Óbito | Actriz francesa Brigitte Bardot morre aos 91 anos

Brigitte Bardot, uma das maiores estrelas do cinema mundial, faleceu ontem com 91 anos. A actriz estava internada no hospital da cidade de Toulon, no sul da França, desde Novembro.

Em comunicado, a Fundação Brigitte Bardot anunciou a sua morte com “imensa tristeza”, descrevendo-a como uma “actriz e cantora de renome mundial, que escolheu abandonar a sua prestigiada carreira para dedicar a vida e energia ao bem-estar animal e à sua fundação”.

Conhecida pelo seu enorme impacto no cinema na década de 1950, «BB», como era amplamente chamada em França, era um ingrediente essencial da cultura francesa e rapidamente se tornou um ícone após o seu primeiro papel em Le Trou Normand (1952). Mais dois filmes se seguiram em 1952, altura em que se casou com o realizador Roger Vadim. Um ano depois, Bardot conquistou Hollywood e os Estados Unidos, e a sua popularidade como uma das mulheres mais sexys do mundo ficou firmemente estabelecida.

Brigitte Bardot continuou a actuar num total de 28 filmes ao longo de duas décadas e tornou-se um símbolo da liberação sexual das mulheres. Porém, impiedosamente “comercializada” como um símbolo sexual e hedonista, Bardot acabou por sucumbir à frustração de não ser levada a sério enquanto actriz e abandonou a carreira para se dedicar a campanhas pelo bem-estar animal.

29 Dez 2025

Brigitte Bardot pede a Chui Sai On que galgos sejam entregues à ANIMA

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente da ANIMA, Albano Martins, publicou no Facebook uma carta da eterna musa do cinema francês Brigitte Bardot a pedir ao Chefe do Executivo que os galgos do Canídromo sejam entregues à associação de defesa dos animais, assim como as instalações.

Na missiva, a estrela francesa diz que Macau é uma cidade que almeja ser um Centro Mundial de Turismo e um pólo de modernidade, objectivos comprometidos pela mancha na reputação que é o Canídromo, “um lugar de morte, de onde os galgos não saem com vida”.

Brigitte Bardot pede a Chui Sai On que não deixe que Macau “seja identificada como uma cidade de sofrimento” e despede-se na missiva assinando com “todo o coração e bons cumprimentos”.

A diva do clássico “E Deus Criou a Mulher” junta-se a um naipe de celebridades que endereçaram cartas a Chefe do Executivo onde se conta Ricky Gervais, Roger Taylor e Brian May dos Queen, assim como alguns atletas medalhados nos Jogos Olímpicos.

Em Itália, a mais antiga associação de protecção animal, fundada ainda no século XIX, pressionou o Embaixador chinês em Roma para levar a mensagem até Pequim. Foram organizados igualmente protestos em mais de vinte cidades italianas a pedir a intervenção do Executivo no salvamento dos galgos do Canídromo, sempre colocando a ferida nos bastiões defendidos pelo Governo: o Centro Mundial do Lazer e Turismo e a cidade internacional.

O encerramento do Canídromo, depois da pressão feita pela ANIMA, foi um momento que motivou alguma celebração. Porém, Albano Martins não esquece que “agora toda a gente bate palmas mas, há uns tempos, mesmo alguns ilustre da terra diziam que o Canídromo fazia parte das tradições locais”.

Quanto ao destino das instalações, nomeadamente as escolas que foram anunciadas para o local, são “hipóteses que ainda estão no ar e que parecem jogadas políticas”, teoriza Albano Martins. O facto é que ainda não há projectos estabelecidos para o local, “nem consenso do Governo sobre o que deve ser ali feito”.

Até lá, o presidente da ANIMA espera ter um ano de gestão do Canídromo para tratar da logística necessária para salvar os galgos.

13 Dez 2017