Hoje Macau SociedadeJogo | Analistas apontam para Outubro com queda de receitas até 6% A consultora Sanford C. Bernstein prevê que Outubro termine com quebras nas receitas dos casinos de Macau entre os 3 e os 6 por cento, em relação ao mesmo mês do ano passado. Destaque para o jogo VIP que não recuperou desde a semana dourada [dropcap]O[/dropcap]s resultados das operadoras da indústria do jogo continuam a não deslumbrar. A Sanford C. Bernstein emitiu uma nota esta semana, citada pelo portal GGRAsia, que prevê que as receitas brutas de Outubro dos casinos do território sofram quebras entre 3 e 6 por cento, em comparação o mesmo período de 2018. Em relação às receitas apuradas em Outubro até ao dia 13, a consultora aponta para 12,6 mil milhões de patacas. Os factores que colocam os resultados das concessionárias abaixo dos últimos anos continuam a ser a guerra comercial e o aperto à actividade dos junkets. Nesse último aspecto, os analistas Vitaly Umansky, Eunice Lee e Kelsey Zhu assinalam na nota que “o jogo VIP continuou fraco depois da semana dourada, como era esperado, e assim deverá continuar até ao final de Outubro”. Importa referir que a semana dourada se reveste de particular importância para os cofres das concessionárias e o do sector do turismo, com a chegada de centenas de milhar de turistas chineses a Macau. Porém, este ano foi atípico. Apesar da subida do número de visitantes que entraram no território durante a semana dourada, as receitas dos casinos demonstraram uma tendência de declínio em relação ao mesmo período de 2018. A seguir caminho A Sanford C. Bernstein acrescenta que a média diária de receitas brutas dos casinos de Macau durante o período de seis dias entre 8 e 13 de Outubro se situou nos 750 milhões de patacas. A consultora acrescentou que “se estima que os resultados do jogo de massas tenham registado crescimento de quase dois dígitos, enquanto o segmento VIP tenha caído 20 e pouco por cento comparado com o período homólogo de 2018”. Já a consultora Nomura perspectiva que em Outubro o crescimento nulo das receitas das operadoras, mas que no final do quatro trimestre do ano se registem quebras nas receitas. A consultora do banco Morgan Stanley também emitiu uma previsão esta semana, onde perspectivou contracção das receitas em todos os meses até ao final do ano, comparados mês a mês com os períodos homólogos do ano passado.
Hoje Macau SociedadeJogo | Analistas apontam para Outubro com queda de receitas até 6% A consultora Sanford C. Bernstein prevê que Outubro termine com quebras nas receitas dos casinos de Macau entre os 3 e os 6 por cento, em relação ao mesmo mês do ano passado. Destaque para o jogo VIP que não recuperou desde a semana dourada [dropcap]O[/dropcap]s resultados das operadoras da indústria do jogo continuam a não deslumbrar. A Sanford C. Bernstein emitiu uma nota esta semana, citada pelo portal GGRAsia, que prevê que as receitas brutas de Outubro dos casinos do território sofram quebras entre 3 e 6 por cento, em comparação o mesmo período de 2018. Em relação às receitas apuradas em Outubro até ao dia 13, a consultora aponta para 12,6 mil milhões de patacas. Os factores que colocam os resultados das concessionárias abaixo dos últimos anos continuam a ser a guerra comercial e o aperto à actividade dos junkets. Nesse último aspecto, os analistas Vitaly Umansky, Eunice Lee e Kelsey Zhu assinalam na nota que “o jogo VIP continuou fraco depois da semana dourada, como era esperado, e assim deverá continuar até ao final de Outubro”. Importa referir que a semana dourada se reveste de particular importância para os cofres das concessionárias e o do sector do turismo, com a chegada de centenas de milhar de turistas chineses a Macau. Porém, este ano foi atípico. Apesar da subida do número de visitantes que entraram no território durante a semana dourada, as receitas dos casinos demonstraram uma tendência de declínio em relação ao mesmo período de 2018. A seguir caminho A Sanford C. Bernstein acrescenta que a média diária de receitas brutas dos casinos de Macau durante o período de seis dias entre 8 e 13 de Outubro se situou nos 750 milhões de patacas. A consultora acrescentou que “se estima que os resultados do jogo de massas tenham registado crescimento de quase dois dígitos, enquanto o segmento VIP tenha caído 20 e pouco por cento comparado com o período homólogo de 2018”. Já a consultora Nomura perspectiva que em Outubro o crescimento nulo das receitas das operadoras, mas que no final do quatro trimestre do ano se registem quebras nas receitas. A consultora do banco Morgan Stanley também emitiu uma previsão esta semana, onde perspectivou contracção das receitas em todos os meses até ao final do ano, comparados mês a mês com os períodos homólogos do ano passado.
Hoje Macau SociedadeAssociação queixa-se de impostos altos à entrada de produtos portugueses na China [dropcap]O[/dropcap] presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC) disse ontem à Lusa que a elevada carga fiscal e a falta de promoção de produtos portugueses estão a travar o potencial económico das relações sino-lusófonas. “Continuamos a ver uma enorme carga fiscal na entrada de produtos portugueses na China, apesar de existir um acordo que permite a redução de impostos” entre Macau e o continente, em vigor desde 2004, explicou Alberto Carvalho Neto. Na véspera da Feira Internacional de Macau (MIF) e da Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX), que promovem até sábado os países lusófonos, o responsável sustentou que Portugal deveria apostar mais na promoção dos produtos portugueses no interior da China. “Deveria existir uma estratégia global que envolvesse o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal] e as associações”, possibilitando que “a imagem da ‘marca’ Portugal” identificasse as representações portuguesas “e não o símbolo de cada uma das empresas”, defendeu. Ainda assim, o empresário classificou de “muito positivo” o acompanhamento pelo corpo diplomático português e elementos da AICEP, no interior da China (Pequim, Xangai e Shenzhen), a uma iniciativa de ‘networking’, “Business Rail”, que termina este sábado. Os participantes desta viagem de negócios, sobre carris, que começou em 9 de Outubro e liga Europa à China, juntam-se agora à delegação promovida pela associação na MIF e na PLPEX em Macau que “supera os 200 empresários”, indicou Alberto Carvalho Neto. “O que temos assistido nestes dois eventos é a um aumento crescente da participação”, que se tem traduzido num aumento do próprio espaço promovido pela AJEPC: “começou nos 100 metros quadrados e já ocupa os dois mil metros quadrados”, precisou. Responsável pela organização do “V Fórum de Jovens Empresários entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, a AJEPC continua apostada “numa política agressiva na abordagem do mercado nestes três dias” dos eventos, garantiu o seu presidente. “Convidámos empresários chineses. De resto, seria bom ver uma maior dinâmica empresarial nestes eventos, com uma presença maior de empresários chineses”, sustentou, de forma “a dar mais força ao potencial de Macau enquanto plataforma” para as relações comerciais e económicas sino-lusófonas. “Através de Macau tem-se conseguido ter acesso a um ‘networking’ que não seria possível de outra forma, ao mais alto nível, mas há espaço para melhorar”, afirmou.
Hoje Macau SociedadeFMI | Menos receitas do jogo e investimento dos casinos explicam recessão Economistas ouvidos pela Lusa defenderam que a recessão de 1,3 por cento em Macau este ano estimada pelo Fundo Monetário Internacional deve-se ao menor investimento dos casinos e à quebra nas receitas do jogo [dropcap]J[/dropcap]á não há casinos em construção, já investiram o que havia a investir, cada um [dos seis operadores] gastou 20 mil milhões de patacas nos últimos dois, três anos, pelo que isto vai puxar a economia para baixo”, explicou Albano Martins, sustentando que alguma da construção actual “não é muito significativa”. O economista José Pãosinho destacou o facto de Macau estar “amarrado ao jogo”, pelo que a economia é afectada porque “não se prevê a construção de novos ‘resorts’”, com implicações negativas na Formação de Capital Bruto Fixo, um indicador que inclui bens produzidos ou adquiridos por entidades locais. O baixo investimento público é outra das razões apontadas pelos economistas. Albano Martins estima que em 2019 este não deverá superar os 10 mil milhões de patacas. Por seu lado, José Pãosinho disse não vislumbrar grande margem de evolução nesta área, como por exemplo a construção de infraestruturas de grande dimensão, assinalando que a participação de Macau no projecto de Pequim de se criar uma metrópole mundial não terá um efeito imediato na economia do território. “Macau é jogo e pouco mais. Sem construção, sem investimento, sem Formação de Capital Bruto Fixo e com as receitas de jogo a caírem, com esta tendência a projecção do FMI até nem é má”, sublinhou Albano Martins. José Pãosinho evidenciou o facto de a economia de Macau estar refém dos resultados dos casinos e lembrou que “as receitas do jogo VIP foram aquelas que tiveram um maior colapso”. O cenário global, portanto, acrescentou, “é de um forte contributo negativo para a economia”. Futuro chato Na terça-feira, o FMI reviu em baixa as previsões no relatório Perspectivas Económicas Globais para Macau este ano, antecipando agora uma recessão de 1,3 por cento e nova contracção da economia, de 1,1 por cento, em 2020. Uma forte revisão em baixa, já que no último relatório, em Abril, antecipava-se um crescimento acima dos 4 por cento para este ano. A economia de Macau está em recessão desde o primeiro semestre. Os dados divulgados em Agosto pelas autoridades mostravam uma contracção de 1,8 por cento no segundo trimestre, que ainda assim melhorou ligeiramente face à contracção de 3,2 por cento registada nos primeiros três meses do ano face ao período homólogo. No primeiro semestre, a economia de Macau registou uma contracção de 2,5 por cento, de acordo com os dados oficiais. A 9 de Setembro, uma semana após os casinos de Macau terem registado uma queda de 8,6 por cento das receitas provenientes do jogo, a segunda descida consecutiva e a mais acentuada do ano, o Governo antecipou uma retracção económica no terceiro trimestre do ano. Razões avançadas pelas autoridades: a queda acentuada das receitas do jogo e a escalada da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, garantiu então que “o Governo continuará atento ao desenvolvimento e à variação da economia de Macau e do exterior, mantendo a comunicação com os sectores financeiros e outros, e a acompanhar constantemente possíveis variações da taxa de desemprego e da capacidade de consumo, bem como a avaliar a pressão sentida pelo sistema financeiro”.
Hoje Macau SociedadeFMI | Menos receitas do jogo e investimento dos casinos explicam recessão Economistas ouvidos pela Lusa defenderam que a recessão de 1,3 por cento em Macau este ano estimada pelo Fundo Monetário Internacional deve-se ao menor investimento dos casinos e à quebra nas receitas do jogo [dropcap]J[/dropcap]á não há casinos em construção, já investiram o que havia a investir, cada um [dos seis operadores] gastou 20 mil milhões de patacas nos últimos dois, três anos, pelo que isto vai puxar a economia para baixo”, explicou Albano Martins, sustentando que alguma da construção actual “não é muito significativa”. O economista José Pãosinho destacou o facto de Macau estar “amarrado ao jogo”, pelo que a economia é afectada porque “não se prevê a construção de novos ‘resorts’”, com implicações negativas na Formação de Capital Bruto Fixo, um indicador que inclui bens produzidos ou adquiridos por entidades locais. O baixo investimento público é outra das razões apontadas pelos economistas. Albano Martins estima que em 2019 este não deverá superar os 10 mil milhões de patacas. Por seu lado, José Pãosinho disse não vislumbrar grande margem de evolução nesta área, como por exemplo a construção de infraestruturas de grande dimensão, assinalando que a participação de Macau no projecto de Pequim de se criar uma metrópole mundial não terá um efeito imediato na economia do território. “Macau é jogo e pouco mais. Sem construção, sem investimento, sem Formação de Capital Bruto Fixo e com as receitas de jogo a caírem, com esta tendência a projecção do FMI até nem é má”, sublinhou Albano Martins. José Pãosinho evidenciou o facto de a economia de Macau estar refém dos resultados dos casinos e lembrou que “as receitas do jogo VIP foram aquelas que tiveram um maior colapso”. O cenário global, portanto, acrescentou, “é de um forte contributo negativo para a economia”. Futuro chato Na terça-feira, o FMI reviu em baixa as previsões no relatório Perspectivas Económicas Globais para Macau este ano, antecipando agora uma recessão de 1,3 por cento e nova contracção da economia, de 1,1 por cento, em 2020. Uma forte revisão em baixa, já que no último relatório, em Abril, antecipava-se um crescimento acima dos 4 por cento para este ano. A economia de Macau está em recessão desde o primeiro semestre. Os dados divulgados em Agosto pelas autoridades mostravam uma contracção de 1,8 por cento no segundo trimestre, que ainda assim melhorou ligeiramente face à contracção de 3,2 por cento registada nos primeiros três meses do ano face ao período homólogo. No primeiro semestre, a economia de Macau registou uma contracção de 2,5 por cento, de acordo com os dados oficiais. A 9 de Setembro, uma semana após os casinos de Macau terem registado uma queda de 8,6 por cento das receitas provenientes do jogo, a segunda descida consecutiva e a mais acentuada do ano, o Governo antecipou uma retracção económica no terceiro trimestre do ano. Razões avançadas pelas autoridades: a queda acentuada das receitas do jogo e a escalada da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, garantiu então que “o Governo continuará atento ao desenvolvimento e à variação da economia de Macau e do exterior, mantendo a comunicação com os sectores financeiros e outros, e a acompanhar constantemente possíveis variações da taxa de desemprego e da capacidade de consumo, bem como a avaliar a pressão sentida pelo sistema financeiro”.
Andreia Sofia Silva SociedadeUM | Professor contestado diz que Universidade não o pressionou Ieong Meng U, professor da Universidade de Macau acusado por alunos de ensinar conteúdos contra o princípio “Um País, Dois Sistemas”, assegura que a universidade nunca o pressionou para alterar a forma de dar aulas. O docente diz ainda que as suas aulas são diferentes do modelo a que os alunos da China estão habituados [dropcap]I[/dropcap]eong Meng U, docente da Universidade de Macau (UM) cujas aulas foram contestadas por alguns alunos, por considerarem que a sua forma de ensinar vai contra o princípio “Um País, Dois Sistemas”, disse ao jornal Orange Post que a UM nunca interferiu no seu processo de ensino. Ieong Meng U disse também que já enviou um e-mail aos seus alunos com esclarecimentos sobre este assunto. Até ao momento, o professor afirma não ter recebido queixas ou ter sido alvo de intervenções por parte da universidade. No que diz respeito às reclamações feitas num questionário por um estudante da China, o professor admitiu que houve outros alunos a exprimirem opiniões sobre o facto de as suas aulas serem diferentes da sua maneira de pensar, o que causou desconforto. Contudo, Ieong Meng U declarou que “como não foram apresentadas provas concretas” não sabe dar mais explicações sobre o caso. O docente assegura que a liberdade académica é preservada na UM e que os alunos do ensino superior têm capacidade de pensamento crítico e independente, sendo normal ter diferentes interpretações face aos conteúdos programáticos. “Não acho que a liberdade académica tenha sido afectada na UM. Não temos muita pressão no processo de realização das nossas pesquisas e no ensino. No entanto, como professor, não tenho o poder para permitir que todos os alunos concordem com o que eu digo. O nosso dever é ensinar de maneira teórica e objectiva”, apontou Ieong Meng U. Sem problemas em Pequim O professor universitário contou ainda que, durante o período em que estudou na Universidade de Pequim, não sentiu diferenças culturais. Sobre os conteúdos programáticos das disciplinas que ensina, Ieong Meng U assegurou que versam sobretudo sobre teorias da política chinesa e o panorama da língua inglesa, algo que pode ser diferente face ao modelo educacional a que muitos alunos da UM estão habituados. Para ultrapassar essas diferenças de pensamento, Ieong Meng U defende uma maior comunicação. Este caso teve início quando um grupo de alunos do interior da China se queixou do docente, que ensina Políticas de Hong Kong e Macau, depois de uma aula em que foi abordada a Lei de Extradição em Hong Kong e onde terá sido feito um contraste entre os sistemas políticos do Interior da China e da RAEHK. Vários alunos do Interior não terão gostado do conteúdo da aula e através de um grupo na aplicação WeChat, em que foram partilhados os powerpoints distribuídos pelo professor, decidiram apresentar queixa junto da direcção da UM.
Andreia Sofia Silva SociedadeUM | Professor contestado diz que Universidade não o pressionou Ieong Meng U, professor da Universidade de Macau acusado por alunos de ensinar conteúdos contra o princípio “Um País, Dois Sistemas”, assegura que a universidade nunca o pressionou para alterar a forma de dar aulas. O docente diz ainda que as suas aulas são diferentes do modelo a que os alunos da China estão habituados [dropcap]I[/dropcap]eong Meng U, docente da Universidade de Macau (UM) cujas aulas foram contestadas por alguns alunos, por considerarem que a sua forma de ensinar vai contra o princípio “Um País, Dois Sistemas”, disse ao jornal Orange Post que a UM nunca interferiu no seu processo de ensino. Ieong Meng U disse também que já enviou um e-mail aos seus alunos com esclarecimentos sobre este assunto. Até ao momento, o professor afirma não ter recebido queixas ou ter sido alvo de intervenções por parte da universidade. No que diz respeito às reclamações feitas num questionário por um estudante da China, o professor admitiu que houve outros alunos a exprimirem opiniões sobre o facto de as suas aulas serem diferentes da sua maneira de pensar, o que causou desconforto. Contudo, Ieong Meng U declarou que “como não foram apresentadas provas concretas” não sabe dar mais explicações sobre o caso. O docente assegura que a liberdade académica é preservada na UM e que os alunos do ensino superior têm capacidade de pensamento crítico e independente, sendo normal ter diferentes interpretações face aos conteúdos programáticos. “Não acho que a liberdade académica tenha sido afectada na UM. Não temos muita pressão no processo de realização das nossas pesquisas e no ensino. No entanto, como professor, não tenho o poder para permitir que todos os alunos concordem com o que eu digo. O nosso dever é ensinar de maneira teórica e objectiva”, apontou Ieong Meng U. Sem problemas em Pequim O professor universitário contou ainda que, durante o período em que estudou na Universidade de Pequim, não sentiu diferenças culturais. Sobre os conteúdos programáticos das disciplinas que ensina, Ieong Meng U assegurou que versam sobretudo sobre teorias da política chinesa e o panorama da língua inglesa, algo que pode ser diferente face ao modelo educacional a que muitos alunos da UM estão habituados. Para ultrapassar essas diferenças de pensamento, Ieong Meng U defende uma maior comunicação. Este caso teve início quando um grupo de alunos do interior da China se queixou do docente, que ensina Políticas de Hong Kong e Macau, depois de uma aula em que foi abordada a Lei de Extradição em Hong Kong e onde terá sido feito um contraste entre os sistemas políticos do Interior da China e da RAEHK. Vários alunos do Interior não terão gostado do conteúdo da aula e através de um grupo na aplicação WeChat, em que foram partilhados os powerpoints distribuídos pelo professor, decidiram apresentar queixa junto da direcção da UM.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | 2,51 milhões de passageiros no 3.º trimestre [dropcap]O[/dropcap] aeroporto internacional de Macau registou, no terceiro trimestre deste ano, 2,51 milhões de passageiros, um aumento de 17 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado. Entre Julho e Setembro, o tráfego aéreo subiu 19 por cento, com 19.995 voos, relativamente ao terceiro trimestre do ano passado, de acordo com um comunicado da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM), enviado à agência Lusa. Os mercados da China continental, do Sudeste Asiático e de Taiwan registaram um aumento de 22 por cento, 18 por cento e 8 por cento, respectivamente, em comparação com igual período de 2018. Na “semana dourada”, o aeroporto internacional de Macau registou um aumento de 15 por cento no número de passageiros (170 mil) e de 19 por cento nos voos (1.550), em comparação com o mesmo período do ano passado. Até ao final de Setembro passado, 30 companhias aéreas estavam a operar em Macau, com ligações a 58 destinos na China continental, Taiwan, Sudeste Asiático e Nordeste Asiático. No mesmo comunicado e para o último trimestre, a CAM afirmou esperar alargar o número de rotas as localidades chinesas de Jieyang, Changsha e Nantong, e aumentar o número de voos para a China continental e o Sudeste Asiático. O aeroporto internacional de Macau deve atingir este ano o número recorde de 8,7 milhões de passageiros, de acordo com a CAM.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | 2,51 milhões de passageiros no 3.º trimestre [dropcap]O[/dropcap] aeroporto internacional de Macau registou, no terceiro trimestre deste ano, 2,51 milhões de passageiros, um aumento de 17 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado. Entre Julho e Setembro, o tráfego aéreo subiu 19 por cento, com 19.995 voos, relativamente ao terceiro trimestre do ano passado, de acordo com um comunicado da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM), enviado à agência Lusa. Os mercados da China continental, do Sudeste Asiático e de Taiwan registaram um aumento de 22 por cento, 18 por cento e 8 por cento, respectivamente, em comparação com igual período de 2018. Na “semana dourada”, o aeroporto internacional de Macau registou um aumento de 15 por cento no número de passageiros (170 mil) e de 19 por cento nos voos (1.550), em comparação com o mesmo período do ano passado. Até ao final de Setembro passado, 30 companhias aéreas estavam a operar em Macau, com ligações a 58 destinos na China continental, Taiwan, Sudeste Asiático e Nordeste Asiático. No mesmo comunicado e para o último trimestre, a CAM afirmou esperar alargar o número de rotas as localidades chinesas de Jieyang, Changsha e Nantong, e aumentar o número de voos para a China continental e o Sudeste Asiático. O aeroporto internacional de Macau deve atingir este ano o número recorde de 8,7 milhões de passageiros, de acordo com a CAM.
Hoje Macau SociedadeEPM | APEP apoia críticas por falta de luminosidade [dropcap]A[/dropcap] Associação de Pais da Escola Portuguesa de Macau (APEP) revê-se nas críticas do arquitecto Rui Leão ao projecto de expansão da instituição, nomeadamente no que diz respeito à falta de luz natural no ginásio. A notícia foi avançada, ontem, pela Rádio Macau, que cita Filipe Regêncio Figueiredo. “Uma das nossas preocupações foi precisamente aquela que é agora apontada pelo arquitecto Rui Leão, que é a questão da luminosidade, que hoje já é fraca – não apenas em relação ao ginásio; na parte mais nova, do lado do Grand Lisboa, há salas de aula que não têm luz natural praticamente alguma”, afirmou o presidente da APEP. O Conselho do Planeamento Urbanístico suspendeu o projecto de expansão da Escola Portuguesa, na sequência das críticas. O projecto deverá voltar ao CPU na próxima reunião, que poderá acontecer ainda antes do final do ano.
Hoje Macau SociedadeEPM | APEP apoia críticas por falta de luminosidade [dropcap]A[/dropcap] Associação de Pais da Escola Portuguesa de Macau (APEP) revê-se nas críticas do arquitecto Rui Leão ao projecto de expansão da instituição, nomeadamente no que diz respeito à falta de luz natural no ginásio. A notícia foi avançada, ontem, pela Rádio Macau, que cita Filipe Regêncio Figueiredo. “Uma das nossas preocupações foi precisamente aquela que é agora apontada pelo arquitecto Rui Leão, que é a questão da luminosidade, que hoje já é fraca – não apenas em relação ao ginásio; na parte mais nova, do lado do Grand Lisboa, há salas de aula que não têm luz natural praticamente alguma”, afirmou o presidente da APEP. O Conselho do Planeamento Urbanístico suspendeu o projecto de expansão da Escola Portuguesa, na sequência das críticas. O projecto deverá voltar ao CPU na próxima reunião, que poderá acontecer ainda antes do final do ano.
Hoje Macau SociedadeMIF | Feira internacional começa amanhã e decorre até sábado A Feira Internacional de Macau (MIF) e a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX) vão promover a partir de amanhã os países lusófonos, com Cabo Verde em destaque, indicou ontem a organização [dropcap]C[/dropcap]abo Verde é o país parceiro do evento, que se realiza entre amanhã e sábado, organizado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, com o apoio de entidades económicas e comerciais de Macau, do interior da China e de Hong Kong. O ministro da Indústria, Comércio e Energia de Cabo Verde, Alexandre Dias Monteiro, vai liderar uma delegação com uma “presença institucional forte” que conta ainda com a ministra da Educação de Cabo Verde, Maritza Rosabal Peña, sublinhou a presidente da Cabo Verde TradeInvest, Ana Lima Barber, na conferência de imprensa que serviu para apresentar o evento. Ambos os ministros deverão participar nos dias da MIF em pelo menos duas cerimónias: a assinatura de protocolos relacionados com o ensino superior e de geminação entre a ilha de Boa Vista e uma cidade da província chinesa de Jiangsu, indicou a responsável da Cabo Verde TradeInvest, a agência pública de promoção e de investimento daquele país. Ana Lima Barber sublinhou ainda que todas as ilhas de Cabo Verde vão estar representadas por 22 empresas dos sectores de agronegócios, comércio, serviços e indústria, na certeza de que este tipo de eventos “fortalece as relações comerciais e empresariais e fomenta novas oportunidades” para as empresas. A 24.ª MIF e a PLPEX deste ano vão custar no total cerca de 41,9 milhões de patacas e ocupar uma área de aproximadamente 24 mil metros quadrados, com 1.500 stands e pavilhões temáticos. Milhões tecnológicos A presidente da Cabo Verde TradeInvest referiu ainda que uma empresa de Macau está a investir mais de 40 milhões de dólares no país na área das tecnologias de informação, para se expandir no mercado africano. A Macao Bringbuys Web Technology quer criar um uma plataforma de fornecimento de serviços tecnológicos para a África Ocidental na capital cabo-verdiana, num projecto que já aumentou para o dobro em termos de investimento estimado, indicou Ana Lima Barber, que lidera a agência pública de promoção e de investimento daquele país lusófono. “O projecto tem cinco anos e depois será revisto”, assinalou aquela responsável. Barber referia-se a um investimento cujos princípios foram definidos num acordo assinado durante o 12.º Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre China e Países de Língua Portuguesa, em 2018, referindo-se a um centro de computação em nuvem, um centro de dados ‘offshore’, instituições de formação e incubadoras em Cabo Verde com planos de expansão mo mercado africano. A empresa está agora “a olhar para este investimento já com uma dimensão muito maior”, explicou, salientando a vertente de comércio electrónico para “expor as empresas chinesas ao mercado africano, para exportarem”, mas sobretudo a “oportunidade de investimento [que significa] também para Cabo Verde”. A mesma responsável aproveitou para explicar que o projecto se enquadra na vontade de Cabo Verde em “atrair investimentos de qualidade”, proporcionados, sublinhou, pela política de incentivos fiscais, a livre transferência de fundos, a estabilidade laboral, social e política, bem como pela conectividade com outros países e outros mercados, como o lusófono e o europeu.
Hoje Macau SociedadeMIF | Feira internacional começa amanhã e decorre até sábado A Feira Internacional de Macau (MIF) e a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX) vão promover a partir de amanhã os países lusófonos, com Cabo Verde em destaque, indicou ontem a organização [dropcap]C[/dropcap]abo Verde é o país parceiro do evento, que se realiza entre amanhã e sábado, organizado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, com o apoio de entidades económicas e comerciais de Macau, do interior da China e de Hong Kong. O ministro da Indústria, Comércio e Energia de Cabo Verde, Alexandre Dias Monteiro, vai liderar uma delegação com uma “presença institucional forte” que conta ainda com a ministra da Educação de Cabo Verde, Maritza Rosabal Peña, sublinhou a presidente da Cabo Verde TradeInvest, Ana Lima Barber, na conferência de imprensa que serviu para apresentar o evento. Ambos os ministros deverão participar nos dias da MIF em pelo menos duas cerimónias: a assinatura de protocolos relacionados com o ensino superior e de geminação entre a ilha de Boa Vista e uma cidade da província chinesa de Jiangsu, indicou a responsável da Cabo Verde TradeInvest, a agência pública de promoção e de investimento daquele país. Ana Lima Barber sublinhou ainda que todas as ilhas de Cabo Verde vão estar representadas por 22 empresas dos sectores de agronegócios, comércio, serviços e indústria, na certeza de que este tipo de eventos “fortalece as relações comerciais e empresariais e fomenta novas oportunidades” para as empresas. A 24.ª MIF e a PLPEX deste ano vão custar no total cerca de 41,9 milhões de patacas e ocupar uma área de aproximadamente 24 mil metros quadrados, com 1.500 stands e pavilhões temáticos. Milhões tecnológicos A presidente da Cabo Verde TradeInvest referiu ainda que uma empresa de Macau está a investir mais de 40 milhões de dólares no país na área das tecnologias de informação, para se expandir no mercado africano. A Macao Bringbuys Web Technology quer criar um uma plataforma de fornecimento de serviços tecnológicos para a África Ocidental na capital cabo-verdiana, num projecto que já aumentou para o dobro em termos de investimento estimado, indicou Ana Lima Barber, que lidera a agência pública de promoção e de investimento daquele país lusófono. “O projecto tem cinco anos e depois será revisto”, assinalou aquela responsável. Barber referia-se a um investimento cujos princípios foram definidos num acordo assinado durante o 12.º Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre China e Países de Língua Portuguesa, em 2018, referindo-se a um centro de computação em nuvem, um centro de dados ‘offshore’, instituições de formação e incubadoras em Cabo Verde com planos de expansão mo mercado africano. A empresa está agora “a olhar para este investimento já com uma dimensão muito maior”, explicou, salientando a vertente de comércio electrónico para “expor as empresas chinesas ao mercado africano, para exportarem”, mas sobretudo a “oportunidade de investimento [que significa] também para Cabo Verde”. A mesma responsável aproveitou para explicar que o projecto se enquadra na vontade de Cabo Verde em “atrair investimentos de qualidade”, proporcionados, sublinhou, pela política de incentivos fiscais, a livre transferência de fundos, a estabilidade laboral, social e política, bem como pela conectividade com outros países e outros mercados, como o lusófono e o europeu.
Hoje Macau SociedadeEmbratur vai propor ao Congresso brasileiro casinos como em Macau [dropcap]O[/dropcap] presidente da Embratur – Instituto Brasileiro do Turismo disse ontem em entrevista à Lusa que vai ser proposto ao Congresso a autorização de abertura de casinos em ‘resorts’ integrados como os de Macau e Singapura. Gilson Machado Neto disse que há várias “acções ambiciosas” que vão ser enviadas ao Congresso brasileiro ainda este ano, mas que há também uma proposta que está a ser alvo de análise: a abertura de casinos no Brasil. “Outra coisa que temos em mente é a liberalização de ‘clusters’ de resorts integrados como este [MGM, em Macau], de casino, no Brasil”, explicou. “No Brasil o casino ainda é proibido”, lembrou, pelo que é necessário garantir uma mudança legislativa para concretizar esta aposta na indústria do jogo e do lazer. “É esse modelo de Macau e de Singapura que nós estamos a estudar e vamos apresentar ao Congresso”, precisou Gilson Machado Neto. Em Macau, onde são esperados cerca de 40 milhões de visitantes este ano, o ministro do Turismo brasileiro já tinha feito questão de apontar, na segunda-feira, uma das apostas para impulsionar ainda mais o turismo e o financiamento privado: os casinos. “Quero lembrar que o [poder] legislativo no Brasil avalia regulamentar a operação de casinos em ‘resorts’ [integrados], abrindo grandes vias de investimento” no país, sublinhou Marcelo Álvaro António, à margem do Fórum de Economia de Turismo Global, que terminou ontem.
Andreia Sofia Silva SociedadeBolsa de Valores em Macau | Analistas alertam para problemas estruturais das empresas As autoridades de Macau desejam abrir uma bolsa de valores no território, mas analistas e economistas acreditam que não só as empresas não possuem a contabilidade organizada como faltam estruturas complementares e um quadro legal de suporte [dropcap]A[/dropcap] Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) demonstrou esta semana ter receios quanto à viabilidade de uma bolsa de valores no território, e as preocupações não são para menos. De acordo com dois economistas ouvidos pelo HM, e vários analistas ouvidos pelo South China Morning Post, Macau não tem dimensão ou estrutura suficiente para operar este tipo de entidade. Albano Martins, economista, disse ao HM que este é um assunto antigo, que nunca ganhou outros contornos porque o mercado financeiro de Macau não mudou. “Estive no gabinete de estudos da AMCM e durante muitos anos esse assunto foi debatido. Macau não tem condições do ponto de vista financeiro para ter bolsa de valores, porque cerca de 90 por cento das empresas não tem contabilidade organizada.” “Em termos fiscais, Macau é um bom sítio porque os impostos são baixos, mas não sei qual é a vantagem para o território em si. Porquê Macau e não uma outra cidade da China”, questionou Albano Martins, que alertou para as diferenças em termos de documentação legal. Outro economista, José Pãosinho, também acredita que “não faz sentido” a existência de uma bolsa de valores em Macau “pela estrutura das empresas existentes e as regulamentações”. Além da ausência de uma contabilidade organizada, o economista aponta que uma bolsa de valores “seria mau para a imagem de Macau, pois poderia tornar-se no centro de colocação de tudo o que fosse rejeitado em Hong Kong”. “Oiço esse tema desde 1988, quando cheguei ao território. Macau não tem dimensão suficiente, em termos de liquidez, para ter uma bolsa de valores, a não ser que fossem só os estrangeiros a recorrer a ela. Além disso, faltariam quadros técnicos.” De acordo com a edição de ontem do South China Morning Post (SCMP), a ideia seria abrir uma bolsa de valores do tipo Nasdaq que operaria em yuan, em regime offshore, e que teria como foco principal as empresas do ramo tecnológico que operam na zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. “Isso só seria viável se Macau fosse um sítio, e mais nada. Do ponto de vista das operações das empresas de Macau não vejo nada de especial. E porquê uma bolsa de tecnologia em Macau quando em Hong Kong as estruturas existem todas?”, questionou José Pãosinho. Diferenças abissais Há muito um mercado financeiro regulamentado e solidificado, Hong Kong tem actualmente 164 bancos licenciados, 70 deles com enorme presença internacional, como é o caso da Goldman Sachs, JP Morgan Chase ou Morgan Stanley, entre outros, sem esquecer as 600 empresas correctoras. Na China, as cidades de Shenzen e Xangai há muito que desempenham um importante papel como praças financeiras. Ouvido pelo SCMP, Kenny Ng, consultor para a área de segurança da empresa Everbright Sun Hung Kai, que opera na área financeira, acredita que uma bolsa de valores em Macau poderia entrar em choque com o projecto já existente em Shenzen. “Se a bolsa de valores de Macau se posicionar num mercado de estilo Nasdaq, vai sobrepor-se ao ChiNext e ao mercado de pequenas e médias empresas da bolsa de valores de Shenzen.” Clement Chan, director-geral de contas da consultora BDO, felicita o Governo de Macau por esta iniciativa, mas alerta para o facto de “uma operacionalização significativa de uma bolsa de valores necessitar de ser suportada por vários desenvolvimentos complementares na área legal, contabilística e financeira, só para nomear alguns”. Nesse sentido, “Macau tem um longo caminho a percorrer para estabelecer o essencial”. O facto de se propor uma bolsa de valores em yuan constitui outro obstáculo, defende Kenny Ng, pelo facto de ser uma moeda ainda pouco transaccionada por investidores internacionais, o que traria um impacto negativo ao projecto. No final de Agosto, Macau tinha depósitos em yuan, em regime offshore, na ordem dos 51.12 mil milhões, um valor que representa apenas sete por cento do montante registado em Hong Kong, na ordem dos 664 mil milhões de yuan. “Se os depósitos em yuan feitos em Macau fossem cambiados para dólares de Hong Kong, seriam suficientes para cobrir apenas metade de um dia de transacções na bolsa de valores de Hong Kong, que atingiu a média de 107.4 mil milhões de dólares, num só dia, em 2018”, lê-se no SCMP. Angela Leong expectante A deputada Angela Leong disse ao Jornal do Cidadão que está expectante face à possibilidade de vir a ser criada uma bolsa de valores em Macau a operar em renmimbi. A empresária, ligada à Sociedade de Jogos de Macau, espera que as autoridades do território possam desenvolver medidas que se articulem com as políticas nacionais, aproveitando o papel de Macau como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa e o seu lugar no projecto da Grande Baía.
Andreia Sofia Silva SociedadeBolsa de Valores em Macau | Analistas alertam para problemas estruturais das empresas As autoridades de Macau desejam abrir uma bolsa de valores no território, mas analistas e economistas acreditam que não só as empresas não possuem a contabilidade organizada como faltam estruturas complementares e um quadro legal de suporte [dropcap]A[/dropcap] Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) demonstrou esta semana ter receios quanto à viabilidade de uma bolsa de valores no território, e as preocupações não são para menos. De acordo com dois economistas ouvidos pelo HM, e vários analistas ouvidos pelo South China Morning Post, Macau não tem dimensão ou estrutura suficiente para operar este tipo de entidade. Albano Martins, economista, disse ao HM que este é um assunto antigo, que nunca ganhou outros contornos porque o mercado financeiro de Macau não mudou. “Estive no gabinete de estudos da AMCM e durante muitos anos esse assunto foi debatido. Macau não tem condições do ponto de vista financeiro para ter bolsa de valores, porque cerca de 90 por cento das empresas não tem contabilidade organizada.” “Em termos fiscais, Macau é um bom sítio porque os impostos são baixos, mas não sei qual é a vantagem para o território em si. Porquê Macau e não uma outra cidade da China”, questionou Albano Martins, que alertou para as diferenças em termos de documentação legal. Outro economista, José Pãosinho, também acredita que “não faz sentido” a existência de uma bolsa de valores em Macau “pela estrutura das empresas existentes e as regulamentações”. Além da ausência de uma contabilidade organizada, o economista aponta que uma bolsa de valores “seria mau para a imagem de Macau, pois poderia tornar-se no centro de colocação de tudo o que fosse rejeitado em Hong Kong”. “Oiço esse tema desde 1988, quando cheguei ao território. Macau não tem dimensão suficiente, em termos de liquidez, para ter uma bolsa de valores, a não ser que fossem só os estrangeiros a recorrer a ela. Além disso, faltariam quadros técnicos.” De acordo com a edição de ontem do South China Morning Post (SCMP), a ideia seria abrir uma bolsa de valores do tipo Nasdaq que operaria em yuan, em regime offshore, e que teria como foco principal as empresas do ramo tecnológico que operam na zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. “Isso só seria viável se Macau fosse um sítio, e mais nada. Do ponto de vista das operações das empresas de Macau não vejo nada de especial. E porquê uma bolsa de tecnologia em Macau quando em Hong Kong as estruturas existem todas?”, questionou José Pãosinho. Diferenças abissais Há muito um mercado financeiro regulamentado e solidificado, Hong Kong tem actualmente 164 bancos licenciados, 70 deles com enorme presença internacional, como é o caso da Goldman Sachs, JP Morgan Chase ou Morgan Stanley, entre outros, sem esquecer as 600 empresas correctoras. Na China, as cidades de Shenzen e Xangai há muito que desempenham um importante papel como praças financeiras. Ouvido pelo SCMP, Kenny Ng, consultor para a área de segurança da empresa Everbright Sun Hung Kai, que opera na área financeira, acredita que uma bolsa de valores em Macau poderia entrar em choque com o projecto já existente em Shenzen. “Se a bolsa de valores de Macau se posicionar num mercado de estilo Nasdaq, vai sobrepor-se ao ChiNext e ao mercado de pequenas e médias empresas da bolsa de valores de Shenzen.” Clement Chan, director-geral de contas da consultora BDO, felicita o Governo de Macau por esta iniciativa, mas alerta para o facto de “uma operacionalização significativa de uma bolsa de valores necessitar de ser suportada por vários desenvolvimentos complementares na área legal, contabilística e financeira, só para nomear alguns”. Nesse sentido, “Macau tem um longo caminho a percorrer para estabelecer o essencial”. O facto de se propor uma bolsa de valores em yuan constitui outro obstáculo, defende Kenny Ng, pelo facto de ser uma moeda ainda pouco transaccionada por investidores internacionais, o que traria um impacto negativo ao projecto. No final de Agosto, Macau tinha depósitos em yuan, em regime offshore, na ordem dos 51.12 mil milhões, um valor que representa apenas sete por cento do montante registado em Hong Kong, na ordem dos 664 mil milhões de yuan. “Se os depósitos em yuan feitos em Macau fossem cambiados para dólares de Hong Kong, seriam suficientes para cobrir apenas metade de um dia de transacções na bolsa de valores de Hong Kong, que atingiu a média de 107.4 mil milhões de dólares, num só dia, em 2018”, lê-se no SCMP. Angela Leong expectante A deputada Angela Leong disse ao Jornal do Cidadão que está expectante face à possibilidade de vir a ser criada uma bolsa de valores em Macau a operar em renmimbi. A empresária, ligada à Sociedade de Jogos de Macau, espera que as autoridades do território possam desenvolver medidas que se articulem com as políticas nacionais, aproveitando o papel de Macau como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa e o seu lugar no projecto da Grande Baía.
Hoje Macau SociedadeBurla | Falso perfil leva a roubo de 6 milhões [dropcap]U[/dropcap]ma mulher de apelido Kong terá sido burlada em seis milhões de renmimbis através do esquema da criação de uma conta falsa por parte de um homem oriundo da China. Ambos conheceram-se online, num website de encontros, tendo o homem revelado à vítima que trabalhava numa empresa de informática na área do desenvolvimento de software, tendo dito à mulher que poderia ficar rico tirando partido da vulnerabilidade do próprio website mas que, para isso, precisava de dinheiro. Entre os dias 14 e 17 de Setembro, a vítima fez várias transferências bancárias para o homem. Ambos combinaram encontrar-se em Hangzhou durante a Semana Dourada de Outubro, mas aí Kong percebeu que tinha sido enganada. As autoridades de Zhuhai explicaram que, nestes casos de burla, é comum o criminoso criar vários perfis falsos em websites de encontros, onde, depois de conquistar a confiança das vítimas, aborda-as no sentido de obter dinheiro para resolver um problema.
Hoje Macau SociedadeBurla | Falso perfil leva a roubo de 6 milhões [dropcap]U[/dropcap]ma mulher de apelido Kong terá sido burlada em seis milhões de renmimbis através do esquema da criação de uma conta falsa por parte de um homem oriundo da China. Ambos conheceram-se online, num website de encontros, tendo o homem revelado à vítima que trabalhava numa empresa de informática na área do desenvolvimento de software, tendo dito à mulher que poderia ficar rico tirando partido da vulnerabilidade do próprio website mas que, para isso, precisava de dinheiro. Entre os dias 14 e 17 de Setembro, a vítima fez várias transferências bancárias para o homem. Ambos combinaram encontrar-se em Hangzhou durante a Semana Dourada de Outubro, mas aí Kong percebeu que tinha sido enganada. As autoridades de Zhuhai explicaram que, nestes casos de burla, é comum o criminoso criar vários perfis falsos em websites de encontros, onde, depois de conquistar a confiança das vítimas, aborda-as no sentido de obter dinheiro para resolver um problema.
Hoje Macau SociedadeJogo | Pansy Ho diz que casinos no Brasil têm interesse para indústria de Macau A empresária Pansy Ho disse ontem que “a experiente indústria do jogo de Macau” veria com interesse um possível investimento no Brasil, caso o país opte pela abertura de casinos em ‘resorts’ [dropcap]A[/dropcap] multimilionária e accionista de referência da MGM China, Pansy Ho, vê com bons olhos a possibilidade de entrada no mercado brasileiro se o país do samba optar por abrir casinos em resorts. Pansy Ho frisou que não se pode esquecer que o Brasil “é uma das maiores economias da América Latina” e que o interesse dependerá sempre das condições futuras, de critérios e expectativas a serem definidos. “Os operadores e ‘resorts’ integrados de Macau têm obviamente experiência e ‘know how’”, pelo que um investimento nesta área seria sempre atractivo, tanto para os promotores do jogo no território, como outros espalhados pelo mundo, sublinhou aquela que é também embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU. Em conferência de imprensa, após a sessão inaugural do Fórum de Economia de Turismo Global (GTEF, na sigla em inglês), no qual o Brasil e a Argentina são convidados de honra, Pansy Ho ressalvou que não fez qualquer contacto directo com o Governo brasileiro, apesar de “esta situação ter sido levantada, como conceito”. A filha mais velha do magnata do jogo Stanley Ho afirmou que “se ou quando for promovida e divulgada mais informação junto das maiores operadoras” esse será certamente um cenário a avaliar, ainda que exija “conhecer mais sobre os critérios e expectativas”. Procura de privados O ministro do Turismo brasileiro, Marcelo Álvaro António, fez questão de apontar uma das apostas para impulsionar ainda mais o turismo e o financiamento privado: os casinos. “Quero lembrar que o [poder] legislativo no Brasil avalia regulamentar a operação de casinos em ‘resorts’ [integrados], abrindo grandes vias de investimento” no país, sublinhou o governante. “O ministério do Turismo já trabalha para um melhor aproveitamento do património mundial, cultural e natural”, na “expansão de cruzeiros marítimos pelo país”, no “maior programa mundial de concessões e privatizações” ao nível de acessibilidades, bem como na “criação de áreas especiais de interesse turístico, dotadas de regras diferenciadas de licenciamentos”, enumerou. O ministro defendeu ainda que estas áreas especiais de interesse turístico podem transformar-se “em grandes pólos de actividades económicas, a partir da implantação de empreendimentos, hotéis e parques temáticos”. O vice-Presidente do Brasil afirmou também que quer mais privados a apostarem na indústria turística. “O nosso Governo está a focar-se no sector privado e a tomar medidas para desenvolver a indústria [turística]”, através do “investimento em infraestruturas aeroportuárias e novas tecnologias”, exemplificou o vice-Presidente brasileiro, Hamilton Mourão, numa mensagem vídeo exibida ontem.
Hoje Macau SociedadeJogo | Pansy Ho diz que casinos no Brasil têm interesse para indústria de Macau A empresária Pansy Ho disse ontem que “a experiente indústria do jogo de Macau” veria com interesse um possível investimento no Brasil, caso o país opte pela abertura de casinos em ‘resorts’ [dropcap]A[/dropcap] multimilionária e accionista de referência da MGM China, Pansy Ho, vê com bons olhos a possibilidade de entrada no mercado brasileiro se o país do samba optar por abrir casinos em resorts. Pansy Ho frisou que não se pode esquecer que o Brasil “é uma das maiores economias da América Latina” e que o interesse dependerá sempre das condições futuras, de critérios e expectativas a serem definidos. “Os operadores e ‘resorts’ integrados de Macau têm obviamente experiência e ‘know how’”, pelo que um investimento nesta área seria sempre atractivo, tanto para os promotores do jogo no território, como outros espalhados pelo mundo, sublinhou aquela que é também embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU. Em conferência de imprensa, após a sessão inaugural do Fórum de Economia de Turismo Global (GTEF, na sigla em inglês), no qual o Brasil e a Argentina são convidados de honra, Pansy Ho ressalvou que não fez qualquer contacto directo com o Governo brasileiro, apesar de “esta situação ter sido levantada, como conceito”. A filha mais velha do magnata do jogo Stanley Ho afirmou que “se ou quando for promovida e divulgada mais informação junto das maiores operadoras” esse será certamente um cenário a avaliar, ainda que exija “conhecer mais sobre os critérios e expectativas”. Procura de privados O ministro do Turismo brasileiro, Marcelo Álvaro António, fez questão de apontar uma das apostas para impulsionar ainda mais o turismo e o financiamento privado: os casinos. “Quero lembrar que o [poder] legislativo no Brasil avalia regulamentar a operação de casinos em ‘resorts’ [integrados], abrindo grandes vias de investimento” no país, sublinhou o governante. “O ministério do Turismo já trabalha para um melhor aproveitamento do património mundial, cultural e natural”, na “expansão de cruzeiros marítimos pelo país”, no “maior programa mundial de concessões e privatizações” ao nível de acessibilidades, bem como na “criação de áreas especiais de interesse turístico, dotadas de regras diferenciadas de licenciamentos”, enumerou. O ministro defendeu ainda que estas áreas especiais de interesse turístico podem transformar-se “em grandes pólos de actividades económicas, a partir da implantação de empreendimentos, hotéis e parques temáticos”. O vice-Presidente do Brasil afirmou também que quer mais privados a apostarem na indústria turística. “O nosso Governo está a focar-se no sector privado e a tomar medidas para desenvolver a indústria [turística]”, através do “investimento em infraestruturas aeroportuárias e novas tecnologias”, exemplificou o vice-Presidente brasileiro, Hamilton Mourão, numa mensagem vídeo exibida ontem.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEPM | Iluminação leva à suspensão da planta de condições urbanísticas A aprovação da planta de condições urbanísticas para a expansão da Escola Portuguesa de Macau ficou suspensa, devido a dúvidas relacionadas com a luz natural do actual ginásio. As preocupações foram levadas ao Conselho do Planeamento Urbanístico pelo arquitecto Rui Leão [dropcap]O[/dropcap] processo de aprovação da planta de condições urbanísticas da Escola Portuguesa de Macau (EPM) foi suspenso devido às dúvidas levantadas no Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) pelo arquitecto Rui Leão. Na reunião de ontem, o membro do Conselho focou a perda de luz natural no ginásio com as futuras obras. Em causa está a construção de um edifício em altura na zona onde fica actualmente o campo exterior e que terá 1,5 metros de distância para o edifício vizinho, situado na Travessa do Comandante Mata e Oliveira. “A minha preocupação é com a distância de metro e meio face ao edifício existente, no lado longitudinal do ginásio, que é uma das fachadas que ilumina o ginásio. Se o novo edifício for todo encostado, o ginásio vai deixar de ter luz natural”, defendeu Rui Leão. “A distância exigida não devia de ser de metro e meio, devia haver um estudo para que a distância de separação permitisse manter a luz natural”, acrescentou. O arquitecto admitiu que a questão está longe de ser simples e que uma maior distância significa que o futuro edifício em altura vai perder área utilizável. Porém, caso a distância de 1,5 metros seja mantida, Leão defende que o ginásio vai passar a funcionar sempre com luz artificial. Em relação a esta questão, o técnico das Obras Pública presente na reunião explicou que a exigência de 1,5 metros tem como objectivo proteger os edifícios vizinhos, e que não tem em consideração o impacto para os outros espaços do EPM. O mesmo técnico defendeu ainda que as exigências cumprem a lei, mas que “o proprietário pode deixar uma distância maior, se quiser”. Rui Leão não se mostrou muito satisfeito com a resposta, porque considerou que as políticas de planeamento exigem que as Obras Públicas e o Instituto Cultural nos seus pareceres complementem situações omissas à luz da lei. “Quando há situações em que o regulamento geral ou o código civil são omissos ou insuficientes […] a expectativa é que as Obras Públicas e o Instituto Cultural tenham consciência face à iluminação do espaço. Será que pode haver um recuo do edifício para aumentar a distância de 1,5 metros? É que eu acho que esta situação nem assegura os mínimos”, apontou. “O nosso melhor” Na ausência de respostas técnicas às dúvidas de Rui Leão, Li Canfeng, director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), pediu que o processo fosse suspenso. “Sei que se trata de uma escola e todos gostaríamos de fazer o nosso melhor […] Vamos falar com as Obras Públicas para uma análise futura”, decidiu. Após a reunião, Li Canfeng falou sobre a decisão: “Na verdade, a distância de 1,5 metros reúne as condições previstas na lei. Mas espero que os colegas dos nossos serviços ponderem se é possível alargar a distância e criar melhores condições para o design da construção”, afirmou. Li admitiu ainda a hipótese de a planta de condições urbanísticas voltar a ser discutida este ano, na próxima reunião do CPU, mas frisou que esse processo vai estar dependente das conclusões da nova análise das DSSOPT. O representante do Governo afirmou ainda que o projecto não deverá sofrer grande alterações. “Acho que não haverá um grande problema, porque também não vamos exigir ao proprietário que mantenha uma distância de 2,5 metros. Mas devemos ter certas protecções”, concluiu. O autor do projecto da expansão da EPM é o arquitecto Carlos Marreiros, que esteve incontactável durante o dia de ontem. Porém, em Julho deste ano, Marreiros garantiu que o projecto vai ter “espaços abertos redefinidos e desenhados de forma distinta” e recusou uma “ocupação maciça” do local com o novo bloco. O HM entrou igualmente em contacto com o director da EPM, Manuel Peres Machado, que remeteu uma posição sobre o assunto para o Conselho de Administração. À hora do fecho da edição, o HM não conseguiu entrar em contacto com nenhum dos membros do conselho.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEPM | Iluminação leva à suspensão da planta de condições urbanísticas A aprovação da planta de condições urbanísticas para a expansão da Escola Portuguesa de Macau ficou suspensa, devido a dúvidas relacionadas com a luz natural do actual ginásio. As preocupações foram levadas ao Conselho do Planeamento Urbanístico pelo arquitecto Rui Leão [dropcap]O[/dropcap] processo de aprovação da planta de condições urbanísticas da Escola Portuguesa de Macau (EPM) foi suspenso devido às dúvidas levantadas no Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) pelo arquitecto Rui Leão. Na reunião de ontem, o membro do Conselho focou a perda de luz natural no ginásio com as futuras obras. Em causa está a construção de um edifício em altura na zona onde fica actualmente o campo exterior e que terá 1,5 metros de distância para o edifício vizinho, situado na Travessa do Comandante Mata e Oliveira. “A minha preocupação é com a distância de metro e meio face ao edifício existente, no lado longitudinal do ginásio, que é uma das fachadas que ilumina o ginásio. Se o novo edifício for todo encostado, o ginásio vai deixar de ter luz natural”, defendeu Rui Leão. “A distância exigida não devia de ser de metro e meio, devia haver um estudo para que a distância de separação permitisse manter a luz natural”, acrescentou. O arquitecto admitiu que a questão está longe de ser simples e que uma maior distância significa que o futuro edifício em altura vai perder área utilizável. Porém, caso a distância de 1,5 metros seja mantida, Leão defende que o ginásio vai passar a funcionar sempre com luz artificial. Em relação a esta questão, o técnico das Obras Pública presente na reunião explicou que a exigência de 1,5 metros tem como objectivo proteger os edifícios vizinhos, e que não tem em consideração o impacto para os outros espaços do EPM. O mesmo técnico defendeu ainda que as exigências cumprem a lei, mas que “o proprietário pode deixar uma distância maior, se quiser”. Rui Leão não se mostrou muito satisfeito com a resposta, porque considerou que as políticas de planeamento exigem que as Obras Públicas e o Instituto Cultural nos seus pareceres complementem situações omissas à luz da lei. “Quando há situações em que o regulamento geral ou o código civil são omissos ou insuficientes […] a expectativa é que as Obras Públicas e o Instituto Cultural tenham consciência face à iluminação do espaço. Será que pode haver um recuo do edifício para aumentar a distância de 1,5 metros? É que eu acho que esta situação nem assegura os mínimos”, apontou. “O nosso melhor” Na ausência de respostas técnicas às dúvidas de Rui Leão, Li Canfeng, director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), pediu que o processo fosse suspenso. “Sei que se trata de uma escola e todos gostaríamos de fazer o nosso melhor […] Vamos falar com as Obras Públicas para uma análise futura”, decidiu. Após a reunião, Li Canfeng falou sobre a decisão: “Na verdade, a distância de 1,5 metros reúne as condições previstas na lei. Mas espero que os colegas dos nossos serviços ponderem se é possível alargar a distância e criar melhores condições para o design da construção”, afirmou. Li admitiu ainda a hipótese de a planta de condições urbanísticas voltar a ser discutida este ano, na próxima reunião do CPU, mas frisou que esse processo vai estar dependente das conclusões da nova análise das DSSOPT. O representante do Governo afirmou ainda que o projecto não deverá sofrer grande alterações. “Acho que não haverá um grande problema, porque também não vamos exigir ao proprietário que mantenha uma distância de 2,5 metros. Mas devemos ter certas protecções”, concluiu. O autor do projecto da expansão da EPM é o arquitecto Carlos Marreiros, que esteve incontactável durante o dia de ontem. Porém, em Julho deste ano, Marreiros garantiu que o projecto vai ter “espaços abertos redefinidos e desenhados de forma distinta” e recusou uma “ocupação maciça” do local com o novo bloco. O HM entrou igualmente em contacto com o director da EPM, Manuel Peres Machado, que remeteu uma posição sobre o assunto para o Conselho de Administração. À hora do fecho da edição, o HM não conseguiu entrar em contacto com nenhum dos membros do conselho.
Hoje Macau SociedadeFronteira | Mais uma advogada de Winnie Ho impedida de entrar em Macau Uma ex-colaboradora da irmã do magnata do jogo Stanley Ho, com ligações ao campo pró-democracia de Hong Kong, foi impedida na quinta-feira de entrar em Macau, decisão que o seu advogado classificou de discricionária [dropcap]É[/dropcap] uma medida muito discricionária. Nunca vamos saber qual a razão verdadeira, nem conseguimos obrigar a Administração a revelar”, afirmou à Lusa José Abecasis, que acrescentou existir a possibilidade de “reagir contra” a decisão. A notícia foi avançada pela Rádio Macau, depois de Donna Yau ter publicado na rede social Facebook uma imagem da notificação de recusa de entrada em Macau, após três horas retida no terminal marítimo. “Porquê eu”, questionou no breve texto que acompanha a fotografia do documento oficial. De acordo com a nota, foi-lhe negada a entrada “por existirem fortes referências em como pretendia entrar na RAEM para a prática de actos que pela sua natureza podiam pôr em risco a segurança ou ordem públicas”. “Não deram razão nenhuma”, afirmou José Abecasis sobre a decisão das autoridades de Macau. “Deve estar numa lista qualquer”, disse o advogado, admitindo que “pode ter a ver com ligações a Albert Ho”, antigo presidente do Partido Democrático de Hong Kong, já que Donna Yau “não é política e não é conhecida como uma activista” na RAEM. Déjà vu No final do mês passado, Albert Ho foi impedido de entrar em Macau, pelas mesmas razões apresentadas à empresária, uma decisão que o ex-deputado assumiu, à data, ser “obviamente política”. Donna Yau era a representante legal da falecida empresária Winnie Ho, irmã do magnata do jogo Stanley Ho, mas continua a administrar algumas empresas de Winnie, que morreu no ano passado. De acordo com a Macau News Agency, Donna Yau já prestou assistência jurídica a alguns activistas pró-democracia em Hong Kong e apoiou, em 2015, uma petição assinada por membros da Ordem dos Advogados e da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo do território vizinho contra a repressão exercida pela China sobre advogados e activistas dos direitos humanos. Na sequência da recusa de entrada a Albert Ho, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, negou a existência de uma ‘lista negra’, mas salientou que “as autoridades têm a responsabilidade de salvaguardar a segurança, a estabilidade e paz do território, sendo esses pressupostos do desenvolvimento e prosperidade local”. E reiterou que os casos de recusa de entrada no território são “uma decisão das autoridades policiais, baseada em critérios objectivos e em análise de factos”, de acordo com um comunicado publicado em 29 de Setembro.
Hoje Macau SociedadeFronteira | Mais uma advogada de Winnie Ho impedida de entrar em Macau Uma ex-colaboradora da irmã do magnata do jogo Stanley Ho, com ligações ao campo pró-democracia de Hong Kong, foi impedida na quinta-feira de entrar em Macau, decisão que o seu advogado classificou de discricionária [dropcap]É[/dropcap] uma medida muito discricionária. Nunca vamos saber qual a razão verdadeira, nem conseguimos obrigar a Administração a revelar”, afirmou à Lusa José Abecasis, que acrescentou existir a possibilidade de “reagir contra” a decisão. A notícia foi avançada pela Rádio Macau, depois de Donna Yau ter publicado na rede social Facebook uma imagem da notificação de recusa de entrada em Macau, após três horas retida no terminal marítimo. “Porquê eu”, questionou no breve texto que acompanha a fotografia do documento oficial. De acordo com a nota, foi-lhe negada a entrada “por existirem fortes referências em como pretendia entrar na RAEM para a prática de actos que pela sua natureza podiam pôr em risco a segurança ou ordem públicas”. “Não deram razão nenhuma”, afirmou José Abecasis sobre a decisão das autoridades de Macau. “Deve estar numa lista qualquer”, disse o advogado, admitindo que “pode ter a ver com ligações a Albert Ho”, antigo presidente do Partido Democrático de Hong Kong, já que Donna Yau “não é política e não é conhecida como uma activista” na RAEM. Déjà vu No final do mês passado, Albert Ho foi impedido de entrar em Macau, pelas mesmas razões apresentadas à empresária, uma decisão que o ex-deputado assumiu, à data, ser “obviamente política”. Donna Yau era a representante legal da falecida empresária Winnie Ho, irmã do magnata do jogo Stanley Ho, mas continua a administrar algumas empresas de Winnie, que morreu no ano passado. De acordo com a Macau News Agency, Donna Yau já prestou assistência jurídica a alguns activistas pró-democracia em Hong Kong e apoiou, em 2015, uma petição assinada por membros da Ordem dos Advogados e da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo do território vizinho contra a repressão exercida pela China sobre advogados e activistas dos direitos humanos. Na sequência da recusa de entrada a Albert Ho, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, negou a existência de uma ‘lista negra’, mas salientou que “as autoridades têm a responsabilidade de salvaguardar a segurança, a estabilidade e paz do território, sendo esses pressupostos do desenvolvimento e prosperidade local”. E reiterou que os casos de recusa de entrada no território são “uma decisão das autoridades policiais, baseada em critérios objectivos e em análise de factos”, de acordo com um comunicado publicado em 29 de Setembro.