Hoje Macau SociedadeComércio | Mannings fecha todas as lojas no Interior Na terça-feira, o Grupo Mannings anunciou o encerramento de todas as lojas físicas no Interior assim como da loja online e nas plataformas electrónicas Tmall, JD e Pinduoduo. O encerramento das lojas físicas vai acontecer a 15 de Janeiro. No caso das lojas online, a desactivação vai decorrer na próxima semana. Os encerramentos foram explicados com a necessidade de ajustar a estratégia comercial. Apesar destes encerramentos, os clientes do Interior vão poder continuar a comprar os produtos através do portal de Hong Kong do grupo. Segundo os dados da empresa, a Mannings tem mais de 320 lojas em Hong Kong e Macau. Desde 2004, o grupo entrou no mercado do Interior, e o número de lojas chegou às 200 unidades, do período com maior procura. Actualmente, o número de lojas é de 120 unidades.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHabitação | Menos transacções e casas mais baratas O mercado de habitação continua a diminuir de forma consistente. Em termos anuais, Novembro registou uma redução de 20,4 por cento no número de transacções e de 10,9 por cento no preço médio do metro quadrado Em Novembro, o número e transacções de habitação apresentou uma redução anual e 20,4 por cento, de acordo com os dados mais recentes publicados pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF). No mês passado, registaram-se 238 transacções, quando em Novembro de 2024 se contabilizaram 299 transacções, uma redução de 61 negócios. O mercado mais activo em Novembro deste ano, foi o da Península de Macau com 173 transacções, menos 35 que no ano passado, o que representou um queda de 16,8 por cento. Na Taipa, foram registadas 44 vendas de habitação, menos 24 do que no ano passado, quando foram registadas 68. Finalmente, em Coloane registaram-se 21 transacções, uma redução de duas vendas em relação ao período homólogo. Em termos dos preços da habitação, o mês de Novembro ficou marcado por uma redução no metro quadrado, em relação ao mesmo mês de 2024, de 74.364 patacas para 69.311 patacas. Esta representou uma diferença anual de 5.053 patacas ou 6,8 por cento. A redução do preço foi comum a todos os três mercados. Em Coloane, o preço médio do metro quadrado caiu de 93.970 patacas para 83.707 patacas, uma diferença de 10,9 por cento por cento. Na Península e na Taipa os preços apresentaram igualmente uma tendência negativa. Em Macau, o metro quadrado desvalorizou no espaço de um ano de 70.526 patacas para 66.303 patacas, uma diferença de 6,0 por cento. Na Taipa, a redução foi de 78.144 patacas para 71.155 patacas, uma desvalorização anual de 8,9 por cento. Duplamente negativo Também a comparação mensal mostra um mercado a encolher ao nível do número de transacções e dos preços praticados. Entre Outubro e Novembro deste ano, o preço médio do metro quadrado apresentou uma redução de 4,9 por cento, de 72.873 patacas por metro quadrado para 69.311 patacas por metro quadrado. A redução do preço deveu-se ao mercado da Península, com uma diminuição de 72.629 patacas para 66.303 patacas, o correspondente a 8,7 por cento e a Coloane, com uma redução dos preços de 87.535 patacas para 83.707 patacas, correspondente a 4,4 por cento. Já na Taipa, o metro quadrado valorizou 11,5 por cento no espaço de um mês de 63.802 patacas para 71.155 patacas, contrariando a tendência geral.
Hoje Macau SociedadeIniciativa de Macau | Manifesto defende aposta na tecnologia O Fórum Internacional de Intercâmbio Civilizacional terminou ontem com a divulgação da ‘Iniciativa de Macau’ de um manifesto que apela aos jovens para aproveitarem a tecnologia ao serviço do diálogo e cooperação entre civilizações. Na cerimónia de encerramento, a presidente do Instituto Cultural de Macau, que organizou o fórum, leu o documento, que “encoraja os jovens a aproveitar as novas tecnologias, como a digitalização e as aplicações inteligentes”. Leong Wai Man afirmou que é preciso formar as novas gerações “para que se tornem herdeiros e inovadores da aprendizagem mútua entre civilizações” e construam um mundo “inclusivo, cooperativo e virado para o futuro”. O manifesto defende ainda a necessidade de não apenas proteger o património partilhado da humanidade, mas também de reforçar “a utilização inovadora das várias formas de património cultural tangível e intangível”. O documento apela à “exploração profunda do valor contemporâneo das culturas históricas de todos os países”, usando a “transformação criativa” para aplicar a “sabedoria tradicional” no mundo moderno. Macau é o local ideal para esta iniciativa, refere o manifesto, devido à “valiosa experiência de coexistência harmoniosa de civilizações reflectida no centro histórico” da região. O fórum assinalou ainda os 20 anos desde que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) classificou o centro histórico de Macau como Património Mundial, em 2005.
João Luz Manchete SociedadeSJM | Luz verde a aquisição do casino L’Arc O Governo aprovou ontem o negócio que irá “salvar” o único casino-satélite do território, dando luz verde à aquisição do Royal Arc pela SJM Resorts. A aprovação, que surge dois dias depois do voto favorável dos accionistas do grupo, requereu pareceres de vários de serviços públicos É oficial. O casino L’Arc faz parte do portfólio de propriedades exploradas pela concessionária de jogo SJM Resorts. O Governo deu ontem luz verde ao negócio através de um despacho do secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man, publicado no Boletim Oficial. A aprovação permite a exploração de jogo, para lá de 31 de Dezembro de 2025, ao único casino-satélite do território a sobreviver às alterações que regulam a indústria dos casinos. Assim sendo, o despacho do secretário para os Transportes e Obras Públicas indica que “foi autorizada a transmissão da concessão, de acordo com o proposto no parecer da Comissão de Terras”, depois do pedido de transmissão da fracção onde está o casino e hotel ter sido apresentado no dia 11 de Novembro. No pedido, a SJM alegou que a “transmissão visa manter a exploração e operação contínuas do casino existente nessa fracção autónoma, que funciona como um casino satélite, transformando-o num casino pertencente à concessionária de jogos”. Além do parecer positivo da Comissão de Terras, depois de uma reunião no passado dia 4 de Dezembro, a transferência contou com a aprovação de vários serviços públicos. “Reunidos os pareceres da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos e da Direcção dos Serviços de Turismo, o pedido foi apreciado pela Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana, que se pronunciou favoravelmente por não estar em dívida prémios, foros, rendas, taxas ou impostos respeitantes à concessão e não haver indícios de que a transmissão é pedida para fins especulativos”, é indicado no despacho de Raymond Tam Vai Man. Passo a passo O edifício onde está o casino tem “62 pisos, incluindo dois pisos de refúgio, dois pisos de mezanine e três pisos em cave, destinado à habitação, comércio, hotel de 5 estrelas, estacionamento para habitação e estacionamento para hotel”. Recorde-se que a SJM Holdings realizou na segunda-feira uma assembleia-geral extraordinária onde os accionistas votaram esmagadoramente a favor da aquisição do antigo casino-satélite L’Arc, segundo uma nota enviada pelo grupo à bolsa de valores de Hong Kong. A aquisição, aprovada por 99,93 por cento, irá custar 1,75 mil milhões de dólares de Hong Kong. Nove dos 11 “casinos-satélite” de Macau já encerraram. O último a fechar portas, em 09 de Dezembro, foi o Fortuna, com mais de 550 funcionários. O décimo, o Landmark, que tem 1.169 trabalhadores, vai encerrar em 30 de Dezembro. A SJM sublinhou que todos os funcionários dos ‘casinos-satélite’ com estatuto de residente em Macau e directamente contratados pela empresa têm emprego garantido noutros casinos do grupo. Já os outros trabalhadores locais, “são convidados a candidatarem-se a vagas relacionadas” dentro do grupo, “com prioridade para contratação” e com condições iguais às que tinham.
Hoje Macau Manchete SociedadeFutebol | Sporting quer apoiar Hengqin na formação A pretensão do clube de Lisboa foi manifestada após uma visita à Europa da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin O Sporting Clube de Portugal demonstrou interesse em colaborar com Hengqin, junto a Macau, na formação de jovens futebolistas, disseram as autoridades da zona económica especial chinesa. De acordo com uma nota divulgada na segunda-feira à noite, uma delegação da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin esteve na Europa no início do mês. Em Portugal, a delegação visitou o Sporting Clube de Portugal, descrito como “uma potência do futebol europeu”, e “investigou o sistema de formação juvenil” da Academia Cristiano Ronaldo. De acordo com o comunicado, o clube português “expressou a disponibilidade para introduzir um sistema de formação de futebol juvenil de alto nível” na Ilha da Montanha. Em Abril, o Governo de Macau disse que quer contratar uma equipa europeia para dar formação em futebol às camadas mais jovens, numa aposta no desenvolvimento deste desporto no território. “Este ano, vamos tentar expandir a formação de futebol para os jovens, vamos tentar contratar uma equipa da Europa para formar jovens”, disse o então presidente do Instituto de Desporto da região, na Assembleia Legislativa. Sem avançar com detalhes sobre esta equipa europeia, Luís Gomes disse ainda que outros eventos de futebol estão para ser lançados: vão ser convidados “jovens das cidades da Grande Baía para jogar” em Macau e vai ser criada uma “taça Hengqin-Macau para promover o desporto entre os jovens”. Muito por recuperar A selecção masculina de Macau, composta por jogadores amadores, está actualmente classificada na 193.ª posição do ranking mundial da FIFA, composto por 210 equipas. Entre os países ou regiões de língua oficial portuguesa, apenas Timor-Leste se encontra atrás de Macau, em 198.º. A selecção de futebol de Macau não vence um jogo desde Junho de 2019, na altura no âmbito da qualificação para o Mundial de 2022. A selecção local venceu o Sri Lanka por 1-0, na primeira mão de qualificação. No entanto, a associação abdicou do segundo jogo, porque os dirigentes tiveram medo de visitar o Sri Lanka, após a ocorrência de ataques terroristas. Desde então a selecção soma 12 encontros, com 11 derrotas e um empate. Em Março, o deputado Eddie Wu Chou Kit defendeu a cooperação com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para organizar jogos amigáveis com “equipas de topo da Europa” em Macau. Numa intervenção no parlamento, Eddie Wu propôs “estabelecer [uma] cooperação profunda” com a LPFP para a criação, “em conjunto, de uma base permanente de treino”. O deputado explicou que o objectivo seria “atrair equipas de topo da Europa para formação e realização de jogos itinerantes, promovendo o intercâmbio desportivo e cultural a nível internacional”.
Hoje Macau SociedadeAssociação Económica | Previsto crescimento de 5,4% do PIB O crescimento anual do produto interno bruto (PIB) de Macau para 2025 deverá atingir 5,4 por cento em relação ao ano anterior, de acordo com um relatório publicado na segunda-feira pela Associação Económica de Macau. A previsão da associação local fica 0,8 pontos percentuais acima da projecção da Fitch Ratings, que reviu em baixa as suas estimativas de um crescimento do PIB de 6,9 por cento este ano, para 4,6 por cento. Em relação ao próximo ano, o relatório da associação aponta para “inúmeras incertezas e elementos imprevisíveis na economia mundial”. Porém, a economia de Macau manter-se-á “estável” e com boas perspectivas de crescimento, graças a factores macroeconómicos como a recuperação no Interior da China e os esforços do Governo e da indústria do turismo para impulsionar os mercados turísticos regionais e internacionais. Também o índice de prosperidade económica nos próximos três meses deverá permanecer estável, de acordo com a estimativa, com um ligeiro aumento entre Janeiro e Fevereiro.
Hoje Macau SociedadeSJM | Aprovada aquisição do casino L’Arc A concessionária de jogo SJM Holdings realizou na segunda-feira uma assembleia-geral extraordinária onde os accionistas votaram esmagadoramente a favor da aquisição do antigo casino-satélite L’Arc, segundo uma nota enviada pelo grupo à bolsa de valores de Hong Kong. A aquisição, aprovada por 99,93 por cento, irá custar 1,75 mil milhões de dólares de Hong Kong. Os accionistas aprovaram também um acordo de empréstimo do grupo a Angela Leong no valor de 177,3 milhões de dólares de Hong Kong. Na altura do anúncio da aquisição e do encerramento do casino Ponte 16, Daisy Ho afirmou que o “Hotel L’Arc tem uma localização central dentro de um aglomerado activo de jogo, hotelaria e tráfego de turistas na Península de Macau que, combinado com as atracções turísticas das redondezas, cria oportunidades que poucos lugares conseguem igualar”.
Hoje Macau SociedadeTrânsito | Professora portuguesa detida por excesso de álcool Uma professora, com cerca de 30 anos foi detida, por conduzir com excesso de álcool. A informação foi divulgada ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), e citada pelo jornal Ou Mun. Segundo as autoridades, a mulher, com nacionalidade portuguesa e residente local, foi detida na madrugada de domingo, por volta das 3h, durante uma operação stop. Quando foi mandada parar, na Rua do Campo, realizou o teste do álcool, que resultou na quantidade de 1,49 gramas de álcool por litro de sangue. A mulher terá confessado às autoridades que antes de pegar na viatura tinha estado a beber com os amigos. Esta não foi a única detenção relacionada com o consumo de álcool apresentada pelas autoridades no dia de ontem. Também um condutor com cerca de 30 anos foi detido no domingo, depois de ter falhado uma rotunda e embatido num canteiro de flores. O caso foi divulgado ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e citado pelo jornal Ou Mun. O acidente aconteceu por volta das 6h, numa das rotundas do Cotai, quando o homem perdeu o controlo do veículo e embateu num dos canteiros. Quando a polícia chegou ao local, apercebeu-se de um forte cheiro a álcool no condutor, a quem foi pedido que fizesse o teste do balão. O homem acusou um resultado de 2,13 gramas de álcool por litro de sangue
João Luz Manchete SociedadeImobiliário | Índice revela declínio histórico na RAEM O Índice da Grande Baía da Centaline mostra que os preços de imóveis em Macau atingiram o valor mais baixo desde que os dados são compilados pela agência imobiliária. Entre as 12 cidades da Grande Baía, apenas Hong Kong e Zhaoqing subiram, com mais 0,36 e 5 por cento, respectivamente A agência imobiliária Centaline publicou na segunda-feira o Índice da Grande Baía, que reflecte as flutuações dos preços de imóveis para habitação nas 12 cidades incluídas no projecto regional. O panorama apresentado pela agência mostrou uma tendência geral de declínio dos preços, com os mercados de 10 das 12 cidades, com o índice geral a cair pelo quarto mês consecutivo em Novembro, com a última variação negativa a mostrar um declínio de 0,65 por cento. Segundo um comunicado da agência, o índice de Macau em Novembro foi de 67,36, e no mês anterior de 67,53, numa métrica em que o valor base é 100. Aliás, o índice de Macau não só atingiu o nível mais baixo desde que esta análise é feita, como apresenta o valor mais baixo de todas as cidades da Grande Baía. Entre as 12 cidades da região, apenas Hong Kong e Zhaoqing registaram subidas mensais em Novembro de 0,36 por cento e 5 por cento, respectivamente. Também em relação ao número de fracções vendidas, a agência imobiliária destaca que o tímido crescimento em Hong Kong foi o único verificado nas quatro principais cidades da Grande Baía, com Macau, Shenzhen e Guangzhou. Pegar de empurrão O vice-presidente do departamento residencial da agência, Chan Wing-kit, salientou que em Outubro foi aprovado o 15.º Plano Quinquenal do país e que as cidades da Grande Baía lançaram incentivos económicos, que acabaram por estimular as vendas no mercado imobiliário. O responsável exemplificou que o volume dos imóveis em segunda mão vendidos em Guangzhou voltou a ultrapassar 9.000 transacções em Outubro (9.191), o que representou uma subida mensal de 23 por cento, isto apesar das vendas gerais terem caído. O índice de preços do imobiliário em Shenzhen caiu pelo terceiro mês consecutivo em Novembro, atingido o nível mais baixo de sempre registado pela Centaline, apesar das vendas terem subido, face a Outubro, 6,6 por cento, para um total de 4.472 transacções. Face a esta realidade regional, Chan Wing-kit espera que na região o foco seja impulsionar o volume de vendas, como prioridade face aos preços, cuja recuperação não estará num horizonte próximo. O índice da Grande Baía é calculado tendo em conta os preços de transacções de imóveis novos e em segunda mão, combinados com o Produto Interno Bruto anual de cada cidade.
Hoje Macau SociedadeJogo | Mercado de massas com apostas mais baratas No início de Dezembro, o valor das apostas mínimas nas mesas de jogo mostrou uma redução face a Novembro. A tendência surge identificada no mais recente relatório do Citigroup, assinado pelos analistas George Choi e Timothy Chau. De acordo com o documento, citado pelo portal GGR Asia, desde o início do mês surgiram novas zonas de jogo em casinos como o StarWorld, City of Dreams, Wynn Macau ou o Hotel Lisboa que aceitam apostas mínimas com valor de 300 dólares de Hong Kong. De acordo com o entendimento dos analistas, as concessionárias estão a adaptar-se à nova realidade e a tentar atrair os clientes que costumavam jogar nos casinos-satélites. De acordo com as últimas mudanças à lei do jogo, proposta pelo Governo e aprovada pelos deputados, os casinos-satélite que não forem adquiridos pelas concessionárias até ao final do ano têm de encerrar as portas. Apenas o casino L’Arc conseguiu chegar a acordo para continuar a operar.
Hoje Macau SociedadeCrime | MP alerta para fraudes electrónicas O Ministério Público (MP) alertou ontem a população para o aumento “recente” do número de fraudes em que os criminosos se fazem passar por procuradores do Ministério Público ou das diferentes Procuradorias do Interior da China. A mensagem consta de um comunicado em que se indica que o montante das perdas financeiras com este crime “continua a subir”, embora não seja adiantado um dado concreto. As fraudes são cometidas por contacto telefónico ou através das diferentes aplicações móveis, com os criminosos a acusarem as vítimas de terem cometido crimes no Interior da China. As chamadas são depois transferidas para outra pessoas, ligada à rede criminosa, que se faz passar por membro do Ministério Público que alegadamente conduz uma “investigação online” com um interrogatório feito através da partilha de ecrã ou de teleconferência. Estes contactos têm como único objectivo obter os dados das vítimas para mais tarde fazer transferências bancárias.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAndaimes | Bombeiros e construtoras testam redes de protecção A Associação dos Barraqueiros de Macau pediu aos associados que entreguem amostras das redes de protecção dos andaimes de bambu para um teste unificado às propriedades anti-inflamatórias do material. O objectivo é evitar que as obras em Macau sofram atrasos devido a testes de segurança O Corpo de Bombeiros (CB) e a Associação dos Barraqueiros de Macau estão a testar as propriedades contra incêndio das redes dos andaimes instaladas nas obras do território. O cenário foi traçado pelo presidente da Associação dos Barraqueiros de Macau, Chio Tak Sio, à emissora pública RTHK, de Hong Kong. Segundo as explicações do dirigente associativo, por enquanto, as redes deverão ser mantidas, mas dependendo dos resultados dos testes, e se for confirmado que não cumprem os padrões mínimos, vão ser substituídas. “Por agora, não vamos remover as redes porque precisamos de garantir que, devido ao vento, os detritos das obra não caem nem atingem os transeuntes”, começou por indicar. Para assegurar que os testes são realizados, a Associação dos Barraqueiros de Macau está a pedir aos seus membros a recolha de amostras das redes instaladas na cidade. Nesta altura, pede-se aos membros que contribuam o mais depressa possível com as amostras, para que o CB possa realizar um teste unificado, com todas as amostras, para evitar mais atrasos nas obras, devido à necessidade de realizar mais testes de segurança. O alerta para a potencial existência de redes em andaimes que não cumprem os requisitos surgiu depois do incêndio no complexo residencial de Tai Po, em Hong Kong, que causou pelo menos 160 mortos. O número total de mortos não é conhecido e os dados oficiais, que não são actualizados há mais de seis dias, indicavam que havia seis desaparecidos. Procedimentos quase iguais Sobre as obras em Macau, e numa comparação com Hong Kong, Chio Tak Sio admitiu que os procedimentos de construção e segurança “são basicamente iguais” e que a instalação de rede de protecção nos andaimes serve não só para assegurar a segurança dos transeuntes, mas também dos operários que trabalham em altura. A associação também apontou que o sector de construção civil admite actualmente a possibilidade de o Governo elaborar novas instruções de segurança para os estaleiros de obras. Quanto à substituição de andaimes de bambus por metal, Chio Tak Sio considera que o custo mais alto dos andaimes de metal vai diminuir a vontade da população de realizar novas obras. Por seu turno, o deputado Kou Ngon Seng defendeu que ambos os tipos de andaimes têm vantagens, e que a escolha do tipo mais indicado deve ser feita tendo em conta a obra. “Os andaimes de bambus são mais flexíveis, mas a resistência contra incêndios pode ser inferior. Já os andaimes de metal ocupam mais espaço, e também não conseguem evitar completamente os incêndios, quando atingem o ponto de ignição”, argumentou. Ainda assim o deputado nomeado pelo Chefe do Executivo, e também engenheiro, reconheceu que o incêndio de Tai Po foi um alerta para Macau. Kou Ngon Seng defendeu a necessidade de se reverem as práticas de construção e de inspecção e que os actuais de critérios de segurança das obras públicas sejam igualmente aplicados ao sector privado.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Mais empréstimos aprovados em Outubro A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou que o número de empréstimos atribuídos para fins de habitação e actividades imobiliárias aumentaram entre Setembro e Outubro deste ano. Porém, houve uma diminuição do seu saldo bruto. No caso dos empréstimos para a habitação, o crescimento mensal foi de 4 por cento, tendo registado o montante total de 1,18 mil milhões de patacas. Neste segmento, os empréstimos a residentes representaram, em Outubro, 97,4 por cento, crescendo 6,2 por cento, no valor global de 1,15 mil milhões de patacas. Porém, na clientela não-residente registou uma quebra de 41,7 por cento, para 30,51 mil milhões de patacas. Na componente imobiliária, destaca-se o grande aumento mensal de 310,1 por cento, com o montante de 845,71 milhões em Outubro, número que se explica pela “baixa base do mês anterior [Setembro]”. AMCM | Reservas cambiais subiram 1,1% em Novembro A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou que as reservas cambiais da RAEM atingiram em Novembro 240,8 mil milhões de patacas, o que representa um aumento de 1,1 por cento relativamente aos dados rectificados do mês anterior, que atingiram 238,0 mil milhões de patacas. Estas são estimativas preliminares da AMCM. Além disso, a taxa de câmbio efectiva da pataca de Macau, ponderada pelas suas quotas do comércio, foi de 101,9 no mês de referência, representando um crescimento de 0,47 pontos em comparação com os dados do mês anterior [Outubro] e um decrescimento de 3,66 pontos relativos aos números reportados em Novembro do ano passado. Segundo a AMCM, tal implica que, em termos globais, “a pataca de Macau subiu mensalmente face às moedas dos principais parceiros comerciais de Macau, mas caiu anualmente”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAMCM | Compras online sem autorizações com códigos por SMS A Autoridade Monetária de Macau anunciou ontem o fim dos códigos enviados por SMS para autorizar transacções online e pediu aos bancos que criem autorizações nas aplicações de telemóvel. Para aceder aos novos métodos basta actualizar as aplicações A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) alterou as regras de segurança para as transacções online, seja transferência de dinheiro ou compras digitais. Até agora o cliente recebia, por SMS, um código para autorizar essa transferência de fundos da conta, mas agora cabe aos bancos criar um mecanismo de autorização na própria aplicação de telemóvel. Segundo um comunicado divulgado ontem pela AMCM, as novas funções visam aumentar “a segurança das transacções online mediante cartão bancário” e “salvaguardar os direitos dos titulares de cartões”. Assim, fica determinado que os bancos devem “introduzir uma funcionalidade de autorização de transacções online nas suas aplicações de ‘banco móvel’ a partir do final deste mês”, que vai substituir “os códigos de verificação SMS únicos para autorizar tais transacções”. Ainda assim, os clientes que não tenham activado o serviço de “banco móvel” podem continuar a receber códigos por SMS para autorizar compras online. Para a AMCM, as novas regras vão dar aos clientes dos bancos “informações mais claras sobre as transacções”, além de proporcionar “um canal mais seguro para autorizar transações online mediante cartão bancário, ajudando a impedir que fraudadores realizem transacções não autorizadas por meio do roubo de códigos de verificação por SMS”. Reduz-se, assim, “o risco de perdas financeiras para os titulares de cartões”, num território onde as burlas informáticas são um crime comum. Sem links ou códigos Face às novas regras de segurança, é explicado que os titulares dos cartões apenas necessitam actualizar as aplicações dos bancos para terem acesso às novas funcionalidades, sem terem de fazer novos registos. “No futuro, quando os titulares dos cartões introduzirem os dados dos seus cartões bancários no site de um comerciante, a página irá solicitar que abram e acedam à sua aplicação do ‘banco móvel’ para concluir a verificação de identidade necessária”, apresentando-se depois “as informações da transacção, incluindo os últimos quatro dígitos do cartão de crédito, o nome do comerciante, a moeda da transação e o montante”. A AMCM revela preocupação a travar casos de burla, tendo referido na mesma nota que desde Junho do ano passado que instruiu a banca a fornecer “canais convenientes, como linhas directas e serviços bancários online ou móveis” a clientes, permitindo que “activem ou desactivem funções de transacções online, ajustem limites de crédito e congelem ou comuniquem imediatamente o extravio dos seus cartões bancários”. Fica ainda determinado que os bancos não enviam aos clientes “qualquer tipo de ‘hyperlinks ou códigos QR para estes clicarem ou digitalizarem em SMS, ou emails enviados a clientes, a partir de Dezembro” deste ano. Além disso, no combate aos crimes de burla, é descrito que “as instituições financeiras também são obrigadas a reforçar as suas campanhas de sensibilização”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTrânsito | Deputado quer sinais adaptados a carros com volante à esquerda Chan Lai Kei interpelou o Governo sobre a necessidade de reorganizar o planeamento do trânsito porque os veículos do Interior têm o volante do lado esquerdo. O deputado justificou a necessidade de mudança com a integração na Grande Baía e o reconhecimento das cartas de condução A futuro do trânsito passa pela esquerda. É esta a ideia deixada por Chan Lai Kei numa interpelação escrita enviada ao Governo, onde descreve que esta será uma tendência tendo em conta a integração de Macau no projecto da Grande Baía, sem esquecer o reconhecimento mútuo das cartas de condução com o Interior da China. Por esta razão, o deputado ligado à comunidade de Fujian espera que os veículos com o volante do lado esquerdo sejam tidos em conta no futuro planeamento do trânsito e na instalação de infra-estruturas urbanas, como por exemplo a colocação de sinais de trânsito e de espelhos rodoviários nas ruas. Na interpelação escrita o deputado cita dados oficiais relativos aos últimos anos, que demonstram que o número de veículos com volante do lado esquerdo tem aumentado. Até Dezembro deste ano houve 5.731 inscrições de automóveis ligeiros e de 435 automóveis pesados com as características mencionadas. No entanto, o deputado argumenta que as ruas de Macau são estreitas e que, ao longo dos anos, as infra-estruturas têm-se focado na condução à direita. “Com o ambiente de condução do lado direito os condutores que conduzem do lado esquerdo podem cometer mais erros de avaliação”, disse. A direita é um risco Para o deputado, as infra-estruturas que só favorecem quen conduz com o volante do lado direito não só arriscam os condutores, mas também os peões, afectando todo o sistema de segurança rodoviária. “Se o Governo fizer uma avaliação, para 2026, dos riscos de segurança no que diz respeito aos ângulos da condução à esquerda, tendo em conta as vias nos bairros antigos, será que pode aumentar a sensibilização dos condutores para os potenciais riscos, a fim de ser assegurada a segurança dos peões”, questionou. Chan Lai Kei defendeu ainda que, a fim de garantir que todos os condutores sujeitos à política do mútuo reconhecimento das cartas de condução se adaptam ao ambiente e regras de trânsito de Macau, as autoridades devem obrigá-los a realizar testes e frequentar sessões educativas sobre o panorama do trânsito e regras de segurança rodoviária do território. Tendo em conta que o planeamento dos novos aterros e demais construções ainda estão em curso, o deputado espera que o Governo inclua concepções de segurança que tenham também em consideração os veículos com volante do lado esquerdo.
Hoje Macau SociedadeUniversidades de Macau e Timor-Leste acordam intercâmbio de alunos e professores A Universidade Politécnica de Macau (UPM) anunciou na sexta-feira um acordo com a Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) para o intercâmbio de estudantes e professores. Num comunicado, a UPM indicou que o protocolo de cooperação prevê ainda o reforço dos laços na área da partilha de recursos académicos e na formação de quadros qualificados bilingues em chinês e português. As duas jurisdições têm o português como uma das línguas oficiais, juntamente com o chinês, no caso da região semiautónoma de Macau, e com o tétum, no caso de Timor-Leste. O acordo foi assinado pela vice-reitora da UPM, Vivian Lei Ngan Lin, e pelo reitor da UNTL, João Soares Martins, à margem da 15.ª conferência do Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa (Forges). A reunião anual das universidades e politécnicos lusófonos decorreu na capital de Timor-Leste, Díli, numa organização conjunta da UNTL, da Universidade Católica Timorense São João Paulo II e da Universidade de Díli. A conferência do Forges, que teve como tema “A Promoção da Investigação Científica em Língua Portuguesa Face aos Desafios Globais”, decorreu entre 24 e 27 de Novembro. Durante o evento, o subdirector da Faculdade de Línguas e Tradução da UPM, o português Joaquim Carvalho, fez uma apresentação em que convidou alunos e docentes dos países lusófonos a apostarem no intercâmbio com Macau. Rede Internacional A delegação da UPM aproveitou ainda a ocasião para discutir projectos de intercâmbio e cooperação académica com a Universidade Católica Portuguesa, a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Brasil) e a Universidade de Luanda. Em Novembro de 2024, durante a 14.ª conferência do Forges, em Macau, João Soares Martins disse à Lusa que a UNTL queria o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR) para começar a certificar a proficiência em língua portuguesa. Também na região chinesa, a UNTL e a Universidade de Macau (UM) assinaram na segunda-feira um acordo de cooperação que prevê “mais oportunidades para a mobilidade dos professores e dos estudantes”, sublinhou o reitor. A delegação timorense visitou na UM o Departamento de Português, o Laboratório de Referência do Estado para Investigação de Qualidade em Medicina Chinesa e a Faculdade de Direito, onde foram formados alguns dos actuais docentes da UNTL. “Seria bom a Universidade de Macau poder fornecer algumas vagas para os nossos professores poderem continuar os seus cursos, tanto em mestrado como doutoramento”, sublinhou Soares Martins.
Hoje Macau Manchete SociedadeUM | Arrancou construção do novo campus A cerimónia de início da construção contou com a participação de Sam Hou Fai. O novo campus vai incluir a primeira faculdade de medicina da UM A construção do novo campus da Universidade de Macau (UM), que vai incluir a primeira faculdade de medicina pública, em colaboração com a Universidade de Lisboa (ULisboa) arrancou na sexta-feira. Num comunicado, a UM indicou que a cerimónia de lançamento da primeira pedra, presidida pelo líder do Governo, Sam Hou Fai, decorreu na Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau, na vizinha Hengqin (ilha da Montanha). O novo campus ocupará uma área de quase 376 mil metros quadrados na zona económica especial e a construção deverá demorar cerca de três anos, com uma inauguração parcial prevista para 2028 e a conclusão das obras em 2029. Quatro novas faculdades irão nascer no novo campus da UM na Ilha da Montanha, incluindo as de Ciências de Informação, Design e Engenharia, assim como a primeira faculdade de medicina pública de Macau. A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, uma instituição privada, tem desde 2008 uma Faculdade de Ciências da Saúde, oficialmente rebaptizada como Faculdade de Medicina em 2019. Em Junho, o director da Faculdade de Medicina da Ulisboa disse à Lusa que os médicos formados na futura Faculdade de Medicina da UM poderão também exercer em Portugal. A ULisboa está a colaborar com a UM para criar um currículo com uma disposição “próxima daquela que é a estrutura” dos cursos na instituição portuguesa, disse Luís Graça. O dirigente explicou que os cursos vão funcionar em co-tutela, permitindo aos médicos formados na UM obterem “uma equivalência e um reconhecimento” pela Faculdade de Medicina da ULisboa. Médicos para Portugal Entre as vantagens, estará “permitir assim que os médicos formados no território possam também exercer medicina em Portugal”, sublinhou o investigador. Em Dezembro, o vice-reitor da UM, Rui Martins, disse que o novo campus apostará em “‘dual degrees’ [cursos em co-tutela] com universidades estrangeiras. A medicina já está com Lisboa e agora estamos a definir para as outras faculdades”. O novo campus na Ilha da Montanha deverá permitir à UM passar dos actuais 15 mil para um máximo de 25 mil alunos, sublinhou o vice-reitor para Assuntos Globais, numa entrevista ao canal em língua portuguesa da televisão pública local TDM. Luís Graça, especialista em imunologia de transplantes, demonstrou também entusiasmo com potenciais colaborações entre as duas universidades na área da investigação científica. “Se nós pensarmos em termos de ciência, o reforço do potencial científico de ambas as instituições com uma colaboração próxima entre si é algo que claramente vai beneficiar ambos os lados dessa parceria”, afirmou o dirigente. Luís Graça disse que a Faculdade de Medicina da ULisboa está a organizar o primeiro simpósio para reunir os investigadores da instituição e da UM, com vista a promover projectos conjuntos de investigação.
Hoje Macau SociedadeTake-away | Sem planos de regulamentação laboral Chan Un Tong, director da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), disse não estarem em cima da mesa planos para regular a profissão de estafeta, que se destina a entregar refeições take-away. Segundo noticiou a TDM Rádio Macau, o responsável respondeu a uma interpelação escrita do deputado Ngan Iek Hang, explicando que a protecção laboral e legal dos estafetas depende do vínculo que têm com a plataforma que proporciona o serviço de entregas. Se houver um contrato assinado, aplica-se a lei laboral em vigor, mas se existir apenas um contrato de prestação de serviços, vigoram as condições acordadas entre as partes. O deputado afirmou, na interpelação, que o sector de entregas de take-away já representa 48,3 por cento dos estabelecimentos de restauração, sugerindo por isso melhorias a nível laboral.
Hoje Macau SociedadeProstituição | Ponderado alívio de regras O Governo vai pedir a opinião dos residentes sobre uma eventual redução das restrições às saunas e massagens, os únicos locais da região onde é tolerada a prática de prostituição. Numa conferência de imprensa realizada na quinta-feira, o porta-voz do Conselho Executivo, Wong Sio Chak, anunciou que a consulta pública vai ser lançada na primeira metade de 2026. O Executivo pretende rever o regime do licenciamento administrativo de actividades económicas específicas, que foi aprovado em 1998. Wong Sio Chak, também secretário para a Administração e Justiça, deu como exemplo leilões, barbearias e salões de beleza e disse que “alguns dos sectores vão passar a não precisar de licença e registo”. A mudança pode ter “grande significado para a optimização do ambiente de negócios e para o desenvolvimento económico de Macau”, nomeadamente ao “dar mais conveniência às empresas”, defendeu o dirigente. No entanto, Wong admitiu que, uma vez que a revisão “representa uma grande mudança política”, o líder do Governo, Sam Hou Fai, “decidiu ouvir mais opiniões do público” para “não prejudicar a vida dos cidadãos”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJustiça | Jerónimo Santos no TSI e Ho Wai Neng confirmado no TUI Apesar das saídas de portugueses dos tribunais de Macau nos últimos anos, o único juiz luso que permanece no território foi promovido ao Tribunal de Segunda Instância O único juiz português a trabalhar em Macau, Jerónimo Alberto Gonçalves Santos, foi nomeado para o Tribunal de Segunda Instância (TSI), enquanto Ho Wai Neng foi confirmado como juiz do Tribunal de Última Instância (TUI). As decisões foram comunicadas na sexta-feira e o despacho de nomeação foi publicado ontem no Boletim Oficial. A promoção de Jerónimo Santos acontece numa altura em que a continuidade dos magistrados portugueses em Macau é colocada em causa pelas autoridades de Portugal. Em Outubro deste ano, o também juiz português Rui Ribeiro antecipou o final de uma comissão de serviço, que se prolongava até Maio do próximo ano, devido à incerteza da renovação da licença especial, para estar em Macau, do Conselho Superior de Magistratura (CSM). Também em Outubro, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), João Cura Mariano, que por inerência preside também ao CSM, afirmou que a justiça portuguesa está com “alguma dificuldade em contribuir com juízes”, devido à falta de recursos humanos qualificados e com experiência. “Ainda agora retirámos um juiz que já cá estava há muitos anos e nós necessitávamos dele”, sublinhou João Cura Mariano, em Outubro. Em 2024, o CSM rejeitou a permanência do juiz português do TJB Carlos Carvalho, que estava em Macau há 16 anos e tinha sido convidado pela Comissão Independente para a Indigitação dos Juízes do território a continuar por mais dois. O conselho não autorizou a renovação da licença especial de Carlos Carvalho e promoveu-o a juiz desembargador, com colocação no Tribunal da Relação. Não obstante as nuances, João Cura Mariano garantiu estar disposto em ajudar Macau, “apesar das dificuldades que actualmente existem em Portugal no recrutamento de juízes”. Confirmação de subida As movimentações anunciadas na sexta-feira confirmam a subida de Ho Wai Neng ao Tribunal de Última Instância, onde vinha a desempenhar funções, desde que Sam Hou Fai anunciou a candidatura a Chefe do Executivo, em Abril do ano passado. Além disso, Choi Mou Pan foi nomeado pelo período de três anos como presidente do TSI, posição que era desempenhada por Ho Wai Neng. Entre as promoções ao TSI, destaca-se ainda o nome de Lou Ieng Ha, juíza responsável na primeira instância por alguns dos casos mais mediáticos dos últimos anos, como o das Obras Públicas, que resultou nas condenações dos ex-directores Jaime Carion e Li Canfeng, e também do caso Suncity, que conduziu o empresário da maior promotora do jogo de Macau, Alvin Chao, à prisão. A nível das nomeações, Io Weng San e Rong Qi foram promovidos a juízes presidentes do Tribunal Colectivo dos Tribunais de Primeira Instância. Todas as nomeações entram em vigor no próximo ano, e a indigitações partiram do Comissão Independente para a Indigitação de Juízes. A comissão é constituída por Lau Cheok Va, presidente, Ho Teng Iat, Ieong Tou Hong, Chan Hong, Wang Yu, Song Man Lei e António José Dias Azedo. Com Lusa
Hoje Macau Manchete SociedadeOrçamento | Despesa pública sobe até Novembro devido a apoios sociais Em comparação com o ano passado, o Governo gastou mais 4,1 por cento em despesas sociais até Novembro, que subiram para 49,7 mil milhões de patacas. O aumento da despesa pública foi equilibrado com as receitas dos casinos As despesas públicas aumentaram 2,7 por cento nos primeiros 11 meses de 2025, em comparação com igual período do ano passado, após uma revisão do orçamento para reforçar os apoios sociais, foi anunciado na sexta-feira. De acordo com dados publicados ‘online’ pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), a RAEM gastou até ao final de Novembro 86,1 mil milhões de patacas. A principal razão para a subida foram os gastos em apoios e subsídios sociais, que cresceram 4,1 por cento em comparação com os primeiros 11 meses de 2024, para 49,7 mil milhões de patacas. No início de Julho, a Assembleia Legislativa aprovou uma proposta do Governo para aumentar em 2,86 mil milhões de patacas nas despesas previstas no orçamento, para reforçar os apoios sociais. A revisão inclui a criação de um subsídio, no valor total de 54 mil patacas, para as crianças até aos três anos, numa tentativa de elevar a mais baixa natalidade do mundo. Pelo contrário, os gastos com obras públicas, o Plano de Investimentos e Despesas da Administração, caíram 2,7 por cento até Novembro, para 14,7 mil milhões de patacas. Receitas com impostos O aumento da despesa foi equilibrado pela receita corrente de Macau, que subiu 2,8 por cento nos primeiros 11 meses do ano, para 104,6 mil milhões de patacas. A principal razão para o aumento foi um acréscimo de 7 por cento, para 86,7 mil milhões de patacas, nas receitas dos impostos sobre o jogo – que representam 81,3 por cento do total. As seis operadoras de jogo da cidade pagam um imposto directo de 35 por cento sobre as receitas do jogo, 2,4 por cento destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico, e 1,6 por cento entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos. As receitas totais dos casinos de Macau atingiram 226,5 mil milhões de patacas nos primeiros 11 meses do ano, mais 8,6 por cento do que no mesmo período de 2024. O território terminou Novembro com um excedente nas contas públicas de 20,6 mil milhões de patacas, mais 11,4 por cento do que em igual período do ano passado. Macau fechou 2024 com um excedente de 15,8 mil milhões de patacas, mais do dobro do registado no ano anterior. A previsão inicial do Governo para todo o ano de 2025 apontava para um excedente de 6,83 mil milhões de patacas. Mas o orçamento revisto, aprovado pela Assembleia Legislativa no início de Julho previa um excedente de apenas 191,1 milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeZona A | Rampa e passagem para peões vai custar pelo menos 54 milhões Uma rampa de acesso para circulação rodoviária à Zona A dos Novos Aterros e uma passagem para peões irão custar aos cofres públicos entre “mais de 54 milhões de patacas e mais de 63 milhões de patacas”, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP). Os valores representam as propostas mais barata e mais cara apresentadas pelas empresas candidatas ao concurso público para a “Empreitada de Construção da Extensão da Rampa da Via de Acesso A1 e de uma Passagem Pedonal para Peões”. As 17 propostas, todas admitidas, foram conhecidas ontem. A obra terá um prazo de construção de 285 dias úteis. A obra procura aperfeiçoar as ligações entre a Zona A e a península, através da “rampa de acesso, num único sentido, na actual via de acesso A1, para facilitar o acesso directo dos veículos à Avenida da Ponte Macau, no lado leste da Zona A, pelas Avenida da Ponte da Amizade e Avenida do Nordeste, e desviar os veículos que pretendem ter acesso ao Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e os que se dirigem à Taipa pela Ponte Macau”. Além disso, será construída “uma passagem pedonal desnivelada na costa da extremidade norte da Zona A dos Novos Aterros Urbanos, a qual ligará os dois lados leste e oeste da Zona A”.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Feiras de emprego com 500 vagas em limpeza e restauração Abriram hoje, às 09h, as inscrições para três sessões de emparelhamento que vão disponibilizar 496 vagas de emprego nos dias 18 e 19 de Dezembro. Os interessados têm até ao meio-dia da próxima quarta-feira para se inscreverem. A primeira sessão, marcada para a manhã da próxima quinta-feira irá oferecer oportunidades para segurança e limpeza com 282 vagas, incluindo funções como agente de segurança privada, empregado de limpeza e porteiro. Na parte da tarde do mesmo dia, as 166 ofertas de trabalho serão para os cargos de cozinheiro, padeiro, ajudante de cozinha, chefe de limpeza, empregado de restauração e operador de caixa. No dia seguinte, 19 de Dezembro, serão oferecidos 48 postos de trabalho para cargos como gerente de turno da recepção, gerente-adjunto de restauração, chefe de serviços protocolares, chefe de restauração, cozinheiro, recepcionistas e embaixador dos serviços de restauração. As sessões de 18 de Dezembro vão decorrer no Edifício Industrial Tai Peng, no Istmo de Ferreira do Amaral, n 101 – 105 e a sessão de 19 de Dezembro está marcada para a Sala Orchid no 28.º andar do Hotel Okura.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeZAPE | Comerciantes temem pelo futuro A pouco mais de duas semanas do encerramento total dos casinos- satélite, os comerciantes da Zona de Aterros do Porto Exterior continuam a demonstrar preocupação sobre o futuro dos seus negócios, dado o decréscimo de turistas naquela área. A queda de vendas tem-se acentuado nos últimos meses, segundo testemunhos dados ao jornal Ou Mun O encerramento gradual dos casinos-satélite na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE), que decorre até ao final do ano, está a deixar os comerciantes dessa área da península muito preocupados quanto ao futuro dos seus empreendimentos. Os testemunhos ouvidos pelo jornal Ou Mun falam de quebra nos negócios e de um sentimento de incerteza quanto ao futuro, isto apesar de o Governo e uma associação comercial já terem organizado actividades para dinamizar aquela zona. Uma das pessoas ouvidas, foi um proprietário de um restaurante, que não quis ser identificado, tendo destacado que, nos últimos meses, o volume de negócios caiu cerca de 30 a 40 por cento face ao passado. Este homem, apontou como uma das principais razões a quebra de clientes com grande poder de compra dos casinos-satélites situados nas proximidades. O comerciante confessou que a capacidade de compra de residentes locais é limitada, pagando entre 30 a 50 patacas por um pequeno-almoço ou almoço, ou 50 a 80 patacas por um jantar. Disse ainda que os apostadores dos casinos é que sustentam a economia do ZAPE, sobretudo depois das 22h. O proprietário de um restaurante frisou que mesmo que o Governo coloque no ZAPE decorações sazonais para melhorar o ambiente de negócio e atrair visitantes, ou mesmo com o trabalho realizado por associações comerciais com plataformas locais e da China, os comerciantes da zona continuam pessimistas quanto ao futuro. Isto porque, na prática, não vêm a tendência de quebra de negócios alterar-se, acreditando que quando todos os casinos-satélite da zona fecharem portas, a perda de clientes será ainda maior. Outro problema que têm de enfrentar, é o custo da renda, pois nesta fase a única discussão que pode ser feita com os proprietários dos espaços comerciais é no sentido de uma redução do valor. Quebra para metade Outro dono de restaurante na zona, confessou que também viu o negócio baixar em cerca de 50 por cento nos últimos meses, mostrando-se igualmente pessimista. Porém, garante que consegue manter o negócio caso o Governo conceda apoios. Este proprietário espera, por isso, que as autoridades concedam mais recursos para atrair os visitantes ao ZAPE, desejando ainda mais actividades realizadas pelo Governo ou pela associação comercial que representa a zona. Caso o volume de receitas continue a sofrer reduções, só lhe resta desistir do negócio, confessou ao Ou Mun. Numa área de actividade diferente, desta vez um supermercado, um funcionário apontou que o dono já demonstrou a intenção de trespassar o negócio devido à queda das vendas. O entrevistado reconheceu que o ZAPE vai receber, no futuro, diversas actividades e eventos, mas entende que não vão trazer muito impacto no negócio porque o ambiente da zona não é atractivo, não existindo atracções para que os turistas tirem fotografias. Além disso, o funcionário do supermercado lembrou que também não existem lojas com características próprias, ou mais tradicionais.