Covid-19 | Macau ultrapassou pico de infecções

As infecções de covid-19 têm vindo a diminuir progressivamente desde meio de Março, quando foi atingido o pico, mas os Serviços de Saúde alertam que o coronavírus ainda continua activo no território. As autoridades acrescentam que este ano não se registaram mortes resultantes da covid-19

 

Enquanto nas regiões vizinhas de Macau os casos de infecção de covid-19 continuam a aumentar, por cá as taxas de infecção têm vindo a descer gradualmente desde meio de Março, indicaram os Serviços de Saúde num comunicado divulgado na noite de terça-feira.

As autoridades acrescentam que apesar de a RAEM ter ultrapassado o ponto mais crítico de infecções de covid-19, o coronavírus continua activo no território. Como tal, apelam ao cuidado e à adoptação de atitudes preventivas, em especial entre grupos de risco, como idosos, pacientes de doenças crónicas e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, nomeadamente tomando a vacinação completa contra a variante JN.1.

Em relação à evolução das taxas de infecção em Macau e nas regiões vizinhas, a entidade liderada por Alvis Lo explica que Macau entrou no pico infeccioso antes das zonas circundantes.

De acordo com os dados de monitorização laboratorial, a taxa de positividade do novo coronavírus detectada nos doentes com sintomas de gripe em Macau começou a aumentar no final de Fevereiro deste ano, atingindo o pico em meados de Março. Na semana entre 16 e 22 de Março, as autoridades registarm uma taxa de positividade de 44,3 por cento, valor que foi diminuindo a partir daí.

Nas últimas três semanas, a taxa de positividade desceu para 12 por cento, subiu para 17 por cento e depois voltou a descer para 11 por cento, “o que indica uma ligeira recuperação”, concluíram os Serviços de Saúde.

Anda aí

No que diz respeito a infecções colectivas que resultam em sintomas semelhantes à gripe, entre o início do ano e esta semana foram registados 111 casos, dos quais 26 eram de covid-19, detectados principalmente em lares de idosos. Nestes casos, as autoridades garantem ter prestados serviços médicos adequados a lares de idosos, prescrevendo medicamentos antivirais.

Ao longo deste ano, até agora, Macau não registou nenhum caso crítico ou fatal causado por infecção de covid-19, é indicado. A variante do coronavírus prevalente em Macau actualmente é a variante XDV relacionada com a JN.1, que é basicamente a mesma que circula nas áreas circundantes. Os dados mais recentes não mostram que a XDV cause doenças mais graves do que a JN.1, a XBB e as suas linhagens descendentes.

Como tal, os Serviços de Saúde asseguram que a vacina contra a variante JN.1 continua a ser eficaz para reduzir “risco de infecção e desenvolvimento de doenças graves causadas pela variante actualmente prevalente.

15 Mai 2025

Habitação | Rendas aumentam 0,4% no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses do ano, as rendas de habitação registaram um aumento de 0,4 por cento, face ao período entre Outubro e Dezembro, de acordo com “estatísticas das rendas referentes ao primeiro trimestre de 2025”, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Os maiores aumentos ocorreram na Baixa da Taipa, onde se registou um crescimento de 1,1 por cento, para uma renda média por metro quadrado de 140 patacas, na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE), com as rendas a crescerem 0,8 por cento, para 120 patacas por metro quadrado, e no NAPE e Aterros da Baía da Praia Grande, onde as rendas subiram 0,7 por cento, para uma média de 144 patacas por metro quadrado.

À excepção das rendas da habitação, a DSEC aponta que todos os outros espaços apresentaram reduções, entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro de 2025.

Em relação às rendas das lojas, os dados mais recentes mostram uma redução de 0,9 por cento, para uma renda mensal de 485 patacas por metro quadrado. A renda média dos espaços utilizados como escritórios teve uma diminuição de 1,3 por cento para 290 patacas por metro quadrado. Finalmente, as rendas médias dos edifícios industriais caíram cerca de 0,2 por cento, para um preço médio de 123 patacas por metro quadrado.

15 Mai 2025

BNU | Lucros de 133,2 milhões no primeiro trimestre

Os resultados positivos mostram uma redução de 30 milhões de patacas em comparação com primeiro trimestre do ano passado. A redução da margem líquida financeira foi o principal factor a contribuir para a diminuição dos ganhos

 

Nos primeiros três meses do ano, o Banco Nacional Ultramarino apresentou um lucro, não auditado, de 133,2 milhões de patacas, de acordo com um comunicado emitido ontem. O valor representa uma redução de 30 milhões de patacas, ou 18,4 por cento, em comparação com o primeiro trimestre de 2024, quando o lucro tinha atingido 163,2 milhões de patacas.

Apesar da redução dos lucros, o valor ainda está acima dos níveis de 2023, quando a instituição declarou um lucro para o primeiro trimestre de 122,4 milhões de patacas. Os valores apresentados ontem estão também próximos do que acontecia em 2019, o último ano antes da pandemia, quando os lucros no primeiro no primeiro trimestre chegaram aos 138 milhões de patacas.

Os resultados mais recentes foram explicados com uma diminuição da margem financeira líquida, que apresentou uma redução de 31,2 milhões de patacas, ou 11,8 por cento, em comparação com o período homólogo. Entre os factos que contribuíram para esta alteração, a instituição apontou as “alterações na composição dos depósitos e à evolução das taxas de juro de referência”.

Contudo, houve áreas onde o banco conseguiu obter melhores resultados, como aconteceu com as comissões líquidas, área onde foi gerado um aumento dos ganhos de 3,8 milhões de patacas, o equivalente a 18,1 por cento. O aumento foi explicado com “uma maior actividade económica e um maior envolvimento dos clientes”.

Malparado a pesar

No primeiro trimestre deste ano, as perdas por imparidade relacionadas com exposições de crédito, o crédito malparado, e com investimentos financeiros aumentaram para 5,4 milhões de patacas, face ao valor de 1,3 milhões de patacas no primeiro trimestre de 2024. De acordo com o BNU, este aumento teve em conta as “práticas prudentes de provisionamento”. “Apesar deste aumento, a qualidade dos activos do BNU mantém-se sólida, suportada por práticas de crédito conservadoras e por um robusto nível de provisões para responder às incertezas macroeconómicas em curso”, foi garantido.

Ao mesmo tempo, as despesas operacionais registaram um aumento de 1,1 por cento em termos homólogos, o que de acordo com a instituição mostrou “a eficácia das iniciativas de optimização de custos do Banco”. “Os ganhos de eficiência decorrentes da simplificação de processos e da revisão estratégica da oferta de serviços ajudaram a compensar os investimentos acrescidos em transformação digital, desenvolvimento de talentos e reforço da marca”, foi considerado.

No ano passado, a instituição liderada por Carlos Cid Álvares encerrou o ano com um lucro de 585,1 milhões de patacas.

15 Mai 2025

IAS | Número de famílias apoiadas sobe para valor mais alto desde 2020

Apesar de o valor do limiar da pobreza em Macau não ser actualizado há quase cinco anos, o número de famílias apoiadas no âmbito do Programa de Inclusão e Harmonia na Comunidade voltou a ultrapassar estes mês a barreira das 5.500. O registo de Maio representou um crescimento anual de quase 13 por cento

 

O número de famílias monoparentais, com pessoas portadoras de deficiência, ou com doentes crónicos que vai receber o subsídio especial de Maio do Programa de Inclusão e Harmonia na Comunidade subiu para 5.540. Com um crescimento de 12,9 por cento face a igual período do ano passado, este é o valor mais alto, pelo menos desde 2020, de acordo com o Instituto de Acção Social (IAS). Este programa destinar-se a “aliviar a pressão de vida” das famílias monoparentais, com pessoas com deficiência ou com doentes crónicos consideradas “em situação vulnerável”.

No ano passado, o número de famílias aprovads para receber o apoio de Maio para fazer face à pobreza tinha sido de 4.905, uma redução face a 2023, quando o número de famílias auxiliadas tinha sido de 4.049. Desde 2021 que o número de famílias que reúnem condições para aceder a este apoio não ultrapassava as 5.000, ano que que totalizaram 5.043. No entanto, o valor mais elevado dos anos recentes foi registado em 2020, durante a pandemia, quando um total de 5.503 famílias foram apoiadas.

O Programa de Inclusão e Harmonia na Comunidade prevê a distribuição de dois apoios, um em Maio e outro em Outubro, que são acedidos através de candidaturas aprovadas pelo IAS. Importa referir que os dados apresentados apenas têm apenas em consideração a distribuição do apoio nos meses de Maio dos anos anteriores.

Tendências naturais

Entre as 5.540 famílias subsidiadas conta-se um total de 1.300 agregados familiares que recebem igualmente o subsídio para pessoas em situação de carência económica.

Estas famílias são as mais pobres do território, cujos rendimentos mensais ficam abaixo do que é considerado o limiar do risco social de pobreza. Esse patamar representa rendimentos de 4.350 patacas por mês, no caso de um único indivíduo, sobe para 7.990 patacas por mês em agregados familiares com duas pessoas, 11.020 patacas, em famílias com três pessoas, 13.390 patacas com quatro pessoas, 15.120 patacas quando o agregado é constituído por cinco pessoas, subindo progressivamente até 20.270 patacas para agregados com oito ou mais membros. Estes números não sofrem qualquer alteração desde 2019, no primeiro mês do mandato de Ho Iat Seng, pelo que não têm em conta a inflação dos anos posteriores, o que faz que com face a estes montantes o poder de compra seja actualmente inferior ao de Dezembro de 2019.

Em relação às famílias com rendimentos abaixo do risco social de pobreza, o número de apoios tem vindo a cair todos os anos desde 2020. Nesse ano, havia 1.618 agregados a receber o subsídio de Maio do Programa de Inclusão e Harmonia na Comunidade, valor que foi reduzido para 1.576, em 2021, depois para 1.486 em 2022, 1.385, em 2023, 1.308 no ano passado, até chegar a 1.300 famílias este ano.

Menos não é mais

O aumento do número das famílias apoiadas explica-se com o crescimento dos agregados familiares com rendimentos mensais acima do risco social de pobreza, mas inferiores aos limites máximos para estes apoios. Para agregados com mais de uma pessoa, o limite máximo dos rendimentos mensais para aceder a este apoio é de 7.830 patacas, sobe para 13.983 patacas por mês nos agregados com duas pessoas, 18.737 patacas em famílias com três membros, 22.094 patacas em agregados com quatro membros, 24.192 patacas em famílias com cinco membros. O valor sobe progressivamente até chegar ao limite de 29.392 patacas por mês, quando as famílias têm oito ou mais membros.

Em 2020, o número de famílias nestas condições era de 3.885, mas caiu para 3.467 em 2021 e para 3.125 em 2022, o valor mais baixo desde 2020. Contudo, desde esse ano o número de famílias neste intervalo de rendimentos aumentou para 4.240. Este é um aumento de 335 famílias face ao primeiro ano da pandemia.

Apoios de 22,55 milhões

O Programa de Inclusão e Harmonia na Comunidade prevê a distribuição de um total de 22,55 milhões de patacas em Maio deste ano, o valor mais alto desde 2020, quando foram distribuídos 23,67 milhões de patacas.

O programa prevê a distribuição de apoios que variam entre 2.650 patacas, para agregados familiares com uma única pessoa, e 10.100 patacas, quando o agregado é constituído por oito ou mais membros, pelo que um aumento do número de famílias apoiadas, não tem de reflectir necessariamente um aumento do total dos apoios distribuídos.

Este apoio é distribuído destina-se às famílias monoparentais com filhos em jardins-de-infância, na escola primária, secundário ou no ensino superior; assim como aos agregados familiares com membros com doenças crónicas ou deficiências que não estejam internadas em lares públicos ou subsidiados pelo Governo ou nos estabelecimentos médicos dependentes nos Serviços de Saúde.

15 Mai 2025

Joey Lao pede mais acção no desenvolvimento de Hengqin

O tempo para a complacência e atitude passiva e meramente observadora chegou ao fim. É assim que o presidente da Associação Económica de Macau, Joey Lao, vê a forma como o Executivo da RAEM encara Hengqin e a zona de cooperação aprofundada.

O ex-deputado e economista defende que o Governo de Macau tem de ultrapassar a atitude “observadora” relativamente aos assuntos relacionados com Hengqin e participar activamente na governação nacional, tratando o desenvolvimento da zona de cooperação aprofundada como se estivesse a construir a sua própria casa.

A ideia consta de um artigo de opinião assinado pelo ex-deputado e publicado ontem no jornal Ou Mun, na sequência da visita de inspecção a Macau do director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, que terminou ontem.

Durante a passagem por Macau, o representante do Partido Comunista da China sublinhou que o Governo da RAEM deve encarar o desenvolvimento de Hengqin como um assunto seu, como uma prioridade de política local.

Joey Lao apontou que Macau tem de quebrar barreiras sistemáticas, promover vantagens complementares e procurar a integração com a Ilha da Montanha, de forma a criar um novo espaço que impulsione o forte desenvolvimento de Macau.

O ex-deputado recordou que durante a visita do presidente Xi a Hengqin no final do ano passado, o líder chinês salientou a necessidade de serem atingidos resultados substantivos da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin a nível da diversificação económica da RAEM e da qualidade de vida e conveniência dos residentes que vivem e/ou trabalham em Hengqin.

Por outro lado

Face à complexa conjuntura internacional, Joey Lao considera que Macau deve adoptar uma perspectiva mais ampla e a longo-prazo. “A RAEM e todos os sectores da sociedade precisam de reforçar a consciência de defesa do país, do amor a Macau e de estar preparada para enfrentar perigos”, indica o antigo legislador sem especificar.

O economista abordou ainda aquilo a que chama de “contradições profundas na economia” e na capacidade industrial de Macau, referindo que subsistem há muito tempo sem resolução, tornando incontornáveis os desafios e riscos ao nível do desenvolvimento económico. Situações que não podem ser ignoradas.

Ainda sobre a ideia de Macau encarar Hengqin como a sua própria casa, Au Kam San partilhou no Facebook uma opinião discordante da proferida por Xia Baolong. O ex-deputado entende que para Macau tratar o desenvolvimento de Hengqin como um assunto local, da sua esfera própria, a Ilha da Montanha deveria ser cedida totalmente à RAEM.

Au Kam San exemplificou as assimetrias com o facto de o Produto Interno Bruto de Hengqin não ter qualquer relação com Macau, assim como as receitas fiscais apurados do outro lado da fronteira, onde não é possível oferecer empregos a residentes de Macau com salários que correspondam aos padrões de vida da RAEM.

O ex-deputado alerta ainda para a possibilidade de Macau vir a sofrer economicamente, sem capacidade para se diversificar, se aplicar demasiados investimentos em Hengqin, descurando a economia local.

13 Mai 2025

Macau mantém envio de encomendas por via aérea para Estados Unidos

A directora dos Correios de Macau disse ontem à Lusa que, ao contrário da vizinha Hong Kong, a região manteve o envio de encomendas para os Estados Unidos (EUA), mas apenas por via aérea. Em 02 de Maio, o Governo norte-americano eliminou a isenção de direitos aduaneiros sobre pequenas encomendas da China continental e de Hong Kong, como as enviadas pelos gigantes do comércio electrónico Shein e Temu.

“Na prática, agora Macau não está incluído e o correio [que] vai para os Estados Unidos está andando, excepto por via marítima. O resto, nós mantemos normal”, disse Derby Lau Wai Meng. A directora dos Serviços dos Correios e Telecomunicações (CTT) explicou que o envio de quaisquer mercadorias, por via marítima, de Macau para os EUA, implica uma passagem por Hong Kong, um dos portos mais movimentados do mundo.

Ou seja, sobra apenas a hipótese do envio de encomendas por via aérea, confirmou Derby Lau. “Este caso é algo sensível”, admitiu a dirigente. “Eu acho que é melhor não falar [deste assunto], porque o melhor é que não se lembrem de nós”, acrescentou.

Trump em acção

O fim da isenção de direitos aduaneiros sobre pequenas encomendas da China continental e de Hong Kong surgiu numa ordem executiva, assinada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 02 de Abril.

O documento pedia ao secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, que apresentasse um relatório, no prazo de 90 dias, sobre se o fim da isenção também deveria abranger Macau, “para evitar a fuga a estas medidas”.

Em 16 de Abril, os correios de Hong Kong anunciaram a suspensão do envio de encomendas para os Estados Unidos, em resposta à imposição, “de forma abusiva”, de tarifas pelas autoridades norte-americanas.

Um decreto presidencial emitido por Donald Trump, ainda no primeiro mandato, em 2020, eliminou o tratamento preferencial concedido a Hong Kong. A antiga colónia britânica é, por isso, igualmente afectada pela sobretaxa de 145 por cento imposta à China.

O principal responsável do Partido Comunista Chinês para os assuntos de Hong Kong e Macau e os líderes dos governos das duas regiões acusaram, em meados de Abril, os Estados Unidos de impor tarifas para sabotar a China.

O líder do executivo de Macau, Sam Hou Fai, criticou os Estados Unidos pela “imposição abusiva de impostos aduaneiros a todos os seus parceiros comerciais”, incluindo a China, “sob vários pretextos”. Ontem, o representante para o Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou que Washington e Pequim vão suspender a maioria dos direitos aduaneiros e negociar durante 90 dias.

Nas negociações realizadas em Genebra, os Estados Unidos e a China acordaram em reduzir em 115 pontos percentuais os direitos aduaneiros recíprocos impostos um ao outro, passando as importações chinesas a pagar um direito aduaneiro de 30 por cento, enquanto os produtos americanos vão pagar um direito aduaneiro de 10 por cento.

13 Mai 2025

Melco | Plano de “Emprego + Formação” oferece 30 vagas

Abrem hoje as inscrições para mais um plano específico de “Emprego + Formação” lançado pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e, desta vez, pela Melco Resorts & Entertainment, que irá disponibilizar 30 vagas para funções as de “embaixador de entretenimento”.

Segundo um comunicado divulgado ontem pela DSAL, o plano segue o regime de “primeiro contratação, depois formação”, “facultando formações em todas as vertentes e oportunidades de desenvolvimento profissional aos residentes de Macau que estejam interessados em exercer actividades de entretenimento não relacionados com o jogo”.

Os candidatos admitidos vão participar em acções de formação, organizadas pela Melco, ao longo de um ano e meio, que incluem uma parte prática e contexto real de trabalho. A formação irá apetrechar os candidatos de “conhecimentos de actividades nos teatros e em outros estabelecimentos de lazer” e capacitá-los para darem resposta imediata a “incidentes de segurança e gestão de controlo de crises”.

As inscrições encerram a 20 de Maio, daqui a uma semana. Para o dia 27 de Maio, está planeada uma palestra e serão realizadas as entrevistas aos candidatos.

13 Mai 2025

Igreja | Estabilidade nas comunidades cristãs locais

Robert Francis Prevost foi escolhido há dias como o novo líder da Igreja Católica, tendo adoptado o nome de Leão XIV. O HM ouviu dois analistas sobre eventuais impactos no funcionamento das dioceses em Macau e Hong Kong e o que se espera é continuidade e estabilidade, tal como um relacionamento pacífico com Pequim

 

Durou apenas dois dias a escolha de um novo papa, depois da morte de Francisco. Leão XIV, nascido Robert Francisc Prevost em Chicago, EUA, foi a escolha dos cardeais do conclave do Vaticano. O HM falou com dois analistas para tentar perceber eventuais impactos ou mudanças no funcionamento da Igreja Católica nas dioceses de Macau e Hong Kong, mas o rumo parece ser o da estabilidade.

“Não creio que vá haver nada de concreto. A situação em Hong Kong e Macau é bastante bem compreendida e estável. Sei que os católicos e as pessoas de boa vontade em ambos os locais estarão a rezar e a desejar ao Papa Leão todas as graças, bênçãos e sucessos no seu pontificado”, defendeu Stephen Morgan, reitor da Universidade de São José (USJ).

Já Peter Stilwell, que antecedeu Morgan na reitoria da USJ e que actualmente é director do Departamento das Relações Ecuménicas e Diálogo Inter-religioso do Patriarcado de Lisboa, defende que “a relação de Hong Kong e Macau com a China continental [no tocante à religião] é determinada pelos acordos dos anos 90”.

“O que sucederá, no final dos 50 anos previstos para a transição, dependerá de muitas variáveis num mundo e num país (China) em rapidíssima transformação. Entretanto, a Santa Sé estabeleceu com as duas dioceses [de Macau e Hong Kong] uma relação que as mantém fora de qualquer conferência episcopal e numa relação directa com Roma. Será isso afectado pelo final do período de transição? Julgo que as dioceses e Roma gostariam de responder ‘Não’. Contudo, aí a evolução do acordo como o de Beijing, sobre a nomeação dos bispos católicos para as dioceses da China Continental, será um factor importante a observar”, notou Peter Stilwell.

Este acrescentou ainda que “os interessados nesta evolução, todavia, estarão a observar de perto como o Papa Leão XIV restrutura, ou não, a Secretaria de Estado do Vaticano – nomeadamente, a equipa que nela acompanha directamente o dossier da China”.

Relação antiga

Questionado sobre o relacionamento do Estado do Vaticano com Pequim com Leão XIV no poder, o antigo reitor da USJ também não prevê grandes alterações. “A relação continuará, discreta, mas persistente, como até aqui. O contacto tem uma história de 400 anos, e não o devemos reduzir ao recente acordo sobre nomeação dos bispos.”

Trata-se de um acordo que “decorre entre duas entidades com memória milenar, que pensam em termos de décadas e de séculos”. “O facto de o novo Papa ser de nacionalidade norte-americana será irrelevante. Como chefe de Estado, a sua nacionalidade passou a ser agora da Cidade do Vaticano; e as interpelações diárias a que irá responder terão a perspectiva de uma comunidade religiosa que hoje se estende a praticamente todos os países do mundo”, defendeu Peter Stilwell.

Stephen Morgan acredita que a escolha de Roberto Prevost para papa nada tem a ver com a presença de Trump na Casa Branca ou jogadas políticas face ao relacionamento China-EUA.

“A sua eleição terá mais a ver com o facto de ele estar familiarizado com a situação dos católicos no mundo em desenvolvimento e de ter tido alguns anos de experiência no Correio Romano, onde se estabeleceu como um par de mãos seguras que pensa por si próprio e ouve de forma ampla.”

Robert Prevost foi trazido para o Vaticano pelo Papa Francisco em 2023 para ser o responsável por examinar as nomeações de bispos em todo o mundo, um dos trabalhos mais importantes da Igreja Católica, ganhando assim destaque no conclave.

13 Mai 2025

Construção civil | DSAL organiza cursos com UM

Decorre até final deste mês o processo de inscrições para cursos de formação na área da construção civil, realizados entre a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e a Universidade de Macau (UM). Assim, vão decorrer o “Curso com certificado para inspector de segurança” e o “Curso de formação de chefe de segurança na construção civil”, com um total de 155 vagas para as duas formações.

Segundo uma nota da DSAL, estas acções realizam-se tendo em conta que “o sector da construção civil em Macau tem-se vindo a desenvolver de forma rápida”, pelo que “as medidas de gestão da segurança e saúde ocupacional são fundamentais para a segurança no trabalho”. Os formandos terão direito a um subsídio de formação de 2.500 patacas pago pela DSAL e certificado.

No caso do curso de formação de técnico superior de segurança na área da construção civil, os formandos que concluírem com aproveitamento o curso e tiverem, pelo menos, dois anos de experiência profissional na área de gestão de segurança na construção civil, podem pedir a licença de técnico superior nesta área. Os dois cursos são ministrados pelo Centro de Educação Contínua da UM.

13 Mai 2025

Trânsito | Mudanças no Beco do Peixe Salgado

O Beco do Peixe Salgado, perto da Casa do Mandarim e na Rua do Almirante Sérgio, será alvo de mudanças de trânsito no sentido de se passar a proibir a circulação rodoviária nessa rua, “em resposta às solicitações dos cidadãos e após análise e avaliação”.

Segundo uma nota da Direção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), a instalação para a sinalização de trânsito proibido a veículos no Beco do Peixe Salgado será feita amanhã, 14, sendo objectivo “clarificar as medidas de regulamentação aplicáveis a este troço”.

Assim, esta quarta-feira prevê-se a “circulação condicionada na Rua do Peixe Salgado durante a intervenção”, pelo que a DSAT apela “à compreensão e atenção dos condutores”.

13 Mai 2025

Turismo | Andy Wu diz que concertos não bastam para atrair visitantes

O Governo diz querer apostar na organização de espectáculos de grande escala para dinamizar a economia nos bairros com menos turismo, mas Andy Wu, dirigente associativo ligado ao turismo, diz que isso não basta, defendendo a venda de bilhetes com descontos associados para levar mais pessoas a consumir no território

 

Não é música para os ouvidos do turismo. Na visão de Andy Wu, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, não basta a realização de grandes espectáculos em Macau, nomeadamente concertos, para aumentar o número de consumidores nos bairros comunitários, ou seja, que estão mais afastados dos pontos turísticos.

Segundo o jornal Ou Mun, Andy Wu defendeu que são necessárias medidas complementares à realização dos concertos, nomeadamente a venda de bilhetes combinada com descontos associados em lojas locais, para que as pessoas que vão ao concerto possam também consumir antes dos espectáculos.

No tocante à economia nocturna, em bares e discotecas, Andy Wu declarou que ainda não consegue ser atractiva o suficiente para turistas, pelo que é importante ter medidas complementares aos concertos.

O Governo referiu que está a negociar com as plataformas de venda de bilhetes uma parceria para que haja pacotes de bilhetes com descontos em lojas, o que deverá ser uma realidade na segunda metade do ano, na sequência de muitos visitantes oriundos do Interior da China assistirem a concertos ou competições desportivas em Macau.

Sobre o modelo de descontos a adoptar, Andy Wu defendeu que se pode ter em conta o formato do Grande Prémio de Consumo para as Zonas Comunitárias, actualmente em curso, o que permitiria que os visitantes usassem cupões no comércio local. Tal seria mais indicado do que levar os turistas a consumir apenas nas lojas aderentes ao programa de descontos, disse.

Ser eficaz

Tendo em conta as negociações levadas a cabo pelo Executivo, Andy Wu referiu ao jornal esperar que estas parcerias sejam lançadas em tempo oportuno, nomeadamente já em Junho, aquando da realização do segundo concerto de grande dimensão no Cotai, na zona de espectáculos ao ar livre, perto do empreendimento Grand Lisboa Palace.

Andy Wu não esqueceu ainda o factor transportes públicos, essencial para que os turistas tenham melhor acesso aos bairros comunitários antes e depois dos espectáculos. Ficou feita a sugestão de criação experimental de autocarros exclusivos, do género shuttle-bus, com percursos concretos entre a zona de espectáculos e os bairros comunitários, para que os visitantes se desloquem a bairros menos conhecidos de Macau durante o dia e vejam depois o espectáculo à noite.

13 Mai 2025

Taipa | Mais estacionamento para motos e carros

O parque de estacionamento público ao ar livre situado na Estrada Governador Albano de Oliveira passa a reduzir a apenas cinco o número de vagas de estacionamento de veículos pesados, criando lugares para motociclos e aumentar o número de lugares para carros, alterando-se também as tarifas a pagar. A alteração entra em vigor a partir do dia 21 deste mês.

Segundo o despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO), existem agora 73 lugares para automóveis ligeiros, 50 lugares para motociclos e ciclomotores e apenas cinco lugares reservados a veículos pesados. Além disso, será feito o pagamento a cada meia hora, com as motas a pagar uma pataca durante o dia e 50 avos à noite, enquanto as viaturas pagam quatro patacas por dia e duas patacas à noite.

No caso dos veículos pesados, o pagamento é de cinco patacas durante o dia, e metade desse valor no período nocturno.

13 Mai 2025

Telecomunicações | Licenças 3G terminam a 4 de Junho

As licenças 3G de telecomunicações terminam já a 3 de Junho, depois do Governo ter prolongado a sua validade em 2022, por dois anos. Desta forma, a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) apela a que as quatro operadoras de serviços de telecomunicações móveis de Macau garantam uma transição suave das redes 3G para 4G ou 5G junto dos clientes.

Segundo um comunicado dos CTT, foram já realizadas “várias rondas de reuniões com as operadoras”, tendo estas sido incentivadas a “elaborar planos para garantir uma transição tranquila dos utilizadores de 3G para os serviços 4G ou 5G”.

Na mesma nota, “os CTT apelam aos cidadãos e comerciantes que ainda utilizam o serviço 3G para que contactem, com a maior brevidade possível, as respectivas operadoras, a fim de se informarem sobre as condições de transição para os serviços 4G ou 5G e escolherem o serviço mais adequado às suas necessidades”.

Além disso, destacam os CTT, “é importante que os cidadãos e comerciantes confirmem se os seus telemóveis ou outros dispositivos terminais suportam a tecnologia 4G ou 5G, para a utilização de chamadas de voz, pois os equipamentos devem ser compatíveis com a funcionalidade VoLTE”, caso contrário, “após a cessação da rede 3G, deixará de ser possível utilizar o serviço de chamadas de voz”.

“Os CTT continuarão a manter uma comunicação estreita com as operadoras, prestando aos utilizadores o apoio necessário para garantir uma transição tranquila”, lê-se ainda.

12 Mai 2025

Galaxy | Eileen Lui nomeada directora-executiva

Eileen Lui Wai Ling é a nova directora-executiva da Macau Galaxy Entertainment Group Ltd, foi anunciado na última sexta-feira, tendo também começado a exercer as funções nesse mesmo dia. Eileen Lui é irmã mais nova de Francis Lui, presidente da Galaxy, e de Paddy Tang Lui, director-executivo da operadora.

A responsável entrou para o grupo ligado ao sector do jogo, hotelaria e entretenimento em 1993, ainda antes da entrada da Galaxy na área do jogo. Além do cargo de directora-executiva, Eileen Lui foi também nomeada membro do conselho executivo da empresa. Esta era, até à data, directora da área de recursos humanos e de administração da Galaxy. As informações constam no comunicado que a Galaxy enviou à Bolsa de Valores de Hong Kong e são citadas pelo portal GGRAsia.

A empresa informou que Eileen Lui não foi nomeada para um mandato específico, sendo um cargo sujeito a “reforma por rotatividade e reeleição” nas assembleias gerais anuais da empresa.Irá ganhar 6,37 milhões de patacas por ano em salários e subsídios, incluindo comissões anuais e bónus.

O pagamento é determinado consoante “as funções e responsabilidades na Galaxy Entertainment”, tendo ainda em conta “o desempenho e rentabilidade da empresa, política de remuneração e referência de mercado”, segundo o mesmo comunicado.

12 Mai 2025

Jogo | Melco duplica lucros no primeiro trimestre de 2025

A operadora de jogo Melco anunciou lucros de 32,5 milhões de dólares no primeiro trimestre, mais do dobro do registado no mesmo período de 2024, e um aumento de 11 por cento das receitas

 

Durante os três primeiros meses deste ano os lucros da Melco Resorts and Entertainment mais que duplicaram, passando de 15,2 milhões de dólares para 32,5 milhões de dólares.

Num comunicado enviado na quinta-feira à noite à bolsa Nasdaq, em Nova Iorque, o grupo sublinhou que as receitas aumentaram 11 por cento, atingindo 1,23 mil milhões de dólares. Nos primeiros três meses do ano, os casinos de Macau registaram receitas totais de quase 57,7 mil milhões de patacas, mais 0,6 por cento do que no mesmo período de 2024.

As apostas no segmento de massas nos casinos da Melco em Macau atingiram 2,68 mil milhões de dólares, mais 3 por cento do que nos primeiros três meses de 2024. Já as apostas dos grandes jogadores, no chamado segmento de jogo VIP, aumentaram 6,3 por cento para 6,05 mil milhões de dólares.

O presidente e CEO da Melco Resorts, no comunicado que acompanhou a divulgação dos resultados, realçou a capacidade de crescimento do mercado de Macau.

“Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) das propriedades de Macau cresceu 32 por cento em relação ao trimestre anterior, demonstrando a nossa força e potencial de crescimento em Macau”, indicou Lawrence Ho, acrescentando que o segmento de massas aumentou todos os meses ao longo do trimestre, registando resultados recorde.

“A força contínua que estamos a observar na nossa dinâmica empresarial é resultado directo dos esforços combinados das nossas equipas e da qualidade das nossas ofertas de produtos, e continuaremos a desenvolver esta dinâmica”, indicou.

Ovos noutras cestas

Além do mercado de Macau, a Melco Resorts and Entertainment tem casinos nas Filipinas, Chipre e está a finalizar a construção de um resort integrado no Sri Lanka.

“O City of Dreams Manila foi afectado pelo aumento da concorrência no mercado, enquanto os resultados do City of Dreams Mediterranean e dos nossos casinos-satélite em Chipre apresentaram um sólido crescimento sequencial e anual, apesar dos contínuos desafios colocados pelos conflitos na região. E, finalmente, os acabamentos do casino City of Dreams Sri Lanka estão a progredir bem e continuamos a esperar iniciar as operações do casino no terceiro trimestre de 2025.”

Recorde-se que nas últimas concessões de jogo, o Governo exigiu às concessionárias a aposta em elementos não-jogo e na atracção de visitantes estrangeiros de forma a diversificar a clientela e não depender exclusivamente dos apostadores chineses. Nesse sentido, a Melco prevê gastar cerca de 10 mil milhões de patacas no segmento não-jogo numa década, incluindo no “único parque aquático em Macau com instalações interiores abertas durante todo o ano”.

Na quarta-feira, a empresa relançou, no hotel-casino City of Dreams, o maior espectáculo permanente do território, The House of Dancing Water, que estava suspenso desde Junho de 2020, devido à pandemia de covid-19. Com Lusa

12 Mai 2025

Crime | Detido por extorquir dinheiro a prostituta

Um residente foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por se fazer passar por um agente da autoridade para extorquir dinheiro a uma prostituta natural do Interior da China, tirando-lhe três mil patacas.

Segundo o jornal Ou Mun, o caso ocorreu na quarta-feira, tendo a PJ interceptado a prostituta na zona do NAPE. Aí, durante a investigação, a mulher revelou que no dia em que foi apanhada pelas autoridades tinha sido antes extorquida por um agente da polícia, que lhe disse que ou pagava esse valor ou seria levada para a esquadra. Uma vez que o suspeito mostrou um cartão de identificação, a mulher deu-lhe o dinheiro, não tendo existido qualquer envolvimento sexual entre ambos.

Depois de terem sido verificadas as câmaras de videovigilância situadas no local, a PJ percebeu que o cartão usado pelo suspeito remete para uma formação já feita na área da segurança ocupacional para a construção civil, nada tendo a ver com as autoridades policiais.

A PJ percebeu que o suspeito, morador na zona do Patane, tinha antecedentes criminais por roubo e usurpação de funções. O caso foi agora encaminhado para o Ministério Público, estando o homem suspeito das práticas de extorsão e de usurpação de funções.

12 Mai 2025

Tabaco | Ron Lam exige calendarização para alterações à lei

Depois de o Governo ter anunciado, nos debates sobre as LAG, mudanças à actual lei de controlo e prevenção do tabagismo, eis que o deputado Ron Lam exige das autoridades um calendário concreto para a implementação de novas medidas, como a criação de mais espaços ao ar livre sem fumo ou a proibição do consumo de “shisha”

 

O deputado Ron Lam U Tou interpelou o Governo sobre o calendário para as novas alterações ao regime de prevenção e controlo do tabagismo, que passam pelo aumento do número de áreas ao ar livre em que é proibido fumar ou a proibição de se fumar enquanto se caminha. As alterações podem também passar pela proibição da tradicional “shisha” em bares, conforme já foi referido por Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde, no contexto da apresentação do relatório sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano.

Ron Lam U Tou espera, assim, que o Governo avance datas concretas para rever a lei e possa também dar a conhecer os detalhes de todas estas novas proibições. O deputado argumenta, na interpelação escrita, que a alteração a esta lei não consta na lista de projectos legislativos para este ano, daí questionar o calendário do Executivo.

Em relação ao imposto sobre o tabaco, o deputado lembrou que não aumenta desde 2015, mantendo-se nos 60 por cento. Ron Lam U Tou defende que o imposto deve aumentar, pois está longe dos 75 por cento de imposto sobre a venda, taxa que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera mais eficiente para travar o consumo.

“O aumento do imposto é mais eficaz para reduzir o número de fumadores mais jovens, além de ser a forma mais eficiente para reduzir a proporção de fumadores. O Governo disse que esta taxa poderia ser alterada oportunamente aquando da revisão do regime de prevenção e controlo do tabagismo em 2022, porque é que não houve avanços concretos? Se o Governo planeia aumentar o imposto até ao valor recomendado pela OMS, qual é o calendário?”, questiona.

Não aos electrónicos

Na sua interpelação, Ron Lam U Tou destacou que o último Relatório de Acompanhamento e Avaliação do Regime de Prevenção e Controlo do Tabagismo, revelou o “problema sério do consumo de cigarros electrónicos por parte de estudantes, em 2021”. Além disso, mostrou que o consumo deste tipo de cigarros aumentou de 2,6 por cento em 2015 para quatro por cento nesse ano.

Em 2022, o Executivo proibiu a publicidade, promoção e patrocínio a este tipo de produto, mas o deputado considera ser necessário estabelecer uma data de proibição para travar o aumento do consumo.

“Será que o Governo pode elaborar um período de transição e um prazo para a proibição do consumo de cigarros electrónicos, para que se possa intervir no consumo, sobretudo reduzir o contacto por parte dos jovens?” perguntou na interpelação escrita.

Ron Lam também sugeriu que os novos produtos de tabaco, tal como cigarros de ervas, saquetas de nicotina e a tradicional “shisha” possam ser incluídos na lista de proibição de produtos importados e compras, também com um prazo de transição e de proibição efectiva, para que haja uma adaptação por parte de pessoas e negócios.

12 Mai 2025

Advocacia | Cerca de 30 advogados deixam de exercer por ano

Entre 20 a 30 advogados submetem anualmente à Associação dos Advogados de Macau pedidos para suspender a actividade e deixar de exercer advocacia, revelou o presidente da associação e deputado Vong Hin Fai.

À margem de um evento desportivo organizado pela associação, o representante do sector explicou que parte destes profissionais que deixam de exercer na RAEM são oriundos de países de língua portuguesa.

Muitos entregam o pedido de suspensão de actividade porque “pretendem deixar Macau”, afirmou Vong Hin Fai, citado pelo canal chinês da Rádio Macau. O presidente da associação revela ainda que, nos últimos anos, o número de profissionais a exercer advocacia em Macau tem ficado acima dos 400, destes cerca de um quarto são de países de língua portuguesa.

No contexto regional, a associação dá conta de cerca de 80 advogados de Macau que estão registados para poder trabalhar na Grande Baía.

12 Mai 2025

Saúde | Residente em estado crítico devido a infecção bacteriana

Um residente de 65 anos de idade está em estado crítico e necessita de ventilador para o auxiliar na respiração na sequência de uma infecção de vibrio vulnificus.

Na tarde de 29 de Abril, o homem foi acidentalmente picado no dedo mindinho da mão direita enquanto manuseava camarões em casa. Na madrugada seguinte, surgiu no local da picada “inchaço e dor, que depois se alastrou para a palma da mão direita e antebraço direito”, indicaram ontem os Serviços de Saúde.

O residente, que tem antecedentes de doenças crónicas, foi ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde foi “diagnosticado com fascite necrosante do membro superior direito com choque séptico”.

Os Serviços de Saúde informam que a vibrio vulnificus é uma bactéria que vive naturalmente em água quente do mar e as infecções podem acontecer quando alguém tem feridas abertas expostas à água do mar com vibrio vulnificus ou quando come marisco contaminado. As pessoas com fascite necrosante podem ter de proceder à amputação para salvar as suas vidas, e em cerca de 20 a 30 por cento dos casos, a infecção é fatal.

9 Mai 2025

UM | Lucros de empresa de investigação caem 48,6%

Os lucros da empresa ligada à Universidade de Macau caíram 9,88 milhões de patacas. A queda deveu-se principalmente ao aumento de pagamentos feitos à instituição de ensino superior por serviços administrativos e locais para realizar testes

 

No ano passado, os lucros da empresa UMCERT Investigação e Ensaios em Engenharia apresentaram uma redução de 48,6 por cento, o que se traduziu em menos 9,88 milhões de patacas. Os dados da empresa controlada pela Universidade de Macau foram divulgados ontem e mostram um lucro de 10,45 milhões de patacas.

A UMCERT Investigação e Ensaios em Engenharia tem como área de actividade a investigação e a realização de ensaios virada para os materiais de obras de construção, tráfego rodoviário e instalações subterrâneas. É detida a 99 por cento pela Universidade de Macau, com o restante 1 por cento no controlo do Fundo de Educação.

O lucro de 10,45 milhões de patacas contrasta com o resultado positivo de 20,33 milhões de patacas no ano anterior. Esta diferença explica-se não só com a redução das receitas, que caíram ligeiramente de 35,00 milhões para 34,95 milhões de patacas, mas principalmente com os “outros gastos operacionais”. Estes tiveram uma subida de quase 10 milhões de patacas, de 11,24 milhões, em 2024, para 21,18 milhões de patacas no ano passado.

O aumento dos “outros gastos operacionais” incluem essencialmente pagamentos para a realização de testes à UM, assim como o fornecimento de serviços administrativos, com os custos a crescerem 9,30 milhões de patacas, para 18,79 milhões de patacas, quando em 2023 eram de 9,49 milhões de patacas. Em termos dos custos com o pessoal, os gastos da UMCERT no espaço de um ano mais do que duplicaram, de 1,07 milhões de patacas em 2023, para 2,86 milhões de patacas.

Um punhado de empresas

A UMCERT Investigação e Ensaios em Engenharia é uma das três empresas controladas pela Universidade de Macau.

Além desta, existe a UMTEC, que também se dedica à investigação, mas em outras áreas, e que no ano passado apresentou um lucro de 781,5 mil patacas, no que representou uma redução de quase 80 por cento face a 2023, quando os lucros tinham sido de 3,8 milhões de patacas.

A terceira empresa controlada pela UM é a Guangdong Hengqin UM Higher Education Development, que vai ser responsável pelo desenvolvimento do novo campus da UM no Interior, num investimento que poderá chegar aos 4 mil milhões de renminbis. Até ontem, a empresa que tem sede no Interior ainda não tinha apresentado os resultados anuais.

9 Mai 2025

Galaxy | Receitas com crescimento anual de 6,2%

A Galaxy Entertainment teve receitas líquidas de 11,2 mil milhões de dólares de Hong Kong no primeiro trimestre deste ano, uma subida de 6,2 por cento em termos anuais, mas menos 1 por cento face ao último trimestre de 2024. Francis Lui salientou a resiliência do mercado de Macau, apesar da “turbulência geopolítica e da contínua desaceleração económica”

 

A Galaxy Entertainment apresentou ontem os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, período durante o qual foram apuradas receitas líquidas de 11,2 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD), representando um aumento anual de 6,2 por cento, mas uma quebra de 1 por cento face ao trimestre anterior.

Em relação às receitas brutas de jogo, o grupo fechou os primeiros três meses de 2025 com 10,94 mil milhões HKD, resultado que reflecte um aumento anual de 13,6 por cento, mas um decréscimo de 0,8 por cento face ao último trimestre do ano passado.

Como é normal, o segmento de massas gerou o maior volume das receitas brutas, com 8,23 mil milhões HKD, mais 6,5 por cento em relação ao período homólogo, enquanto o segmente VIP apurou 1,98 mil milhões HKD em receitas brutas, mais 52,3 por cento em termos anuais.

Durante o período em análise, o grupo registou lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de quase 3,3 mil milhões HKD, resultado que representou uma subida anual de 16,3 por cento e 1,8 por cento face ao último trimestre de 2024.

Como manda a “tradição”, a galinha dos ovos do grupo foi o Galaxy Macau, gerando 9,15 mil milhões HKD em receitas líquidas, mais 10 por cento em termos anuais, e lucros EBITDA de 3,02 mil milhões HKD (+15,4 por cento face ao primeiro trimestre de 2024).

Às na manga

“Durante o trimestre em análise, continuámos a impulsionar todos os segmentos do negócio, em particular o mass premium, através dos nossos produtos e serviços inigualáveis, melhorias contínuas nas propriedades, diversos espectáculos e eventos de entretenimento, bem como a implementação completa de mesas inteligentes”, indicou o presidente do grupo, Francis Lui, no comunicado que apresentou os resultados

O presidente da Galaxy Entertainment destacou o desempenho dos casinos do grupo durante o Ano Novo Chinês e a capacidade de resiliência do mercado de Macau, “apesar da turbulência geopolítica e da contínua desaceleração económica”, com as receitas brutas a recuperarem para 76 por cento do nível de 2019.

Francis Lui referiu ainda a apresentação das primeiras Linhas de Acção Governativa do Executivo de Sam Hou Fai, em particular no papel de liderança para diversificar a economia e orientar as concessionárias para investimentos em projectos não-jogo.

Porém, o presidente da Galaxy referiu os comentários do Chefe do Executivo em relação às dificuldades para o mercado do jogo atingir as receitas brutas estimadas para este ano. “A curto prazo, continuamos a ajustar as operações conforme necessário, mas estamos confiantes nas perspectivas de longo prazo para Macau. A abordagem proactiva de Macau na diversificação económica, combinada com o firme apoio da China, posiciona bem a cidade para um futuro crescimento sustentável”, concluiu Francis Lui.

9 Mai 2025

MGM Resorts International alerta para apostas no Japão e Tailândia

Um operador de casinos em Macau afirmou ontem que a abertura de casinos no Japão e a potencial legalização do jogo na Tailândia vão aumentar a concorrência no que toca aos apostadores asiáticos.

O director para o desenvolvimento global da empresa norte-americana MGM Resorts International, que opera dois casinos em Macau, disse que as novas concessões de jogo aceleraram a transição de um modelo baseado em grandes apostadores para “uma economia de turismo e entretenimento mais diversificada”.

Os seis operadores de jogo de Macau assinaram acordos de concessão de 10 anos em Dezembro de 2022, comprometendo-se a investir 108,7 mil milhões de patacas no turismo e na diversificação da economia.

“O reforço das atracções culturais, do entretenimento para famílias (…) ajudou a atrair grupos demográficos mais vastos do que os tradicionais apostadores”, defendeu Ed Bowers. Mas o executivo alertou que “a competição está a intensificar-se nos mercados asiáticos, particularmente com o Japão e, potencialmente, a Tailândia”.

A MGM arrancou em 24 de Abril com a construção do primeiro empreendimento integrado com um casino do Japão, em Osaka, com abertura prevista para 2030. O Governo da Tailândia apresentou uma proposta para legalizar o jogo.

“Isto são excelentes notícias para pessoal do desenvolvimento de casinos como eu”, referiu Bowers, que recordou que a Tailândia “já beneficia de uma forte infraestrutura turística”. Mas a discussão da proposta no parlamento foi adiada, no início de Abril, “provavelmente devido ao aumento da oposição política” à ideia, admitiu o executivo.

Outras apostas

Bowers falava durante a Global Gaming Expo Asia, o maior evento da indústria do jogo realizado em Macau, que vai decorrer até sexta-feira.

Numa outra sessão do mesmo evento, especialistas defenderam que, face à maior concorrência regional, a aposta em atracções não relacionadas com o jogo, como concertos, parques temáticos e gastronomia podem trazer mais pessoas aos casinos.

“Construímos tudo isso para apoiar o nosso casino, o casino é o nosso motor financeiro”, afirmou Wade Howk, director de operações do Inspire Entertainment Resort, uma estância integrada na Coreia do Sul, com um casino exclusivo para estrangeiros.

A sessão centrou-se na diversificação da economia de Macau, onde os impostos sobre os casinos representaram 88,4 por cento das receitas correntes da região nos primeiros três meses do ano. Mas as autoridades pretendem que o sector não relacionado com o jogo represente 60 por cento do Produto Interno Bruto de Macau até 2028.

Como exemplo, Wade Howk frisou que o Inspire Entertainment construiu um espaço de entretenimento com 15 mil lugares sentados, a única arena cultural polivalente na Coreia do Sul, para aumentar o número de visitantes.

“Estamos a ver enormes resultados com isso agora, e depois construímos um parque aquático coberto (…), apenas para nos certificarmos de que poderíamos impulsionar o tráfego para apoiar toda a propriedade, (…) e que isso poderia ser utilizado para apoiar o casino”, explicou Howk. Jeffrey Kiang, um analista do grupo de investimento CLSA, sublinhou que as componentes não relacionadas com o jogo devem “criar sinergias e complementar o negócio” dos casinos.

Kiang observou um aumento do número de concertos realizados em Macau nos últimos dois anos e afirmou que os operadores dos casinos seleccionam cuidadosamente os eventos ou artistas que atraem os apostadores.

8 Mai 2025

AMCM | Sobem transacções móveis no 1.º trimestre

Dados da Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) mostram que nos primeiros três meses do ano aumentaram o número de transacções de pagamentos móveis em Macau, bem como o seu valor. Assim, o número de transacções deste tipo foram 90,4 milhões, um aumento de 11,6 por cento face ao primeiro trimestre de 2024.

Além disso, o valor desses pagamentos móveis foi de 7,9 mil milhões de patacas, mais 8,7 por cento em relação a igual período do ano passado. Até finais de Março deste ano, um total de 108.749 aparelhos e unidades, incluindo suportes de “QR Code”, aceitavam pagamentos móveis. Os dados da AMCM mostram ainda que no uso de cartões de crédito houve também um aumento do número de transacções, no total de 11,8 milhões, um aumento de 9,7 por cento face ao primeiro trimestre de 2024.

Além disso, o número de transacções realizadas com cartões de débito foi de 1,2 milhões, com um valor total de transacções de 464,9 milhões de patacas. De frisar que estes valores do uso de cartões de débito não incluem os levantamentos em dinheiro nas caixas ATM.

8 Mai 2025

Terrenos | Governo faz despejos na Av. de Sidónio Pais

O Governo realizou ontem uma acção de despejo e limpeza de um terreno situado na Avenida de Sidónio Pais. O espaço, com uma área de cerca de 121 metros quadrados, passou assim para a alçada do Governo, uma vez que estava a ser ocupado ilegalmente.

Segundo uma nota da Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU), “o terreno recuperado estava pavimentado e, no local, eram perceptíveis obras não autorizadas, nomeadamente uma construção clandestina composta por um portão metálico, paredes de tijolo e cobertura de betão, assim como escadas, canteiro e muro de vedação”.

A DSCCU explica que já tinha levado a cabo todos os procedimentos habituais para a desocupação do terreno, “ordenando ao ocupante ilegal que desocupasse o mesmo e o revertesse ao Governo da RAEM no prazo estipulado”. Porém, e como esse pedido nunca foi concretizado, as autoridades procederam ao despejo esta quarta-feira.

8 Mai 2025