Hoje Macau China / ÁsiaAno lectivo arranca na China com “Pensamento de Xi Jinping” no currículo O novo ano lectivo arrancou hoje na China com uma novidade no currículo: livros didáticos dedicados ao “Pensamento de Xi Jinping”, visando inculcar o patriotismo e desenvolver o culto ao líder chinês. Sob as diretrizes do Ministério da Educação, o novo conteúdo foi integrado em todos os níveis de ensino até à universidade e é dirigido a todos os alunos. Os livros didáticos contêm citações do secretário-geral do Partido Comunista Chinês, sobre patriotismo ou as responsabilidades dos cidadãos. Os manuais evocam ainda o papel do Partido na luta contra a pobreza e a pandemia da covid-19. Os professores das escolas primárias devem “plantar nos corações dos jovens as sementes do amor ao Partido, ao país e ao socialismo”, apontou nota do Governo. “O Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas na Nova Era”, é o nome completo do livro. O conteúdo exorta os chineses a terem “confiança na sua cultura”, a alcançar a “prosperidade comum”, ao “colocar o povo no centro do desenvolvimento”, a “promover o Estado de direito” ou a constituir “um exército de classe mundial”. Desde que assumiu a liderança da China, em 2013, Xi Jinping tornou-se o centro da política chinesa e é hoje considerado um dos líderes mais fortes da história recente do país, comparável ao fundador da República Popular, Mao Zedong. O pensamento político de Xi foi incluído nos estatutos do Partido e na Constituição do país, durante o Congresso do PCC, em outubro de 2017. Xi conseguiu ainda abolir o limite de mandatos para o seu cargo, criar um organismo com poder equivalente ao executivo para supervisionar a aplicação das suas políticas e promover aliados a posições chave do regime, desmantelando o sistema de “liderança coletiva” cimentado pelos líderes chineses, desde finais dos anos 1970, para evitar os excessos do maoismo. Desde 2017, milhões de funcionários públicos e membros do PCC têm que ler os discursos de Xi e estudar a sua teoria política, que segundo a imprensa oficial do país, representa uma “contribuição histórica” para o desenvolvimento do Partido e a readaptação do marxismo à China contemporânea. Nas redes sociais chinesas, vários pais mostraram desagrado. “A lavagem cerebral agora começa na infância”, reclamou um utilizador no Weibo, o Twitter chinês. “Podemos rejeitar isto”, questionou outro. A medida ocorre numa altura em que as autoridades limitaram o número de horas que os menores podem passar a jogar jogos em rede e baniram os centros de explicações.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Pandemia atrasa regresso às aulas Pelo menos 30 alunos das Escola Pui Ching e Escola Sagrado Coração de Jesus vão falhar o regresso às aulas, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau. Segundo os requisitos do Governo, os alunos que tenham estado no Interior, fora de Zhuhai e Zhongshan, nos 14 dias antes do regresso à escola têm de ser testados, só depois é que são autorizados a participar nas aulas presenciais. Com as orientações a terem sido anunciadas a 23 de Agosto e as aulas a começarem amanhã, houve famílias que não conseguiram fazer os alunos regressar imediatamente a Macau e tratar de todas as formalidades. É por isso que ainda há pelo menos 30 alunos das escolas em causa que vão ter de esperar mais uns dias. Apesar de tudo, segundo os dados da Rádio Macau houve 550 alunos testados, tendo o “processo corrido bem”. Segundo a direcção da Escola Pui Ching, os educandos não vão ter faltas e vão ser pensadas alternativas para que não sejam prejudicados no acesso ao conteúdos leccionados. Kuok Keng Man, vice-director da instituição, adiantou igualmente vai haver abertura do ano lectivo no auditório da escola e que este ano há 40 alunos matriculados com menos de três anos. Kuok revelou também que foram adquiridos equipamentos para controlar a saúde dos alunos.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeNovo ano lectivo arranca com mais regras e horários distintos para alunos O novo ano lectivo arrancou em mais algumas das escolas do território. Tanto o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes como a Escola Portuguesa de Macau apostam em horários diferentes para o início das aulas e separação de alunos, a fim de evitar uma maior concentração de pessoas no espaço escolar devido à covid-19. Medidas semelhantes foram adoptadas pelas escolas chinesas [dropcap]O[/dropcap] Jardim de Infância D. José da Costa Nunes começou ontem oficialmente o novo ano lectivo com uma azáfama diferente do habitual. Antes de receber as crianças e as suas mochilas, teve lugar um ritual de medição da temperatura e verificação dos documentos de saúde, a fim de garantir a segurança de todos devido à pandemia da covid-19. Marisa Peixoto, directora do jardim de infância, afirmou ao HM que o novo ano lectivo arranca com horários desfasados e separação de crianças. “Tomámos medidas em relação à hora de almoço. Em vez de estarem duas turmas num dos refeitórios, está só uma. Há horários desfasados, enquanto não conseguirmos comprar as divisórias de protecção. Assim, conseguimos dar resposta às medidas de segurança e pôr os meninos mais espalhados nas mesas.” O jardim de infância arranca as aulas este ano com um total de 286 alunos, 100 deles novos. Há apenas um aumento de sete alunos em relação ao aumento no ano lectivo anterior o que, segundo Marisa Peixoto, está de acordo com as expectativas. À TDM Rádio Macau, a responsável disse ainda que há 38 crianças que terão de esperar até completarem três anos de idade para poderem frequentar a escola. Esta situação deve-se à decisão do Governo de não permitir que crianças com menos de três anos frequentem as escolas, uma vez que não é recomendado o uso de máscara para este escalão etário. A directora diz-se contra esta medida. “Acho que (…) se são alunos do K1 não faz diferença se hoje têm dois anos, amanhã têm três [anos]. [As crianças] poderiam começar já no K1 desde o início do ano lectivo”. Para continuar No caso da Escola Portuguesa de Macau (EPM), o dia foi destinado às apresentações, que duraram até às 13h. As aulas a sério começam hoje. “Foram recebidos os alunos do 1º ciclo e os alunos dos restantes ciclos foram recebidos pela direcção da escola no ginásio, onde foram dadas as boas-vindas e onde foram referidos alguns dos aspectos a ter em conta no presente ano lectivo. As apresentações foram também feitas pelos directores de turma”, contou Manuel Machado, presidente da direcção da EPM, ao HM. As medidas de distanciamento de alunos e a disposição de mesas nas salas de aulas são semelhantes às que já tinham sido adoptadas pela escola no período pós-confinamento. Houve a implementação de horários desfasados. “O 1º ciclo termina as aulas às 13h05, os restantes ciclos terminam as aulas às 13h10 e depois todos iniciam as aulas às 14h40. Quanto ao fornecimento de refeições pela cantina, só irá iniciar-se a 14 de Setembro e também será feito de modo a que não haja uma grande concentração de alunos. Uma parte dos estudantes fica na cantina e outros ficam distribuídos em diferentes zonas da escola”, concluiu. Outra das escolas que teve ontem a sua cerimónia de abertura foi a secção infantil da escola Fong Chong. Lei Fong Chao, directora, disse ao HM que foi feito o processo de medição de temperaturas aos alunos, o preenchimento dos códigos de saúde e a desinfecção das mãos. Além disso, passou a ser utilizada uma maior quantidade de lixívia diluída na limpeza da escola, de acordo com as recomendações da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). Um total de 260 alunos regressou às aulas na escola Fong Chong. Chan Kin Pong, director da escola Kwong Tai, contou ao HM que foram adoptados horários diferentes de entradas e saídas de alunos, uma vez que esta é uma escola que se situa no pódio do edifício Luen San Plaza. Os alunos do jardim infantil têm aulas 10 a 20 minutos mais cedo. A direcção da escola Kwong Tai optou por comunicar com os familiares dos alunos através da plataforma E-class, já usada no período de confinamento. Relativamente aos alunos transfronteiriços, o director garantiu que a passagem na fronteira correu bem. No que diz respeito ao espaço físico do estabelecimento de ensino, é suficiente para manter a prática do desporto sem que estes tenham de recorrer ao uso de máscara. Nas salas de aula, onde será obrigatório usar máscara, foram feitos todos os trabalhos de desinfecção.
Andreia Sofia Silva SociedadeDSEJ | Novo ano lectivo arranca com mais alunos, com foco no ensino primário [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) publicou ontem os dados estatísticos relativos ao novo ano lectivo de 2020/2021, que terá 78 escolas em funcionamento. O novo período de ensino promete arrancar com mais alunos, um aumento de 2,8 por cento, num total de 85.014 contra os 82.683 alunos do ano lectivo anterior. No ensino primário estima-se que o aumento de alunos seja de 4,9 por cento, enquanto que no ensino secundário prevê-se um aumento de estudantes em 2,8 por cento. Pelo contrário, no ensino infantil, haverá menos 0,8 por cento de alunos. Ao nível do corpo docente, a DSEJ também prevê um aumento, ainda que ligeiro. A partir de Setembro estarão a leccionar mais 0,1 por cento de professores, num total de 8.083, um número inferior aos 8.029 docentes que deram aulas no ano lectivo de 2019/2020. A maior redução de professores será ao nível do ensino secundário, na ordem dos 3,4 por cento, enquanto que no ensino infantil e primário se prevê um aumento, de 1,9 por cento e 3,6 por cento, respectivamente. Ainda na área da docência, a DSEJ prevê realizar no próximo ano lectivo mais de 700 cursos de formação. Quanto ao Plano de Desenvolvimento Educativo, a DSEJ promete “lançar novos projectos de financiamento”. Relativamente às medidas a tomar no âmbito da pandemia da covid-19, a DSEJ reúne hoje com as direcções das escolas para discutir o documento orientador “Observações para escolas do Ano Lectivo 2020/2021”.
Hoje Macau SociedadeDSEJ | Ano lectivo arranca com 80.556 alunos [dropcap style=’circle’]É[/dropcap]já amanhã que arranca oficialmente o ano lectivo. Setenta escolas preparam-se para abrir as portas a 80.556 alunos, cujo universo aumentou pelo quinto ano consecutivo. Segundo dados preliminares facultados pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) ao HM, o número de estudantes tem vindo a aumentar desde 2013/14. Face ao ano lectivo anterior (2017/18) a subida foi de 1,9 por cento ou de 1.464 estudantes. Igual aumento sofreu o corpo docente, com a DSEJ a estimar em 7.751 o número total de professores no arranque do novo ano escolar, ou seja, mais 145 do que no transacto. O ano lectivo 2018/19 arranca faseadamente. Segundo o calendário, em grande parte das instituições de ensino as aulas têm início amanhã e na segunda-feira, com as últimas escolas a abrirem portas no próximo dia 14 de Setembro. Na Escola Portuguesa e no Jardim de Infância D. José da Costa Nunes o novo ano lectivo tem início na próxima quarta-feira, dia 5.
Hoje Macau SociedadeAno lectivo | Maioria das escolas começou aulas no período previsto Apesar dos estragos causados pelo tufão Hato, 90 por cento das escolas começaram as aulas de acordo com o calendário previsto. A Transmac colocou mais 35 autocarros a circular nas ruas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s estragos causados pela passagem do tufão Hato por Macau acabou por não influenciar o começo do ano lectivo. Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), 90 por cento das escolas começaram as aulas dentro do prazo previsto. De um total de 77 estabelecimentos de ensino, 60 indicaram à DSEJ as intenções de começarem as aulas no dia 1 de Setembro, sendo que 21 deverão começar um novo ano lectivo até ao dia 18 deste mês. Há quatro escolas que prevêem dias diferentes para a abertura das aulas. Houve apenas sete escolas que cancelaram a cerimónia de abertura das aulas, enquanto menos de dez por cento, ou seja, seis escolas, tiveram que adiar o arranque do ano lectivo. A DSEJ enviou 20 trabalhadores para inspeccionarem um total de 53 instituições de ensino e realizar uma avaliação “das condições para a abertura das aulas”, tendo sido feita também uma análise das condições de higiene e do estado das infra-estruturas após o tufão Hato. Sem hora de ponta O comunicado da DSEJ explica ainda que a “situação de trânsito registada no dia do começo das aulas foi semelhante à dos dias normais”. “Alguns alunos afirmaram que saíram de casa com a devida antecedência, e alguns até apontaram que, para um melhor domínio do tempo, escolheram deslocar-se a pé para a escola. O período de pico de trânsito, com tráfego intenso e lento perto de algumas escolas, decorreu entre as 8h00 e as 9h30 horas da manhã, mas no geral decorreu com normalidade”, explica a direcção de serviços. Entretanto, a Transmac, uma das operadoras de autocarros públicos, anunciou que colocou na estrada 35 novos veículos para responder a uma maior procura no arranque de mais um ano lectivo. IC | Património inspeccionado e livre de perigo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) já concluiu a inspecção a mais de 30 locais de património classificado, onde se incluem a Colina da Ilha Verde, a Colina da Penha, a Colina da Guia, o Largo do Lilau, a Rua da Felicidade e o Bairro de S. Lázaro, entre outros. Segundo um comunicado, “os danos nestes locais foram relativamente baixos”, estando relacionados “sobretudo com a queda de árvores e ramos”, sendo que existe “um número considerável de grandes árvores que ficaram danificadas”. “Na área perto da Casa de Retiros da Ilha Verde, existem árvores de grandes dimensões que foram derrubadas e vários ramos ficaram partidos, havendo um perigo potencial de queda”, explica o IC. Além disso, “existem árvores de grande escala na Colina da Penha desenraizadas, tendo derrubado as vedações e paredes em seu redor”. O mesmo comunicado aponta que “a maioria dos conjuntos não apresenta de momento quaisquer perigos estruturais, tendo sofrido apenas a queda de candeeiros e letreiros que causou alguns danos em cantos de paredes ou a queda de algumas telhas”. Entretanto o IC reuniu com administradores de todos os templos e igrejas “a fim de discutir em conjunto os trabalhos de seguimento após o tufão e de acelerar o apoio aos trabalhos de recuperação e de socorro de todos os itens patrimoniais”.
Hoje Macau SociedadeDSEJ | Ano lectivo arranca com Educação Patriótica e mais dinheiro O novo ano lectivo da DSEJ arranca com mais orçamento e manuais para uma maior formação do amor à pátria e a Macau. Aumento de alunos, de subsídios e de bolsas já estão definidos, sendo que haverá ainda um enfoque especial no ensino do Português e da área da Saúde [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]no novo vida nova. A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) avança mais um início das aulas com o lançamento de manuais de Educação Cívica e Patriótica para o ensino primário e com um aumento geral de subsídios. Este ano marca, assim, a primeira vez que são lançados e colocados ao dispor dos alunos os manuais escolares para a “educação moral e da educação do amor pela pátria e por Macau”. Com o nome de Educação Moral e Cívica, estes são manuais dirigidos ao ensino primário e vão ser utilizados paralelamente à realização de actividades que “cultivam e promovem nos alunos o amor pela pátria e por Macau e as boas qualidade morais”. Paralelamente, são reforçados os conteúdos escolares acerca dos assuntos nacionais e história e cultura tradicional chinesas. O ensino artístico também integra este aspecto nacional e será implementado o item a que a DSEJ chama de “Apreciar a Essência Nacional – Saborear a Ópera Chinesa”. Sun Yat-Sen não será esquecido e o novo ano tem prevista a realização de uma série de actividades comemorativas do seu 150.º aniversário. Além disso, para os alunos que tenham participado na jornada de educação da defesa nacional, é organizada uma visita de estudo à Casa Memorial do Dr. Sun Yat Sen, encorajando-os a darem maior atenção ao território através do conhecimento da sua história. De olho nas necessidades A DSEJ diz ainda que teve como referência a necessidade de quadros qualificados em Macau, pelo que lança também bolsas especiais para apoiar alunos que optem por estudos nos cursos de Enfermagem, Terapia da fala e ocupacional, Fisioterapia, Estudos Portugueses e Tradução, áreas que têm vindo a sofrer com falta de profissionais. “[Vão ser] adoptadas novas medidas para garantir a qualidade do ensino, incluindo integração dos cursos desta língua no ‘plano de desenvolvimento das escolas’ como itens de financiamento prioritário”, frisa ainda a DSEJ sobre o ensino do Português, acrescentando que vai ser definido um limite mínimo do número de horas do ensino de Português nas escolas particulares. Os aumentos dos subsídios são ainda alargados à alimentação e a bolsas dentro e fora de Macau. Aumentos para todos A DSEJ destaca ainda o aumento dos subsídios escolares para “o aperfeiçoamento da qualidade educativa”. Segundo os dados fornecidos pela entidade, os valores correspondentes aos subsídios para a escolaridade gratuita por turma: nos ensinos infantil o apoio sobe para 913.600 patacas, no primário para um milhão, no secundário geral para 1,2 milhões e no secundário complementar para mais de 1,3 milhões. Há ainda a registar a integração de uma escola particular no sistema escolar da escolaridade gratuita somando um total de 55 destas instituições no território. São mais de 77 mil os alunos inscritos nas 77 escolas de Macau para o ano lectivo de 2016/2017 e o número de professores aumentou para 7340 docentes, mais 3% do que no ano anterior. Desenvolvimento sem limites A DSEJ anunciou ainda o arranque da terceira fase do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo. Segundo os dados divulgados pela TDM, na segunda fase do programa participaram cerca de 136 mil pessoas registando um aumento de 18% relativamente à primeira fase, em Dezembro de 2013. As autoridades enviaram 40 casos de abuso do apoio para o Ministério Público, sem serem ainda conhecidos os resultados. A terceira fase compreenderá um montante idêntico ao da anterior, em que são atribuídas seis mil patacas a cada residente que integrar o programa. Até agora o valor usado no programa foi de 560 milhões de patacas.