectivamente, face a 2016. Além disso, 53,2 por cento utilizaram a internet para a “pesquisa de informação”, menos 8,1 pontos percentuais, em termos anuais. Registou-se que 87.900 utilizadores de internet fizeram “compras on-line”, mais 16,0 por cento, em termos anuais. No que diz respeito ao uso de telemóvel, houve uma ligeira diminuição de 0,1 por cento face a 2016. Já a “proporção de utilizadores de internet que usaram telemóvel para aceder à internet (91,5 por cento) caiu 0,4 pontos percentuais, em termos anuais”.

21 Mar 2018