Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Anunciado fracasso de lançamento de satélite A Coreia do Norte anunciou ontem o fracasso de uma nova tentativa de colocar em órbita um satélite espião, devido a um alegado problema no motor do propulsor. O propulsor do satélite de reconhecimento Malligyong-1-1 “explodiu durante a primeira fase do voo e falhou”, declarou o vice-director da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial (NATA) norte-coreana num comunicado divulgado pelos meios de comunicação oficiais, acrescentando que “a causa do acidente foi a fiabilidade do novo motor a oxigénio líquido e querosene”. O responsável norte-coreano indicou que uma análise preliminar do acidente apontou um problema num dos motores da primeira fase. A Coreia do Norte demorou pouco mais que 90 minutos a informar sobre o fracasso do lançamento do foguetão espacial, efectuado pelas 22:44 locais de ontem, segundo o Exército sul-coreano. Em comunicado, o Estado-Maior sul-coreano afirmou ter detectado pela primeira vez às 22:44 locais (o rasto do projéctil lançado da zona de Tongchang-ri – no noroeste do país, onde se situa a base de lançamento espacial de Sohae – em direção ao mar Ocidental (nome dado nas duas Coreias ao mar Amarelo). Apenas dois minutos depois de localizar o lançamento, os radares sul-coreanos voltaram a detectar o projéctil “como um grande aglomerado de fragmentos nas águas norte-coreanas”, indicando que o foguetão falhou em pleno voo. A Coreia do Norte somou assim mais um fracasso ao seu programa espacial, após dois lançamentos falhados do foguetão Chollima-1 na Primavera e no Verão de 2023. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse numa conferência de imprensa que o projéctil “desapareceu [do radar)] em pleno voo sobre o mar Amarelo”. “Por isso, acreditamos que não atingiu a órbita terrestre”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede ao MNE iemenita fim dos ataques a navios civis no Mar Vermelho O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, pediu ontem ao seu homólogo iemenita, Shaya Mohsin Zindani, o fim dos ataques a embarcações civis no Mar Vermelho, a fim de “garantir a segurança das rotas marítimas”. Após meses de ataques perpetuados pelos rebeldes Houthi contra várias embarcações naquelas águas, Wang explicou a Zindani que “a situação tensa no Mar Vermelho” é “uma consequência das repercussões do conflito de Gaza”, guerra para a qual apelou a um cessar-fogo. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros sublinhou a importância de “manter a unidade e a estabilidade” no Iémen e manifestou esperança de que “todas as partes envolvidas no conflito iemenita adiram a uma solução política e respondam positivamente aos esforços de paz da ONU e dos países da região”. Zindani saudou o “apoio incondicional da China à independência e soberania do Iémen” e a assistência prestada por Pequim “ao desenvolvimento económico e social do país, sem condições políticas”. O ministro iemenita manifestou esperança de que a China “continue a desempenhar um papel significativo na redução das tensões no Mar Vermelho e na reconstrução do Iémen”. Contra ataques Os ataques dos Houthi podem ter um grande impacto na economia mundial, uma vez que o Mar Vermelho representa quase 15 por cento do comércio marítimo mundial. A China tem criticado as acções das forças norte-americanas contra os Houthis desde que o grupo insurgente começou a atacar, há meses, navios no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandeb, que alega estarem ligados a Israel ou dirigirem-se para lá. Segundo Pequim, os ataques lançados pelos EUA não estão abrangidos pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU ou pela Carta das Nações Unidas e são, por isso, contrários ao direito internacional. Zindani encontra-se na capital chinesa para participar na 10.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação China – Estados Árabes, esta quinta-feira. A conferência contará com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, do Rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al Khalifa, do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El Sisi, do Presidente da Tunísia, Kais Saied, e do Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Zayed Al Nahyan.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | China mostra “profunda preocupação” com operação militar em Rafah O Governo chinês expressou hoje a sua “profunda preocupação” com os ataques israelitas em Rafah, na Faixa de Gaza, depois de o exército de Israel ter bombardeado um campo para pessoas deslocadas, que fez um elevado número de mortos. “A China manifesta a sua profunda preocupação com as operações militares israelitas em curso contra Rafah”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa regular. “Exigimos que todas as partes protejam os civis e as instalações civis e instamos Israel a dar ouvidos ao apelo da comunidade internacional e a cessar os seus ataques a Rafah”, afirmou Mao Ning. Israel intensificou ontem os seus ataques à cidade. O Conselho de Segurança da ONU convocou já uma reunião de emergência. Estes novos bombardeamentos surgem na sequência de uma onda de condenação internacional a um ataque na zona, que fez 45 mortos e 249 feridos, no domingo à noite, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, lamentou “o acidente trágico”. O exército israelita afirmou que está a investigar a morte das vítimas civis, depois de ter dito inicialmente que tinha visado dois altos funcionários do Hamas com “munições precisas”. “A posição da China sobre o conflito israelo-palestiniano é constante e clara. Opomo-nos a qualquer violação do direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional”, sublinhou Mao Ning. “A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para aliviar e pôr fim ao desastre humanitário em Gaza”, vincou. A China tem boas relações com Israel, mas apoia a causa palestiniana há décadas. Pequim tem tradicionalmente feito campanha por uma solução de dois Estados, enquanto o processo de paz israelo-palestiniano está num impasse desde 2014.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Quadros vão ser responsabilizados por falta de saúde financeira A cúpula do Partido Comunista Chinês (PCC) defendeu ontem que os “riscos financeiros” são “uma questão de segurança nacional” e advertiu que os seus quadros “serão responsabilizados” se não “assumirem a responsabilidade” de “assegurar a saúde financeira do país”. O Presidente chinês, Xi Jinping, presidiu à reunião do Politburo, o mais alto órgão de decisão do PCC, informou ontem a agência noticiosa oficial Xinhua. Um despacho difundido pela agência indica que os líderes do partido salientaram que “prevenir e neutralizar os riscos financeiros influencia grandemente a segurança nacional”, e “é um trabalho importante para alcançar um desenvolvimento de alta qualidade”. “Vão ser formuladas normas judiciais para responsabilizar aqueles que não conseguem prevenir os riscos financeiros”, advertiram. “O objectivo é que o partido continue a exercer uma autogovernação plena e rigorosa e a reforçar também a liderança centralizada do PCC sobre o sector financeiro, para que os departamentos administrativos e as instituições financeiras assumam as suas responsabilidades”, frisou a cúpula do poder chinês. Funcionários “a todos os níveis” vão ser instados a “assegurar que as várias tarefas destinadas a reforçar a regulação financeira em todos os domínios são correctamente executadas”. “Os regulamentos devem ser aplicados à letra e os infractores devem ser responsabilizados. Aqueles que não cumprirem os seus deveres devem ser responsabilizados e serão punidos”, advertiu o PCC, numa altura em que vários antigos funcionários foram punidos por corrupção e em que algumas agências de notação da dívida baixaram para “negativa” a perspectiva do ‘rating’ do país, face aos “riscos crescentes” para as finanças públicas. Compromissos No final do ano passado, as autoridades chinesas comprometeram-se a “reforçar a supervisão financeira” para “prevenir e neutralizar eficazmente os riscos”, numa altura em que várias administrações locais e regionais do país enfrentam problemas de endividamento e a crise imobiliária está a arrastar a recuperação económica. Os dirigentes do PCC reconheceram então que “continuam a surgir problemas de corrupção e de caos financeiro” e apontaram a necessidade de “reforçar” as “fracas” capacidades de supervisão do sector. Uma das questões abordadas nessa reunião foi o já referido problema da dívida dos governos locais, que, segundo o Fundo Monetário Internacional, acumulavam cerca de 9 biliões de dólares de “dívida oculta”, mais do dobro do valor em 2017. A falta de liquidez foi agudizada por uma crise no sector imobiliário, já que a venda de terrenos pelos governos locais constituía uma importante fonte de receitas para as construtoras.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte dispara “projétil não-identificado”, confirma exército sul-coreano A Coreia do Norte disparou um “projétil não-identificado”, anunciou hoje o Exército sul-coreano, algumas horas depois de Pyongyang ter informado o Japão de que estava a preparar o lançamento de um novo satélite espião. “A Coreia do Norte disparou um projétil não-identificado para sul”, sobre o mar Amarelo, indicou o Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul, depois de Seul, Pequim e Tóquio terem concluído a sua primeira cimeira trilateral desde 2019. Segundo Seul, “muitos fragmentos de projétil” foram encontrados no mar, após o disparo de Pyongyang. Em comunicado, o Estado-Maior sul-coreano afirmou ter detetado pela primeira vez às 22:44 locais o rasto do projétil lançado da zona de Tongchang-ri – no noroeste do país, onde se situa a base de lançamento espacial de Sohae – em direção ao mar Ocidental (nome dado nas duas Coreias ao mar Amarelo). “O projétil foi detetado como um grande aglomerado de fragmentos à superfície das águas norte-coreanas por volta das 22:46 (14:46 de Lisboa), e as autoridades da República da Coreia (nome oficial do Sul) e dos Estados Unidos estão a proceder a uma análise detalhada para determinar se o voo foi normal”, acrescenta o texto. Dado que a primeira deteção do rasto do projétil tem apenas dois minutos de diferença em relação à segunda, sob a forma de fragmentos, acredita-se que este explodiu pouco depois da descolagem e que a Coreia do Norte somou assim mais um fracasso ao seu programa espacial, após dois lançamentos falhados do foguetão Chollima-1 na primavera e no verão de 2023. Em novembro, Pyongyang conseguiu finalmente lançar com êxito o foguetão e colocar em órbita o seu primeiro satélite espião, o Malligyong-1. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse numa conferência de imprensa que o projétil “desapareceu [do radar)] em pleno voo sobre o mar Amarelo”. “Por isso, acreditamos que não atingiu a órbita terrestre”, acrescentou. O sistema de alerta japonês para a população foi inicialmente ativado em Okinawa (sudoeste do país) após ter detetado e calculado a trajetória do projétil, mas foi desativado minutos depois, uma vez que este “nunca sobrevoou a área designada”, disse uma fonte governamental japonesa à agência noticiosa Kyodo. Por sua vez, a televisão japonesa NHK difundiu imagens aparentemente captadas a partir da fronteira chinesa com a Coreia do Norte (a base de Sohae fica cerca de 50 quilómetros a sul da cidade chinesa de Dandong) que mostram, no céu noturno, uma combustão com um padrão irregular primeiro e depois o que parece ser uma deflagração. Pyongyang notificou hoje a guarda costeira japonesa de uma janela de lançamento entre hoje, segunda-feira, e o próximo dia 03 de junho para colocar em órbita um novo satélite espião. A Coreia do Norte afirmou no início deste ano que iria lançar mais três satélites espiões “Malligyong” até 2024. Para o êxito do lançamento de novembro, acredita-se que tenha sido fundamental a ajuda da Rússia, que foi muito reforçada depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, terem realizado uma cimeira, em setembro de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Pequim quer problemas resolvidos pelos países da região O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China Deng Li afirmou ontem que os problemas no Médio Oriente “devem ser resolvidos pelos países e povos da região” através do “diálogo”. Deng sublinhou que a China “sempre esteve envolvida nos esforços para promover a paz na região”, numa conferência de imprensa para discutir a 10ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação China – Estados Árabes, que se realiza em Pequim, na quinta-feira. O responsável rejeitou a ideia de que o país asiático, que aumentou o seu envolvimento diplomático na região nos últimos anos, esteja a tirar partido de “um vazio deixado pelos Estados Unidos” no Médio Oriente. O vice-ministro salientou que, perante a escalada de conflitos, como o surto de violência em Gaza, a China, enquanto “país responsável”, sente “a necessidade de contribuir para a paz regional e assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mitigação da crise humanitária”. “Chegou o momento de a comunidade internacional agir com sentido de justiça e bem comum para fazer algo pela paz no Médio Oriente”, afirmou Deng, acrescentando que a China deve “esforçar-se por fazer algo para pôr fim a este conflito”. “Esta é a razão fundamental que está por detrás do recente aumento da actividade diplomática da China no Médio Oriente. O nosso objectivo é a humanidade, a justiça, a estabilidade e a paz na região”, concluiu Deng Li. Papel moderador A conferência ministerial de quinta-feira contará com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, do Rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al Khalifa, do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El Sisi, do Presidente da Tunísia, Kais Saied, e do Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Zayed Al Nahyan, para além de outros funcionários de menor escalão. Uma das questões que deve ser debatida durante a reunião é o conflito em Gaza, relativamente ao qual Pequim tem apelado nos últimos meses a “todos os esforços possíveis para proteger os civis e evitar uma catástrofe humanitária ainda maior”. A China também manifestou o seu apoio à “solução dos dois Estados” e os seus funcionários realizaram numerosas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as negociações de paz. Nos últimos anos, a China tem também desempenhado um papel de mediação na região: representantes do grupo islâmico Hamas e do movimento Fatah reuniram-se recentemente em Pequim “para um diálogo profundo e sincero” sobre a reconciliação palestiniana. No ano passado, a China mediou um acordo entre o Irão e a Arábia Saudita para o restabelecimento de relações diplomáticas.
Hoje Macau China / ÁsiaSamsung | China assegura que vai estar sempre aberta às empresas estrangeiras O primeiro-ministro chinês afirmou que a China estará sempre aberta às empresas estrangeiras e comprometeu-se a tomar medidas para aumentar a confiança na segunda maior economia do mundo, informou ontem a imprensa estatal. Li Qiang fez estes comentários no domingo, durante um encontro com Lee Jae-yong, presidente da Samsung Electronics, na véspera da cimeira trilateral entre a Coreia do Sul, China e Japão. O gigante mundial da produção de semicondutores e telemóveis, que é uma das maiores empresas estrangeiras na China, investiu milhares de milhões de dólares em instalações para produzir ‘chips’ e produtos electrónicos. “As empresas estrangeiras são essenciais para o desenvolvimento da China e o mega-mercado chinês estará sempre aberto às empresas estrangeiras”, afirmou Li, durante a reunião com o director da Samsung, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. “Pequim vai adoptar medidas como a expansão do acesso ao mercado para melhorar o ambiente empresarial, de modo a que as empresas estrangeiras possam ter confiança no seu investimento e desenvolvimento na China”, acrescentou. “A China dá as boas-vindas às empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung, para que continuem a desenvolver o seu investimento e cooperação na China”, vincou. A Câmara de Comércio da União Europeia na China declarou recentemente que os seus membros enfrentam dificuldades no país, nomeadamente em termos de acesso ao mercado e de barreiras regulamentares. A Samsung é uma das poucas empresas capazes de produzir ‘chips’ semicondutores avançados, componentes essenciais na produção de alta tecnologia, incluindo inteligência artificial, mas que têm também aplicações militares.
Hoje Macau China / ÁsiaRedes sociais | Contas de influenciadores encerradas por ostentação Várias redes sociais chinesas encerraram e bloquearam contas de influenciadores conhecidos por “ostentarem a sua riqueza”, incluindo Wang Hongquan, uma celebridade que ganhou a alcunha de “Kim Kardashian da China” pelo seu estilo de vida luxuoso. Wang Hongquan tinha acumulado mais de 4,3 milhões de seguidores no Douyin, a versão chinesa do TikTok, que está bloqueado na China, desde Abril passado. Numa declaração recente, Wang, de 30 anos, disse que não sai de casa “sem levar uma quantia de oito dígitos em dinheiro”. É também conhecido pela sua tendência para adquirir várias propriedades e veículos de luxo, como Rolls-Royces, algo que as plataformas estão agora a tentar erradicar ao abrigo das orientações oficiais que pretendem evitar a “extravagância”. Outros influenciadores igualmente conhecidos por exibirem a sua riqueza também desapareceram das plataformas. Em Abril, a rede social Weibo anunciou que ia combater os conteúdos que promovem “valores negativos” como o “esbanjamento e a ostentação”. Outras redes, como a plataforma de vídeo Bilibili e a aplicação de vídeos curtos Kuaishou, também anunciaram medidas semelhantes. Em Dezembro, o Gabinete da Comissão Central para os Assuntos do Ciberespaço lançou uma campanha de um mês contra “informações falsas”, “conteúdos inadequados” e “valores errados” no sector de difusão de vídeos curtos. O regulador chinês da Internet visou então comportamentos como a “criação de esquemas para ajudar grupos desfavorecidos” para “explorar a solidariedade do público”, “ostentação de riqueza”, “culto do materialismo” e “indulgência no luxo”.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul, Tóquio e Pequim concordam em retomar as cimeiras trilaterais “numa base regular” A Coreia do Sul, o Japão e a China manifestaram ontem o desejo de retomar as suas cimeiras trilaterais “de forma regular e ininterrupta”, num comunicado conjunto emitido no final de uma reunião em Seul. “Reiteramos que a promoção da institucionalização da cooperação trilateral reforça as respectivas relações bilaterais e promove a paz, a estabilidade e a prosperidade na região do nordeste asiático, e ajuda a promover um mundo em que os países, grandes ou pequenos, podem beneficiar universalmente”, lê-se no documento, emitido após o encontro entre o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e os primeiros-ministros japonês e chinês, Fumio Kishida e Li Qiang, respectivamente. Os três países realizaram as suas primeiras cimeiras anuais entre 2008 e 2012, mas as divergências entre Seul e Tóquio sobre as consequências do domínio colonial do Japão na península coreana fizeram com que as reuniões começassem a ser convocadas de forma intermitente. Desde que Yoon chegou ao poder, em 2022, juntamente com Kishida têm procurado resolver estas divergências, a par de um reforço da cooperação militar dos dois países com o seu parceiro tradicional, os Estados Unidos. Boa vizinhança Os três países sublinharam ontem que esta nona cimeira trilateral em Seul “tem um significado importante para revitalizar a cooperação trilateral”, segundo o comunicado, que acrescenta que “serão realizadas conversações para acelerar as negociações de um acordo de comércio livre (ACL) trilateral”, como Kishida já tinha dito numa conferência de imprensa. Os três vizinhos decidiram estabelecer projectos de cooperação em seis áreas-chave: intercâmbios humanos, desenvolvimento sustentável, cooperação económica e comercial, saúde pública e envelhecimento da sociedade, ciência e tecnologia e segurança e assistência em caso de catástrofe. “Estamos a esforçar-nos por aumentar o número de intercâmbios humanos entre os três países para 40 milhões até 2030, promovendo intercâmbios em áreas como a cultura, o turismo e a educação”, explicou o documento. As duas áreas que aparentemente produziram os resultados mais tangíveis em termos de cooperação após a cimeira de ontem foram a propriedade intelectual e as “futuras pandemias”, uma vez que foram assinados dois memorandos separados a este respeito.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Refutadas alegações sobre abundância de capacidade após declaração do G7 O artigo publicado no Diário do Povo surge em resposta às recentes preocupações manifestadas pelos ministros das finanças do G7. Pequim acusa Washington de querer suprimir as indústrias de outros países O Partido Comunista Chinês rejeitou ontem as alegações dos Estados Unidos de que a China está a exportar o seu excesso de capacidade industrial, acusando Washington de tentar conter a ascensão do país. Num artigo difundido pelo Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, Jin Ruiting, investigador da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planificação económica da China, negou que exista um problema de excesso de capacidade de produção. Jin defendeu que a taxa de utilização da capacidade da indústria de novas energias da China era superior à de outros países e que, em termos globais, a capacidade de produção estava muito aquém da procura do mercado. O artigo foi publicado um dia depois de os chefes das finanças dos países membros do G7 terem manifestado a sua preocupação com as “políticas e práticas não comerciais” da China, que prejudicam “os nossos trabalhadores, as nossas indústrias e a nossa capacidade de resistência económica”. Os responsáveis afirmaram que continuariam a monitorizar os potenciais impactos negativos do excesso de capacidade e que considerariam a possibilidade de tomar medidas para garantir condições equitativas, em conformidade com os princípios da Organização Mundial do Comércio. Em causa, está o domínio da China nos sectores dos veículos eléctricos, painéis solares e baterias de nova energia. O país asiático concentra 80 por cento da produção global de baterias e representou, em 2023, três quartos do investimento na produção de todas as tecnologias limpas, segundo dados da Agência Internacional da Energia. Desde que o sector automóvel, que é particularmente sensível para a Europa, passou também a constar nos planos quinquenais delineados pelo Partido Comunista, há cerca de dez anos, foram criadas centenas de marcas de veículos eléctricos no país. A União Europeia está a conduzir investigações sobre os subsídios atribuídos pelo Estado aos fabricantes chineses de carros eléctricos e de turbinas eólicas. As acusações de “sobrecapacidade” nas indústrias da China são a “táctica habitual” dos Estados Unidos para “suprimir as indústrias de outros países”, disse Jin, afirmando que Washington é motivado pelo seu “pensamento hegemónico”. “A China tem fornecido produtos verdes de alta qualidade e a preços acessíveis para países de todo o mundo e tem contribuído muito para a transformação global verde e de baixo carbono”, afirmou. Jin também argumentou que a indústria de novas energias da China alcançou a sua posição através de uma inovação tecnológica rápida e contínua num mercado competitivo. “A indústria de novas energias da China obteve as suas vantagens através de competências reais”, afirmou, acrescentando que a produção chinesa abrangeu uma série de categorias e toda a cadeia industrial. Segundas intenções A Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que participou na reunião do G7 em Itália, levantou a questão do excesso de capacidade junto dos responsáveis chineses durante uma viagem à China no início do mês passado. A administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou também que vai impor taxas alfandegárias punitivas sobre mais de uma dúzia de produtos chineses, incluindo veículos eléctricos. A China afirmou que o argumento do excesso de capacidade levantado pelos políticos norte-americanos é “claramente motivado politicamente” e destinado a “manchar e suprimir a economia chinesa”. Na semana passada, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, foi questionado sobre a agenda do G7 relativa ao excesso de capacidade, afirmando que as discussões são “diametralmente opostas aos factos e às leis da economia e são puro proteccionismo”. Wang Wenbin afirmou que a “sobrecapacidade é apenas um pretexto para os EUA tentarem coagir os membros do G7 a “criar vedações e restrições aos novos produtos energéticos chineses”.
Hoje Macau China / ÁsiaUganda-Tanzânia | Vinte ONG pedem a Pequim que retire apoio ao macro-pipeline Quase uma vintena de organizações não-governamentais (ONG) pediram no sábado ao Presidente chinês, Xi Jinping, que retire o apoio à polémica construção de um macrogasoduto entre o Uganda e Tanzânia, devido aos riscos ambientais e socioeconómicos do projecto. A construção do Oleoduto de Petróleo Bruto da África Oriental (EACOP), que será o oleoduto de petróleo bruto aquecido mais longo do mundo, obteve o apoio de Xi, disse o Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, em Abril passado. No entanto, num comunicado enviado à agência noticiosa espanhola EFE, as 19 ONG ugandesas e tanzanianas sustentam que o EACOP “ameaça a segurança e os meios de subsistência de milhões de pessoas e, através da sua inevitável exacerbação da crise climática, representa um risco significativo para a segurança e estabilidade de toda a região e do mundo”. As organizações denunciaram que muitas comunidades “foram deslocadas à força das suas terras ancestrais e receberam compensações injustas que não reflectem o valor real do que perderam”. “Por sua vez, as comunidades sofreram um aumento dos níveis de insegurança alimentar e não puderam aceder a serviços básicos como a educação e os cuidados de saúde”, afirmaram as ONG, que temem igualmente o risco de derrames de petróleo e de danos ambientais duradouros, incluindo em importantes fontes de água e zonas húmidas. “Apelamos respeitosamente ao Presidente Xi para que reconsidere o seu apoio ao projecto” e aos projectos de exploração petrolífera envolvendo empresas chinesas, sublinham as ONG.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Zelensky convida Xi e Biden para Cimeira de Paz de Genebra O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou ontem os homólogos dos Estados Unidos, Joe Biden, e chinês, Xi Jinping, a participarem numa cimeira de paz a realizar em Lucerna em 15 e 16 de Junho. “Apelo aos líderes mundiais (…), ao Presidente Biden, líder dos Estados Unidos, e ao Presidente Xi, líder da China (…): por favor, apoiem a cimeira de paz com a vossa liderança e participação”, disse Zelensky numa mensagem de vídeo. A Suíça enviou convites a mais de 160 delegações, mas a Rússia não foi convidada “nesta fase”, de acordo com o portal do Governo helvético dedicado ao evento no início de Maio. Os convidados incluem membros do G7, do G20, dos BRICS, muitos outros países de todos os continentes, bem como a UE, três organizações internacionais e dois representantes do mundo religioso. A Rússia, que lançou a sua invasão da Ucrânia em 24 de Fevereiro de 2022, fez saber – com duras críticas – que não está interessada em participar nesta conferência. O Kremlin deixou claro em várias ocasiões que não participaria em quaisquer negociações se Kiev não aceitasse a anexação pela Rússia dos cerca de 20 por cento do território ucraniano que ocupa actualmente. O Presidente Zelensky afirmou ontem que “mais de 80 países confirmaram a sua participação”.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresas chinesas pedem investigação antidumping contra carne de porco da UE Várias empresas estão “a preparar provas” para solicitar ao Governo da China a abertura de uma investigação antidumping contra algumas importações de carne de porco da União Europeia (UE), disse a imprensa oficial chinesa. Numa mensagem publicada na rede social X, que está bloqueada na China continental, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, o Global Times, citou uma fonte não identificada “com conhecimento do sector”. A medida poderá afectar especialmente Espanha, o maior fornecedor europeu de carne de porco à China, com vendas de cerca de 382 mil toneladas em 2023. No ano passado, o mercado chinês importou 1,55 milhão de toneladas de carne suína, a mais popular entre os consumidores do país, e mais de metade veio da Europa. A notícia surgiu num contexto de crescentes tensões comerciais entre a China e Bruxelas. Na quarta-feira, a Câmara de Comércio da China na União Europeia (UE) disse ter sido “informada por especialistas do sector” de que Pequim está a ponderar aumentar as taxas alfandegárias sobre veículos com motores de grande cilindrada, em preparação contra a possível decisão da UE de penalizar os eléctricos chineses. A câmara de comércio citou uma entrevista publicada pelo jornal oficial chinês Global Times, na qual Liu Bin, um dos principais especialistas com influência na elaboração das políticas governamentais para o sector automóvel, referiu que Pequim está a considerar aumentar para 25 por cento as taxas sobre automóveis importados de grande cilindrada. Oportunidade de ouro A imprensa local recordou que, no fim de semana passado, o Ministério do Comércio chinês anunciou uma investigação ‘antidumping’ contra as importações de copolímero de polioximetileno, um material frequentemente utilizado pelo sector automóvel, proveniente dos EUA, da UE, do Japão e de Taiwan. Também na quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês garantiu que “o desenvolvimento e a abertura da China à Europa e ao mundo é uma oportunidade, não um risco”, e que o proteccionismo “não pode resolver os problemas da UE”. “A UE e a China devem resolver questões económicas e comerciais concretas através do diálogo e de consultas”, disse o porta-voz do ministério, Wang Wenbin, numa conferência de imprensa.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | Coreia do Sul e Pequim discutem economia e estabilidade global Yoon Suk-yeol e Li Qiang reuniram na capital sul-coreana para acertar agulhas em projectos partilhados e fazer o diagnóstico de questões regionais e internacionais O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, discutiram ontem em Seul projectos conjuntos em questões económicas e cooperação em assuntos regionais e internacionais. “Acredito que a Coreia do Sul e a China devem cooperar estreitamente não só para a nossa relação bilateral, mas também para a paz e a estabilidade da comunidade internacional”, disse o Presidente sul-coreano no início da reunião, segundo declarações divulgadas pela agência local. Yoon sublinhou no seu discurso a importância de trabalhar com a China para enfrentar as crescentes incertezas económicas na sequência da guerra na Ucrânia e do conflito entre Israel e o Hamas e disse esperar que possam “continuar a reforçar a cooperação no meio de complexas crises globais”. O primeiro-ministro chinês destacou, por seu lado, as estreitas relações económicas entre os dois países e manifestou o desejo de desenvolver ainda mais os seus laços para “benefício mútuo”. “A China deseja trabalhar em conjunto com a Coreia do Sul para se tornar um vizinho bom e confiável e um parceiro solidário que ajude ambos a terem sucesso”, afirmou o Presidente chinês. Li disse que as cadeias industriais e de abastecimento entre a China e a Coreia do Sul estão “profundamente interligadas” e apelou a Yoon para “resistir à politização de questões de segurança, económicas e comerciais” para proteger essas ligações, segundo à agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Disse ainda que Pequim está “disposta a acelerar” as negociações para um acordo de comércio livre com Seul “baseado no pragmatismo e no equilíbrio”, assim como para reforçar o diálogo sobre produção, cadeias de abastecimento, controlos de abastecimento, exportação. Também a segurança é um tema importante entre os dois países, tendo Yoon e Li concordado em estabelecer um diálogo diplomático sobre segurança e realizar a primeira reunião em meados de Junho. Sobre economia, concordaram em retomar as negociações para melhorar o acordo bilateral de comércio livre adoptado pelos seus países assim como retomar um comité bilateral de cooperação sobre investimentos no final do ano, após uma pausa de 13 anos. Conversas a três A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul, mas as suas relações bilaterais têm sido tensas nos últimos anos devido à estreita cooperação de Seul com os Estados Unidos sob o Governo de Yoon, um alinhamento que se estende a Tóquio e que Pequim procura contrariar com esta aproximação. O primeiro-ministro chinês viajou à Coreia do Sul para participar na segunda-feira da primeira cimeira trilateral com o Japão em mais de quatro anos, que também marca a sua primeira visita à península coreana desde que assumiu o cargo em Março de 2023 e a primeira visita de um número dois chinês à Península Coreana desde a de Li Keqiang. Os presidentes chineses, os líderes supremos do país, nunca participaram nesta cimeira tripartida, que normalmente conta com a presença do primeiro-ministro. A reunião não acontecia desde 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Líderes da China, Japão e Coreia do Sul reúnem-se pela primeira vez desde 2019 Líderes da Coreia do Sul, China e Japão vão reunir-se a partir da próxima segunda-feira, em Seul, para as primeiras negociações trilaterais desde 2019, avançou ontem a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap. A cimeira trilateral vai juntar o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse a Yonhap. A notícia foi confirmada por outros meios de comunicação da Coreia do Sul, que citaram a Presidência do país. A primeira cimeira trilateral aconteceu em 2008 e os três países asiáticos acordaram realizar uma reunião desse tipo entre os seus líderes todos os anos. Algo que não acontece desde 2019, sobretudo devido às restrições impostas pela China devido à pandemia de covid-19. Os esforços para reforçar a cooperação entre os vizinhos asiáticos têm enfrentado obstáculos como as disputas históricas em torno das ocupações japonesas durante a Segunda Guerra Mundial e a competição estratégica entre a China e os Estados Unidos, aliados tanto de Seul como de Tóquio. A 14 de Maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Cho Tae-yu, visitou Pequim, onde se encontrou com o homólogo chinês, Wang Yi, que lamentou as “dificuldades e desafios” que afectam a relação entre os dois países. Ressalvando que “não existem conflitos de interesse fundamentais” entre as duas partes, Wang sublinhou a importância de manter “intercâmbios regulares” entre os dois países vizinhos. Segundo a mesma nota, Cho Tae-yul manifestou esperança de que esta visita constitua um “passo significativo” nas relações entre a Coreia do Sul e a China. Os dois ministros trocaram igualmente pontos de vista sobre a cooperação trilateral entre a China, Japão e Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Portugal defende reconhecimento internacional da Palestina A representante permanente de Portugal na ONU, Ana Paula Zacarias, considera “muito importante” o reconhecimento internacional da Palestina nas Nações Unidas, admitindo estar convicta de que esse “dossiê evoluirá”, mesmo após a oposição norte-americana. “É fundamental continuar a apoiar a solução dos dois Estados. Só essa solução, só uma resolução pacífica deste conflito que se arrasta há tantos anos, poderá trazer a paz ao Médio Oriente. E para termos uma solução de dois Estados, temos que ter dois Estados efectivamente”, frisou a diplomata, em entrevista à Lusa, em Nova Iorque. “Portanto, é muito importante o reconhecimento internacional da Palestina aqui, nas Nações Unidas. A votação na Assembleia-Geral foi bastante ampla: 143 países a favor do reconhecimento dos direitos da Palestina e um pedido insistente ao Conselho de Segurança para que volte a analisar este dossiê em breve”, acrescentou a embaixadora, que deixará o cargo este mês. Numa entrevista concedida à Lusa antes do anúncio de Espanha, Irlanda e Noruega de reconhecerem conjuntamente o Estado da Palestina, Ana Paula Zacarias referia-se à resolução adoptada a 10 de Maio na Assembleia-Geral da ONU, onde o apoio esmagador de 143 países – incluindo de Portugal – concedeu “direitos e privilégios adicionais” à Palestina e apelou ao Conselho de Segurança que reconsidere favoravelmente o seu pedido de adesão plena à organização, num momento em que mantém o estatuto de “Estado observador”. A elevação ao estatuto de Estado-membro não está nas mãos da Assembleia-Geral, mas sim do Conselho de Segurança, que a 18 de Abril a negou à Palestina devido ao veto exclusivo dos Estados Unidos, que prometem voltar a bloquear a aspiração palestiniana caso o tema seja votado novamente. Porém, tendo em conta os esforços que estão a ser desenvolvidos no terreno por um conjunto de países, a diplomata portuguesa disse estar “convicta” de que este “dossiê evoluirá seguramente”, esperando que essa evolução passe efectivamente pela criação de dois Estados: Israel e Palestina. Momento desadequado Ana Paula Zacarias frisou que Portugal sempre repudiou o ataque do Hamas contra Israel, continua a pedir a libertação incondicional dos reféns e aceita o direito de autodefesa de Israel. “Mas Portugal tem também tido uma posição bastante clara em dizer que a população Palestiniana não pode ser, no seu conjunto, penalizada por esta situação” e que “é preciso que o Direito Internacional e que os direitos destas pessoas sejam tomados em conta”, reforçou, defendendo que “Israel tem que cumprir a Lei Internacional Humanitária”. “Portanto, esperemos que em breve se possa (…) encontrar uma solução para a paz no Médio Oriente, que passe claramente pela solução dos dois Estados, sendo que um deles será seguramente a Palestina”, insistiu a embaixadora. Contudo, no dia em que três países europeus – Espanha, Irlanda e Noruega – anunciaram que vão reconhecer o Estado da Palestina a 28 de Maio, o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que este ainda “não é o momento adequado” para o reconhecimento da Palestina, apesar de defender claramente a solução dos dois Estados. Também fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse à Lusa que Portugal mantém a vontade de reconhecer a Palestina como Estado, mas está a tentar obter o maior consenso possível entre os membros da União Europeia (UE).
Hoje Macau China / ÁsiaXangai | Tesla inicia construção de fábrica de baterias A fabricante de veículos eléctricos norte-americana Tesla iniciou ontem a construção de uma fábrica em Xangai para produzir as suas baterias de armazenamento de energia Megapack, informou a imprensa estatal chinesa. O investimento de 200 milhões de dólares (na zona de livre comércio piloto de Lingang, em Xangai, vai ser a primeira fábrica de baterias Tesla fora dos Estados Unidos. A Tesla abriu uma fábrica de carros eléctricos em Xangai, em 2019, que monta veículos para a China, Europa e outros mercados estrangeiros. É o segundo maior vendedor no mercado chinês de veículos eléctricos, o maior do mundo. O líder de mercado é a marca local BYD. A agência noticiosa oficial Xinhua elogiou o empenho da Tesla em investir na China e “desafiar a retórica da ‘dissociação’” entre as economias da China e EUA. Segundo a agência, a fábrica deve começar a produzir em massa no início de 2025, com uma capacidade inicial de 10.000 unidades por ano. De acordo com o portal da Tesla, cada Megapack pode armazenar mais de 3,9 megawatts-hora de energia – o suficiente para alimentar uma média de 3.600 casas durante uma hora. São concebidos principalmente para empresas de serviços públicos e instalações comerciais. Estas unidades de armazenamento tornaram-se cada vez mais importantes com o crescimento da energia solar e eólica, que só produzem electricidade quando as condições meteorológicas são favoráveis e precisam de a armazenar para dar resposta aos utilizadores residenciais e comerciais. A China é, de longe, líder mundial em capacidade instalada de energia eólica e solar, o que a torna um mercado importante para o armazenamento de energia. O país asiático representou três quartos do investimento na produção em 2023 de todas as tecnologias limpas (fotovoltaica, eólica, hidrogénio verde ou bombas de calor), segundo um relatório da Agência Internacional da Energia (AIE), que descartou uma alteração na liderança a médio prazo.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China lança manobras militares contra “forças independentistas” A China lançou ontem manobras militares “ao redor” de Taiwan, três dias após a tomada de posse do novo líder da ilha, William Lai Ching-te, informou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. “Os exercícios estão a decorrer no Estreito de Taiwan, no norte, sul e leste da ilha de Taiwan, bem como em áreas em torno das ilhas de Kinmen, Matsu, Wuqiu e Dongyin”, disse a Xinhua. A agência acrescentou que os exercícios, programados para durar dois dias, começaram às 07:45. Num comunicado, o porta-voz do Comando do Teatro Oriental das forças armadas da China descreveu as manobras de ontem como um “castigo severo” contra o que disse serem as “forças independentistas de Taiwan”. Esta é uma “punição severa para os actos separatistas das forças da ‘independência de Taiwan’ e uma advertência severa contra a interferência e provocação de forças externas”, disse Li Xi, citado pela Xinhua. William Lai assumiu a liderança da ilha em substituição de Tsai Ing-wen (2016-2024), também do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês), na segunda-feira. No discurso de tomada de posse, Lai disse que “a paz não tem preço e a guerra não tem vencedores”, e deixou clara a intenção de manter o actual status quo entre os dois lados do Estreito e não declarar a independência de Taiwan.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Langfang reembolsa testes PCR realizados durante pandemia A exemplo do que já aconteceu noutras províncias chinesas, também os residentes da cidade de Langfang, em Hebei, podem solicitar agora o reembolso das quantias gastas com os inúmeros testes PCR realizados durante a pandemia A cidade de Langfang, na província de Hebei, norte da China, começou ontem a implementar uma política de reembolso dos testes PCR realizados pelos residentes durante a pandemia da covid-19. A medida, que visa aliviar os encargos financeiros dos cidadãos e responde a requisitos de auditoria, surge depois da realização constante de testes PCR aos residentes, uma prática comum e controversa da estratégia chinesa durante a pandemia. Os residentes de Langfang que fizeram testes PCR entre 2020 e 2021 poderão solicitar o reembolso das despesas durante os próximos 30 dias, segundo a imprensa local. Mensagens de texto com instruções foram enviadas aos residentes, que devem comparecer pessoalmente num centro hospitalar da cidade com o seu cartão de identificação e a respectiva mensagem. A iniciativa de Langfang segue medidas semelhantes noutras regiões da China, como a cidade de Tianjin e a província de Guangxi. Em Tianjin, por exemplo, os pacientes foram isentos de taxas para os testes realizados entre Maio de 2020 e Fevereiro de 2021, enquanto em Guangxi, os hospitais têm reembolsado os testes com base nas orientações regionais. Durante esses dois anos, os testes eram necessários para deslocações internas dentro da China ou para participar em eventos. Em 2022, os testes tornaram-se gratuitos, já que passaram a ser obrigatórios quase diariamente, e eram feitos em instalações disponibilizadas pelos governos locais. As autoridades confirmaram à imprensa local a autenticidade dos reembolsos e salientaram que estes respondem a requisitos de auditoria e de política de saúde. Moeda bem-vinda As medidas de reembolso foram bem acolhidas pelos residentes nas redes sociais do país asiático, que sublinharam o seu impacto positivo na redução das despesas relacionadas com os testes PCR, essenciais para aplicar as medidas draconianas da política de ‘zero casos’ de covid-19, que vigorou na China ao longo de quase três anos e implicou bloqueios rigorosos de cidades inteiras, a realização de testes quase diariamente, o isolamento em hospitais e instalações estatais de casos positivos e os respectivos contactos directos. No final de 2022, quando se tornou claro que a propagação da variante contagiosa Omicron não podia ser controlada, a estratégia começou a ser desmantelada e, a 8 de Janeiro do ano seguinte, a gestão da doença passou da categoria A – o nível de risco mais elevado – para a categoria B, pondo fim às quarentenas e à exigência de testes PCR.
Hoje Macau China / ÁsiaUm morto e vários feridos num voo da Singapore Airlines devido a turbulência Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas quando um voo da Singapore Airlines proveniente de Londres sofreu fortes turbulências e teve de ser desviado para Banguecoque, anunciou a companhia aérea. “Podemos confirmar que há feridos e uma morte a bordo”, declarou a companhia aérea nas redes sociais, segundo a agência francesa AFP. O Boeing 777-300ER que fazia o voo SQ321 entre Londres e Singapura aterrou na capital da Tailândia durante a tarde (hora local), no aeroporto de Suvarnabhumi. O avião transportava 211 passageiros e 18 tripulantes, segundo a companhia aérea, citada pela agência norte-americana AP. As equipas de emergência locais do Hospital Samitivej Srinakarin estiveram no local para acolher os feridos. Vídeos publicados numa plataforma de mensagens pelo aeroporto de Suvarnabhumi mostravam uma fila de ambulâncias a chegar ao local. “A Singapore Airlines apresenta as mais profundas condolências à família do falecido”, disse a companhia aérea num comunicado citado pela agência espanhola Europa Press. “A nossa prioridade é prestar toda a assistência possível aos passageiros e à tripulação a bordo”, acrescentou. A companhia enviou uma equipa para a Tailândia para facilitar a assistência. Não foi divulgada a nacionalidade da vítima mortal nem dos feridos.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Barreira instalada para bloquear vista do Monte Fuji face a excesso de turistas Fujikawaguchiko, uma cidade do centro do Japão, começou ontem a instalar barreiras metálicas e uma cortina para bloquear uma vista popular do famoso Monte Fuji, devido ao fluxo excessivo de turistas. Uma cortina preta de 2,5 metros de altura e 20 metros de largura irá cobrir a vista de onde parece que a montanha mais emblemática do Japão se eleva sobre uma loja de conveniência em Fujikawaguchiko, localidade situada na província de Yamanashi. Além disso, seis barreiras de ferro com três metros de largura vão impedir que as pessoas cheguem ao local exacto onde a popular fotografia pode ser tirada, algo que implica atravessar a rua fora da passadeira, um acto alvo de censura social no Japão. Os turistas, que vêm a Fujikawaguchiko precisamente devido às vistas do Monte Fuji, começaram a tirar fotografias neste ponto específico depois de um influenciador estrangeiro ter captado a cena em 2020, que se tornou viral nas redes sociais. O excesso de visitantes causou crónicos bloqueios na circulação tanto de peões como de veículos na rua onde se localiza a loja, numa estrada estreita, incapaz de lidar com o volume de turistas. Antes de bloquear completamente a vista, a cidade japonesa tinha tentado outras medidas, como afixar avisos em inglês ou destacar funcionários para controlar as multidões, mas que se revelaram ineficazes. Respeito em falta Fujikawaguchiko depende em grande parte do turismo que atrai devido à proximidade do Monte Fuji, mas os cerca de 25.495 habitantes da cidade tinham vindo a criticar o comportamento de alguns visitantes, especialmente estrangeiros. Os residentes tinham acusado turistas de atirar lixo para o chão, fumar fora das áreas autorizadas, estacionar de forma indiscriminada e até de subir ilegalmente ao telhado de uma clínica dentária para tirar fotos. A instalação da cortina e das barreiras metálicas ocorre um dia após ter sido lançado um sistema de reservas para subir ao topo do Monte Fuji através de uma das rotas mais comuns, chamada Yoshida e localizada em Yamanashi. O sistema, que implica o pagamento de 12 euros e limitado a quatro mil pessoas por dia, tornou-se este ano obrigatório pela primeira vez, numa tentativa de lidar com o congestionamento da rota para subir ao pico da montanha, com 3.776 metros de altura.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder de Taiwan acusado pela imprensa chinesa de “promover descaradamente independência” A imprensa oficial chinesa acusou ontem o novo líder de Taiwan, William Lai, de “provocar o confronto” e “promover descaradamente a independência” do território no seu discurso de tomada de posse. Em editorial, o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, acusou Lai de “incitamento ao ódio contra o povo chinês” e de “unir-se em torno da bandeira da independência de Taiwan”. Lai “promoveu vigorosamente falácias separatistas, incitou ao confronto e à hostilidade entre os dois lados do Estreito de Taiwan”, lê-se no editorial, que denunciou o discurso “repleto de retórica provocatória”. Em particular, o Diário do Povo condenou o apoio de Lai à teoria dos dois Estados e à ideia de que a ilha não está subordinada à República Popular da China. O jornal oficial das Forças Armadas chinesas, o PLA Daily, observou que as palavras de Lei “estão repletas de intenções sinistras” e acusou o novo líder em Taiwan de “procurar a independência através de meios externos e de utilizar a força militar para a conseguir, revelando mais uma vez a sua posição obstinada sobre a ‘independência de Taiwan’”. O artigo advertiu que as palavras de Lai só serviriam para dividir ainda mais a ilha do continente e aumentar as tensões entre as duas partes. William Lai afirmou no seu discurso inaugural que a República da China e a República Popular da China “não estão subordinadas uma à outra” e que a soberania da ilha cabe aos seus 23 milhões de habitantes. A agência noticiosa oficial Xinhua advertiu que “quem brinca com o fogo, queima-se”. O Diário do Povo acusou o líder de estar “há muito envolvido em actividades separatistas, mas fingir ser um defensor da paz”. “Este é o acto mais descarado e sem escrúpulos”, acusou. O jornal oficial do regime chinês escreveu que a nação chinesa partilha a convicção de que “o seu território não pode ser dividido, o seu Estado não pode ser caótico, o seu povo não pode ser disperso e a sua civilização não pode ser quebrada”. “Esta é uma necessidade histórica e uma lógica interna que conduzirá inevitavelmente à reunificação da China”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaTPI | Pequim quer objectividade em processos contra dirigentes de Israel e Hamas A China defendeu ontem que o Tribunal Penal Internacional (TPI) se mantenha objectivo, após os mandados de captura solicitados por um procurador contra dirigentes israelitas, incluindo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do movimento islamita Hamas. “Esperamos que o TPI mantenha a sua posição objectiva e imparcial e exerça os seus poderes em conformidade com a lei”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, apelando ao fim da “punição colectiva do povo palestiniano”. Na segunda-feira, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, solicitou mandados de captura para o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, o seu ministro da Defesa e três líderes do Hamas por alegados crimes cometidos na Faixa de Gaza e em Israel. Pequim afirmou que existe “um consenso esmagador no seio da comunidade internacional para parar imediatamente a guerra em Gaza e pôr fim à crise humanitária do povo palestiniano”. “A China esteve sempre do lado da justiça e do Direito internacional na questão palestiniana”, afirmou Wang, acrescentando que Pequim apoia “os esforços para promover uma solução global, justa e duradoura para a questão palestiniana”. Crimes perversos O procurador do TPI, Karim Khan, anunciou na segunda-feira que pediu mandados de captura para Netanyahu e para o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes como “matar deliberadamente civis à fome”, “homicídio intencional” e “extermínio e/ou assassínio”, relacionados com a operação israelita em Gaza. Karim Khan solicitou igualmente a emissão de mandados de captura contra três dirigentes do Hamas – Ismail Haniyeh, Mohammed Deif e Yahya Sinouar – por crimes como “extermínio”, “violação e outras formas de violência sexual” e “tomada de reféns como crime de guerra”, relacionados com o ataque de 7 de Outubro em Israel. A China há muito que apoia a causa palestiniana e uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano. O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou à realização de uma “conferência internacional de paz” para pôr fim à guerra.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim impõe sanções a empresas dos EUA que vendem armas A China impôs novas sanções contra três empresas dos EUA que vendem armas a Taiwan, avançou ontem a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, no dia em que o novo líder da ilha, William Lai Ching-te, tomou posse. As empresas General Atomics Aeronautical Systems, General Dynamics Land Systems e Boeing Defense, Space & Security foram colocadas na lista de “entidades não confiáveis”, informou a agência, citando o Ministério do Comércio chinês. As empresas “serão proibidas de qualquer actividade de importação-exportação ligada à China e de qualquer novo investimento na China”, de acordo com a Xinhua. “Os principais executivos destas empresas estão proibidos de entrar na China e as suas autorizações de trabalho serão revogadas”, acrescentou a agência. O anúncio surgiu no dia em que William Lai assumiu o cargo de líder de Taiwan, substituindo Tsai Ing-wen (2016-2024). Lai, de 64 anos, tomou posse ao lado da vice-líder, Hsiao Bi-khim, durante uma cerimónia na capital, Taipé. Pequim defende que qualquer contacto oficial com Taipei deve ser realizado com base no “consenso de 1992” e no “princípio de Uma Só China”, que define o Partido Comunista Chinês como o único representante legítimo da China no mundo.