David Chow quer que casinos fechem portas com sinal 8 içado 

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]avid Chow, empresário e antigo deputado, disse ao jornal Ou Mun que considera injusta a actual situação dos trabalhadores dos casinos, que se vêem obrigados a trabalhar mesmo que seja içado o sinal 8 de tempestade. Por essa razão, o também presidente da Associação Comercial Federal Geral das Pequenas e Médias Empresas de Macau pede que seja criado um melhor regime, que garanta a segurança dos funcionários de jogo. Na prática, o empresário exige que o Governo avance com uma lei especial que determine que os croupiers e demais funcionários dos casinos não possam trabalhar quando estiver içado o sinal 8 de tempestade.

A legislação determina que os casinos funcionam 365 dias por ano, durante 24 horas, o que significa que os funcionários têm de cumprir os turnos, independentemente das condições atmosféricas. David Chow acrescentou ainda que, em caso de sinal 8, todos têm de estar em segurança, bem como o pessoal dos serviços de protecção civil e forças de segurança.

Questionado anteriormente sobre a aquisição de seguros para a protecção dos trabalhadores, David Chow recusou a ideia, por considerar injusta a obrigatoriedade de ter de se deslocar para o local de trabalho com condições atmosféricas adversas. O empresário acredita mesmo que o território não deveria receber excursões de turistas nestas alturas.

O proprietários dos empreendimentos Landmark e Doca dos Pescadores pede ainda à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) que implemente leis complementares que possam permitir aos trabalhadores não residentes (TNR) que, em casos urgentes, possam trabalhar noutros locais não designados no seu blue card, em prol do desenvolvimento do território. Esta ideia foi referida no contexto de ajuda que se verificou após a passagem do tufão Hato, quando foram necessários muitos braços para eliminar os destroços. Vários grupos de TNR colaboraram nas limpezas ao lado das autoridades.

7 Set 2017

Pedrógão Grande | Casa de Portugal recolheu quase meio milhão de patacas 

A Casa de Portugal em Macau conseguiu juntar mais de 481 mil patacas em apoios financeiros para ajudar as vítimas dos incêndios em Pedrógão Grande, Portugal. O dinheiro é destinado ao fundo Revita

[dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uase 500 mil patacas. É este o resultado da campanha solidária criada pela Casa de Portugal em Macau (CPM) para ajudar as vítimas dos incêndios na região de Pedrógão Grande, em Portugal. Segundo a agência Lusa, um total de 481 mil patacas foram enviadas em Agosto para o fundo Revita, criado pelo Governo português para ajudar as vítimas dos incêndios.

A verba angariada resulta de contribuições de particulares, empresas e entidades, como os escuteiros lusófonos ou outras, que realizaram peditórios ou eventos de caridade e posteriormente enviaram o cheque para a Casa de Portugal em Macau, explicou Ricardo Igreja, vice-presidente da CPM.

A conta solidária da associação de matriz portuguesa em Macau foi aberta no Banco Nacional Ultramarino em Junho, “ainda o incêndio não estava extinto” e o dinheiro foi transferido “há cerca de duas semanas” para o Revita, acrescentou.

Ricardo Igreja afirmou que não há forma de saber o destino das verbas angariadas pela Casa de Portugal em Macau. “Não sabemos se é para reconstruir casas ou para plantar árvores”, disse, observando que isso compete ao próprio fundo, que é gerido conjuntamente com as autarquias e a sociedade civil.

Além desta verba angariada pela Casa de Portugal, a Santa Casa da Misericórdia de Macau anunciou a 20 de Junho que iria contribuir com cerca de 1,9 milhões de patacas (200 mil euros) para a União das Misericórdias Portuguesas, com o objectivo de apoiar as vítimas dos incêndios em Portugal.

O incêndio que começou em Junho em Pedrógão Grande provocou 64 mortos, sendo apenas extinto uma semana depois. Alastrou a Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra, Penela e Sertã.

Pedida investigação

Esta semana, em declarações à RTP, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande exortou o Ministério Público a abrir uma investigação às contas bancárias que foram abertas para receber donativos que seriam encaminhados para as vítimas dos incêndios.

Valdemar Alves disse ao canal público que “há empresas públicas e particulares que abriram contas em nome dos incêndios de 2017 em Pedrógão Grande” e não se sabe o destino do dinheiro depositado.

O autarca referiu ainda que irá solicitar aos autarcas vizinhos de Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos, também fortemente afectados pelos incêndios, para que o acompanhem no pedido de investigação dirigido ao Ministério Público.

Na terça-feira o primeiro-ministro português, António Costa, afirmou que o Estado, na sequência da tragédia do incêndio de Pedrógão Grande, só organizou um fundo, o Revita, que tem 1,9 milhões de euros, e que “depois do extraordinário movimento da sociedade civil, é essencial que os portugueses tenham toda a informação sobre o destino das verbas que doaram generosamente”.

“As pessoas deram o dinheiro às entidades que entenderam. O Estado organizou um fundo, o Revita, que até ao momento só recebeu donativos no montante total de 1,961 milhões de euros. Relativamente às verbas do fundo Revita, as intenções de doação chegam até 4,9 milhões de euros, apesar de, efectivamente, só termos recebido até agora, 1,9 milhões. Sendo um fundo público, é gerido em conjunto com as autarquias e com a sociedade civil”, disse.

De acordo com o líder do Executivo português, esta verba de 1,9 milhões de euros destina-se prioritariamente a dois objectivos: “Ao apoio à reconstrução das habitações, onde cerca de 19 já tem obras em curso ou concluídas após financiamento deste fundo, ou para apoiar agricultores cujos prejuízos se situam entre 1.053 e cinco mil euros”.

Especificando a forma de gestão e de funcionamento deste fundo público Revita, António Costa apontou que o seu Conselho de Administração é constituído por um elemento do Instituto da Segurança Social, pelo presidente da Câmara de Castanheira de Pêra (em representação das autarquias) e pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pombal (este representando as entidades da sociedade civil).

7 Set 2017

Julgamento | Irmãos Coutinho foram ontem a tribunal

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]omeçou ontem, no Tribunal Judicial de Base, o julgamento de Alexandre e Benjamin Pereira Coutinho. Os dois jovens, filhos de José Pereira Coutinho, são acusados de um crime de tráfico ilícito de estupefacientes. Contactado pelo HM, o candidato às eleições pela lista Nova Esperança, não quis fazer qualquer comentário.

No passado dia 22 de Dezembro a Polícia Judiciária (PJ) anunciou ter detido “os líderes de um grupo criminoso de tráfico de droga local, que colaborava com um grupo criminoso de tráfico transfronteiriço”.

As autoridades identificaram os suspeitos como sendo “dois irmãos de apelido Kou”, e explicaram que a detenção, que aconteceu a 21, surgiu na sequência de uma denúncia. À PJ chegou a indicação de que os dois irmãos iriam à zona norte para a obtenção de estupefacientes. Os suspeitos foram detidos no local e a Judiciária apreendeu quatro sacos de marijuana, com um peso total de um quilograma. A PJ acredita que a droga iria ser vendida em estabelecimentos de diversão nocturna. No mesmo dia, foi detido um terceiro suspeito perto de um casino no Cotai que também é arguido.

6 Set 2017

Hato | Largo do Pagode do Bazar com maior subida de águas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] estação de monitorização do Largo do Pagode do Bazar registou a maior subida do nível da água, durante a passagem do tufão Hato. A altura chegou a 1,62m, às 12h05 do dia 23 de Agosto. A informação, dada pelo canal de rádio da TDM adianta ainda que a instalação acabou por avariar.

Nesta zona, morreram, pelo menos, duas pessoas. As vítimas estavam na cave de uma mercearia, localizada na Rua de Cinco de Outubro.

Macau tem 17 estações de monitorização de cheias. Seis – todas situadas no Porto Interior – registaram água acima de 1,5m. Oito deixaram de funcionar devido a danos provocados pelo Hato.

As razões apontadas para as avarias, diz a mesma fonte, são “corte de energia ou outros motivos”, não especificados. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) indicam que, por isso, “não foi possível recolher o valor máximo do nível da água”.

A estação da Doca da Ilha Verde que monitoriza o nível da maré registou 5,04m, às 11h52. Na estação da Barra, a altura chegou a 4,51m, às 11h20. Ambas também deixaram de funcionar.

De acordo com os dados divulgados, a rajada máxima atingiu cerca de 217,4 km/h, na Estação da Taipa Grande, às 11h06. Os SMG referem ainda que foi batido o recorde do tufão Ruby, de 5 de Setembro de 1964 em que a rajada mais forte foi de 211 km/h.

O tufão Hato provocou dez mortos e mais de 200 feridos. Entre as vítimas mortais, quatro não conseguiram escapar a inundações em parques de estacionamento subterrâneos e três foram apanhadas em cheias, em estabelecimentos comerciais.

6 Set 2017

Justiça | Português condenado por abuso sexual dos filhos

João Martins foi condenado pelo Tribunal Judicial de Base a cinco anos e seis meses de prisão pela prática de dois crimes de abuso sexual dos dois filhos. O advogado de defesa, João Miguel Barros, afirma que o processo “está completamente cheio de falhas”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] caso remonta a Maio de 2016, mas só ontem se soube o veredicto final. Há muito que a detenção de um português suspeito de abuso sexual dos filhos menores era muito comentada na praça pública, e ontem o Tribunal Judicial de Base (TJB) decidiu condenar o homem a cinco anos e seis meses de prisão.

O nome do arguido, João Martins, só ontem foi revelado. O TJB entendeu absolver o residente do crime de acto exibicionista de carácter sexual, noticiou a Rádio Macau. Não ficou provada a ocorrência de maus tratos nem a prática de relações sexuais com a filha.

Segundo a Rádio Macau, a juíza considerou que os depoimentos dos dois filhos de João Martins em tribunal são “credíveis” e que “não há prova que foi a mãe que influenciou” as crianças.

Em declarações ao HM, o advogado de defesa de João Martins, João Miguel Barros, disse que vai interpor recurso da decisão.

“O processo está completamente cheio de falhas desde o primeiro momento e neste momento não quero fazer declarações sobre o processo”, referiu o causídico, que continua a defender a inocência do seu cliente.

“Digo apenas que acreditamos na inocência do João Tiago, e se não fosse isso nunca teríamos aceite ter sido seus advogados. Por acreditarmos na sua inocência vamos defender a sua posição em recurso. Depois se verá quando acabar a fase de recurso e quando a sentença transitar em julgado”, acrescentou.

Tudo negado

As alegadas vítimas são uma menina de sete anos e um menino de nove. Tudo começou quando a mãe das crianças começou a estranhar o comportamento dos filhos quando estavam na presença do pai. O casal havia passado por um processo de divórcio e a mãe tinha conseguido a guarda das crianças.

Segundo a TDM, terá sido numa consulta com um psicólogo que as crianças contaram que eram vítimas de abusos e que o português lhes terá tocado nos órgãos genitais, além de os intimidar com agressões físicas para que não contassem a ninguém esses episódios.

João Martins vivia perto do Parque Central da Taipa e tinha à sua guarda os filhos desde 2011, ano em que começou a divorciar-se da mulher.

Quando foi detido pela Polícia Judiciária, negou todas as acusações de que era alvo, mas o TJB entendeu ser culpado.

O caso chegou a ser notícia nos media de língua chinesa. O diário Ou Mun, título com maior circulação no território, escreveu que os actos de que João Martins é agora acusado se prolongaram por vários anos. Também o jornal Va Kio escreveu que os filhos começaram a ter medo de estar com o pai.

6 Set 2017

IAS | Novo serviço para doentes mentais até ao final do ano

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stá marcada para o final do ano a entrada em funcionamento dos serviços de alojamento permanente dos reabilitados de doenças mentais. A informação é deixada pelo Instituto de Acção Scoial que adianta que o equipamento, situado no Complexo Municipal de Serviços Comunitários de Seac Pai Van, vai ter serviços de longo e curto prazo, e mesmo urgente, para os residentes com problemas mentais crónicos e reabilitados acima dos 16 anos de idade. Tratam-se de pacientes “em estado estável mas sem capacidade para cuidar de si, nem conhecimentos de actividades inerentes à vida do dia a dia, e ainda sem apoio do sistema familiar ou comunitário”, lê-se na resposta do IAS a uma interpelação do deputado Zheng Anting que queria saber o que está a ser feito neste sector.

O IAS acredita que este é um passo importante no âmbito da saúde mental e insere-se num esforço para aliviar a pressão exercida nos serviços comunitários.

No mesmo documento, o Governo refere que no primeiro semestre deste ano, foram acompanhados um total de 164 casos pela equipa de prestação de serviços comunitários. Foram ainda realizadas 781 visitas domiciliárias e 1665 serviços de acompanhamento via telefónica. O IAS salienta ainda que “não houve nenhum caso de suicídio durante o processo de acompanhamento”.

6 Set 2017

Hato | Três casinos de portas fechadas

O Hato já se foi há duas semanas mas o seu impacto na principal indústria do território ainda se sente. Macau continua com áreas de jogo, em três casinos, encerradas e sem se saber ao certo quando será a abertura. Mais que os danos, os prejuízos são devidos à falta de actividade

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]uas semanas depois da passagem do tufão Hato por Macau, estão ainda três casinos de portas fechadas devidos aos estragos. São eles: O Ponte 16, o Legend Palace no Fisherman’s Wharf e o Brodway no Cotai.

Para o Ponte 16, a reabertura ainda é incerta, sendo que, Hoffman Ma, director executivo do Success Universe Group, a operadora que detém parte do casino da Ponte 16 em conjunto com a Sociedade de Jogos de Macau, considera que possa acontecer “nas próximas duas semanas ou mais”, disse à TDM News.

Hoffman Ma falou ainda dos estragos. “O piso térreo foi inundado e os equipamentos mais danificados são os cabos e as carpetes do piso térreo, pelo que serão feitas obras de renovação”, referiu o responsável.

Os andares superiores de Ponte 16 permanecem abertos.

Já o chefe das operações do casino da Macau Legend Development, Frederick Ip, disse à TDM News que a água invadiu o porão, chegando a 1,5 metros, e danificando equipamentos essenciais, como servidores de internet e aparelhos de ar condicionado.

Embora Frederick Ip admita que levará meses para comprar e reinstalar todos os equipamentos, o responsável espera que o casino do Legend Palace reabra perto do dia 23 de Setembro.

Paragem danosa

Quanto a prejuízos, mais do que os estragos em si, que serão cobertos pelos seguros, a grande preocupação é o tempo em que vão estar sem funcionar e as perdas que daí advêm. De modo a minimizar este aspecto, o casino do Ponte 16 mudou parte das mesas para os andares superiores.

De acordo com alguns analistas, o Hato reduziu o crescimento da receita de jogo em 6 por cento no mês passado. No entanto, as estimativas para o ano de 2017 são positivas e continuam a apontar para o aumento.

O tufão Hato fica na história por ter afectado a principal indústria do território, com alguns casinos quase vazios ou fechados por cortes de electricidade ou inundações.

No Porto Interior, uma das zonas mais afectadas por inundações na península de Macau, o Ponte 16 foi um dos casinos encerrados ao público. A entrada estava bloqueada com uma barreira do sistema de proteção de cheias, tendo um polícia no local confirmado à Lusa o encerramento do espaço.

O apagão afectou também outros casinos fora da península, nomeadamente na ‘strip’ do COTAI, entre as ilhas da Taipa e Coloane.

6 Set 2017

Taipa | Ampliação do mercado vai custar 30 milhões

O Governo decidiu mesmo ampliar e melhorar as actuais instalações do mercado municipal da Taipa, quando várias vozes defendiam uma nova infra-estrutura de raiz. As obras vão custar mais de 30 milhões de patacas

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]á muito que moradores e deputados pedem mudanças no mercado municipal da Taipa, e parece que o Governo já tomou uma decisão sobre esse projecto.

Segundo um despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO), a Companhia de Construção e Engenharia Kwong Yu vai executar as obras de “melhoramento e ampliação do mercado municipal da Taipa”. O projecto terá um orçamento na ordem das 30 milhões de patacas.

Prevê-se que, já este ano, a empresa adjudicatária receba pouco mais de dez milhões de patacas para desenvolver o projecto, sendo que no próximo ano deverá receber 20 milhões.

Projecto antigo

Em 2015 o deputado Ho Ion Sang defendeu, numa interpelação escrita entregue ao Governo, a necessidade de construir um mega complexo na zona onde se situa o mercado municipal da Taipa. Na sua visão, a actual proposta de expansão e melhoria deveria ficar posta de parte. Vários vendedores afirmaram que, apesar do aumento do número de bancas, a expansão não será suficiente para as necessidades actuais.

O deputado considerou, à data, que a actual infra-estrutura tinha poucas bancas e uma pequena dimensão, o que levava os moradores a fazerem compras noutros mercados municipais.

Há vários anos que o Instituto para Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) tem em mente a realização de obras de expansão e melhoria, que deverá passar pelo aditamento de nove bancas, equipamentos de elevadores e ar condicionado. Antes de 2015 existia esta ideia, cujo calendário previa a conclusão das obras daí a dois anos, o que não se verificou.

Nas mesmas questões que enviou ao Governo, Ho Ion Sang falou da possibilidade de criação de um complexo ao estilo de centro comunitário, mercado e auto-silo em Chun Su Mei, perto da Vila da Taipa, que foi apresentado pelo IACM, mas que acabou por não ser aceite.

Na apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) do ano passado, José Tavares, presidente do IACM, assumiu a existência de vários problemas no funcionamento dos mercados municipais. Estava, por isso, prevista a adopção de “várias soluções transitórias”.

5 Set 2017

Tufão Hato | Mais de 20 mil árvores afectadas

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 20 mil árvores nas zonas urbanas de Macau foram afectadas pela passagem do tufão Hato, disse à Lusa uma porta-voz do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM).

Das mais de 20 mil árvores afectadas em espaços públicos, cerca de 10 mil foram arrancadas pela força do vento, outras quatro mil sofreram danos graves, e 9,5 mil tiveram danos moderados. Entre as árvores derrubadas há cerca de 20 que são consideradas antigas.

Quase duas semanas depois da passagem do tufão Hato por Macau, em 23 de Agosto, ainda não estão apurados os danos registados nas árvores em zona de montanha nas ilhas da Taipa e Coloane.

Entretanto foram concluídos os trabalhos de remoção de árvores das vias públicas, tendo sido retomada a 100 por cento a circulação nas estradas, disse a fonte à agência Lusa, indicando que “a prioridade é tratar dos parques e dos jardins na cidade”, onde “ainda há muito a fazer”.

Questionado sobre a existência de algum plano para substituir as árvores destruídas pela passagem do tufão Hato, o IACM afirmou que “os casos estão a ser acompanhados”, mas que, “neste período de tufões, não é também aconselhado plantar árvores”.

5 Set 2017

Ministério Público | Queixa contra Fong Soi Kun por homicídio por negligência

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]ong Weng Kuan, candidato que encabeça a lista 19 da Associação dos Cidadãos Unidos para a Construção de Macau, apresentou ontem queixa-crime no Ministério Público contra Fong Soi Kun por homicídio por negligência. A razão da queixa prende-se com a actuação dos serviços meteorológicos e a falta de alertas atempados aquando da passagem do tufão Hato

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau têm sido severamente criticados por vários quadrantes da sociedade. Porém, ontem a situação foi um pouco mais longe quando o Hong Weng Kuan, candidato da lista da Associação dos Cidadãos Unidos para a Construção de Macau, se deslocou às instalações do Ministério Público (MP) para apresentar queixa contra o antigo director dos serviços meteorológicos.

O líder da lista 19 acusa o ex-director dos SMG de homicídio por negligência, depois deste ter apresentado a demissão e passado à reforma, na sequência da polémica actuação dos serviços no dia em que o tufão Hato varreu o território.

“Toda a gente sabe que os SMG não fizeram o suficiente na previsão meteorológica, neste contexto, como a calamidade resultou em vítimas mortais, é um crime de homicídio por negligência”, diz o líder da lista, que frisou que o objectivo de denúncia é proteger o espírito do direito.

A passagem do Hato provocou uma dezena de mortos e deixou grande parte do território sem abastecimento de água e electricidade, consequências que Hong Weng Kuan considera resultar da falta de alerta dos serviços meteorológicos.

Carta anónima

Aquando da entrega de documentos da apresentação da queixa-crime, o candidato da lista 19 referiu a existência de uma carta anónima onde se terá revelado uma esgrima por poder dentro dos próprios SMG.

Nesse aspecto, Hong Weng Kuan considera que “apesar de a luta pelo poder não pertencer à competência de investigação do MP, se tiver sido o motivo causador do atraso na emissão de alerta, provocando perda de vidas, isto é abuso de poderes e não valoriza as vidas dos residentes”, lê-se no comunicado apresentado.

Apesar de ter sido a única baixa que apresentou a demissão, Fong Soi Kun, pode não ser o único a ser chamado à pedra segundo a opinião de Hong Weng Kuan, também advogado, que não afasta a possibilidade de acusação de mais pessoal pertencente aos SMG.

O candidato a deputado da Assembleia Legislativa acrescentou ainda que os procedimentos disciplinares não chegam para punir uma situação tão grave e com consequências tão trágicas. Hong Weng Kuan acrescenta que estas responsabilidades devem ser apuradas em sede de investigação criminal do MP.

Importa salientar que o Comissariado Contra a Corrupção iniciou um inquérito sobre os procedimentos de previsão de tufões e a forma como os serviços meteorológicos geriram todo o processo aquando da passagem do tufão Hato por Macau. Apuradas as responsabilidades, nomeadamente de Fong Soi Kun, os resultados serão entregues ao Chefe do Executivo.

5 Set 2017

Dois idosos com termo de identidade e residência por propagarem boatos

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ois irmãos de Macau, de 73 e 68 anos, suspeitos de divulgarem notícias falsas sobre pessoas falecidas, depois da passagem do tufão Hato, encontram-se com termo de identidade e residência, disse à Lusa o gabinete do Procurador.

Os irmãos, um homem e uma mulher, tinham sido levados para as instalações da Polícia Judiciária (PJ) no início da semana para serem interrogados acerca da divulgação, na rede social chinesa “WeChat”, de informações falsas de que cinco pessoas tinham sido encontradas mortas num parque de estacionamento na zona do Fai Chi Kei, no norte da cidade.

Após o interrogatório, os suspeitos foram encaminhados para o Ministério Público. “Em 29 de Agosto de 2017, a polícia transferiu dois arguidos, suspeitos de terem divulgado uma notícia falsa de que o Governo tinha bloqueado o acesso à notícia relativa à morte de cidadãos causada pelo tufão Hato, ao Ministério Público para registar e instaurar o inquérito”, indica o esclarecimento enviado à Lusa.

Segundo o gabinete do Procurador, após o interrogatório preliminar, foi aplicada aos “dois arguidos a medida de coacção de termo de residência e identidade”, encontrando-se agora o processo “a aguardar a investigação”.

Na terça-feira, fonte da PJ esclareceu à agência Lusa que os dois irmãos não iniciaram o rumor, mas propagaram-no. Segundo a mesma fonte, os dois incorrem no crime de “ofensa a pessoa colectiva que exerça autoridade pública”.

Entretanto, outros dois casos de alegadas notícias falsas sobre mortes foram detectados pelas autoridades. A PJ identificou duas mulheres, de 49 e 63 anos, que “terão divulgado informações de que haveria mais vítimas mortais” também no auto-silo do Fai Chi Kei.

Os dois casos foram descobertos durante uma visita da PJ a casa das suspeitas, em que foram verificados os conteúdos dos telemóveis e encontradas mensagens partilhadas pelas duas mulheres nas redes sociais. Também neste caso, as mulheres são suspeitas de divulgar a informação, mas não de a ter iniciado.

Turismo | Excursões estão de volta

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau voltou a receber excursões turísticas no passado sábado. As visitas em grupo tinham sido suspensas na sequência da passagem do tufão Hato. Segundo números preliminares fornecidos pelos operadores turísticos, Macau recebeu, até ontem, perto de 410 excursões turísticas da China, informou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) em comunicado. A DST, que enviou inspectores aos postos fronteiriços e aos principais pontos turísticos, disse o primeiro dia de regresso dos grupos a Macau decorreu com “normalidade”.

4 Set 2017

Ano lectivo | Maioria das escolas começou aulas no período previsto

Apesar dos estragos causados pelo tufão Hato, 90 por cento das escolas começaram as aulas de acordo com o calendário previsto. A Transmac colocou mais 35 autocarros a circular nas ruas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s estragos causados pela passagem do tufão Hato por Macau acabou por não influenciar o começo do ano lectivo. Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), 90 por cento das escolas começaram as aulas dentro do prazo previsto.

De um total de 77 estabelecimentos de ensino, 60 indicaram à DSEJ as intenções de começarem as aulas no dia 1 de Setembro, sendo que 21 deverão começar um novo ano lectivo até ao dia 18 deste mês. Há quatro escolas que prevêem dias diferentes para a abertura das aulas.

Houve apenas sete escolas que cancelaram a cerimónia de abertura das aulas, enquanto menos de dez por cento, ou seja, seis escolas, tiveram que adiar o arranque do ano lectivo.

A DSEJ enviou 20 trabalhadores para inspeccionarem um total de 53 instituições de ensino e realizar uma avaliação “das condições para a abertura das aulas”, tendo sido feita também uma análise das condições de higiene e do estado das infra-estruturas após o tufão Hato.

Sem hora de ponta

O comunicado da DSEJ explica ainda que a “situação de trânsito registada no dia do começo das aulas foi semelhante à dos dias normais”.

“Alguns alunos afirmaram que saíram de casa com a devida antecedência, e alguns até apontaram que, para um melhor domínio do tempo, escolheram deslocar-se a pé para a escola. O período de pico de trânsito, com tráfego intenso e lento perto de algumas escolas, decorreu entre as 8h00 e as 9h30 horas da manhã, mas no geral decorreu com normalidade”, explica a direcção de serviços.

Entretanto, a Transmac, uma das operadoras de autocarros públicos, anunciou que colocou na estrada 35 novos veículos para responder a uma maior procura no arranque de mais um ano lectivo.

IC | Património inspeccionado e livre de perigo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) já concluiu a inspecção a mais de 30 locais de património classificado, onde se incluem a Colina da Ilha Verde, a Colina da Penha, a Colina da Guia, o Largo do Lilau, a Rua da Felicidade e o Bairro de S. Lázaro, entre outros.

Segundo um comunicado, “os danos nestes locais foram relativamente baixos”, estando relacionados “sobretudo com a queda de árvores e ramos”, sendo que existe “um número considerável de grandes árvores que ficaram danificadas”.

“Na área perto da Casa de Retiros da Ilha Verde, existem árvores de grandes dimensões que foram derrubadas e vários ramos ficaram partidos, havendo um perigo potencial de queda”, explica o IC. Além disso, “existem árvores de grande escala na Colina da Penha desenraizadas, tendo derrubado as vedações e paredes em seu redor”.

O mesmo comunicado aponta que “a maioria dos conjuntos não apresenta de momento quaisquer perigos estruturais, tendo sofrido apenas a queda de candeeiros e letreiros que causou alguns danos em cantos de paredes ou a queda de algumas telhas”.

Entretanto o IC reuniu com administradores de todos os templos e igrejas “a fim de discutir em conjunto os trabalhos de seguimento após o tufão e de acelerar o apoio aos trabalhos de recuperação e de socorro de todos os itens patrimoniais”.

4 Set 2017

Hato | Quase 30 por cento do território inundado

O director das Obras Públicas disse que 29 por cento do território ficou inundado com a passagem do tufão Hato. Governo tem em cima da mesa três planos para travar as águas, mas avisa que, com tempestades mais fortes, a população poderá ter de ser evacuada

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s medidas de protecção contra cheias de Macau “não resultaram” e durante o tufão Hato, o mais forte em 53 anos, 29 por cento da área da cidade ficou inundada, disse o director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), Li Canfeng.

Apesar de Macau ter avançado com algumas obras em 2014 para evitar inundações na zona baixa do Porto Interior, e terem sido colocadas placas ou portas de protecção, “o resultado foi muito fraco e, de acordo com o nível da maré no tufão Hato, 29 por cento da área de Macau foi inundada”, explicou o responsável.

Os dados ainda não são finais, já que algumas estações de medição avariaram, mas estima-se que as águas tenham subido até aos 5,5 metros no Porto Interior.

“As obras que fizemos não resultaram nada. Temos de acelerar as obras para travar a maré”, afirmou Li.

Até porque, comentou, durante o Hato, que atingiu a cidade no dia 23, “não houve grande precipitação (…) Se houver, como é que é?”, questionou durante uma conferência de imprensa.

Macau tem actualmente uma barreira com cerca de quatro metros ao longo do Porto Interior, mas também este “dique não foi suficiente”, disse o responsável.

A directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), Susana Wong, veio reforçar a ideia: “Com o Hato, o ‘storm surge’ [subida no nível das águas] atingiu 5,5 metros, não era possível evitar inundações na zona”.

Soluções na mesa

Para combater esta situação o Governo equaciona três soluções, uma a curto prazo, duas a longo.

O primeiro plano, que já estava em estudo antes da passagem do tufão, prende-se com a instalação de uma bomba de escoamento de águas pluviais, pensada para o local da ‘Ponte 23’, um dos vários cais do Porto Interior, estruturas que remontam ao tempo da administração portuguesa.

Devido ao valor histórico do imóvel, o Instituto Cultural (IC) emitiu um parecer que, apesar de não se opor à construção da bomba, insta à preservação do cais, nomeadamente através da deslocação para outro local.

No entanto, o porta-voz do Governo, Victor Chan, disse que está em causa “uma questão de equilíbrio entre a demolição de património e o interesse público”.

O IC, informou, irá “repensar a posição sobre a demolição da ‘Ponte Cais 23’ e emitir um novo parecer, tendo em conta o interesse público”.

Evacuação é hipótese

Segundo o vice-presidente do conselho de administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Lo Chi Kin, esta bomba de drenagem iria permitir escoar 14.550 litros de água por segundo, enquanto que sem ela só é possível escoar cerca de oito mil litros. No entanto, o mecanismo não funciona quando o nível das águas subir acima dos diques.

Lo explicou ainda que o ‘Cais 23’ é o local mais indicado por não ter movimento, ao contrário dos outros portos, com frequente passagem de barcos. “A bomba para escoamento de água pode causar instabilidade e perigo para as embarcações”, disse.

Em termos de planos de grande envergadura, o Governo estuda a construção de uma barragem e o aumento do dique em torno do porto.

A primeira obra “evitaria a entrada da maré e inundações”, mas implica cooperação com regiões vizinhas, já que a comporta ficaria entre Macau e a cidade vizinha de Zhuhai.

O projecto está ainda em estudo, mas o Governo espera poder começar a obra em 2019.

Quanto ao dique, tem a vantagem de ser uma questão “interna”, mas pode “afectar o canal de navegação, transporte de mercadorias, actividades comerciais da zona, a cultura histórica e a paisagem naquela zona”, alertou Li.

A ideia é aumentar o muro já existente, de cerca de quatro metros, de modo a ter entre seis e sete metros, o que poderia, por exemplo, bloquear a vista de rio.

Apesar de todos estes planos, o porta-voz do Governo admite que Macau pode não vir a ter estruturas suficientes para uma tempestade particularmente forte. Nesse caso, terá um último recurso: a evacuação.

“Devido às alterações climáticas, este tipo de tempestade radical pode acontecer mais vezes. Caso tudo esteja fora do controlo e não possamos responder, retiramos a população”, disse.

Chui Sai On em Guangdong

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, deverá deslocar-se “muito brevemente” à província de Guangdong “para se encontrar com altos quadros para debater pormenores sobre questões ligadas aos problemas das inundações no Porto Interior”. Segundo um comunicado oficial, o Executivo, já em 2013, numa visita a Pequim, “teve encontros com responsáveis de diferentes departamentos a nível ministerial do Governo Central, fazendo uma abordagem exaustiva sobre a matéria, com o objectivo de alcançar uma solução viável” para a zona do Porto Interior.

4 Set 2017

Macau Legend com prejuízos no primeiro semestre

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] grupo Macau Legend registou prejuízos de 228,6 milhões de dólares de Hong Kong nos primeiros seis meses do ano, indicou a empresa em comunicado.

As perdas foram justificadas com “o aumento dos custos operacionais e a depreciação gerada pela abertura de novos casinos e hotéis, e também custos financeiros”.

Nos primeiros seis meses, a Macau Legend arrecadou receitas no valor de 855,9 milhões de dólares de Hong Kong, mais 28,5 por cento que no mesmo período de 2016. As receitas de jogo subiram 34,3 por cento para 563,2 milhões de dólares de Hong Kong e as de não-jogo aumentaram 18,7 por cento para 292,7 milhões de dólares de Hong Kong.

O EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 100,5 milhões de dólares de Hong Kong, mais 115,4 por cento.

A Macau Legend opera três casinos em Macau sob a bandeira da Sociedade de Jogos de Macau (SJM). Um deles, o Legend Palace Hotel, abriu em Fevereiro deste ano e contribuiu com receitas de 37,8 milhões de dólares de Hong Kong.

“Apesar da ‘performance’ melhorada, a rentabilidade do grupo foi negativamente afectada por prejuízos de 228,6 milhões de dólares de Hong Kong durante o período [em causa] maioritariamente devido a aumentos nos custos operacionais e depreciação devido à abertura do Legend Palace Casino e Hotel e aumentos nos custos financeiros”, de acordo com o comunicado.

O director executivo da empresa, David Chow, explicou que os trabalhos de remodelação da Doca dos Pescadores vão continuar e mostram o apoio da empresa “aos esforços do Governo de Macau para construir um centro de turismo e lazer e promover turismo diversificado em Macau”.

“Vamos continuar a melhorar a experiência de compras, restauração ao ar livre e entretenimento na Doca dos Pescadores, agora que a cobertura está terminada”, afirmou.

Novo acordo

No mesmo comunicado, Chow deu conta do acordo com “uma terceira parte independente para se desfazer do hotel Landmark Macau”.

“Espera-se que o negócio esteja concluído antes do final deste ano (…) Vai permitir ao grupo reorganizar e desenvolver novas construções e instalações para corresponder e fundir os mercados em constante mudança”, disse Chow.

Saúde | Surto de gastroenterites controlado

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) emitiram ontem um comunicado onde apontam que o surto de casos de gastroenterites registados nos últimos dias está controlado. No total foram registados 247 casos até quinta-feira, 31 de Agosto. Após a passagem do tufão Hato só foram registados seis casos suspeitos de infecção colectiva devido a gastroenterite que “envolveram duas a cinco pessoas”, sendo que não existe “um aumento evidente em relação à situação habitual”. Uma das causas apontadas pelos SS prende-se com a limitação no abastecimento de água e com “condições de higiene pessoal limitadas”.

4 Set 2017

Meteorologia | Macau com sinal 1 de tempestade com possibilidade de subir

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi ontem içado o sinal 1 de tempestade, o mais baixo da escala, sendo possível que se esteja a aproximar de Macau a terceira intempérie no espaço de oito dias, segundo informação dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). O sinal foi içado ontem às 19h, quando a tempestade se encontrava a cerca de 620 quilómetros de Macau, encaminhando-se para a costa leste da província chinesa de Guangdong. Foi também emitido aviso de trovoada, sendo que o sinal 1 deve manter-se ao longo do dia.

Numa conferência de imprensa ontem à tarde, a directora substituta dos SMG, Florence Leong, disse que os seus serviços prevêem “que na noite de amanhã haverá uma grande possibilidade de içar o sinal número 3”. A representante dos serviços meteorológicos acrescentou ainda que “na madrugada de domingo, haverá a possibilidade de se içar o sinal 8”, indicou.

Segundo a responsável dos SMG, poderá haver “ligeiras inundações” na zona do Porto Interior no próximo no domingo, quando é esperada maré alta até 2,7 metros.

Pode estar eminente, apesar de ainda não ser certo, a aproximação de um novo tufão de Macau, depois da passagem devastadora do Hato e passados quatro dias do Pakhar.

1 Set 2017

DSEJ | Escolas sem aulas mas de portas abertas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pesar da data de início do ano lectivo estar comprometida em seis escolas no território, a Direcção dos Assuntos da Educação e Juventude garante medidas para ajudar os pais.  O apoio passa pela abertura dessas escolas aos alunos. Os estudantes não vão ter aulas mas terão um espaço para ficar. A ideia é não causar mais transtorno à população do que aquele que o adiamento do ano lectivo já implica.

Questionada pelo HM acerca das condições destas instituições para receber crianças, a DSEJ afirma que os problemas nestas instalações não representam qualquer perigo. “Estas escolas não têm problemas estruturais, mas os estragos relativos a danos em secretárias, e alguns buracos no chão precisam de ser arranjados”, aponta. No que respeita aos espaços, a DSEJ afirma que há salas suficientes para acolher os alunos, embora não haja condições para se dar aulas.

Desde o dia 23 de Agosto que a DSEJ tem estado em comunicação com as várias escolas do território de modo a solicitar o apoio possível de acordo com as suas condições.

Seis escolas de Macau não vão poder começar as aulas dentro do calendário, a partir de 1 de setembro, quando começa o ano letivo, devido a danos causados pelo tufão Hato, que atingiu a cidade. “Seis necessitam de mudar o dia de início do ano lectivo – quatro são na zona norte, uma em Coloane e uma na zona central”, disse, em conferência de imprensa, a chefe do Departamento de Educação da Direção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Leong Wai Kei.

Os estabelecimentos de ensino que vão adiar o início das aulas são a Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte, Escola Luso-Chinesa de Coloane, Sheng Kung Hui Escola Choi Kou, Colégio Diocesano de São José 5, Escola Madalena de Canossa e Escola de Santa Teresa.

1 Set 2017

Tufão | Jornalistas instruídos a escrever notícias positivas

O Governo está a ser acusado de pressionar vários meios de comunicação social para escreverem notícias positivas sobre as consequências do tufão Hato. Vítor Chan, porta-voz do Executivo, diz que não há interferências

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma associação de jornalistas de Macau, na maioria chineses, recebeu denúncias de que cinco meios de comunicação instruíram os repórteres para apresentarem uma cobertura positiva do trabalho das autoridades, na sequência da passagem do tufão Hato.

Fonte da Associação de Jornalistas de Macau (AJM) disse à Lusa que estas instruções chegaram em diferentes graus de intensidade, vindas das chefias, a pelo menos cinco meios de comunicação, que não identificou.

“Nalguns ‘media’ foi muito directo, disseram que não podiam criticar o Chefe do Executivo ou os trabalhos de recuperação. Noutros foi mais suave, o editor tentou persuadir os jornalistas a serem mais harmoniosos” na cobertura, disse, apontando como exemplo pedidos de entrevistas a “pessoas pró-sistema” ou a voluntários “sobre o seu bom trabalho”.

“Outra instrução foi de que a proporção de peças positivas aumentasse”, acrescentou a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.

Num comunicado em chinês a AJM indicou ter sido pedido aos jornalistas para fazerem trabalhos que incidissem “mais sobre pessoas boas e boas acções, espalhando activamente energia positiva pela sociedade, e diminuindo [as notícias] que responsabilizam o Governo, especialmente os cargos mais elevados”.

A AJM condenou esta tentativa de “enganar o público e distorcer a profissão de jornalista”.

Vindas de cima

A associação disse acreditar que estas orientações tenham vindo do Governo, “porque instruções semelhantes surgiram antes”, por exemplo, em polémicas que envolveram a Fundação Macau.

Confrontado com esta questão ontem, durante uma conferência de imprensa, o porta-voz do Governo, Victor Chan, afirmou que o Executivo não interfere nos órgãos de comunicação social (OCS).

“Apenas prestamos apoio. Quanto ao seu funcionamento [dos OCS] não temos conhecimento, não temos interferido nem conhecemos”, disse.

Segundo a fonte da associação, o Governo “estava ocupado com os trabalhos de recuperação e não teve tempo para controlar os ‘media’. Mas após o segundo tufão ficaram preocupados que a fúria dos cidadãos fosse prejudicar Chui Sai On [Chefe do Executivo], por isso tentaram dar instruções”.

“Sabemos que os recursos são limitados, e se dão prioridade às histórias positivas, há menos espaço para as negativas. Estamos preocupados com a autocensura, há muitos jornalistas jovens que têm menos experiência e é mais provável que sigam as ordens dos editores”, comentou a mesma fonte.

Depois de pelo menos um jornal chinês publicar um editorial dizendo que não recebeu qualquer instrução, a AJM frisou que não pretende passar a mensagem de que todos foram alvo de tal pressão. “Mas [achamos que] há provas suficientes que alguém quer controlar a opinião pública”, sublinhou.

1 Set 2017

Tufão Hato | No Myfair Garden ninguém sabe quando vai ter água

O Myfair Garden, na Barra, é um dos cinco edifícios que continua a não ter acesso a água canalizada, por culpa dos estragos nas tubagens. A associação de condóminos reuniu ontem para tentar chegar a uma solução, mas a água só deverá chegar daqui a duas semanas

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o número 31 da rua Francisco António continua a não existir água quando se abrem as torneiras. Não fosse o regresso da electricidade, depois de um apagão que afectou toda a gente, seria ainda mais difícil transportar baldes de água pelas escadas, num prédio com 15 andares.

O Myfair Garden, localizado na zona da Barra, ainda não tem água canalizada, mas a culpa não é da Macau Water.

À semelhança de outros quatro edifícios no território, este prédio residencial ficou com as tubagens avariadas graças à passagem do tufão Hato e não há uma data concreta para o regresso da água potável. O HM falou com moradores no local e todos dizem que nas próximas duas semanas o problema será resolvido, mas ainda nada é certo.

Para irem buscar este bem essencial, todos os dias os moradores vêem-se obrigados a subir e a descer constantemente. Não há filas, mas junto aos pequenos tanques que fornecem água de forma provisória está sempre alguém de balde na mão.

Ieong é um deles. Os pais são membros da União dos Proprietários do Edifício Mayfair Court e, segundo ele, as concessionárias já deram todo o apoio na reparação das infra-estruturas. O abastecimento de água já deveria, portanto, ter voltado, mas as tubagens dos andares mais altos ficaram danificadas.

A união de proprietários já se reuniu para resolver a situação, estando neste momento à espera do apoio financeiro do Governo. As discussões entre condomínios prosseguem e não há ainda uma data para que a água regresse.

“A ideia é que todos os moradores dêem uma parte do dinheiro necessário, porque todos nós queremos ter água em casa o mais depressa possível”, adiantou.

Ontem à noite houve nova reunião, mas o consenso ainda não terá chegado.

A contar o tempo

Mário, italiano e idoso, é outro dos moradores do Myfair Garden que foi afectado pela passagem do tufão Hato.

“Ouvi dizer que a falta de água vai continuar nas próximas duas semanas, mas espero que demore menos tempo”, defendeu ao HM.

Leong, outra moradora, desloca-se para ir buscar água e conta que, apesar da inconveniência que a falta de água trouxe ao seu dia-a-dia, agradece a solidariedade de todos os condóminos e administradores do prédio.

Jojo também ouviu dizer que daqui a duas semanas poderá ter água para necessidades tão básicas como tomar banho ou lavar a roupa, esperando uma solução para breve.

O Myfair Garden está localizado numa das zonas mais afectadas pelo tufão. Contudo, a falta de água é o único problema que persiste depois de dias em que a luz faltou em todo o lado e o lixo se acumulou em vários locais.

Há dias, em conferência de imprensa, Susana Wong, directora dos Serviços dos Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), alertou para a existência de cinco prédios sem água, tendo sido prometida a cedência de apoio técnico. No caso dos prédios que utilizam a água de tanques já existentes no prédio, foi aconselhado a que esta seja fervida antes de ser consumida, pelo facto de não estar ligada à rede pública de abastecimento.

1 Set 2017

Porto Interior | Obras para travar águas no Porto Interior só em 2019

[dropcap style≠’circle’]G[/dropcap]onçalo Cheong, subdirector dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), disse ontem no programa do canal chinês da Rádio Macau que só no final do próximo ano é que deverão estar concluídos os trabalhos relativos à construção de uma barreira de protecção no canal na zona do Porto Interior, que fica entre Macau e Zhuhai.

“Já iniciámos os trabalhos da terceira fase, incluindo a sondagem do canal, os estudos especializados, por exemplo, e o estudo de impacto ambiental”, sendo que a previsão, nesta altura, aponta para que a conclusão ocorra “no fim do ano que vem”, disse à rádio.

Gonçalo Cheong não conseguiu estimar o orçamento para este projecto, mas adiantou que as obras possam arrancar em 2019.

Os estudos foram iniciados em 2015 e, segundo Gonçalo Cheong, “a primeira fase do estudo de viabilidade foi concluída em Julho de 2016” e a segunda, que abrange “a zona toda, incluindo Macau, Zhuhai e Zhongshan”, foi terminada em Março deste ano.

O relatório da segunda fase “já foi submetido a Pequim para recolha de opiniões”, conforme já tinha sido avançado pelo porta-voz do Governo, Victor Chan, em conferência de imprensa.

O responsável da DSSOPT explicou ainda que, em 2011, foram feitas obras para aumentar a altura dos muros ao longo do Porto Interior, algo que ficou concluído em 2015. Contudo, não foi suficiente, dada a dimensão do tufão Hato.

À margem do programa de rádio, Gonçalo Cheong garantiu que está a ser ponderada a instalação de infra-estruturas junto à entrada dos parques de estacionamento, para travar a entrada da água.

31 Ago 2017

CSR |  Recolhidas 11 mil toneladas de lixo numa semana

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 11 mil toneladas de lixo foram recolhidas em Macau desde a passagem do tufão Hato, há uma semana, disse à Lusa a Companhia de Sistemas de Resíduos (CSR). “Até terça-feira (entre os dias 23 e 29 de agosto), a CSR recolheu um total de 11.299,78 toneladas de lixo”, afirmou a empresa numa resposta escrita. A média diária de resíduos na cidade é de aproximadamente 800 toneladas, segundo a empresa. Entretanto, foram criados 40 novos pontos de recolha de lixo na cidade. “A CSR tem cerca de 700 trabalhadores e eles ainda não tiveram folga desde o tufão. Além disso, alugámos mais veículos e recrutámos pessoal adicional depois do tufão”, disse a empresa. “Actualmente, todas as áreas inundadas estão a ser limpas, especialmente as do Porto Interior”, acrescentou a CSR. Sobre o tratamento a dar aos resíduos após a recolha, a CSR respondeu que “o lixo doméstico que pode ser queimado é entregue no incinerador, caso contrário vai para o aterro”.

31 Ago 2017

DSAL | Trabalhadores da Galaxy queixam-se de irregularidades

Representantes de 300 trabalhadores estiveram ontem reunidos com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais onde apresentaram várias reivindicações contra a Galaxy. Em causa está a falta de pagamentos e más práticas durante o tufão Hato

[dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uem fez o turno da noite não pôde sair e foi obrigado a ficar. Quem entrou de manhã teve de se deslocar para o trabalho, mesmo com o sinal 8 de tempestade içado. Estas reivindicações, num total de 21, foram ontem apresentadas numa reunião que juntou representantes de 300 trabalhadores da operadora de jogo Galaxy e a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL).

O deputado José Pereira Coutinho, que esteve presente na reunião e acompanhou o caso, disse ao HM que muitas das reivindicações referem-se a situações que já têm “barbas brancas”. A passagem do tufão Hato terá reforçado o descontentamento.

“A lista de reivindicações é longa e não posso deixar de referir o facto da empresa, durante anos e propositadamente, fazer coincidir o descanso semanal com os feriados obrigatórios”, começou por dizer o deputado e presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM).

Além disso, “os trabalhadores acham que a empresa faltou à palavra ao não conceder os bónus dos últimos anos até à presente data.”

Três representantes da Galaxy estiveram na reunião, tendo sido feita uma contra-proposta, que foi recusada pelos trabalhadores. Segundo Pereira Coutinho, ainda não há uma data para a resolução do problema.

Um Hato por resolver

Na passada quarta-feira os trabalhadores terão sido obrigados a ficar no local de trabalho sem terem direito a um dia de descanso.

“Quando o sinal 8 foi içado os trabalhadores foram forçados a voltar para o trabalho. Os que estavam dentro da empresa foram obrigados a fazer horas extraordinárias contra a sua vontade. Muitos pediram para ir para casa e isso foi rejeitado”, explicou o deputado.

As horas extraordinárias foram pagas pela empresa, mas, segundo Coutinho, “o que os trabalhadores queriam era ter direito a um dia para irem para as suas casas reparar os estragos”.

Segundo um artigo do South China Morning Post, o sinal 8 de tufão só terá sido içado às 9h00 de quarta-feira para que os casinos não pagassem horas extraordinárias aos seus trabalhadores. Até ao fecho desta edição, não foi possível obter uma reacção por parte da Galaxy.

Fichas ao ar

Outra das queixas que foi apresentada na reunião de ontem prende-se com o funcionamento das mesas de jogo, problema que, segundo Pereira Coutinho, deveria ter sido apresentado à Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

“Não existindo clientes a jogar nas mesas de jogo, os croupiers são obrigados a distribuir cartas durante horas, sem que haja um único cliente a jogar. Isto tem criado doenças profissionais face ao prolongado tempo de trabalho.”

Foram ainda feitos relatos sobre o comportamento da operadora de jogo face às alegadas agressões que os croupiers são sujeitos.

“Os queixosos manifestaram um grande desagrado face ao comportamento da empresa no tocante às agressões feitas aos croupiers. A empresa, em vez de os defender, persegue-os e aplica sanções, quando deveriam ser apresentadas queixas-crime junto das autoridades policiais.”

Nos últimos dias a Galaxy tem sido alvo de comentários negativos nas redes sociais sobre o facto de, alegadamente, ter pedido ajuda a voluntários para a limpeza das piscinas do empreendimento hoteleiro. Contudo, Pereira Coutinho adiantou que este assunto não foi abordado no encontro de ontem.

31 Ago 2017

Gasteroenterites somam e seguem

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] pico de casos que se tem registado nos últimos dias de gasteroenterite não tem ainda uma causa clara. No entanto, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) adiantaram ao HM que de uma análise inicial, “os principais motivos da gasteroenterite podem estar relacionados com a ingestão de comida estragada, ou exposta a temperaturas anormais, ou ao facto de não haver cuidados higiénicos, como lavar as mãos, após o manuseamento de lixo”.

No que respeita às causas exactas, os resultados poderão ser conhecidos mais tarde. Neste momento a situação ainda está sujeita às pesquisas e análises que serão efectuadas pelo Centro de Segurança Alimentar do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, dizem os SSM.

Para evitar o alastrar da situação, e na sequência dos danos causados pelo tufão Hato, os serviços continuam a manter o apelo a cuidados máximos, e pedem “para que os fornecedores de alimentos, que não possam garantir a segurança alimentar, suspendam o fornecimento dos alimentos facilmente deterioráveis”.

Foram registados um total de 220 casos de gastroenterite na segunda-feira em dois hospitais de Macau e os Serviços de Saúde admitem que o número pode continuar a subir, informaram ontem os SSM em comunicado, excluindo, no entanto, um surto colectivo.

O maior número de casos foi registado no hospital privado Kiang Wu, num total de 178, “todos eles sem relação e considerados esporádicos”, lê-se.

“Todos os pacientes foram considerados casos normais e não houve nenhum caso considerado grave”, refere o comunicado.

31 Ago 2017

Hato | Associações sem apoios para recuperar estragos

As associações locais estão a mãos com os estragos causados pelos tufões que passaram por Macau nos últimos dias. No entanto, apoios não se avistam, pelo menos, para já. A situação pode por em risco o funcionamento de alguns destes organismos no território

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ara já a Fundação Macau não está a disponibilizar apoios para ajudar nos estragos sofridos pelas associações locais. A informação foi dada pelo presidente da Associação dos Macaenses (ADM), Miguel de Senna Fernandes, que lamenta a atitude.

“Até agora os apoios em relação às pessoas que sofreram os danos só existem a nível de residências particulares e mais nada”, disse. O responsável questiona ainda : “No que respeita a associações, como a Associação dos Macaenses e as Escola Portuguesa, entre outras, como é que vai ser? Que tipo de apoio vão ter?”

As associações estão para já sem saber como suportar os gastos a ter com os estragos de que foram vítimas e não têm solução. A Fundação Macau foi contactada pela ADM para saber com o que poderia contar e a resposta foi simples. “A Fundação Macau disse que não há, neste momento, qualquer tipo de apoio dirigido às associações”, refere Miguel de Senna Fernandes.

Estragos aos milhares

No caso da APIM, o presidente da associação avança que “por alto” o valor pode ser estimado em cerca de 90 mil patacas. “Neste orçamento estão incluídos os danos causados nas janelas e as despesas com o reforço daquelas que ficaram de pé, porque entretanto o vento ao arrancar umas fragilizou as outras”, explica. Na prática a ADM tem de proceder à substituição de grande parte das janelas das suas instalações.

Por outro lado, a associação não integra no seu orçamento a possibilidade da ocorrência deste tipo de despesas. “Como é óbvio, ninguém está à espera de uma coisa destas”, aponta.  “Existe uma regra de que o dinheiro que não é utilizado tem de ser reembolsado pelo que não temos como suportar este tipo de gastos”.

A preocupação agora é fazer chegar às entidades competentes a preocupação que se vive entre as associações e saber se, num futuro, podem vir a ser considerados alguns apoios para reparações decorrentes dos tufões que passaram pelo território.

“É fundamental que se diga que não existem associações que vivam por si em Macau. Todas dependem dos subsídios do Governo e se o Governo resolve não apoiar neste tipo de circunstâncias, está a ditar uma sentença a estas instituições”, afirma o responsável pela ADM.

Miguel de Senna Fernandes salienta ainda que entende que as prioridades neste momento são outras, mas há que ter respeito pelas instituições que têm tido a seu cargo um importante papel social e que precisam, “legitimamente” de ajuda.

O balanço e a discussão dos danos causados pelos tufões Hato e Pakhar foram o tema central de uma reunião que se realizou ontem e que reuniu o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vitor Sereno com as associações de matriz portuguesa no território.

31 Ago 2017

AMCM estabelece mecanismo de contacto 24 horas com seguradoras

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a sequência dos danos causados pelo Tufão Hato, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) criou um mecanismo de ligação 24 horas com as companhias de seguros para acompanhar os casos de pedidos de indeminizações resultantes dos prejuízos causados. O dispositivo foi criado logo após a passagem do tufão.

Este procedimento visa dar resposta aos danos sofridos nas instalações e bens de empresas locais e cidadãos, sendo previsível que seja accionado um elevado número de pedidos de indeminizações por parte dos segurados.

A medida visa também facilitar a consulta e obtenção de informações por parte de quem contraiu as apólices de seguros. Como tal, a AMCM abriu linhas directas através dos números de telefone 83952280 e 83952202, que está em funcionamento de segunda-feira a domingo, das 9h às 18h, assim como através do email general@amcm.gov.mo. Além disso, o site da AMCM disponibilizou a lista das linhas directas das seguradoras para informações dos interessados e vai distribuir panfletos à população.

Toca a despachar

A autoridade fez também uma solicitação às companhias de seguros para que acelerem o acompanhamento dos pedidos de indeminização na sequência da catástrofe. Na seguimento de solicitação da AMCM, as seguradoras aumentaram o número de pessoal de forma a dar resposta ao elevado volume de pedidos de informações.

Foram também feitos contactos por parte das companhias para as empresas e residentes lesados com seguros válidos para fornecer explicações sobre as coberturas e as formalidades necessárias para dar andamento aos processos.

Uma vez que em Macau existe um grande número de micro, pequenas e médias empresas que estão ainda a braços com operações de limpeza e recuperação, as seguradoras contrataram profissionais para proceder aos cálculos das estimativas dos prejuízos.

A pedido da AMCM, o sector das companhias de seguros vai apresentar, ainda esta semana, os dados recolhidos sobre prejuízos e o andamento dos pedidos de indeminização.

A Autoridade Monetária solicita ainda às empresas e aos residentes a leitura detalhada das cláusulas das suas apólices de seguro de forma a aferirem se os danos resultantes do tufão Hato estão, ou não, cobertos.

Destaque

A AMCM abriu linhas directas através dos números de telefone 83952280 e 83952202, que está em funcionamento de segunda-feira a domingo, das 9h às 18h, assim como através do email general@amcm.gov.mo

30 Ago 2017