Covid-19 | Estadia em Portugal de pessoas que vêm de áreas afectadas sem restrições, diz DGS

[dropcap]A[/dropcap] Direcção-Geral da Saúde (DGS) informou hoje que não existem restrições à estadia em Portugal de crianças, jovens e adultos que regressem de uma área de transmissão activa do novo coronavírus (Covid-19), mas faz recomendações.

Numa nota publicada na sua página da Internet, a DGS sublinha que não há restrições para quem regresse de área com transmissão comunitária ativa do novo coronavírus como o Norte de Itália, China, Coreia do Sul, Singapura, Japão ou Irão.

No entanto, a DGS aconselha que durante 14 dias essas pessoas estejam atentas ao aparecimento de febre, tosse ou dificuldade respiratória, devendo medir a temperatura corporal duas vezes por dia e registar os valores.

Aconselha também a verificarem se alguma das pessoas com quem convivem de perto, desenvolvem sintomas (febre, tosse ou dificuldade respiratória) e caso apareça algum dos sintomas referidos (no próprio ou nos seus conviventes), não devem deslocar-se de imediato aos serviços de saúde.

A DGS recomenda também as pessoas a ligarem para o número da Linha Saúde 24 (800 24 24 24) e a seguir as orientações indicadas.

“Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos e reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos ou as refeições, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas”, são outras recomendações da DGS.

As pessoas devem também, segundo a DGS, usar em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool, usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar, deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida e tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos.

A DGS recomenda ainda evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias, permanecer em locais fechados e muito frequentados nos 14 dias após o regresso e evitar o contacto físico com outras pessoas.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

27 Fev 2020

Covid-19 | Estadia em Portugal de pessoas que vêm de áreas afectadas sem restrições, diz DGS

[dropcap]A[/dropcap] Direcção-Geral da Saúde (DGS) informou hoje que não existem restrições à estadia em Portugal de crianças, jovens e adultos que regressem de uma área de transmissão activa do novo coronavírus (Covid-19), mas faz recomendações.
Numa nota publicada na sua página da Internet, a DGS sublinha que não há restrições para quem regresse de área com transmissão comunitária ativa do novo coronavírus como o Norte de Itália, China, Coreia do Sul, Singapura, Japão ou Irão.
No entanto, a DGS aconselha que durante 14 dias essas pessoas estejam atentas ao aparecimento de febre, tosse ou dificuldade respiratória, devendo medir a temperatura corporal duas vezes por dia e registar os valores.
Aconselha também a verificarem se alguma das pessoas com quem convivem de perto, desenvolvem sintomas (febre, tosse ou dificuldade respiratória) e caso apareça algum dos sintomas referidos (no próprio ou nos seus conviventes), não devem deslocar-se de imediato aos serviços de saúde.
A DGS recomenda também as pessoas a ligarem para o número da Linha Saúde 24 (800 24 24 24) e a seguir as orientações indicadas.
“Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos e reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos ou as refeições, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas”, são outras recomendações da DGS.
As pessoas devem também, segundo a DGS, usar em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool, usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar, deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida e tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos.
A DGS recomenda ainda evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias, permanecer em locais fechados e muito frequentados nos 14 dias após o regresso e evitar o contacto físico com outras pessoas.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

27 Fev 2020

Covid-19 | Dinamarca regista primeiro caso, homem regressara do norte de Itália

[dropcap]A[/dropcap] Dinamarca anunciou hoje o primeiro caso de contaminação com o novo coronavírus, um homem que regressou do norte da Itália, um caso que as autoridades dizem não ser grave.

“O homem voltou de umas férias de esqui na Lombardia com sua mulher e filho na segunda-feira, 24 de fevereiro, [e] sofreu desde então de tosse e febre (…). O homem foi testado positivo, mas os resultados dos testes da mulher e filho são negativos”, informou a agência de saúde pública dinamarquesa em comunicado.

O indivíduo voltou para casa, onde está confinado com a família, mantendo contacto diário com um hospital em Roskilde, a leste de Copenhague. Segundo a televisão pública TV2, trata-se de um dos seus funcionários.

As autoridades de saúde do país, que atualmente não planeiam controlar os viajantes que entram no país, disseram na terça-feira que “a probabilidade de casos importados para a Dinamarca aumentou (…), mas que o risco de infeção [devia] ainda assim ser considerado baixo”.

As autoridades apelaram às pessoas que regressem da China, de partes da Itália (Emília-Romanha, Lombardia, Piemonte e Vêneto), Irão, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong e Singapura, e apresentem sintomas do vírus, a entrarem em contacto com o centro de saúde, de forma a ser garantido o seu reencaminhamento para um serviço que providencie o teste e respetivo tratamento.

Seis hospitais no país de 5,8 milhões de habitantes foram designados pelas autoridades de saúde como susceptíveis de acomodar pessoas infectadas pelo vírus. O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

27 Fev 2020

Covid-19 | Dinamarca regista primeiro caso, homem regressara do norte de Itália

[dropcap]A[/dropcap] Dinamarca anunciou hoje o primeiro caso de contaminação com o novo coronavírus, um homem que regressou do norte da Itália, um caso que as autoridades dizem não ser grave.
“O homem voltou de umas férias de esqui na Lombardia com sua mulher e filho na segunda-feira, 24 de fevereiro, [e] sofreu desde então de tosse e febre (…). O homem foi testado positivo, mas os resultados dos testes da mulher e filho são negativos”, informou a agência de saúde pública dinamarquesa em comunicado.
O indivíduo voltou para casa, onde está confinado com a família, mantendo contacto diário com um hospital em Roskilde, a leste de Copenhague. Segundo a televisão pública TV2, trata-se de um dos seus funcionários.
As autoridades de saúde do país, que atualmente não planeiam controlar os viajantes que entram no país, disseram na terça-feira que “a probabilidade de casos importados para a Dinamarca aumentou (…), mas que o risco de infeção [devia] ainda assim ser considerado baixo”.
As autoridades apelaram às pessoas que regressem da China, de partes da Itália (Emília-Romanha, Lombardia, Piemonte e Vêneto), Irão, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong e Singapura, e apresentem sintomas do vírus, a entrarem em contacto com o centro de saúde, de forma a ser garantido o seu reencaminhamento para um serviço que providencie o teste e respetivo tratamento.
Seis hospitais no país de 5,8 milhões de habitantes foram designados pelas autoridades de saúde como susceptíveis de acomodar pessoas infectadas pelo vírus. O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

27 Fev 2020

Covid-19 | China espera ter epidemia sob controlo no final de Abril

[dropcap]A[/dropcap] China espera ter o surto do cornavírus Covid-19 sob controlo no final de Abril, disse hoje o chefe da equipa de médicos especialistas da Comissão Nacional de Saúde da China, o pneumologista Zhong Nanshan. “A China está confiante de que vai controlar o surto, em termos gerais, até ao final de Abril”, disse Zhong, numa conferência de imprensa, em Cantão, a capital da província de Guangdong.

O médico garantiu que, “embora tenha havido um grande surto em Wuhan, a doença não se espalhou de forma maciça em outras cidades”.

O especialista em doenças respiratórias disse que o número de casos na China começou a diminuir após 15 de Fevereiro “devido à forte intervenção do Estado” e aos “cancelamentos de viagens após as férias do Ano Novo Lunar”, entre 24 e 30 de Janeiro, mas que foram prolongadas para evitar a propagação da doença.

Segundo os dados atualizados pela Comissão Nacional de Saúde da China, até à meia-noite de hoje, a China somava um total de 2.744 mortos e 78.497 casos confirmados.

Entre os casos confirmados, 43.258 ainda estão ativos e 8.346 encontram-se em estado grave. Mais de 32.400 pessoas já receberam alta após superarem a doença.

Zhong disse que as previsões de alguns especialistas estrangeiros, que estimaram que o número de casos na China ia atingir os 160.000, “não tiveram em conta a intervenção do Governo chinês”.

“A nossa equipa previu que o número de pacientes atingisse cerca de 70.000. Apresentamos esses números a uma publicação internacional, mas não foi aceite”, afirmou.

Zhong disse que a China deve agora “cooperar e partilhar a sua experiência com outros países”, face ao rápido aumento de casos na Coreia do Sul, Itália ou Irão.

O epidemiologista disse ainda que, embora a epidemia tenha começado no país asiático, o primeiro caso de coronavírus pode não ter ocorrido na China.

“Quando fizemos as nossas primeiras previsões, pensamos apenas na China e não em outros países. Mas vemos que surtos estão a ocorrer em outros países. Embora o surto tenha começado na China, isto não significa necessariamente que a China seja a fonte da doença”, disse.

As autoridades de saúde chinesas colocaram sob observação 652.000 pessoas, após terem tido contacto próximo com os infectados. Mais de 71.000 ainda estão a ser acompanhados.

Na província de Hubei, o epicentro da epidemia, que acumula 84% dos casos e 96% das mortes, o número de novos casos ascendeu hoje a 409, ao mesmo tempo que morreram 26 pessoas, a maioria em Wuhan, capital da província.

Embora mais de trinta países tenham casos diagnosticados com Covid-19, a China soma 95% dos casos de infeção pelo novo coronavírus a nível mundial.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

Além de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

27 Fev 2020

Covid-19 | China espera ter epidemia sob controlo no final de Abril

[dropcap]A[/dropcap] China espera ter o surto do cornavírus Covid-19 sob controlo no final de Abril, disse hoje o chefe da equipa de médicos especialistas da Comissão Nacional de Saúde da China, o pneumologista Zhong Nanshan. “A China está confiante de que vai controlar o surto, em termos gerais, até ao final de Abril”, disse Zhong, numa conferência de imprensa, em Cantão, a capital da província de Guangdong.
O médico garantiu que, “embora tenha havido um grande surto em Wuhan, a doença não se espalhou de forma maciça em outras cidades”.
O especialista em doenças respiratórias disse que o número de casos na China começou a diminuir após 15 de Fevereiro “devido à forte intervenção do Estado” e aos “cancelamentos de viagens após as férias do Ano Novo Lunar”, entre 24 e 30 de Janeiro, mas que foram prolongadas para evitar a propagação da doença.
Segundo os dados atualizados pela Comissão Nacional de Saúde da China, até à meia-noite de hoje, a China somava um total de 2.744 mortos e 78.497 casos confirmados.
Entre os casos confirmados, 43.258 ainda estão ativos e 8.346 encontram-se em estado grave. Mais de 32.400 pessoas já receberam alta após superarem a doença.
Zhong disse que as previsões de alguns especialistas estrangeiros, que estimaram que o número de casos na China ia atingir os 160.000, “não tiveram em conta a intervenção do Governo chinês”.
“A nossa equipa previu que o número de pacientes atingisse cerca de 70.000. Apresentamos esses números a uma publicação internacional, mas não foi aceite”, afirmou.
Zhong disse que a China deve agora “cooperar e partilhar a sua experiência com outros países”, face ao rápido aumento de casos na Coreia do Sul, Itália ou Irão.
O epidemiologista disse ainda que, embora a epidemia tenha começado no país asiático, o primeiro caso de coronavírus pode não ter ocorrido na China.
“Quando fizemos as nossas primeiras previsões, pensamos apenas na China e não em outros países. Mas vemos que surtos estão a ocorrer em outros países. Embora o surto tenha começado na China, isto não significa necessariamente que a China seja a fonte da doença”, disse.
As autoridades de saúde chinesas colocaram sob observação 652.000 pessoas, após terem tido contacto próximo com os infectados. Mais de 71.000 ainda estão a ser acompanhados.
Na província de Hubei, o epicentro da epidemia, que acumula 84% dos casos e 96% das mortes, o número de novos casos ascendeu hoje a 409, ao mesmo tempo que morreram 26 pessoas, a maioria em Wuhan, capital da província.
Embora mais de trinta países tenham casos diagnosticados com Covid-19, a China soma 95% dos casos de infeção pelo novo coronavírus a nível mundial.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.
Além de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

27 Fev 2020

Covid-19 | Governo de Hong Kong vai dar 10 mil dólares de HK a cada residente permanente

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong anunciou ontem medidas de 120 mil milhões de dólares de Hong Kong para recuperar a economia afetada pelos protestos antigovernamentais e pelo coronavírus Covid-19. Na apresentação do orçamento para 2020/2021, no parlamento, o secretário para as Finanças indicou que o Governo de Hong Kong vai distribuir uma ajuda financeira de dez mil dólares de Hong Kong a todos os adultos residentes permanentes da cidade, que regista dois mortos e 85 pessoas infectadas com o novo coronavírus.

Paul Chan explicou aos deputados que este orçamento pretende “apoiar empresas, salvaguardar empregos, estimular a economia e aliviar o fardo das pessoas”.

O mesmo governante estimou um défice recorde para o próximo ano e expressou a convicção de que “apenas com este orçamento será possível ajudar a comunidade e empresas locais a superar as dificuldades”.

Chan assinalou que 2019 “foi um ano inquietante, repleto de obstáculos e inesquecível para todo o povo de Hong Kong”, muito por causa dos protestos antigovernamentais que tiveram um forte impacto na economia desde junho.

“Antes que pudéssemos resolver as coisas, houve um surto inesperado da nova doença do coronavírus”, argumentou.

Por outro lado, o responsável salientou que “prevenir e combater a epidemia, bem como empregar recursos para aliviar a pressão sobre as empresas e o público em geral, são (…) a principal prioridade”, algo que já se traduziu na passada semana com o anúncio de um “fundo anti-epidemia” de 30 mil milhões de dólares de Hong Kong (3,5 mil milhões de euros) “para aliviar o fardo sobre essas indústrias e funcionários, diante da tempestade”.

Na vizinha Região Administrativa Especial de Macau, onde foram identificados dez casos (sete já receberam alta), o Governo liderado por Ho Iat Seng tinha indicado em 31 de janeiro que ia antecipar para abril o pagamento da comparticipação pecuniária anual, no valor de 10 mil patacas e de seis mil patacas para residentes permanentes e não permanentes, respectivamente.

Em 13 de fevereiro, o Executivo anunciou mesmo benefícios fiscais para empresas e população, uma linha de empréstimos bonificados para as pequenas e médias empresas e medidas de apoio social para reduzir o impacto económico devido ao Covid-19.

Medidas excecionais que incluem a isenção ou redução dos impostos, pela abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados, pelo reforço do apoio social, bem como pelo lançamento de vales de consumo electrónico.

27 Fev 2020

Covid-19 | Governo de Hong Kong vai dar 10 mil dólares de HK a cada residente permanente

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong anunciou ontem medidas de 120 mil milhões de dólares de Hong Kong para recuperar a economia afetada pelos protestos antigovernamentais e pelo coronavírus Covid-19. Na apresentação do orçamento para 2020/2021, no parlamento, o secretário para as Finanças indicou que o Governo de Hong Kong vai distribuir uma ajuda financeira de dez mil dólares de Hong Kong a todos os adultos residentes permanentes da cidade, que regista dois mortos e 85 pessoas infectadas com o novo coronavírus.
Paul Chan explicou aos deputados que este orçamento pretende “apoiar empresas, salvaguardar empregos, estimular a economia e aliviar o fardo das pessoas”.
O mesmo governante estimou um défice recorde para o próximo ano e expressou a convicção de que “apenas com este orçamento será possível ajudar a comunidade e empresas locais a superar as dificuldades”.
Chan assinalou que 2019 “foi um ano inquietante, repleto de obstáculos e inesquecível para todo o povo de Hong Kong”, muito por causa dos protestos antigovernamentais que tiveram um forte impacto na economia desde junho.
“Antes que pudéssemos resolver as coisas, houve um surto inesperado da nova doença do coronavírus”, argumentou.
Por outro lado, o responsável salientou que “prevenir e combater a epidemia, bem como empregar recursos para aliviar a pressão sobre as empresas e o público em geral, são (…) a principal prioridade”, algo que já se traduziu na passada semana com o anúncio de um “fundo anti-epidemia” de 30 mil milhões de dólares de Hong Kong (3,5 mil milhões de euros) “para aliviar o fardo sobre essas indústrias e funcionários, diante da tempestade”.
Na vizinha Região Administrativa Especial de Macau, onde foram identificados dez casos (sete já receberam alta), o Governo liderado por Ho Iat Seng tinha indicado em 31 de janeiro que ia antecipar para abril o pagamento da comparticipação pecuniária anual, no valor de 10 mil patacas e de seis mil patacas para residentes permanentes e não permanentes, respectivamente.
Em 13 de fevereiro, o Executivo anunciou mesmo benefícios fiscais para empresas e população, uma linha de empréstimos bonificados para as pequenas e médias empresas e medidas de apoio social para reduzir o impacto económico devido ao Covid-19.
Medidas excecionais que incluem a isenção ou redução dos impostos, pela abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados, pelo reforço do apoio social, bem como pelo lançamento de vales de consumo electrónico.

27 Fev 2020

Covid-19 | Empresa do navio de cruzeiros diz que acompanhará português infectado até ser repatriado

[dropcap]A[/dropcap] Princess Cruises, empresa que detém o navio Diamond Princess onde um português permaneceu infectado com Covid-19, disse ontem estar em contacto com Adriano Maranhão e a mulher e que o irá acompanhar até que seja repatriado.

“A Princess Cruises pode confirmar que nossa equipa médica de apoio à tripulação está em contacto com Adriano Maranhão e com a sua esposa. Devido às leis de privacidade, não podemos divulgar detalhes médicos, mas podemos confirmar que o Sr. Maranhão foi transferido para uma instalação médica em terra”, segundo o gabinete de imprensa da empresa, em resposta escrita à agência Lusa.

“A nossa equipa de apoio aos tripulantes continuará em contacto com ele [Adriano Maranhão] e com a sua família para garantir que se sinta confortável até ser repatriado”, adiantou.

Adriano Maranhão, canalizador no navio de cruzeiros Diamond Princess, foi transferido na terça-feira para o hospital da cidade de Okazaki, Japão, depois de no sábado, as autoridades japonesas terem confirmado que o português deu teste positivo ao coronavírus Covid-19.

Desde que foi conhecido que o português estava infetado com o novo coronavírus, que a sua mulher, Emmanuelle Maranhão, apelou à embaixada portuguesa no Japão e ao Governo Português que para fosse prestada ajuda ao marido.

A Princess Cruises confirmou ainda à Lusa que já não há passageiros a bordo do navio e que restam no navio menos de 500 tripulantes.

O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, tornou-se no maior foco do novo coronavírus, Covid-19, fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infectados, de acordo com dados de mais de 40 países e territórios. Das pessoas infectadas, quase 30 mil recuperaram.

Além dos mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan registaram também vítimas mortais.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

27 Fev 2020

Covid-19 | Empresa do navio de cruzeiros diz que acompanhará português infectado até ser repatriado

[dropcap]A[/dropcap] Princess Cruises, empresa que detém o navio Diamond Princess onde um português permaneceu infectado com Covid-19, disse ontem estar em contacto com Adriano Maranhão e a mulher e que o irá acompanhar até que seja repatriado.
“A Princess Cruises pode confirmar que nossa equipa médica de apoio à tripulação está em contacto com Adriano Maranhão e com a sua esposa. Devido às leis de privacidade, não podemos divulgar detalhes médicos, mas podemos confirmar que o Sr. Maranhão foi transferido para uma instalação médica em terra”, segundo o gabinete de imprensa da empresa, em resposta escrita à agência Lusa.
“A nossa equipa de apoio aos tripulantes continuará em contacto com ele [Adriano Maranhão] e com a sua família para garantir que se sinta confortável até ser repatriado”, adiantou.
Adriano Maranhão, canalizador no navio de cruzeiros Diamond Princess, foi transferido na terça-feira para o hospital da cidade de Okazaki, Japão, depois de no sábado, as autoridades japonesas terem confirmado que o português deu teste positivo ao coronavírus Covid-19.
Desde que foi conhecido que o português estava infetado com o novo coronavírus, que a sua mulher, Emmanuelle Maranhão, apelou à embaixada portuguesa no Japão e ao Governo Português que para fosse prestada ajuda ao marido.
A Princess Cruises confirmou ainda à Lusa que já não há passageiros a bordo do navio e que restam no navio menos de 500 tripulantes.
O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, tornou-se no maior foco do novo coronavírus, Covid-19, fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infectados, de acordo com dados de mais de 40 países e territórios. Das pessoas infectadas, quase 30 mil recuperaram.
Além dos mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan registaram também vítimas mortais.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

27 Fev 2020

Itália | Confirmada 12.ª vítima mortal e pelo menos 374 infectados

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades italianas confirmaram ontem a 12.ª vítima mortal por Covid-19 naquele país, informando ainda que o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus em Itália é de 374.

“O número total de pessoas infectadas por coronavírus é de 374, um aumento de 52 pessoas em relação ao número de ontem [terça-feira]. Entre as 374 pessoas, registámos 12 mortes e um caso de recuperação”, afirmou o chefe da Protecção Civil italiana, Angelo Borrelli, numa conferência de imprensa em Roma.

“A última morte foi registada em Emilia Romanha (norte de Itália), mas tratava-se de um doente de Lodi [na região de Lombardia, noroeste, a zona mais afectada pela epidemia], que tinha 69 anos e que sofria de uma patologia respiratória anterior”, precisou o responsável.

O anterior balanço da Protecção Civil italiana, divulgado na terça-feira à tarde, dava conta de 322 casos de infecção e 10 mortos.

Todas as vítimas mortais registadas até à data eram pessoas idosas que sofriam de outras doenças graves, precisaram as autoridades italianas.

Desde o início da epidemia, as autoridades de saúde italianas realizaram 9.462 testes, 95 por cento dos quais deram negativos.

Ponto de situação

Na conferência de imprensa em Roma, a Protecção Civil precisou que uma turista chinesa que constou, juntamente com o seu marido, entre os primeiros casos de contaminação por coronavírus detectados em Itália está curada.

O casal chegou a estar internado numa unidade de cuidados intensivos, em estado grave.
A região de Lombardia, que engloba Milão, a capital económica do país, continua a ser a zona de Itália mais afectada pela propagação do vírus, com 258 casos.

Nesta região foram verificados, pela primeira vez, quatro casos de infecção entre crianças e adolescentes: uma criança de 4 anos, duas crianças de 10 anos e um adolescente de 15 anos.

Todos apresentam sintomas associados ao novo coronavírus, mas sem gravidade, segundo as autoridades.
A segunda zona mais afectada, com 71 casos de infecção, é a região de Veneto (onde fica Veneza), onde foi registada a primeira vítima mortal italiana na passada sexta-feira.

No total, nove regiões italianas estão, neste momento, afectadas pela epidemia do novo coronavírus.
As autoridades italianas referiram ainda que na região de Roma (capital do país) foram identificados três casos que vieram de fora do território italiano: dois turistas chineses e um jovem regressado da China.

27 Fev 2020

Itália | Confirmada 12.ª vítima mortal e pelo menos 374 infectados

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades italianas confirmaram ontem a 12.ª vítima mortal por Covid-19 naquele país, informando ainda que o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus em Itália é de 374.
“O número total de pessoas infectadas por coronavírus é de 374, um aumento de 52 pessoas em relação ao número de ontem [terça-feira]. Entre as 374 pessoas, registámos 12 mortes e um caso de recuperação”, afirmou o chefe da Protecção Civil italiana, Angelo Borrelli, numa conferência de imprensa em Roma.
“A última morte foi registada em Emilia Romanha (norte de Itália), mas tratava-se de um doente de Lodi [na região de Lombardia, noroeste, a zona mais afectada pela epidemia], que tinha 69 anos e que sofria de uma patologia respiratória anterior”, precisou o responsável.
O anterior balanço da Protecção Civil italiana, divulgado na terça-feira à tarde, dava conta de 322 casos de infecção e 10 mortos.
Todas as vítimas mortais registadas até à data eram pessoas idosas que sofriam de outras doenças graves, precisaram as autoridades italianas.
Desde o início da epidemia, as autoridades de saúde italianas realizaram 9.462 testes, 95 por cento dos quais deram negativos.

Ponto de situação

Na conferência de imprensa em Roma, a Protecção Civil precisou que uma turista chinesa que constou, juntamente com o seu marido, entre os primeiros casos de contaminação por coronavírus detectados em Itália está curada.
O casal chegou a estar internado numa unidade de cuidados intensivos, em estado grave.
A região de Lombardia, que engloba Milão, a capital económica do país, continua a ser a zona de Itália mais afectada pela propagação do vírus, com 258 casos.
Nesta região foram verificados, pela primeira vez, quatro casos de infecção entre crianças e adolescentes: uma criança de 4 anos, duas crianças de 10 anos e um adolescente de 15 anos.
Todos apresentam sintomas associados ao novo coronavírus, mas sem gravidade, segundo as autoridades.
A segunda zona mais afectada, com 71 casos de infecção, é a região de Veneto (onde fica Veneza), onde foi registada a primeira vítima mortal italiana na passada sexta-feira.
No total, nove regiões italianas estão, neste momento, afectadas pela epidemia do novo coronavírus.
As autoridades italianas referiram ainda que na região de Roma (capital do país) foram identificados três casos que vieram de fora do território italiano: dois turistas chineses e um jovem regressado da China.

27 Fev 2020

Guangdong | Pacientes que receberam alta voltaram a testar positivo

[dropcap]C[/dropcap]erca de 14 por cento dos pacientes que recuperaram da infecção pelo Covid-19 e receberam alta na província de Guangdong, voltaram a testar positivo para o coronavírus em testes subsequentes, informou ontem a imprensa local.

Segundo o director adjunto do Centro de Controlo e Prevenção de Epidemias de Guangdong, Song Tie, ainda não há “conclusões claras” sobre o sucedido nem se sabe se os pacientes podem contagiar outras pessoas.
Song observou que, de acordo com uma avaliação preliminar, os especialistas acreditam que os pacientes ainda estão a recuperar de infecções pulmonares e precisam de recuperar totalmente.

Os critérios mais recentes da Comissão Nacional de Saúde da China estabelecem que um paciente pode ser dado como curado e receber alta do hospital quando as amostras da garganta ou nariz dão negativo em dois testes consecutivos e uma tomografia computadorizada não indica lesões pulmonares, para além da ausência de sintomas óbvios, como febre.

Os critérios prescrevem que os pacientes recuperados devem monitorar a sua saúde e limitar actividades ao ar livre até duas semanas após deixar o hospital, além de serem sujeitos a novos exames nas semanas seguintes.

No entanto, os exames a alguns pacientes que receberam alta deram positivo novamente, explicou Li Yueping, director da unidade de terapia intensiva do Hospital do Povo n.º 8, em Cantão, a capital de província.

Treze pacientes que receberam alta daquele hospital deram novamente positivo, embora nenhum tenha voltado a apresentar sintomas, explicou Li.

Citado pelo portal noticioso Caixin, o director da Divisão de Doenças Infecciosas do hospital, Cai Weiping, disse que os pacientes testaram positivos em exames às fezes, um método que raramente é usado em outras partes do país.

Alguns hospitais em Guangdong passaram a testar as fezes dos pacientes após uma investigação da Universidade Médica de Cantão ter detectado o vírus em fezes, o que aponta para uma nova via de transmissão.

Cai Weiping indicou que ainda não é claro se o vírus detectado nos pacientes recuperados ainda está activo. Song disse que a província colocará os pacientes recuperados sob observação mais restrita. No total, Guangdong registou 1.347 casos, o segundo número mais alto entre as 27 províncias e regiões autónomas da China continental, mas muito aquém da cifra reportada pela província de Hubei, centro do novo coronavírus.

Capital de exportações

A província contabilizou sete mortos, no total, incluindo um na cidade de Zhuhai, que faz fronteira com Macau, e que reportou, até à data, 98 casos de infeção pelo novo coronavírus. Guangdong não reportou qualquer caso novo até à meia-noite de ontem.

O número de pacientes em toda a China fixou-se, no total, em 78.073, ao mesmo tempo que o número de mortos ascendeu aos 2.715. Guangdong é a província chinesa que mais exporta e a primeira a beneficiar das reformas económicas adoptadas pelo país no final dos anos 1970. A província integra três das seis Zonas Económicas Especiais da China – Shenzhen, Shantou e Zhuhai -, recebendo milhões de trabalhadores migrantes.

27 Fev 2020

Guangdong | Pacientes que receberam alta voltaram a testar positivo

[dropcap]C[/dropcap]erca de 14 por cento dos pacientes que recuperaram da infecção pelo Covid-19 e receberam alta na província de Guangdong, voltaram a testar positivo para o coronavírus em testes subsequentes, informou ontem a imprensa local.
Segundo o director adjunto do Centro de Controlo e Prevenção de Epidemias de Guangdong, Song Tie, ainda não há “conclusões claras” sobre o sucedido nem se sabe se os pacientes podem contagiar outras pessoas.
Song observou que, de acordo com uma avaliação preliminar, os especialistas acreditam que os pacientes ainda estão a recuperar de infecções pulmonares e precisam de recuperar totalmente.
Os critérios mais recentes da Comissão Nacional de Saúde da China estabelecem que um paciente pode ser dado como curado e receber alta do hospital quando as amostras da garganta ou nariz dão negativo em dois testes consecutivos e uma tomografia computadorizada não indica lesões pulmonares, para além da ausência de sintomas óbvios, como febre.
Os critérios prescrevem que os pacientes recuperados devem monitorar a sua saúde e limitar actividades ao ar livre até duas semanas após deixar o hospital, além de serem sujeitos a novos exames nas semanas seguintes.
No entanto, os exames a alguns pacientes que receberam alta deram positivo novamente, explicou Li Yueping, director da unidade de terapia intensiva do Hospital do Povo n.º 8, em Cantão, a capital de província.
Treze pacientes que receberam alta daquele hospital deram novamente positivo, embora nenhum tenha voltado a apresentar sintomas, explicou Li.
Citado pelo portal noticioso Caixin, o director da Divisão de Doenças Infecciosas do hospital, Cai Weiping, disse que os pacientes testaram positivos em exames às fezes, um método que raramente é usado em outras partes do país.
Alguns hospitais em Guangdong passaram a testar as fezes dos pacientes após uma investigação da Universidade Médica de Cantão ter detectado o vírus em fezes, o que aponta para uma nova via de transmissão.
Cai Weiping indicou que ainda não é claro se o vírus detectado nos pacientes recuperados ainda está activo. Song disse que a província colocará os pacientes recuperados sob observação mais restrita. No total, Guangdong registou 1.347 casos, o segundo número mais alto entre as 27 províncias e regiões autónomas da China continental, mas muito aquém da cifra reportada pela província de Hubei, centro do novo coronavírus.

Capital de exportações

A província contabilizou sete mortos, no total, incluindo um na cidade de Zhuhai, que faz fronteira com Macau, e que reportou, até à data, 98 casos de infeção pelo novo coronavírus. Guangdong não reportou qualquer caso novo até à meia-noite de ontem.
O número de pacientes em toda a China fixou-se, no total, em 78.073, ao mesmo tempo que o número de mortos ascendeu aos 2.715. Guangdong é a província chinesa que mais exporta e a primeira a beneficiar das reformas económicas adoptadas pelo país no final dos anos 1970. A província integra três das seis Zonas Económicas Especiais da China – Shenzhen, Shantou e Zhuhai -, recebendo milhões de trabalhadores migrantes.

27 Fev 2020

Suécia | Pedida libertação de livreiro condenado a 10 anos de prisão

[dropcap]A[/dropcap] ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia pediu ontem à China que liberte o livreiro e activista sueco Gui Minhai, condenado a dez anos de prisão pelas autoridades chinesas.

“Sempre fomos claros no nosso pedido de libertação de Gui Minhai, para que possa voltar a reunir-se com a sua filha e família. Este pedido permanece”, defendeu Ann Linde, em comunicado.

Gui Minhai foi condenado na segunda-feira a 10 anos de prisão, pelo Tribunal Popular Intermédio de Ningbo, por “prestar serviços ilegais de inteligência a países estrangeiros”.

Em comunicado, o Tribunal apontou que o activista se declarou culpado e não recorreu da sentença. A mesma nota informou que, embora Gui tenha sido nacionalizado sueco em 1996, em 2018 pediu para recuperar a nacionalidade chinesa.

Os problemas de Gui Minhai com o regime chinês começaram no outono de 2015, quando cinco editores e livreiros de Hong Kong que vendiam livros críticos do Partido Comunista Chinês desapareceram misteriosamente para reaparecerem sob custódia da China volvidos alguns meses.

26 Fev 2020

Suécia | Pedida libertação de livreiro condenado a 10 anos de prisão

[dropcap]A[/dropcap] ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia pediu ontem à China que liberte o livreiro e activista sueco Gui Minhai, condenado a dez anos de prisão pelas autoridades chinesas.
“Sempre fomos claros no nosso pedido de libertação de Gui Minhai, para que possa voltar a reunir-se com a sua filha e família. Este pedido permanece”, defendeu Ann Linde, em comunicado.
Gui Minhai foi condenado na segunda-feira a 10 anos de prisão, pelo Tribunal Popular Intermédio de Ningbo, por “prestar serviços ilegais de inteligência a países estrangeiros”.
Em comunicado, o Tribunal apontou que o activista se declarou culpado e não recorreu da sentença. A mesma nota informou que, embora Gui tenha sido nacionalizado sueco em 1996, em 2018 pediu para recuperar a nacionalidade chinesa.
Os problemas de Gui Minhai com o regime chinês começaram no outono de 2015, quando cinco editores e livreiros de Hong Kong que vendiam livros críticos do Partido Comunista Chinês desapareceram misteriosamente para reaparecerem sob custódia da China volvidos alguns meses.

26 Fev 2020

Covid-19 | Paralisia de fábricas perturba cadeias de montagens globais

O impacto do surto do Covid-19 na China afecta cada vez mais a capacidade de produção de produtos electrónicos, e não só, por todo o mundo

 

[dropcap]F[/dropcap]ábricas chinesas que produzem telemóveis, brinquedos e componentes para todo o mundo estão a ter dificuldades em retomar a produção, face a restrições impostas à movimentação de milhões de pessoas devido ao surto do coronavírus Covid-19.

A China é o ponto final de montagem de mais de 80 por cento dos ‘smartphones’, mais de metade das televisões e uma grande parcela de outros bens de consumo, a nível mundial.

Mas milhares de empresas chinesas continuam a produzir a “meio-gás”, desde o sector automóvel ao electrónico, devido à falta de matérias primas e de trabalhadores, que estão retidos nos locais para onde viajaram no Ano Novo Lunar, que se celebrou em 24 de Janeiro passado.

O surto do Covid-19 começou na China no final do ano passado, e provocou já 2.705 mortos e mais de 80 mil infectados, a maioria no país.

Entre os fabricantes de ‘smartphones’, uma indústria que depende da China para montar quase todos os seus aparelhos, alguns fornecedores de componentes dizem que a produção se encontra a 10 por cento dos níveis normais, segundo a empresa de pesquisa Canalys.

Empresas globais que precisam de plásticos, produtos químicos, aço e componentes de alta tecnologia também “enfrentam uma produção reduzida”, segundo a analista Kaho Yu, da consultora Verisk Maplecroft.

A sul-coreana Samsung admitiu também estar a ser afectada. Apesar de, nos últimos anos, ter deslocado a sua produção para o Vietname, o grupo continua a ter fábricas administradas por gerentes chineses que voltaram para casa nas férias do Ano Novo Lunar e estão agora impedidos de regressar ao trabalho.

A China responde por cerca de um quarto da produção mundial de automóveis e, de acordo com a UBS, fornece 8 por cento das exportações globais de componentes automóveis

A construtora alemã Volkswagen admitiu, na segunda-feira, que os seus desafios incluem “uma cadeia de suprimentos mais lenta e desafios logísticos”.

Agências de viagem e de retalho dependentes do mercado chinês foram também fortemente afectadas pela paralisia na segunda maior economia do mundo.

“A má notícia é que o impacto se prolongará e o impacto é pior do que muitas pessoas inicialmente previram”, afirmou num relatório Nicole Peng, investigador da Canalys.

As previsões mais optimistas apontam para que as restrições na movimentação de pessoas, que neste momento afectam centenas de milhões de trabalhadores na China, sejam mantidas até Março, permitindo depois que a produção fabril retome a normalidade.

As previsões mais negativas admitem que o surto durará até meados de Maio ou que as autoridades não consigam impedir a sua disseminação global, como alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) esta semana.

Montadoras e outras fábricas na China começaram gradualmente a reabrir, mas analistas dizem que não restabelecerão a produção normal até pelo menos meados de março.

“Se o trabalho não voltar ao normal nas próximas semanas, provavelmente haverá escassez global de peças”, disseram Taimur Baig e Samuel Tse, analistas do banco de consumo DBS, num relatório.

Ajudas limitadas

Pequim prometeu já reduzir impostos, embora economistas digam que a ajuda financeira terá impacto limitado enquanto as medidas de prevenção do surto se mantiverem em vigor, não permitindo aos trabalhadores voltar às fábricas e interrompendo os serviços de logística e transporte.

No domingo, o Presidente chinês, Xi Jinping disse que “áreas de baixo risco” devem reduzir as medidas de controlo para restaurar completamente a produção, enquanto as áreas de alto risco devem concentrar-se no combate à epidemia.

As autoridades devem “desbloquear estradas e vias de transporte”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua.

26 Fev 2020

Covid-19 | Paralisia de fábricas perturba cadeias de montagens globais

O impacto do surto do Covid-19 na China afecta cada vez mais a capacidade de produção de produtos electrónicos, e não só, por todo o mundo

 
[dropcap]F[/dropcap]ábricas chinesas que produzem telemóveis, brinquedos e componentes para todo o mundo estão a ter dificuldades em retomar a produção, face a restrições impostas à movimentação de milhões de pessoas devido ao surto do coronavírus Covid-19.
A China é o ponto final de montagem de mais de 80 por cento dos ‘smartphones’, mais de metade das televisões e uma grande parcela de outros bens de consumo, a nível mundial.
Mas milhares de empresas chinesas continuam a produzir a “meio-gás”, desde o sector automóvel ao electrónico, devido à falta de matérias primas e de trabalhadores, que estão retidos nos locais para onde viajaram no Ano Novo Lunar, que se celebrou em 24 de Janeiro passado.
O surto do Covid-19 começou na China no final do ano passado, e provocou já 2.705 mortos e mais de 80 mil infectados, a maioria no país.
Entre os fabricantes de ‘smartphones’, uma indústria que depende da China para montar quase todos os seus aparelhos, alguns fornecedores de componentes dizem que a produção se encontra a 10 por cento dos níveis normais, segundo a empresa de pesquisa Canalys.
Empresas globais que precisam de plásticos, produtos químicos, aço e componentes de alta tecnologia também “enfrentam uma produção reduzida”, segundo a analista Kaho Yu, da consultora Verisk Maplecroft.
A sul-coreana Samsung admitiu também estar a ser afectada. Apesar de, nos últimos anos, ter deslocado a sua produção para o Vietname, o grupo continua a ter fábricas administradas por gerentes chineses que voltaram para casa nas férias do Ano Novo Lunar e estão agora impedidos de regressar ao trabalho.
A China responde por cerca de um quarto da produção mundial de automóveis e, de acordo com a UBS, fornece 8 por cento das exportações globais de componentes automóveis
A construtora alemã Volkswagen admitiu, na segunda-feira, que os seus desafios incluem “uma cadeia de suprimentos mais lenta e desafios logísticos”.
Agências de viagem e de retalho dependentes do mercado chinês foram também fortemente afectadas pela paralisia na segunda maior economia do mundo.
“A má notícia é que o impacto se prolongará e o impacto é pior do que muitas pessoas inicialmente previram”, afirmou num relatório Nicole Peng, investigador da Canalys.
As previsões mais optimistas apontam para que as restrições na movimentação de pessoas, que neste momento afectam centenas de milhões de trabalhadores na China, sejam mantidas até Março, permitindo depois que a produção fabril retome a normalidade.
As previsões mais negativas admitem que o surto durará até meados de Maio ou que as autoridades não consigam impedir a sua disseminação global, como alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) esta semana.
Montadoras e outras fábricas na China começaram gradualmente a reabrir, mas analistas dizem que não restabelecerão a produção normal até pelo menos meados de março.
“Se o trabalho não voltar ao normal nas próximas semanas, provavelmente haverá escassez global de peças”, disseram Taimur Baig e Samuel Tse, analistas do banco de consumo DBS, num relatório.

Ajudas limitadas

Pequim prometeu já reduzir impostos, embora economistas digam que a ajuda financeira terá impacto limitado enquanto as medidas de prevenção do surto se mantiverem em vigor, não permitindo aos trabalhadores voltar às fábricas e interrompendo os serviços de logística e transporte.
No domingo, o Presidente chinês, Xi Jinping disse que “áreas de baixo risco” devem reduzir as medidas de controlo para restaurar completamente a produção, enquanto as áreas de alto risco devem concentrar-se no combate à epidemia.
As autoridades devem “desbloquear estradas e vias de transporte”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua.

26 Fev 2020

Covid-19 | OMS apela a resposta global, enquanto em Itália o surto alastra

O repentino pico de mortes causadas pela infecção do Covid-19 em Itália acordou o resto do mundo para o perigo que representa o coronavírus. A Organização Mundial de Saúde apela a uma acção concertada para prevenir uma situação de pandemia. O número de mortos em Itália subiu para sete, o que levou ao encerramento de 11 municípios no norte do país. A Coreia do Sul é outro foco de incidência do coronavírus, com 10 vítimas mortais

 

[dropcap]O[/dropcap] director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou o aviso para que o mundo se prepare para uma “eventual pandemia” do novo coronavírus, considerando “muito preocupante” o “aumento repentino” de casos em Itália e na Coreia do Sul. “Devemos concentrar-nos na contenção [da epidemia], enquanto fazemos todo o possível para nos prepararmos para uma possível pandemia”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa em Genebra.

No entanto, a epidemia recuou na China, onde o novo coronavírus surgiu no final de Dezembro e onde mais de 77.500 pessoas foram infectadas desde então, refere a OMS.

Especialistas da missão conjunta da OMS em várias províncias chinesas, incluindo na cidade Wuhan, o epicentro da epidemia, descobriram que a epidemia de Covid-19 atingiu na China “um pico seguido de 23 de Janeiro a 2 de Fevereiro passado, e está em declínio desde então “, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Isso deve dar aos países esperanças de que esse vírus possa ser contido”, afirmou, mais uma vez saudando as medidas drásticas tomadas pela China, onde dezenas de milhões de pessoas vivem confinadas há semanas.

Noutras partes do mundo, a epidemia de pneumonia viral acelerou no início da semana, com relatos de subidas acentuadas na Coreia do Sul, Itália e Irão, que agora registam o maior número de casos de contaminação e mortes fora da China.

A Itália, que passou de seis para 229 casos em cinco dias, é o país mais afectado na Europa e o terceiro no mundo, depois da Coreia do Sul e da China.

A OMS decidiu enviar missões científicas para a Itália com a intenção de ajudar as autoridades a implementar medidas de contenção, disse o director de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, na conferência de imprensa diária para relatar a evolução do surto epidémico.

Tenros Adhanom Ghebreyesus acrescentou que, do ponto de vista científico, a missão conjunta na China também ajudou a demonstrar “que não houve mudança significativa no ADN do coronavírus”.

Quanto à taxa de mortalidade na China, é actualmente de 0,7 por cento e entre 2,0 por cento e 4,0 por cento em Wuhan, detalhou.

Os especialistas também descobriram que as pessoas que foram infectadas, mas não sofrem de sintomas graves, têm um tempo de recuperação de cerca de duas semanas, enquanto aquelas que são severamente afectadas levam entre três a seis semanas, explicou.

Palavra de Guterres

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU) apelou à comunidade internacional para “fazer tudo o que estiver ao seu alcance” para impedir a propagação do Covid-19, epidemia que poderá ter “consequências sérias” para a saúde e economia globais.

“Os países devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para responderem à nova estirpe do coronavírus, o Covid-19”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante uma visita à sede da OMS, em Genebra, na Suíça. Guterres salientou que o novo coronavírus “pode ser contido e vencido”, mas, se não houver esforços da comunidade internacional no sentido de conter a epidemia, “a situação poderá ter consequências sérias e afectar a saúde e a economia” mundiais.

O líder da ONU acrescentou que desinvestir na OMS “não é uma questão inteligente”, uma vez que esta organização “quer justamente ajudar a evitar” que este surto se transforme num “pesadelo global”. Por isso, António Guterres apelou para que os países “façam tudo para financiar” a Organização Mundial de Saúde.

O secretário-geral das Nações Unidas ressalvou também a “importância da não discriminação, do respeito pelos direitos humanos e da não estigmatização” devido à epidemia.

Para lá da Lombardia

As autoridades italianas anunciaram ontem o registo do primeiro caso de coronavírus Covid-19 no sul do país, concretamente de uma mulher nascida em Bérgamo, a nordeste de Milão, que estava de férias em Palermo, Sicília.

O presidente da região da Sicília, Nello Musumeci, confirmou numa nota que a mulher chegou a Palermo “antes de começar a emergência (do coronavírus) na Lombardia”. Segundo a mesma nota, a mulher encontrava-se na Sicília com um grupo de amigas e demonstrava ter sintomas similares aos do coronavírus.

Actualmente, está internada em observação na unidade de doenças infecciosas do hospital Cervello de Palermo, “plenamente consciente e não apresenta condições particulares de mal-estar”.

As equipas médicas estão a fazer exames ao marido e a todas as pessoas com quem esteve em contacto nos últimos dias. As amostras examinadas pelo hospital de Palermo serão enviadas “de forma imediata” ao hospital Spallanzani de Roma, onde serão feitas mais análises.

Entretanto, o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte apontou a gestão “não completamente apropriada” de “um hospital” para explicar a rápida disseminação do vírus no norte da Itália.

“Está claro que existe um foco e é aí que o vírus se espalha”, disse Conte num programa de televisão da emissora pública Rai Uno, acrescentando: “agora sabe-se que houve uma gestão ao nível de uma estrutura hospitalar que não é completamente apropriada segundo os protocolos de prudência recomendados nestes casos e que, certamente, contribuíram para a difusão”.

O foco principal da epidemia foi identificado em Codogno, perto de Lodi, 60 km ao sul de Milão.
Mattia, um executivo de 38 anos, foi hospitalizado nesta localidade de 15 mil habitantes, sendo considerado o “paciente 1”. Deste paciente surgem um grande número de casos identificados na Lombardia (noroeste), a região mais afectada pelo vírus, com 172 casos detectados em um total de 229 em Itália, incluindo sete mortes.

Segundo relatos da imprensa, além da esposa, grávida de oito meses, e outros parentes, vários dos médicos que o examinaram ficaram infectados, assim como enfermeiras, cuidadores e, depois, pacientes e os seus visitantes.

O número de casos de contaminação com o novo coronavírus permaneceu estável na segunda-feira em Itália, país que tenta conter o contágio graças a um cordão sanitário estabelecido em onze municípios do Norte, considerado o centro da epidemia.

O Covid-19 já causou pelo menos 231 infectados em Itália, entre os quais se registaram sete mortos, todos eles de idade avançada e/ou com outras patologias, tendo a polícia administrado postos de controlo numa dúzia de cidades do norte e que se encontram sob quarentena.

De Milão a Seul

Entretanto, a União Europeia anunciou que vai contribuir com 230 milhões de euros para conter a propagação do Codvid- 19, com o foco das preocupações em Itália, mas, para já, não foram impostas restrições à circulação de pessoas e bens.

Já os italianos que viajam para o estrangeiro, estão a sofrer os efeitos preventivos. Por exemplo, um autocarro oriundo de Milão foi cercado pela polícia quando circulava em Lyon, na França.

A acompanhar o surto de Covid-19 em Itália surgiu uma onda racista com chineses como alvo, denunciada por várias associações de direitos humanos, com denúncias de casos de violência, assédio e discriminação.

“O que estás a fazer em Itália? Trazes doenças!”, foram as palavras dirigidas a um jovem chinês de 15 anos antes de ser esmurrado e pontapeado na cara em Bolonha, de acordo com a Euronews.

Outro dos focos de atenção da OMS é a Coreia do Sul, onde o número de infectados chegou ontem quase a mil, com 144 novos casos, tendo sido já registados 10 mortos pela doença, numa altura em que Seul planeia impor medidas de quarentena. Entre os 144 novos casos, 127 surgiram na cidade de Daegu e na província vizinha de Gyeongsang, no norte do país. Trata-se da área mais afectada na Coreia do Sul, somando 851 casos, num total de 977 a nível nacional, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de doenças contagiosas da Coreia do Sul.

Seis novos casos foram registados em Seul, sete na província vizinha de Gyeonggi e oito em Busan, a segunda cidade mais populosa do país.

Duas mortes ocorreram nas últimas 24 horas: uma mulher de 68 anos que foi hospitalizada em Chilgok, no norte, e um homem de 58 anos que estava no hospital Daenam, em Cheongdo, um condado adjacente a Daegu. Este último hospital concentra sete dos dez mortos e está a tratar 113 infectados, a maioria parte da igreja cristã Shincheonji, que soma 501 seguidores entre os infectados a nível nacional. Shincheonji prometeu dar ao Governo uma lista com todos os seus seguidores na Coreia do Sul, calculados em cerca de 200 mil em todo o país. O Executivo disse que planeia submeter todos os fiéis a exames físicos.

As autoridades de saúde sul-coreanas mantêm sob observação 13.880 pessoas em todo o país.
O Partido Democrata (PD), partido no poder, disse estar a planear restringir a movimentação de pessoas nas regiões mais afectadas, mas excluiu um bloqueio total, como o que foi feito em Wuhan.
O Governo proibiu ainda jornalistas que visitaram Daegu de entrar na Casa Azul, a residência presidencial em Seul.

Em comunicado, o Executivo pediu ainda aos moradores de Daegu e a todos os que visitaram a cidade recentemente para que evitem “actividades fora de casa por pelo menos duas semanas”.

Vários eventos importantes foram já adiados no país, como o campeonato mundial de ténis de mesa, originalmente marcado para entre 22 e 29 de Março, em Busan, e que vai agora realizar-se entre os dias 21 e 28 de Junho.

26 Fev 2020

Covid-19 | OMS apela a resposta global, enquanto em Itália o surto alastra

O repentino pico de mortes causadas pela infecção do Covid-19 em Itália acordou o resto do mundo para o perigo que representa o coronavírus. A Organização Mundial de Saúde apela a uma acção concertada para prevenir uma situação de pandemia. O número de mortos em Itália subiu para sete, o que levou ao encerramento de 11 municípios no norte do país. A Coreia do Sul é outro foco de incidência do coronavírus, com 10 vítimas mortais

 
[dropcap]O[/dropcap] director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou o aviso para que o mundo se prepare para uma “eventual pandemia” do novo coronavírus, considerando “muito preocupante” o “aumento repentino” de casos em Itália e na Coreia do Sul. “Devemos concentrar-nos na contenção [da epidemia], enquanto fazemos todo o possível para nos prepararmos para uma possível pandemia”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa em Genebra.
No entanto, a epidemia recuou na China, onde o novo coronavírus surgiu no final de Dezembro e onde mais de 77.500 pessoas foram infectadas desde então, refere a OMS.
Especialistas da missão conjunta da OMS em várias províncias chinesas, incluindo na cidade Wuhan, o epicentro da epidemia, descobriram que a epidemia de Covid-19 atingiu na China “um pico seguido de 23 de Janeiro a 2 de Fevereiro passado, e está em declínio desde então “, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Isso deve dar aos países esperanças de que esse vírus possa ser contido”, afirmou, mais uma vez saudando as medidas drásticas tomadas pela China, onde dezenas de milhões de pessoas vivem confinadas há semanas.
Noutras partes do mundo, a epidemia de pneumonia viral acelerou no início da semana, com relatos de subidas acentuadas na Coreia do Sul, Itália e Irão, que agora registam o maior número de casos de contaminação e mortes fora da China.
A Itália, que passou de seis para 229 casos em cinco dias, é o país mais afectado na Europa e o terceiro no mundo, depois da Coreia do Sul e da China.
A OMS decidiu enviar missões científicas para a Itália com a intenção de ajudar as autoridades a implementar medidas de contenção, disse o director de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, na conferência de imprensa diária para relatar a evolução do surto epidémico.
Tenros Adhanom Ghebreyesus acrescentou que, do ponto de vista científico, a missão conjunta na China também ajudou a demonstrar “que não houve mudança significativa no ADN do coronavírus”.
Quanto à taxa de mortalidade na China, é actualmente de 0,7 por cento e entre 2,0 por cento e 4,0 por cento em Wuhan, detalhou.
Os especialistas também descobriram que as pessoas que foram infectadas, mas não sofrem de sintomas graves, têm um tempo de recuperação de cerca de duas semanas, enquanto aquelas que são severamente afectadas levam entre três a seis semanas, explicou.

Palavra de Guterres

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU) apelou à comunidade internacional para “fazer tudo o que estiver ao seu alcance” para impedir a propagação do Covid-19, epidemia que poderá ter “consequências sérias” para a saúde e economia globais.
“Os países devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para responderem à nova estirpe do coronavírus, o Covid-19”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante uma visita à sede da OMS, em Genebra, na Suíça. Guterres salientou que o novo coronavírus “pode ser contido e vencido”, mas, se não houver esforços da comunidade internacional no sentido de conter a epidemia, “a situação poderá ter consequências sérias e afectar a saúde e a economia” mundiais.
O líder da ONU acrescentou que desinvestir na OMS “não é uma questão inteligente”, uma vez que esta organização “quer justamente ajudar a evitar” que este surto se transforme num “pesadelo global”. Por isso, António Guterres apelou para que os países “façam tudo para financiar” a Organização Mundial de Saúde.
O secretário-geral das Nações Unidas ressalvou também a “importância da não discriminação, do respeito pelos direitos humanos e da não estigmatização” devido à epidemia.

Para lá da Lombardia

As autoridades italianas anunciaram ontem o registo do primeiro caso de coronavírus Covid-19 no sul do país, concretamente de uma mulher nascida em Bérgamo, a nordeste de Milão, que estava de férias em Palermo, Sicília.
O presidente da região da Sicília, Nello Musumeci, confirmou numa nota que a mulher chegou a Palermo “antes de começar a emergência (do coronavírus) na Lombardia”. Segundo a mesma nota, a mulher encontrava-se na Sicília com um grupo de amigas e demonstrava ter sintomas similares aos do coronavírus.
Actualmente, está internada em observação na unidade de doenças infecciosas do hospital Cervello de Palermo, “plenamente consciente e não apresenta condições particulares de mal-estar”.
As equipas médicas estão a fazer exames ao marido e a todas as pessoas com quem esteve em contacto nos últimos dias. As amostras examinadas pelo hospital de Palermo serão enviadas “de forma imediata” ao hospital Spallanzani de Roma, onde serão feitas mais análises.
Entretanto, o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte apontou a gestão “não completamente apropriada” de “um hospital” para explicar a rápida disseminação do vírus no norte da Itália.
“Está claro que existe um foco e é aí que o vírus se espalha”, disse Conte num programa de televisão da emissora pública Rai Uno, acrescentando: “agora sabe-se que houve uma gestão ao nível de uma estrutura hospitalar que não é completamente apropriada segundo os protocolos de prudência recomendados nestes casos e que, certamente, contribuíram para a difusão”.
O foco principal da epidemia foi identificado em Codogno, perto de Lodi, 60 km ao sul de Milão.
Mattia, um executivo de 38 anos, foi hospitalizado nesta localidade de 15 mil habitantes, sendo considerado o “paciente 1”. Deste paciente surgem um grande número de casos identificados na Lombardia (noroeste), a região mais afectada pelo vírus, com 172 casos detectados em um total de 229 em Itália, incluindo sete mortes.
Segundo relatos da imprensa, além da esposa, grávida de oito meses, e outros parentes, vários dos médicos que o examinaram ficaram infectados, assim como enfermeiras, cuidadores e, depois, pacientes e os seus visitantes.
O número de casos de contaminação com o novo coronavírus permaneceu estável na segunda-feira em Itália, país que tenta conter o contágio graças a um cordão sanitário estabelecido em onze municípios do Norte, considerado o centro da epidemia.
O Covid-19 já causou pelo menos 231 infectados em Itália, entre os quais se registaram sete mortos, todos eles de idade avançada e/ou com outras patologias, tendo a polícia administrado postos de controlo numa dúzia de cidades do norte e que se encontram sob quarentena.

De Milão a Seul

Entretanto, a União Europeia anunciou que vai contribuir com 230 milhões de euros para conter a propagação do Codvid- 19, com o foco das preocupações em Itália, mas, para já, não foram impostas restrições à circulação de pessoas e bens.
Já os italianos que viajam para o estrangeiro, estão a sofrer os efeitos preventivos. Por exemplo, um autocarro oriundo de Milão foi cercado pela polícia quando circulava em Lyon, na França.
A acompanhar o surto de Covid-19 em Itália surgiu uma onda racista com chineses como alvo, denunciada por várias associações de direitos humanos, com denúncias de casos de violência, assédio e discriminação.
“O que estás a fazer em Itália? Trazes doenças!”, foram as palavras dirigidas a um jovem chinês de 15 anos antes de ser esmurrado e pontapeado na cara em Bolonha, de acordo com a Euronews.
Outro dos focos de atenção da OMS é a Coreia do Sul, onde o número de infectados chegou ontem quase a mil, com 144 novos casos, tendo sido já registados 10 mortos pela doença, numa altura em que Seul planeia impor medidas de quarentena. Entre os 144 novos casos, 127 surgiram na cidade de Daegu e na província vizinha de Gyeongsang, no norte do país. Trata-se da área mais afectada na Coreia do Sul, somando 851 casos, num total de 977 a nível nacional, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de doenças contagiosas da Coreia do Sul.
Seis novos casos foram registados em Seul, sete na província vizinha de Gyeonggi e oito em Busan, a segunda cidade mais populosa do país.
Duas mortes ocorreram nas últimas 24 horas: uma mulher de 68 anos que foi hospitalizada em Chilgok, no norte, e um homem de 58 anos que estava no hospital Daenam, em Cheongdo, um condado adjacente a Daegu. Este último hospital concentra sete dos dez mortos e está a tratar 113 infectados, a maioria parte da igreja cristã Shincheonji, que soma 501 seguidores entre os infectados a nível nacional. Shincheonji prometeu dar ao Governo uma lista com todos os seus seguidores na Coreia do Sul, calculados em cerca de 200 mil em todo o país. O Executivo disse que planeia submeter todos os fiéis a exames físicos.
As autoridades de saúde sul-coreanas mantêm sob observação 13.880 pessoas em todo o país.
O Partido Democrata (PD), partido no poder, disse estar a planear restringir a movimentação de pessoas nas regiões mais afectadas, mas excluiu um bloqueio total, como o que foi feito em Wuhan.
O Governo proibiu ainda jornalistas que visitaram Daegu de entrar na Casa Azul, a residência presidencial em Seul.
Em comunicado, o Executivo pediu ainda aos moradores de Daegu e a todos os que visitaram a cidade recentemente para que evitem “actividades fora de casa por pelo menos duas semanas”.
Vários eventos importantes foram já adiados no país, como o campeonato mundial de ténis de mesa, originalmente marcado para entre 22 e 29 de Março, em Busan, e que vai agora realizar-se entre os dias 21 e 28 de Junho.

26 Fev 2020

Covid-19 | Medidas tomadas pela China terão evitado centenas de milhares de casos, diz OMS

[dropcap]A[/dropcap]s medidas tomadas pela China para tentar conter a propagação do novo coronavirus Covid-19, “provavelmente evitaram centenas de milhares de casos” no país, afirmou hoje o enviado da Organização Mundial de Saúde (OMS), Bruce Aylward.

“A redução dos casos que estamos a ver é real. Podemos dizer, com confiança, que estão a baixar de verdade”, disse o médico canadiano numa conferência de imprensa realizada em Pequim, na qual apresentou as conclusões da missão da OMS que liderou no terreno.

A missão começou há duas semanas, quando cerca de 20 peritos internacionais liderados por Aylward chegaram à China para se juntarem aos colegas chineses para estudar a epidemia e avaliar as medidas tomadas pelo governo chinês.

“São provavelmente as medidas de contenção de doenças mais ambiciosas, ágeis e agressivas da história”, indicou o médico, acrescentando que “não há dúvidas de que a atitude da China, perante esta nova patologia respiratória, mudou o rumo do que era, e continua a ser, uma epidemia que se expandia rapidamente e era mortal”.

Bruce Aylward tentou dissipar as dúvidas sobre a fiabilidade dos dados oficiais fornecidos pela China. “No terreno há muitas estatísticas e dados que apoiam a diminuição (de novos casos). Estão a cair, devido às acções empreendidas”, considerou.

O líder da equipa da OMS recordou que até à terceira semana de Janeiro, o crescimento de novos casos era “exponencial”.

“Poderíamos esperar que uma curva assim continuasse a crescer e que começasse a cair pouco a pouco, ao não encontrar mais pessoas suscetíveis de infeção. Mas foi bloqueada de uma forma abrupta e acabou por baixar”, declarou.

Este “tremendo esforço”, acrescentou, é “extremamente importante para a China e para o resto do mundo”, referiu.

“Ganhámos algum tempo, mas temos de usar esse tempo melhor do que até agora. Temos de trabalhar rápido. A comunidade internacional, porém, não está mentalizada”, advertiu, no entanto, Bruce Aylward.

O perito da OMS também citou algumas deficiências na reação da China, como os atrasos iniciais dos alertas sanitários e a falta de camas em hospitais, especialmente na província de Hubei, epicentro do surto, apesar de a maioria das suas declarações serem favoráveis às autoridades do país asiático.

Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o Covid-19 provocou 2.592 mortos na China Continental e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.

Além dos mortos na China continental, já houve também mortos no Irão, Japão, na região chinesa de Hong Kong, Coreia do Sul, Itália, Filipinas, França, Estados Unidos e Taiwan.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

25 Fev 2020

Covid-19 | Medidas tomadas pela China terão evitado centenas de milhares de casos, diz OMS

[dropcap]A[/dropcap]s medidas tomadas pela China para tentar conter a propagação do novo coronavirus Covid-19, “provavelmente evitaram centenas de milhares de casos” no país, afirmou hoje o enviado da Organização Mundial de Saúde (OMS), Bruce Aylward.
“A redução dos casos que estamos a ver é real. Podemos dizer, com confiança, que estão a baixar de verdade”, disse o médico canadiano numa conferência de imprensa realizada em Pequim, na qual apresentou as conclusões da missão da OMS que liderou no terreno.
A missão começou há duas semanas, quando cerca de 20 peritos internacionais liderados por Aylward chegaram à China para se juntarem aos colegas chineses para estudar a epidemia e avaliar as medidas tomadas pelo governo chinês.
“São provavelmente as medidas de contenção de doenças mais ambiciosas, ágeis e agressivas da história”, indicou o médico, acrescentando que “não há dúvidas de que a atitude da China, perante esta nova patologia respiratória, mudou o rumo do que era, e continua a ser, uma epidemia que se expandia rapidamente e era mortal”.
Bruce Aylward tentou dissipar as dúvidas sobre a fiabilidade dos dados oficiais fornecidos pela China. “No terreno há muitas estatísticas e dados que apoiam a diminuição (de novos casos). Estão a cair, devido às acções empreendidas”, considerou.
O líder da equipa da OMS recordou que até à terceira semana de Janeiro, o crescimento de novos casos era “exponencial”.
“Poderíamos esperar que uma curva assim continuasse a crescer e que começasse a cair pouco a pouco, ao não encontrar mais pessoas suscetíveis de infeção. Mas foi bloqueada de uma forma abrupta e acabou por baixar”, declarou.
Este “tremendo esforço”, acrescentou, é “extremamente importante para a China e para o resto do mundo”, referiu.
“Ganhámos algum tempo, mas temos de usar esse tempo melhor do que até agora. Temos de trabalhar rápido. A comunidade internacional, porém, não está mentalizada”, advertiu, no entanto, Bruce Aylward.
O perito da OMS também citou algumas deficiências na reação da China, como os atrasos iniciais dos alertas sanitários e a falta de camas em hospitais, especialmente na província de Hubei, epicentro do surto, apesar de a maioria das suas declarações serem favoráveis às autoridades do país asiático.
Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o Covid-19 provocou 2.592 mortos na China Continental e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.
A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.
Além dos mortos na China continental, já houve também mortos no Irão, Japão, na região chinesa de Hong Kong, Coreia do Sul, Itália, Filipinas, França, Estados Unidos e Taiwan.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

25 Fev 2020

Covid-19 | OMS alerta que o mundo tem de se preparar para “eventual pandemia”

[dropcap]O[/dropcap] director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) avisou ontem que o mundo tem de se preparar para uma “eventual pandemia” do novo coronavírus, considerando “muito preocupante” o “aumento repentino” de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

“Devemos concentrar-nos na contenção [da epidemia], enquanto fazemos todo o possível para nos prepararmos para uma possível pandemia”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa em Genebra.

No entanto, a epidemia recuou na China, onde o novo coronavírus surgiu no final de dezembro e onde 77.000 pessoas foram infectadas desde então, refere a OMS.

Especialistas da missão conjunta da OMS em várias províncias chinesas, incluindo Wuhan, o epicentro da epidemia, descobriram que a epidemia de Covid-19 atingiu na China “um pico seguido de 23 de janeiro a 02 de fevereiro passado, e está em declínio desde então “, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Isso deve dar aos países esperanças de que esse vírus possa ser contido”, afirmou, mais uma vez saudando as medidas drásticas tomadas pela China, onde dezenas de milhões de pessoas vivem confinadas há semanas.

Noutras partes do mundo, a epidemia de pneumonia viral acelerou ontem, com relatos de subidas acentuadas na Coreia do Sul e no Irão, que agora registam o maior número de casos de contaminação e mortes fora da China.

Segundo Ghebreyesus, o aumento repentino no número de casos em Itália, no Irão e na Coreia do Sul é muito preocupante”, acrescentando que deverá viajar na terça-feira para Teerão, acompanhado de especialistas.

Na Europa, a Itália, que atualmente contabiliza seis mortos, tornou-se o primeiro país do continente a instalar um cordão de controlo médico-sanitário em torno de dez cidades do norte.

A Itália, que passou de seis para 219 casos em quatro dias, é o país mais afectado na Europa e o terceiro no mundo, depois da Coreia do Sul e da China.

A OMS decidiu enviar missões científicas para a Itália e o Irão, com a intenção de ajudar as autoridades nacionais a implementarem as medidas de contenção necessárias.

A primeira equipa “está a chegar a Itália”, enquanto a segunda viajará terça-feira para Teerão, disse o director de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, na entrevista coletiva diária para relatar a evolução desse surto epidémico.

Ryan considerou provável que, no caso do Irão, a rápida multiplicação de casos esteja relacionada com as festividades religiosas com a participação de muitos milhares de fiéis, já que o centro do surto está localizado em Qom, considerada uma cidade sagrada para os xiitas.

Por seu turno, Tenros Adhanom Ghebreyesus acrescentou que, do ponto de vista científico, a missão conjunta na China também ajudou a demonstrar “que não houve mudança significativa no ADN do coronavírus”.

Quanto à taxa de mortalidade na China, é atualmente de 0,7% e entre 2,0% e 4,0% em Wuhan, detalhou.

Os especialistas também descobriram que as pessoas que foram infectadas, mas não sofrem de sintomas graves, têm um tempo de recuperação de cerca de duas semanas, enquanto aquelas que são severamente afetadas levam entre três a seis semanas, explicou.

A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, já infectou mais de 79.000 pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afetados.

O número de mortos devido ao coronavírus subiu para 2.592 na China continental, contabilizando também mais de 75 mil infectados, quase todos na província de Hubei.

Além das vítimas mortais na China continental, já houve também mortos no Irão, Japão, na região chinesa de Hong Kong, Coreia do Sul, Filipinas, Estados Unidos e Taiwan. Na Europa, os países mais afetados são a Itália e a França.

Em Portugal já existiram 13 casos suspeitos, mas após análises foram dados negativos.

Existe apenas um caso de um português infetado, trabalhador num navio de cruzeiros que se encontra de quarentena no porto de Yokohama, no Japão.

25 Fev 2020

Covid-19 | OMS alerta que o mundo tem de se preparar para "eventual pandemia"

[dropcap]O[/dropcap] director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) avisou ontem que o mundo tem de se preparar para uma “eventual pandemia” do novo coronavírus, considerando “muito preocupante” o “aumento repentino” de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.
“Devemos concentrar-nos na contenção [da epidemia], enquanto fazemos todo o possível para nos prepararmos para uma possível pandemia”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa em Genebra.
No entanto, a epidemia recuou na China, onde o novo coronavírus surgiu no final de dezembro e onde 77.000 pessoas foram infectadas desde então, refere a OMS.
Especialistas da missão conjunta da OMS em várias províncias chinesas, incluindo Wuhan, o epicentro da epidemia, descobriram que a epidemia de Covid-19 atingiu na China “um pico seguido de 23 de janeiro a 02 de fevereiro passado, e está em declínio desde então “, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Isso deve dar aos países esperanças de que esse vírus possa ser contido”, afirmou, mais uma vez saudando as medidas drásticas tomadas pela China, onde dezenas de milhões de pessoas vivem confinadas há semanas.
Noutras partes do mundo, a epidemia de pneumonia viral acelerou ontem, com relatos de subidas acentuadas na Coreia do Sul e no Irão, que agora registam o maior número de casos de contaminação e mortes fora da China.
Segundo Ghebreyesus, o aumento repentino no número de casos em Itália, no Irão e na Coreia do Sul é muito preocupante”, acrescentando que deverá viajar na terça-feira para Teerão, acompanhado de especialistas.
Na Europa, a Itália, que atualmente contabiliza seis mortos, tornou-se o primeiro país do continente a instalar um cordão de controlo médico-sanitário em torno de dez cidades do norte.
A Itália, que passou de seis para 219 casos em quatro dias, é o país mais afectado na Europa e o terceiro no mundo, depois da Coreia do Sul e da China.
A OMS decidiu enviar missões científicas para a Itália e o Irão, com a intenção de ajudar as autoridades nacionais a implementarem as medidas de contenção necessárias.
A primeira equipa “está a chegar a Itália”, enquanto a segunda viajará terça-feira para Teerão, disse o director de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, na entrevista coletiva diária para relatar a evolução desse surto epidémico.
Ryan considerou provável que, no caso do Irão, a rápida multiplicação de casos esteja relacionada com as festividades religiosas com a participação de muitos milhares de fiéis, já que o centro do surto está localizado em Qom, considerada uma cidade sagrada para os xiitas.
Por seu turno, Tenros Adhanom Ghebreyesus acrescentou que, do ponto de vista científico, a missão conjunta na China também ajudou a demonstrar “que não houve mudança significativa no ADN do coronavírus”.
Quanto à taxa de mortalidade na China, é atualmente de 0,7% e entre 2,0% e 4,0% em Wuhan, detalhou.
Os especialistas também descobriram que as pessoas que foram infectadas, mas não sofrem de sintomas graves, têm um tempo de recuperação de cerca de duas semanas, enquanto aquelas que são severamente afetadas levam entre três a seis semanas, explicou.
A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, já infectou mais de 79.000 pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afetados.
O número de mortos devido ao coronavírus subiu para 2.592 na China continental, contabilizando também mais de 75 mil infectados, quase todos na província de Hubei.
Além das vítimas mortais na China continental, já houve também mortos no Irão, Japão, na região chinesa de Hong Kong, Coreia do Sul, Filipinas, Estados Unidos e Taiwan. Na Europa, os países mais afetados são a Itália e a França.
Em Portugal já existiram 13 casos suspeitos, mas após análises foram dados negativos.
Existe apenas um caso de um português infetado, trabalhador num navio de cruzeiros que se encontra de quarentena no porto de Yokohama, no Japão.

25 Fev 2020