EUA | Trump sofre atentado durante comício na Pensilvânia

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, candidato republicano às eleições de Novembro, foi ferido numa orelha enquanto realizava um comício eleitoral neste sábado na Pensilvânia, num incidente que chocou o país a poucos meses das eleições de Novembro.

“Fui baleado com uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita”, disse Trump logo após o atentado na cidade de Butler, na Pensilvânia (nordeste), um estado crucial nas eleições presidenciais.

Trump, de 78 anos, acabava de começar o seu discurso com um dos habituais temas sobre a entrada massiva de migrantes no país, da qual culpa o Presidente democrata, Joe Biden, indica o Sapo24.

Enquanto falava, ouviram-se tiros, levou a mão à orelha e atirou-se para o chão atrás do púlpito antes de ser imediatamente cercado por agentes dos serviços secretos, enquanto o público gritava horrorizado.

Depois de alguns instantes, Donald Trump levantou-se, despenteado e sem o seu boné vermelho, cercado pelos agentes. “Deixem-me calçar meus sapatos”, foi ouvido a dizer. O ex-presidente saiu do palco erguendo o punho e escoltado por seguranças.

Um participante do comício morreu e outros dois estão em estado crítico, segundo os serviços secretos, embora o promotor do condado de Butler tenha falado apenas de um ferido grave, acrescenta a publicação.

O autor dos disparos, que estava situado “num ponto alto” fora do recinto onde o magnata republicano realizava o seu comício, também morreu, disse o promotor Richard Godlinger. Por sua vez, os serviços secretos disseram que o agressor foi “neutralizado”.

“Não sei como chegou ao local onde estava, mas estava fora do recinto. E acho que vamos precisar descobrir como ele chegou lá”, disse o organizador.

“O presidente Trump agradece às forças da lei e aos primeiros socorristas pela rápida acção durante este acto atroz. Ele está bem e está a ser examinado num centro médico local. Haverá mais detalhes”, disse o porta-voz de campanha, Steven Cheung, num comunicado.

Um funcionário da Casa Branca anunciou que Biden conversou com Trump sobre o incidente. “Esta tarde, o Presidente Biden falou com o ex-presidente Trump”, disse, acrescentando que o actual Presidente dos EUA será informado dos detalhes do ataque na manhã de domingo.

Condenação presidencial

Mais cedo, o próprio Biden, possível rival do republicano nas eleições de 5 de Novembro, declarou que “não há lugar para este tipo de violência”. “Não podemos ser assim”, disse antes de acrescentar que está “agradecido por saber que está a salvo e bem”, disse em comunicado.

“Estou a rezar por ele e pela sua família e por todos que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações”, disse antes de acrescentar que “devemos unir-nos como nação para condenar” a violência.

Este era o último comício de Trump antes da convenção republicana que está programada para acontecer em Milwaukee (Wisconsin) a partir de segunda-feira.

A sua equipa anunciou que Trump participará à mesma, onde deve ser oficialmente nomeado como candidato para enfrentar Joe Biden nas eleições de 5 de Novembro. As reações não demoraram a chegar. “Horrorizado”, disse o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer.

O ex-presidente Barack Obama também reagiu na rede social X, dizendo que se sentia “aliviado” por Trump “não ter sido gravemente ferido” e aproveitou para pedir “civismo e respeito à política”, em um país muito polarizado.

Elon Musk, magnata proprietário da Tesla e do X, reagiu declarando publicamente o seu apoio a Donald Trump nas eleições e desejando-lhe uma “rápida recuperação”. Entre os participantes do comício, também houve reações fortes.

“Ouvi vários tiros. O homem ao meu lado foi atingido na cabeça, morreu instantaneamente e caiu no fundo das arquibancadas”, disse um homem identificado apenas como Joseph à rede NBC News. As consequências deste acontecimento para a campanha são imprevisíveis.

Nos últimos dias, a atenção estava focada no estado físico e mental de Joe Biden, de 81 anos, e sua capacidade de enfrentar Donald Trump, após seu desastroso debate de 27 de Junho. Uma dúzia de deputados agora pede que se retire da corrida presidencial.

A vice-presidente Kamala Harris, uma possível alternativa a Biden, voltou a assegurar sua lealdade e confiança ao actual presidente, num evento de campanha na Filadélfia, pouco antes do comício de Donald Trump.

“Esta é a eleição mais existencial, consequente e importante das nossas vidas e sempre soubemos que seria difícil”, disse.

Atirador identificado

O FBI identificou o autor do disparo contra o ex-Presidente Donald Trump como um homem branco, 20 anos, natural da Pensilvânia, chamado Thomas Mathiew Crooks.

“O FBI identificou Thomas Matthew Crooks, 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia, como sendo o indivíduo envolvido na tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump no dia 13 de Julho, em Butler, Pensilvânia”, refere o FBI, em comunicado, citado pelos canais norte-americanos NBC e CBS.

O atirador, que foi abatido por agentes dos serviços secretos, encontrava-se num telhado fora do perímetro do comício, informaram as autoridades.

15 Jul 2024

Tibete | Pequim manifesta-se contra lei dos EUA

A China manifestou no sábado forte oposição à Lei de Resolução da Disputa Tibete-China, aprovada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, e advertiu para possíveis represálias.

A legislação norte-americana, promulgada na sexta-feira por Biden, procura pressionar Pequim a retomar as negociações com os líderes tibetanos e foi classificada pelo gigante asiático como uma grave interferência em assuntos internos.

O Comité de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional Popular condenou veementemente a lei, reafirmando a posição firme da China de que o Tibete é uma região inalienável sob a sua soberania. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China declarou, por sua vez, que a lei norte-americana “fere seriamente os interesses da China” e envia “um sinal errado às forças separatistas do Tibete”.

“Os EUA não devem adoptar a lei”, sublinhou o ministério chinês, acrescentando que se o país norte-americano continuar “pelo caminho errado”, a China tomará “medidas contundentes” para defender firmemente a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento.

15 Jul 2024

Internet | Lançada campanha para combater conteúdos perigosos para crianças

A China anunciou no sábado o lançamento de uma campanha ‘online’ contra as aplicações de partilha de vídeos e as redes sociais que difundem conteúdos “que são perigosos” para as crianças.

O programa de dois meses “Claro e Brilhante” tem como objectivo “reforçar eficazmente a protecção dos menores na Internet e criar um ambiente digital mais saudável e seguro”, indicou a Administração do Ciberespaço da China em comunicado.

A campanha, continuou o regulador, centra-se na “rectificação dos principais problemas” relacionados com plataformas de partilha de vídeos curtos e transmissões em directo, redes sociais, plataformas de vendas online, entre outros.

Entre os conteúdos visados estão, por exemplo, produtos de comércio electrónico sexualmente sugestivos.

A campanha quer também combater a difusão de vídeos que glorificam o ‘bullying’ nas escolas, conteúdos “violentos ou sangrentos” em desenhos animados ou canções infantis e a utilização de “crianças, estrelas da Internet” para gerar dinheiro.

15 Jul 2024

PCC pode usar 3.º plenário para devolver confiança ao sector privado, defende ex-director BM

Bert Hofman, antigo director do Banco Mundial para a China, disse esperar do terceiro plenário do 20º Comité Central do Partido Comunista chinês reformas “ambiciosas”, que permitam reequilibrar a economia e injectar confiança no sector privado.

Hofman, investigador no Asia Society Policy Institute, lembrou em entrevista à Lusa que a grande questão para o encontro, que desde 1978 ditou reformas significativas no país, é saber “o que é que Pequim quer agora do sector privado”.

“Há uma escola de pensamento que considera que a emergência do sector privado foi uma aberração temporária, mas que agora a China sente-se mais confiante”, argumentou Hofman. “Pequim tem de facto restringido os empresários, vinculando-os ao seu plano global de sectores prioritários e nada para além disso”, disse.

Oficialmente, a China reconheceu a importância do sector privado desde que o antigo líder Jiang Zemin articulou a sua teoria das “três representações”, em 2000. Antes disso, o antigo líder Deng Xiaoping abriu o país à economia de mercado e ao investimento estrangeiro, em 1978.

O actual Presidente chinês, Xi Jinping, manteve o tom reformista após ascender ao poder, ao prometer deixar o mercado desempenhar um papel decisivo na alocação de recursos, durante o terceiro plenário de 2013.

Mas uma campanha regulatória no sector tecnológico resultou em multas recorde contra empresas, enquanto apelos à “prosperidade comum” penalizaram grandes acumulações de capital, abalando a confiança dos investidores. “Vamos agora descobrir qual é a direcção para os próximos anos”, disse o investigador.

O peso do imobiliário

Uma reunião do Politburo do Partido Comunista em Abril sugeriu que o plenário se centrará na modernização e desenvolvimento tecnológico e em reformas do lado da procura e da distribuição da economia.

“Um encontro recente entre Xi e empresários sugere que o papel do sector privado está na agenda”, apontou Hofman, que indicou que Pequim pode anunciar a privatização de activos não essenciais das empresas públicas.

“Isto resolveria parte da questão da dívida da administração local e seria um sinal muito forte de que o partido considera que o sector privado tem um papel a desempenhar”, afirmou.

A economia chinesa enfrenta um abrandamento suscitado por uma crise no sector imobiliário e altos níveis de endividamento das autoridades locais. Isto pesa sobre o consumo doméstico. O país apostou nas exportações para fomentar o crescimento, o que agravou as relações comerciais com os Estados Unidos, União Europeia e países em desenvolvimento.

15 Jul 2024

Economia | PCC reúne-se para definir orientação para próxima década

Quase 400 membros do Comité Central do Partido Comunista vão estar reunidos no Hotel Jingxi, em Pequim, para analisar a situação económica do país e definir o rumo a seguir durante a próxima década

 

A elite do Partido Comunista Chinês reúne-se entre hoje e quinta-feira para definir a orientação económica do país na próxima década, incluindo política industrial e fiscal, num encontro que desde 1978 ditou reformas significativas no país.

O terceiro plenário reúne em Pequim os 376 membros permanentes e rotativos do Comité Central do Partido Comunista, órgão dirigente composto por líderes do governo, exército e de nível provincial. Poderão também ser convidados representantes académicos e outros membros do congresso do partido.

A reunião, tal como as conferências mais importantes do partido e do Estado, realiza-se habitualmente no Hotel Jingxi, na zona oeste de Pequim. O complexo é de confiança pela sua segurança, uma vez que é directamente gerido pela Comissão Militar Central.

O resultado da conferência é normalmente anunciado num comunicado divulgado pela imprensa estatal, com pormenores a serem publicados mais tarde. São esperadas medidas destinadas a resolver alguns dos problemas económicos da China, incluindo os altos níveis de endividamento dos governos locais e a crise no sector imobiliário.

O Partido Comunista da China realiza um congresso de cinco em cinco anos para, entre outras funções, formar o novo Comité Central, que se reúne em sete plenários ao longo do mandato de cinco anos. O grupo inclui o Politburo, o órgão máximo de decisão do partido.

O terceiro plenário tem historicamente sido crucial para definir grandes reformas económicas e políticas. Habitualmente, esta reunião é convocada cerca de um ano após a selecção da nova formação do congresso. Esta edição realiza-se, no entanto, quase dois anos após a realização do 20.º Congresso.

Passado e presente

O terceiro plenário de 1978 marcou o início da política de “Reforma e Abertura”, que ditou a abertura da China à economia de mercado e o fim da ortodoxia comunista. Permitiu, entre outras decisões fundamentais, que as empresas estrangeiras operassem no país.

O terceiro plenário de 1993, realizado pelo 14.º Comité Central, solidificou a transição da China para uma “economia socialista de mercado” e ditou o encerramento de muitas empresas estatais deficitárias, a criação de um sistema de segurança social e a redução da intervenção directa do governo na economia.

A reunião do 18.º Comité Central, realizada em Novembro de 2013 – um ano após a tomada de posse do actual Presidente chinês, Xi Jinping, – prometeu deixar o mercado desempenhar um papel decisivo na alocação de recursos e apresentou dezenas de medidas nesse sentido.

No topo da lista de prioridades dos investidores está a reforma fiscal. Numa reunião económica realizada em Dezembro, os principais dirigentes afirmaram que estavam a ponderar uma “nova ronda de reformas fiscais e tributárias”, o que suscitou a esperança de que pudessem ser revelados mais pormenores na terceira reunião plenária.

A divisão das responsabilidades em matéria de despesas entre a administração central e local poderá ser reestruturada, com Pequim a assumir mais despesas para impulsionar o crescimento económico, enquanto as regiões se debatem com riscos crescentes de endividamento e com a diminuição das receitas provenientes da venda de terrenos.

Alguns economistas esperam uma revisão do imposto sobre o consumo para alargar as fontes de rendimento das autoridades locais, bem como novas reformas do imposto sobre o valor acrescentado – a maior fonte de receitas fiscais na China.

15 Jul 2024

Tailândia | ONU pede fim de transacções com Myanmar

O relator especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Birmânia (Myanmar), Thomas Andrews, pediu ontem à Tailândia para suspender as transacções financeiras com a Junta Militar, impedindo a compra de armamento.

Perante uma comissão parlamentar em Banguecoque, Andrews recordou que a Tailândia é neste momento o primeiro aliado financeiro da Junta Militar, no poder em Myanmar, e que usa os bancos tailandeses para adquirir armamento que é utilizado contra civis.

O relator especial da ONU assinalou que a Junta Militar está neste momento afectada pelas ofensivas armadas das forças da oposição sendo que o Exército pretende multiplicar os ataques contra os civis que se encontram sob o abrigo de hospitais e mosteiros.

Andrews considera o plano dos militares do Myanmar uma “brutalidade sem fim”.

Assim, alertou que a “Junta pretende destruir (partes) do país que não pode controlar”.

Na intervenção parlamentar, que está a ser divulgada através das redes sociais, Andrews referiu-se ao relatório apresentado pelas Nações Unidas há duas semanas e que “demonstra” que as transacções com vista à compra de armas, através da Tailândia, atingiram os 60 milhões de dólares entre 2022 e 2023 e 120 milhões de dólares entre 2023 e o primeiro semestre de 2024.

O responsável das Nações Unidas recordou que os fundos são canalizados através de transacções complicadas e intermediários que compram componentes para helicópteros e aviões de guerra, assim como armas usadas para atacar a população civil.

“Os bancos tailandeses podem não ter consciência do aumento significativo das transacções cujos fundos provêm da Junta Militar para material bélico sofisticado usado para atacar civis”, disse.

O relator recordou que Singapura conseguiu reduzir drasticamente este tipo de transacções após uma investigação ao sistema bancário local.

Após a publicação do relatório da ONU, o Banco Central da Tailândia afirmou que as entidades do país obedecem às leis internacionais sobre lavagem de capitais, apesar de se ter comprometido a investigar em caso de se verificarem irregularidades.

Caos instalado

Na Birmânia, os grupos armados da oposição têm alcançado “algumas vitórias militares em várias regiões do país”.

As Forças de Defesa do Povo Mandalay e a guerrilha Ta’ang, que se opõem à Junta Militar, anunciaram ontem que tomaram uma cidade da província de Mandalay, norte, tendo apreendido 600 armas e munições, além de peças de artilharia.

Esta ofensiva faz parte da segunda fase da “operação 1027” lançada no dia 25 de Junho no norte e nordeste do país.

Na primeira fase da operação, que teve início em 27 de Outubro de 2023, vários guerrilheiros e milícias capturaram numerosos alvos no Estado de Shan, tendo os combates alastrado posteriormente a outras partes do país.

O golpe militar de 2021 pôs fim a dez anos de transição democrática agravando as situações de violência, com milhares de jovens a juntarem-se a grupos armados que lutam contra o Exército.

12 Jul 2024

Seul vai produzir nova arma para combater ‘drones’ norte-coreanos

A Coreia do Sul vai produzir um novo tipo de arma laser para abater drones norte-coreanos, anunciou ontem a Administração do Programa de Aquisições de Defesa (DAPA), que apelidou a tecnologia de “Projecto Guerra nas Estrelas”.

Parte dos esforços do país para modernizar a capacidade defensiva face aos avanços do armamento norte-coreano, este novo sistema está a ser desenvolvido desde 2019, com um custo de 87,1 mil milhões de won (cerca de 58 milhões de euros).

A empresa Hanwha Aerospace é a fornecedora deste novo sistema capaz de “neutralizar alvos irradiando-os directamente com uma fonte de luz laser gerada por fibra óptica”, explicou a DAPA em comunicado.

A arma é capaz de “defender contra pequenos veículos aéreos não tripulados e multirotores [outro tipo de ‘drones’] a curta distância”, de acordo com a DAPA. Assim que for utilizada, a Coreia do Sul torna-se o primeiro país a operar uma arma deste tipo. Prevê-se que isso aconteça este ano, acrescentou a agência sul-coreana.

Defesa reforçada

A arma necessita apenas de electricidade para funcionar e o raio laser emitido não é visível ao olho humano, nem emite qualquer som.

O exército sul-coreano começou a reforçar a capacidade de defesa contra ‘drones’ depois de cinco aparelhos da Coreia do Norte terem atravessado a fronteira entre os dois países, em Dezembro de 2022, um dos quais sobrevoou o norte de Seul antes de voltar para trás.

Os militares sul-coreanos enviaram aviões e helicópteros para localizar e abater os outros quatro ‘drones’ nas imediações da ilha de Ganghwa, mas acabaram por perder os aparelhos de vista devido à sua pequena dimensão – menos de três metros de largura.

O incidente marcou um pico de tensão na península coreana e pôs em causa a preparação de Seul para incursões destes aparelhos não tripulados.

12 Jul 2024

Interpol | Pequim extradita para os EUA fugitivo procurado

A polícia chinesa entregou ontem à congénere dos Estados Unidos um fugitivo que constava na lista da Interpol, por crimes sexuais contra menores, no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai, no leste da China.

O indivíduo, de apelido Scott e acusado de crimes de abuso de menores nos Estados Unidos, foi extraditado, em mais um episódio de colaboração entre as forças policiais chinesas e norte-americanas nos últimos meses, informou a televisão estatal CCTV.

O fugitivo estava na lista da Interpol desde Outubro de 2018, depois de ser procurado pelas autoridades norte-americanas desde Maio de 2014. Foi detido pela polícia chinesa na sequência de uma investigação, que concluiu que não tinha cometido crimes sexuais contra menores em solo chinês.

Fontes do Ministério da Segurança Pública chinês, citadas pela CCTV, afirmaram que as autoridades policiais chinesas e norte-americanas realizaram recentemente “uma série de acções de cooperação prática nos domínios da luta contra o narcotráfico, repatriamento de imigrantes ilegais, localização de fugitivos e combate ao crime transnacional”.

Em Junho passado, uma operação conjunta entre as autoridades chinesas e norte-americanas resultou na detenção, na China, de um homem suspeito de operar um negócio ilegal de câmbio de moeda e de branqueamento de capitais ligado ao tráfico de droga.

Em Janeiro último, realizou-se a primeira reunião do Grupo de Trabalho EUA-China de Luta contra a Droga, que marcou o reinício da cooperação bilateral nesta área entre as duas potências, após o encontro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, em Novembro do ano passado, em São Francisco, Califórnia.

12 Jul 2024

Visita | PR guineense reafirma respeito por “Uma só China”

Umaro Sissoco Embaló enalteceu a iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota que, segundo o Presidente guineense, contribui para um futuro da humanidade mais partilhado, contrariando a lógica de segurança imposta pelo Ocidente que estimula o confronto entre as nações

 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse ontem, em Pequim, apreciar o “valioso apoio de longo prazo da China” para o desenvolvimento do seu país e reafirmou o respeito pelo princípio ‘Uma só China’.

O princípio ‘Uma só China’ é visto por Pequim como garantia de que Taiwan é parte do seu território. China e Guiné-Bissau estabeleceram relações diplomáticas em 1974‚ mas estas foram interrompidas entre 1990 e 1998.

“A Guiné-Bissau respeita firmemente o princípio de ‘Uma só China’”, afirmou o chefe de Estado guineense, durante um encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, segundo um despacho difundido pela agência de notícias oficial Xinhua.

Sissoco Embaló disse ainda apoiar os “principais conceitos e iniciativas globais” lançados por Pequim, incluindo a “construção de uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade e a Iniciativa Faixa e Rota”.

A noção de “comunidade com um futuro partilhado”, lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, visa contrariar a arquitectura de segurança erguida pelo Ocidente depois da Segunda Guerra Mundial. Pequim acusa a doutrina ocidental de estimular o confronto entre blocos e minar a estabilidade em diferentes partes do mundo.

Designado pelo Presidente chinês como o “projecto do século”, a Iniciativa Faixa e Rota foi inicialmente apresentada no Cazaquistão como um novo corredor económico para a Eurásia, inspirado na antiga Rota da Seda. Na última década, no entanto, a Faixa e Rota adquiriu dimensão global, à medida que mais de 150 países em todo o mundo aderiram ao programa.

A aproximação entre Pequim e os países envolvidos abarca um incremento das consultas políticas e cooperação no âmbito do ciberespaço, meios académicos, imprensa, regras de comércio ou acordos de circulação monetária, visando elevar o papel da moeda chinesa, o yuan, nas trocas comerciais.

Mãos dadas

A Faixa e Rota envolveu também a fundação de instituições que rivalizam com agências estabelecidas como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional.

Citado pela Xinhua, Umaro Sissoco Embaló disse que a Guiné-Bissau “aprecia sinceramente o valioso apoio de longo prazo da China para o seu desenvolvimento económico e social”, e que “está disposta a reforçar ainda mais a cooperação prática com a China em vários domínios, como a economia, o comércio e a construção de infraestruturas”.

O primeiro-ministro chinês disse que Pequim está disposta a trabalhar com Bissau para “consolidar e aprofundar a confiança mútua política, expandir a cooperação mutuamente benéfica, alcançar melhor o desenvolvimento comum e trazer mais benefícios para os dois povos”.

“A China apoia o povo da Guiné-Bissau na exploração independente de um caminho de desenvolvimento adequado às suas condições nacionais e apoia a Guiné-Bissau na salvaguarda da sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento”, afirmou Li Qiang, citado pela Xinhua.

O primeiro-ministro chinês disse ainda que a China está “disposta a importar mais produtos agrícolas de qualidade da Guiné-Bissau” e que o Governo chinês “incentiva as suas empresas a expandir o investimento na Guiné-Bissau”.

“A China espera que a Guiné-Bissau continue a fornecer conveniência e apoio” aos seus investimentos, frisou.

“A China está pronta a reforçar os intercâmbios interpessoais e a cooperação com a Guiné-Bissau em matéria de cuidados médicos, saúde e educação, e dá as boas-vindas a mais estudantes guineenses excepcionais para estudar na China.”

12 Jul 2024

Corrupção | Militares promovem “retificação” após casos recentes

A Comissão Militar Central da China anunciou ontem que o Exército chinês vai ser submetido a um processo de “retificação” como parte da sua “missão de prontidão para combate”, após recentes casos de corrupção nas suas fileiras.

Em comunicado, a Comissão afirmou que o Exército de Libertação Popular deve “continuar a rectificar a sua ideologia, pessoal, organização, estilo e disciplina, concentrando-se nos comités do partido de alto nível e nos quadros superiores”, a fim de garantir que “mantém sempre a sua natureza e objectivo” e “ousa sempre lutar e vencer”.

A Comissão defendeu que esta importante tarefa política exige uma “determinação inabalável” e “acções concretas”.

“Temos de integrar os nossos esforços na luta, na preparação para a guerra e na construção do exército. Além disso, temos de consolidar a liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) e atingir o grande objectivo de construir um exército forte”, afirmou.

O processo de rectificação incluirá uma “revisão completa” das políticas e práticas militares, bem como a promoção de “um sentido de disciplina e responsabilidade” entre o pessoal.

O anúncio foi feito duas semanas depois de a direcção do PCC ter expulsado o antigo ministro da Defesa Li Shangfu, que foi demitido no ano passado sem qualquer explicação e é agora acusado de crimes de corrupção.

O PCC revelou que foi aberta uma investigação sobre Li em Agosto do ano passado, um processo que concluiu que o antigo ministro “violou a disciplina política” ao procurar “benefícios através de negócios pessoais para si e para outros”.

“Abusou das suas posições para conseguir benefícios para outros, aceitando grandes somas de dinheiro e bens valiosos em troca, e também se descobriu que ofereceu dinheiro a outros para obter benefícios”, afirmou o órgão anticorrupção do partido.

12 Jul 2024

Chongqing | Inundações fazem seis mortos

As fortes chuvas que caíram na cidade de Chongqing, no centro da China, causaram seis mortes ontem, informou a imprensa local.

Quatro das vítimas perderam a vida devido a catástrofes geológicas, enquanto duas pessoas foram arrastadas pelas águas das cheias, resultando na sua morte por afogamento, informou a televisão estatal CCTV.

Vídeos que circulam nas redes sociais do país asiático mostram o elevado nível dos rios Jialing e Yantgtsé ao atravessarem a cidade, que tem mais de 30 milhões de habitantes.

O Ministério da Gestão de Emergências da China revelou recentemente que o país enfrenta um risco acrescido de catástrofes naturais para o mês de Julho e uma “situação séria e complexa” ao entrar no período das cheias.

Nas últimas semanas, as fortes chuvas provocaram a retirada de centenas de milhares de pessoas em províncias como Anhui e Cantão, e o rebentamento de uma barragem na província de Hunan.

Nos últimos Verões, as catástrofes meteorológicas causaram grandes estragos no país asiático: os meses de Verão de 2023 foram marcados por inundações em Pequim que causaram mais de 30 mortos, enquanto em 2022, várias ondas de calor extremas e secas atingiram o centro e o leste do país.

Em Julho de 2021, chuvas de intensidade inédita em décadas fizeram cerca de 400 mortos na província de Henan, no centro do país, que o Governo chinês atribuiu a uma “falta de preparação e de percepção dos riscos” por parte das autoridades locais.

12 Jul 2024

PCC | Jornal diz que NATO precisa de criar inimigos para sustentar existência

A publicação do Partido Comunista Chinês não poupa nas críticas à organização militar ocidental que acusa de fomentar conflitos na Ásia – Pacífico e de ser na realidade uma “máquina de guerra”

 

Um jornal do Partido Comunista Chinês (PCC) afirmou ontem que a NATO “precisa de criar continuamente mais inimigos e crises para sustentar a sua existência”, acusando a aliança “incitar conflitos” na região da Ásia – Pacífico.

“Não vamos especular sobre se a NATO chegará viva ao seu 76.º aniversário, mas é certo que a NATO não avançará pacificamente para o futuro”, escreveu em editorial o Global Times, jornal em inglês do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC.

“Não satisfeita com a divisão da Europa, a NATO está também a tentar incitar conflitos e confrontos na região da Ásia – Pacífico”, acrescentou.

O editorial surge após os líderes da NATO, reunidos numa cimeira em Washington, terem expressado “profunda preocupação” com a aproximação entre Rússia e China, denunciando o apoio de Pequim ao esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.

A China “está agora a desempenhar um papel decisivo na guerra da Rússia contra a Ucrânia”, acrescentaram, apelando para que Pequim “na sua qualidade de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (…) cesse o seu apoio material e político ao esforço de guerra russo”.

“Não passam de clichés”, reagiu o Global Times. “A expansão contínua da NATO na Europa e o seu alcance na região Ásia – Pacífico visam infiltrar a política de grupo e o pensamento de confronto na integração regional e na globalização económica”, acusou.

A “verdadeira natureza”

Na quarta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, congratulou-se com o facto de o comunicado da sua organização ter sido o mais forte sobre a China “alguma vez adoptado” pela organização.

O Global Times defendeu que a “chamada segurança da NATO é feita à custa da segurança de outros países” e que “muitas das ‘ansiedades de segurança’ propagandeadas pela NATO são criadas pela própria organização”.

“A NATO é o produto da confrontação de campos e da política de grupo e está na contramão da tendência global geral, bem como das aspirações dos povos”, apontou o Global Times. “Por muito que tente apresentar-se como uma ‘organização de manutenção da paz’, não consegue esconder a sua verdadeira natureza de ‘máquina de guerra’”, acusou.

12 Jul 2024

Ásia | China pede à Tailândia para estar atenta à “expansão” da NATO

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, pediu ontem ao homólogo tailandês, Maris Sangiampongsa, “vigilância contra a expansão da NATO na região Ásia Pacífico”, numa altura em que Washington reforça os laços com países da região.

Wang garantiu que Pequim quer trabalhar com a Tailândia para “proteger conjuntamente a paz e a segurança regionais”, sublinhando a “confiança mútua e o apoio recíproco” entre os dois países, “independentemente das mudanças na paisagem internacional”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou igualmente o “vigoroso intercâmbio turístico” entre os dois países, com mais de três milhões de chineses a visitarem a Tailândia este ano e o número de turistas tailandeses na China a ultrapassar os níveis anteriores à pandemia.

Wang reiterou a “elevada consideração” que a China tem pelas relações com a Tailândia, que considera um “parceiro fiável” e um “factor de paz e estabilidade na região”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado publicado no seu portal oficial.

“A China apoia firmemente o caminho de desenvolvimento escolhido pela Tailândia, em conformidade com as suas condições nacionais, e apoia o seu desempenho mais significativo nos assuntos internacionais e regionais”, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros.

Sangiampongsa afirmou que a Tailândia “valoriza profundamente as relações com a China”, que considera um “parceiro estratégico”.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês garantiu que o seu governo está empenhado em “reforçar a amizade e a cooperação entre os governos, as empresas e os povos dos dois países, assegurando o desenvolvimento sustentável e duradouro das relações bilaterais”. As duas partes concordaram em reforçar a cooperação em matéria de segurança e de aplicação da lei.

11 Jul 2024

Coreia do Sul | Pelo menos quatro mortos devido a chuvas torrenciais

As alterações climáticas continuam a produzir fenómenos sem precedentes nas várias regiões do globo. No Coreia do Sul, a precipitação atingiu valores históricos em diversas zonas do país

 

Pelo menos quatro pessoas morreram devido a chuvas torrenciais sem precedentes que atingiram o sul da Coreia do Sul e causaram constrangimentos nos transportes, disseram ontem as autoridades. Na província de Jeolla do Norte, a chuva alcançou números históricos, atingindo 131,7 milímetros numa hora na cidade de Gunsan, 178 quilómetros a sul de Seul, a maior precipitação alguma vez registada no país.

A precipitação horária representa mais de 10 por cento da média anual da cidade, que é de 1.246 milímetros. “Foi um nível de gravidade visto uma vez em cada 200 anos”, afirmou um funcionário da administração meteorológica da Coreia (KMA), citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Na cidade vizinha de Hamna, foram registados 125,5 milímetros por hora, enquanto noutras cidades da região, a precipitação acumulada variou entre 104,5 milímetros e 255 milímetros entre a meia-noite e a passada madrugada.

Na província de Chungcheong do Sul, as chuvas torrenciais provocaram a inundação de um edifício residencial na cidade de Nonsan, cerca de 180 quilómetros a sul da capital, causando um morto.

Na cidade de Seocheon, uma casa ruiu devido a um aluimento de terras, provocando a morte de um septuagenário.

Outro homem, na casa dos 70 anos, morreu no condado de Okcheon, na província de Chungcheong do Norte, depois do carro em que seguia ter caído num riacho.

A quarta vítima mortal foi um agricultor, com cerca de 60 anos, da cidade de Daegu, uma das cidades mais populosas do território, que se afogou depois de ter sido sugado por um sistema de drenagem. As equipas de salvamento continuam à procura de pelo menos uma pessoa nesta província.

Ligações suspensas

As chuvas torrenciais também causaram perturbações e interrupções no sistema de transporte no sul do país.

Todos os serviços ferroviários na linha Janghang, que serve a província de Chungcheong do Sul, e na linha Gyeongbuk, na província de Gyeongsang do Norte, foram suspensos, assim como as ligações regulares que fazem a rota entre Seul e Daegu.

A chuva provocou ainda o cancelamento de 21 voos no aeroporto internacional de Gimhae, na cidade portuária de Busan, e o atraso de 16.

10 Jul 2024

Exportações de carros aumentam e compensam queda no mercado interno

As vendas de automóveis na China caíram em Junho, mas o dinamismo das exportações compensou o declínio a nível interno, informou ontem uma associação do sector.

As vendas na China caíram 7,4 por cento, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 1,8 milhão de carros, enquanto as exportações subiram 29 por cento, para 400.000 unidades, disse a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis num relatório mensal.

Nos primeiros seis meses do ano, as exportações aumentaram 31,5 por cento, enquanto as vendas internas subiram 1,6 por cento. O aumento das exportações surge numa altura em que a Europa e os Estados Unidos estão cada vez mais preocupados com o facto de os automóveis baratos fabricados na China poderem ultrapassar os fabricantes de automóveis ocidentais.

Embora grande parte da preocupação se tenha centrado nos carros eléctricos chineses, o crescimento das exportações tem-se concentrado principalmente nos veículos a gasolina. Estes aumentaram 36 por cento no primeiro semestre do ano e representaram 78 por cento das exportações de veículos.

As exportações chinesas de veículos eléctricos diminuíram 2,3 por cento, enquanto as de veículos híbridos aumentaram 180 por cento, partindo de uma base mais pequena.

As exportações ajudaram a compensar as vendas mais fracas de veículos a gasolina na China, uma vez que os compradores chineses passaram a preferir os veículos eléctricos e híbridos.

Linha da frente

A Rússia é, de longe, o maior mercado de exportação e continua a crescer rapidamente, com os fabricantes chineses a preencheram o vazio deixado pela saída de outros fabricantes de automóveis após a invasão russa da Ucrânia. Outros mercados importantes incluem o Brasil e o México na América Latina, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita no Médio Oriente e a Bélgica e o Reino Unido na Europa.

A Comissão Europeia impôs taxas provisórias sobre as importações de veículos eléctricos chineses na semana passada, alegando que os subsídios governamentais dão aos fabricantes de automóveis da China uma vantagem injusta.

Os fabricantes chineses estão a transferir a sua produção para o estrangeiro. A BYD, o maior fabricante de veículos eléctricos do país, abriu uma fábrica na Tailândia na semana passada e planeia construir fábricas no Brasil, Hungria e Turquia.

A queda das vendas na China foi a segunda queda mensal consecutiva. Números separados tabulados pela Associação de Automóveis de Passageiros da China mostram três meses consecutivos de queda nas vendas.

10 Jul 2024

Xinjiang | China e EAU em exercícios militares conjuntos

O Ministério da Defesa chinês anunciou ontem que o Exército de Libertação Popular está actualmente a realizar exercícios militares conjuntos com o seu homólogo dos Emirados Árabes Unidos, no noroeste da China.

Os exercícios tiveram início no final de Junho e prolongar-se-ão até ao final deste mês, informou o ministério em comunicado. O local escolhido para os exercícios é a região de Xinjiang. Os exercícios, denominados “Hawk Shield 2024”, são os segundos exercícios conjuntos entre os dois países.

De acordo com o ministério, os exercícios têm como objectivo “promover a compreensão e a confiança mútuas, reforçar os intercâmbios e aumentar a cooperação estratégica” entre as forças armadas de ambos os países.

Os primeiros exercícios conjuntos também tiveram lugar em Xinjiang, em Agosto de 2023, envolvendo as forças aéreas de ambos os exércitos.

Os Emirados Árabes Unidos são um dos países árabes do Golfo tradicionalmente aliados dos Estados Unidos, mas também mantêm relações estreitas com a China, um dos destinos mais importantes das suas exportações de petróleo.

Pequim tem procurado afirmar-se como o maior parceiro comercial do mundo árabe e um dos seus principais aliados políticos.

10 Jul 2024

Mar do Sul | Pequim diz que permitiu retirada de doente de navio filipino

As autoridades chinesas anunciaram que permitiram que um homem doente fosse retirado de um navio de guerra filipino encalhado deliberadamente desde 1999 em águas disputadas. A guarda-costeira afirmou que se tratou de uma acção humanitária, enquanto os filipinos criticam a demora na autorização do auxílio prestado

 

A guarda costeira chinesa disse ontem que permitiu a retirada pelas Filipinas de uma pessoa doente do navio de guerra filipino encalhado desde 1999 num recife de coral disputado por Pequim e Manila no Mar do Sul da China.

O porta-voz da guarda costeira, Gan Yu, disse em comunicado que a retirada foi “permitida” por razões “humanitárias”. A tripulação vai-se revezando. “A guarda costeira chinesa efectuou a vigilância e a verificação de toda a operação do lado filipino, em conformidade com a lei”, disse Gan.

O porta-voz acrescentou que a China “tem soberania incontestada” sobre as ilhas Spratly (conhecidas na China como Nansha) e o Atol Segundo Tomé (conhecido na China como Ren’ai, e pelas Filipinas como Ayungin).

“As Filipinas ignoram os factos e fazem especulações maliciosas, induzindo deliberadamente em erro a opinião internacional”, sublinhou Gan.

Em 1999, Manila encalhou deliberadamente o navio de guerra Sierra Madre para reforçar a sua reivindicação territorial. As Filipinas e a China mantêm uma disputa de soberania crescente no Mar do Sul da China, onde os confrontos entre navios dos dois países se têm multiplicado nos últimos meses.

Um dos incidentes mais tensos ocorreu a 17 de Junho, nas águas adjacentes ao Atol de Ren’ai, quando elementos da guarda costeira chinesa cercaram e abordaram um navio filipino com a missão de abastecer o pequeno destacamento militar que as Filipinas mantêm no navio Sierra Madre.

Em Maio passado, a China dotou a sua guarda costeira de novas capacidades, incluindo a autoridade para deter navios estrangeiros suspeitos de entrarem ilegalmente nas suas águas territoriais.

A guarda costeira chinesa viu também a sua capacidade de acção reforçada do ponto de vista material, graças à atribuição de mais navios e a maior apoio logístico.

Para além deste atol, Manila e Pequim disputam a soberania do recife de Scarborough, perto da ilha filipina de Luzon, e de várias ilhas do arquipélago de Spratly, onde o Brunei, a Malásia, e o Vietname também têm reivindicações.

O outro lado

As tensões entre a China e as Filipinas aumentaram desde a chegada ao poder de Ferdinand Marcos Jr., em 2022, que reforçou a sua aliança militar com os Estados Unidos e alargou o acesso das tropas norte-americanas às suas bases, incluindo algumas com acesso estratégico ao Mar do Sul da China ou à ilha de Taiwan. A guarda costeira das Filipinas acusou, entretanto, a China de “atrasar durante horas” a retirada do doente.

“O envio de vários navios (chineses) para atrasar a retirada médica durante horas só mostra que têm pouco respeito por uma missão humanitária”, denunciou o porta-voz da guarda costeira filipina, Jay Tarriela, na rede social X.

O representante de Manila acompanhou a sua declaração com uma fotografia que mostra dois pequenos barcos insufláveis filipinos rodeados por quatro navios chineses de maiores dimensões.

Tarriela classificou o comentário chinês de “ridículo”, afirmando que Pequim não tem autoridade sobre o atol, que se encontra dentro das 200 milhas náuticas (370 quilómetros) da zona exclusiva económica das Filipinas.

“Esta declaração confirma ainda mais a colocação ilegal de navios na nossa zona de exclusividade económica e sublinha a opinião do seu governo de que a preservação da vida e do bem-estar humanos exige aprovação”, sublinhou o porta-voz filipino.

10 Jul 2024

Índia | Zelensky considera viagem de Modi à Rússia devastadora para a paz

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou ontem devastadora para a paz na Ucrânia a viagem do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, à Rússia, destinada a reforçar os laços com Moscovo.

“É uma grande desilusão e um golpe devastador para os esforços de paz ver o líder da maior democracia do mundo abraçar o criminoso mais sanguinário do mundo em Moscovo”, denunciou Zelensky nas redes sociais, poucas horas depois de um ataque russo particularmente mortífero contra cidades ucranianas.

Zelensky considerou que a cordialidade demonstrada pelo Primeiro-Ministro indiano, Narendra Modi, para com o Presidente russo, Vladimir Putin, é uma “enorme decepção”. Nos últimos meses, a Ucrânia tem tentado obter o apoio da Índia e de outros países importantes do chamado Sul Global para a sua causa.

A Índia enviou uma representação à cimeira de paz liderada por Kiev, realizada sem a Rússia, na Suíça, em meados do mês passado, mas não assinou o comunicado final por não propor uma solução “aceitável para ambos os lados da guerra”. A Índia e outros países do hemisfério sul mantêm contactos com a Ucrânia, mas continuam a manter relações estreitas com a Rússia.

Bons amigos

Modi chegou segunda-feira a Moscovo e afirmou esperar reforçar a “parceria estratégica privilegiada” com a Rússia na sua primeira viagem ao país desde o início da guerra na Ucrânia, em Fevereiro de 2022.

“Estou ansioso por rever todos os aspectos da cooperação bilateral com o meu amigo, o Presidente Vladimir Putin, e partilhar perspectivas sobre várias questões regionais e globais”, declarou o líder indiano, acrescentando que o objectivo é apoiar “uma região pacífica e estável”.

Modi foi recebido no aeroporto por uma delegação russa liderada pelo primeiro vice-primeiro-ministro russo, Denis Manturov.

A deslocação de Modi, que terminou ontem, é a primeira desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro pela terceira vez, após as eleições em que a força política que lidera, o Partido do Povo Indiano (BJP), venceu, mas sem maioria absoluta as legislativas. A última vez que Modi visitou a Rússia foi em 2019.

Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Vinay Kwart, anunciou que Putin e Modi iriam abordar a situação dos cidadãos indianos recrutados para servir nas fileiras do Exército russo na guerra na Ucrânia.

As autoridades indianas têm apelado para se rescindirem os contratos de vários dos seus cidadãos contratados pelo Exército russo para realizar “trabalho de apoio”, embora pelo menos quatro tenham morrido em combate.

10 Jul 2024

Ásia | Organizações unem-se para lutar contra a violência sexual

Quase vinte organizações de carácter civil juntaram-se numa plataforma destinada a combater a violência sexual na região do sul asiático que afecta maioritariamente mulheres e raparigas. O combate passa por exigir aos governos de países como Bangladesh, Índia, Nepal, ou Sri Lanka, entre outros, que apliquem leis para impedir que muitos dos crimes praticados fiquem impunes

 

Organizações civis do sul da Ásia anunciaram ontem a criação de uma plataforma conjunta para enfrentar a violência sexual na região, nomeadamente através do incentivo às reformas legais e da promoção da colaboração com os Governos locais.

“Alguns códigos penais na região contêm artigos que discriminam mulheres e raparigas. A má aplicação das leis contribui ainda mais para que os abusos fiquem impunes”, afirmou a plataforma de 17 organizações, que foi nomeada como Movimento para o Acesso à Justiça do Sul da Ásia (SAMAJ, em inglês), num comunicado.

Composta por organizações do Bangladesh, Índia, Nepal, Sri Lanka e Maldivas, a nova plataforma procura promover reformas legais nesses países, garantir o acesso a serviços de apoio, capacitar grupos marginalizados, promover mecanismos de responsabilização e encorajar um movimento inclusivo, segundo a nota.

A SAMAJ indicou que esses objectivos devem ser realizados em colaboração com os Governos locais, aos quais já solicitou um aumento do financiamento para a assistência imediata e a longo prazo para as vítimas de violência sexual.

Sem condenação

Apesar de reportar vários avanços nos últimos anos, a plataforma sublinhou que as vítimas continuam a enfrentar obstáculos significativos na apresentação de queixas à polícia, além de longos atrasos nas investigações e julgamentos criminais ou dificuldades na obtenção de assistência jurídica.

Isso resulta em baixas taxas de condenação por crimes de violência sexual em todo o sul da Ásia, referiu o comunicado.

Cerca de 35 por cento das mulheres do sul da Ásia afirmam ter sido vítimas de abuso físico ou sexual ao longo da vida, segundo um relatório do Fórum Económico Mundial publicado em Agosto de 2023. Este número é superior à média global, que se situa nos 27 por cento.

10 Jul 2024

Guiné-Bissau | Presidente visita Pequim com a cooperação na agenda

A vista de Umaro Sissoco Embaló deverá alargar a cooperação entre os dois países com a assinatura de acordos para a construção de mais infra-estruturas e o desenvolvimento de sectores como a agricultura e as pescas

 

O Presidente da Guiné-Bissau começa hoje a visita à China, com a construção de infra-estruturas, a agricultura e as pescas a aproximarem Pequim e Bissau, num modelo de cooperação entre o país asiático e nações em desenvolvimento.

Entre as infra-estruturas erguidas no país africano com apoio da China estão o edifício da Assembleia Nacional Popular‚ edifício-sede do Governo‚ o Palácio da Justiça‚ o Palácio Presidencial e várias unidades hospitalares.

As estradas Buba, Catió e Quebo, Cacine, uma ponte sobre o Rio Farim ou um “grande centro de conferências” para a presidência da Guiné-Bissau da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciado esta semana pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, antes de embarcar para Pequim, onde inicia uma visita de Estado de três dias, são outras das obras financiadas pela China, também no âmbito da iniciativa chinesa Faixa e Rota.

Os dois países assinaram, em 2021, um memorando de entendimento no âmbito da Faixa e Rota.

Designado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, como o “projecto do século”, a iniciativa foi inicialmente apresentada no Cazaquistão como um novo corredor económico para a Eurásia, inspirado na antiga Rota da Seda. Na última década, no entanto, a Faixa e Rota adquiriu dimensão global, à medida que mais de 150 países em todo o mundo aderiram ao programa.

A aproximação entre Pequim e os países envolvidos abarca um incremento das consultas políticas e cooperação no âmbito do ciberespaço, meios académicos, imprensa, regras de comércio ou acordos de circulação monetária, visando elevar o papel da moeda chinesa, o yuan, nas trocas comerciais. A Faixa e Rota envolveu também a fundação de instituições que rivalizam com agências estabelecidas como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional.

Investimento sólido

Num artigo publicado pela imprensa oficial chinesa, o embaixador guineense em Pequim, António Serifo Embaló, destacou a construção da única estrada na Guiné-Bissau que liga o aeroporto internacional Osvaldo Vieira à localidade de Safim, obra orçada em 13,6 milhões de euros.

“O apoio chinês exemplifica o empenho na implementação da Iniciativa Faixa e Rota (…) e estabelece uma base sólida para o desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau, elevando a relação entre as duas nações”, apontou o diplomata.

Serifo Embaló destacou como áreas prioritárias para futura colaboração e desenvolvimento os setores infra-estruturas, transportes, electricidade, minas, agricultura e cuidados de saúde.

A nível empresarial, o sector das pescas tem sido um importante foco de actividade. Entre as empresas chinesas a operar no país está a Corporação Nacional de Pescas da China. O principal Porto de Pesca Artesanal, em Bissau, orçado em 26 milhões de dólares, foi também construído por um grupo estatal chinês, a título donativo.

O comércio entre os dois países é feito num só sentido: Em 2023, a China exportou cerca de 60 milhões de dólares, sobretudo arroz polido, estações portáteis de comunicação e calçado, enquanto as importações chinesas fixaram-se em cerca de 2.000 dólares, sendo os principais produtos peças de máquinas, segundo dados das alfândegas chinesas.

O programa de Umaro Sissoco Embaló na China inclui encontros com Xi Jinping e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e uma visita à estatal Aluminum Corporation of China, sediada em Pequim. Amanhã, o chefe de Estado guineense viaja para Xangai, “capital” económica do país asiático, onde se vai reunir com representantes do governo local, visitar o Instituto de Pesquisa do grupo tecnológico chinês Huawei e a cidade universitária de Songjiang.

10 Jul 2024

Samsung | Trabalhadores em greve geral na Coreia do Sul

Os trabalhadores da gigante tecnológica sul-coreana Samsung iniciaram ontem uma greve geral de três dias, indicou o líder de um sindicato que representa dezenas de milhares de funcionários.

“A greve começou hoje (ontem)”, afirmou à agência de notícias France-Presse (AFP) Son Woo-mok, chefe do sindicato nacional da Samsung Electronics, acrescentando que estava planeada uma grande manifestação no final do dia.

O sindicato, com cerca de 28 mil membros, mais de um quinto da força de trabalho da empresa, anunciou a greve de três dias na semana passada, dizendo que é o último recurso depois de as negociações terem falhado.

A greve segue-se a uma paralisação de um dia em Junho, a primeira acção deste tipo na empresa, sem sindicalização há décadas.

A direcção da empresa, líder mundial na produção de chips de memória, tem vindo a realizar negociações salariais com o sindicato desde Janeiro, mas as duas partes não conseguiram chegar a um acordo. “Estamos agora numa encruzilhada”, declarou o sindicato aos trabalhadores na semana passada, pedindo que apoiem uma “greve crítica”.

“Esta greve é a última carta que podemos usar”, afirmou o sindicato, acrescentando que os trabalhadores da empresa precisam de “agir de forma unida”. “Esta greve não serve apenas para melhorar as condições de trabalho, mas também para recuperar os nossos direitos, que têm sido ignorados até agora”, acrescentou.

Os trabalhadores rejeitaram uma proposta de aumento salarial de 5,1 por cento. O sindicato exige ainda melhorias no que diz respeito às férias anuais e transparência nos prémios de desempenho. A direção da Samsung foi contactada pela AFP, mas não fez comentários.

9 Jul 2024

Guiné-Bissau | Pequim financia centro de conferências e reabilita 300 km de estradas

A China vai financiar um “grande centro de conferências” para a presidência da Guiné-Bissau da CPLP e reabilitar 300 quilómetros de estradas, entre outros investimentos no país africano, anunciou ontem o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado fez o anúncio no aeroporto de Bissau, numa declaração aos jornalistas, antes de embarcar para Pequim, onde vai realizar uma visita de Estado de três dias, a partir de quarta-feira.

“No próximo ano a Guiné-Bissau vai assumir a presidência rotativa da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]. Isso significa que, mesmo que Umaro Sissoco Embaló vá às eleições e for derrotado, o Presidente que vier é quem vai continuar com a presidência da CPLP”, referiu.

O Presidente guineense observou que o facto “deve orgulhar todos os cidadãos” do país.

Sissoco Embaló adiantou que a China, que considerou como parceiro tradicional da Guiné-Bissau, aceitou construir “um grande centro de conferências” em Bissau e ainda alcatroar pelo menos 300 quilómetros de estradas.

A China está a construir actualmente a única estrada na Guiné-Bissau que liga o aeroporto internacional Osvaldo Vieira à localidade de Safim, num troço de 8,2 quilómetros, orçado em 13,6 milhões de euros.

O Presidente guineense não quis “adiantar muito” sobre os projectos em carteira com a China, mas ainda adiantou que aquele país aceitou construir na Guiné-Bissau um campus universitário para 12 mil alunos.

“Antes de chegarmos lá, a China já anunciou um donativo de 27,5 milhões de dólares americanos para a Guiné-Bissau que serão destinados a projectos, independentemente de outros projectos que já temos em carteira”, assinalou.

O Presidente guineense enalteceu a postura da China, que, disse, “nunca se imiscui na política interna de um país africano” e ainda o facto de ter ajudado a formar quadros militares da Guiné-Bissau.

9 Jul 2024

Hunan /Cheias | 700 militares mobilizados para salvamento

Mais de 700 militares do Exército chinês deslocaram-se no domingo para a província central de Hunan, para efectuar operações de salvamento numa zona onde fortes chuvas provocaram a rutura de uma barragem na sexta-feira passada.

Os oficiais e soldados têm como tarefas prioritárias a inspecção e o reforço das barragens e a assistência no restabelecimento da produção local e da vida quotidiana dos cidadãos afetados, informou a agência de notícias oficial Xinhua.

A barragem de Tuanzhou, no lago Dongting, rebentou às 17:48 horas locais de sexta-feira, provocando a retirada de mais de 5.000 pessoas das zonas afectadas, sem que até ao momento tenham sido registadas vítimas.

Devido ao rápido fluxo de água provocado pela diferença de nível de 0,17 metros entre os dois lados da barragem, foi difícil iniciar os trabalhos de reparação, informou a imprensa local.

Ao meio-dia de sábado, a brecha estava reduzida a 220 metros de comprimento, com uma diferença menor no nível da água. Cerca de 47 quilómetros quadrados de terra ficaram inundados a uma profundidade média de cinco metros.

Desde meados de Junho, Hunan tem registado as chuvas mais intensas do ano, com recordes locais em algumas regiões.

9 Jul 2024

Pequim rejeita “blocos militares” na Ásia após acordo Tóquio – Manila

A China afirmou ontem que “a região da Ásia – Pacífico não precisa de blocos militares”, depois de Filipinas e Japão terem assinado um acordo que permite o destacamento das suas tropas no território um do outro.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou ontem, em conferência de imprensa, que “os intercâmbios e cooperação entre países não devem comprometer a compreensão e a confiança mútuas entre os países da região”, nem “perturbar a paz e estabilidade regionais, ou visar e prejudicar os interesses de terceiros”.

Lin afirmou que a região “não precisa de blocos militares”, nem de “cliques que provocam confrontos entre as partes e instigam uma nova guerra fria”. “Qualquer acto que ponha em causa a paz e a estabilidade na região e destrua a unidade e a cooperação regionais atrairá a vigilância e a oposição comum dos países da região”, advertiu o porta-voz.

Lin sublinhou ainda que o Japão “tem uma grave responsabilidade pela sua agressão e domínio colonial sobre os países do Sudeste Asiático, incluindo as Filipinas, durante a Segunda Guerra Mundial” e instou Tóquio a “reflectir sobre a sua história de agressão” e a “ser prudente nas suas palavras e acções no domínio da segurança militar”.

Nos últimos meses, Japão e Filipinas, aliados históricos dos Estados Unidos, registaram progressos nos laços de Defesa face a crescentes tensões com Pequim na região do Indo-Pacífico. As Filipinas e a China têm uma disputa de soberania crescente no Mar do Sul da China.

Historial conflituoso

Nos últimos meses, multiplicaram-se os confrontos entre navios chineses e filipinos, sobretudo em torno dos atóis de Scarborough e Thomas Segundo, onde os pescadores filipinos vão pescar.

As tensões entre a China e as Filipinas aumentaram desde que o Presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. chegou ao poder em 2022 e reforçou a sua aliança militar com os EUA.

Tóquio e Pequim, que têm numerosas disputas históricas sobre questões como a invasão pelo Japão de parte do território da China nas décadas de 1930 e 1940, também têm divergências sobre ilhas controladas pelo Japão no Mar do Leste da China.

9 Jul 2024