Covid-19 | Hong Kong interdita entradas a não residentes oriundos da Coreia do Sul

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong vai proibir, a partir de terça-feira, a entrada a não residentes vindos da Coreia do Sul, onde o novo coronavírus Covid-19 fez já oito mortos e infectou 800 pessoas, anunciaram hoje as autoridades da região semi-autónoma da China.

“Tendo em conta o desenvolvimento do surto na Coreia do Sul, o gabinete de Segurança vai emitir um alerta vermelho para viajantes”, afirmou o secretário da Segurança de Hong Kong, John Lee, em conferência de imprensa. “Pedimos aos moradores de Hong Kong que evitem viagens desnecessárias”, aconselhou.

Os residentes em Hong Kong que retornem das duas áreas mais infectadas da Coreia do Sul, a cidade de Daegu e a província adjacente de Gyeongsang, serão ainda sujeitos a uma quarentena obrigatória de 14 dias.

Os viajantes que cheguem hoje à noite ao Aeroporto Internacional de Hong Kong, em quatro voos oriundos da Coreia do Sul, vão ser sujeitos a exames realizados por funcionários do Gabinete da Saúde, revelou a secretária de Educação e Saúde, Sophia Chan Siu-chee.

A Coreia do Sul elevou hoje o alerta de saúde pública para o nível mais alto, devido ao surto do coronavírus, após um aumento repentino no número de infeções. No domingo, o país registou quatro mortes e mais 169 casos – muitos relacionados com um grupo religioso.

Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou 2.592 mortos na China Continental e infectou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, de onde é originário o surto.

24 Fev 2020

Covid-19 | Hong Kong interdita entradas a não residentes oriundos da Coreia do Sul

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong vai proibir, a partir de terça-feira, a entrada a não residentes vindos da Coreia do Sul, onde o novo coronavírus Covid-19 fez já oito mortos e infectou 800 pessoas, anunciaram hoje as autoridades da região semi-autónoma da China.
“Tendo em conta o desenvolvimento do surto na Coreia do Sul, o gabinete de Segurança vai emitir um alerta vermelho para viajantes”, afirmou o secretário da Segurança de Hong Kong, John Lee, em conferência de imprensa. “Pedimos aos moradores de Hong Kong que evitem viagens desnecessárias”, aconselhou.
Os residentes em Hong Kong que retornem das duas áreas mais infectadas da Coreia do Sul, a cidade de Daegu e a província adjacente de Gyeongsang, serão ainda sujeitos a uma quarentena obrigatória de 14 dias.
Os viajantes que cheguem hoje à noite ao Aeroporto Internacional de Hong Kong, em quatro voos oriundos da Coreia do Sul, vão ser sujeitos a exames realizados por funcionários do Gabinete da Saúde, revelou a secretária de Educação e Saúde, Sophia Chan Siu-chee.
A Coreia do Sul elevou hoje o alerta de saúde pública para o nível mais alto, devido ao surto do coronavírus, após um aumento repentino no número de infeções. No domingo, o país registou quatro mortes e mais 169 casos – muitos relacionados com um grupo religioso.
Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou 2.592 mortos na China Continental e infectou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.
A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, de onde é originário o surto.

24 Fev 2020

Covid-19 | China adia o mais importante evento anual da sua agenda política

[dropcap]O[/dropcap] órgão máximo legislativo da China confirmou hoje o adiamento da sua sessão plenária, o mais importante evento anual da agenda política chinesa, numa altura em que o país enfrenta o surto do novo coronavírus Covid-19.

O Comité Permanente da 13.ª Assembleia Nacional Popular (ANP) aprovou uma proposta para adiar a sua sessão plenária, cujo início estava previsto para 5 de Março.

Durante a sessão anual, que dura 10 dias, os quase três mil deputados, oriundos de todo o país, e eleitos por cinco anos, a partir das assembleias das diferentes províncias, regiões autónomas, municípios, regiões administrativas especiais e das forças armadas do país, estão encarregues de aprovar projectos de lei, o relatório do Governo ou o orçamento de Estado.

Constitucionalmente, a ANP é o “supremo órgão do poder de Estado na China”, mas cerca de 70% dos deputados são membros do Partido Comunista Chinês (PCC).

O número de mortos devido ao Covid-19 subiu hoje para 2.592 na China continental, e foram reportados 409 novos infectados, fixando o total no país em 77.150.

24 Fev 2020

Covid-19 | China adia o mais importante evento anual da sua agenda política

[dropcap]O[/dropcap] órgão máximo legislativo da China confirmou hoje o adiamento da sua sessão plenária, o mais importante evento anual da agenda política chinesa, numa altura em que o país enfrenta o surto do novo coronavírus Covid-19.
O Comité Permanente da 13.ª Assembleia Nacional Popular (ANP) aprovou uma proposta para adiar a sua sessão plenária, cujo início estava previsto para 5 de Março.
Durante a sessão anual, que dura 10 dias, os quase três mil deputados, oriundos de todo o país, e eleitos por cinco anos, a partir das assembleias das diferentes províncias, regiões autónomas, municípios, regiões administrativas especiais e das forças armadas do país, estão encarregues de aprovar projectos de lei, o relatório do Governo ou o orçamento de Estado.
Constitucionalmente, a ANP é o “supremo órgão do poder de Estado na China”, mas cerca de 70% dos deputados são membros do Partido Comunista Chinês (PCC).
O número de mortos devido ao Covid-19 subiu hoje para 2.592 na China continental, e foram reportados 409 novos infectados, fixando o total no país em 77.150.

24 Fev 2020

Covid-19 | Marcelo Rebelo de Sousa diz que autoridades estão a fazer tudo para transferir português infectado no Japão

[dropcap]O[/dropcap] Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afastou hoje a possibilidade de fazer regressar ao país o português infectado com o novo coronavirus, e defendeu que as autoridades devem continuar a pressionar para encontrar uma solução.

“Aparentemente o que se diz é que primeiro é preciso ter a noção exacta da situação e tem de ser no Japão. Trazê-lo para Portugal podia ser uma temeridade para ele. Não vale a pena correr esse risco”, disse o Chefe de Estado, citado pela agência Lusa.

Para o Presidente da República, as autoridades portuguesas têm de “pressionar como têm feito permanentemente com diligências que permitam não apenas ir conhecendo melhor a situação como, se possível, tratar de uma eventual transferência para uma unidade hospitalar”.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a transferência para um hospital “seria naturalmente preferível porque é lá que se podem fazer análises, que noutros sítios é mais difícil”.

O Presidente disse que falou com a mulher do português doente no navio cruzeiro, e que ela compreendia “a situação em que não faz sentido nenhum trazer o marido para Portugal”.

“Sabe-se que tem de se respeitar o diálogo com as autoridades japonesas para uma eventual transferência para um hospital”, sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa relatou que a mulher tinha, entretanto, recebido informação da ministra da Saúde de que, terminada a noite no Japão, se tentaria fazer uma avaliação da situação para apurar se de facto haverá condições para a transferência para uma unidade hospitalar.

O Presidente indicou ainda que houve também contacto com o comandante do navio, e disse que compreende que a situação “deve ser muito complicada”, com tantos casos tão diferentes.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que as autoridades portuguesas estão a fazer os contactos todos para resolver os problemas apontados pelo português.

“Vamos ver como é que se gere, não é muito fácil. A situação é talvez das mais complicadas, um navio com tanta gente, uma unidade autónoma acostada a um território de um Estado que também tem de fazer a gestão do que se passa”, frisou. O Presidente assegurou ainda que Portugal não tem “notícia de mais nenhum caso até ao presente”.

As autoridade japonesas confirmaram hoje que o português Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, no Japão, deu teste positivo ao coronavírus Covid-19.

24 Fev 2020

Covid-19 | Marcelo Rebelo de Sousa diz que autoridades estão a fazer tudo para transferir português infectado no Japão

[dropcap]O[/dropcap] Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afastou hoje a possibilidade de fazer regressar ao país o português infectado com o novo coronavirus, e defendeu que as autoridades devem continuar a pressionar para encontrar uma solução.
“Aparentemente o que se diz é que primeiro é preciso ter a noção exacta da situação e tem de ser no Japão. Trazê-lo para Portugal podia ser uma temeridade para ele. Não vale a pena correr esse risco”, disse o Chefe de Estado, citado pela agência Lusa.
Para o Presidente da República, as autoridades portuguesas têm de “pressionar como têm feito permanentemente com diligências que permitam não apenas ir conhecendo melhor a situação como, se possível, tratar de uma eventual transferência para uma unidade hospitalar”.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a transferência para um hospital “seria naturalmente preferível porque é lá que se podem fazer análises, que noutros sítios é mais difícil”.
O Presidente disse que falou com a mulher do português doente no navio cruzeiro, e que ela compreendia “a situação em que não faz sentido nenhum trazer o marido para Portugal”.
“Sabe-se que tem de se respeitar o diálogo com as autoridades japonesas para uma eventual transferência para um hospital”, sublinhou.
Marcelo Rebelo de Sousa relatou que a mulher tinha, entretanto, recebido informação da ministra da Saúde de que, terminada a noite no Japão, se tentaria fazer uma avaliação da situação para apurar se de facto haverá condições para a transferência para uma unidade hospitalar.
O Presidente indicou ainda que houve também contacto com o comandante do navio, e disse que compreende que a situação “deve ser muito complicada”, com tantos casos tão diferentes.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que as autoridades portuguesas estão a fazer os contactos todos para resolver os problemas apontados pelo português.
“Vamos ver como é que se gere, não é muito fácil. A situação é talvez das mais complicadas, um navio com tanta gente, uma unidade autónoma acostada a um território de um Estado que também tem de fazer a gestão do que se passa”, frisou. O Presidente assegurou ainda que Portugal não tem “notícia de mais nenhum caso até ao presente”.
As autoridade japonesas confirmaram hoje que o português Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, no Japão, deu teste positivo ao coronavírus Covid-19.

24 Fev 2020

Covid-19 | Português infectado e retido em navio no Japão foi visto por um médico

[dropcap]O[/dropcap] português que está infectado com o novo coronavírus, retido no navio Diamond Princess, no Japão, foi visto hoje pelo médico do barco que o medicou para a febre, disse à Lusa a sua mulher Emmanuelle Maranhão.

“A situação dele tinha piorado hoje com mais febre e dor. Na sequência do agravamento do estado de saúde foi visto pelo médico do navio que lhe deu Ben-uron para a febre”. Contudo, o médico não soube dizer quando vai ser possível transferi-lo para um hospital”, avançou.

De acordo com Emmanuelle Maranhão, Adriano foi medicado e continua na cabine, sem previsão de transferência para uma unidade hospitalar.

No domingo, as autoridades japonesas confirmaram que o português Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, deu teste positivo ao coronavírus Covid-19, de acordo com fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Esta fonte disse que o ministério está a “insistir junto das autoridades locais para que se proceda à sua transferência para o hospital de referência”, no Japão.

Já em Portugal, deu negativo o resultado da análise ao cidadão português que está internado no Hospital de São João, no Porto, por suspeitas de infeção por novo Coronavírus (COVID-19), segundo uma nota da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Este é o 13.º caso suspeito de infecção com Covid-19 detetado em Portugal. Todos os 12 casos anteriores foram negativos.

24 Fev 2020

Covid-19 | Português infectado e retido em navio no Japão foi visto por um médico

[dropcap]O[/dropcap] português que está infectado com o novo coronavírus, retido no navio Diamond Princess, no Japão, foi visto hoje pelo médico do barco que o medicou para a febre, disse à Lusa a sua mulher Emmanuelle Maranhão.
“A situação dele tinha piorado hoje com mais febre e dor. Na sequência do agravamento do estado de saúde foi visto pelo médico do navio que lhe deu Ben-uron para a febre”. Contudo, o médico não soube dizer quando vai ser possível transferi-lo para um hospital”, avançou.
De acordo com Emmanuelle Maranhão, Adriano foi medicado e continua na cabine, sem previsão de transferência para uma unidade hospitalar.
No domingo, as autoridades japonesas confirmaram que o português Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, deu teste positivo ao coronavírus Covid-19, de acordo com fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Esta fonte disse que o ministério está a “insistir junto das autoridades locais para que se proceda à sua transferência para o hospital de referência”, no Japão.
Já em Portugal, deu negativo o resultado da análise ao cidadão português que está internado no Hospital de São João, no Porto, por suspeitas de infeção por novo Coronavírus (COVID-19), segundo uma nota da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Este é o 13.º caso suspeito de infecção com Covid-19 detetado em Portugal. Todos os 12 casos anteriores foram negativos.

24 Fev 2020

Covid-19 | Coreia do Sul anuncia mais duas mortes e 161 novos casos

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades da Coreia do Sul anunciaram hoje mais duas mortes e 161 novos casos de pessoas infectadas com o coronavírus Covid-19. Com esta atualização, o número de mortos subiu para sete e o de infectados para 763.

O presidente da Coreia do Sul colocou no domingo o país sob alerta máximo para doenças infecciosas, ordenando que as autoridades tomassem medidas “poderosas e sem precedentes” para conter o surto, que está a propagar-se rapidamente em torno da cidade de Daegu, no sudoeste do país.

Desde que foi detectado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou quase 2.500 mortes e infectou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afectada pela epidemia.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

O segundo país mais afetado é o Japão, com 769 casos (quatro dos quais mortais), incluindo pelo menos 364 no cruzeiro ‘Diamond Princess’ onde no sábado foi detetada a infeção de um cidadãos português.

Itália surge em quarto lugar dos países e territórios com mais casos, registando 132 casos de infecção por Covid-19, dois deles mortais.

24 Fev 2020

Covid-19 | Coreia do Sul anuncia mais duas mortes e 161 novos casos

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades da Coreia do Sul anunciaram hoje mais duas mortes e 161 novos casos de pessoas infectadas com o coronavírus Covid-19. Com esta atualização, o número de mortos subiu para sete e o de infectados para 763.
O presidente da Coreia do Sul colocou no domingo o país sob alerta máximo para doenças infecciosas, ordenando que as autoridades tomassem medidas “poderosas e sem precedentes” para conter o surto, que está a propagar-se rapidamente em torno da cidade de Daegu, no sudoeste do país.
Desde que foi detectado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou quase 2.500 mortes e infectou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.
A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afectada pela epidemia.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.
O segundo país mais afetado é o Japão, com 769 casos (quatro dos quais mortais), incluindo pelo menos 364 no cruzeiro ‘Diamond Princess’ onde no sábado foi detetada a infeção de um cidadãos português.
Itália surge em quarto lugar dos países e territórios com mais casos, registando 132 casos de infecção por Covid-19, dois deles mortais.

24 Fev 2020

Covid-19 | Kuwait e Bahrein registam primeiros casos

[dropcap]O[/dropcap] Kuwait e o emirato do Bahrein anunciaram hoje os primeiros casos de pessoas infectadas com o coronavírus Covid-19, indivíduos que regressaram do vizinho Irão, que registou 43 casos e oito mortes.

O Ministério da Saúde do Kuwait disse que três pessoas, que voltaram da cidade de Machhad, no nordeste do Irão, deram positivo no teste ao vírus.

Já as autoridades do Bahrein indicaram que um homem foi também diagnosticado com o novo coronavírus, que foi transportado para um hospital para tratamento, tendo sido convocados para realizarem exames aqueles que entraram em contacto com o indivíduo.

Muitos cidadãos árabes xiitas dos países do Golfo viajam frequentemente ao Irão, onde se deslocam em peregrinação aos locais sagrados xiitas do país.

O crescente número de casos de infeção no Irão, que se tornou o principal foco da epidemia na região, levou muitos países vizinhos a fecharem as fronteiras ou a restringirem o comércio com o país.

O Kuwait suspendeu voos, mas organizou operações para retirar os seus cidadãos do Irão, deixando também de acolher navios daquele país nos seus portos.

O número de mortos provocados pelo Covid-19 no Irão aumentou no domingo de cinco para oito, e o total de casos confirmados passou de 28 para 43, segundo anunciou igualmente domingo o porta-voz do Ministério da Saúde, Kianoush Jahanpour.

Na zona urbana de Teerão, onde vivem cerca de sete milhões de pessoas, é cada vez mais visível o número daqueles que andam de máscara e usam luvas, evitando o contacto físico.

Numa passagem por várias farmácias, a Lusa notou serem muitos os que compram máscaras.

O receio estende-se a vários setores. Nos hotéis, os trabalhadores das receções alertam os estrangeiros e nacionais para terem cuidado e evitarem o contacto físico e a Lusa confirmou que, nalguns hotéis da capital, já se contabilizam prejuízos devido à anulação de reservas.

O número de mortos devido ao coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.592 na China continental e foram reportados 409 novos infectados, quase todos na província de Hubei.

Segundo a atualização diária emitida pela Comissão Nacional de Saúde da China, 150 pessoas morreram até à meia-noite de hoje. Entre os novos casos, 398 foram reportados pela província de Hubei, onde várias cidades estão em quarentena desde 23 de janeiro, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.

O número de pacientes em todo o país fixou-se, no total, em 77.150. A Comissão Nacional de Saúde indicou que, no total, a China soma 9.915 casos graves de infeção, enquanto 24.734 pessoas já estão curadas e receberam alta.

A mesma fonte acrescentou que, até ao momento, 635.531 pessoas foram colocadas sob observação, após terem tido contacto próximo com os infetados, entre os quais 97.481 ainda estão a ser acompanhados.

Além dos mortos na China continental, morreram oito pessoas no Irão, quatro no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, sete na Coreia do Sul, três em Itália, uma nas Filipinas, uma em França, uma nos Estados Unidos e outra em Taiwan.

24 Fev 2020

Covid-19 | Kuwait e Bahrein registam primeiros casos

[dropcap]O[/dropcap] Kuwait e o emirato do Bahrein anunciaram hoje os primeiros casos de pessoas infectadas com o coronavírus Covid-19, indivíduos que regressaram do vizinho Irão, que registou 43 casos e oito mortes.
O Ministério da Saúde do Kuwait disse que três pessoas, que voltaram da cidade de Machhad, no nordeste do Irão, deram positivo no teste ao vírus.
Já as autoridades do Bahrein indicaram que um homem foi também diagnosticado com o novo coronavírus, que foi transportado para um hospital para tratamento, tendo sido convocados para realizarem exames aqueles que entraram em contacto com o indivíduo.
Muitos cidadãos árabes xiitas dos países do Golfo viajam frequentemente ao Irão, onde se deslocam em peregrinação aos locais sagrados xiitas do país.
O crescente número de casos de infeção no Irão, que se tornou o principal foco da epidemia na região, levou muitos países vizinhos a fecharem as fronteiras ou a restringirem o comércio com o país.
O Kuwait suspendeu voos, mas organizou operações para retirar os seus cidadãos do Irão, deixando também de acolher navios daquele país nos seus portos.
O número de mortos provocados pelo Covid-19 no Irão aumentou no domingo de cinco para oito, e o total de casos confirmados passou de 28 para 43, segundo anunciou igualmente domingo o porta-voz do Ministério da Saúde, Kianoush Jahanpour.
Na zona urbana de Teerão, onde vivem cerca de sete milhões de pessoas, é cada vez mais visível o número daqueles que andam de máscara e usam luvas, evitando o contacto físico.
Numa passagem por várias farmácias, a Lusa notou serem muitos os que compram máscaras.
O receio estende-se a vários setores. Nos hotéis, os trabalhadores das receções alertam os estrangeiros e nacionais para terem cuidado e evitarem o contacto físico e a Lusa confirmou que, nalguns hotéis da capital, já se contabilizam prejuízos devido à anulação de reservas.
O número de mortos devido ao coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.592 na China continental e foram reportados 409 novos infectados, quase todos na província de Hubei.
Segundo a atualização diária emitida pela Comissão Nacional de Saúde da China, 150 pessoas morreram até à meia-noite de hoje. Entre os novos casos, 398 foram reportados pela província de Hubei, onde várias cidades estão em quarentena desde 23 de janeiro, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.
O número de pacientes em todo o país fixou-se, no total, em 77.150. A Comissão Nacional de Saúde indicou que, no total, a China soma 9.915 casos graves de infeção, enquanto 24.734 pessoas já estão curadas e receberam alta.
A mesma fonte acrescentou que, até ao momento, 635.531 pessoas foram colocadas sob observação, após terem tido contacto próximo com os infetados, entre os quais 97.481 ainda estão a ser acompanhados.
Além dos mortos na China continental, morreram oito pessoas no Irão, quatro no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, sete na Coreia do Sul, três em Itália, uma nas Filipinas, uma em França, uma nos Estados Unidos e outra em Taiwan.

24 Fev 2020

Covid-19 | Número de mortos na China sobe para 2.592, maioria das províncias sem novos casos

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.592 na China continental e foram reportados 409 novos infectados, quase todos na província de Hubei, enquanto a maioria do país não contabilizou novos casos.

Segundo a atualização diária emitida pela Comissão Nacional de Saúde da China, 150 pessoas morreram até à meia-noite de hoje. Entre os novos casos, 398 foram reportados pela província de Hubei, onde várias cidades estão em quarentena desde 23 de janeiro, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.

O número de pacientes em todo o país fixou-se, no total, em 77.150. No entanto, apenas sete entre as 34 províncias e regiões autónomas da China continental reportaram novos casos diários.

A Comissão Nacional de Saúde indicou que, no total, a China soma 9.915 casos graves de infeção, enquanto 24.734 pessoas já estão curadas e receberam alta.

A mesma fonte acrescentou que, até ao momento, 635.531 pessoas foram colocadas sob observação, após terem tido contacto próximo com os infectados, entre os quais 97.481 ainda estão a ser acompanhados.

Além dos mortos na China continental, morreram oito pessoas no Irão, quatro no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, sete na Coreia do Sul, três em Itália, uma nas Filipinas, uma em França, uma nos Estados Unidos e outra em Taiwan.

24 Fev 2020

Covid-19 | Número de mortos na China sobe para 2.592, maioria das províncias sem novos casos

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.592 na China continental e foram reportados 409 novos infectados, quase todos na província de Hubei, enquanto a maioria do país não contabilizou novos casos.
Segundo a atualização diária emitida pela Comissão Nacional de Saúde da China, 150 pessoas morreram até à meia-noite de hoje. Entre os novos casos, 398 foram reportados pela província de Hubei, onde várias cidades estão em quarentena desde 23 de janeiro, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.
O número de pacientes em todo o país fixou-se, no total, em 77.150. No entanto, apenas sete entre as 34 províncias e regiões autónomas da China continental reportaram novos casos diários.
A Comissão Nacional de Saúde indicou que, no total, a China soma 9.915 casos graves de infeção, enquanto 24.734 pessoas já estão curadas e receberam alta.
A mesma fonte acrescentou que, até ao momento, 635.531 pessoas foram colocadas sob observação, após terem tido contacto próximo com os infectados, entre os quais 97.481 ainda estão a ser acompanhados.
Além dos mortos na China continental, morreram oito pessoas no Irão, quatro no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, sete na Coreia do Sul, três em Itália, uma nas Filipinas, uma em França, uma nos Estados Unidos e outra em Taiwan.

24 Fev 2020

Covid-19 | Itália regista 132 casos de contaminação

[dropcap]A[/dropcap]s infecções pelo novo coronavírus em quatro regiões do norte de Itália elevam-se a 132, depois de realizadas análises a cerca de 3.000 pessoas com sintomas suspeitos, informou ontem o presidente da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli.

O surto, que teve origem na China, já infectou mais de 78.000 pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afectados.

Em Itália, a maioria dos casos regista-se na Lombardia, com 89 infectados, seguida de Veneto, com 24 casos, dois dos quais na cidade de Veneza.

Em Piacenza, na região de Emilia Romanha, há nove casos confirmados, em Piemonte seis e na Lácio dois, neste caso turistas chineses. Duas pessoas morreram pela infecção por Covid-19 em Itália, uma na região de Veneto e outra na da Lombardia.

A Protecção Civil não conseguiu até ao momento determinar o “paciente zero”, o primeiro caso em território italiano, pelo que “é difícil prever a propagação” do vírus no país, explicou Borrelli.

O presidente da Lombardia, Attilio Fontana, fez eco destas informações afirmando, numa entrevista à SKYTV24, que os casos no norte de Itália já são “mais de 100” e pedindo ao governo central “controlos acrescidos nas fronteiras”.

Nesta região, a mais rica de Itália, todas as escolas e universidades vão estar encerradas na próxima semana e foi decretada a suspensão de todos os eventos públicos e atividades de caráter comercial.

A nível nacional, segundo o presidente da Protecção Civil, “há milhares de camas” disponíveis, depois de o exército ter disponibilizado 3.142 camas e a Força Aérea 1.750.

Cerco ao vírus

O governo colocou em quarentena 11 cidades da Lombardia e de Veneto para tentar conter o surto, área que totaliza cerca de 52.000 habitantes.

O principal foco do que as autoridades admitem poder ser um surto de Covid-19 autónomo, não-relacionado com a cidade chinesa de Wuhan onde surgiram os primeiros casos, é Codogno, uma localidade de 15.000 habitantes, muitos dos quais trabalham nos arredores de Milão, a capital da Lombardia.

O coronavírus Covid-19 surgiu em Dezembro em Hubei, no centro da China, país onde estão registados, a nível continental, 76.936 casos, 2.462 dos quais mortais.

24 Fev 2020

Covid-19 | Itália regista 132 casos de contaminação

[dropcap]A[/dropcap]s infecções pelo novo coronavírus em quatro regiões do norte de Itália elevam-se a 132, depois de realizadas análises a cerca de 3.000 pessoas com sintomas suspeitos, informou ontem o presidente da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli.
O surto, que teve origem na China, já infectou mais de 78.000 pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afectados.
Em Itália, a maioria dos casos regista-se na Lombardia, com 89 infectados, seguida de Veneto, com 24 casos, dois dos quais na cidade de Veneza.
Em Piacenza, na região de Emilia Romanha, há nove casos confirmados, em Piemonte seis e na Lácio dois, neste caso turistas chineses. Duas pessoas morreram pela infecção por Covid-19 em Itália, uma na região de Veneto e outra na da Lombardia.
A Protecção Civil não conseguiu até ao momento determinar o “paciente zero”, o primeiro caso em território italiano, pelo que “é difícil prever a propagação” do vírus no país, explicou Borrelli.
O presidente da Lombardia, Attilio Fontana, fez eco destas informações afirmando, numa entrevista à SKYTV24, que os casos no norte de Itália já são “mais de 100” e pedindo ao governo central “controlos acrescidos nas fronteiras”.
Nesta região, a mais rica de Itália, todas as escolas e universidades vão estar encerradas na próxima semana e foi decretada a suspensão de todos os eventos públicos e atividades de caráter comercial.
A nível nacional, segundo o presidente da Protecção Civil, “há milhares de camas” disponíveis, depois de o exército ter disponibilizado 3.142 camas e a Força Aérea 1.750.

Cerco ao vírus

O governo colocou em quarentena 11 cidades da Lombardia e de Veneto para tentar conter o surto, área que totaliza cerca de 52.000 habitantes.
O principal foco do que as autoridades admitem poder ser um surto de Covid-19 autónomo, não-relacionado com a cidade chinesa de Wuhan onde surgiram os primeiros casos, é Codogno, uma localidade de 15.000 habitantes, muitos dos quais trabalham nos arredores de Milão, a capital da Lombardia.
O coronavírus Covid-19 surgiu em Dezembro em Hubei, no centro da China, país onde estão registados, a nível continental, 76.936 casos, 2.462 dos quais mortais.

24 Fev 2020

Covid-19 | Português do navio em quarentena no Japão infectado

[dropcap]U[/dropcap]m português que é tripulante do navio Princess Cruises, atracado no porto de Yokohama (Japão) na sequência de 700 pessoas infectadas com Covid-19, foi diagnosticado “positivo” com o novo coronavírus. A notícia foi avançada este sábado pela esposa do homem, natural da Nazaré e posteriormente confirmada à SIC pelo autarca local.

Contactada pela Lusa, a directora-geral de Saúde, Graça Freitas, afirma que ainda está à espera de confirmação oficial, mas admitiu que recebeu informação do Japão na sexta-feira à noite a informar que a tripulação do navio tinha começado a ser testada no dia 20. “Estamos à espera de informação. Como é de noite agora no Japão, calculo que amanhã tenhamos informação concreta sobre os resultados”, afirmou.

O português, Adriano Maranhão, é, segundo a sua mulher, canalizador do navio e só foi testado há quatro dias, tendo sido colocado numa cabine em isolamento. Este é o primeiro caso diagnosticado de um português com Covid-19.

Segundo adiantou no sábado a esposa de Adriano Maranhão, Emmanuelle, o português “foi examinado pela primeira vez há dois dias”, após “terem desembarcado os passageiros”.

“Neste momento, está numa cabine, fechado, desde há 7 ou 8 horas, ou mais, sem apoio, sem medicação, sem tratamento, sem nenhum tipo de procedimento nem encaminhamento e sem comer sequer”, lamentou, à altura, Emmanuelle Maranhão, referindo que tem tentado contactar com o Governo, a embaixada, a empresa do navio, mas sem obter mais informações.

O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, é o maior foco de Covid-19 fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros, dois dos quais morreram. Na quarta-feira, as autoridades japonesas deram início à operação de desembarque dos passageiros saudáveis, findo o período de quarentena do navio, iniciado em 3 de Fevereiro, operação que terminou na sexta-feira.

Emmanuelle Maranhão lamenta a falta de apoio ao marido, referindo que “ainda não obteve resposta nenhuma” e que Adriano continua no quarto sem que ninguém lhe dê mais informações. “Um cidadão português que está infectado, está em serviço, está a cumprir as suas funções e está dentro desta confusão tem de ter um apoio”, afirmou, sublinhando que Adriano Maranhão “é pai de três filhos pequenos”.

Governo acompanha situação

O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou estar a acompanhar a situação, mas admitiu que não tem ainda informação das autoridades japonesas.

O ministério “está em contacto com as autoridades japonesas” através da embaixada em Tóquio, e está a acompanhar “a evolução dos resultados dos testes que vão sendo realizados”, avançou o gabinete do ministério em comunicado enviado à Lusa. “Não temos ainda informação da parte das autoridades japonesas de que haja algum caso confirmado de infecção com o coronavírus, entre os tripulantes portugueses do navio Diamond Princess”,

O ministério liderado por Augusto Santos Silva acrescentou ainda estar também a acompanhar “os tripulantes portugueses e respectivas famílias”.

De viva voz

Já ao fim da tarde de ontem, as autoridades japonesas confirmaram o caso do português infectado, relata a TSF, que falou com Adriano Maranhão.

“A embaixada já tem conhecimento do meu caso, já falou com as autoridades japonesas, já tem o comprovativo em como é positivo e a única coisa que me disseram foi que vão tentar tirar-me daqui para um hospital local o mais cedo possível”, explica à TSF.

O canalizador no Diamond Princess, ainda não sabe quando vai sair do navio e garante que não foi visto por nenhum médico nos últimos dias: “Não fui visto por ninguém. Telefonaram para a minha cabine a perguntar qual era o meu estado, se eu estava bem, se eu tinha medido a minha febre. Eu disse que sim, que não tinha febre nem sintomas. Não me disseram mais nada”, adiantou à estação de rádio portuguesa.

24 Fev 2020

Covid-19 | Português do navio em quarentena no Japão infectado

[dropcap]U[/dropcap]m português que é tripulante do navio Princess Cruises, atracado no porto de Yokohama (Japão) na sequência de 700 pessoas infectadas com Covid-19, foi diagnosticado “positivo” com o novo coronavírus. A notícia foi avançada este sábado pela esposa do homem, natural da Nazaré e posteriormente confirmada à SIC pelo autarca local.
Contactada pela Lusa, a directora-geral de Saúde, Graça Freitas, afirma que ainda está à espera de confirmação oficial, mas admitiu que recebeu informação do Japão na sexta-feira à noite a informar que a tripulação do navio tinha começado a ser testada no dia 20. “Estamos à espera de informação. Como é de noite agora no Japão, calculo que amanhã tenhamos informação concreta sobre os resultados”, afirmou.
O português, Adriano Maranhão, é, segundo a sua mulher, canalizador do navio e só foi testado há quatro dias, tendo sido colocado numa cabine em isolamento. Este é o primeiro caso diagnosticado de um português com Covid-19.
Segundo adiantou no sábado a esposa de Adriano Maranhão, Emmanuelle, o português “foi examinado pela primeira vez há dois dias”, após “terem desembarcado os passageiros”.
“Neste momento, está numa cabine, fechado, desde há 7 ou 8 horas, ou mais, sem apoio, sem medicação, sem tratamento, sem nenhum tipo de procedimento nem encaminhamento e sem comer sequer”, lamentou, à altura, Emmanuelle Maranhão, referindo que tem tentado contactar com o Governo, a embaixada, a empresa do navio, mas sem obter mais informações.
O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, é o maior foco de Covid-19 fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros, dois dos quais morreram. Na quarta-feira, as autoridades japonesas deram início à operação de desembarque dos passageiros saudáveis, findo o período de quarentena do navio, iniciado em 3 de Fevereiro, operação que terminou na sexta-feira.
Emmanuelle Maranhão lamenta a falta de apoio ao marido, referindo que “ainda não obteve resposta nenhuma” e que Adriano continua no quarto sem que ninguém lhe dê mais informações. “Um cidadão português que está infectado, está em serviço, está a cumprir as suas funções e está dentro desta confusão tem de ter um apoio”, afirmou, sublinhando que Adriano Maranhão “é pai de três filhos pequenos”.

Governo acompanha situação

O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou estar a acompanhar a situação, mas admitiu que não tem ainda informação das autoridades japonesas.
O ministério “está em contacto com as autoridades japonesas” através da embaixada em Tóquio, e está a acompanhar “a evolução dos resultados dos testes que vão sendo realizados”, avançou o gabinete do ministério em comunicado enviado à Lusa. “Não temos ainda informação da parte das autoridades japonesas de que haja algum caso confirmado de infecção com o coronavírus, entre os tripulantes portugueses do navio Diamond Princess”,
O ministério liderado por Augusto Santos Silva acrescentou ainda estar também a acompanhar “os tripulantes portugueses e respectivas famílias”.

De viva voz

Já ao fim da tarde de ontem, as autoridades japonesas confirmaram o caso do português infectado, relata a TSF, que falou com Adriano Maranhão.
“A embaixada já tem conhecimento do meu caso, já falou com as autoridades japonesas, já tem o comprovativo em como é positivo e a única coisa que me disseram foi que vão tentar tirar-me daqui para um hospital local o mais cedo possível”, explica à TSF.
O canalizador no Diamond Princess, ainda não sabe quando vai sair do navio e garante que não foi visto por nenhum médico nos últimos dias: “Não fui visto por ninguém. Telefonaram para a minha cabine a perguntar qual era o meu estado, se eu estava bem, se eu tinha medido a minha febre. Eu disse que sim, que não tinha febre nem sintomas. Não me disseram mais nada”, adiantou à estação de rádio portuguesa.

24 Fev 2020

Covid-19 | Número de mortos sobe para 2.442 na China continental

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos de coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.442 na China continental, com mais 97 vítimas mortais nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades. A Comissão de Saúde da China registou mais 648 novos casos de infeção para um total de 76.938.

Na província chinesa de Hubei, sobretudo na cidade de Wuhan, onde a epidemia surgiu em dezembro passado, foram registadas 96 novas mortes (menos dez do que no sábado) e mais 630 pessoas infectadas (264 mais) com o Covid-19.

Há um mês, as autoridades chinesas isolaram Wuhan e, em seguida várias cidades de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Mais de 80% dos casos confirmados na China continental encontram-se em Hubei, onde o número de mortos também é mais elevado do que no resto do país.

Além de 2.442 mortos na China continental, morreram seis pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França e uma em Taiwan.

Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), há mais de meia centena de casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

23 Fev 2020

Covid-19 | Número de mortos sobe para 2.442 na China continental

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos de coronavírus Covid-19 subiu hoje para 2.442 na China continental, com mais 97 vítimas mortais nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades. A Comissão de Saúde da China registou mais 648 novos casos de infeção para um total de 76.938.
Na província chinesa de Hubei, sobretudo na cidade de Wuhan, onde a epidemia surgiu em dezembro passado, foram registadas 96 novas mortes (menos dez do que no sábado) e mais 630 pessoas infectadas (264 mais) com o Covid-19.
Há um mês, as autoridades chinesas isolaram Wuhan e, em seguida várias cidades de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.
Mais de 80% dos casos confirmados na China continental encontram-se em Hubei, onde o número de mortos também é mais elevado do que no resto do país.
Além de 2.442 mortos na China continental, morreram seis pessoas no Irão, três no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França e uma em Taiwan.
Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), há mais de meia centena de casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

23 Fev 2020

Surto | China e ASEAN juntos no combate ao Covid-19

[dropcap]A[/dropcap] China e dez países do sudeste asiático concordaram ontem em fortalecer a colaboração para combater o novo coronavírus (Covid-19), que deixou mais de 2.100 mortos e mais de 74.000 infectados na China continental, epicentro da epidemia.

O anúncio foi feito através de uma declaração conjunta dos dez ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, após uma reunião especial na capital do Laos.

Os ministros comprometem-se a trocar informações e tecnologia para combater a epidemia.
Prometeram ainda visitas recíprocas de especialistas e a promoção da investigação de medicamentos e vacinas contra o coronavírus.

Também concordaram em combater a desinformação e as notícias falsas, além de ajudar os sectores económicos, especialmente as pequenas e médias empresas, afectados pela epidemia.

“A troca de comunicação entre a ASEAN e a China é essencial”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, num comunicado de imprensa separado, pedindo que uma linha directa seja estabelecida entre o bloco e Pequim.

Retno também observou a importância de aumentar a educação pública para evitar confusões sobre a epidemia.

Wang Yi agradeceu a ajuda de mais de 160 países e 30 organizações internacionais dada à China.
Alguns países da ASEAN, como Singapura, Vietname e Filipinas, proibiram a entrada de viajantes da China, enquanto a Malásia impôs restrições aos que chegavam da província chinesa de Hubei e o Vietname fechou parte da fronteira terrestre com a China.

No passado, Pequim descreveu essas medidas excessivas e lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou contra a restrição do tráfego internacional de passageiros.

A ASEAN é composta por Myanmar (Birmânia), Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.

21 Fev 2020

Surto | China e ASEAN juntos no combate ao Covid-19

[dropcap]A[/dropcap] China e dez países do sudeste asiático concordaram ontem em fortalecer a colaboração para combater o novo coronavírus (Covid-19), que deixou mais de 2.100 mortos e mais de 74.000 infectados na China continental, epicentro da epidemia.
O anúncio foi feito através de uma declaração conjunta dos dez ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, após uma reunião especial na capital do Laos.
Os ministros comprometem-se a trocar informações e tecnologia para combater a epidemia.
Prometeram ainda visitas recíprocas de especialistas e a promoção da investigação de medicamentos e vacinas contra o coronavírus.
Também concordaram em combater a desinformação e as notícias falsas, além de ajudar os sectores económicos, especialmente as pequenas e médias empresas, afectados pela epidemia.
“A troca de comunicação entre a ASEAN e a China é essencial”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, num comunicado de imprensa separado, pedindo que uma linha directa seja estabelecida entre o bloco e Pequim.
Retno também observou a importância de aumentar a educação pública para evitar confusões sobre a epidemia.
Wang Yi agradeceu a ajuda de mais de 160 países e 30 organizações internacionais dada à China.
Alguns países da ASEAN, como Singapura, Vietname e Filipinas, proibiram a entrada de viajantes da China, enquanto a Malásia impôs restrições aos que chegavam da província chinesa de Hubei e o Vietname fechou parte da fronteira terrestre com a China.
No passado, Pequim descreveu essas medidas excessivas e lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou contra a restrição do tráfego internacional de passageiros.
A ASEAN é composta por Myanmar (Birmânia), Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.

21 Fev 2020

Covid-19 | Psiquiatras alertam para deficiências no apoio psicológico a doentes na China

Li Duan e Gang Zhu, médicos do departamento de psiquiatria de um hospital universitário em Shenyang, alertam num artigo publicado na revista científica The Lancet para as deficiências actuais no apoio psicológico dado a pessoas infectadas com o novo coronavírus e aos seus familiares. Os dois especialistas defendem que faltam melhores estratégias, mais recursos humanos e que, muitas vezes, são médicos e enfermeiros que vestem a pele de psiquiatras

 

[dropcap]A[/dropcap]s pessoas infectadas com o Covid-19, nome dado ao novo coronavírus, não estão a receber o devido acompanhamento psicológico, quer quando estão doentes quer quando têm alta. O mesmo acontece aos seus familiares e demais pessoas relacionadas. A conclusão é de um estudo de dois médicos psiquiatras de um hospital universitário em Shenyang, Li Duan e Gang Zhu, publicado esta quarta-feira na revista científica The Lancet.

Em “Intervenções psicológicas em pessoas afectadas pela epidemia do Covid-19”, os dois autores descrevem que existem directrizes para esta epidemia que, na prática, acabam por não funcionar como seria esperado.

“A Comissão de Saúde Nacional emitiu directrizes para a intervenção em crises psicológicas de emergência em pessoas afectadas pelo Covid-19. As instituições médicas e universidades em toda a China abriram plataformas online para providenciar aconselhamento psicológico para os pacientes, familiares e outras pessoas afectadas pela epidemia.”

No entanto, “as necessidades de saúde mental que os pacientes diagnosticados com o Covid-19, pacientes com suspeita de infecção, familiares que estão de quarentena ou pessoal médico não estão a ser devidamente asseguradas”. No artigo, lê-se mesmo que “a organização e a gestão de modelos de intervenção na China devem ser melhorados”.

Os autores começam por apontar falhas de comunicação na implementação de uma estratégia global de apoio psicológico. “É dada pouca atenção à implementação prática das intervenções. O planeamento geral não é adequado. Quando se dá uma crise, não há uma autoridade que crie e planeie as actividades de intervenção psicológica em diferentes regiões e departamentos subordinados.”

Os autores descrevem ainda que “a maior parte dos departamentos médicos começaram as suas actividades de intervenção psicológica sem falarem entre si, desperdiçando recursos na área da saúde mental e falhando com os pacientes no que diz respeito à falta de um diagnosticado atribuído em tempo útil e um pobre acompanhamento dos tratamento e avaliações”.

Faltam profissionais

Esta não é a primeira vez que as autoridades chinesas criam directrizes para o reforço da saúde mental em situações de crise, como é o caso das epidemias. Aconteceu em 2004, lê-se no artigo, e essas directrizes “tiveram bons resultados” nas alturas da SARS, por exemplo. No entanto, não só estas práticas são recentes no país, como falham na prática. “A organização e a gestão das actividades de intervenção psicológica contêm vários problemas.”

Outro problema apontado no tratamento psicológico prende-se com o facto de muitos dos infectados não receberem o devido acompanhamento após a alta. “A cooperação entre os serviços médicos e as instituições de saúde mental em algumas províncias e cidades da China têm estado separados. Depois da avaliação feita aos indivíduos afectados pela epidemia, os pacientes não são acompanhados de acordo com a severidade da sua condição e existem dificuldades por parte dos departamentos ou profissionais apropriados para que haja um diagnóstico razoável e feito em tempo útil.”

Neste sentido, “depois da resolução da infecção, os pacientes não podem ser transferidos do hospital para uma instituição para continuarem a receber tratamento psicológico.”

Os dois médicos descrevem ainda um panorama em que há falta de profissionais na área da saúde mental nas equipas que lidam com os doentes infectados pelo Covid-19. “Devido à falta de profissionais, a criação de equipas de intervenção psicológica em muitas áreas não é possível. As equipas consistem apenas em conselheiros psicológicos, enfermeiros, voluntários ou professores com cursos na área da psicologia ou outras relacionadas, sem experiência profissional como psiquiatras ou psicólogos.”

Além da falta de recursos humanos, coloca-se a questão das medidas preventivas obrigarem ao afastamento das zonas de internamento do pessoal médico que não é estritamente necessário.

“Com restritas medidas de combate à infecção, pessoal não necessário como psiquiatras, trabalhadores sociais na área da saúde mental ou psicólogos são fortemente desencorajados a entrar em zonas de isolamento para doentes do Covid-19. Dessa forma, os trabalhadores da linha da frente tornaram-se aqueles que providenciam apoio psicológico aos doentes nos hospitais.”

No entanto, e “devido aos procedimentos de trabalho complicados, horários sobrecarregados e falta de formação padronizada em psiquiatria ou em psicologia clínica, os profissionais de saúde nem sempre sabem como mitigar situações de stress psicológico”, alertam os autores do artigo.

Neste sentido, o ideal seria que, nesta crise causada pelo Covid-19, existisse uma “equipa com profissionais de saúde mental”, por ser “a base para lidar com stress emocional e outras desordens mentais causadas pela epidemia e outras emergências de saúde pública”.

Novas estratégias precisam-se

O artigo publicado na The Lancet cita os dados mais recentes do pessoal formado na área da saúde mental na China. O Plano Nacional de Saúde Mental, pensado para os anos de 2015 a 2020, fala da existência de 57.591 enfermeiras na área da psiquiatria, 27.733 psiquiatras (o que perfaz uma média de um psiquiatra para 100 mil pessoas), e mais de cinco mil psicoterapeutas, números relativos a 2015. No ano de 2017, o número de psiquiatras aumentou para 33.400, tendo-se verificado um aumento crescente de enfermeiros, trabalhadores sociais e conselheiros psicológicos.

Ainda assim, “os números continuam a ser insuficientes para as necessidades dos pacientes com doenças mentais”. Nesse sentido, alertam os dois médicos, “a formação de mais profissionais na área da saúde mental, em diferentes níveis, por parte do Governo chinês é absolutamente necessária”.

Li Duan e Gang Zhu deixam as suas sugestões para a resolução do problema. “A situação pode ser resolvida com a implementação de políticas relevantes, o reforço da formação profissional, uma optimização de medidas de organização e gestão e uma revisão constante das experiências e práticas.”

Os últimos dados apontam para alguma estabilidade na ocorrência de novos casos de infecção na China, mas o número de mortes aumenta diariamente no país. Os dois médicos alertam para o facto de, à medida que a crise epidémica continua, ser necessário desenvolver novos tipos de respostas.

“Com a progressão da doença, os sintomas clínicos tornaram-se mais graves e os problemas psicológicos em pacientes infectados irão mudar, então, as medidas de intervenção psicológica deveriam ser orientadas e re-adaptadas.”

Isto porque “estudos mostraram que os indivíduos que vivenciaram situações de emergência de saúde pública têm graus variados de stress, mesmo depois do fim do acontecimento, ou mesmo que tenham sido curados e que já tenham tido alta, o que indica que estas pessoas não devem ser ignoradas”.

Para os autores, “o planeamento das intervenções psicológicas na China é, por norma, feito de forma passiva”, uma vez que “poucas medidas preventivas são implementadas antes da ocorrência de questões psicológicas sérias causadas por situações de emergência”. A crise epidémica causada pelo novo coronavírus “revelou muitos problemas com a provisão da intervenção psicológica na China”, rematam os autores.

21 Fev 2020

Covid-19 | Psiquiatras alertam para deficiências no apoio psicológico a doentes na China

Li Duan e Gang Zhu, médicos do departamento de psiquiatria de um hospital universitário em Shenyang, alertam num artigo publicado na revista científica The Lancet para as deficiências actuais no apoio psicológico dado a pessoas infectadas com o novo coronavírus e aos seus familiares. Os dois especialistas defendem que faltam melhores estratégias, mais recursos humanos e que, muitas vezes, são médicos e enfermeiros que vestem a pele de psiquiatras

 
[dropcap]A[/dropcap]s pessoas infectadas com o Covid-19, nome dado ao novo coronavírus, não estão a receber o devido acompanhamento psicológico, quer quando estão doentes quer quando têm alta. O mesmo acontece aos seus familiares e demais pessoas relacionadas. A conclusão é de um estudo de dois médicos psiquiatras de um hospital universitário em Shenyang, Li Duan e Gang Zhu, publicado esta quarta-feira na revista científica The Lancet.
Em “Intervenções psicológicas em pessoas afectadas pela epidemia do Covid-19”, os dois autores descrevem que existem directrizes para esta epidemia que, na prática, acabam por não funcionar como seria esperado.
“A Comissão de Saúde Nacional emitiu directrizes para a intervenção em crises psicológicas de emergência em pessoas afectadas pelo Covid-19. As instituições médicas e universidades em toda a China abriram plataformas online para providenciar aconselhamento psicológico para os pacientes, familiares e outras pessoas afectadas pela epidemia.”
No entanto, “as necessidades de saúde mental que os pacientes diagnosticados com o Covid-19, pacientes com suspeita de infecção, familiares que estão de quarentena ou pessoal médico não estão a ser devidamente asseguradas”. No artigo, lê-se mesmo que “a organização e a gestão de modelos de intervenção na China devem ser melhorados”.
Os autores começam por apontar falhas de comunicação na implementação de uma estratégia global de apoio psicológico. “É dada pouca atenção à implementação prática das intervenções. O planeamento geral não é adequado. Quando se dá uma crise, não há uma autoridade que crie e planeie as actividades de intervenção psicológica em diferentes regiões e departamentos subordinados.”
Os autores descrevem ainda que “a maior parte dos departamentos médicos começaram as suas actividades de intervenção psicológica sem falarem entre si, desperdiçando recursos na área da saúde mental e falhando com os pacientes no que diz respeito à falta de um diagnosticado atribuído em tempo útil e um pobre acompanhamento dos tratamento e avaliações”.

Faltam profissionais

Esta não é a primeira vez que as autoridades chinesas criam directrizes para o reforço da saúde mental em situações de crise, como é o caso das epidemias. Aconteceu em 2004, lê-se no artigo, e essas directrizes “tiveram bons resultados” nas alturas da SARS, por exemplo. No entanto, não só estas práticas são recentes no país, como falham na prática. “A organização e a gestão das actividades de intervenção psicológica contêm vários problemas.”
Outro problema apontado no tratamento psicológico prende-se com o facto de muitos dos infectados não receberem o devido acompanhamento após a alta. “A cooperação entre os serviços médicos e as instituições de saúde mental em algumas províncias e cidades da China têm estado separados. Depois da avaliação feita aos indivíduos afectados pela epidemia, os pacientes não são acompanhados de acordo com a severidade da sua condição e existem dificuldades por parte dos departamentos ou profissionais apropriados para que haja um diagnóstico razoável e feito em tempo útil.”
Neste sentido, “depois da resolução da infecção, os pacientes não podem ser transferidos do hospital para uma instituição para continuarem a receber tratamento psicológico.”
Os dois médicos descrevem ainda um panorama em que há falta de profissionais na área da saúde mental nas equipas que lidam com os doentes infectados pelo Covid-19. “Devido à falta de profissionais, a criação de equipas de intervenção psicológica em muitas áreas não é possível. As equipas consistem apenas em conselheiros psicológicos, enfermeiros, voluntários ou professores com cursos na área da psicologia ou outras relacionadas, sem experiência profissional como psiquiatras ou psicólogos.”
Além da falta de recursos humanos, coloca-se a questão das medidas preventivas obrigarem ao afastamento das zonas de internamento do pessoal médico que não é estritamente necessário.
“Com restritas medidas de combate à infecção, pessoal não necessário como psiquiatras, trabalhadores sociais na área da saúde mental ou psicólogos são fortemente desencorajados a entrar em zonas de isolamento para doentes do Covid-19. Dessa forma, os trabalhadores da linha da frente tornaram-se aqueles que providenciam apoio psicológico aos doentes nos hospitais.”
No entanto, e “devido aos procedimentos de trabalho complicados, horários sobrecarregados e falta de formação padronizada em psiquiatria ou em psicologia clínica, os profissionais de saúde nem sempre sabem como mitigar situações de stress psicológico”, alertam os autores do artigo.
Neste sentido, o ideal seria que, nesta crise causada pelo Covid-19, existisse uma “equipa com profissionais de saúde mental”, por ser “a base para lidar com stress emocional e outras desordens mentais causadas pela epidemia e outras emergências de saúde pública”.

Novas estratégias precisam-se

O artigo publicado na The Lancet cita os dados mais recentes do pessoal formado na área da saúde mental na China. O Plano Nacional de Saúde Mental, pensado para os anos de 2015 a 2020, fala da existência de 57.591 enfermeiras na área da psiquiatria, 27.733 psiquiatras (o que perfaz uma média de um psiquiatra para 100 mil pessoas), e mais de cinco mil psicoterapeutas, números relativos a 2015. No ano de 2017, o número de psiquiatras aumentou para 33.400, tendo-se verificado um aumento crescente de enfermeiros, trabalhadores sociais e conselheiros psicológicos.
Ainda assim, “os números continuam a ser insuficientes para as necessidades dos pacientes com doenças mentais”. Nesse sentido, alertam os dois médicos, “a formação de mais profissionais na área da saúde mental, em diferentes níveis, por parte do Governo chinês é absolutamente necessária”.
Li Duan e Gang Zhu deixam as suas sugestões para a resolução do problema. “A situação pode ser resolvida com a implementação de políticas relevantes, o reforço da formação profissional, uma optimização de medidas de organização e gestão e uma revisão constante das experiências e práticas.”
Os últimos dados apontam para alguma estabilidade na ocorrência de novos casos de infecção na China, mas o número de mortes aumenta diariamente no país. Os dois médicos alertam para o facto de, à medida que a crise epidémica continua, ser necessário desenvolver novos tipos de respostas.
“Com a progressão da doença, os sintomas clínicos tornaram-se mais graves e os problemas psicológicos em pacientes infectados irão mudar, então, as medidas de intervenção psicológica deveriam ser orientadas e re-adaptadas.”
Isto porque “estudos mostraram que os indivíduos que vivenciaram situações de emergência de saúde pública têm graus variados de stress, mesmo depois do fim do acontecimento, ou mesmo que tenham sido curados e que já tenham tido alta, o que indica que estas pessoas não devem ser ignoradas”.
Para os autores, “o planeamento das intervenções psicológicas na China é, por norma, feito de forma passiva”, uma vez que “poucas medidas preventivas são implementadas antes da ocorrência de questões psicológicas sérias causadas por situações de emergência”. A crise epidémica causada pelo novo coronavírus “revelou muitos problemas com a provisão da intervenção psicológica na China”, rematam os autores.

21 Fev 2020