Hoje Macau EventosColagens | Livraria Portuguesa recebe trabalhos de Burry Buermans [dropcap]A[/dropcap] entidade D’As Entranhas Macau – Associação Cultural inaugura esta sexta-feira, por volta das 18h30, a exposição de colagens de Burry Buermans Retrospectiva, na Galeria de Arte da Livraria Portuguesa. A mostra apresenta uma selecção de 20 trabalhos do artista plástico belga, realizados com colagens, a partir de livros antigos, revistas e jornais , cujos desenhos e imagens datam de 1874 até ao presente. A exposição estará patente até ao dia 31 de Outubro, tendo entrada livre. Nascido em 1982, Burry Buermans nasceu na Bélgica e vive em Portugal desde 2012. Autodidacta no domínio das artes plásticas, desde cedo experimentou diferentes formas artísticas. Percorreu um longo caminho à procura do seu próprio meio de expressão, até que acidentalmente encontrou as colagens. Sem recurso ao Photoshop, a sua inspiração são as notícias diárias, o cinema e a sua própria fantasia de assinatura belga, absurda e surreal. O seu lema de vida é “perseguir os seus sonhos, onde quer que eles o levem”, e assim recuperou velhos carros Trabant, começou uma companhia de teatro, produziu e decorou as suas próprias festas e andou pelo mundo à boleia. Já expôs na Bélgica e em Portugal.
Andreia Sofia Silva EventosGrand Lisboa | Exposição de artistas lusófonos inserida na iniciativa “Art Macao” Obras de artistas oriundos dos países lusófonos, pertencentes à colecção da Fundação PLMJ, estão em exposição no Grand Lisboa, inserida na iniciativa “Art Macao”. Paulo Corte-Real, curador da mostra, fala da presença de uma multidisciplinariedade que pretende revelar diferentes visões artísticas ao público de Macau [dropcap]M[/dropcap]ais de 20 obras de artistas do bloco lusófono estão à vista, desde sexta-feira, no Grand Lisboa, um dos casinos explorados pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM). A mostra, intitulada “Autores Lusófonos na coleção da Fundação PLMJ” fecha a série de exposições que a SJM promoveu este ano no âmbito do festival de arte que o Governo lançou em conjunto com as operadoras de jogo, com um orçamento global de 3,8 milhões de euros, e que tem como nome “Art Macao”. Com curadoria de Paulo Corte-Real, a exposição apresenta obras do acervo da Fundação PLMJ, uma sociedade de advogados que desenvolve uma actividade regular no sector do coleccionismo e que tem colaborado com autores e artistas plásticos do mundo lusófono. O português Pedro Cabrita Reis, o artista de Macau Tang Kuok Hou, o moçambicano Celestino Mudaulane e os angolanos Délio Jasse e Yonamine estão entre os 18 artistas representados na exposição. Ao HM, Paulo Corte-Real destaca o facto de estarmos perante uma mostra multidisciplinar, talvez a diferença principal face às restantes exposições que se vão fazendo pelo território com a lusofonia como tema. “Esta mostra consiste numa exposição de obras de artistas representantes do universo lusófono que desenham uma geografia plural pertencente a uma geração que desenvolveu o seu trabalho num contexto de uma diáspora que se estende por cidades e lugares de todo o mundo”, explicou o curador. No Grand Lisboa podem ser vistas obras que têm como objectivo “mostrar ao público o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nas Artes Visuais nos paises lusófonos, através de um olhar atento a novas propostas estéticas e às experiências que, no âmbito da Lusofonia, nos trazem novas leituras e uma perspectiva global sobre o nosso tempo e a sua correspondente criação artística”, acrescentou Paulo Corte-Real. Em representação de Portugal estão trabalhos de Pedro Cabrita Reis e Rita Ferreira. Se um é um “peso pesado da arte contemporânea portuguesa”, outro pertence a uma geração mais recente. “A Rita Ferreira é uma artista em ascensão. Por outro lado, o trabalho do Pedro Cabrita Reis é já sobejamente reconhecido e foi dos primeiros ser adquiridos pela Fundação da PMLJ”, frisou. Paulo Corte-Real fala ainda da importância desta colecção. “Há muito que a Fundação se dedica a coleccionar trabalhos da lusofonia, e achei que tinha uma boa hipótese de dar a conhecer ao público de Macau o trabalho que se está a desenvolver nestes países.” De Macau, destaque para a presença de fotografias de Rui Calçada Bastos e Tang Kuok Hou. Se o primeiro é um português que residiu em Macau durante muitos anos, o segundo é natural do território. Também aqui Paulo Corte-Real quis estabelecer um contraste. “Estamos perante duas visões distintas do espaço urbano”, rematou. Lusofonia desde 2010 A Fundação PLMJ, ligada ao escritório de advogados com o mesmo nome, adquire há vários anos obras de arte portuguesa, tendo começado, em 2010, a investir em obras de artistas do espaço da CPLP. Nesta mostra do hotel Grand Lisboa, constam também nomes como o de José Chambel, natural de São Tomé e Príncipe, Yonamine, de Angola e ainda Filipe Branquinho, oriundo de Moçambique. Na inauguração, que decorreu na sexta-feira, estiveram presentes, entre outros, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, o cônsul honorário de Portugal em Hong Kong, Ambrose So, e a presidente do conselho de administração da SJM, Daisy Ho. Com o apoio das concessionárias e subconcessionárias de jogo, o festival internacional Art Macau teve início oficial em Junho. A organização prometeu transformar os ‘resorts’ integrados, consulados (entre os quais o de Portugal) e alguns espaços públicos em ‘galerias’ de arte, juntando mostras de arte de artistas ocidentais e chineses. Com Lusa
Andreia Sofia Silva EventosGrand Lisboa | Exposição de artistas lusófonos inserida na iniciativa “Art Macao” Obras de artistas oriundos dos países lusófonos, pertencentes à colecção da Fundação PLMJ, estão em exposição no Grand Lisboa, inserida na iniciativa “Art Macao”. Paulo Corte-Real, curador da mostra, fala da presença de uma multidisciplinariedade que pretende revelar diferentes visões artísticas ao público de Macau [dropcap]M[/dropcap]ais de 20 obras de artistas do bloco lusófono estão à vista, desde sexta-feira, no Grand Lisboa, um dos casinos explorados pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM). A mostra, intitulada “Autores Lusófonos na coleção da Fundação PLMJ” fecha a série de exposições que a SJM promoveu este ano no âmbito do festival de arte que o Governo lançou em conjunto com as operadoras de jogo, com um orçamento global de 3,8 milhões de euros, e que tem como nome “Art Macao”. Com curadoria de Paulo Corte-Real, a exposição apresenta obras do acervo da Fundação PLMJ, uma sociedade de advogados que desenvolve uma actividade regular no sector do coleccionismo e que tem colaborado com autores e artistas plásticos do mundo lusófono. O português Pedro Cabrita Reis, o artista de Macau Tang Kuok Hou, o moçambicano Celestino Mudaulane e os angolanos Délio Jasse e Yonamine estão entre os 18 artistas representados na exposição. Ao HM, Paulo Corte-Real destaca o facto de estarmos perante uma mostra multidisciplinar, talvez a diferença principal face às restantes exposições que se vão fazendo pelo território com a lusofonia como tema. “Esta mostra consiste numa exposição de obras de artistas representantes do universo lusófono que desenham uma geografia plural pertencente a uma geração que desenvolveu o seu trabalho num contexto de uma diáspora que se estende por cidades e lugares de todo o mundo”, explicou o curador. No Grand Lisboa podem ser vistas obras que têm como objectivo “mostrar ao público o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nas Artes Visuais nos paises lusófonos, através de um olhar atento a novas propostas estéticas e às experiências que, no âmbito da Lusofonia, nos trazem novas leituras e uma perspectiva global sobre o nosso tempo e a sua correspondente criação artística”, acrescentou Paulo Corte-Real. Em representação de Portugal estão trabalhos de Pedro Cabrita Reis e Rita Ferreira. Se um é um “peso pesado da arte contemporânea portuguesa”, outro pertence a uma geração mais recente. “A Rita Ferreira é uma artista em ascensão. Por outro lado, o trabalho do Pedro Cabrita Reis é já sobejamente reconhecido e foi dos primeiros ser adquiridos pela Fundação da PMLJ”, frisou. Paulo Corte-Real fala ainda da importância desta colecção. “Há muito que a Fundação se dedica a coleccionar trabalhos da lusofonia, e achei que tinha uma boa hipótese de dar a conhecer ao público de Macau o trabalho que se está a desenvolver nestes países.” De Macau, destaque para a presença de fotografias de Rui Calçada Bastos e Tang Kuok Hou. Se o primeiro é um português que residiu em Macau durante muitos anos, o segundo é natural do território. Também aqui Paulo Corte-Real quis estabelecer um contraste. “Estamos perante duas visões distintas do espaço urbano”, rematou. Lusofonia desde 2010 A Fundação PLMJ, ligada ao escritório de advogados com o mesmo nome, adquire há vários anos obras de arte portuguesa, tendo começado, em 2010, a investir em obras de artistas do espaço da CPLP. Nesta mostra do hotel Grand Lisboa, constam também nomes como o de José Chambel, natural de São Tomé e Príncipe, Yonamine, de Angola e ainda Filipe Branquinho, oriundo de Moçambique. Na inauguração, que decorreu na sexta-feira, estiveram presentes, entre outros, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, o cônsul honorário de Portugal em Hong Kong, Ambrose So, e a presidente do conselho de administração da SJM, Daisy Ho. Com o apoio das concessionárias e subconcessionárias de jogo, o festival internacional Art Macau teve início oficial em Junho. A organização prometeu transformar os ‘resorts’ integrados, consulados (entre os quais o de Portugal) e alguns espaços públicos em ‘galerias’ de arte, juntando mostras de arte de artistas ocidentais e chineses. Com Lusa
Hoje Macau EventosExposição | Antigo Tribunal acolhe mostra de pintura chinesa [dropcap]É[/dropcap] inaugurada na próxima sexta-feira, dia 11, a “Exposição das Obras dos Membros da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un”, uma iniciativa do Instituto Cultural (IC) e da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau. De acordo com um comunicado, a mostra apresenta 162 peças (conjuntos) de pinturas chinesas tradicionais, caligrafias e gravação de sinetes, cobrindo uma vasta gama de temas, incluindo paisagens, flores, pássaros, características naturais e poesia clássica antiga, entre outros. As peças são criadas de várias formas e estilos diferentes, reflectindo a herança criativa e artística dos membros que participam na exposição. A mostra estará patente entre 12 de Outubro e 2 de Novembro, sendo a entrada livre e aberta ao público diariamente de terça-feira a sexta-feira, entre as 10:00 e as 20:00 horas, incluindo os dias feriados. A Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau foi fundada há mais de 60 anos, sendo considerada o pilar da arte tradicional chinesa local. Tem como objectivo de promover a pintura, a caligrafia e gravação de sinetes chineses, herdando de forma activa a cultura chinesa e a essência nacional, com o apoio de um grupo de antecessores e académicos. Uma nota oficial aponta que, ao longo dos anos, a associação tem realizado exposições, reuniões académicas, intercâmbios com o exterior, entre outras actividades, a fim de fornecer uma plataforma de exibição e apreciação para os amantes da pintura, caligrafia e escultura de sinetes locais, para que mais velhos e mais novos possam aprender e trocar informações.
Hoje Macau EventosExposição | Antigo Tribunal acolhe mostra de pintura chinesa [dropcap]É[/dropcap] inaugurada na próxima sexta-feira, dia 11, a “Exposição das Obras dos Membros da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un”, uma iniciativa do Instituto Cultural (IC) e da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau. De acordo com um comunicado, a mostra apresenta 162 peças (conjuntos) de pinturas chinesas tradicionais, caligrafias e gravação de sinetes, cobrindo uma vasta gama de temas, incluindo paisagens, flores, pássaros, características naturais e poesia clássica antiga, entre outros. As peças são criadas de várias formas e estilos diferentes, reflectindo a herança criativa e artística dos membros que participam na exposição. A mostra estará patente entre 12 de Outubro e 2 de Novembro, sendo a entrada livre e aberta ao público diariamente de terça-feira a sexta-feira, entre as 10:00 e as 20:00 horas, incluindo os dias feriados. A Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau foi fundada há mais de 60 anos, sendo considerada o pilar da arte tradicional chinesa local. Tem como objectivo de promover a pintura, a caligrafia e gravação de sinetes chineses, herdando de forma activa a cultura chinesa e a essência nacional, com o apoio de um grupo de antecessores e académicos. Uma nota oficial aponta que, ao longo dos anos, a associação tem realizado exposições, reuniões académicas, intercâmbios com o exterior, entre outras actividades, a fim de fornecer uma plataforma de exibição e apreciação para os amantes da pintura, caligrafia e escultura de sinetes locais, para que mais velhos e mais novos possam aprender e trocar informações.
Hoje Macau EventosIIM | Livro de Vasco Callixto, de 1978, reeditado e apresentado em Lisboa O Instituto Internacional de Macau lança, na próxima semana, uma nova edição da obra “Viagem a Macau – Uma Relíquia de Portugal no Oriente”, da Vasco Callixto, lançado no território em 1978. A apresentação oficial dá-se na próxima quinta-feira no Palácio da Independência, em Lisboa [dropcap]A[/dropcap] obra “Viagem a Macau – Uma Relíquia de Portugal no Oriente”, lançada em 1978 e da autoria de Vasco Callixto, ganha uma nova vida com uma reedição promovida pelo Instituto Internacional de Macau (IIM), “como forma de prestar uma singela e justíssima homenagem ao autor, cujo mérito merece ser amplamente reconhecido”. O lançamento oficial será feito na próxima quinta-feira, 10 de Outubro, em Lisboa, no Palácio da Independência, em parceria com o Instituto de Luís Gonzaga Gomes e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal. De acordo com uma nota oficial do IIM, “este livro serve para revelar às novas gerações as impressões da primeira viagem do autor a terras orientais, compreendendo uma parcela da Tailândia, Hong Kong e Macau, uma permanência de vinte dias”. “Embora tenha voltado a Macau em 1992, num complemento de uma viagem à Austrália, a viagem de 1977 é uma viagem inesquecível e o livro que deu origem, o mais representativo de quanto o Autor viu e apreciou em Macau”, acrescenta a mesma nota. Para o IIM, “ler este livro hoje permitira ao leitor recuar quatro décadas e ficar a conhecer a Macau de ontem, uma Macau saudosa cem por cento portuguesa, que transmitia orgulho e emoção a quantos portugueses pisavam a terra de Macau, apesar dos ventos da História”. Pela Ásia Vasco Callixto, nascido em 1925, é um jornalista e autor de vários livros na área do turismo, muitos deles sobre viagens à Ásia. De acordo com o blogue Macau Antigo, da autoria do jornalista João Botas, Vasco Callixto celebrou, em 2011, meia década de inúmeras viagens realizadas pelos cinco continentes com o lançamento do livro “50 Anos de Viagens”. Dez anos depois de ter lançado “Viagem a Macau”, o autor publicou “Viagem à Índia”, seguindo-se “Por Estradas da Venezuela”, em 1989, e “Uma Volta ao Mundo em Português”, lançado em 1996. Na obra “Viagem a Macau” é relatada a viagem que o autor realizou, num total de 26751 quilómetros feitos de avião, mais 140 quilómetros de barco e outros 285 quilómetros de carro, num percurso compreendido entre as cidades de Lisboa, Paris, Banguecoque, Hong Kong, Macau e Genebra. Citado pelo blogue Macau Antigo, Vasco Callixto recorda a viagem ao pequeno território do sul da China administrado, à época, por portugueses. “Fui a primeira vez a Macau em 1977, pelo grande desejo que tinha em conhecer Macau e muito lamento ter ficado sem conhecer Timor. Estive lá uns vinte dias, vi tudo e assisti ao Grande Prémio, conheci o governador Garcia Leandro e o Dr. Jorge Rangel e os jornais locais e voltei a Macau em 1992, por quatro ou cinco dias, tendo então ido à China mas só até Zhongshan, à casa de Sun Yat Sen.”
Hoje Macau EventosIIM | Livro de Vasco Callixto, de 1978, reeditado e apresentado em Lisboa O Instituto Internacional de Macau lança, na próxima semana, uma nova edição da obra “Viagem a Macau – Uma Relíquia de Portugal no Oriente”, da Vasco Callixto, lançado no território em 1978. A apresentação oficial dá-se na próxima quinta-feira no Palácio da Independência, em Lisboa [dropcap]A[/dropcap] obra “Viagem a Macau – Uma Relíquia de Portugal no Oriente”, lançada em 1978 e da autoria de Vasco Callixto, ganha uma nova vida com uma reedição promovida pelo Instituto Internacional de Macau (IIM), “como forma de prestar uma singela e justíssima homenagem ao autor, cujo mérito merece ser amplamente reconhecido”. O lançamento oficial será feito na próxima quinta-feira, 10 de Outubro, em Lisboa, no Palácio da Independência, em parceria com o Instituto de Luís Gonzaga Gomes e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal. De acordo com uma nota oficial do IIM, “este livro serve para revelar às novas gerações as impressões da primeira viagem do autor a terras orientais, compreendendo uma parcela da Tailândia, Hong Kong e Macau, uma permanência de vinte dias”. “Embora tenha voltado a Macau em 1992, num complemento de uma viagem à Austrália, a viagem de 1977 é uma viagem inesquecível e o livro que deu origem, o mais representativo de quanto o Autor viu e apreciou em Macau”, acrescenta a mesma nota. Para o IIM, “ler este livro hoje permitira ao leitor recuar quatro décadas e ficar a conhecer a Macau de ontem, uma Macau saudosa cem por cento portuguesa, que transmitia orgulho e emoção a quantos portugueses pisavam a terra de Macau, apesar dos ventos da História”. Pela Ásia Vasco Callixto, nascido em 1925, é um jornalista e autor de vários livros na área do turismo, muitos deles sobre viagens à Ásia. De acordo com o blogue Macau Antigo, da autoria do jornalista João Botas, Vasco Callixto celebrou, em 2011, meia década de inúmeras viagens realizadas pelos cinco continentes com o lançamento do livro “50 Anos de Viagens”. Dez anos depois de ter lançado “Viagem a Macau”, o autor publicou “Viagem à Índia”, seguindo-se “Por Estradas da Venezuela”, em 1989, e “Uma Volta ao Mundo em Português”, lançado em 1996. Na obra “Viagem a Macau” é relatada a viagem que o autor realizou, num total de 26751 quilómetros feitos de avião, mais 140 quilómetros de barco e outros 285 quilómetros de carro, num percurso compreendido entre as cidades de Lisboa, Paris, Banguecoque, Hong Kong, Macau e Genebra. Citado pelo blogue Macau Antigo, Vasco Callixto recorda a viagem ao pequeno território do sul da China administrado, à época, por portugueses. “Fui a primeira vez a Macau em 1977, pelo grande desejo que tinha em conhecer Macau e muito lamento ter ficado sem conhecer Timor. Estive lá uns vinte dias, vi tudo e assisti ao Grande Prémio, conheci o governador Garcia Leandro e o Dr. Jorge Rangel e os jornais locais e voltei a Macau em 1992, por quatro ou cinco dias, tendo então ido à China mas só até Zhongshan, à casa de Sun Yat Sen.”
Andreia Sofia Silva EventosArquitectura e Urbanismo | Novo livro sobre Macau apresentado em Portugal “Macau: Diálogos sobre Arquitectura e Sociedade” é o resultado de uma união de estudos dispersos e entrevistas sobre várias questões que habitam o mundo do urbanismo e da arquitectura da Macau contemporânea. O livro, editado pela Circo de Ideias, do Porto, foi coordenado pelos fundadores da BABEL, Tiago Quadros e Margarida Saraiva [dropcap]F[/dropcap]oi apresentado esta segunda-feira, na cidade do Porto, em Portugal, o livro “Macau: Diálogos sobre Arquitectura e Sociedade”, editado pela Circo das Ideias e coordenado pelos fundadores da plataforma cultural BABEL, o arquitecto Tiago Quadros e a curadora Margarida Saraiva. A obra reúne entrevistas realizadas a Nuno Cera, que realizou uma residência artística na Casa Garden com o apoio da Fundação Oriente, e outros nomes fortemente ligados à realidade urbana do território, como é o caso de Hendrik Tieben, Thomas Daniell, Mário Duque, Wang Weijen, Diogo Burnay, Jianfei Zhu, Jorge Figueira, Werner Breitung e Pedro Campos Costa. Ao HM, Tiago Quadros contou mais detalhes de um projecto que começou a ser pensado em 2013. “Havia a noção de que muito do conhecimento produzido sobre Macau, ao nível da arquitectura e estudos urbanos, estavam extremamente disseminados nos países de origem dos autores. Quisemos com isto reunir os autores desses estudos e tentar fixar esse conhecimento no mesmo livro.” A obra faz-se não apenas do contributo de arquitectos mas também de urbanistas e académicos. O contributo do artista Nuno Cera acabou por surgir de forma espontânea depois da sua presença em Macau, recorda Tiago Quadros. “A dada altura as coisas começaram a acontecer de modo natural e pensámos que seria interessante que parte do trabalho do Nuno fosse incluído quase como um ensaio natural mas existindo como um corpo próprio, e não apenas como ilustração das entrevistas.” Na apresentação do livro estiveram presentes o fotógrafo José Maçãs de Carvalho, que tem vindo a desenvolver inúmeros projectos em Macau e Hong Kong, e o arquitecto Bernardo Amaral, que viveu no território. As problemáticas Em “Macau: Diálogos sobre Arquitectura e Sociedade” é contada a história do desenvolvimento urbano do território nos últimos anos. “O livro procura ter uma abordagem retrospectiva das últimas décadas, e consegue fazer isso com as intervenções do Diogo Burnay, que fala muito dos anos 60 e 70. Mas depois procura também ter uma abordagem prospectiva em relação aquilo que vai acontecer no futuro próximo e quais serão as expectativas.” Neste campo, entram problemáticas como o espaço público e “a importância que tem e deveria ter numa cidade como Macau, onde a cultura local está muito orientada para o usufruto da população desse mesmo espaço publico, que é muito desqualificado”, apontou Tiago Quadros. Jorge Figueira apresenta ainda uma “abordagem mais contemporânea sobre a produção teórica que fez sobre Macau nos últimos anos, cruzando várias questões como a arquitectura e filosofia, muito sobre a produção caleidoscópica produzida pelos casinos em Macau.” O livro aborda ainda a problemática da habitação, como aponta Tiago Quadros, que dá como exemplo o desenvolvimento na zona do COTAI. “O plano do COTAI incluía a criação de áreas de habitação pública, que depois foi colocada em zonas mais periféricas como Seac Pai Van. Tem havido uma pressão muito grande por parte da população e o Governo assume que quer fazer, mas na verdade muito poucas soluções têm sido avançadas.” São também abordadas questões como a preservação do património e a arquitectura dos casinos, que “têm um efeito natural na vida do seu público”. Tiago Quadros assume que esta é uma obra que dá respostas a quem não faz parte desta área. “Macau está muito bem representada neste livro. Há um conjunto de pessoas entrevistadas que tem um trabalho muito relevante na área da arquitectura e estudos urbanistas e que ganham voz nesta publicação. Qualquer pessoa que procure ou queira fazer um trabalho de investigação sobre Macau nestas áreas tem neste livro muitas fontes e pistas e um suporte importante para desenvolver esse trabalho.” Acima de tudo, a obra contém “visões e abordagens muito distintas sobre temas diferentes”, sendo uma das qualidades do livro, defende Tiago Quadros.
Andreia Sofia Silva EventosArquitectura e Urbanismo | Novo livro sobre Macau apresentado em Portugal “Macau: Diálogos sobre Arquitectura e Sociedade” é o resultado de uma união de estudos dispersos e entrevistas sobre várias questões que habitam o mundo do urbanismo e da arquitectura da Macau contemporânea. O livro, editado pela Circo de Ideias, do Porto, foi coordenado pelos fundadores da BABEL, Tiago Quadros e Margarida Saraiva [dropcap]F[/dropcap]oi apresentado esta segunda-feira, na cidade do Porto, em Portugal, o livro “Macau: Diálogos sobre Arquitectura e Sociedade”, editado pela Circo das Ideias e coordenado pelos fundadores da plataforma cultural BABEL, o arquitecto Tiago Quadros e a curadora Margarida Saraiva. A obra reúne entrevistas realizadas a Nuno Cera, que realizou uma residência artística na Casa Garden com o apoio da Fundação Oriente, e outros nomes fortemente ligados à realidade urbana do território, como é o caso de Hendrik Tieben, Thomas Daniell, Mário Duque, Wang Weijen, Diogo Burnay, Jianfei Zhu, Jorge Figueira, Werner Breitung e Pedro Campos Costa. Ao HM, Tiago Quadros contou mais detalhes de um projecto que começou a ser pensado em 2013. “Havia a noção de que muito do conhecimento produzido sobre Macau, ao nível da arquitectura e estudos urbanos, estavam extremamente disseminados nos países de origem dos autores. Quisemos com isto reunir os autores desses estudos e tentar fixar esse conhecimento no mesmo livro.” A obra faz-se não apenas do contributo de arquitectos mas também de urbanistas e académicos. O contributo do artista Nuno Cera acabou por surgir de forma espontânea depois da sua presença em Macau, recorda Tiago Quadros. “A dada altura as coisas começaram a acontecer de modo natural e pensámos que seria interessante que parte do trabalho do Nuno fosse incluído quase como um ensaio natural mas existindo como um corpo próprio, e não apenas como ilustração das entrevistas.” Na apresentação do livro estiveram presentes o fotógrafo José Maçãs de Carvalho, que tem vindo a desenvolver inúmeros projectos em Macau e Hong Kong, e o arquitecto Bernardo Amaral, que viveu no território. As problemáticas Em “Macau: Diálogos sobre Arquitectura e Sociedade” é contada a história do desenvolvimento urbano do território nos últimos anos. “O livro procura ter uma abordagem retrospectiva das últimas décadas, e consegue fazer isso com as intervenções do Diogo Burnay, que fala muito dos anos 60 e 70. Mas depois procura também ter uma abordagem prospectiva em relação aquilo que vai acontecer no futuro próximo e quais serão as expectativas.” Neste campo, entram problemáticas como o espaço público e “a importância que tem e deveria ter numa cidade como Macau, onde a cultura local está muito orientada para o usufruto da população desse mesmo espaço publico, que é muito desqualificado”, apontou Tiago Quadros. Jorge Figueira apresenta ainda uma “abordagem mais contemporânea sobre a produção teórica que fez sobre Macau nos últimos anos, cruzando várias questões como a arquitectura e filosofia, muito sobre a produção caleidoscópica produzida pelos casinos em Macau.” O livro aborda ainda a problemática da habitação, como aponta Tiago Quadros, que dá como exemplo o desenvolvimento na zona do COTAI. “O plano do COTAI incluía a criação de áreas de habitação pública, que depois foi colocada em zonas mais periféricas como Seac Pai Van. Tem havido uma pressão muito grande por parte da população e o Governo assume que quer fazer, mas na verdade muito poucas soluções têm sido avançadas.” São também abordadas questões como a preservação do património e a arquitectura dos casinos, que “têm um efeito natural na vida do seu público”. Tiago Quadros assume que esta é uma obra que dá respostas a quem não faz parte desta área. “Macau está muito bem representada neste livro. Há um conjunto de pessoas entrevistadas que tem um trabalho muito relevante na área da arquitectura e estudos urbanistas e que ganham voz nesta publicação. Qualquer pessoa que procure ou queira fazer um trabalho de investigação sobre Macau nestas áreas tem neste livro muitas fontes e pistas e um suporte importante para desenvolver esse trabalho.” Acima de tudo, a obra contém “visões e abordagens muito distintas sobre temas diferentes”, sendo uma das qualidades do livro, defende Tiago Quadros.
Andreia Sofia Silva EventosColóquio | Livro “O Macaense” será apresentado em Macau em 2020 Lançado na sexta-feira na Universidade Católica Portuguesa, o livro “O Macaense: Identidade, Cultura e Quotidiano” deverá ter nova apresentação em Macau no início do próximo ano. A obra apresenta inúmeras reflexões sobre o que é ser macaense e recorda uma entrevista concedida por Henrique de Senna Fernandes ao Diário de Notícias [dropcap]O[/dropcap]lhar para dentro, pensar a identidade por quem a detém e por quem a sente. É este o propósito do livro “O Macaense: Identidade, Cultura e Quotidiano”, lançado na passada sexta-feira na Universidade Católica Portuguesa (UCP) e coordenado por nomes como Roberto Carneiro, presidente da Fundação Escola Portuguesa de Macau (FEPM), Jorge Rangel, Fernando Chau e José Manuel Simões, da Universidade de São José. Ao HM, Fernando Chau confessou que a obra deverá ser lançada em Macau no início do próximo ano, tendo como objectivo uma diferenciação do olhar sobre o que é ser macaense. “A ideia base (da edição do livro) partiu do Roberto Carneiro. Já há muitos estudos e livros publicados sobre esta temática, mas a questão da identidade vai mudando. A ideia era obter testemunhos daqueles que tiveram uma experiência com Macau.” “Quisemos adicionar mais uns pontos que podem ser interessantes à questão da identidade macaense. Espero que possa contribuir para um melhor entendimento da identidade e para um diálogo. A identidade é uma coisa em evolução”, acrescentou um dos coordenadores da obra. O presidente da FEPM explicou que o objectivo da obra passa por “divulgar e investigar o que é o macaense”. “É uma espécie de mistura entre português e chinês, mas que deu origem a algo autónomo, a uma comunidade autónoma”, afirmou. “É uma hibridação entre duas culturas que gera uma terceira cultura, que não tem a ver com sangue, não tem a ver com uma coisa biológica, tem a ver com culturas que estão abertas uma à outra”, continuou. Trabalho académico “O Macaense” volta a publicar uma entrevista de Henrique de Senna Fernandes concedida à historiadora Tereza Sena e publicada no Diário de Notícias em 1987, quando a transição já estava à espreita. José Sales Marques escreve sobre a ligação entre a comunidade macaense e a Grande Baía, enquanto que Marisa Gaspar escreve sobre os macaenses em Portugal, entre outros contributos. A obra, que ao longo de 286 páginas compila análises de 22 autores, é resultado de um trabalho que durou uma década e que “teve vários arranques falsos”, mas que acabou por avançar e foi finalizada “em tempo recorde”. O antigo ministro da Educação referiu que este é “um livro académico” e que está aberto a mais investigação. “Há poucas coisas de fundo sobre o que é ser macaense. Este livro dá profundidade ao que é ser macaense no mundo, o seu papel no futuro”, detalhou. Fernando Ilharco, actual presidente do Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da UCP, considerou que a obra “tenta reflectir à volta da experiência portuguesa de 500 anos em Macau”, ao mesmo tempo que procura “identificar esta presença na figura do macaense, que é uma figura híbrida entre o português e o chinês”. “Parece-me que é uma obra que pode contribuir para afirmar o relacionamento e a natureza da cultura e da diáspora portuguesa”, reforçou o responsável do CEPCEP. Para o presidente do centro de estudos, a transformação de Macau num jogador-chave na região “depende muito da China”. “Há um quadro de grande desenvolvimento de Macau, porque Macau é importante para o desenvolvimento da China, é importante na globalização da China, é importante no ‘interface’ com o mundo de língua portuguesa”, contou. Fernando Ilharco apontou que este projecto “é algo de natural”. “O centro de estudos mais antigo da Universidade Católica é o CEPCEP, por isso este projecto é algo de natural. Passados 20 anos da saída de Portugal da Ásia, passados 20 anos da passagem da soberania de Macau para a China, fazemos um balanço de um mundo global”, referiu. “É um projecto que é um marco, mas numa linha de investigação de cultura e povos portugueses na Ásia e no Extremo Oriente que nós pretendemos continuar a alimentar e a explorar”, concluiu.
Andreia Sofia Silva EventosColóquio | Livro “O Macaense” será apresentado em Macau em 2020 Lançado na sexta-feira na Universidade Católica Portuguesa, o livro “O Macaense: Identidade, Cultura e Quotidiano” deverá ter nova apresentação em Macau no início do próximo ano. A obra apresenta inúmeras reflexões sobre o que é ser macaense e recorda uma entrevista concedida por Henrique de Senna Fernandes ao Diário de Notícias [dropcap]O[/dropcap]lhar para dentro, pensar a identidade por quem a detém e por quem a sente. É este o propósito do livro “O Macaense: Identidade, Cultura e Quotidiano”, lançado na passada sexta-feira na Universidade Católica Portuguesa (UCP) e coordenado por nomes como Roberto Carneiro, presidente da Fundação Escola Portuguesa de Macau (FEPM), Jorge Rangel, Fernando Chau e José Manuel Simões, da Universidade de São José. Ao HM, Fernando Chau confessou que a obra deverá ser lançada em Macau no início do próximo ano, tendo como objectivo uma diferenciação do olhar sobre o que é ser macaense. “A ideia base (da edição do livro) partiu do Roberto Carneiro. Já há muitos estudos e livros publicados sobre esta temática, mas a questão da identidade vai mudando. A ideia era obter testemunhos daqueles que tiveram uma experiência com Macau.” “Quisemos adicionar mais uns pontos que podem ser interessantes à questão da identidade macaense. Espero que possa contribuir para um melhor entendimento da identidade e para um diálogo. A identidade é uma coisa em evolução”, acrescentou um dos coordenadores da obra. O presidente da FEPM explicou que o objectivo da obra passa por “divulgar e investigar o que é o macaense”. “É uma espécie de mistura entre português e chinês, mas que deu origem a algo autónomo, a uma comunidade autónoma”, afirmou. “É uma hibridação entre duas culturas que gera uma terceira cultura, que não tem a ver com sangue, não tem a ver com uma coisa biológica, tem a ver com culturas que estão abertas uma à outra”, continuou. Trabalho académico “O Macaense” volta a publicar uma entrevista de Henrique de Senna Fernandes concedida à historiadora Tereza Sena e publicada no Diário de Notícias em 1987, quando a transição já estava à espreita. José Sales Marques escreve sobre a ligação entre a comunidade macaense e a Grande Baía, enquanto que Marisa Gaspar escreve sobre os macaenses em Portugal, entre outros contributos. A obra, que ao longo de 286 páginas compila análises de 22 autores, é resultado de um trabalho que durou uma década e que “teve vários arranques falsos”, mas que acabou por avançar e foi finalizada “em tempo recorde”. O antigo ministro da Educação referiu que este é “um livro académico” e que está aberto a mais investigação. “Há poucas coisas de fundo sobre o que é ser macaense. Este livro dá profundidade ao que é ser macaense no mundo, o seu papel no futuro”, detalhou. Fernando Ilharco, actual presidente do Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da UCP, considerou que a obra “tenta reflectir à volta da experiência portuguesa de 500 anos em Macau”, ao mesmo tempo que procura “identificar esta presença na figura do macaense, que é uma figura híbrida entre o português e o chinês”. “Parece-me que é uma obra que pode contribuir para afirmar o relacionamento e a natureza da cultura e da diáspora portuguesa”, reforçou o responsável do CEPCEP. Para o presidente do centro de estudos, a transformação de Macau num jogador-chave na região “depende muito da China”. “Há um quadro de grande desenvolvimento de Macau, porque Macau é importante para o desenvolvimento da China, é importante na globalização da China, é importante no ‘interface’ com o mundo de língua portuguesa”, contou. Fernando Ilharco apontou que este projecto “é algo de natural”. “O centro de estudos mais antigo da Universidade Católica é o CEPCEP, por isso este projecto é algo de natural. Passados 20 anos da saída de Portugal da Ásia, passados 20 anos da passagem da soberania de Macau para a China, fazemos um balanço de um mundo global”, referiu. “É um projecto que é um marco, mas numa linha de investigação de cultura e povos portugueses na Ásia e no Extremo Oriente que nós pretendemos continuar a alimentar e a explorar”, concluiu.
Hoje Macau EventosUM | Português deve aproveitar fenómeno do multilinguismo para crescer Gilvan Müller de Oliveira esteve na Universidade de Macau, para participar no II Seminário da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo. O linguista defende que a língua portuguesa deve aproveitar a oportunidade do multilinguismo do século XXI para se expandir e afirmar-se definitivamente como uma língua internacional [dropcap]O[/dropcap] linguista brasileiro Gilvan Müller de Oliveira defendeu esta quarta-feira que a língua portuguesa deve saber aproveitar as oportunidades decorrentes do multilinguismo, um forte instrumento económico, histórico e de humanização, e que é “a verdadeira língua do século XXI”. Fenómeno atribuído à globalização e um elemento no radar da UNESCO, o multilinguismo é “uma oportunidade para o português”, mas também “para todas as línguas”, destacou o antigo director executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), instituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com sede em Cabo Verde, em entrevista à Lusa em Macau. “O que nós temos hoje é um contexto em que não só uma língua cresce em detrimento de outras, mas todo um conjunto de línguas cresce”, afirmou o académico, à margem do arranque do II Seminário da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo, que decorre até quinta-feira na Universidade de Macau. Gilvan Oliveira coordena esta Cátedra a partir de Florianópolis, no estado brasileiro de Santa Catarina. O “projecto jovem”, mas “em fase de expansão” envolve 22 universidades em 13 países, dando destaque aos blocos lusófono e dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), estes últimos “países altamente multilingues, com modelos de gestão civilizacional e linguística muito diferentes entre si”. Sucesso africano Sobre o uso do português nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), o linguista considerou estar “a avançar rapidamente”, dando como exemplo de sucesso o caso de Moçambique, onde existe hoje um sistema de escolas bilingues “que fazem com que o aluno compartilhe o português e uma outra língua moçambicana”. “O caso de Moçambique é um caso notório. Havia em Moçambique pouco mais de 11 por cento de falantes de português no momento da independência, e agora já são mais de 55% por cento de falantes, quer dizer que o Estado nacional moçambicano, tomando para si a tarefa de ensinar português e de criar um sistema educacional e um sistema de transmissão radiofónica e televisiva, contribuiu para uma rápida expansão da língua”, referiu. Neste sentido, frisou, “a responsabilidade do Estado no ensino do português e da organização dos espaços e da circulação da língua é uma peça fundamental para o crescimento da língua”. Além disso, a língua portuguesa beneficia de uma característica especial: “Não há dois países de língua portuguesa que fazem fronteira, cada país é uma ‘ilha’, cercada por vizinhos que falam outras línguas, e isso é extremamente positivo para a expansão da língua”, salientou. Olhar para a frente Na África do Sul, por exemplo, o português é hoje uma das línguas opcionais para os exames secundários e “onde se tem expandido de forma muito firme, graças e sobretudo ao papel que Moçambique desempenha na vizinhança, e crescentemente Angola desempenha na vizinhança da Namíbia, como o Brasil desempenha nos seus vizinhos falantes de espanhol, e mesmo Portugal, com todos os projectos do português na Extremadura [espanhola]”, disse. “Esses países provocam o crescimento do uso da língua internamente, mas também para fora, crescentemente expandido as fronteiras de circulação, para fora e para dentro, na recepção à migração”, apontou. O académico considera que a língua de Camões tem aproveitado oportunidades decorrentes do contexto global do multilinguismo, expandindo-se “em vários contextos”, mas que é preciso abandonar a “mentalidade de uma época passada” e pensar no português como uma língua internacional. “Ainda pensamos muito no português como uma língua nacional, há dificuldades de ver o português como uma língua internacional. Há dificuldades de considerar, por exemplo, uma responsabilidade crescente para o IILP [Instituto Internacional da Língua Portuguesa] na construção desta comunidade internacional que compartilha uma língua, que ao mesmo tempo é compartilhada com outras línguas”, apontou. Assim, e sublinhando que o multilinguismo é, a par da tradução electrónica, “a verdadeira língua do século XXI”, o professor defende que a língua portuguesa tem muito a ganhar com a participação neste fenómeno. “Quanto mais o português puder participar neste multilinguismo, e puder ser uma opção para falantes de vários países, e ao mesmo tempo se nós pudermos também falar outras línguas, só temos a ganhar economicamente”, considerou. “Evidentemente, cresce o valor económico do português à medida que a língua está conectada com outras línguas e quando o número de bilingues e trilingues cresce, porque é isso que faz a incorporação de ideias, projectos, narrativas históricas e literárias, ou a tradução”, acrescentou. No entanto, não é só o valor económico que cresce, vincou, como também o valor humano e histórico. Partindo do exemplo de um instrumento desenvolvido pelas universidades que integram a Cátedra, e a partir do qual uma tese de doutoramento em indonésio foi sumarizada e traduzida para português, Oliveira sublinhou a vantagem das produções intelectuais não passarem por uma só língua. “À medida que podemos usar as ideias deles e eles as nossas, aumenta o valor económico, o valor humano, o valor histórico, como ponte entre línguas, e nesse sentido a Cátedra tem sido uma oportunidade para a recuperação dessas memórias”, disse. As Cátedras UNESCO são projectos de quatro anos sujeitos a avaliação, que podem ser renovadas indefinidamente “se produzirem informação relevante para que os estados membros atuem”, explicou. A Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo (2018-2022) foi estabelecida em Fevereiro do ano passado e tem como instituição responsável a Universidade Federal de Santa Catarina, no Brasil.
Hoje Macau EventosUM | Português deve aproveitar fenómeno do multilinguismo para crescer Gilvan Müller de Oliveira esteve na Universidade de Macau, para participar no II Seminário da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo. O linguista defende que a língua portuguesa deve aproveitar a oportunidade do multilinguismo do século XXI para se expandir e afirmar-se definitivamente como uma língua internacional [dropcap]O[/dropcap] linguista brasileiro Gilvan Müller de Oliveira defendeu esta quarta-feira que a língua portuguesa deve saber aproveitar as oportunidades decorrentes do multilinguismo, um forte instrumento económico, histórico e de humanização, e que é “a verdadeira língua do século XXI”. Fenómeno atribuído à globalização e um elemento no radar da UNESCO, o multilinguismo é “uma oportunidade para o português”, mas também “para todas as línguas”, destacou o antigo director executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), instituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com sede em Cabo Verde, em entrevista à Lusa em Macau. “O que nós temos hoje é um contexto em que não só uma língua cresce em detrimento de outras, mas todo um conjunto de línguas cresce”, afirmou o académico, à margem do arranque do II Seminário da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo, que decorre até quinta-feira na Universidade de Macau. Gilvan Oliveira coordena esta Cátedra a partir de Florianópolis, no estado brasileiro de Santa Catarina. O “projecto jovem”, mas “em fase de expansão” envolve 22 universidades em 13 países, dando destaque aos blocos lusófono e dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), estes últimos “países altamente multilingues, com modelos de gestão civilizacional e linguística muito diferentes entre si”. Sucesso africano Sobre o uso do português nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), o linguista considerou estar “a avançar rapidamente”, dando como exemplo de sucesso o caso de Moçambique, onde existe hoje um sistema de escolas bilingues “que fazem com que o aluno compartilhe o português e uma outra língua moçambicana”. “O caso de Moçambique é um caso notório. Havia em Moçambique pouco mais de 11 por cento de falantes de português no momento da independência, e agora já são mais de 55% por cento de falantes, quer dizer que o Estado nacional moçambicano, tomando para si a tarefa de ensinar português e de criar um sistema educacional e um sistema de transmissão radiofónica e televisiva, contribuiu para uma rápida expansão da língua”, referiu. Neste sentido, frisou, “a responsabilidade do Estado no ensino do português e da organização dos espaços e da circulação da língua é uma peça fundamental para o crescimento da língua”. Além disso, a língua portuguesa beneficia de uma característica especial: “Não há dois países de língua portuguesa que fazem fronteira, cada país é uma ‘ilha’, cercada por vizinhos que falam outras línguas, e isso é extremamente positivo para a expansão da língua”, salientou. Olhar para a frente Na África do Sul, por exemplo, o português é hoje uma das línguas opcionais para os exames secundários e “onde se tem expandido de forma muito firme, graças e sobretudo ao papel que Moçambique desempenha na vizinhança, e crescentemente Angola desempenha na vizinhança da Namíbia, como o Brasil desempenha nos seus vizinhos falantes de espanhol, e mesmo Portugal, com todos os projectos do português na Extremadura [espanhola]”, disse. “Esses países provocam o crescimento do uso da língua internamente, mas também para fora, crescentemente expandido as fronteiras de circulação, para fora e para dentro, na recepção à migração”, apontou. O académico considera que a língua de Camões tem aproveitado oportunidades decorrentes do contexto global do multilinguismo, expandindo-se “em vários contextos”, mas que é preciso abandonar a “mentalidade de uma época passada” e pensar no português como uma língua internacional. “Ainda pensamos muito no português como uma língua nacional, há dificuldades de ver o português como uma língua internacional. Há dificuldades de considerar, por exemplo, uma responsabilidade crescente para o IILP [Instituto Internacional da Língua Portuguesa] na construção desta comunidade internacional que compartilha uma língua, que ao mesmo tempo é compartilhada com outras línguas”, apontou. Assim, e sublinhando que o multilinguismo é, a par da tradução electrónica, “a verdadeira língua do século XXI”, o professor defende que a língua portuguesa tem muito a ganhar com a participação neste fenómeno. “Quanto mais o português puder participar neste multilinguismo, e puder ser uma opção para falantes de vários países, e ao mesmo tempo se nós pudermos também falar outras línguas, só temos a ganhar economicamente”, considerou. “Evidentemente, cresce o valor económico do português à medida que a língua está conectada com outras línguas e quando o número de bilingues e trilingues cresce, porque é isso que faz a incorporação de ideias, projectos, narrativas históricas e literárias, ou a tradução”, acrescentou. No entanto, não é só o valor económico que cresce, vincou, como também o valor humano e histórico. Partindo do exemplo de um instrumento desenvolvido pelas universidades que integram a Cátedra, e a partir do qual uma tese de doutoramento em indonésio foi sumarizada e traduzida para português, Oliveira sublinhou a vantagem das produções intelectuais não passarem por uma só língua. “À medida que podemos usar as ideias deles e eles as nossas, aumenta o valor económico, o valor humano, o valor histórico, como ponte entre línguas, e nesse sentido a Cátedra tem sido uma oportunidade para a recuperação dessas memórias”, disse. As Cátedras UNESCO são projectos de quatro anos sujeitos a avaliação, que podem ser renovadas indefinidamente “se produzirem informação relevante para que os estados membros atuem”, explicou. A Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo (2018-2022) foi estabelecida em Fevereiro do ano passado e tem como instituição responsável a Universidade Federal de Santa Catarina, no Brasil.
Hoje Macau EventosFórum Macau | Brasil estrela da semana cultural entre China e países lusófonos O Brasil é o país em destaque da 11.ª semana cultural entre a China e os países lusófonos em Macau, que reúne, entre 12 e 18 de Outubro, vários artistas do espaço lusófono na região [dropcap]M[/dropcap]úsica, dança, teatro, exposições, artesanato e gastronomia reafirmam-se como as “actividades centrais” de um certame que este ano abre portas ao cinema brasileiro e onde a Índia está também representada, através de Goa, Damão e Diu, indicou ontem o secretário-geral adjunto do Fórum de Macau, Rodrigo Brum, em conferência de imprensa. Com forte presença no cartaz e por ocasião do terceiro festival de cinema brasileiro na China, que decorre em Novembro e passa, pela primeira vez, a integrar Macau na sua rota, o Brasil é o “primeiro convidado de honra” desta semana cultural, a que se seguirão outros países nas próximas edições, afirmou o responsável. De Portugal, viaja até Macau o grupo originário de Coimbra “Anaquim”, que em 2018 lançou o seu quarto álbum de originais, a artesã Andreia Marques, cujo trabalho se foca no uso de técnicas ancestrais de tecelagem, e o colectivo artístico Primeira Pedra. O cartaz de música e dança inclui, além dos portugueses, artistas de Angola (Lino Cerqueira Fialho), Brasil (DJ Dolores), Cabo Verde (DJODJE), China (circo de acrobacias da província de Hebei), Guiné-Bissau (José Manuel, Karina Gomes, Miss Bity e Eric Dario), Moçambique (Grupo RM), São Tomé e Príncipe (Leguelá) e Timor-Leste (Voz of Crocodile). Olhares e horizontes No campo das artes plásticas, destaque para o brasileiro Rodrigo Braga, com a mostra “Horizontes deslizantes”, e para o guineense António Ferreira Seguy (“Chipi”), com “Outros Olhares”, ambas patentes na Doca dos Pescadores. Em paralelo, a galeria da residência consular de Portugal em Macau irá apresentar obras de 20 jovens de Macau. A 11.ª semana cultural integra ainda uma mostra de artesanato, com a participação de artistas da China, Portugal e de todo o bloco lusófono, e de gastronomia, com chefes de cozinha provenientes de Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau, anunciou a organização. Uma das novidades deste ano é o “desfasamento da semana cultural”, já que a mostra de teatro decorre “na semana imediatamente a seguir”, uma decisão estratégica com a qual a organização espera atrair mais visitantes. Esta última mostra integra, além do colectivo “Primeira Pedra”, companhias de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau. Sob o tema “Uma Faixa e uma Rota Cultural”, numa alusão à iniciativa chinesa lançada em 2013, o evento tem em 2019 um orçamento de cerca de nove milhões de patacas, precisou a coordenadora do gabinete de apoio ao secretariado permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), Mok Iun Lei. A responsável salientou que o evento assinala, com “mais elementos culturais”, o 20.º aniversário do regresso de Macau à China, em 1999, e os 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, em 1979.
Hoje Macau EventosFórum Macau | Brasil estrela da semana cultural entre China e países lusófonos O Brasil é o país em destaque da 11.ª semana cultural entre a China e os países lusófonos em Macau, que reúne, entre 12 e 18 de Outubro, vários artistas do espaço lusófono na região [dropcap]M[/dropcap]úsica, dança, teatro, exposições, artesanato e gastronomia reafirmam-se como as “actividades centrais” de um certame que este ano abre portas ao cinema brasileiro e onde a Índia está também representada, através de Goa, Damão e Diu, indicou ontem o secretário-geral adjunto do Fórum de Macau, Rodrigo Brum, em conferência de imprensa. Com forte presença no cartaz e por ocasião do terceiro festival de cinema brasileiro na China, que decorre em Novembro e passa, pela primeira vez, a integrar Macau na sua rota, o Brasil é o “primeiro convidado de honra” desta semana cultural, a que se seguirão outros países nas próximas edições, afirmou o responsável. De Portugal, viaja até Macau o grupo originário de Coimbra “Anaquim”, que em 2018 lançou o seu quarto álbum de originais, a artesã Andreia Marques, cujo trabalho se foca no uso de técnicas ancestrais de tecelagem, e o colectivo artístico Primeira Pedra. O cartaz de música e dança inclui, além dos portugueses, artistas de Angola (Lino Cerqueira Fialho), Brasil (DJ Dolores), Cabo Verde (DJODJE), China (circo de acrobacias da província de Hebei), Guiné-Bissau (José Manuel, Karina Gomes, Miss Bity e Eric Dario), Moçambique (Grupo RM), São Tomé e Príncipe (Leguelá) e Timor-Leste (Voz of Crocodile). Olhares e horizontes No campo das artes plásticas, destaque para o brasileiro Rodrigo Braga, com a mostra “Horizontes deslizantes”, e para o guineense António Ferreira Seguy (“Chipi”), com “Outros Olhares”, ambas patentes na Doca dos Pescadores. Em paralelo, a galeria da residência consular de Portugal em Macau irá apresentar obras de 20 jovens de Macau. A 11.ª semana cultural integra ainda uma mostra de artesanato, com a participação de artistas da China, Portugal e de todo o bloco lusófono, e de gastronomia, com chefes de cozinha provenientes de Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau, anunciou a organização. Uma das novidades deste ano é o “desfasamento da semana cultural”, já que a mostra de teatro decorre “na semana imediatamente a seguir”, uma decisão estratégica com a qual a organização espera atrair mais visitantes. Esta última mostra integra, além do colectivo “Primeira Pedra”, companhias de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau. Sob o tema “Uma Faixa e uma Rota Cultural”, numa alusão à iniciativa chinesa lançada em 2013, o evento tem em 2019 um orçamento de cerca de nove milhões de patacas, precisou a coordenadora do gabinete de apoio ao secretariado permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), Mok Iun Lei. A responsável salientou que o evento assinala, com “mais elementos culturais”, o 20.º aniversário do regresso de Macau à China, em 1999, e os 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, em 1979.
Hoje Macau EventosFundação Macau | 43 obras distinguidas no Concurso de Literatura [dropcap]O[/dropcap] “12.º Concurso de Literatura de Macau”, organizado pela Fundação Macau e a Associação dos Escritores de Macau, contou com a participação de um total de 239 obras, 43 das quais foram premiadas. A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se na segunda-feira no Centro de Ciência de Macau. O presidente da Fundação Macau, Wu Zhiliang, referiu que o concurso se dividiu em dois grupos de participação, um local e outro aberto a autores fora da RAEM. Os denominadores comuns das obras foram a escrita em chinês e ter Macau como tema central. Wu Zhiliang acrescentou que o objectivo da iniciativa é expandir a marca do evento, de forma a que escritores de todo o mundo prestem atenção a Macau, e escrevam sobre o território e a sua população, segundo o jornal do Cidadão. Durante a cerimónia de entrega dos prémios, o secretário da Associação de Escritores da China, Wu Yiqin, disse que o intercâmbio cultural e literário cada vez mais frequente entre Macau e o Continente permite que autores de ambas as origens melhorem mutuamente.
Hoje Macau EventosFundação Macau | 43 obras distinguidas no Concurso de Literatura [dropcap]O[/dropcap] “12.º Concurso de Literatura de Macau”, organizado pela Fundação Macau e a Associação dos Escritores de Macau, contou com a participação de um total de 239 obras, 43 das quais foram premiadas. A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se na segunda-feira no Centro de Ciência de Macau. O presidente da Fundação Macau, Wu Zhiliang, referiu que o concurso se dividiu em dois grupos de participação, um local e outro aberto a autores fora da RAEM. Os denominadores comuns das obras foram a escrita em chinês e ter Macau como tema central. Wu Zhiliang acrescentou que o objectivo da iniciativa é expandir a marca do evento, de forma a que escritores de todo o mundo prestem atenção a Macau, e escrevam sobre o território e a sua população, segundo o jornal do Cidadão. Durante a cerimónia de entrega dos prémios, o secretário da Associação de Escritores da China, Wu Yiqin, disse que o intercâmbio cultural e literário cada vez mais frequente entre Macau e o Continente permite que autores de ambas as origens melhorem mutuamente.
Andreia Sofia Silva Eventos“Macau – Aqui Cheira a Silencio” inaugurada na Universidade de Lisboa [dropcap]A[/dropcap] UNITYGATE – Plataforma de Intercâmbio Cultural entre Ocidente e Oriente uniu-se ao Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa (UL) para apresentar uma mostra fotográfica da autoria de Ana Battaglia Abreu, resultado de um trabalho realizado entre os anos de 2015 e 2016, e que deu lugar a uma exposição no consulado-geral de Portugal em Macau em 2017, uma iniciativa inserida na programação da UNITYGATE. As imagens expostas retratam “os recantos, cores e silêncios de Macau”, sendo uma exposição “pensada especificamente para um ano de comemorações da transferência de soberania de Macau para a China”, que aconteceu em 1999. As fotografias pretendem convidar o público a depositar “um olhar diferente sobre a cidade, o seu passado e presente, e os seus recantos secretos de encantos, cores e silêncios interiores no meio da agitação e frenesim actual, e que preservam um passado cultural no presente”. A mesma nota oficial dá conta que a ideia é “esta exposição ser colocada de forma dinâmica através de uma instalação, permitindo ser vista e sentida pelo publico de uma maneira original e única”. Neste sentido, “a sua temática desenvolve-se à volta de um olhar sobre Macau e na sua procura do Silêncio (que nos remete à cultura antiga pelos sentidos) em oposição ao ruído e agitação que tanto caracteriza Macau hoje em dia”. Danças em festival Outro evento que também se insere na programação da plataforma UNITYGATE, é a quinta edição do Festival Palco do Mundo, que se realiza este fim-de-semana, nos dias 28 e 29, em Mafra, a poucos quilómetros de Lisboa. A ideia é juntar num só cartaz grupos de dança de todo o mundo, estando prevista a actuação, no domingo, da Associação de Arte de Dança Luso-Chinesa de Macau, em representação das danças tradicionais chinesas. Da China vem o grupo Escola Folha de Bambu, de Mafalda Costa. Este festival tem apenas cinco anos de existência e “é realizado por uma rede de pessoas e parcerias que investem nas suas premissas essências”. O objectivo é “unir pela arte, cruzando culturas, artes e saberes, do tradicional ao contemporâneo numa visão holística e eco sustentável”, revela a UNITYGATE em comunicado. No sábado, dia 28, está prevista a realização de inúmeros workshops que também estabelecem uma ligação ao Oriente, como o workshop de origamis japoneses, Tai Chi Chuan e danças orientais.
João Luz EventosExposição | “Língua Franca” promove diálogo através da arte contemporânea Amanhã será inaugurada “Língua Franca – 2ª Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, a mostra que apadrinha a reabertura das Vivendas Verdes, na Coronel Mesquita, depois de obras de restauro. A exposição estará patente até 8 de Dezembro, com o objectivo de proporcionar diálogo através da fotografia [dropcap]A[/dropcap] segunda edição da Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa traz este ano a Macau um evento na primeira linha da fotografia contemporânea. “Língua Franca” é o título da mostra que é inaugurada amanhã, pelas 17h, na Avenida do Coronel Mesquita nº 55-57 (Vivendas Verdes) e que estará patente ao público até 8 de Dezembro nas Vivendas Verdes e no Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino. Com a excelência da linguagem artística do curador Albano Silva Pereira, “Língua Franca” parte do acervo dos famosos Encontros Fotográficos de Coimbra e conta com actualizações e artistas locais. A exposição, com direcção executiva da Associação Cultural +853, é composta por trabalhos fotográficos e vídeo de 22 artistas representantes de dez países e regiões, incluindo o Interior da China, Macau, e de Países de Língua Portuguesa. “Fui buscar os grandes fotógrafos de referência portugueses, alguns internacionais dentro dos territórios lusófonos e convidei autóctones”, revela o curador da exposição, Albano Silva Pereira. Entre os artistas convidados estão António Júlio Duarte, Edgar Martins, José Manuel Rodrigues, Dominique Wade, Inês Gonçalves, assim como Mica Costa Grande, Rui Calçada Bastos, Yves Sonolet, Peng Yun, Weng Fen e Chan Ka Keong. Porém, o grosso da exposição é composto pela colecção do prestigiado evento Encontros Fotográficos de Coimbra, da responsabilidade de Albano Silva Pereira, que achou o projecto aliciante, apesar das dificuldades logísticas complicadas pela falta de tempo. “Quase não tive tempo para refrescar o projecto, mas mesmo assim, à última da hora, refresquei-o com uma peça extraordinária que está na colecção intitulada ‘Agora Luanda”, conta o curador. Pontes e películas “Língua Franca” tem na sua génese uma forte componente histórica e arqueológica da fotografia analógica que marcou a década de 1990, em particular nos formatos 30×40 e 40×50. Além do trabalho de vídeo de Inês Gonçalves, e das peças dos artistas locais, Albano Silva Pereira trouxe para Macau “um dos mais interessantes fotógrafos contemporâneos portugueses, António Júlio Duarte, com peças novas e a cor”. A mostra pretende reflectir o espírito de intercâmbio, de relacionamento íntimo e diálogo entre visões de fotógrafos de várias origens. Diálogos e olhares através de territórios que têm, de acordo com o curador, dois pilares de suporte: a história e a língua. “Quando surgiu o honroso convite, aceitei porque na minha filosofia é essencial o diálogo com o mundo, que é o património mais rico da fotografia contemporânea e do filme documentário”, revela o curador. Além dos trabalhos patentes ao público, outro aliciante da exposição é a reabertura das Vivendas Verdes, na Avenida do Coronel Mesquita nº 55-57, moradias com arquitectura tipicamente portuguesa construídas para funcionários públicos. De acordo com um comunicado do Governo, “durante o período de restauração o Instituto Cultural preservou totalmente a fachada e a aparência do edifício e manteve as características especiais do pátio da frente e traseiro”. A exposição estará patente ao público até 8 de Dezembro, de terça-feira e domingo, entre as 10h e 19h, incluindo feriados. A entrada é livre.
João Luz EventosExposição | “Língua Franca” promove diálogo através da arte contemporânea Amanhã será inaugurada “Língua Franca – 2ª Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, a mostra que apadrinha a reabertura das Vivendas Verdes, na Coronel Mesquita, depois de obras de restauro. A exposição estará patente até 8 de Dezembro, com o objectivo de proporcionar diálogo através da fotografia [dropcap]A[/dropcap] segunda edição da Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa traz este ano a Macau um evento na primeira linha da fotografia contemporânea. “Língua Franca” é o título da mostra que é inaugurada amanhã, pelas 17h, na Avenida do Coronel Mesquita nº 55-57 (Vivendas Verdes) e que estará patente ao público até 8 de Dezembro nas Vivendas Verdes e no Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino. Com a excelência da linguagem artística do curador Albano Silva Pereira, “Língua Franca” parte do acervo dos famosos Encontros Fotográficos de Coimbra e conta com actualizações e artistas locais. A exposição, com direcção executiva da Associação Cultural +853, é composta por trabalhos fotográficos e vídeo de 22 artistas representantes de dez países e regiões, incluindo o Interior da China, Macau, e de Países de Língua Portuguesa. “Fui buscar os grandes fotógrafos de referência portugueses, alguns internacionais dentro dos territórios lusófonos e convidei autóctones”, revela o curador da exposição, Albano Silva Pereira. Entre os artistas convidados estão António Júlio Duarte, Edgar Martins, José Manuel Rodrigues, Dominique Wade, Inês Gonçalves, assim como Mica Costa Grande, Rui Calçada Bastos, Yves Sonolet, Peng Yun, Weng Fen e Chan Ka Keong. Porém, o grosso da exposição é composto pela colecção do prestigiado evento Encontros Fotográficos de Coimbra, da responsabilidade de Albano Silva Pereira, que achou o projecto aliciante, apesar das dificuldades logísticas complicadas pela falta de tempo. “Quase não tive tempo para refrescar o projecto, mas mesmo assim, à última da hora, refresquei-o com uma peça extraordinária que está na colecção intitulada ‘Agora Luanda”, conta o curador. Pontes e películas “Língua Franca” tem na sua génese uma forte componente histórica e arqueológica da fotografia analógica que marcou a década de 1990, em particular nos formatos 30×40 e 40×50. Além do trabalho de vídeo de Inês Gonçalves, e das peças dos artistas locais, Albano Silva Pereira trouxe para Macau “um dos mais interessantes fotógrafos contemporâneos portugueses, António Júlio Duarte, com peças novas e a cor”. A mostra pretende reflectir o espírito de intercâmbio, de relacionamento íntimo e diálogo entre visões de fotógrafos de várias origens. Diálogos e olhares através de territórios que têm, de acordo com o curador, dois pilares de suporte: a história e a língua. “Quando surgiu o honroso convite, aceitei porque na minha filosofia é essencial o diálogo com o mundo, que é o património mais rico da fotografia contemporânea e do filme documentário”, revela o curador. Além dos trabalhos patentes ao público, outro aliciante da exposição é a reabertura das Vivendas Verdes, na Avenida do Coronel Mesquita nº 55-57, moradias com arquitectura tipicamente portuguesa construídas para funcionários públicos. De acordo com um comunicado do Governo, “durante o período de restauração o Instituto Cultural preservou totalmente a fachada e a aparência do edifício e manteve as características especiais do pátio da frente e traseiro”. A exposição estará patente ao público até 8 de Dezembro, de terça-feira e domingo, entre as 10h e 19h, incluindo feriados. A entrada é livre.
Hoje Macau EventosTelevisão | Emmys distinguem “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática “A Guerra dos Tronos” ganhou o prémio de Melhor Série Dramática, mas acabou por perder outras estatuetas para as quais estava nomeada este ano. Os prémios de televisão distinguiram ainda as séries “Chernobyl” e “Fleabag”. Billy Porter fez história ao tornar-se no primeiro actor gay afro-americano a ganhar a estatueta de melhor actor [dropcap]A[/dropcap] 71.ª cerimónia dos prémios Emmy coroou na madrugada passada “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática do ano, fechando em 59 a soma das estatuetas entregues pela Academia de Televisão durante as oito temporadas da saga. “Fleabag” recebeu o Emmy de Melhor Série de Comédia e “Chernobyl” conquistou o prémio de Melhor Minissérie, sendo que ambas levaram várias outras estatuetas nas respectivas categorias, emergindo como grandes vencedoras da noite. Durante as três horas da cerimónia, que este ano não teve apresentador, ficou claro que “A Guerra dos Tronos” não teria a noite de apoteose que se poderia prever por ser a última temporada. Quando o actor Michael Douglas anunciou a distinção de Melhor Série Dramática, a quarta vez que este Emmy foi entregue aos criadores do título da HBO, foi desfeita a dúvida que pairou no ar do Microsoft Theater, em Los Angeles, durante toda a noite: apesar de ter batido o recorde de mais prémios para uma série, “A Guerra dos Tronos” perdeu quase todas as estatuetas para que estava nomeada em 2019. A série recebeu apenas dois prémios Emmy, com Peter Dinklage (“Tyrion Lannister”) a ser o único actor a vencer na categoria de representação para que estava nomeado, Melhor Actor Secundário numa Série Dramática. Entre Emmys de representação, realização e argumento, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss perdeu para “Killing Eve”, “Pose”, “Ozark” e “Succession”, respectivamente, depois de uma temporada final que suscitou reacções mistas por parte da crítica e dos espectadores. Ainda assim, “A Guerra dos Tronos” bateu a competição na categoria mais cobiçada, onde concorria com “Better Call Saul”, “Bodyguard”, “Killing Eve”, “Ozark”, “Pose”, “Succession” e “This Is Us”. A somar aos 10 prémios entregues na semana passada durante os Creative Arts Emmy, a oitava e última temporada da série recebeu um total de 12 estatuetas, tendo sido a mais premiada da 71.ª edição dos prémios. No discurso de vitória, David Benioff agradeceu a George R.R. Martin por ter criado este universo e ter apostado em dois produtores que nunca tinham feito isto antes. “É incrível que vocês ainda estejam todos vivos”, disse D.B. Weiss, depois de elogiar o esforço da equipa de produção e dos actores, que filmaram a última temporada em condições muito difíceis, com 70 dias consecutivos em temperaturas extremamente baixas em Belfast, Irlanda. “Os últimos dez anos foram os melhores da nossa vida, e para todos os que trabalharam nisto, não consigo acreditar que terminámos, não consigo acreditar que o fizemos”, disse Benioff. Outras recompensas Na maior noite da televisão em Hollywood, a série “Fleabag”, criada e protagonizada por Phoebe Waller-Bridge, foi uma das grandes surpresas pela consistência das distinções: quatro Emmy nas categorias de comédia. O título da Amazon Prime Video levou para casa a estatueta de Melhor Série de Comédia, ultrapassando “Barry”, “The Good Place”, “The Marvelous Mrs. Maisel”, “Russian Doll”, “Schitt’s Creek” e “Veep”. Phoebe Waller-Bridge também venceu o Emmy para Melhor Actriz numa Série de Comédia e Melhor Escrita para uma Série de Comédia, com Harry Bradbeer a levar a estatueta de Melhor Realização numa Série de Comédia por “Fleabag”. Nas categorias de Minissérie ou Filme para Televisão, foi “Chernobyl”, da HBO, que levou os prémios mais cobiçados, vencendo Melhor Escrita para Minissérie ou Filme e Melhor Realização em Minissérie ou Filme, além de Melhor Minissérie. A seguir a “A Guerra dos Tronos”, foi segunda série mais premiada nas duas noites de entregas de Emmy, com um total de 10 estatuetas, Seguiu-se “The Marvelous Mrs. Maisel”, com oito, “Free Solo”, com sete, e “Fleabag”, com seis. Os Emmy, devido ao número elevado de categorias, são habitualmente entregues em duas cerimónias, com a segunda a ser transmitida ao vivo a partir de Los Angeles. “Last Week Tonight With John Oliver” levou o Emmy de Melhor Série de Variedades – ‘talk show’ e “Saturday Night Live” recebeu o prémio de Melhor Série de Variedades – ‘sketch’. “Bandersnatch (Black Mirror) foi o Melhor Filme para Televisão. História feita A cerimónia dos Emmys ficou ainda marcada pela entrega do prémio de Melhor Actor em Série Dramática a Billy Porter, que se tornou no primeiro gay afro-americano a receber o Emmy. Na mesma categoria feminina, não houve a vitória histórica que se esperava: se Sandra Oh tivesse vencido, seria a primeira actriz de ascendência asiática a levar para casa a estatueta de Melhor Actriz em série dramática. No entanto, foi Porter quem fez história, ao ser distinguido pelo papel de Pray Tell que interpreta na série do canal FX “Pose”, cuja acção mostra a subcultura da comunidade LGBTQ na Nova Iorque do final dos anos oitenta. “Tantas pessoas me ajudaram a chegar aqui ao longo do caminho”, notou Billy Porter no discurso de vitória, depois de afirmar que “todos têm o direito” de andar no mundo e sentir que pertencem. “Nós, como artistas, somos aqueles que mudam a estrutura molecular dos corações e mentes das pessoas que caminham nesta Terra”, afirmou, terminando com um pedido que foi reiterado por outras personalidades ao longo da cerimónia: “por favor, não parem de dizer a verdade”. Para levar a estatueta para casa, Porter teve de bater concorrentes de peso, incluindo Kit Harington, da favorita “A Guerra dos Tronos”, Jason Bateman, de “Ozark”, Sterling K. Brown, de “This Is Us”, Bob Odenkirk, de “Better Call Saul”, e Milo Ventimiglia, de “This is Us”. Na categoria de Melhor Actriz em série dramática, Sandra Oh perdeu para a sua co-protagonista em “Killing Eve”, Jodie Corner, que interpreta Villanelle na série da BBC America.
Hoje Macau EventosTelevisão | Emmys distinguem “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática “A Guerra dos Tronos” ganhou o prémio de Melhor Série Dramática, mas acabou por perder outras estatuetas para as quais estava nomeada este ano. Os prémios de televisão distinguiram ainda as séries “Chernobyl” e “Fleabag”. Billy Porter fez história ao tornar-se no primeiro actor gay afro-americano a ganhar a estatueta de melhor actor [dropcap]A[/dropcap] 71.ª cerimónia dos prémios Emmy coroou na madrugada passada “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática do ano, fechando em 59 a soma das estatuetas entregues pela Academia de Televisão durante as oito temporadas da saga. “Fleabag” recebeu o Emmy de Melhor Série de Comédia e “Chernobyl” conquistou o prémio de Melhor Minissérie, sendo que ambas levaram várias outras estatuetas nas respectivas categorias, emergindo como grandes vencedoras da noite. Durante as três horas da cerimónia, que este ano não teve apresentador, ficou claro que “A Guerra dos Tronos” não teria a noite de apoteose que se poderia prever por ser a última temporada. Quando o actor Michael Douglas anunciou a distinção de Melhor Série Dramática, a quarta vez que este Emmy foi entregue aos criadores do título da HBO, foi desfeita a dúvida que pairou no ar do Microsoft Theater, em Los Angeles, durante toda a noite: apesar de ter batido o recorde de mais prémios para uma série, “A Guerra dos Tronos” perdeu quase todas as estatuetas para que estava nomeada em 2019. A série recebeu apenas dois prémios Emmy, com Peter Dinklage (“Tyrion Lannister”) a ser o único actor a vencer na categoria de representação para que estava nomeado, Melhor Actor Secundário numa Série Dramática. Entre Emmys de representação, realização e argumento, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss perdeu para “Killing Eve”, “Pose”, “Ozark” e “Succession”, respectivamente, depois de uma temporada final que suscitou reacções mistas por parte da crítica e dos espectadores. Ainda assim, “A Guerra dos Tronos” bateu a competição na categoria mais cobiçada, onde concorria com “Better Call Saul”, “Bodyguard”, “Killing Eve”, “Ozark”, “Pose”, “Succession” e “This Is Us”. A somar aos 10 prémios entregues na semana passada durante os Creative Arts Emmy, a oitava e última temporada da série recebeu um total de 12 estatuetas, tendo sido a mais premiada da 71.ª edição dos prémios. No discurso de vitória, David Benioff agradeceu a George R.R. Martin por ter criado este universo e ter apostado em dois produtores que nunca tinham feito isto antes. “É incrível que vocês ainda estejam todos vivos”, disse D.B. Weiss, depois de elogiar o esforço da equipa de produção e dos actores, que filmaram a última temporada em condições muito difíceis, com 70 dias consecutivos em temperaturas extremamente baixas em Belfast, Irlanda. “Os últimos dez anos foram os melhores da nossa vida, e para todos os que trabalharam nisto, não consigo acreditar que terminámos, não consigo acreditar que o fizemos”, disse Benioff. Outras recompensas Na maior noite da televisão em Hollywood, a série “Fleabag”, criada e protagonizada por Phoebe Waller-Bridge, foi uma das grandes surpresas pela consistência das distinções: quatro Emmy nas categorias de comédia. O título da Amazon Prime Video levou para casa a estatueta de Melhor Série de Comédia, ultrapassando “Barry”, “The Good Place”, “The Marvelous Mrs. Maisel”, “Russian Doll”, “Schitt’s Creek” e “Veep”. Phoebe Waller-Bridge também venceu o Emmy para Melhor Actriz numa Série de Comédia e Melhor Escrita para uma Série de Comédia, com Harry Bradbeer a levar a estatueta de Melhor Realização numa Série de Comédia por “Fleabag”. Nas categorias de Minissérie ou Filme para Televisão, foi “Chernobyl”, da HBO, que levou os prémios mais cobiçados, vencendo Melhor Escrita para Minissérie ou Filme e Melhor Realização em Minissérie ou Filme, além de Melhor Minissérie. A seguir a “A Guerra dos Tronos”, foi segunda série mais premiada nas duas noites de entregas de Emmy, com um total de 10 estatuetas, Seguiu-se “The Marvelous Mrs. Maisel”, com oito, “Free Solo”, com sete, e “Fleabag”, com seis. Os Emmy, devido ao número elevado de categorias, são habitualmente entregues em duas cerimónias, com a segunda a ser transmitida ao vivo a partir de Los Angeles. “Last Week Tonight With John Oliver” levou o Emmy de Melhor Série de Variedades – ‘talk show’ e “Saturday Night Live” recebeu o prémio de Melhor Série de Variedades – ‘sketch’. “Bandersnatch (Black Mirror) foi o Melhor Filme para Televisão. História feita A cerimónia dos Emmys ficou ainda marcada pela entrega do prémio de Melhor Actor em Série Dramática a Billy Porter, que se tornou no primeiro gay afro-americano a receber o Emmy. Na mesma categoria feminina, não houve a vitória histórica que se esperava: se Sandra Oh tivesse vencido, seria a primeira actriz de ascendência asiática a levar para casa a estatueta de Melhor Actriz em série dramática. No entanto, foi Porter quem fez história, ao ser distinguido pelo papel de Pray Tell que interpreta na série do canal FX “Pose”, cuja acção mostra a subcultura da comunidade LGBTQ na Nova Iorque do final dos anos oitenta. “Tantas pessoas me ajudaram a chegar aqui ao longo do caminho”, notou Billy Porter no discurso de vitória, depois de afirmar que “todos têm o direito” de andar no mundo e sentir que pertencem. “Nós, como artistas, somos aqueles que mudam a estrutura molecular dos corações e mentes das pessoas que caminham nesta Terra”, afirmou, terminando com um pedido que foi reiterado por outras personalidades ao longo da cerimónia: “por favor, não parem de dizer a verdade”. Para levar a estatueta para casa, Porter teve de bater concorrentes de peso, incluindo Kit Harington, da favorita “A Guerra dos Tronos”, Jason Bateman, de “Ozark”, Sterling K. Brown, de “This Is Us”, Bob Odenkirk, de “Better Call Saul”, e Milo Ventimiglia, de “This is Us”. Na categoria de Melhor Actriz em série dramática, Sandra Oh perdeu para a sua co-protagonista em “Killing Eve”, Jodie Corner, que interpreta Villanelle na série da BBC America.
Hoje Macau EventosClube Militar | Exposição de Pintura Lusófona inaugura quinta-feira [dropcap]A[/dropcap] Associação de Promoção de Actividades Culturais volta a organizar uma nova edição da Exposição de Pintura Lusófona, que será inaugurada esta quinta-feira no Clube Militar. A mostra, que revela um total de 27 trabalhos, ficará patente até ao dia 26 de Outubro. Participam ao todo nove artistas plásticos contemporâneos – um de cada um dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor), e um de Macau, sendo que cada artista apresenta três trabalhos. As obras expostas “expressam uma ampla gama de abordagens e temas, sublinhando a diversidade”. Macau estará representada nesta mostra pelo arquitecto Carlos Marreiros, também artista e criativo que já foi distinguido com vários prémios locais e internacionais. A título individual, Carlos Marreiros realizou um total de 24 exposições individuais e participou em mais de 60 mostras colectivas em todo o mundo. Fez também ilustrações para mais de 60 livros. De Angola participa Armanda Alves, enquanto que Marcelo Jorge representa o Brasil. De Cabo Verde chega Omar Camilo, artista que, em 2016, esteve em Macau com a exposição “Alma”. Da Guiné-Bissau chega Lemos Djata e, de Moçambique, Samuel Djive. Damião Porto é o artista oriundo de Portugal, enquanto que o músico e artista plástico Guilherme de Carvalho participa na exposição em representação de São Tomé e Príncipe. Inu Bere, nome artístico de Sinorino Bere de Jesus, representa Timor-Leste nesta mostra.
Hoje Macau EventosClube Militar | Exposição de Pintura Lusófona inaugura quinta-feira [dropcap]A[/dropcap] Associação de Promoção de Actividades Culturais volta a organizar uma nova edição da Exposição de Pintura Lusófona, que será inaugurada esta quinta-feira no Clube Militar. A mostra, que revela um total de 27 trabalhos, ficará patente até ao dia 26 de Outubro. Participam ao todo nove artistas plásticos contemporâneos – um de cada um dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor), e um de Macau, sendo que cada artista apresenta três trabalhos. As obras expostas “expressam uma ampla gama de abordagens e temas, sublinhando a diversidade”. Macau estará representada nesta mostra pelo arquitecto Carlos Marreiros, também artista e criativo que já foi distinguido com vários prémios locais e internacionais. A título individual, Carlos Marreiros realizou um total de 24 exposições individuais e participou em mais de 60 mostras colectivas em todo o mundo. Fez também ilustrações para mais de 60 livros. De Angola participa Armanda Alves, enquanto que Marcelo Jorge representa o Brasil. De Cabo Verde chega Omar Camilo, artista que, em 2016, esteve em Macau com a exposição “Alma”. Da Guiné-Bissau chega Lemos Djata e, de Moçambique, Samuel Djive. Damião Porto é o artista oriundo de Portugal, enquanto que o músico e artista plástico Guilherme de Carvalho participa na exposição em representação de São Tomé e Príncipe. Inu Bere, nome artístico de Sinorino Bere de Jesus, representa Timor-Leste nesta mostra.