Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia: Putin nega uma aliança militar com a China O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou ontem uma possível aliança militar com a China, na guerra da Ucrânia, e garante que suas relações neste âmbito com Pequim limitam-se apenas à cooperação geral. Vladimir Putin esclareceu os rumores que apontavam para uma possível ligação militar entre os dois países, relativamente à guerra na Ucrânia, após a visita a Moscovo do seu homólogo da China, Xi Jinping. “Mantemos uma relação no domínio da cooperação técnico-militar, não a ocultamos, mas é transparente, não há nada secreto”, assegurou o Presidente, numa entrevista ao Rossiya 24 recolhida pelas agências TASS e Interfax. O Presidente da Rússia insistiu que aquilo que a Rússia tem com a China “não é uma aliança militar. É absolutamente falso”. Por outro lado, Vladimir Putin acusou os Estados Unidos de estar a levar a cabo um plano para “globalizar” as suas alianças, numa coligação internacional para além da Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO na sigla em inglês] contra os interesses russos, ao estilo das potências do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, em relação ao Reich alemão de Hitler, Itália e Japão. “O que os Estados Unidos estão a fazer? Eles estão a criar cada vez mais novas alianças, e isso dá aos analistas ocidentais e aos políticos ocidentais, razões para dizer que o Ocidente está a construir novos ‘eixos'”, acrescentou, numa entrevista. O Presidente da Rússia recordou que, em 2022, a NATO acordou um novo conceito estratégico para o desenvolvimento do bloco “onde está escrito directamente que a NATO vai desenvolver relações com os países da região da Ásia-Pacífico, com países como Nova Zelândia, Austrália e Coreia do Sul”. “Neste documento eles declaram a sua intenção de criar uma ‘NATO global’. Como chamamos isso?”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | MNE chinês deseja “rápida recuperação” a Lula da Silva O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês desejou ontem uma “rápida recuperação” ao Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu no sábado adiar por razões de saúde a sua viagem à China, onde deveria ter chegado ontem. Num comunicado, o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês manifestou “compreensão e respeito” pela decisão do Presidente, que está a recuperar de “broncopneumonia bacteriana e viral devido à gripe A”. As autoridades chinesas permanecerão em contacto com o Brasil relativamente à visita, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros. O Governo brasileiro anunciou numa nota no sábado que “devido a recomendações médicas, o Presidente Lula decidiu adiar a sua viagem à China”. O adiamento já foi comunicado às autoridades chinesas com a reiteração do desejo de agendar a visita para uma nova data”. O líder progressista de 77 anos já tinha anunciado na sexta-feira que iria adiar a sua viagem ao gigante asiático por um dia devido a “uma ligeira pneumonia”. Lula deveria viajar para a China, o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, com vários dos seus ministros, uma delegação recorde de 240 homens de negócios e cerca de 50 congressistas. A visita estatal incluiu actividades em Pequim e Xangai, incluindo uma reunião com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e um fórum económico com entre 400 e 500 homens de negócios de ambos os países. Na reunião com Xi, estavam previstos cerca de 20 acordos nas áreas do comércio, protocolos fitossanitários, tecnologia, desenvolvimento, transição energética e outras áreas de colaboração no quadro da parceria estratégica bilateral.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Honduras anunciam corte de relações diplomáticas As Honduras anunciaram ontem o corte das relações diplomáticas com Taiwan, 11 dias depois de indicarem que iam estabelecer laços oficiais com Pequim. O chefe da diplomacia das Honduras, Enrique Reina, “sob instruções da Presidente da República [Xiomara Castro], comunicou a Taiwan a decisão de cortar as relações diplomáticas” entre os dois territórios, disse o ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado. Agora restam apenas 13 nações que reconhecem oficialmente Taiwan. O anúncio surge dois dias após uma visita a Pequim de Reina para discutir o estabelecimento de laços diplomáticos bilaterais. Na rede social Twitter, a 14 de Março, Xiomara Castro anunciou que tinha pedido a Enrique Reina que estabelecesse relações oficiais com a China. “O Governo da República das Honduras reconhece a existência de apenas uma China no mundo, e que o Governo da República Popular da China é o único governo legítimo a representar toda a China”, disse o ministério dos Negócios Estrangeiros hondurenho. Taiwan é uma parte inalienável do território chinês”, prosseguiu o ministério, acrescentando que desde ontem comprometeu-se “a não ter relações ou contactos de natureza oficial com Taiwan”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Macron na China para trabalhar com Xi no sentido de “regresso à paz” Emmanuel Macron visita o país no princípio de Abril. Além de Pequim, o Presidente francês vai também a Cantão. Na agenda, leva a questão da guerra na Ucrânia, mas também as crises internacionais no Médio Oriente, em África e as tensões na zona do Indo-pacífico O Presidente francês vai utilizar a sua “visita de Estado” à China entre 05 a 08 de Abril para trabalhar com o seu homólogo chinês “no sentido de um regresso à paz” na Ucrânia, indicou sexta-feira o Eliseu. A viagem de Emmanuel Macron será repartida entre Pequim, onde se reunirá com o Presidente chinês Xi Jinping, e Cantão, anunciou a presidência francesa, assegurando que Macron está “comprometido em manter um diálogo constante e exigente com a China”. Esta deslocação no início de Abril foi anunciada em Fevereiro pelo Presidente, mas das datas e as deslocações no país asiático ainda não tinham sido reveladas. “Os Presidentes francês e chinês vão manter um diálogo aprofundado sobre a guerra na Ucrânia para trabalhar no sentido de um regresso à paz e no respeito do direito internacional, em particular a soberania da integridade territorial da Ucrânia”, prosseguiu o Eliseu. Xi Jinping deslocou-se esta semana à Rússia onde manifestou o seu apoio reforçado ao Presidente russo Vladimir Putin face aos ocidentais. Antes, Pequim tentou garantir uma função de mediador no conflito ucraniano ao avançar com as suas propostas de paz. A França pretende por sua vez convencer a China, que nunca denunciou a invasão russa da Ucrânia, a utilizar a sua influência sobre Moscovo para convencer Vladimir Putin a sentar-se à mesa das negociações com Kiev. Novas dinâmicas Segundo a presidência francesa, as discussões no início de Abril “também vão abranger as crises internacionais no Médio Oriente, em África e as tensões na zona do Indo-pacífico”. “A reabertura da China após a pandemia permite a oportunidade de relançar a dinâmica das relações franco-chinesas em todos os domínios, num momento em que as tensões e as crises internacionais necessitam mais que nunca de fornecer um novo horizonte a esta parceria estratégica”, assinala o texto. “A visita terá três segmentos principais: as questões estratégicas e crises internacionais, a cooperação face aos grandes desafios mundiais e as relações económicas”. Macron anunciou sexta-feira durante uma conferência de imprensa em Bruxelas que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará presente “numa parte do programa” em nome da “unidade europeia”, e “condição indispensável à construção de uma parceria equilibrada com a China”. “Trata-se ainda de fornecer um novo impulso à cooperação franco-chinesa face aos desafios globais para os quais é indispensável um forte envolvimento da China tendo em consideração o impacto do seu desenvolvimento sobre o restante planeta”, como o clima e a biodiversidade, sublinhou o Eliseu.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de 200 magnatas chineses perderam o estatuto de bilionário em 2022 Mais de 200 magnatas chineses saíram da lista de pessoas com fortunas superiores a mil milhões de dólares, em 2022, segundo um relatório da Hurun, considera a Forbes chinesa. No total, 229 empresários chineses viram as suas fortunas cair abaixo daquele valor. Isto representa mais de metade das 445 pessoas no mundo que deixaram de fazer parte daquela lista. Trata-se da maior queda para os bilionários chineses desde que a Hurun começou a elaborar anualmente aquele ‘ranking’, em 2013. A publicação atribuiu a queda à incerteza económica, flutuações nos mercados financeiros e à depreciação da moeda chinesa, o yuan. O património líquido acumulado pelos bilionários chineses da lista – incluindo 77 pessoas em Hong Kong e 46 em Taiwan – caiu 15% no ano passado. No resto do mundo, a queda foi de 10%. Mas a China também foi o país de origem da maioria dos novos bilionários, com a fortuna de 69 pessoas a ultrapassar, pela primeira vez, os mil milhões de dólares. A pessoa mais rica do país asiático, pelo segundo ano consecutivo, e número 15 a nível mundial é Zhong Shanshan, de 69 anos. O fundador da empresa de água engarrafada Nongfu tem uma fortuna de 69.000 milhões de dólares, uma valorização de 4%, face ao ano anterior. O segundo lugar pertence ao fundador do grupo Tencent, Pony Ma, com 39.400 milhões de dólares. Em terceiro surge o criador da ByteDance, Zhang Yiming, com 37.000 milhões de dólares. O britânico Rupert Hoogewerf, presidente do Hurun Report, observou que a combinação de fatores como o aumento das taxas de juros, valorização do dólar norte-americano, a política de ‘zero covid’, desvalorização da cotação das empresas do setor tecnológico e o impacto da guerra na Ucrânia prejudicaram as fortunas multimilionárias. “O ano de 2022 foi difícil para os empresários chineses devido às medidas de prevenção epidémica, que, em alguns casos, paralisaram as suas operações, além de reduzirem a procura por produtos e serviços”, disse Wang Feng, presidente da consultora Ye Lang Capital. Wang previu que, após o fim da estratégia ‘zero covid’ e face à enorme dimensão do mercado chinês, grandes fortunas vão continuar a ser geradas no país nos próximos anos. A China lidera o mundo em fortunas acima dos mil milhões de dólares com 969 pessoas, seguida pelos Estados Unidos, com 691. Segundo dados oficiais, a economia chinesa cresceu 3%, em 2022, abaixo da meta do governo, de 5,5%, devido ao impacto da política de ‘zero casos’ de covid-19, que pesou fortemente na atividade económica devido às restrições e rígidos bloqueios impostos para conter surtos suscitados pela altamente contagiosa variante Ómicron do coronavírus.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | China destaca “relação saudável” com Espanha antes da chegada de Pedro Sánchez A China destacou ontem a sua relação saudável com Espanha, depois de ter sido confirmado que o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitará o país na próxima semana. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Wang Wenbin enfatizou, em conferência de imprensa, que os líderes de ambos os países “mantêm um bom intercâmbio e comunicação” e que a relação entre a China e Espanha “está a desenvolver-se de forma saudável há algum tempo”. Não foram dados mais detalhes sobre a visita. Sánchez vai estar na China nos dias 30 e 31 de Março, para participar num fórum económico e de líderes da Ásia-Pacífico na ilha de Hainan e para fazer uma visita oficial a Pequim, segundo um comunicado do Governo de Espanha. No encontro com o líder chinês, Xi Jinping, será abordada a “mediação que a China está a fazer na guerra entre a Ucrânia e a Rússia, um tema fundamental por causa dos valores europeus e pacifistas do Governo [de Espanha] e do ponto de vista mundial”, disse o ministro da Presidência espanhol, Félix Bolaños, numa entrevista transmitida ontem pelo canal de televisão RTVE. A China apresentou um plano para a paz na Ucrânia, no final de Fevereiro, que o Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu esta semana, num encontro com Xi Jinping, em Moscovo, pode servir de base para uma resolução do conflito quando o Ocidente estiver preparado para isso.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Abatido atacante barricado em casa após matar três pessoas A polícia tailandesa informou ontem que abateu um homem que alegadamente matou a tiro três pessoas e feriu duas outras, e que se encontrava barricado numa habitação, no sul do país. O homem foi morto após ter disparado contra agentes da polícia que tentavam detê-lo, durante uma operação que durou mais de 15 horas. A polícia na província de Petchaburi, a sudoeste de Banguecoque, indicou em comunicado que, após horas de negociações, os agentes finalmente invadiram a casa onde o atirador se refugiara. Os acontecimentos ocorreram na quarta-feira à tarde numa zona comercial movimentada no distrito de Muang (cerca de 140 quilómetros a sudoeste de Banguecoque), e levaram à evacuação de um jardim-de-infância próximo, bem como ao destacamento de uma centena de polícias para negociar com o atacante. Segundo a imprensa local, o agressor é um ex-soldado de 29 anos que enfrentava uma acusação de agressão física.
Hoje Macau China / ÁsiaXi envia condolências a Moçambique pelas mortes devido a ciclone O líder da China, Xi Jinping, enviou mensagens de condolências ao Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, pelas mortes em resultado da passagem do ciclone tropical Freddy, que já atingiram 165 vítimas. De acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira à noite pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Xi enviou mensagens tanto a Nyusi como ao Presidente do Malaui, Lazarus Chakwera. O chefe de Estado chinês disse estar “chocado ao saber que o ciclone tropical Freddy causou pesadas baixas e danos materiais no Maláui e em Moçambique”. Xi apresentou “profundas condolências pelos mortos no desastre e ofereceu a sincera solidariedade às famílias enlutadas e aos feridos”, em nome do governo e do povo chineses. O líder chinês também disse estar confiante “de que ambos os países irão certamente superar o desastre e reconstruir a sua pátria”. De acordo com o Programa Alimentar Mundial (PAM), um total de 886.400 pessoas foram afectadas pela passagem do ciclone em oito províncias, havendo cerca de 213 centros de acolhimento em funcionamento. Segundo a agência das Nações Unidas, em sete das oito províncias afectadas o número de casos de cólera tem estado a aumentar, tendo sido registados mais de 10 mil casos. Recordes negativos Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajectória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10 mil quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 04 de Fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral. O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de Fevereiro e regressou à ilha a 05 de março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300 mil pessoas afectadas. Em Moçambique, o ciclone, que teve o primeiro impacto a 24 de Fevereiro, voltou a tocar terra há duas semanas. A destruição e as inundações causadas pelo ciclone Freddy deslocaram mais de 500.000 pessoas e “a falta de água potável levou a um aumento dramático dos casos de cólera”, especialmente no Maláui, disse na quarta-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o Freddy pode ter quebrado o recorde de duração do furacão John, que durou 31 dias em 1994, embora os peritos da instituição não confirmem este recorde até que o ciclone se tenha dissipado.
Hoje Macau China / ÁsiaDefesa | Austrália e China reúnem pela primeira vez desde 2019 A Austrália e a China reuniram-se para discutir matéria de defesa, informou ontem Camberra, dias depois de Pequim ter condenado o plano australiano de se munir de uma frota de submarinos movidos a energia nuclear. As conversações, “conduzidas num ambiente profissional”, indicou o lado australiano, marcaram a primeira reunião formal dos responsáveis de defesa dos dois países desde 2019. Os responsáveis australianos receberam, na quarta-feira, em Camberra, uma delegação do Exército de Libertação do Povo para um diálogo centrado em questões de segurança regional, informou um porta-voz da defesa australiana. O encontro é o mais recente sinal de que a China e a Austrália estão a retomar as relações após um interregno diplomático, apesar das disputas sobre a crescente influência diplomática e militar da China no Pacífico. A China avisou a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos de que estavam a seguir “um caminho errado e perigoso” depois de terem anunciado, a 13 de Março, um acordo a longo prazo para equipar a Austrália com submarinos de propulsão nuclear armados com mísseis de cruzeiro. A conclusão da aliança entre os três países, com o cancelamento de Camberra do contrato para a aquisição de 12 submarinos franceses, tinha também conduzido a uma crise diplomática com a França em 2021.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Forças chinesas expulsam navio dos EUA das Paracels A região voltou a registar um incidente com a entrada ilegal do contratorpedeiro USS Milius nas águas do arquipélago das Paracels O exército chinês indicou ontem ter expulso um navio de guerra norte-americano que “entrou ilegalmente” nas águas de um arquipélago, controlado por Pequim, no mar do Sul da China. O contratorpedeiro USS Milius “entrou ilegalmente” ontem “sem autorização das autoridades chinesas” nas águas das Paracels, indicou o porta-voz do teatro da operação sul do exército chinês Tian Junli, num breve comunicado. “As forças navais e aéreas foram mobilizadas para seguir e vigiar este navio, bem como para lançar uma advertência e obrigá-lo a sair da zona”, sublinhou. O porta-voz denunciou uma manobra norte-americana que “compromete a paz e a estabilidade no mar do Sul da China” e garantiu que o exército “mantém-se atento e tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar com firmeza a soberania nacional” chinesa. Este incidente ocorre num contexto de luta de influência entre Pequim e Washington nesta zona marítima e de forte rivalidade em vários outros aspectos: Taiwan, [rede social] TikTok, direitos da minoria uigur ou ainda comércio. Contactadas pela agência de notícias France-Presse, as forças armadas norte-americanas para a zona Ásia-Pacífico não reagiram de imediato. Águas concorridas As Paracels, um arquipélago situado à igual distância das costas chinesas e vietnamitas, são disputadas por Pequim e Hanói. A marinha chinesa retomou o controlo do conjunto das ilhas em 1974, na sequência de um conflito naval. A China afirma ter sido a primeira nação a descobrir e nomear as ilhas do mar do Sul da China, pelo qual transita actualmente grande parte do comércio entre a Ásia e o resto do mundo. Desta forma, o Governo chinês reivindica uma grande parte das ilhas desta zona marítima. Mas outros países, como as Filipinas, o Vietname, a Malásia e o Brunei, também reivindicam a soberania em alguns destes locais. Cada país controla várias ilhas e atóis, nomeadamente no arquipélago das Spratleys, mais a sul, onde os incidentes são muito mais frequentes do que nas Paracels. Os Estados Unidos e por vezes alguns dos aliados ocidentais conduzem regularmente, no mar do Sul da China, operações denominadas “liberdade de navegação”, enviando para a zona navios de guerra para contestar as pretensões chinesas. Ao longo da última década, Pequim garantiu o controlo sobre alguns ilhéus e atóis desta região marítima, através de trabalhos de alargamento e da construção de instalações militares, visíveis em fotos de satélite divulgadas pelos meios de comunicação social ocidentais.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Tsai Ing-wen com paragens nos EUA durante visita à América Central A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, fará duas paragens nos Estados Unidos durante a visita oficial a Guatemala e Belize, divulgou esta terça-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros da ilha. Tsai Ing-wen começa a viagem de dez dias a 29 de Março, sendo que esta terá paragens em Nova Iorque, a 30 de Março, e em Los Angeles, a 5 de Abril, referiu a diplomacia de Taiwan. Belize e Guatemala estão entre os 14 países que reconheceram oficialmente Taiwan face à China, embora este número vá cair para 13, porque Honduras pretende estabelecer relações oficiais com Pequim, abandonando Taipé. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, reiterou esta terça-feira a oposição do país aos contactos oficiais entre Taiwan e os Estados Unidos. Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, voltou a enfatizar que não há nada incomum em autoridades taiwanesas em trânsito pelos Estados Unidos encontrarem-se com autoridades eleitas ou participarem em reuniões públicas, assegurando que a política dos EUA perante a China “permanece inalterada”.
Hoje Macau China / ÁsiaGrande Baía | Hong Kong e Guangdong assinam acordos de cooperação O governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) e o governo provincial de Guangdong assinaram uma série de documentos de cooperação em Hong Kong esta terça-feira para fortalecer a cooperação e o desenvolvimento de alta qualidade da Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, indica o Diário do Povo. Os documentos foram assinados após uma reunião conjunta com a participação de altos funcionários das duas regiões, que concordaram em continuar a avançar nos intercâmbios e na cooperação em sectores como a tecnologia, os serviços financeiros e o desenvolvimento da Metrópole do Norte. Esta foi a primeira conferência conjunta presencial sobre cooperação entre Hong Kong e Guangdong realizada após a retoma total das viagens entre Hong Kong e a parte continental da China. O Chefe do Executivo da RAEHK, John Lee, e Wang Weizhong, governador da Província de Guangdong, presidiram conjuntamente à reunião. Yang Wanming, subdirector do Departamento dos Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, e Yin Zonghua, vice-diretor do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEHK, também participaram no encontro.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | 21,8 milhões de residentes em 2022 Enquanto a densidade populacional diminui na capital chinesa, o rendimento per capita sobe 3,2 por cento, face ao ano anterior O número de residentes permanentes em Pequim foi de 21,8 milhões ao final de 2022, diminuindo em 43.000 pessoas em comparação com o ano anterior, segundo um anúncio das autoridades de estatísticas de Pequim na terça–feira. Os dados mais recentes revelaram também um aumento do rendimento dos residentes de Pequim em 2022, com o rendimento disponível per capita dos habitantes da cidade a aumentar 3,2 por cento em relação ao ano anterior. A população urbana de Pequim em 2022 foi de 19,128 milhões na qual a população de migrantes foi de 8,251 milhões. Em 2021, a população de migrantes foi de 8,348 milhões, segundo o Chinanews.com, citando dados das autoridades estatísticas de Pequim. A taxa de natalidade de residentes permanentes em Pequim em 2022 foi de 5,67 por mil e a taxa de mortalidade foi de 5,72 por mil, com a taxa de crescimento natural de -0,05 por mil, segundo relatos da media. No final de 2021, os números foram de 6,35 por mil, 5,39 por mil e 0,96 por mil, respectivamente, de acordo com a imprensa. Mudanças gerais A população no continente chinês registou um crescimento negativo pela primeira vez em 61 anos, em 2022, diminuindo em 850.000 pessoas, de acordo com dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas da China em Julho de 2022. Os observadores afirmaram que o crescimento populacional negativo é o resultado inevitável da taxa de baixa fertilidade de longo prazo do país, mas os dividendos demográficos do país não desaparecerão, como afirmam alguns pessimistas. Os dados mais recentes revelaram também uma receita crescente constante para os residentes de Pequim em 2022, com o rendimento descartável per capita dos residentes da cidade a atingir 77.415 yuan, um aumento de 3,2 por cento em relação ao ano anterior. O rendimento descartável per capita dos residentes rurais aumentou 4,4 por cento, 1,3 pontos percentuais a mais do que os dos residentes urbanos. Pequim é uma das 20 regiões chinesas e províncias que divulgaram dados sobre mudanças populacionais em 2022. A província de Hebei, do norte da China, Shandong do leste da China, Liaoning do nordeste da China e as províncias de Henan e Hunan, no centro da China, sofreram uma diminuição em sua população permanente. A diminuição de Liaoning foi a maior, com uma redução de 324.000. Entre as províncias e regiões que assistiram a um aumento nos residentes permanentes em 2022, Zhejiang liderou o ranking, com um aumento de 370.000. Houve um aumento acima de 100.000 no Hubei, no centro da China, Anhui, Jiangxi e Jiangsu, no leste da China, bem como na região autónoma da Etnia Zhuang de Guangxi, do sul da China, segundo relatos da imprensa.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Ida de Blinken e duas secretárias à China em equação Os EUA pretendem que o chefe da diplomacia norte-americana retome a visita à China, suspensa em Fevereiro, e estão a “discutir activamente” com Pequim a visita de dois ministros para realizar um diálogo económico, adiantou fonte da Casa Branca. John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da presidência norte-americana, explicou ontem que a secretária das Finanças, Janet Yellen, e a secretária do Comércio, Gina Raimondo, esperam visitar a China para “discutir questões económicas”. O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, cancelou em Fevereiro, ‘em cima da hora’, uma viagem à China, após a descoberta de um balão chinês a sobrevoar território norte-americano, e que, segundo Washington, estava a realizar operações de espionagem. “Esta visita foi adiada, não cancelada”, garantiu ontem John Kirby, acrescentando que o Governo de Joe Biden pretende que Blinken “vá a Pequim”. O chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, tinha indicado recentemente que manteria um encontro com o seu homólogo chinês, mas este ainda não foi oficializado até ao momento, adiantou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional. Maus momentos As relações entre os EUA e a China passaram por um período de tensão durante o governo de Donald Trump (2017-2021), quando ambas as nações se envolveram numa guerra comercial com a imposição mútua de taxas. Estas tensões pareceram diminuir depois de uma reunião em Novembro que Biden e Xi realizaram à margem do G20 em Bali, na qual concordaram em trabalhar juntos em algumas áreas, incluindo as alterações climáticas. No entanto, as relações bilaterais voltaram a ‘azedar’ em Fevereiro, depois dos EUA terem derrubado um alegado balão espião chinês que sobrevoava território norte-americano e que levou ao cancelamento da viagem de Blinken. Washington está a acompanhar de perto a visita do Presidente Xi Jinping à Rússia e o anúncio sobre a disponibilidade de governantes norte-americanos visitarem a China ocorre durante esta viagem. Vários membros do governo dos EUA, incluindo Blinken e o próprio Kirby, demonstraram cepticismo sobre esta reunião e expressaram dúvidas sobre o papel que a China pode desempenhar na guerra na Ucrânia. Em conferência de imprensa, Blinken acusou ontem Xi de não querer que Putin responda pela invasão da Ucrânia, depois do Tribunal Penal Internacional (TPI) ter um mandado de detenção contra o líder russo na sexta-feira. Já Kirby, tal como fez na sexta-feira, expressou ontem a oposição dos Estados Unidos a um cessar-fogo na Ucrânia, considerando que isso “consolidaria” os avanços que a Rússia tem feito no campo de batalha. Além disso, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional encorajou Xi a falar por telefone com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, para obter a perspectiva de Kiev sobre o conflito e não apenas a de Putin.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia com eleições marcadas para 14 de Maio A comissão eleitoral da Tailândia marcou ontem as eleições gerais para 14 de Maio, um dia após o primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha, ter dissolvido a Assembleia Nacional. A coligação liderada por Prayut, um antigo general que chegou ao poder num golpe de Estado de 2014, tem dominado o parlamento desde as eleições de 2019. Prayut, 68 anos, enfrentará uma oposição reforçada pela sua impopularidade à frente do Governo, segundo a agência francesa AFP. As sondagens mais recentes dão a vitória ao principal partido da oposição, Pheu Thai, liderado por Taetongtarn Shinawatra, filha do influente bilionário e antigo primeiro-ministro (2001-2006) Thaksin Shinawatra. O Pheu Thai obteria quase metade dos votos, contra 17 por cento do partido Move Forward, também da oposição, e 12 por cento do Nação Unida Tailandesa, de Prayut, segundo uma sondagem citada pela agência espanhola EFE. Taetongtarn Shinawatra, 36 anos, tem de lidar com uma Constituição redigida pela junta militar em 2017, que favorece os candidatos próximos das forças armadas e, por conseguinte, Prayut. O Move Forward, a surpresa nas urnas em 2019 graças ao seu eleitorado jovem, espera conseguir o apoio de eleitores que participaram nas manifestações pró-democracia em 2020. Em campanha A dissolução do parlamento deu oficialmente início à campanha eleitoral, que tinha começado informalmente há algumas semanas, com comícios e acções de rua. O primeiro-ministro é indicado pelos deputados e por 250 senadores nomeados pelo Governo, que tendem a favorecer um candidato próximo dos militares. O reino da Tailândia, antigo Sião, tem uma história política repleta de golpes militares, com 12 bem-sucedidos desde o fim da monarquia absoluta em 1932. O país do Sudeste Asiático, com mais de 67 milhões de habitantes, tem como chefe de Estado o rei Maha Vajiralongkorn, que sucedeu ao pai, Bhumibol Adulyadej, no trono entre 1946 e 2016.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Primeira visita ministerial alemã em 26 anos A ministra da Educação da Alemanha viajou ontem para Taiwan para a primeira visita em 26 anos de um ministro alemão à ilha, para assinar uma parceria tecnológica. A China opõe-se regularmente às visitas trocas oficiais entre Taiwan e os seus parceiros internacionais. A ministra alemã Bettina Stark-Watzinger disse que o acordo, celebrado com o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia de Taiwan (NSTC), visa “melhorar a cooperação com base em valores democráticos, transparência, abertura, reciprocidade e liberdade científica”. Bettina Stark-Watzinger considerou um “grande prazer e honra” tornar-se o primeiro membro de um governo alemão a visitar a ilha em mais de duas décadas. Questionada sobre a presença de chineses contrários à sua visita, a Stark-Watzinger não quis responder. A China aumentou a sua pressão diplomática e militar sobre Taiwan em retaliação com uma série de visitas de autoridades dos Estados Unidos, Europa, entre outros. De acordo com a imprensa, a gigante de tecnologia taiwanesa TSMC, a maior fabricante de chips do mundo, está actualmente em negociações para construir a sua primeira fábrica europeia na Alemanha. Em Dezembro, a empresa tinha dito que “não tinha planos concretos” para montar uma unidade de produção na Alemanha.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Fórum de Desenvolvimento acontece presencialmente em Pequim O Fórum de Desenvolvimento da China 2023 (FDC) acontecerá presencialmente na Casa de Hóspedes Estatais Diaoyutai, em Pequim, de 25 a 27 de Março. Com o tema “Recuperação Económica: Oportunidades e Cooperação”, o FDC deste ano concentrar-se-á nas oportunidades no mercado chinês, na estabilização das cadeias industriais globais e na transição verde, revelou Zhang Laiming, vice-director do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento (CPD) do Conselho de Estado em conferência de imprensa esta segunda-feira. Mais de 100 delegados estrangeiros participarão no fórum, incluindo executivos das principais multinacionais, académicos estrangeiros e representantes de organizações internacionais, apontou Zhang, citado pelo Diário do Povo, acrescentando que oficiais dos departamentos do governo central chinês apresentarão a orientação política da China no fórum. “A construção de um consenso contribuirá para a recuperação económica global”, explicou. Organizado pelo CPD, o FDC é uma conferência internacional anual de alto nível comprometida em “Engajar-se com o Mundo para a Prosperidade Comum”.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | China e Indonésia lideram contratos de aprovisionamento público No top 5 dos contratos de projectos de aprovisionamento com o governo timorense, surgem ainda países como a França e Portugal com negócios no valor de 168,6 milhões de dólares e 51,59 milhões de dólares, respectivamente Empresas da China e da Indonésia obtiveram o maior número de projectos de aprovisionamento do Governo timorense entre firmas estrangeiras entre 2011 e 2023, com um valor total de mais de 1.200 milhões de dólares, segundo dados oficiais. Os dados de aprovisionamento foram apresentados por responsáveis da Comissão Nacional de Aprovisionamento (CNA) num seminário sobre infraestruturas em Díli, em que detalharam dados das nacionalidades das empresas a quem foram atribuídos contratos. A informação indica que entre 2011 e o final de Fevereiro de 2023 empresas de nacionalidade timorense obtiveram um total de 2.351 contratos, no valor total de mais de 2.124 milhões de dólares. Empresas da China obtiveram 44 contratos no valor total de mais de 714,6 milhões de dólares e empresas da Indonésia conseguiram 72 contratos no valor de quase 499 milhões de dólares. No topo O top cinco inclui ainda a França, com nove contratos no valor de 168,6 milhões de dólares e Portugal, com 30 contratos num valor total de 51,59 milhões de dólares. Globalmente, e ao longo desse período, a CNA registou um total de 2.598 contratos de aprovisionamento, com um valor total de cerca de 3.781 milhões de dólares. Em termos regionais, e excluindo os contratos atribuídos a empresas de Timor-Leste, empresas da Ásia obtiveram contratos no valor de 1.364 milhões de dólares. Fora destas únicas regiões o único país no top 15 com contratos foi o Canadá, com 12 projectos no valor total de 28 milhões de dólares. O seminário de três dias de “reflexão sobre 20 anos de desenvolvimento de infraestruturas em Timor-Leste, qualidade, resiliência e sustentabilidade”, foi organizado pelo Conselho de Administração do Fundo de Infraestruturas (CAFI).
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | PM dissolve Parlamento e antecipa legislativas O primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-O-Cha, dissolveu ontem o Parlamento, uma medida que abre caminho para eleições parlamentares antecipadas, em Maio. Esta votação, a segunda desde o golpe de 2014, deve ocorrer entre 45 e 60 dias após a dissolução do Parlamento. Provavelmente será marcada para 7 ou 14 de Maio, de acordo com a imprensa tailandesa. O órgão encarregado de fiscalizar as eleições na Tailândia divulgará a data nos próximos dias. A votação coloca o impopular Prayut, que chegou ao poder através de um golpe militar, contra a filha do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, um desafecto do Exército que apesar de um exílio de mais de 10 anos continua a animar a vida política tailandesa. Prayut, de 68 anos, legitimado no poder em 2019 através de eleições legislativas polémicas, tem uma longevidade rara para um líder na Tailândia, cuja história política é repleta de golpes [12 bem-sucedidos desde o fim da monarquia absoluta em 1932]. Sangue novo A dois meses das eleições, Prayut está atrás do principal partido da oposição, Pheu Thai, que obteve metade das intenções de voto, contra 12 por cento para o partido do primeiro-ministro [United Thai Nation Party], segundo uma sondagem realizada com 2.000 pessoas e publicada no domingo. A líder do partido de oposição, Paetongtarn Shinawatra, de 36 anos, é o novo rosto da família cuja oposição ao poderoso Exército, autoproclamado defensor da monarquia, estrutura a vida política tailandesa há mais de vinte anos. O seu pai Thaksin serviu como primeiro-ministro entre 2001 e 2006, antes de ser derrubado, enquanto a sua tia Yingluck liderou o governo de 2011 a 2014 até o golpe de Prayut. O partido Move Forward [17 por cento das intenções de voto], a surpresa nas urnas em 2019 graças ao seu jovem eleitorado, espera capitalizar os eleitores que participaram nas manifestações pró-democracia em 2020. O primeiro-ministro é indicado tanto pelos deputados quanto pelos 250 senadores, indicados pelo governo, que tendem a favorecer um candidato próximo aos militares.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Kim Jong-Un dirigiu simulação de contra-ataque nuclear O líder norte-coreano Kim Jong-Un dirigiu durante dois dias exercícios militares “simulando um contra-ataque nuclear” e envolvendo um lançamento de míssil balístico equipado com uma “ogiva nuclear falsa”. A informação foi avançada domingo pela agência estatal da Coreia do Norte, KCNA, recebida em Seul. Kim Jong-Un afirmou-se satisfeito depois dos exercícios do fim de semana, segundo a KCNA. Foi a quarta demonstração de força de Pyongyang numa semana, ao mesmo tempo que Seul e Washington conduzem os maiores exercícios militares conjuntos em cinco anos. A Coreia do Norte considera todos os exercícios do género como ensaios para uma invasão do seu território e tem advertido repetidamente que responderá de forma “esmagadora”. “O míssil foi equipado com uma ogiva que simulava uma ogiva nuclear”, disse a KCNA. Na quinta-feira, Pyongyang disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-17, o mais poderoso do seu arsenal, na presença do líder Kim Jong-Un e da filha, pouco antes de uma visita ao Japão do Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol. Este foi o segundo teste ICBM de Pyongyang este ano, que a KCNA descreveu na altura como uma resposta aos exercícios militares “frenéticos” da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaRepública Centro-Africana | Nove cidadãos chineses mortos em ataque A China confirmou ontem a morte de nove cidadãos chineses, num ataque ocorrido, este domingo, na República Centro-Africana, e pediu “punição severa” para os autores do crime. O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês explicou, em comunicado, que o país “activou imediatamente um mecanismo consular de emergência” e que o Presidente, Xi Jinping, atribui “grande importância” a este incidente. Xi pediu “punição severa” e disse que a segurança dos cidadãos chineses deve ser garantida, de acordo com o ministério. O ataque, que também causou ferimentos graves a dois cidadãos chineses, ocorreu numa mina administrada pela firma de capital chinês Gold Coast Group, a 25 quilómetros da cidade de Bambari. Um grupo de homens armados abriu fogo contra as instalações da empresa. O ministério dos Negócios Estrangeiros alertou para um “risco extremamente alto” na República Centro-Africana, excepto na capital, Bangui, e pediu aos cidadãos chineses para serem “muito cautelosos”. O ministério anunciou que vai pedir às embaixadas do país asiático em África que “tomem mais medidas para garantir a segurança dos cidadãos e das empresas chinesas”. A República Centro-Africana sofre violência sistémica desde o final de 2012, quando uma coligação de grupos rebeldes de maioria muçulmana – os Séléka – tomou Bangui e derrubou em Março de 2013 o Presidente, François Bozizé, após dez anos de governo (2003-2013), desencadeando uma guerra civil. Nos últimos meses, foram registados vários ataques contra cidadãos chineses no exterior, o que levou as embaixadas do país a emitir alertas de segurança e realizar evacuações.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Antigo líder na China na próxima semana O antigo Presidente de Taiwan Ma Ying-jeou visita a China na próxima semana, foi ontem anunciado, numa iniciativa descrita como uma tentativa para aliviar tensões entre Taipé e Pequim. Ma liderou Taiwan num período de laços mais amigáveis com Pequim, mas deixou o cargo após uma polémica sobre um acordo comercial com a China, o qual não conseguiu ser aprovado, em resultado dos maiores protestos registados na ilha desde os anos de 1990. O ex-governante vai visitar Nanjing, Wuhan e Changsha, bem como outras cidades, avançou o director da Fundação Ma Ying-jeou, Hsiao Hsu-tsen, numa conferência de imprensa em Taipé, indicando que Ma não vai a Pequim. Ma, que é membro do Partido Nacionalista (Kuomingtang, na oposição), vai liderar uma delegação de académicos e estudantes, mas também de antigos responsáveis governamentais, de 27 de Março a 7 de Abril. O gabinete da actual líder, Tsai Ing-wen, disse que Ma tinha informado sobre a iniciativa, e acrescentou esperar que “Ma, no papel de antigo chefe de Estado (…) possa mostrar o valor da democracia e da liberdade de Taiwan e a posição de igualdade e dignidade nos intercâmbios” entre os dois lados. Durante o mandato de Ma, Taiwan e a China reforçaram os contactos. Ma negociou um pacto comercial com Pequim em 2010.
Hoje Macau China / ÁsiaPCP | “Se há alguém tem procurado soluções para a paz é o governo chinês” O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, manifestou ontem expectativas positivas quanto ao encontro entre os Presidentes chinês e russo, salientando que “se há alguém que tem procurado soluções para a paz” na Ucrânia tem sido o regime de Pequim. O presidente chinês, Xi Jinping, já desembarcou na Rússia, onde vai reunir hoje e na terça-feira com o homólogo russo, Vladimir Putin, numa visita de Estado que visa reforçar a parceria entre os dois países, e nos quais os dois chefes de Estado discutir o plano proposto por Pequim para resolver o conflito na Ucrânia. Questionado sobre estes encontros, à margem de uma conferência de imprensa do PCP sobre habitação, Paulo Raimundo considerou que “tudo o que seja abrir caminhos para a paz é positivo”. “Se há coisa que acho que podemos afirmar com toda a certeza é que se há alguém que tem procurado soluções para a paz e investir em caminhos para a paz, até com propostas concretas, tem sido o governo chinês, em particular o Presidente chinês”, afirmou. O líder do PCP disse que, apesar de ser incerto o que vai acontecer nesse encontro, “seria positivo que esses planos no caminho da paz” estejam presentes, salientando que os povos já não precisam “de mais guerra, mais gasolina”.
Hoje Macau China / ÁsiaTPI | China pede que se evite padrões duplos A China pediu ontem ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que evite “dois pesos e duas medidas”, depois de este ter emitido um mandado de prisão contra o Presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra. “O TPI deve adoptar uma postura objectiva e imparcial, respeitar a imunidade jurídica dos chefes de Estado (…) e evitar a politização e a duplicidade de critérios”, afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, poucas horas antes do início da visita de Estado do Presidente da China, Xi Jinping, à Rússia. O Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, acusou Putin de ser pessoalmente responsável pelo rapto de milhares de crianças da Ucrânia. Os governos que reconhecem a jurisdição do tribunal vão ser assim obrigados a deter Putin se ele visitar o seu país. Putin ainda não comentou o anúncio, mas o Kremlin rejeitou a medida e considerou-a “escandalosa e inaceitável”. Questionado se o mandado de prisão contra Putin ou a sua viagem – relâmpago à cidade de Mariupol vai afectar a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Moscovo, o porta-voz limitou-se a responder que Pequim “sempre defendeu o diálogo e a negociação para resolver a crise ucraniana”. O líder chinês chega a Moscovo um dia depois de Putin visitar a Ucrânia, pela primeira vez – especificamente o porto de Mariupol (mar de Azov), na região de Donetsk – desde o início da invasão, em Fevereiro de 2022.