João Santos Filipe Manchete SociedadeJustiça | John Mo perde recurso para sair de prisão preventiva O ex-director da Faculdade de Direito da Universidade de Macau, acusado da prática de um crime de violação, vai aguardar o desfecho do julgamento no Estabelecimento Prisional de Coloane. A decisão do Tribunal de Segunda Instância confirmou a prisão preventiva do académico [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Tribunal de Segunda Instância (TSI) recusou, ontem, o pedido de John Mo, antigo director da Faculdade de Direito da Universidade de Macau, que requereu o fim da prisão preventiva. John Mo está actualmente detido na Prisão de Coloane, desde Junho, altura em que foi acusado da prática de um crime de violação. Os fundamentos da recusa do pedido do académico ainda não são conhecidos, mas a decisão da Juízo de Instrução Criminal de aplicar a prisão preventiva como medida de coacção foi validada pelo TSI. A conferência deste tribunal, que aconteceu ontem, teve como juiz relator José Maria Dias Azedo e Chan Kuong Seng e Tam Hio Wa como adjuntos. Com esta decisão, John Mo vai continuar detido enquanto aguarda pelo julgamento em que é acusado da prática do crime de violação. John Mo foi detido após uma aluna proveniente do Interior da China, que alegadamente frequenta a Universidade Cidade de Macau, ter apresentado queixas por violação. O caso terá, alegadamente, acontecido depois de um jantar com alguns académicos e alunas, que terá ocorrido no dia 24 de Junho. “Recentemente, um indivíduo de sexo masculino de apelido Mo, por suspeita de ter abusado sexualmente de um indivíduo de sexo feminino, foi detido pela Polícia Judiciária e encaminhado para o Ministério Público no sentido de se proceder às diligências de investigação criminal”, informou a PJ na altura, em comunicado. “Realizado o primeiro interrogatório judicial, tendo em consideração a gravidade dos factos participados sobre o arguido e as circunstâncias concretas do respectivo inquérito, o juiz de instrução criminal, aceitando a promoção da Delegada do Procurador, ordenou a aplicação ao arguido da medida de coacção de prisão preventiva, aguardando-se o julgamento”, foi acrescentado. Após o caso ter sido tornado público, John Mo foi demitido com efeitos imediatos pela Universidade de Macau. Pena pode ultrapassar 12 anos Em caso de condenação por um crime de violação, o arguido é punido com uma pena que vai dos 3 a 12 anos de prisão. Contudo, a pena pode ser agravada em um terço nos casos em que há uma relação de dependência hierárquica, económica ou de trabalho do violador e o crime aconteça nesse contexto. Também se agrava em um terço quando o agressor é portador de doença sexualmente transmissível. Nas situações em que a violação resulta em gravidez, ofensa grave à integridade física, transmissão de doença sexualmente transmissível que crie perigo para a vida, suicídio ou morte da vítima, a pena é agravada em metade da moldura penal.
Andreia Sofia Silva SociedadeTufões | Docente da USJ alerta para impacto do aquecimento global Macau e Hong Kong preparam-se para receber o super tufão “Mangkhut” este fim-de-semana, enquanto outras seis tempestades espalham o pânico em zonas costeiras problemáticas dos oceanos Pacífico e Atlântico. Ágata Alveirinho Dias, da Universidade de São José, nota um incremento de tufões e furacões devido ao aquecimento global [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]tufão “Bajirat” perdeu força e não chegou, sequer, a ser içado o sinal 8 em Macau, mas o Mar do Sul da China já está a preparar-se para a chegada daquele que é considerado um super tufão, de nome “Mangkhut”. Contudo, esta não é a única tempestade tropical multiplicar preocupações neste momento, uma vez que mais seis deverão causar estragos nas zonas do Atlântico e Pacífico. Um deles é o furacão “Helene” que, de acordo com previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), deverá afectar todas as ilhas dos Açores. O “Helene” deve chegar ao arquipélago amanhã, esperando-se que os seus efeitos se sintam em todas as ilhas, especialmente no grupo ocidental. “O furacão está a deslocar-se para norte a 20 quilómetros por hora, prevendo-se que diminua de intensidade durante quinta-feira [ontem], passando a classificar-se como tempestade tropical. De acordo com a previsão, é provável que as ilhas do grupo ocidental [Flores e Corvo] comecem a sentir os efeitos desta tempestade, a partir da tarde de sábado”, refere o comunicado do IPMA, citado pela agência Lusa. A partir da tarde de amanhã far-se-á sentir nas ilhas um “vento muito forte do quadrante sul com rajadas até 120 quilómetros por hora, chuva forte e ondas do quadrante sul entre 6 a 8 metros de altura” nas ilhas Flores e no Corvo. “Nas restantes ilhas do arquipélago também se prevê um agravamento do estado do tempo, devido à passagem da tempestade tropical, no entanto será de forma menos significativa”, acrescentou o IPMA Para as ilhas do grupo central – Faial, Pico, Terceira, Graciosa e São Jorge – está previsto vento forte do quadrante sul com rajadas até 80 quilómetros por hora e períodos de chuva forte, enquanto no grupo oriental – São Miguel e Santa Maria – é expectável vento do quadrante sul moderado a fresco com rajadas até 50 quilómetros por hora e períodos de chuva forte. “Joyce” é o nome da tempestade subtropical que também se está a formar no oceano Atlântico. De acordo com informações anunciadas esta quarta-feira pelo Centro Nacional de Furacões norte-americano, o “Joyce” começou por não constituir uma ameaça para terra, esperando-se novos desenvolvimentos no dia de ontem. A tempestade “Isaac” também se encontra em formação no Atlântico e que deverá dirigir-se para a zona da América Central. Estados Unidos à espera Mais grave será o furacão Florence, que pode deixar 2,4 milhões de pessoas sem energia nos Estados Unidos, anunciaram esta quarta-feira meteorologistas da Universidade de Michigan, acrescentando que algumas interrupções poderão mesmo ser prolongadas. Seth Guikemam, professor associado no Michigan, afirmou que as interrupções podem ser mais generalizadas se o furacão Florence virar para o norte ou parar, levando a inundações. As estimativas são baseadas na previsão do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos em relação à rota e à velocidade do vento. A porta-voz da Duke Energy, Grace Rountree, disse que a empresa está a antecipar problemas que possam ocorrer com “um furacão desta magnitude”. Grace Rountree afirmou que a empresa está a levar cerca de 2000 trabalhadores de outros locais para aumentar os 4.600 funcionários que tem na Carolina do Norte e na Carolina do Sul. A Duke Energy tem cerca de quatro milhões de clientes nestes dois estados. As companhias aéreas estão também a começar a cancelar voos devido à chegada do furacão Florence. O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o Governo federal está “absolutamente, totalmente preparado” para responder ao furacão Florence, que chegou a alcançar a categoria 4 (na escala de Saffir-Simpson, composta por cinco níveis, com ventos até 220 quilómetros/hora) e dirige-se para a costa leste dos EUA. Trump declarou estado de emergência na Carolina do Norte e Carolina do Sul, o que permite libertar meios de agências federais. O Florence, que já obrigou à retirada de mais de um milhão de pessoas, pode ser um dos furacões mais destruidores das últimas décadas na costa atlântica dos Estados Unidos, alertaram especialistas. Depois de ter passado pelas Bahamas e Bermudas, o Florence, que promete trazer “cheias catastróficas e colocar vidas em risco”, vai atingir a costa norte-americana. Chegou a atingir o sinal 5 ao nível das categorias de furacões, tendo descido para sinal 2, mantendo-se, contudo, as piores previsões ao nível dos estragos em terra. No Pacífico esperam-se o furacão Olívia, que deverá chegar ao Havai, e o ciclone subtropical Paul, que vai atingir a costa oeste do México. Ágata Alveirinho Dias, docente do Instituto de Ciência e Ambiente da Universidade de São José, referiu ao HM que a ocorrência de mais tempestades tropicais está relacionada com o aquecimento global. “Como os oceanos têm vindo a aquecer, isso faz com que nas alturas mais quentes do ano haja mais evaporação. Quando isso acontece, facilmente se formam tufões e furacões. Estas tempestades acontecem num período normal, mas pelo que tenho visto parece haver um pequeno incremento, e que poderá estar relacionado com o aquecimento da água dos oceanos.”
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTufão Mangkhut | Maior impacto previsto para tarde de domingo Após uma ligeira mudança de rota, Macau antecipa que o super tufão Mangkhut tenha um impacto menor que o inicialmente previsto, embora não esteja descartada a possibilidade de hastear o sinal 10 de tempestade tropical, ou seja, o máximo [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) prevêem que o impacto do super tufão Mangkhut seja menor do que o inicialmente previsto devido a uma ligeira mudança na rota. No entanto, continua a justificar-se o alerta elevado até porque tudo vai depender do que acontecer depois da passagem da tempestade pelas Filipinas. À luz das previsões mais recentes, transmitidas ontem, numa reunião do Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), convocada pelo Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, os efeitos do Mangkhut vão sentir-se com maior força a partir do meio-dia de Domingo, altura em que o tufão deverá encurtar ao máximo a sua distância relativamente a Macau, ficando a 200 quilómetros. Segundo o director substituto dos SMG, Tang Iu Man, o tufão vai chegar com uma força idêntica à de um sinal 8 de tempestade tropical. Contudo, tudo depende do que acontecer nas Filipinas, onde deverá tocar terra no sábado, pelo que “ainda há a possibilidade de ser içado o sinal 10”, o máximo da escala, ressalvou. “A passagem pelas Filipinas vai influenciar a força deste tufão, portanto, ainda não podemos dizer exactamente” como vai afectar Macau, complementou, advertindo que o Mangkhut continua a ser classificado como um super tufão, dado que transporta ventos máximos na ordem dos 240 quilómetros por hora. As novas previsões também apontam para um cenário menos grave relativamente ao ‘storm surge’ em comparação com o avançado na reunião de emergência de quarta-feira: as autoridades calculam que o nível da água suba entre meio metro e um metro e meio – contra os dois metros estimados anteriormente. De acordo com o director substituto dos SMG, trata-se de um nível “comparável” ao do tufão Hagupit (2008). Apesar de as previsões serem mais animadoras para Macau, as autoridades reiteram que se mantém em “elevado alerta”. Chefe apela à calma Na reunião de ontem, que voltou a contar com a presença de um representante da Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo Chinês na qualidade de observador, o Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, aproveitou para lançar um apelo à população. “A prioridade dos nossos trabalhos é garantir a segurança da população, mas precisamos também de confiança (…) e dos residentes para enfrentar o impacto e o desafio das calamidades naturais. A população não precisa de entrar em pânico”, afirmou Fernando Chui Sai On, instando os residentes a estarem atentos às informações divulgadas pelo Governo. Embora reconhecendo a “gravidade” que representa o Mangkhut, o Chefe do Executivo garantiu estar tudo a postos. “Em termos da estrutura de Protecção Civil já estamos preparados”, afirmou Fernando Chui Sai On, que convocou o encontro para “intensificar os trabalhos preparatórios para o tufão” com os membros da Protecção Civil. Além da programação do plano dos trabalhos, o Chefe do Executivo destacou a importância de se acompanhar de perto a rota do Mangkhut, exortando à manutenção do contacto com as entidades de Hong Kong e da China, com vista a elevar o rigor das previsões meteorológicas de modo a antecipar medidas a tomar. Em terceiro lugar, na ordem dos trabalhos, surge a sensibilização da população, com Fernando Chui Sai On a colocar a tónica na importância de residentes e turistas se manterem informados, instruindo as autoridades para divulgarem informações actualizadas, através de diferentes canais, e promover as medidas de prevenção. Neste âmbito, o Chefe do Executivo instou também a sociedade a seguir as recomendações, evitando os parques de estacionamento subterrâneos ou as zonas ao ar livre, por exemplo. “A missão é difícil. Sabemos que há muito a fazer ainda. Garantir a segurança dos residentes e minimizar o impacto e os danos continua a ser a prioridade”, sublinhou Fernando Chui Sai On. Entidades públicas e privadas em alerta Em Macau espera-se, por estes dias, pela tempestade forte que chega no fim-de-semana sem se saber exactamente quais serão as consequências. Tenta-se evitar o pior comprando água e comida e desviando objectos que facilmente podem voar quando forem içados os sinais 8 e 10 de tempestade tropical. No caso da Escola Portuguesa de Macau (EPM), que na sequência do Hato sofreu vários danos, já se prepara para a tempestade com os poucos meios de que dispõem. “Estamos a tratar do posicionamento de objectos que podem ser levados pelo vento, como vasos, por exemplo. Não sabemos se vamos desligar os servidores da internet ou não, estamos à espera que se aproxime mais a altura do tufão para decidirmos”, contou Manuel Machado, presidente da direcção, ao HM. O líder da EPM não soube adiantar se haverá ou não aulas na segunda-feira, pois tudo dependerá da intensidade do tufão. Também a TurboJet aguarda a divulgação de mais informações meteorológicas para decidir se haverá cancelamento ou alteração de rotas dos ferries entre Macau e Hong Kong e também para o aeroporto da região vizinha. No que diz respeito ao Aeroporto Internacional de Macau, António Barros, director, garantiu ao HM que serão seguidas as mesmas directrizes que estão em vigor desde Abril, apesar do grande clima de incerteza em relação ao que vai acontecer. “Conforme o sinal de tempestade que for içado pelas autoridades, teremos soluções de prevenção. Não posso confirmar se haverá cancelamento de voos, porque isso vai depender das companhias aéreas. No caso da Air Macau, têm sido cancelados todos os voos quando é içado o sinal 8. Podemos estar abertos ao tráfego mesmo com sinal 8”, adiantou. “Houve alturas em que com tufões de sinal 8 mantivemos as partidas e chegadas, mas a única diferença é que temos mais passageiros. O grande problema é a falta de transportes públicos e nessas alturas temos de servir essas pessoas. Quando há possibilidade de ser içado o sinal 8 reunimos de emergência com as companhias aéreas”, esclarece António Barros. Entretanto, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública anunciou ontem que será activado o mecanismo de divulgação de informações especiais sobre os serviços públicos no portal do Governo. Ontem de manhã, as forças de segurança, em parceria com as autoridades de protecção civil, fizeram trabalhos de inspecção nas zonas baixas da vila de Coloane e povoação de Lai Chi Vun. De acordo com um comunicado, foi dito aos moradores que “devem executar bem os trabalhos de preparação de emergência no que diz respeito ao armazenamento em casa de água, alimentos secos e medicamentos essenciais”, entre outros. Nas redes sociais há várias publicações que apelam às medidas preventivas por parte da população, uma delas da autoria do deputado Ho Ion Sang. Raymond Tam reuniu com China e Hong Kong Raymond Tam, director dos Serviços de Meteorologia e Geofísicos (SMG), esteve em Nanning, China, onde participou no fórum “China – ASEAN Meteorological Forum”, em conjunto com o “China Meteorological Administration” e o Observatório de Hong Kong. O objectivo do encontro foi “fortalecer em conjunto as capacidades de alerta e previsão”, aponta um comunicado oficial, numa altura em que o Mar do Sul da China se prepara para receber o “super tufão Mangkhut”. No mesmo comunicado é referido que os directores dos serviços de meteorologia de Macau e Hong Kong “trocaram opiniões sobre o desenvolvimento e o impacto” que o “super tufão” poderá trazer aos dois territórios, sendo que as autoridades já ponderaram içar o sinal 10 de tempestade tropical este domingo, dia 16. Enquanto isso, o China Meteorological Administration” referiu que “atribui grande importância ao impacto do super tufão”, sendo que o seu responsável, Shen Xiaonong, prometeu dar apoio aos departamentos meteorológicos de Hong Kong e Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão “Mangkhut” | Sinais de tempestade 8 e 10 içados entre sábado e domingo O tufão “Mangkhut” irá atingir Macau com maior intensidade na noite de Sábado para Domingo próximos. | FONTE: SMG [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) lançaram hoje as primeiras previsões relativas ao super tufão “Mangkhut”, que deverá afectar seriamente Macau e Hong Kong e que se estima ser um dos mais fortes dos últimos tempos. Os sinais de tempestade 8 e 10 deverão ser içados a partir do final da tarde de sábado, pelo que a população “deve ajustar, de forma atempada, eventos ou actividades” programados para este fim-de-semana, aponta um comunicado. Amanhã, sexta-feira, “a qualidade do ar será insalubre e a temperatura deverá rondar os 34 graus, tempo que se prolonga até ao final da tarde do dia 15”. “No sábado à noite e o dia 16 deverá ser içado o sinal 8, esperando-se ventos entre 63 e 118 quilómetros por hora. No final da tarde de domingo esperam-se inundações na zona do Porto Interior até um máximo de 1,5 metros de altura”, lê-se. Os SMG esperam também a ocorrência de muita chuva entre sábado e segunda-feira. O super tufão está localizado na parte noroeste do oceano pacífico e tem um vento máximo no centro que atinge os 240 quilómetros por hora. O tufão está bem estruturado e tem um raio de campo dos ventos fortes amplo. Espera-se que no sábado o Mangkhut entre no mar do sul da China, em nível de super tufão, e à noite se aproxime da costa de Guangdong. “Por esse motivo, poderá causar uma grande ameaça para as regiões da foz do delta do rio das pérolas. No território podem ocorrer ventos fortes e aguaceiros frequentes, além de que podem também ocorrer ventos fortes e aguaceiros frequentes, também podem ocorrer inundações sérias provocadas pelo alerta ‘storm surge’ em zonas baixas”, acrescentam os SMG. A posição actual e progressão do super tufão Mangkhut
Hoje Macau SociedadeSegurança | Simulacro de incêndio na psiquiatria [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde organizaram ontem, em conjunto com o Corpo de Bombeiros e o Corpo de Polícia de Segurança Pública, um simulacro de incêndio e evacuação de emergência no Edifício da Clínica Psiquiátrica do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) na Taipa. O exercício contou com a participação de 150 pessoas e teve o início na cozinha de terapia ocupacional localizada no rés-do-chão do Edifício da Clínica Psiquiátrica do CHCSJ devido a um curto-circuito. Após o alarme de incêndio, um profissional de saúde procedeu imediatamente à chamada de emergência ao Corpo dos Bombeiros. De acordo com o comunicado dos SSM, as viaturas dos bombeiros chegaram ao exterior do Edifício da Clínica Psiquiátrica do CHCSJ em cinco minutos para combater as chamas. Também a PSP foi chamada ao local, para onde destacou agentes para controlarem a circulação rodoviária. No final, o simulacro foi considerado bem sucedido pelas entidades, e para o Governo ficou provado que em caso de ocorrência de incêndio, os profissionais de saúde e os trabalhadores do Edifício da Clínica Psiquiátrica do CHCSJ estão preparados para responder às contingências e para apoiarem os utentes internados.
Hoje Macau SociedadeImpacto ambiental | Túnel subaquático dos novos aterros em consulta [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]ecorre até ao dia 28 deste mês uma consulta pública relativa ao impacto ambiental da construção do túnel subaquático entre as zonas A e B dos novos aterros, processo que será coordenado pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). De acordo com um comunicado, a DSSOPT contratou o Instituto de Oceanologia do Mar do Sul da China da Academia Chinesa de Ciências para “proceder aos trabalhos respeitantes à avaliação do impacto ambiental da obra de construção do túnel subaquático”. A mesma entidade irá divulgar informações para que se possa proceder à consulta pública. A DSSOPT explica também que o “túnel subaquático terá aproximadamente 1400 metros de comprimento, passa pela área subaquática onde fica a ponte da amizade e o canal de navegação do Porto Exterior, no sentido de interligar as zonas A e B dos Novos Aterros Urbanos”. O mesmo túnel pode ainda “ligar a ilha artificial do posto fronteiriço Zhuhai-Macau, através da rede rodoviária da zona A dos Novos Aterros Urbanos, assim como, preverá uma solução para ligação a Quarta Ponte Macau-Taipa”. A avaliação do impacto ambiental da construção deste túnel subaquático divide-se em três fases.
Andreia Sofia Silva SociedadeCaritas | Clínica para TNR disponibiliza consultas a 100 patacas Paul Pun, secretário-geral da Caritas, garantiu que a clínica médica destinada a trabalhadores não residentes abre portas este mês. Cada consulta vai custar 100 patacas, com medicamentos incluídos, mas quem não tem seguro de saúde não paga nada [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]mais recente projecto da Caritas Macau está prestes a ver a luz do dia. A prioridade é garantir cuidados médicos baratos aos trabalhadores não residentes (TNR). A clinica médica destinada a este segmento da população, sobretudo às empregadas domésticas oriundas de países como o Vietname, Indonésia ou Filipinas, abre portas este mês, garantiu ao HM Paul Pun, secretário-geral da Caritas. “Tenho boas notícias, pois poderemos abrir a clínica em breve, ainda este mês. Estamos à espera de aprovação para podermos publicitar o espaço lá fora. Ainda não podemos fazer publicidade fora da clínica aos dois médicos que irão trabalhar connosco, mas é fácil obter essa aprovação, não é um grande problema para nós.” Paul Pun adiantou também que o custo médio de uma consulta será de 100 patacas, com medicamentos incluídos. Não estão, para já, previstos outros tratamentos. “Queremos estabelecer o preço de 100 patacas, com medicamentos incluídos para três dias, e para os trabalhadores que não têm direito a seguro de saúde daremos tratamento gratuito. Não vamos ter análises clínicas, por exemplo, e temos de analisar quanto nos vai custar este tipo de tratamentos, porque teremos de contratar mais pessoas.” Um milhão por ano A Caritas prevê gastar cerca de um milhão de patacas por ano com o projecto, tendo neste momento três pessoas a trabalhar de perto com Paul Pun. “Na clínica teremos de pagar renda, medicamentos, salários dos médicos e custos das licenças. Neste momento, apenas estas três pessoas me dão apoio, mas precisamos de mais. Não estou a fazer agora acções de recolha de fundos porque precisamos de ter todas as licenças de que necessitamos. Já temos a licença para a clínica e precisamos de informar a sociedade de que teremos estes dois médicos a trabalhar.” Nesta fase, falta também assinar um contrato com uma empresa fornecedora de medicamentos. Quanto à divulgação clínica esta será garantida, nos primeiros tempos, pela via da palavra passada entre as comunidades TNR. “Não estou à espera de receber muitas pessoas no primeiro mês de abertura, porque podem não conhecer o projecto. Mas vamos organizar actividades com trabalhadores migrantes para que conheçam a clinica. Estes trabalhadores vão ajudar-nos a transmitir a mensagem para potenciais pacientes.” Paul Pun assegura que a clínica será uma ajuda valiosa para pessoas que, devido aos custos elevados, pura e simplesmente não vão ao médico em Macau. “Há muitas pessoas que não têm seguros e que, por isso, não vão ao médico, e é para essas pessoas que vamos procurar apoios financeiros. Esta será uma clínica privada e teremos de encontrar as pessoas que a possam frequentar para sustentar este projecto. Procuramos então pessoas que sustentem os mesmos objectivos que nós, que é ajudar os trabalhadores migrantes, sobretudo as empregadas domésticas”, rematou.
Sofia Margarida Mota Manchete SociedadeTufão | Corrida a produtos essenciais esvazia prateleiras de supermercados As prateleiras dos supermercados do centro de Macau começam a ter falta de produtos. Não há garrafões de água e as garrafas escasseiam. Os aperitivos e enlatados também estão a esgotar face à possibilidade da passagem de um super tufão nos próximos dias pelo território. As autoridades garantem que os stocks são suficientes e que estão a prevenir a inflação de preços [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]a caixa de pagamento do supermercado mais de dez garrafas de água, talvez as que a cliente conseguia transportar, são a representação perfeita do momento que Macau atravessa, ainda com as memórias do Hato bem presente. Atrás deste cliente, estava uma fila que se aproximava do lugar de pagamento com carrinhos cheios, essencialmente de água. Este era o cenário da tarde de ontem num dos supermercados da zona centro de Macau. A razão para esta corrida está na possibilidade de passagem de mais um super tufão pelo território durante o próximo fim-de-semana. Desta vez, o nome a temer é Mangkhut. Com a memória das dificuldades e faltas que se fizeram sentir no ano passado, ainda frescas, veio ao de cima a imperiosa necessidade de prevenir e abastecer a dispensa de bens essenciais. A dias de uma eventual catástrofe, o nervosismo e necessidade de prevenir lideram as prioridades do dia. Dentro do mesmo estabelecimento, as prateleiras reservadas às garrafas de água estão praticamente vazias. Sobram as de meio litro e algumas de um litro de marcas mais caras, cinco vezes o preço das que já se venderam. A azáfama nesta zona é grande: de um lado o responsável pelo abastecimento a tomar notas, do outro dois funcionários que se apressam a ir repor o stock. Questionado se o estabelecimento tem capacidade para responder à procura que se espera, um dos funcionários respondeu: “sim, pelo menos hoje e amanhã estamos garantidos”. Mais à frente, num outro supermercado, o cenário é idêntico. Perto das prateleiras vazias está o responsável pela reposição de produtos. Ali, a água esgotou naquele preciso momento, sem haver qualquer chance de reposição. “A água acabou muito rapidamente, estou agora à espera de mais stock o que deve acontecer até ao final da tarde”, disse. “Depois, teremos água para, pelo menos, dois dias”, acrescentou. À semelhança do que se passa noutras superfícies comerciais do território, a funcionária responsável pela caixa também não tem mãos a medir. “Tem vindo muito mais gente com a expectativa da passagem de mais um super tufão, as pessoas estão com medo que aconteça o que aconteceu no ano passado”, apontou. De entre os produtos que mais lhe passaram ontem pelas mãos, além da água estão os biscoitos e aperitivos secos, referiu. Entretanto, L, empregada doméstica, enche o carrinho de compras com tudo o que consegue. “Levo muito pão, biscoitos e enlatados”, disse ao HM. “Também preciso de água, mas aqui já só há a mais cara e não a posso levar. Vou procurar noutro sítio”, disse preocupada. De entre os três estabelecimentos que o HM visitou, até ontem, ainda não se tinha registado inflação de preço como aconteceu no ano passado. Autoridades atentas De modo a prevenir a inflação de preços e a falta de produtos, como aconteceu depois da passagem do Hato, o Conselho de Consumidores (CC) e a Direcção dos Serviços de Economia (DSE) reuniram ontem com os comerciantes do sector grossista e retalhista de bens essenciais e de água engarrafada “para manter a estabilidade do preço dos produtos de primeira necessidade”, apontaram ontem em comunicado. De acordo com a mesma fonte, o encontro teve como objectivo “verificar a situação de procura e oferta dos ditos produtos nas fases de comercialização por grosso e de venda a retalho”, sendo que, garantem, “os produtos de primeira necessidade em stock, de momento, são suficientes e o seu abastecimento mantém-se estável”. No encontro de ontem, os comerciantes foram ainda advertidos para não inflacionarem os preços dos produtos mais procurados em situação de tufão. Entretanto, já se encontra em funcionamento a linha aberta de Whatsapp do CC (62980886), através da qual os consumidores podem fazer queixa caso descubram infracções por parte de estabelecimentos comerciais “como a elevação de preços e o açambarcamento de produtos”, aponta o mesmo comunicado.
Hoje Macau SociedadeSands China vai apoiar a educação de crianças afectadas pelo tufão Hato [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] operadora de jogo Sands China anunciou ontem que vai doar seis milhões de patacas para apoiar a educação de seis crianças afetadas pelo tufão Hato, que atingiu Macau em agosto do ano passado. O fundo ‘Hato Education Sponsorship’, dedicado à educação, vai apoiar “seis crianças ou jovens adultos que perderam um dos pais no tufão Hato”, em Macau, que causou 14 mortos e mais de 240 feridos. A assistência financeira cobre a “educação continuada” dos jovens, incluindo os “estudos primários, secundários, terciários”, bem como material escolar e atividades extracurriculares, indicou o grupo em comunicado. “Este fundo de educação irá fornecer um apoio crucial para os estudos destas crianças (…) já que a educação é essencial para o seu desenvolvimento e sucesso na vida”, afirmou o presidente da Sands China, Wilfred Wong, na cerimónia de criação do fundo, no Sands Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufões | Governo prepara transporte de bens para 16 centros de acolhimento [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto de Acção Social (IAS) anunciou que o Governo já começou “a diligenciar o transporte de materiais para os 16 centros de acolhimento de emergência espalhados pelas diversas zonas de Macau”. Além disso, os 190 elementos que compõem a equipa de plantão já foram informados da “necessidade de estarem preparados para quando forem chamados, a fim de assegurar que os referidos centros estejam abastecidos de bens necessários e que os elementos de plantão estejam preparados para a prestação dos respectivos serviços”. No caso do Governo determina a retirada de pessoas das zonas baixas aquando da emissão do aviso de “Storm Surge”, “todos os 16 centros de acolhimento de emergência serão abertos para o acolhimento das pessoas necessitadas”, sendo eles o Centro de Abrigo de Vento da Ilha Verde, o Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional, o Colégio Mateus Ricci, a Escola Secundária Pui Ching, a Escola Católica Estrela do Mar, o Pavilhão Polidesportivo Tap Seac – Pavilhão A, o Instituto Salesiano, o Pavilhão Polidesportivo Tap Seac – Pavilhão B, o Centro de Acção Social da Taipa e Coloane (Sucursal da Taipa),o Pavilhão Polidesportivo do Instituto Politécnico, o Centro Desportivo Olímpico – Estádio, o Centro de Formação do Instituto do Desporto (Edifício Centro Comercial Chong Fok), a Escola Superior das Forças de Segurança, a Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental, o Flying Eagle Training Center e o Centro de Acção Social da Taipa e Coloane. Há também quatro pontos de encontro destinados para pessoas com dificuldades de locomoção ou com necessidades especiais, sendo eles o Centro de Abrigo de Vento da Ilha Verde, o Mercado Municipal do Patane, o Mercado Municipal de S. Lourenço e o Mercado de S. Domingos. A partir daí os cidadãos poderão apanhar o transporte directo para os centros de acolhimento de emergência de Tap Seac, os quais dispõem de equipamentos para a supressão de barreiras. O Governo contactou ainda 33 instituições particulares no sentido de que estas possam prestar solidariedade para com as cerca de 500 pessoas com necessidades especiais existentes em Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadeProtecção civil admite içar sinal 10 de tempestade tropical no domingo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Centro de Operações de Protecção Civil (COPC) reuniram hoje de emergência e admitiram a possibilidade de içar o sinal 10 de tempestade tropical, o máximo, no domingo, com a chegada do “super tufão” Mangkhut ao mar do Sul da China. “Se [o tufão Mangkhut] aterrar a oeste, com ventos entre 100 e 200 quilómetros por hora, vai ter o efeito do tufão do ano passado [Hato]”, afirmou o subdiretor substituto dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). De acordo com as previsões, o ciclone vai atravessar o mar do Sul da China este sábado e atingir terra, no domingo, na província de Guangdong. A confirmar-se, será a primeira vez o que sinal máximo de tufão é hasteado desde o Hato, o pior a passar por Macau nos últimos 53 anos. Tang Ia Mam falava numa reunião de emergência convocada pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, que contou com a presença de 29 membros da Proteção Civil e um militar do exército de Libertação do Povo Chinês, devido à proximidade de duas tempestades tropicais. “Em resposta a estes dois tufões [que se aproximam], e de acordo com as ordens do chefe do executivo, convoquei esta reunião de emergência para coordenar os serviços e ver o que podemos fazer melhor”, sublinhou, perante os jornalistas e antes do início da reunião. A cadeia de televisão norte-americana indicou que o Mangkhut regista atualmente ventos de pelo menos 252 quilómetros por hora, o que equivale a um furacão de categoria 5 (a máxima na escala Saffir-Simpson) no oceano Atlântico, ou seja, mais forte que a tempestade Florence, que se aproxima da costa leste dos Estados Unidos. Esta manhã, os SMG emitiram o sinal 3 de tempestade tropical devido à proximidade do ciclone tropical Barijat, que às 16:00 (09:00 em Lisboa) se encontrava a 150 quilómetros do território. “Este primeiro tufão não vai ser nada grave, traz chuvas, ventos (…) mas não vai ter um grande impacto”, disse o responsável dos SMG. Os serviços só admitem içar o sinal 8 entre hoje e amanhã se a direção “mudar para norte”. O que preocupa as autoridades é o “super tufão” Mangkhut, localizado a noroeste do oceano Pacífico e que “continua a mover-se em direção a oeste”. “É bem provável que passe pelo norte das Filipinas e que, no sábado, entre no mar do Sul da China. Se assim for, então domingo vai entrar em terra no sul de Guangdong”, frisaram.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufões | Cancelados eventos e lançadas medidas de prevenção [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]evido à passagem dos tufões “Bajirat” e “Mangkhut”, o Governo decidiu cancelar vários eventos que estavam programados, como é o caso do festival internacional de fogo de artifício. De acordo com um comunicado, “tendo em conta as informações dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, que indicam que Macau será afectada por tempo instável durante o fim-de-semana, os espectáculos pirotécnicos da terceira noite do 29.° Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau (a cargo de companhias pirotécnicas de França e Portugal), agendados para este sábado, passarão para outra data. O Arraial do Fogo-de-artifício 2018 fica igualmente cancelado nessa noite.” A nova data da realização do evento será anunciada em breve. Reuniões de emergência As escolas deixaram de dar aulas no período da tarde, devido ao facto de ter sido içado o sinal 3, além de que o Centro de Operações de Protecção Civil (COPC) reuniu ontem de emergência. De acordo com um comunicado, tendo em conta a aproximação do “super tufão” “Mangkhut”, e a “possibilidade de ocorrência do fenómeno de storm surge”, “acredita-se que nos próximos dias o território e as regiões vizinhas vão ser afectados pelas duas tempestades tropicais”. O COPC apontou também, no mesmo comunicado, que “no sentido de assegurar uma resposta eficiente aos tufões, os membros da estrutura de protecção civil já iniciaram os trabalhos preparativos relacionados com o sistema de comunicação, divulgação de informações sobre prevenção de desastres e a abertura ao público dos centros de abrigo quando for necessário”. O COPC apela ainda aos residentes e turistas “para permanecerem no interior ou em local seguro, evitar deslocarem-se às zonas baixas e costeiras durante o tufão e o ‘storm surge’”. O Instituto de Acção Social (IAS) emitiu também um comunicado onde recomenda que “as famílias efectuem as preparações necessárias para manter os filhos jovens ou os grupos populacionais vulneráveis em casa”. “Algumas creches, centros de dia para idosos e de reabilitação manter-se-ão abertos para as pessoas com necessidades e os residentes devem prestar atenção à segurança na deslocação”, lê-se ainda.
Victor Ng SociedadeCentro Católico esteve ontem em chamas. Autoridades suspeitam de fogo posto [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]edifício do Centro Católico, na Avenida da Praia Grande, esteve ontem à tarde em chamas durante vários minutos, tendo sido extinguido por civis. A Polícia Judiciária (PJ) suspeita que se tratou de um caso de fogo posto, devido à existência de beatas de cigarros no local. “Às 14h50, um cidadão viu fumo a sair do local e ligou às autoridades a alertar para a situação. Esse cidadão ligou às autoridade, mas quando os bombeiros chegaram ao local, o fogo já tinha sido apagado pelas pessoas”, de acordo com informação divulgada pela PJ, através de comunicado. “As autoridades consideram que a causa do incêndio não é normal”, foi vincado no comunicado. A PJ vai assim abrir uma investigação ao episódio, também pelo facto de terem sido encontradas beatas no local e não haver objectos eléctricos ligados à corrente na área onde deflagraram as chamas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a área ardida foi de 30 centímetros quadrados. Apesar do aparato no local, não se registaram vítimas. Contudo, o edifício sofreu danos de pequena dimensão. Em vias de demolição O Centro Católico está há vários anos para ser renovado. Este propósito levou mesmo o Bispo de Macau, D. Stephen Lee, a criar um gabinete para o efeito, no final do ano passado. As obras de demolição do edifício deverão acontecer em Julho de 2019, de acordo com um artigo do jornal O’Clarim, tendo a Planta de Condições Urbanísticas (PCU) para a nova obra sido aprovada pelo Conselho do Planeamento Urbanístico, a 9 de Maio deste ano. A reconstrução do Centro Diocesano prevê mesmo a criação de um hotel de duas estrelas, para acomodar peregrinos e visitantes, de acordo com o plano traçado por Stephen Lee. Além disso, as futuras salas multiusos serão reservadas para formação de fé, ao mesmo tempo que a sala de exposições irá mostrar ao público a história da Igreja Católica em Macau.
Hoje Macau SociedadeUnionPay | ‘App’ permite a clientes de Macau fazer pagamentos na China [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]UnionPay International anunciou ontem o lançamento de uma aplicação de telemóvel que vai permitir aos portadores de cartões emitidos em Macau e Hong Kong efectuarem pagamentos dentro e fora das duas cidades. Em comunicado, a empresa diz que a nova ‘app’ surge em resposta à construção da Grande Baía e às crescentes necessidades de pagamentos trazidas pelas trocas entre Macau, Hong Kong e o interior da China. Desde ontem, os clientes de Macau e de Hong Kong podem ligar os seus cartões emitidos localmente à aplicação de telemóvel “UnionPay” e desfrutar do serviço de pagamento móvel dentro e fora das duas Regiões Administrativas Especiais. O CEO da UnionPay International, Cai Jianbo, afirmou que, em resposta ao avanço das tecnologias e à mudança dos hábitos de pagamento dos clientes, a UnionPay tem-se esforçado para promover a inovação de técnicas e produtos. Actualmente, a UnionPay é aceite em quase todos os multibancos e terminais POS (point of sale) de Macau e Hong Kong, onde foram emitidos cerca de 19 milhões de cartões.
Diana do Mar Manchete SociedadeDSEJ | Macau sem alunos classificados como sobredotados Não há alunos classificados como sobredotados em Macau. A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude garante estar a desenvolver instrumentos padronizados de avaliação, dispondo já de mecanismos no domínio da criatividade [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ctualmente, não existem alunos classificados como sobredotados na base de dados de avaliação da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). Em resposta ao HM, o organismo garante estar a trabalhar no desenvolvimento de instrumentos padronizados de avaliação, dispondo já de ferramentas em determinadas áreas. “A DSEJ está a desenvolver, sucessivamente, instrumentos padronizados de avaliação em diferentes domínios para este tipo de alunos e, até ao momento, desenvolveu quatro conjuntos no domínio intelectual e da criatividade”. Ferramentas que permitem ao pessoal docente ou de aconselhamento avaliar alunos, caso sinalizem características de sobredotação, aferindo capacidades e necessidades de aprendizagem, indicou o organismo liderado por Lou Pak Sang. Em resposta a uma interpelação escrita apresentada pelo deputado Ho Ion Sang, a subdirectora da DSEJ, Leong Vai Kei, revelou que, em Junho, solicitou apoio a uma instituição de consultadoria (não especificada) para a elaboração de normas de classificação dos alunos sobredotados. “Após a conclusão dos trabalhos, serão elaborados modelos de desenvolvimento do ensino dos alunos sobredotados, as estruturas de suporte e o estudo e definição das respectivas instruções para servir de referência às escolas para que possam detectar e preparar os alunos sobredotados”, afirmou. Na mesma resposta, datada de meados de Julho, Leong Vai Kei cita, entre os instrumentos de avaliação já aplicados pela DSEJ, as escalas de inteligência de Wechsler, bem como o Teste de Pensamento Criativo de Torrance. Formar para identificar Em paralelo, considerando que o corpo docente desempenha um papel fundamental, a DSEJ realça que tem organizado, “periódica e sistematicamente”, acções de formação relacionadas com a educação de alunos sobredotados, bem como sobre a utilização dos instrumentos de avaliação “com vista a aumentar a capacidade de identificação de alunos sobredotados”. Mais de 200 professores receberam este tipo de formação até ao momento, de acordo com a DSEJ que não menciona quando arrancaram estas iniciativas. Ao HM, a DSEJ explica que o primeiro passo quando são identificados sinais que apontam que uma criança pode ser sobredotada é requerer, junto do organismo, “uma consulta profissional do ensino especial, para que este tenha conhecimento da situação dos alunos, através de entrevistas e preste apoio e [dê] sugestões sobre como promover o desenvolvimento das potencialidades destes alunos”. Algo que pode ser solicitado tanto pelos docentes e agentes de aconselhamento como pelos próprios encarregados de educação. “Caso [os alunos] não possuam resultados satisfatórios nos estudos ou na sua adaptação e se forem identificados com necessidades educativas especiais, após a avaliação, a DSEJ sugere a frequência em escolas regulares, na qualidade de aluno inclusivo, recebendo apoio adicional na escola”. A DSEJ enfatiza que, neste caso, além de atribuição de apoio financeiro extraordinário à escola, envia ainda periodicamente funcionários, “no sentido de discutirem com os docentes ajustamentos ao currículo dos alunos ou a prestação de apoio extra para que estes usufruam de um ensino apropriado”. Aliás, argumenta, no Guia de Funcionamento das Escolas sugere-se já concretamente às escolas que “procedam ao ajustamento e apoio aos alunos sobredotados e que apresentem dificuldades na aprendizagem ou na adaptação”.
Hoje Macau SociedadeAviação | Simulação de bomba no aeroporto [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Autoridade de Aviação Civil (AAC) realizou uma simulação de ameaça de bomba entre a passada segunda-feira e ontem, de acordo com um comunicado do Governo. O exercício começou às 23h do dia 10 de Setembro e prolongou-se até à 1h da manhã do 11 de Setembro. De acordo com a AAC, o exercício teve como objectivo simular a activação do Plano de Emergência do Aeroporto e o procedimentos de segurança, num cenário em que foi simulada uma chamada anónima com a ameaça de bomba. O exercício envolveu vários organismos das forças de segurança, assim como a cooperação das operadoras de aviação.
Hoje Macau SociedadeBanca | Empréstimos para habitação em queda em Julho [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos de Macau em Julho totalizaram 5,2 mil milhões de patacas, traduzindo uma queda de 9,4 por cento em termos anuais homólogos, indicam dados divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau. Os aprovados para residentes subiram 34,7 por cento para 5,1 mil milhões, mas tal não foi suficiente para travar a diminuição anual homóloga, dado que os empréstimos concedidos aos não residentes sofreram uma queda de 95,7 por cento para 84,5 milhões de patacas. Os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias também registaram uma forte descida: caíram 62,5 por cento para 4,09 mil milhões de patacas. Desta feita, a diminuição ficou a dever-se à forte queda dos empréstimos aprovados aos residentes que foram de 4,06 mil milhões de patacas em Julho, ou seja, menos 62,7 por cento face a igual período de 2017. Em sentido inverso, os empréstimos para os não residentes subiram 14,2 por cento em termos anuais homólogos para 38,7 milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeEnsino Superior | Politécnico de Castelo Branco recebe 45 alunos de Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) recebeu 45 alunos de Macau que vão frequentar a Escola Superior de Educação no ano letivo de 2018-2019, foi ontem anunciado. “A vinda destes estudantes enquadra-se na estratégia de internacionalização do IPCB, abrindo-se as portas da instituição a grupos de estudantes que chegam ao IPCB num contexto de parceria com uma instituição de ensino superior internacional”, refere, em comunicado, o presidente do IPCB, António Fernandes. A iniciativa enquadra-se no protocolo de cooperação assinado entre o Politécnico de Castelo Branco e o Politécnico de Macau e centra-se na lecionação conjunta dos referidos cursos de licenciatura, com o objetivo de permitir aos alunos a imersão linguística e cultural na língua e cultura portuguesa, assim como a aquisição de conhecimentos que permita que os últimos anos do curso sejam ministrados em língua portuguesa. Os 45 alunos provenientes do Instituto Politécnico de Macau vão frequentar todo o ano letivo na Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco. “São alunos de duas turmas diferentes, uma do segundo ano da licenciatura em Ensino da Língua Chinesa como Língua Estrangeira e outra da licenciatura em Português”, lê-se na nota. António Fernandes realça a qualidade do corpo docente da Escola Superior de Educação, assim como a formação ministrada, validada pelo reconhecimento que o Instituto Politécnico de Macau faz da instituição de ensino superior de Castelo Branco. A iniciativa conta com o apoio da Câmara de Castelo Branco, ao nível do alojamento dos dois docentes do Instituto Politécnico de Macau que acompanham os alunos durante a sua permanência em Castelo Branco, até Julho de 2019. Os alunos ficam alojados nas residências de estudantes do IPCB.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJustiça | Sentença do caso do Hotel Estoril lida a 4 de Outubro Decidiu e está decidido. Apesar dos pedidos dos jornalistas, a juíza Leong Fong Meng não autorizou que o julgamento de Scott Chiang e Alin Lam tivesse tradução simultânea para português. O caso reporta-se à afixação de uma faixa com uma mensagem política no Hotel Estoril [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]caso do Hotel Estoril, que remonta a Agosto de 2016, quando Scott Chiang e Alin Lam alegadamente entraram no antigo hotel e afixaram uma faixa onde se lia “Alexis Tam: Assassínio do Património”, teve ontem lugar no Tribunal Judicial de Base. Na sessão que decorreu, ontem de manhã, foram ouvidas todas as cinco testemunhas, três de acusação e duas de defesa, com a leitura da sentença a ficar marcada para 4 de Outubro. Os activistas ligados à Novo Macau, Scott Chiang e Alin Lam, enfrentam acusações da prática de um crime de “introdução em lugar vendado ao público”, que é punido com pena de prisão até três meses ou pena de multa até 60 dias, e uma acusação de “dano”, prática punida com três anos de prisão ou pena de multa. No entanto, a sessão ficou marcada pelo facto da juíza que preside ao colectivo, Leong Fong Meng, ter recusado que fosse disponibilizada a interpretação simultânea de cantonense para português, apesar dos pedidos dos jornalistas, devido ao facto de nenhuma das partes envolvidas utilizar a idioma de Camões para se expressar. “O público tem de saber o que está a acontecer nos tribunais. Se uma parte relevante da sociedade só lê em inglês ou português e eles têm aqui pessoas que são pagas para desempenhar essas funções, qual é a razão que justifica que não haja tradução?”, questionou Scott Chiang, à saída do tribunal. “É uma questão que também sublinha a importância da educação chinesa”, ironizou. Para o deputado José Pereira Coutinho esta questão mostra a indiferença com que as línguas têm sido tratadas desde a criação da RAEM, em 1999. “É uma pena que passados quase 20 anos ainda estejamos a falar destas questões. O mínimo que se esperaria era que todos os serviços públicos, Governo, Assembleia Legislativa e Tribunais, pudessem sempre utilizar as duas línguas em simultâneo”, afirmou Coutinho, ao HM. “É uma realidade que dá para perceber que nos serviços relacionados com interesses empresariais e a plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa falta uma maior atenção ao uso das duas línguas. A língua portuguesa está de facto a ser maltratada”, acrescentou. Data de danos incertos Em relação ao julgamento, foram ouvidas três testemunhas de acusação. Uma das Serviços de Finanças, que gerem os edifícios e bens da RAEM, e dois polícias. O funcionário das finanças reconheceu que o Governo não sabe quando foram feitos os danos, apesar de gerir o espaço, e que só no dia dos acontecimentos foram chamados para reparar o buraco na rede. Por sua vez, os polícias explicaram que quando chegaram às traseiras do local que encontraram Scott Chiang a sair do edifício pelo buraco da rede. Já Alin Lam foi detido mais tarde, quando estava no segundo andar. Foi ainda dito em tribunal que não foram encontrados no local, nem nas imediações, quaisquer materiais que permitissem cortar a rede. As duas testemunhas de defesa ouvidas em tribunal afirmaram ter entrado no antigo Hotel Estoril, antes da data dos acontecimentos e que nessa altura já existia o buraco que alegadamente terá sido utilizado pelos activistas para entrar no edifício. As duas testemunhas pediram ainda desculpa à sociedade pelos eventuais “problemas” causadas pelo acesso não autorizado nas instalações do antigo Hotel Estoril. No final, em declaração aos jornalistas, Scott Chiang negou ter cometido qualquer danos e pediu desculpas por ter entrado num local, sem ter obtido autorização previamente. Acusação falsa “Honestamente, não sabíamos que era necessário um pedido para entrar. Não fomos lá dentro para cometer qualquer acto vândalo, ou para invadir a privacidade de alguém. Só queríamos transmitir uma mensagem. Mas honestamente pedimos desculpa por todos os problemas que causámos. Se soubéssemos que era necessário um pedido do Governo teríamos feito isso”, vincou. “A acusação de dano é falsa porque o buraco na rede está lá desde sempre. Na verdade, é um caso muito simples porque sabemos que desde sempre houve pessoas que entraram e saíram do edifício”, defendeu. O julgamento decorreu ontem de manhã e a juíza Leong Fong Meng anunciou que a sentença vai ser lida na tarde de 4 de Outubro.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeLECM | Laboratório que mudou a construção civil em Macau nasceu há 30 anos Corria o ano de 1988 quando o governador Carlos Melancia assinou o despacho de criação do Laboratório de Engenharia Civil de Macau. Com grandes projectos de construção a nascerem às portas da transferência de soberania, foi preciso criar regulamentos e fazer quase tudo de raiz. Ao Peng Kong, director, recorda os tempos de inovação que se viveram desde a génese do organismo [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ortugal ia entregar a administração de Macau à China e, nos finais dos anos 80, faltavam infra-estruturas essenciais ao território. Ainda não tinha sido erguido o Aeroporto Internacional de Macau, inaugurado em 1995 e só havia uma ponte a ligar a península à Taipa. Coube a Carlos Melancia assinar o despacho que decretou a criação do Laboratório de Engenharia Civil de Macau (LECM) no ano de 1988. Além de faltaram leis e regulamentos relativos a materiais e outras técnicas de construção, era necessário formar pessoas, como assegura o despacho publicado em Boletim Oficial. “A indústria da construção civil tem vindo a assumir importância crescente em Macau, sendo já considerável a sua contribuição directa e indirecta para a economia do território, tanto através da sua componente pública, de que são exemplo os grandes empreendimentos já em curso ou a lançar brevemente, como da sua componente privada”, lê-se no despacho que oficializou a génese do organismo. Havia, por isso, a “necessidade de dispor de meios que permitam satisfazer as exigências técnicas e económicas da actividade”, pelo que se aconselhava “a criação de um organismo capaz de lhes responder oportuna e adequadamente, dando às empresas e aos serviços o apoio de que carecem”. Desta forma, foi criado um “organismo de tipo associativo”, que teria um “papel motor que esse organismo pode desempenhar na formação de técnicos locais, com todos os benefícios que daí advirão para o território”. Ao Peng Kong, actual director do LECM, começou a trabalhar no LECM quando faltava quase tudo no sector da construção civil ao nível de regulamentos técnicos. Ao HM, Ao Peng Kong recordou como foi fundamental nesta fase a colaboração com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), de Portugal. “O LNEC ajudou o LCEM. Macau ia passar para administração chinesa e o Governo português queria lançar grandes projectos para Macau. Na altura, a capacidade técnica existente no território não era tão elevada como é agora. Muitos especialistas foram enviados para Macau e era o início de tudo”, recordou. Uma vez que o LECM teve de “começar tudo praticamente do zero”, os desafios impuseram-se logo desde o início, pois os seus profissionais não tiveram oportunidade para trabalhar primeiro com obras de média ou reduzida dimensão. “O LECM começou a operar e recebeu logo grandes projectos, como é o caso do aeroporto. Tivemos de começar tudo praticamente do zero. Tínhamos a ajuda de Portugal e da China, mas Macau não tinha quase nada. Essa foi a grande dificuldade que sentimos”, apontou Ao Peng Kong. Depois de 1995, com a inauguração do aeroporto, já pelo governador Vasco Rocha Vieira, o LECM pôde dedicar-se à elaboração dos regulamentos técnicos. “Completámos praticamente os trabalhos relativos aos testes de materiais, questões geotécnicas, certificações. Passo a passo, o LECM construiu o seu próprio sistema de gestão.” Depois desse período, coube aos engenheiros civis e técnicos do laboratório trabalharem em projectos mais locais, como é o caso de algumas habitações públicas, o centro de ciência ou a ponte de Sai Van, uma das três travessias entre Macau e Taipa. Um dos nomes que fazem parte dos 30 anos do LECM é o do professor Henrique Novais Ferreira, falecido em 2016, que foi distinguido pelo Presidente da República no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Apesar de já estar com mais de 90 anos de idade, Novais Ferreira marcava presença diária no LECM. “Todos os dias, às 08h15 entro no meu gabinete. Todos os dias às 18h00 regresso a casa. Não há fim-de-semana. Por duas razões: uma delas é porque há bastante trabalho, outra é porque se eu soubesse só o que estudei na escola, hoje já não era engenheiro porque já estava completamente desactualizado”, afirmou aquele que foi considerado o “Manoel de Oliveira” da engenharia civil, e que acompanhou os primórdios do estabelecimento do LECM. Única entidade “independente” António Trindade, CEO da CESL-Ásia, defende que, 30 anos depois da sua criação, o LECM afigura-se no panorama local como a única entidade que certifica obras e materiais de forma totalmente independente. “O LECM é, provavelmente, a única entidade que funciona como certificador independente e que faz esse trabalho de forma profissional em Macau. Não conheço outra, e em Macau é fundamental o profissionalismo. Essa foi a grande razão para a criação do LECM”, disse ao HM. Trindade assegura que a população pode confiar no trabalho desenvolvido pelo LECM. “Na altura, não havia nenhuma entidade independente que fizesse esse trabalho e hoje em dia o LECM é, sem dúvida, uma entidade de referência. Os padrões utilizados são universais, ao nível da certificação de materiais e outras áreas. O LECM mantém a sua actualidade.” Quando não existia LECM, todos os edifícios eram certificados por entidades privadas “que não eram independentes e que eram, claramente, questionadas quando emitiam as suas opiniões”, recorda o CEO da CESL-Ásia. A qualidade das obras em Macau foi um ponto bastante discutido aquando da passagem do tufão Hato pelo território, o ano passado, que deixou um rasto de janelas e infra-estruturas recentes totalmente destruídas. António Trindade destaca aqui o “lado social” do LECM. “Posso garantir que todos os edifícios que o LECM analisou, e que disse que estão em condições, estão de facto em condições.” “Hoje as pessoas queixam-se das obras de má qualidade e que as coisas não são feitas como deve ser, mas a verdade é que houve projectistas que assinaram, houve fiscalizações e as coisas continuam a ser mal feitas. Há muitas entidades que certificam em Macau, mas nenhuma tem a independência do LECM”, acrescentou. Ao Peng Kong destaca o facto do LECM ter contribuído para a elaboração dos regulamentos que ainda hoje estão em vigor e que seguem as normas internacionais, garantindo a segurança de muitas obras. “Antes da transferência de soberania, elaborámos muitos regulamentos técnicos para o Governo. Estes eram os únicos regulamentos disponíveis para os grandes projectos de construção, ao nível de fundações, materiais, entre outros. Isso foi muito importante para Macau e levou a um desenvolvimento das regulações aplicadas a todo o sector da construção civil.” Nova ponte foi “boa experiência” No ano em que celebra 30 anos de idade, o LECM tem em mãos cada vez mais projectos que obrigam à cooperação regional com territórios vizinhos, nomeadamente China e Hong Kong. Para Ao Peng Kong, trabalhar na construção da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau foi uma “boa experiência”. “O LECM esteve bastante envolvido, tal como tem estado noutros projectos de construção dentro e fora de Macau. A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes confia no LECM para o processo de certificação de todos os materiais fabricados na China que vêm para Macau. Ao nível da nova ponte, o LECM certificou todos os materiais utilizados, essa foi uma experiência bem sucedida para nós.” Questionado sobre as notícias relativas à falsificação de materiais e testes na nova ponte, por parte de engenheiros civis de Hong Kong, Ao Peng Kong apenas referiu que “este foi um projecto de construção com padrões bastante elevados”. “Posso dizer que tivemos uma boa experiência de trabalho com as autoridades de Hong Kong e todas as empresas subcontratadas. Foi desenvolvido um trabalho de grande qualidade e houve uma boa cooperação com o LECM. Foram respeitados padrões de qualidade elevados e estamos felizes por termos participado neste projecto.” O LECM é uma “organização técnico-científica, sem fins lucrativos, de utilidade pública, com autonomia técnica e financeira e património próprio”. Tem inúmeras associações, profissionais e empresas associadas, além do próprio Governo de Macau, que representa 33 por cento, sendo que 30 por cento são empresas de construção. Nomes como o do empresário chinês Ng Fok, que tem laços empresariais ao primeiro Chefe do Executivo da RAEM, Edmund Ho, fazem parte da lista de associados, tal como o arquitecto Eddie Wong, autor de vários projectos públicos e responsável pelo projecto do novo hospital das ilhas. A Universidade de Macau também faz parte da lista, onde as empresas fornecedoras de materiais representam apenas sete por cento. A cerimónia de celebração dos 30 anos do LECM decorre na próxima terça-feira, 18 de Setembro.
Hoje Macau SociedadeTufão Barijat | Sinal 3 será içado às 13h00 de hoje. “Super tufão” Mangkhut chega no fim-de-semana [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) acabam de anunciar que o sinal 3 de tempestade tropical referente à tempestade tropical “Barijat” será içado às 13h00, sendo que às 11h00 o ciclone tropical se situava a cerca de 240 quilómetros a sueste de Macau. A possibilidade de içar o sinal 8 na noite de hoje é “moderada”, uma vez que se prevê que o “Barijat” se aproxime de Macau “gradualmente hoje à noite”, podendo cruzar a cerca de 200 quilómetros “no ponto mais próximo do território”. De acordo com o comunicado ontem emitido, “espera-se que se continue a intensificar e que venha a atravessar a parte norte do mar do sul da China, movendo-se a uma velocidade relativamente rápida para oeste, em direcção à península de Leizhou”. A partir desta tarde os SMG apontam para uma intensificação dos ventos, existindo a possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoadas. O sinal de “Storm Surge” foi emitido esta manhã, às 11h00, prevendo-se que entre a noite e a madrugada de quinta-feira, dia 13 de setembro, “possam ocorrer inundações ligeiras no Porto Interior”, apelando-se à população “que preste atenção e tome medidas preventivas necessárias”. Os SMG alertam para a chegada do intitulado “super tufão” “Mangkhut”, que actualmente está localizado na parte noroeste do oceano pacífico, continuando a mover-se em direcção a oeste. “Prevê-se que no fim-de-semana o sistema afecte significativamente a costa meridional da China”, apontam os SMG, que pedem que se tome atenção, para já, ao “Barijat”. “Como o ciclone tropical vai afectar o território durante hoje e amanhã, apelamos à população que preste atenção ao impacto do ‘Barijat’ em Macau em primeiro lugar”, lê-se.
Diana do Mar SociedadeEconomia | Comércio entre Macau e PALOP foi quase nulo em 2017 Cabo-Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe não venderam nem compraram absolutamente nada a Macau em 2017. Dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) apenas Angola e Moçambique entraram nas contas e só do lado das exportações. Timor-Leste também não existe no mapa das trocas comerciais de Macau, circunscritas praticamente ao Brasil e a Portugal [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]comércio entre Macau e os países de língua portuguesa atingiu 648,8 milhões de patacas em 2017, ficando limitado praticamente ao Brasil e a Portugal. Dados disponibilizados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam zero trocas comerciais com quatro dos oito países do universo da lusofonia (Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste). Já Moçambique e Angola entraram na rota comercial, mas somente do lado das exportações. Macau vendeu a Maputo bens avaliados em 273.042 patacas – ainda assim o equivalente a um terço das exportações para o universo lusófono – e a Luanda mercadorias de 31.873 patacas, ou seja, sensivelmente 3,9 por cento das exportações. Em ambos os casos, as vendas circunscreveram-se a produtos farmacêuticos. Já as importações de Macau, tanto a Angola como a Moçambique, foram uma miragem em 2017. Medalha de prata Do universo da lusofonia, Portugal emerge como o segundo parceiro comercial de Macau, a seguir ao Brasil. O comércio bilateral com Portugal atingiu 267,5 milhões de patacas (41,2 por cento do total das trocas comerciais com a lusofonia), numa balança comercial favorável a Lisboa. Macau comprou a Portugal bens na ordem dos 267,1 milhões em 2017 e vendeu produtos avaliados em apenas 413.329 patacas. Já as trocas bilaterais com o Brasil totalizaram 380,9 milhões de patacas, ocupando um peso de 58,7 por cento, com as vendas de Macau a não chegarem sequer a 100 mil patacas. Os dados relativos aos primeiros oito meses de 2018 atestam que a ausência de trocas comerciais com metade dos países da língua portuguesa no ano passado não foi conjuntural. Entre Janeiro e Julho, Macau não comprou nem vendeu nada a Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Já para Timor-Leste apenas exportou, enquanto do Brasil apenas importou. Só com Portugal é que houve comércio nos dois sentidos. Em Outubro, numa intervenção num fórum económico integrado na Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla em inglês), o economista Félix Pontes assinalou precisamente a “dimensão frustrante” do comércio entre Macau e os países de língua portuguesa. “É um facto indesmentível que o relacionamento comercial entre Macau e os países de língua portuguesa tem tido uma dimensão frustrante, não traduzindo em nada as expectativas emergentes das frequentes manifestações políticas nesse sentido”, observou.
Hoje Macau SociedadeJogo | Receitas ultrapassaram os 268mil milhões em 2017 [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]o ano de 2017 as receitas globais do jogo fixaram-se nos 268,01 mil milhões de patacas, o que representa um crescimento anual de 18,7 por cento, pondo fim à queda de três anos consecutivos, desde 2014. As receitas do jogo e dos serviços relacionados atingiram 267,86 mil milhões de patacas, ou seja, mais 18,7 por cento, destacando-se os aumentos anuais de 18,9 por cento nas receitas do jogo (266,54 mil milhões de patacas) e de 11,9 por cento nas da restauração (567 milhões de patacas), de acordo com os dados ontem divulgados pelos Serviços de Estatística e Censos (SEC). Os juros recebidos corresponderam a 147 milhões de patacas, uma decréscimo de 10,9 por cento em termos anuais, justificado pela cominuição dos depósitos das empresas. Também as despesas do sector aumentaram fixando-se nos 114,89 mil milhões de patacas, o que corresponde a um aumento homólogo de 18,5 por cento. De acordo com os SEC, as despesas em compras de mercadorias, comissões pagas e ofertas a clientes atingiram os 60,86 mil milhões de patacas (+23,0 por cento), representando 53 por cento do total. Entretanto, as despesas de exploração cifraram-se em 27,94 mil milhões de patacas (+16,7 por cento), gastos principalmente em bens e serviços proporcionados gratuitamente a clientes que atingiram 12,60 mil milhões de patacas – um aumento de 16,5 por cento em termos anuais. O valor acrescentado bruto, que reflecte o contributo económico do sector, atingiu 179,07 mil milhões de patacas, correspondendo a um acréscimo homólogo de 17,6 por cento. O excedente bruto do sector alcançou 157,74 mil milhões de patacas, mais 19,1 por cento. Por seu turno, a formação bruta de capital fixo deste sector situou-se em 949 milhões de patacas em 2017, descendo significativamente 87,2 por cento em relação a 2016 (7,43 mil milhões de patacas), justificado pela conclusão, durante o ano passado, de várias instalações do turismo e do jogo de grande envergadura.
Hoje Macau SociedadeAcidente | Homem caiu de varanda no Legend Palace [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m homem do continente, de 26 anos de idade, caiu da varanda de um quarto do Hotel Legend Palace situado na Avenida da Amizade. A queda foi de um sétimo andar para uma plataforma no terceiro andar, apontou o canal chinês da Rádio Macau. O Corpo de Bombeiros (CB) encontrou a vítima com uma fractura exposta no antebraço direito. O homem foi levado ao hospital para receber tratamento. Segundo fonte ouvida no local, citada pela Rádio Macau, o homem alegou que queria ir do sétimo andar para a plataforma no terceiro andar e acabou por cair.