Japão protesta contra presença chinesa em águas nacionais

Japão aponta o dedo à China e acusa o país de invasão das suas águas territoriais ao largo das ilhas Diayou. O país nipónico considera a situação insustentável e pede calma na resolução da situação. Suspeita-se que hajam importantes reservas de gás natural e petróleo naquele arquipélago. Taiwan também reclama a soberania do território

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]governo do Japão publicou um vídeo que mostra vários navios chineses em águas territoriais nipónicas à volta das ilhas disputadas de Senkaku e Diayou, como parte dos protestos para levar o país vizinho a desistir das incursões na zona. As imagens foram gravadas pela Guarda Costeira entre os dias 5 e 9 de Agosto. Num comunicado que acompanha o filme, o Ministério dos Negócios Estrangeiros classifica a acção como “inaceitável” e considera que o comportamento da China está a provocar uma escalada de tensão na região.
A 6 de Agosto foi apresentado um protesto às autoridades de Pequim por terem sido detectados mais de 200 barcos perto das ilhas Diaoyu. De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, em 2012 um total de 40 navios de mil ou mais toneladas entraram nas suas águas, e o número triplicou em 2015 para 120 navios.
A disputa pela posse do arquipélago das Diaoyu que está desabitado e tem apenas sete quilómetros quadrados, levou a que as relações entre os dois países tivessem sofrido um dos seus piores momentos em décadas, após Tóquio ter adquirido, em meados de Setembro de 2012, três das ilhas a um proprietário privado. O gesto foi contestado tanto pela China como por Taiwan, que também reclama a soberania das ilhas, e gerou uma onda de protestos contra o país vizinho, e que em alguns casos, tiveram contornos violentos, e originaram o cancelamento de eventos diplomáticos.
Desde que o clima de tensão se agravou, a zona alvo da contenda tem vindo a ser patrulhada por embarcações das partes envolvidas. Suspeita-se que existam importantes reservas de petróleo e gás natural naquele pequeno pedaço de terra.
  

17 Ago 2016

Nuclear | Adiamento de central cria mal estar entre Pequim e Londres

O ministro britânico para a Ásia, Alok Sharma, encontra-se em visita oficial à China, num período de tensões bilaterais, devido à decisão do Reino Unido em adiar a construção de uma nova central nuclear financiada pela China

Alok Sharma, ministro britânico que se reuniu na segunda-feira com o seu homólogo chinês, Wang Yi, é o primeiro responsável britânico a visitar a China, após a decisão da nova primeira-ministra, Theresa May, de suspender o projecto.
Pequim concordou em ficar com uma participação de um terço na central nuclear a ser construída pela gigante francesa EDF, em Hinkley Point C, no sudoeste da Inglaterra. O negócio foi anunciado durante a visita oficial do Presidente Xi Jinping a terras de sua majestade, em Outubro, como parte da “era dourada” nas relações bilaterais, promovida pelo então primeiro-ministro britânico David Cameron e o ministro das Finanças George Osborne.
A decisão da actual Primeira ministra terá sido motivada por preocupações de que o investimento do grupo estatal China General Nuclear constituísse uma ameaça à segurança do reino.
Em comunicado, Sharma assegurou que a “relação entre os dois países é forte, está a crescer e beneficia ambos”. O nosso país está aberto a receber negócios e é um destino atractivo para o investimento internacional, incluindo da China”, sublinhou o ministro.

Comércio salvaguardado

A decisão de adiar a construção da central nuclear gerou fortes reacções da parte de Pequim, com o embaixador chinês no Reino Unido, Liu Xiaoming, a considerar num artigo publicado pelo jornal Financial Times, que esta colocou as relações bilaterais “num ponto histórico crítico”. Por outro lado, Sharma referiu num comunicado, que “como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, estamos a trabalhar juntos para encarar os problemas globais do século XXI”, sublinhou.
“O comércio bilateral atingiu um nível recorde. As exportações para a China cresceram 57%, desde 2010, e espera-se que esta se torne no segundo maior investidor no Reino Unido, até 2020”, lê-se na mesma nota.
Além de Pequim, Sharma visitará ainda Shenzhen e Cantão, na província de Guangdong, no sul, dois importantes centros da economia chinesa.
Apesar da tensão e da aberta animosidade registadas na década de 1990 sobre a transferência de soberania de Hong Kong, e da histórica “humilhação” causada pela Guerra do Ópio, o Reino Unido é hoje o principal destino do investimento chinês na Europa.
Portugal é o quarto, logo a seguir à Alemanha e França.

17 Ago 2016

Satélite de telecomunicação quântica lançado ontem pela China

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]esignado de QUESS (sigla em inglês para Experiências com Quânticos à Escala Espacial), com um peso de 600 quilos e o tamanho de um automóvel, um satélite foi ontem lançado com foguetes propulsores Longa Marcha 2D, no deserto de Gobi. A China quer começar a investigar a teleportação e formas de comunicação a distâncias impossíveis de interceptar. Este novo satélite vai girar em torno da Terra a cada 90 minutos e a uma altura de 500 quilómetros, numa órbita sincronizada com o sol.
O QUESS também é referido pelo programa espacial chinês como “Micio”, em homenagem ao cientista e óptico da China Antiga, que há 2.500 anos inventou a primeira câmara escura.
A principal missão do satélite é tentar transmitir à Terra e receber a partir desta fotões quânticos, que em teoria não podem ser separados ou duplicados, o que pode ser a base para uma comunicação blindada a “hackers”.
A partir daquele satélite, tentar-se-á estabelecer comunicações seguras entre Pequim e a região de Xinjiang, no noroeste do país.
Está a ser planeada a construção, a curto prazo, de uma rede de comunicação quântica de 2.000 quilómetros, entre Pequim e Xangai, as duas principais metrópoles do país, para ser usada por agências governamentais e bancos.
O QUESS investigará ainda o mistério científico do entrelaçamento quântico, que pode servir de base ao teletransporte, um avanço tecnológico que parece reservado à ficção científica, mas que os cientistas chineses tentam levar a cabo com esta experiência. Neste fenómeno da mecânica quântica, se duas partículas estão entrelaçadas, uma não pode ser alterada sem que a outra também o seja – mesmo que estejam espacialmente separadas por milhões de anos-luz. O satélite tentará provar esta teoria, transmitindo fotões a estações de controlo espacial em solo chinês, separadas por 1.000 quilómetros de distância.
Segundo o engenheiro aeroespacial Wang Jianyu, um dos responsáveis pelo projecto, o novo satélite quântico é a primeira missão espacial em que a China não tenta imitar o que outras nações já fizeram anos antes, procurando inovar.
“É o nosso primeiro passo à frente dos outros no espaço”, sublinhou, numa entrevista ao jornal de Hong Kong, South China Morning Post.
   

17 Ago 2016

China | Visita a santuário azeda relação com Japão

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo de Pequim mostrou ontem em comunicado, o seu desagrado face à visita de duas ministras do executivo Japonês, a um templo dedicado aos “Heróis” da guerra, mas que aos olhos da China, dignificam criminosos.
O Santuário Yasukuni, situado em Tóquio espicaçou a relação entre os dois países com a China a referir que este gesto “prova uma vez mais, a atitude errada daquele Executivo face à História”. O santuário “homenageia os principais criminosos de guerra e visa embelezar as guerras de agressão”, refere um comunicado do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês, Lu Kang.
A ministra do interior, Sanae Takaichi, e a dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Tamayo Marukawa participaram na segunda-feira na homenagem de várias formações da política japonesa em Yasukuni, para comemorar o 71.º aniversário do fim da II Guerra Mundial. “O Japão deve encarar abertamente a sua história de agressão e reflectir, lidar com o tema de forma responsável e apropriada, e trabalhar para ganhar a confiança dos seus vizinhos asiáticos e da comunidade internacional, com medidas concretas”, sublinhou Lu Kang, do MNE. As ministras integraram um grupo de 70 deputados de diferentes formações das duas câmaras que compõem a Dieta (o Parlamento japonês), que se deslocou ao santuário para comemorar a rendição do Japão. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, enviou uma oferenda, apesar de não ter comparecido em pessoa.
O santuário com 145 anos, presta tributo a cerca de 2,5 milhões de cidadãos que morreram na Segunda Guerra Mundial e noutros conflitos bélicos. Entre as figuras homenageadas figuram criminosos de guerra, tal como o general Hideki Tojo, que autorizou o ataque a Pearl Harbor.
 

17 Ago 2016

Pequim vai conceder residência local consoante pontos acumulados

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]cidade de Pequim vai passar a conceder residência local (Hukou, em chinês), recorrendo a um sistema de acumulação de pontos, atribuídos consoante critérios como a situação profissional, idade ou o nível de formação académica.
Quase 40% dos 21,5 milhões de habitantes de Pequim não têm ‘Hukou’ local, estando assim privados de vários serviços básicos, como o acesso à educação e saúde pública.
O novo sistema, que vigorará entre o início de 2017 e o final de 2019, permite a quem trabalha na capital chinesa candidatar-se a uma ‘vaga’ como residente local, através do seu ‘danwei’ (unidade de trabalho).
Os candidatos terão de ser, obrigatoriamente, cidadãos chineses, em idade activa, sem registo criminal, com permissão temporária de residência em Pequim e sete anos consecutivos de descontos para a Segurança Social local.
Segundo os critérios difundidos pelas autoridades da capital chinesa, a atribuição dos pontos varia, por exemplo, consoante o grau académico do candidato: 15 pontos para licenciados, 26 para mestres e 37 para doutorados.
Quem tiver menos de 45 anos obtém, automaticamente, 20 pontos.
Para os empresários com negócios registados em Pequim, serão atribuídos pontos consoante as distinções atribuídas às suas empresas, tendo em conta critérios como inovação e o valor dos investimentos.
A autorização de residência ‘Hukou’ é um sistema implantado em 1958, durante o Governo de Mao Zedong, para controlar a migração massiva dentro do país e assegurar a continuidade da produção agrícola e a estabilidade social nos centros urbanos.

16 Ago 2016

G20 | Pequim quer melhor imagem da globalização

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]onstruir uma globalização mais “inclusiva”, sem sectores sociais que se sintam prejudicados, será um dos grandes objectivos da próxima Cimeira do G20, que se realiza nos dias 3 e 4 de Setembro, assinalaram ontem responsáveis chineses.
O encontro entre os líderes das 20 maiores economias do planeta está marcado para Hangzhou, capital da província de Zhejiang, na costa leste da China.
“É necessário criar um sentimento de maior satisfação, que as pessoas sintam que também são beneficiadas”, afirmou ontem o vice-ministro chinês das Finanças, Zhu Huangyao, numa conferência de imprensa dedicada aos objectivos do país anfitrião da Cimeira.
O encontro, que ocorre no Centro de Exposições Internacionais de Hangzhou, terá como lema “Avançar para uma economia mundial inovadora, vigorosa, interconectada e inclusiva”.
Para a China trata-se, também, de uma nova oportunidade para mostrar a sua capacidade de organizar grandes eventos.
“O objectivo é oferecer novas direcções para a economia mundial” e “alterar as soluções a curto prazo para a crise, por medidas sistemáticas de longo prazo”, afirmou o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Li Baodong.
Li confirmou que o presidente da China, Xi Jinping, será o anfitrião da cimeira, e que, à margem do evento, realizará reuniões bilaterais com membros do G20, além de uma reunião informal dos BRICS, o bloco de grandes economias emergentes formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Questionado se o Mar do Sul da China, tema de fricção entre Pequim e Washington, fará parte das conversações, Li assegurou que o G20 “vai centrar-se na economia e não deve ser distraído por outros temas”.
A China espera ainda que a cimeira sirva para delinear um “Plano de Hangzhou”, visando enfrentar os novos desafios globais.
“Num momento em que faltam forças impulsionadoras, devemos promover reformas estruturais e oferecer novas soluções para um crescimento robusto, sustentável e equilibrado”, assinalaram ontem os representantes do Governo chinês.
Durante as reuniões, Pequim continuará a pressionar para que haja uma reforma no sistema de cotas na governação do Fundo Monetário Internacional (FMI), que dê maior voz às economias emergentes e em desenvolvimento.
O vice-governador do Banco Popular da China, Yi Gang, destacou que a cimeira será celebrada poucas semanas antes da moeda chinesa, o yuan, integrar oficialmente o cabaz de moedas de reserva do FMI, pelo que a internacionalização da divisa chinesa será outra questão a abordar.
A cimeira ocorre num momento de incerteza face aos efeitos adversos da globalização nas economias desenvolvidas, algo que, segundo os observadores, explica fenómenos como o ‘brexit’ – a saída do Reino Unido da União Europeia – ou a ascensão de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos da América.
 

16 Ago 2016

Tailândia | Explosões fazem mais de 30 feridos e quatro mortos em locais turísticos

O final da semana passada foi marcado pelo retorno às explosões na Tailândia. O país que desde 2014 é governado pelo poder militar viu parte dos seus destinos turísticos serem ameaçados por uma vaga de explosões ligadas entre si e que acontecem uma semana após o “Sim” ao referendo que legitima e reforça o poder dos soldados

[dropcap]O[dropcap]fim da passada semana foi de susto para residentes e turistas na Tailândia, que voltou a sofrer explosões com recurso a bombas. Quatro mortos e mais de 30 feridos, entre 11 turistas, é o balanço dos incidentes, que ainda não foram reivindicados mas para os quais a polícia já tem suspeitos. O país é governado por uma junta militar e assiste recorrentemente a este tipo de incidentes, sendo que este teve lugar uma semana após o referendo e a vitória do “Sim” à Constituição reformulada pelo poder do Exército. Ainda não se sabe se estará relacionado, mas alguns dos destinos afectados tentaram dizer “Não” ao referendo.

A noite de quinta-feira e a manhã de sexta foram de turbilhão na Tailândia. A explosão de duas bombas na cidade tailandesa de Hua Hin fazia notícia da véspera do fim-de-semana. A estância turística localizada a 200 quilómetros de Banguecoque começava o dia com uma primeira explosão em frente a um bar. Segundo a AFP, citada pela agência Lusa, “a primeira bomba explodiu em frente a um ‘pub’”, localizado na zona turística de Hua Hin. A segunda bomba explodiu 30 minutos depois e a 50 metros da primeira.

O rol de explosões continuou, com um total de 11 registadas. Duas explodiram à porta de uma estação de polícia em Surat Thani e mais dois dispositivos explodiram na praia de Patong, em Phuket, uma das zonas mais populares enquanto destino turístico internacional.

O mercado de Trang também foi atingido enquanto que em Phang Nga foi desactivado um dispositivo antes da sua detonação. Estes foram os alvos ligados a pontos turísticos e onde se registaram cerca de metade das explosões.

Sem responsáveis, mas…

Numa sucessão “aparentemente coordenada”, segundo noticiaram as autoridades tailandesas na imprensa internacional, todos os alvos estão situados no sul do país e em zonas conhecidas por albergarem movimentos separatistas. Até à data ainda nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, sendo que os meios de comunicação locais sugerem que os movimentos separatistas muçulmanos possam eventualmente estar por detrás destes ataques, não incluindo no rol os grupos internacionais associados aos atentados que têm ocorrido na Europa.

“A polícia está ainda a tentar apurar se os múltiplos ataques estão efectivamente relacionados mas excluem para já a ligação a qualquer grupo terrorista internacional”, avança o canal de televisão da TDM. Representantes das autoridades tailandesas afirmaram em conferência de imprensa que “ainda é cedo para tirar conclusões em relação ao que terá provocados estes incidentes”, sendo que o que se sabe é que não estão directamente ligados a qualquer acto de terrorismo. “É de facto sabotagem local.”

Até ontem, duas pessoas foram presas sob suspeita de estarem ligadas aos ataques que têm “ligação entre eles”, como informa a imprensa, sendo que as autoridades interrogavam seis pessoas e encontraram três telemóveis até ao fecho desta edição.

Medidas tomadas

“As bombas destinam-se a criar o caos e confusão”, disse o Primeiro-Ministro e também General Prayuth Chan-ocha. O dirigente apelou à calma da sociedade e dos turistas, que contribuem para 10% do PIB do país.

Um turista que estava num dos locais afectados pelas explosões afirma que foi para férias e “não estava à espera disto”. “É muito estranho ver as ruas completamente vazias neste momento e as pessoas, penso, estão com medo que isto volte a acontecer”, explica.

É também no sentido de promoção da calma que a polícia avança a informação de que está a criar uma equipa especial para investigar as explosões ocorridas em catadupa e ao mesmo tempo monitorizar de perto os locais marcados como atracção turística.

Lugares do “Não” e separações

A imprensa local não abandona a hipótese dos atentados estarem ligados aos movimentos separatistas do sul do país. A maioria dos eleitores nas províncias de Pattani, Yala e Narathiwat votou, na semana passada, no “Não” no referendo que teve o “Sim” como vitória e que mostra a aprovação popular da Constituição que reforça o poder militar no país. Os ataques são comuns na região e o cenário de um conflito separatista já custou mais de 6500 vidas desde 2004.

Estes incidentes não costumam ocorrer fora da zona sul do país, no entanto já se registaram noutras localizações, o que aconteceu também desta vez. De acordo com as investigações iniciais, os explosivos estavam mais preparados para servir de aviso “que para causar o máximo dano”, disse Sarawut Tankul, superintendente da polícia de Hua Hin. As bombas utilizadas são semelhantes às que foram detonadas noutras ocasiões grupos separatistas do sul e terão sido accionadas por telemóvel.

Gestão de crises acompanha

O Gabinete de Gestão de Crises do Turismo diz estar a acompanhar a situação na Tailândia sendo recebeu apenas dois pedidos de informação mas nenhum de assistência, não havendo indicações de grupos da RAEM que tenham sido afectados pelos incidentes. No entanto, o Gabinete “aconselha os residentes de Macau que viajem ou estejam na Tailândia a fazerem uma avaliação às condições de segurança” e garante que vai continuar a acompanhar o desenvolvimento da situação.
 

Um ano depois de ataque sangrento em Banguecoque

As 11 explosões ocorreram a dias do primeiro aniversário do ataque sem precedentes que teve lugar no santuário de Erawan, no centro de Banguecoque, que matou mais de 20 pessoas e deixou uma centena de feridos.

O incidente teve lugar a 17 de Agosto de 2015 e ficou registado na história do país como sendo dos mais graves. Uma bomba colocada dentro do templo budista  de Erawan, um dos mais famosos de Banguecoque, deixou um rasto de vítimas. Entre os cerca de 20 mortos contavam-se dois chineses e um filipino, afirmava na altura a agência Reuters. A imprensa nacional chegou a elevar o número de mortos para 27, incluindo quatro estrangeiros.
O chefe da polícia, Somyot Poompanmuang, explicou, na altura, que a explosão foi provocada por uma bomba “colocada dentro do templo de Erawan”, situado em Ratchprasong, uma das vias mais transitadas da capital tailandesa. Segundo o ministro da Defesa, Prawit Wongsuwong, o ataque foi dirigido contra “turistas” com o objectivo de “prejudicar o turismo e a economia do país”. O templo budista de Erawan, dedicado ao deus Brahma, recebe a visita diária de milhares de devotos. O tempo situa-se no distrito de Chidlom, perto de vários hotéis de cinco estrelas e de pelo menos três centros comerciais.

“Parecia um matadouro. Havia corpos por todo o lado. Alguns estavam em pedaços. Havia pernas onde deveriam estar as cabeças. Era horroroso”, disse Marko Cunningham, um enfermeiro neozelandês que trabalha no serviço de ambulâncias da capital tailandesa. Segundo Cunninghan, as pessoas que estavam a centenas de metros do local da explosão também ficaram feridas.

As forças tailandesas combatem insurgentes muçulmanos na zona sul do país, mas os rebeldes não costumam ampliar as suas acções fora da área da etnia malaia. O país também foi sacudido nos últimos anos por intensas rivalidades políticas que desencadearam, em Maio de 2014, um golpe militar.

15 Ago 2016

China | Normas ambientais mais rigorosas a caminho

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China vai aplicar padrões ambientais, de segurança e de eficiência energética de forma mais estrita, bem como implementar um controlo mais apertado ao crédito para ajudar no combate ao excesso de capacidade em sectores industriais-chave, segundo o governo.
A segunda maior economia do mundo identificou no excesso de capacidade um de seus principais desafios e já se comprometeu com o encerramento em massa nos sectores do aço e do carvão que, até agora, ainda não ocorreram.
Segundo um ante-projecto de política, o Ministério da Indústria e Informação disse na sexta-feira que iria “normalizar a implementação e execução mais rigorosa de normas imperativas” para combater o excesso de capacidade em sectores como o do aço, carvão, cimento, fabricação de vidro e alumínio.
O plano prevê implementar uma política de “crédito diferenciada” que permitiria aos credores a concessão de empréstimos para ajudar na reestruturação das empresas, mas o financiamento às empresas de baixo desempenho seria suspenso.
As empresas que não cumprirem as novas metas de eficiência energética teriam seis meses para se rectificarem ou seriam fechadas. As que continuarem a exceder os padrões de poluição de ar e de água seriam multadas diariamente e, em casos graves, ordenadas a fechar.
O documento diz ainda que as autoridades poderiam cortar o fornecimento de energia e água, e até destruir equipamentos de empresas que não cumprirem as normas ambientais e de segurança. As instalações também podem ser fechadas para impedir que voltem a operar.
Este ano a China planeia suprimir 45 milhões de toneladas da capacidade anual de aço bruto e 250 milhões de toneladas da produção de carvão, mas apenas um terço desse total foi totalmente encerrado até Julho, segundo a Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional.

15 Ago 2016

Seul vai aumentar o seu arsenal de mísseis

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Coreia do Sul vai aumentar de forma significativa o seu arsenal de mísseis balísticos e de cruzeiro com o objectivo de fazer frente à “crescente” ameaça da Coreia do Norte, anunciaram ontem fontes da Defesa de Seul.
Esta medida é destinada a permitir que o exército sul-coreano naturalize de forma simultânea todas as bases de lançamento de mísseis da Coreia do Norte, indicaram as mesmas fontes, citadas pela agência sul-coreana Yonhap.
O país prevê destacar mais mísseis balísticos Hyunmoo 2A e 2B, com um alcance máximo entre 300 e 500 quilómetros, bem como aumentar os seus mísseis de cruzeiro Hyunmoo 3, cujo alcance é de mil quilómetros.
Com estes projecteis adicionais e novos sistemas de detecção e intercepção de lançamentos da Coreia do Norte, Seul pretende reforçar as suas capacidades para realizar ataques preventivos contra o país vizinho, segundo as mesmas fontes.
Esta medida é independente do escudo antimíssil THAAD, que Seul e Washington posicionaram, em 2017, em território sul-coreano, e que inclui a aquisição de novos interceptores terra-ar Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3).
Seul acredita que o regime de Kim Jong-un tem um milhar de mísseis que é capaz de lançar de forma simultânea.
Cerca de metade destes mísseis, do tipo Scud e com um alcance entre 300 e 700 quilómetros, estão situados numa faixa localizada entre 50 e 90 quilómetros da Zona Desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias.
A Coreia do Norte dispõe de um segundo anel de lançamento, a uma distância até 120 quilómetros a norte da DMZ, onde estão entre 200 e 300 mísseis de médio alcance Rodong, que podem chegar aos 1.300 quilómetros de distância, segundo o Ministério da Defesa sul-coreano.
Num terceiro anel localizado mais a norte, Seul acredita que o país vizinho pode ter entre 30 a 50 mísseis balísticos de médio alcance Musudan, bem como mísseis de longo alcance KN-08.
Os Musudan, com os quais a Coreia do Norte realizou vários lançamentos de teste apesar de apenas um ter sido considerado bem-sucedido por Seul, têm um alcance que lhes permitiria atingir várias bases norte-americanas no Pacífico.

15 Ago 2016

Longas filas e protestos marcam arranque da Disney em Xangai

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ongas filas de espera para atracções deterioradas e problemas no momento de atender as reclamações dos visitantes estão a gerar críticas ao novo parque da Disney em Xangai, dois meses após o seu arranque.
Segundo a agência China News Service, nos últimos dias, vários visitantes passaram até duas horas à espera para experimentar atracções, que viriam a descobrir estarem “encerradas para manutenção”.
O jornal oficial China Daily revelou que, na quarta-feira, sucederam-se vários “protestos generalizados”, depois de cinco atracções no parque terem encerrado, sem aviso prévio.
Responsáveis da Disney atribuíram o encerramento a “condições imprevisíveis”, relacionadas com “necessidades operacionais e de manutenção”.
A imprensa chinesa relatou também queixas de muitos dos visitantes afectados, a quem o pessoal do parque tentou trocar o bilhete para outro dia, quando pediram a devolução do dinheiro à entrada.
A estas queixas unem-se informações anteriormente publicadas, que dão conta de más condições nas fábricas chinesas que colaboram com a multinacional norte-americana.
Num relatório intitulado “O lado obscuro da Disney”, a organização China Labour Watch relata que numa fábrica de Cantão, encarregue de produzir artigos para parques da multinacional em todo o mundo, os operários trabalham 66 horas por semana, por um salário inferior a 300 dólares por mês.
O Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, assinalou mesmo que existe uma “queda do entusiasmo” com a presença da Disney em Xangai.
Inaugurada em Junho passado, com um custo de construção fixado em 5.500 milhões de dólares, a Disneyland Shanghai é o sexto parque temático da multinacional e o primeiro no continente chinês.
 

12 Ago 2016

COSCO compra de 67% do porto de Pireu

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]consórcio chinês COSCO (China Ocean Shipping Company) completou na quarta-feira a compra de uma participação maioritária na Autoridade Portuária do Pireu (OLP), a entidade que gere o maior porto da Grécia.
O COSCO opera, desde 2010, dois terminais do Pireu, um porto estratégico situado nos arredores de Atenas.
Com esta aquisição, que ascende a 368,5 milhões de euros, o gigante chinês do transporte marítimo ficou com 67% da sociedade portuária grega, assumindo o controlo do porto até 2052.
“O COSCO Shipping é agora o accionista maioritário da OLP, assumindo assim controlo da gestão e operações do porto”, disse a empresa em comunicado.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza, chegou a travar a privatização do Pireu, após ascender ao poder, em 2015.
Em Julho do mesmo ano, o negócio acabou por se concretizar.
A OLP revelou que o novo conselho de administração, constituído por 11 membros, inclui sete chineses, entre os quais o presidente executivo.
Utilizado anualmente por mais de 24 mil navios, o Pireu é considerado um dos maiores portos marítimos do Mediterrâneo e emprega cerca de 1.500 pessoas.
Com este negócio, o grupo chinês assume ainda controlo dos barcos de passageiros, utilizados por milhões de turistas que todos os anos viajam até às ilhas gregas.
O COSCO comprometeu-se ainda a investir quase 294 milhões de euros na expansão das instalações para navios de cruzeiro, modernizar o estaleiro naval e criar espaço para a circulação de automóveis.
O objectivo é transformar o Pireu no maior porto de contentores da Europa e principal terminal de partida de cruzeiros do mundo, apontou a empresa.
Em Portugal, também o porto de Sines suscita o interessa da China, à medida que o país asiático tenta garantir acessos para a iniciativa “rota marítima da seda do século XXI”.
A expressão refere-se a um gigante plano de infra-estruturas que pretende reactivar a antiga Rota da Seda entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
Segundo as autoridades chinesas, a iniciativa vai abranger 65 países e 4,4 mil milhões de pessoas, cerca de 60% da população mundial.
“O porto de Sines é importante para a ligação da China com a Europa e a África”, disse em Maio passado o conselheiro de política externa do Governo chinês Lu Fengding.
No mesmo mês, o secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, Jorge Costa Oliveira, assumiu em Pequim o interesse do porto chinês de Ningbo em investir num porto português, apontando Sines como o favorito.
“O alargamento do Canal do Panamá levou a que grandes entidades gestoras de portos, nomeadamente Ningbo, estejam à procura de um porto com boa capacidade na Europa ocidental”, disse.
 

12 Ago 2016

Chinesa indemnizada após 13 anos na prisão por confissão forçada

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma chinesa que esteve presa 13 anos, condenada por homicídio após ter confessado “sob coação”, vai ser compensada em mais de 258.300 dólares, informou ontem um tribunal do país, citado pela imprensa oficial.
Qian Renfeng foi condenada por homicídio, após um bebé morrer e duas outras crianças serem hospitalizadas, em Fevereiro de 2002, devido a uma intoxicação alimentar na enfermaria onde trabalhava.
A mulher, que nesse dia tinha preparado as refeições, foi “forçada a confessar que misturou veneno para rato na comida”, concluiu o Superior Tribunal Popular de Yunnan, província do sudoeste da China.
Casos envolvendo erros da justiça são frequentes na China, onde as confissões forçadas continuam a ser prática comum, segundo organizações de defesa dos Direitos Humanos, e mais de 99% dos réus são considerados culpados.
Em Maio, um tribunal da província de Hainan, no sul do país, foi condenado a pagar uma indemnização de 2,75 milhões de yuan a um homem que esteve preso mais de 20 anos, também acusado de homicídio.
Chen Man, agora na casa dos 50 anos, foi condenado à pena de morte – posteriormente comutada em prisão perpétua – em Novembro de 1994, e finalmente absolvido e libertado este ano, devido à “falta de provas”.
A China exonera ocasionalmente réus presos ou executados injustamente, depois de os verdadeiros autores dos crimes terem decidido confessar ou, em alguns casos, a vítima ser encontrada com vida.
O caso mais mediático resultou na execução de um adolescente, que só 20 anos mais tarde foi dado como inocente.
Huugjilt, que na altura tinha 18 anos, foi considerado culpado de violar e assassinar uma mulher numa casa de banho pública e condenado à pena capital.
O verdadeiro culpado, Zhao Zhihong, confessou o crime anos mais tarde e foi executado no ano passado.

11 Ago 2016

Japão admite instalar sistema antimísseis norte-americano

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Ministério de Defesa do Japão está a estudar adoptar o sistema antimísseis norte-americano THAAD, que Seul e Washington deverão instalar em 2017 em território sul-coreano, em resposta aos continuados testes de lançamento de mísseis do regime norte-coreano.
O Japão está a avaliar a possibilidade de implantar o Terminal de Defesa Aérea de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês) como parte do seu plano para melhorar o sistema de interceptação de mísseis”, informou ontem a estação pública japonesa NHK.
A Defesa tinha previsto pedir um reforço de verbas para esta operação no próximo ano, mas decidiu destinar parte do segundo orçamento suplementar do corrente ano fiscal para este fim, explicou a estação japonesa.
O Ministério da Defesa decidiu adiantar o programa porque considera que a Coreia do Norte representa uma grave ameaça para a segurança nacional do Japão.

Alta actividade

Pyongyang realizou vários lançamentos de mísseis de longo, médio e curto alcance desde o início do ano.
Após o quarto ensaio nuclear norte-coreano, a 6 de Janeiro, seguido, a 7 de Fevereiro, do lançamento de um ‘rocket’, considerado o ensaio disfarçado de um míssil de longo alcance, o Conselho de Segurança da ONU adoptou sanções mais pesadas a Pyongyang.
Já na semana passada, a 5 de Agosto, a Coreia do Norte disparou dois mísseis de médio alcance, um dos quais caiu a 250 quilómetros da costa japonesa e em águas da zona económica especial (ZEE), o mar patrimonial do Japão.
O primeiro impacto em 18 anos de um projéctil norte-coreano em águas da ZEE do Japão gerou fortes protestos de Tóquio, que considerou haver ameaça à segurança das suas actividades marítima e aeronáuticas.
Alguns dos testes realizados por Pyongyang nos últimos meses foram levados a cabo a partir de plataformas de lançamento móvel (TEL) que, no caso de serem desenvolvidas com êxito, ampliariam as suas capacidades de ataque ao dificultar a detecção dos projécteis.
 

11 Ago 2016

China suspende projecto nuclear após protestos

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]rotestos levaram o governo da cidade chinesa de Lianyungang a anunciar a suspensão do projecto nuclear de um consórcio que envolve uma empresa francesa, ligada a várias centrais na China, incluindo uma a menos de 70 quilómetros de Macau.
Milhares de pessoas protestaram em Lianyungang, contra a construção de uma central nuclear na zona, alegando preocupações de saúde, levando o governo local a afirmar que vai “suspender temporariamente” a escolha de uma localização para a central de reprocessamento de combustível nuclear.
A construção desta central foi acordada em 2012 entre o grupo francês Areva e a estatal chinesa China National Nuclear Corp (CNNC), sem que tivesse sido anunciada uma localização. No entanto, segundo a agência AFP, os residentes de Lianyungang consideram que a sua cidade é o candidato mais provável, já que está também a ser construída na zona, pela CNNC, uma grande central nuclear.
A China tem sido palco de vários protestos contra projectos nucleares, incluindo na província de Guangdong, em Hong Kong e em Macau, devido à central de Taishan, que fica a menos de 70 quilómetros de Macau.
Esta central foi também construída por um consórcio sino-francês, que integra a China Guangdong Nuclear Power (CGN) e a Électricité de France (EDF), da qual a Areva é subsidiária.
Fonte da CGN confirmou à Lusa que a fornecedora de tecnologia nuclear Areva é parceira das estatais chinesas nos dois projectos.
Em Abril, o portal FactWire noticiou que a Autoridade de Segurança Nuclear de França detectou excesso de carbono numa câmara de pressão de uma central francesa com reactores nucleares de terceira geração (EPR) – a mesma tecnologia da central de Taishan – indicando que estava demasiado frágil, o que pode causar uma potencial fuga radioactiva.
Engenheiros franceses disseram ao FactWire que a unidade 1 da central foi submetida a um grande número de testes e que, na melhor das hipóteses, só poderia entrar em funcionamento em 2018. Alertaram ainda que as autoridades chinesas têm vindo a pressionar para acelerar a construção, de modo a cumprir-se o calendário inicial.
Em Maio, Gao Ligang, CEO da CGN Power, negou as afirmações dos engenheiros em declarações ao jornal de Hong Kong South China Morning Post, afirmando que o recipiente de pressão dos reactores respeita todos os padrões de tecnologia e segurança e que o progresso da construção tem estado sob apertado escrutínio por parte da China.
Desde então multiplicaram-se os protestos contra a central de Taishan em toda a região. Em Julho, o Governo de Macau anunciou a criação de um mecanismo de troca permanente de informação com a região vizinha de Guangdong para acompanhar o funcionamento da central nuclear de Taishan, que, tudo indica, começará a operar em 2017.
Actualmente existem 34 reactores de energia nuclear a operar na China, 20 em construção, com novos trabalhos prestes a começar em mais um projecto, de acordo com a Associação Nuclear Mundial.

11 Ago 2016

Japão chama embaixador chinês devido a barcos em águas territoriais

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo japonês voltou ontem a protestar junto das autoridades chinesas por causa das incursões de barcos da China em águas territoriais do Japão, em torno das ilhas Diaoyu, administradas por Tóquio e disputadas por Pequim.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Fumio Kishida, convocou o embaixador chinês em Tóquio, Cheng Yonghua, a quem pediu explicações e a quem disse que as relações bilaterais se “deterioraram profundamente” devido às acções da China, disse o governante à comunicação social no final do encontro.
“Não podemos aceitar de nenhuma forma as acções unilaterais da China, porque aumentam a tensão na região”, disse o ministro.
Já o embaixador da China, citado pela agência japonesa Kyodo, disse que as Diaoyu são parte do território chinês.
O Japão já tinha apresentado no sábado um protesto às autoridades chinesas por ter detectado mais de 200 barcos da China perto das ilhas.
Segundo o Governo japonês, foram detectados 230 barcos de pesca e seis de patrulhas da guarda costeira da China na zona contígua às Diaoyu, um número maior do que o habitual.
Situadas a cerca de 150 quilómetros a noroeste de Taiwan, as ilhas são desabitadas e têm sete quilómetros quadrados de superfície no total.
A tensão e as disputas territoriais entre a China e o Japão têm aumentado por Pequim ter construído ilhas artificiais e instalações militares no Mar do Sul da China.
No início deste mês, o Japão manifestou a sua “profunda preocupação” com as “provocações” e “actividades unilaterais” da China na região, no seu relatório anual de Defesa.

10 Ago 2016

Comércio com PLP caiu 13,34%

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]comércio entre a China e os países de língua portuguesa caiu 13,34% entre Janeiro e Junho, face ao período homólogo de 2015, indicam dados oficiais ontem divulgados.
Segundo estatísticas dos Serviços da Alfândega da China, publicadas no portal do Fórum Macau, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa totalizaram 41,69 mil milhões de dólares nos primeiros seis meses do ano.
Pequim comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 28,75 mil milhões de dólares – mais 0,63% – e vendeu produtos no valor de 12,93 mil milhões de dólares – menos 33,78% que nos primeiros seis meses de 2015.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 30,93 mil milhões de dólares, valor que traduz uma queda de 9,65% em termos anuais homólogos.
As exportações da China para o Brasil atingiram 9,48 mil milhões de dólares, menos 36,43%, enquanto as importações chinesas totalizaram 21,45 mil milhões de dólares, uma subida de 11,02%.
Com Angola, o segundo parceiro comercial da China no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 31,29%, para 7,16 mil milhões de dólares.
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 729,8 milhões de dólares – menos 66,01% face aos primeiros seis meses de 2015 – e comprou mercadorias avaliadas em 6,43 mil milhões de dólares, menos 22,29%.
Com Portugal, terceiro parceiro da China no universo lusófono, o comércio bilateral ascendeu a 2,63 mil milhões de dólares– mais 22,55% –, numa balança comercial favorável a Pequim, que vendeu a Lisboa bens na ordem de 1,97 mil milhões de dólares – mais 39,31% – e comprou produtos avaliados em 658 milhões de dólares, menos 9,96%.
Em 2015, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,73%, atingindo 98,47 mil milhões de dólares (90,60 mil milhões de euros ao câmbio da altura), a primeira queda desde 2009.
Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações diplomáticas com Taiwan e não participar directamente no Fórum Macau.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau (Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa), que reúne a nível ministerial de três em três anos.
A próxima conferência ministerial – a quinta desde 2003 – realizar-se-á este ano, em Outubro.
 

10 Ago 2016

Tailândia | Amnistia “preocupada” com Direitos Humanos

Plyanut Kotsan, membro da Amnistia Internacional na Tailândia, alerta para uma perda de liberdades e garantias com a adopção de uma nova Constituição para o país

[dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ais de 60% dos eleitores tailandeses votaram a favor de uma nova Constituição para o país, mas do lado da Amnistia Internacional a preocupação continua a fazer-se sentir. Plyanut Kotsan, em representação da Amnistia em Banguecoque, disse ao HM que a protecção dos Direitos Humanos poderá estar em causa.
“O próximo Governo tailandês, seja ele qual for, poderá permitir uma deterioração séria do ambiente em termos de Direitos Humanos. Desde a ocupação do poder (pela Junta Militar) há quase dois anos, o Governo tem ultrapassado a protecção dos direitos com a introdução de leis e ordens repressivas. Muitos jornalistas, activistas e muitas outras pessoas enfrentam agora penas de prisão por lutarem pelos Direitos Humanos, ou por simplesmente exercitarem a sua liberdade de expressão. Gostaríamos que o próximo Governo revertesse esta terrível tendência retirando as acusações contra os que estão a ser injustamente acusados em tribunal e as leis repressivas.”
Para o responsável, essa deterioração das liberdades e garantias existe desde que a Junta Militar assumiu o poder, após a destituição da antiga primeira-ministra, Yingluck Shinawatra.
“Desde 2014 que a Junta Militar tem vindo a exercer a sua influência junto do sistema jurídico, com o reforço de operações policiais e outras funções governativas. A militarização das instituições tailandesas tem vindo a ter um impacto negativo em termos dos Direitos Humanos. Nos últimos dois anos, temos vindo a ver grandes restrições em termos de direitos e liberdades, com o recurso a tribunais militares para julgar civis, e uma elevada incidência de tortura e outras formas de abuso”, referiu Plyanut Kotsan, que lança ainda farpas à futura Constituição.
Esta deverá levar a uma “fraca protecção dos Direitos Humanos e vai perpetuar um papel predominante dos militares no Governo. Estamos verdadeiramente preocupados com a situação dos Direitos Humanos que se vai continuar a deteriorar no próximo Governo.”
Plyanut Kotsan defende que o turismo, a principal actividade económica do país, tem vindo a ser afectado pela instabilidade política, mas que, ainda assim, não têm sido registadas grandes quebras no número de visitantes. Importante mesmo é que “a comunidade internacional não deixe de dar atenção à questão dos Direitos Humanos”, concluiu.

10 Ago 2016

China | Milhares em protesto contra projecto nuclear franco-chinês

[dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ilhares de pessoas protestaram numa cidade do leste da China contra um projecto de construção de uma fábrica franco-chinesa de tratamento de resíduos nucleares, indicaram moradores à AFP.
Os residentes denunciaram uma repressão violenta por parte da polícia, que entretanto negou a acusação.
Os habitantes de Lianyungang, uma localidade situada 480 km a norte de Xangai, protestaram no fim de semana em frente de edifícios públicos.
“Eram vários milhares”, informou à AFP o funcionário de um hotel que pediu o anonimato.
Os manifestantes são contrários à proposta de construir no distrito uma fábrica de resíduos nucleares, temendo eventuais efeitos nocivos.
Outro habitante, Xu, descreveu “confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes”.
As redes sociais chinesas divulgaram fotos de uma grande multidão reunida na praça pública e cercada por centenas de policias.
As autoridades policiais locais negaram esta segunda-feira, através da internet, um “rumor” que apontava a morte de um dos manifestantes pela violência policial.
A francesa Areva assinou há um ano com o gigante nuclear chinês CNNC um protocolo de acordo no âmbito de um projecto de desenvolvimento de uma fábrica de tratamento e reciclagem de combustíveis usados na China, embora não tenha divulgado a sua localização.
Os moradores de Lianyungang, localidade portuária da província de Jiangsu, temem que a sua cidade seja a escolhida para sediar esta fábrica de tratamento, já que o grupo CNNC constrói actualmente uma nova central nuclear não muito longe dali.

9 Ago 2016

Pequim disposto a alcançar “entendimento” com o Vaticano

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m responsável pela igreja católica em Hong Kong disse que a China está disposta a alcançar um “entendimento” com o Vaticano, em torno das divergências sobre a nomeação de bispos.
A China e a Santa Sé não têm relações diplomáticas e a única igreja católica autorizada pelo Governo chinês, a Associação Católica Patriótica Chinesa (ACPC), é independente do Vaticano.
Oficialmente, existem cerca de 24 milhões de católicos na China, país mais populoso do mundo, com cerca de 1.375 milhões de habitantes.
A Santa Sé não tem relações diplomáticas com Pequim desde 1951, dois anos após a fundação da República Popular.
O bispo de Hong Kong, o cardeal John Tong, afirmou que estão a ser feitos progressos e defendeu o diálogo com a China.
“A igreja católica tem alcançado, gradualmente, a consideração do Governo chinês, que está agora disposto a chegar a entendimento com a Santa Sé na questão da escolha dos bispos para a igreja católica na China e a procurar um plano aceitável para ambas as partes”, afirmou Tang, numa carta pastoral publicada na quinta-feira, no ‘site’ oficial da diocese de Hong Kong.
Tong reconheceu que existem algumas reservas, mas que o Papa Francisco não aceitaria qualquer acordo susceptível de “ferir” a igreja.
Governada pelo Partido Comunista Chinês (PCC), cuja base teórica marxista promove o ateísmo e “métodos científicos”, a China mantém uma igreja católica “oficial”, controlada pela ACPC, que é na prática um organismo do Governo.
No entanto, existem na China igrejas clandestinas leais ao Vaticano.
A ACPC é responsável por escolher os bispos, enquanto o Vaticano insiste que esse é o seu direito.
Tong não detalhou se um acordo entre a China e o Vaticano estará perto, nem como funcionaria o novo mecanismo.
Tentativas anteriores de restabelecer relações falharam, perante a insistência de Pequim em que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan, que a China considera uma província separatista, e prometa não interferir nos assuntos religiosos do país.
Em Maio, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, afirmou que as relações entre a China e a igreja católica estão “numa fase positiva”.
Em Fevereiro, o papa enalteceu a China numa entrevista ao sinólogo italiano Francesco Sisci, num gesto visto como uma tentativa de aproximação ao país asiático.
“O mundo espera pela vossa sabedoria”, assinalou então o Papa, dirigindo-se ao povo e ao Presidente chinês, Xi Jinping.
 

8 Ago 2016

Hong Kong | Manifestação pela independência reúne mil pessoas

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma manifestação pela independência, a primeira com este objectivo, reuniu sexta-feira cerca de 1.000 pessoas em Hong Kong na presença de candidatos proibidos de concorrem às legislativas de Setembro por defenderem uma ruptura com a China, referiu a France-Presse.
As autoridades de Hong Kong consideram que as posições pró-independência são contrárias às leis em vigor nesta antiga colónia britânica, uma região administrativa especial chinesa e onde os sectores oposicionistas dizem detectar um reforço da autoridade de Pequim.
Cerca de 1.000 manifestantes de todas as idades reuniram-se na noite de sexta-feira num parque perto da sede do governo, alguns exibindo cartazes com a frase “Independência de Hong Kong”, referiu a agência noticiosa francesa.
Edward Leung, um dos cinco candidatos proibidos de participar nas eleições e líder do partido Hong Kong Indigenous, foi aplaudido pelos presentes durante o seu discurso.
“A soberania de Hong Kong não pertence a Xi Jinping [o Presidente chinês], não pertence às autoridades e não pertence ao governo de Hong Kong. Pertence ao povo de Hong Kong”, assinalou.
Segundo Satomi Cheng, uma manifestante de 49 anos, numerosos habitantes da cidade estão descontentes com a crescente influência da China.
“Dia após dia, os nossos direitos (…) são-nos retirados pelo governo de Hong Kong e o Governo chinês”, disse em declarações à France-Presse.
A ideia da independência é considerada ilegal pelas autoridades de Pequim e Hong Kong, e permanecia um tabu até à recente emergência de novos partidos que apelam a uma ruptura.
Estas formações foram criadas por iniciativa de jovens desiludidos com a “revolta dos guarda-chuvas”, uma mobilização pela democracia que agitou Hong Kong em 2014 mas fracassou na tentativa de obter concessões políticas da China.
A proibição dos candidatos favoráveis à independência provocou fortes protestos entre os seus apoiantes, mas Jasper Tang, presidente cessante da assembleia da cidade, defendeu em diversas ocasiões a legalidade da medida.
Desde 1997, que marcou o final do domínio britânico, que Hong Kong beneficia de um regime de “ampla autonomia” e teoricamente usufrui até 2047 de liberdades que não são aplicáveis no restante território da China.
 

8 Ago 2016

Novo Banco conclui venda do BESI à Haitong de Hong Kong

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]banco liderado por José Maria Ricciardi acaba de sair da órbita do Novo Banco, depois de todas as autorizações terem sido concedidas, a última das quais do regulador brasileiro, país onde o BESI tem uma subsidiária.
O BESI passará agora definitivamente para o universo do grupo chinês Haitong. A possibilidade de o BESI mudar a sede para Londres tem sido referenciada nos bastidores do mercado financeiro, mas não foi confirmado pelo banco português. 
“A venda à sociedade Haitong International Holdings Limited, sociedade constituída em Hong Kong, subsidiária integralmente detida pela Haitong Securities Co (uma sociedade cujas acções se encontram admitidas à negociação na Shanghai Stock Exchange e na Stock Exchange of Hong Kong Limited), da totalidade do capital social do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), pelo preço de 379 milhões de euros, na sequência da verificação de todas as condições necessárias para a concretização da operação”, diz o BESI em comunicado.
Não há ainda notícias sobre a futura designação do banco, embora seja expectável que o BESI abandone a referência ao nome da família Espírito Santo que remonta aos anteriores accionistas, antes da Medida de Resolução aplicada ao BES.
O BESI vai focar-se no papel de banco estratégico nas relações entre a Ásia e o Ocidente, tal como já foi noticiado pelo Económico anteriormente.
O business plan que está a ser desenhado no BESI prevê que daqui a três anos o capital atinja os 1,5 mil milhões de euros, o que poderá ocorrer através de várias operações (não estão excluídas aquisições).
José Maria Ricciardi revelou recentemente aos jornalistas em Londres que “o BESI vai ser um banco estratégico para o EMEA [Europa, Médio Oriente e África] e as Américas. “Será um banco que vai ter ainda mais capacidade para atrair investimento e criação de emprego para Portugal”.

8 Ago 2016

China | Outro activista condenado a sete anos de prisão

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m conhecido advogado e activista chinês foi ontem condenado a sete anos de prisão, por “subversão do poder do Estado”, como parte de uma campanha do Governo chinês contra advogados dos Direitos Humanos.
Zhou Shifeng era o editor do escritório de advogados Fengrui, que prestava serviços a vítimas de abusos sexuais, membros de grupos religiosos proibidos na China e dissidentes.
É o terceiro de quatro julgamentos que estão marcados para esta semana, na sequência da “campanha 709” – assim designado por ter ocorrido a 9 de Julho do ano passado – e que resultou na detenção de 200 pessoas.
Na terça-feira, o activista Zhai Yanmin foi sentenciado a três anos de pena suspensa, acusado de subversão, por acções como envergar cartazes e gritar palavras de ordem.
Na quarta-feira, Hu Shigen, um outro activista, foi condenado a sete anos e meio de prisão pelo mesmo crime.
Zhou assumiu-se culpado, perante um tribunal de Tianjin, no norte da China, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.
O julgamento decorreu sob forte vigilância policial, com vários polícias fardados ou vestidos à civil nas imediações do tribunal, segundo descreveu a agência France Presse.
As autoridades cortaram os acessos ao tribunal, até cerca de 300 metros de distância, e os jornalistas foram forçados a deixar o local.
Pequim insiste que os julgamentos em Tianjin são abertos, afirmando que mais de 40 políticos, professores de Direito, advogados e “cidadãos de todos os estratos sociais” estão presentes na sala do tribunal.
No entanto, os familiares dos detidos, particularmente as esposas, queixaram-se publicamente de terem sido constantemente vigiadas e de lhes ter sido negado o acesso ao caso.
Citado pela imprensa oficial, o tribunal argumentou que Zhou pediu, por duas vezes, que os seus familiares não comparecessem no tribunal, publicando uma fotografia de uma carta alegadamente escrita e assinada por este, à mão, e com a sua impressão digital.
“Tendo em consideração que os meus familiares são todos camponeses, que carecem de educação, a sua presença em tribunal não seria benéfica, nem para mim, nem para eles”, lê-se naquela nota.
Cerca de 12 advogados e activistas detidos na operação “campanha 709” permanecem sob custódia da polícia.
Durante a actual liderança do atual Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo sob académicos, advogados e jornalistas, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.

5 Ago 2016

Xinhua | Sistema antimíssil revela declínio dos EUA

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]sistema antimíssil norte-americano THAAD, que a Coreia do Sul concordou instalar, ameaça a China e a Rússia, reflectindo “a ansiedade dos EUA, perante o declínio da sua hegemonia global”, considerou ontem a agência oficial chinesa Xinhua.
A agência estatal chinesa assegura que o THAAD revela o “apetite insaciável de Washington pela hegemonia global e a sua fútil ansiedade, perante um inimigo imaginário, procedente de uma China em ascensão”.
Pequim e Moscovo criticaram o projecto, acusando-o de ter a “motivação oculta” de vigiar o armamento chinês e russo, apesar de Seul e Washington dizerem tratar-se apenas de uma resposta aos programas balístico e nuclear da Coreia do Norte.
“O THAAD pode ser utilizado para recolher dados de mísseis da China e Rússia, através de radar, controlando assim os nossos ensaios, o que permitirá aos Estados Unidos neutralizar estas ferramentas dissuasoras, colocando em perigo a segurança nacional” daqueles dois países, refere o artigo da Xinhua.
A agência levanta também dúvidas quanto à eficiência do escudo contra o armamento norte-coreano, já que o THAAD intercepta principalmente mísseis intercontinentais a grande altitude, quando o arsenal de Pyongyang inclui mísseis de curto alcance e armas convencionais, que poderiam escapar àquele sistema.
“Após anos a proclamar a falsa ‘ameaça chinesa’, Washington traz agora ameaças reais e estratégicas até às portas da China”, realça a agência.
A Coreia do Sul confirmou no mês passado os seus planos para instalar aquele sistema na zona de Seongju, a 300 quilómetros a sudeste de Seul. O sistema antimíssil deverá estar operacional em 2017.

5 Ago 2016

Tigre volta a atacar no zoológico de Pequim

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]zoológico de Pequim onde uma mulher foi morta por um tigre no final de Julho voltou a viver momentos de tensão, quando um dos felinos atacou um automóvel com turistas, não tendo causado feridos.
A cena passou-se no início desta semana e foi registado em vídeo pelos ocupantes do veículo, que colocaram as imagens na ‘internet’ (tinyurl.com/hk4ndx6), onde se vê um tigre siberiano branco a bloquear um carro.
Os turistas movem o veículo lentamente, para tentar afastar o animal, mas este arranca o pára-choques e leva-o consigo.
Os turistas assustaram o animal ao tocar a buzina e chegaram mesmo a abrir a porta, apesar de há poucas semanas uma mulher ter sido morta, no mesmo local, por um tigre.
A cena ocorreu durante uma discussão, quando uma das mulheres saiu do carro. Um tigre do zoológico atacou-a imediatamente e a outra mulher tentou intervir, sendo esta última também atacada por outro tigre, que a matou antes de levar o seu corpo.
As duas mulheres estavam acompanhadas de um homem, que assistiu à cena e tentou ajudá-las, e uma criança.
Os dois últimos não ficaram feridos, explicou a imprensa chinesa.
O Badaling Safari World permite aos visitantes que circulem pelo parque em automóvel, mas adverte que não é permitido sair das viaturas.

5 Ago 2016