Covid-19 | China constrói centro de quarentena em Hebei para quatro mil pessoas

Um centro de quarentena com capacidade para mais de quatro mil pessoas está a ser construído na cidade de Shijiazhuang, com 10 milhões de habitantes, na província de Hebei, afetada por um surto de covid-19.

Imagens captadas por satélite pela Agência Espacial Europeia mostram, de acordo com a Associated Press, mudanças ocorridas na área de construção nos últimos 10 dias. Grupos de casas pré-fabricadas também podem ser vistas nas imagens.

Por outro lado, o jornal People’s Daily, órgão oficial do Partido Comunista da República Popular da China, indica que 600 quartos estão prontos desde o passado dia 19 de janeiro e que 3.600 estão a ser preparados.

Outras publicações do regime referem que operários de vários pontos do país estão a ser enviados para Hebei para a construção do complexo. A mobilização de mão-de-obra ou de equipas de salvamento a nível nacional são uma prática comum do regime quando ocorrem desastres naturais ou outro tipo de crises.

No ano passado, os hospitais Huoshenshan e Leishenshan foram construídos em poucos dias para doentes com covid-19 na cidade de Wuhan onde o novo coronavírus foi inicialmente detetado a nível mundial.

Pequim afirma que tem controlada “amplamente” a propagação da pandemia de covid-19 mas admite surtos, sobretudo nas regiões do norte do país mais atingidas pela descida das temperaturas.

A Comissão Nacional de Saúde afirma ter registado 145 casos nas últimas 24 horas, “incluindo 11 casos” na província de Hubei. O suposto novo centro de tratamento foi concebido para manter em quarentena as pessoas que estiveram em contacto com doentes com covid-19.

De acordo com a China News Service, a segunda maior agência estatal de notícias – depois da Agência Nova China -, cada quarto tem 18 metros quadrados, uma cama, um aparelho de ar condicionado, uma mesa, uma televisão e rede de internet.

Segundo as notícias dos meios de comunicação social do regime, o complexo fica situado em Zhengding, na área suburbana de Shijiazhuang, a capital da província de Hebei, a cerca de 260 quilómetros a sul de Pequim.

25 Jan 2021

Nove dos 10 mineiros ainda presos numa mina chinesa foram encontrados mortos

Nove dos 10 mineiros que ainda estavam presos numa mina de ouro na China, há duas semanas, foram encontrados mortos, anunciou hoje a agência de notícias estatal Xinhua.

Uma explosão numa mina de ouro em Qixia, na província oriental de Shandong, a 10 de janeiro, bloqueou 22 mineiros a várias centenas de metros de profundidade. Desde então, 10 morreram, 11 foram retirados com vida e um ainda continua desaparecido, de acordo com a Xinhua.

No domingo, onze mineiros foram trazidos em segurança para a superfície. A televisão estatal CCTV mostrou os mineiros a serem retirados um a um na tarde de domingo, com os olhos cobertos para os proteger depois de tantos dias a viver na escuridão.

Um mineiro morreu devido a um ferimento na cabeça logo após a explosão, que depositou grandes quantidades de escombros no poço da mina.

O aumento da supervisão melhorou a segurança na indústria de mineração da China, que costumava ter uma média de 5.000 mortes por ano.

No entanto, a grande procura de carvão e metais preciosos continua a estimular a construção de mina, e dois acidentes em Chongqing, no ano passado, mataram 39 mineiros.

25 Jan 2021

Diplomata norte-coreano desertou para a Coreia do Sul em 2019

Um alto diplomata norte-coreano, que assegurou interinamente o cargo de embaixador no Kuwait, desertou em 2019 para a Coreia do Sul com a família, noticiou hoje um diário sul-coreano.

Ryu Hyun-woo chegou em setembro de 2019 à Coreia do Sul, onde pediu asilo político, de acordo com o diário Maeil Business, citado pela agência de notícias France-Presse, mas a fuga foi mantida em segredo.

Cerca de 30 mil norte-coreanos fugiram já à repressão e à pobreza no país para o Sul, na maioria dos casos passando primeiro pela fronteira com a China.

As deserções de responsáveis são raras. No entanto, a chegada de Ryu à Coreia do Sul ocorreu alguns meses depois da fuga do antigo embaixador interino em Itália Jo Song-gil, que também pediu asilo a Seul.

“Decidi desertar porque queria dar ao meu filho um futuro melhor”, declarou Ryu, citado pelo Maeil Business.

Em setembro de 2017, Ryu assumiu interinamente a liderança da embaixada, na sequência da expulsão pelo Kuwait do diplomata So Chang-sik, depois de a ONU ter adotado sanções contra Pyongyang relacionadas com os programas nuclear e balístico.

Os meios de comunicação social identificaram Ryu como familiar de Jon Il-chun, antigo chefe do Gabinete 39, que gere os fundos secretos dos dirigentes norte-coreanos.

Em 2016, o antigo “número dois” da embaixada da Coreia do Norte no Reino Unido Tae Yong-ho desertou para a Coreia do Sul, naquela que foi a mais recente deserção de um responsável do Norte.

Eleito deputado no ano passado, Tae apresentou Ryu como membro do “coração da elite” do regime.

“Independentemente dos privilégios que se possam ter na Coreia do Norte, o vosso espírito só poderá mudar quando se vai ao estrangeiro e se faz a comparação”, afirmou.

O Norte reforçou as restrições e o controlo das fronteiras no âmbito das medidas contra a covid-19 e o número de norte-coreanos a fugir para o Sul diminuiu consideravelmente no ano passado.

Mas, para Tae, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, “nunca poderá impedir os norte-coreanos que sonham com a liberdade de fugirem para a Coreia do Sul”.

Depois de uma notável melhoria nas relações intercoreanas em 2018, na sequência dos Jogos Olímpicos de inverno, o fracasso da segunda cimeira entre Kim e o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em fevereiro de 2019, em Hanoi, trouxe um novo “arrefecimento” à política na península.

As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, depois de a Guerra da Coreia (1950-53) ter terminado com a assinatura de um armistício, que ainda não foi substituído por um acordo de paz.

25 Jan 2021

Covid-19 | China com 124 novos casos, 117 de contágio local

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje ter identificado 124 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, 117 dos quais são contágios locais registados em três províncias e duas cidades. Os casos locais foram detetados no nordeste do país, nas províncias de Jilin (67), Heilongjiang (35) e Hebei (11). Nas cidades de Pequim e de Xangai foram registados três casos e um, respetivamente.

As autoridades chinesas isolaram várias zonas naquelas províncias do nordeste do país, para controlar os diferentes surtos, e estão a realizar uma campanha maciça de testes à covid-19 entre a população, para travar o aumento dos casos.

Os três casos detetados em Pequim foram registados no distrito de Daxing, palco de um surto que as autoridade estão a tentar controlar através de confinamentos seletivos, rastreio de contactos próximos e testes maciços.

O Governo chinês está a tentar evitar a propagação da doença durante o período das festividades do Ano Novo Lunar, que este ano decorre entre 11 e 17 de fevereiro, quando centenas de milhões de chineses regressaram aos locais de origem.

Em algumas províncias, as autoridades cancelaram férias, comemorações públicas e exposições típicas nesta época e pediram para limitar as deslocações a viagens essenciais.

A Comissão de Saúde da China indicou que os restantes sete casos detetados nas últimas 24 horas foram diagnosticados em viajantes oriundos do estrangeiro e chegados às cidades de Xangai (dois) e Tianjin (dois), e às províncias de Guangdong (dois) e Fujian (um).

O número de infetados ativos no país fixou-se em 1.850, incluindo 109 em estado grave, acrescentou.

Em 14 de janeiro, e depois de quase oito meses sem registar qualquer óbito, o organismo anunciou uma nova morte, o que eleva o número total de mortos para 4.635, de acordo com os dados oficiais.

Desde o início da pandemia, o país somou 89.115 infetados.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.121.070 mortos resultantes de mais de 98,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

25 Jan 2021

Xi Jinping | Luta contra a corrupção está longe de terminar

O presidente Xi Jinping destacou, na sexta-feira, na quinta sessão plenária da Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCID) do 19º Comité Central do PCC, a importância de reforçar os papéis de orientação e salvaguarda de uma governação rigorosa do Partido em todos os aspectos para assegurar o cumprimento dos objectivos de desenvolvimento e as tarefas no período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025).

“O ano de 2020 foi extraordinário na história da República Popular da China”, disse Xi ao resumir os êxitos do ano passado na construção do Partido. “A população sente profundamente que, em tempos difíceis, pode contar com a forte liderança do Partido e a autoridade do Comité Central do PCC”.

Contudo, se “na luta contra a corrupção, êxitos históricos foram alcançados, a situação continua a ser desafiante e complexa”, advertiu Xi. “A corrupção, como o maior risco para a governança do Partido, ainda existe”, disse Xi, assinalando que os velhos e novos tipos de corrupção se entrelaçaram e que a corrupção é cada vez mais encoberta e complexa.

Em 2020, 18 funcionários foram investigados pelas autoridades centrais. Além disso, 1229 fugitivos no exterior retornaram e 2,45 mil milhões de yuans foram recuperados nos primeiros 11 meses de 2020. Já em 2021, o mais alto órgão anti-corrupção da China anunciou punições para sete funcionários que foram acusados de aceitar subornos.

“A luta entre a corrupção e os esforços anti-corrupção continuará existindo durante um longo período no futuro”, afirmou Xi. “Não há alternativa e devemos avançar na luta apesar das dificuldades”.

Xi enfatiza constantemente a melhoria da conduta do Partido, a construção do governo limpo e o combate à corrupção. “A governação do Partido deve sempre ser rigorosa, para que o PCC possa liderar e garantir a navegação tranquila do grande navio do socialismo com características chinesas”, disse.

Xi exigiu uma supervisão política forte para garantir a implementação das principais decisões e planos do Comité Central. “Devemos continuar resolutamente com a luta anti-corrupção”, disse Xi, enfatizando a necessidade para construir sistemas e medidas para garantir que os funcionários não se atrevam, sejam incapazes e não desejem cometer actos de corrupção. Nesse sentido, Xi exigiu esforços para refrear a prática de “usar o formalismo pelo fim do formalismo” e a burocracia.

“Esforços contínuos devem ser feitos para lidar com a corrupção e a conduta imprópria que afectam os interesses imediatos da população, a fim de impulsionar o seu sentido de estar a ser beneficiada”, acrescentou.

Xi enfatizou ainda a necessidade de melhorar os sistemas de supervisão do Partido e do Estado, e para integrar a supervisão no desenvolvimento do país durante o período do 14º Plano Quinquenal. “As agências de inspecção disciplinar e de supervisão devem tomar a liderança no fortalecimento da construção política do Partido. Elas devem também ser sujeitas à restrição e supervisão mais estritas”, disse Xi.

25 Jan 2021

Taiwan | Pequim critica conluio entre DPP e políticos americanos

Zhu Fenglian, porta-voz para o Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, criticou na sexta-feira o conluio do Partido Progressivo Democrático (DPP, em inglês) de Taiwan com o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e os seus aliados, dizendo que eles prejudicam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.

Zhu fez o comentário ao responder a uma pergunta sobre as declarações feitas pelo conselho dos assuntos da parte continental de Taiwan sobre as sanções da China continental contra 28 indivíduos norte-americanos, incluindo Pompeo.

Zhu indicou que as autoridades do DPP procuram “fortalecer os seus laços com os políticos anti-China dos EUA da administração anterior e fomentar o resultado de seu conluio por interesses próprios, como já provado pelos factos”.

Segundo Zhu, o DPP permitiu a importação de porco americano contendo ractopamina, o que é prejudicial à saúde do povo. “Isso provocou indignação entre os residentes de Taiwan”, disse Zhu.

“As autoridades do DPP mostraram que são do mesmo tipo que Pompeo e seus aliados por conluiar com eles, por isso serão julgados e punidos pela história, acrescentou Zhu.

25 Jan 2021

Covid-19 | Decretado confinamento em dois bairros de Kowloon, em Hong Kong

O Governo de Hong Kong, que vive a sua quarta onda de infeções pelo novo coronavírus, confinou este sábado dois bairros populosos localizados na península de Kowloon, numa tentativa de impedir o avanço do vírus. Esta será a primeira vez que os seus residentes ficam confinados nestes bairros desde o início da pandemia.

As autoridades tomaram a medida depois de registar um rápido aumento de casos na área nos últimos quatro dias, com 145 casos positivos do SARS-CoV-2 nos bairros de Yau Ma Tei e Jordan. Conforme foi anunciado pelo Governo, num comunicado, quem residir nessas duas áreas deverá fazer o teste para o SARS-CoV-2 e permanecer em casa até que os resultados sejam conhecidos.

O confinamento vai durar 48 horas e afeta cerca de 10.000 residentes, muitos deles pobres e idosos que vivem em prédios antigos.

Só tem acesso àquela área, isolada pela polícia militar desde a madrugada de sábado, agentes de saúde e demais trabalhadores considerados essenciais como cuidadores de idosos.

Os residentes confinados não terão permissão para deixar a área, mas poderão deslocar-se dentro desta se tiverem um resultado negativo do teste para o vírus.

As autoridades, que mobilizaram cerca de 3.000 trabalhadores de prevenção e controlo de epidemias para implementar o confinamento, garantiram que fornecerão alimentos e produtos de limpeza para os moradores afetados.

Em caso de detecção de um caso de coronavírus, a pessoa infetada será encaminhada ao hospital, enquanto os seus contactos próximos ficarão isolados em centros de observação. O total de infectados em Hong Kong desde o início da pandemia chega a 9.928 pessoas, dos quais 168 morreram.

24 Jan 2021

Covid-19 | China regista 80 novos casos, incluindo 65 de contágio local

A China registou 80 infectados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, 65 dos quais são contágios locais, informou hoje a Comissão de Saúde do país. Foram detectadas infeções locais nas províncias de Heilongjiang (29), Hebei (19) e Jilin (12 e três casos na cidade de Xangai e dois casos na capital, Pequim.

As autoridades chinesas redobraram os esforços para conter os surtos. Várias áreas foram isoladas e estão a ser efetuados testes em massa à população, numa tentativa de refrear a curva dos casos.

As autoridades estão a tentar travar o ressurgimento de surtos na véspera do período de férias do Ano Novo lunar, que decorre entre 11 e 17 de fevereiro de 2021, quando centenas de milhões chineses viajam para os locais de origem.

A Comissão de Saúde da China disse que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.800.

O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na passada semana, depois de quase oito meses sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635. O país somou, no total, 88.991 infetados desde o início da pandemia.

24 Jan 2021

Onze mineiros resgatados com vida de uma mina de ouro na China

Onze mineiros presos há duas semanas dentro de uma mina de ouro na China, devido a uma explosão, foram hoje trazidos em segurança para a superfície, informou a televisão estatal chinesa. No dia 10 de Janeiro, 22 mineiros ficaram presos numa mina na localidade Qixia, na província de Shandong, após uma explosão.

A televisão estatal CCTV mostrou os trabalhadores a serem retiradosum a um na tarde de hoje, com os olhos cobertos para os proteger depois de tantos dias a viver na escuridão. Um mineiro morreu devido a um ferimento na cabeça após a explosão, que depositou grandes quantidades de escombros no poço da mina.

O destino dos outros 10 mineiros que estavam no subsolo é desconhecido. As autoridades detiveram os administradores de minas por atrasarem a comunicação do acidente. O jornal China Daily disse no seu portal na internet que sete dos trabalhadores foram capazes de caminhar sem auxílio para as ambulâncias.

A CCTV mostrou várias ambulâncias estacionadas ao lado de veículos de engenharia no local do acidente. O aumento da supervisão melhorou a segurança na indústria de mineração da China, que costumava ter uma média de 5.000 mortes por ano.

No entanto, a grande procura de carvão e metais preciosos continua a estimular a construção de mina, e dois acidentes em Chongqing, no ano passado, mataram 39 mineiros.

24 Jan 2021

Covid-19 | China oferece 500 mil doses de vacina ao Paquistão

A China vai oferecer 500 mil doses de uma das vacinas contra a doença covid-19 desenvolvidas naquele país ao Paquistão, anunciou o chefe da diplomacia paquistanesa, Shah Mahmood Qureshi.

“O Paquistão manifesta grande apreço pelas 500 mil doses de vacina oferecidas pela China”, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Já em declarações à imprensa, o ministro frisou que Pequim prometeu a Islamabad que esta primeira entrega de meio milhão de doses seria gratuita e que iria chegar ao Paquistão antes do final do corrente mês.

A China também prometeu enviar ao Paquistão outra entrega, desta vez de um milhão de doses, antes do final do mês de fevereiro, acrescentou Shah Mahmood Qureshi, precisando que as autoridades paquistanesas já autorizaram o uso de emergência da vacina desenvolvida pela farmacêutica estatal chinesa Sinopharm.

Desde o diagnóstico do primeiro caso da doença covid-19 no país, em fevereiro de 2020, o Paquistão totaliza 527.146 casos e mais de 11.000 vítimas mortais.

Outros países asiáticos, como Filipinas, Camboja ou Myanmar (antiga Birmânia), já anunciaram doações de vacinas por parte de Pequim, uma ofensiva diplomática da China que já foi apelidada como “a diplomacia das vacinas”.

Em maio de 2020, durante a reunião anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que Pequim ia oferecer dois mil milhões de dólares (cerca de 1,64 mil milhões de euros) em assistência aos países afetados pela pandemia da covid-19, sobretudo aos mais pobres.

Na mesma altura, Xi Jinping disse ainda que as potenciais vacinas que a China previa desenvolver contra a doença iriam estar disponíveis “como um bem público global para que fossem acessíveis a todos os países em desenvolvimento”.

22 Jan 2021

Parlamento Europeu lamenta acordo de investimentos com a China

O Parlamento Europeu (PE) apelou esta quinta-feira à libertação “imediata e incondicional” dos activistas de Hong Kong e defendeu que a União Europeia “corre o risco” de perder a “credibilidade” ao negociar um acordo de investimentos com a China.

Numa resolução aprovada com 597 votos a favor, 17 contra e 61 abstenções, os eurodeputados apelam “à libertação imediata dos representantes da oposição democrática e activistas detidos em Hong Kong durante as duas primeiras semanas de 2021, mas também de todos aqueles previamente detidos sob acusações de subversão previstas na Lei de Segurança Nacional”.

Entre os indivíduos citados na resolução, o PE pede nomeadamente a libertação do activista Joshua Wong, Ivan Lam e Agnes Chow.

Face à detenção dos activistas, os eurodeputados ameaçam não ratificar o acordo de investimentos negociado pela UE com a China em dezembro, referindo que, no momento da sua aprovação na assembleia, irão “examinarão cuidadosamente o acordo” e irão ter em consideração “a situação dos direitos humanos na China, incluindo em Hong Kong”.

Nesse âmbito, os eurodeputados lamentam que, tanto a Comissão como o Conselho da UE, não tenham ouvido os “pedidos do PE” que instava as instituições a utilizarem o acordo sobre os investimentos com a China enquanto “instrumento de pressão para preservar o alto nível de autonomia de Hong Kong”.

“Ao apressar-se a lograr este acordo sem adotar medidas concretas contra as graves violações dos direitos humanos em curso, por exemplo, em Hong Kong, na província de Xinjiang e no Tibete, a UE corre o risco de comprometer a sua credibilidade como paladino mundial dos direitos humanos”, sublinha a resolução.

Os eurodeputados exortam ainda o Conselho da UE a ponderar “introduzir sanções direcionadas” contra “indivíduos em Hong Kong e na China, incluindo contra a líder de Hong Kong, Carrie Lam”.

A UE e a China chegaram, em 30 de dezembro de 2020, a um “acordo de princípio” sobre investimentos, ao fim de sete anos de negociações, durante uma videoconferência entre líderes da UE e o Presidente chinês, Xi Jinping.

De acordo com Bruxelas, este acordo político “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, uma vez que “a UE tem sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”.

Pequim “compromete-se agora a abrir-se à UE numa série de sectores-chave” e a assegurar “um tratamento justo” às empresas europeias, de modo a que estas possam competir em condições de igualdade, referiu a Comissão. Falta agora que o texto do acordo seja finalizado pelas partes, tendo depois de ainda ser aprovado pelo Conselho (Estados-membros) e pelo Parlamento Europeu.

22 Jan 2021

Biden | China felicita democrata pela tomada de posse e pede unidade na relação bilateral

A China felicitou hoje Joe Biden pela tomada de posse como Presidente dos Estados Unidos e lembrou o seu discurso para também pedir “unidade” na relação entre os dois países.

“Constatei que o Presidente Biden insistiu repetidamente no seu discurso na palavra ‘unidade’. Acho que é exatamente disso que precisamos agora na relação sino/norte-americana”, disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China aos jornalistas.

A relação entre os dois países caiu ao nível mais baixo sob a Administração do ex-Presidente Donald Trump, que travou uma guerra comercial e tecnológica com o gigante asiático.

Logo após a posse de Joe Biden, que ocorreu na quarta-feira em Washington, Pequim anunciou sanções contra 28 ex-funcionários do Governo cessante, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, que será proibido de entrar na China e em Hong Kong.

Mas Pequim, que demorou para reconhecer a vitória do candidato democrata, diz que quer virar a página. “Eu penso que tanto a China quanto os Estados Unidos devem ter coragem e mostrar sabedoria para se entenderem mutuamente”, disse a directora do departamento de informações do ministério chinês.

“É obrigação da China e dos Estados Unidos, como duas grandes nações, e também é a esperança da comunidade internacional”, declarou a porta-voz. “Se os dois lados cooperarem, os anjos benevolentes prevalecerão sobre as forças do mal na relação China-EUA”, declarou Hua, citando outra passagem do discurso de Joe Biden.

A porta-voz saudou o regresso dos Estados Unidos ao acordo de Paris sobre o clima e à Organização Mundial da Saúde (OMS).

A nova Administração norte-americana terá que lidar com vários assuntos relacionados à China, nomeadamente a questão dos direitos humanos, especialmente em Hong Kong e na região de Xinjiang, habitada por muçulmanos uigures. A este respeito, o secretário de Estado nomeado por Joe Biden, Antony Blinken, mostrou firmeza na terça-feira durante uma audiência no Senado.

Blinken disse que compartilhava da acusação lançada por Mike Pompeo de “genocídio” perpetrada pela China contra os muçulmanos uigures. O novo secretário de Biden também admitiu que o Presidente republicano cessante “estava certo em adoptar uma postura mais firme contra a China”.

Joe Biden – que sucede a Donald Trump, após ter vencido o republicano nas eleições presidenciais de 03 de novembro – prestou juramento quarta-feira, na escadaria oeste do Capitólio, numa cerimónia sob um forte dispositivo de segurança, após o violento ataque ao Congresso, na passada semana, por uma multidão de apoiantes de Donald Trump.

21 Jan 2021

China anuncia sanções contra Pompeo e outros responsáveis da administração Trump

A China anunciou esta quarta-feira sanções contra cerca de 30 responsáveis do Governo do antigo Presidente dos EUA Donald Trump, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, por violação da sua “soberania”.

“A China decidiu sancionar 28 pessoas que violaram gravemente a soberania” chinesa, declarou o ministério dos Negócios Estrangeiros através de um comunicado difundido quando Joe Biden era investido nas funções de Presidente dos EUA, em Washington.

Para além de Pompeo, a diplomacia chinesa cita Peter Navarro, conselheiro para o comércio de Donald Trump, Robert O’Brien, um dos seus conselheiros para a segurança nacional, Alex Azar, ex-secretário da Saúde e Stephen Bannon, que também foi conselheiro do ex-Presidente dos EUA.

Todas estas personalidades e os membros das suas famílias são proibidos de entrar em território chinês, incluindo Hong Kong e Macau, sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “Eles e as sociedades e instituições que lhes estão associadas também não poderão efectuar negócios com a China”, acrescentou.

Na quarta-feira, a China ridicularizou as acusações de Pompeo, que se referiu a um “genocídio” em curso contra os muçulmanos uigures na região do Xinjiang (noroeste). A questão uigure constitui um dos numerosos pontos de fricção entre Pequim e Washington, a par da doença covid-19, Hong Kong ou ainda Taiwan. Um confronto que o secretário de Estado cessante elevou a um nível de nova Guerra Fria.

De acordo com analistas estrangeiros, mais de um milhão de uigures estão ou foram detidos em campos de reeducação política em Xinjiang.

21 Jan 2021

Bilionário chinês Jack Ma reaparece após estar “desaparecido” quase três meses

O bilionário fundador do gigante do comércio eletrónico chinês Alibaba, Jack Ma, reapareceu hoje numa reunião virtual com professores rurais após meses de incerteza sobre o seu paradeiro. No vídeo, publicado no ‘site’ do jornal Tianmu News, a sua província natal (Zhejiang), Ma cumprimenta uma centena de professores rurais do país asiático seleccionados para um prémio. “Quando a epidemia acabar, voltaremos a encontrar-nos”, afirmou.

Embora o seu discurso não faça qualquer menção à sua situação, Jack Ma afirmou que durante “os últimos seis meses” – ou seja, um período que inclui o tempo em que esteve longe dos holofotes – tem participado activamente no processo de selecção de professores para o prémio que apresentou.

Ma não aparecia em público desde finais de outubro de 2020 e a imprensa internacional tinha especulado sobre o seu paradeiro, chegando ao ponto de utilizar o termo “desapareceu” após o atrito que teve com o Governo chinês, que forçou a suspensão, em novembro, da Oferta Pública Inicial da sua empresa Ant Group. O grupo seria objeto da maior oferta pública de aquisição da história.

Na sua última aparição pública, dias antes de se ter gorado a Oferta Pública Inicial, Ma tinha feito um discurso altamente crítico da estratégia de Pequim de minimizar os riscos no sistema financeiro e dos bancos tradicionais, que, segundo ele, ainda são geridos como “lojas de penhores”.

Os rumores cresceram em novembro depois de Ma não ter participado como juiz no programa televisivo “Heróis de Negócios em África”, que fundou e no qual foi substituído por outro executivo Alibaba.

Entretanto, os meios de comunicação oficiais mantiveram um silêncio coordenado durante semanas, coincidindo com as notícias de alegadas ordens de Pequim para não dar mais cobertura mediática à investigação ‘antitrust’ recentemente aberta contra o grupo.

Na semana passada, fontes familiarizadas com o processo disseram à agência noticiosa espanhola Efe que Ma estava a tentar manter um “baixo perfil” e que se encontrava “bem”, enquanto chamavam “infundados” os rumores de que tinha sido preso ou que as autoridades o tinham proibido de sair do país.

Ma deixou a presidência de Alibaba em 2019 – 20 anos após a sua fundação – e não exerce quaisquer cargos executivos, embora seja acionista maioritário da empresa.

20 Jan 2021

Covid-19 | China regista 103 novos casos, incluindo 88 de contágio local

A Comissão Nacional de Saúde da China informou hoje que o país asiático diagnosticou 103 novos casos de covid-19 na segunda-feira, 88 dos quais são infeções locais. As infeções locais foram detectadas nas províncias de Jilin (46), Hebei (19) e Heilongjiang (16), enquanto na capital, Pequim, o número subiu para sete casos.

As autoridades chinesas redobraram os seus esforços para conter os surtos nestas três províncias do nordeste, onde várias áreas foram isoladas e estão a ser efetuados testes em massa entre a população, numa tentativa de refrear a curva dos casos.

As autoridades estão a tentar travar o ressurgimento de surtos na véspera do período de férias do Ano Novo lunar, que decorre entre 11 e 17 de Fevereiro de 2021, quando centenas de milhões chineses viajam para os seus locais de origem.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 17 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infectadas activas no país se fixou em 1.473, incluindo 62 em estado grave.

O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de maio, sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635.

O país somou, no total, 88.557 infectados desde o início da pandemia. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

20 Jan 2021

Covid-19 | China defende a sua gestão após críticas de especialistas

A China defendeu hoje a sua gestão da pandemia da covid-19, embora admitindo que devia “esforçar-se para fazer melhor”, após as críticas de uma comissão independente mandatada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O país foi criticado diversas vezes por não ter alertado imediatamente a sua população ou imposto um confinamento no início da pandemia, quando as transmissões entre humanos ainda não estavam confirmadas.

A alegada falta de transparência das autoridades de Wuhan (centro), primeira cidade onde o novo coronavírus foi detetado no final de 2019, e a intimidação pela polícia de médicos locais, que revelaram a situação e foram acusados de “espalhar boatos”, também geraram críticas.

Em julho, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a criação de um grupo independente para realizar “uma avaliação honesta” da gestão da crise no mundo e “retirar lições”.

A equipa de 13 especialistas é copresidida pela ex-primeira-ministra neozelandesa Helen Clark e a antiga presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf.

No seu segundo relatório apresentado hoje à OMS, o grupo considera que “teria sido possível agir mais rapidamente com base nos primeiros sinais”.

“É claro que poderiam ter sido aplicadas com mais vigor medidas de saúde pública pelas autoridades chinesas locais e nacionais em janeiro de 2020”, sublinham os seus autores.

Interrogada, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying, respondeu hoje que Pequim reagiu rapidamente ao confinar Wuhan desde 23 de janeiro, o que “reduziu as infeções e as mortes”.

A China tem contido a pandemia no país desde a primavera, mas já morreram mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo devido à doença.

“Claro que nos devemos esforçar para fazer melhor. Todos os países, não apenas a China, mas também os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão ou qualquer outro país se deve esforçar para fazer melhor”, indicou Hua Chunying.

“Como primeiro país a dar o alarme anti-epidémico mundial, a China tomou decisões rápidas e decisivas, apesar de na altura só ter informações incompletas” sobre o vírus, sublinhou.

Uma equipa da OMS encontra-se atualmente na China para investigar as origens do novo coronavírus, assim que terminar a quarentena de duas semanas a que os seus membros estão sujeitos.

A porta-voz assegurou ser um facto e não uma informação dos media chineses que o novo vírus foi encontrado em muitos lugares no outono de 2019, realçando que rastrear a origem do SARS-CoV-2 é “um assunto científico muito sério”, que deve ter por base a ciência e a realidade.

19 Jan 2021

Covid-19 | China regista 118 novos casos, incluindo 106 de contágio local

A Comissão Nacional de Saúde da China informou hoje que o país asiático diagnosticou 118 novos casos de covid-19 na segunda-feira, 106 dos quais são infeções locais. Os casos locais foram detectados nas províncias nordestinas de Jilin (43), Hebei (35) e Heilongjiang (27), enquanto um caso foi registado na capital, Pequim.

Pelo menos onze áreas nestas três províncias permanecem em isolamento devido a surtos de coronavírus detetados nos últimos dias e estão a realizar testes em massa entre a população para refrear o contágio.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 17 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.387, incluindo 61 em estado grave.

O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de maio, sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635.

O país somou, no total, 88.454 infectados desde o início da pandemia. A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 2.031.048 mortos resultantes de mais de 94,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

19 Jan 2021

China | State Grid Corporation nomeia Xin Baoan como novo presidente

A State Grid Corporation of China nomeou esta segunda-feira Xin Baoan como novo presidente na empresa estatal chinesa, a maior acionista da portuguesa REN – Redes Energéticas Nacionais. Num comunicado, a State Grid revelou que Xin Baoan foi escolhido numa reunião dos quadros intermédios e de topo da empresa.

O executivo, que até agora era director-geral da State Grid, passa também a ser o secretário do Comité do Partido Comunista Chinês na empresa. A legislação chinesa obriga qualquer empresa que tenha pelo menos três membros do Partido Comunista Chinês a criar um comité. Mais de 91 milhões de chineses são membros do Partido Comunista Chinês, revelou em junho o Comité Central do Partido.

Numa reunião realizada também ontem, o conselho de administração da State Grid defendeu o aproveitamento “das vantagens políticas e organizacionais únicas das empresas estatais” para “acelerar a evolução de um grupo empresarial moderno com características chinesas”.

A State Grid é desde 2012 a maior accionista da REN com 25% do capital, segundo a informação disponibilizada na página da gestora das redes energéticas portuguesas na Internet.

O grupo estatal chinês está ainda presente no Brasil, onde explora a Hidroelétrica de Xingu, após construir as linhas de transmissão de energia eléctrica entre Xingu e o Rio de Janeiro, com uma extensão de 2,5 mil quilómetros.

O acordo que entregou a exploração da Hidroelétrica de Xingu à State Grid foi assinado em outubro de 2019, durante a primeira visita ao país asiático do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

19 Jan 2021

Covid-19 | China regista casos importados de Portugal e Moçambique

A China registou no domingo dois casos importados de covid-19 de países lusófonos, tratando-se de uma mulher vinda de Portugal e um homem vindo de Moçambique, ambos cidadãos chineses. Segundo a Comissão Provincial de Saúde de Shaanxi, a província do noroeste da China detectou no domingo três casos importados de covid-19.

Num comunicado, a comissão revelou que um dos casos envolve uma chinesa de 42 anos que voou de Lisboa para Xi’an, capital de Shaanxi, a 3 de janeiro. A mulher acabou por mais tarde fazer um teste positivo para o novo coronavírus já durante o período de isolamento. A chinesa desenvolveu sintomas de covid-19 e está actualmente a ser tratada num hospital da província.

Também no domingo, a Comissão de Saúde de Guangdong, província adjacente a Macau, anunciou a deteção de um caso de covid-19, um cidadão chinês oriundo de Moçambique. Num comunicado, a comissão revelou que o homem de 49 anos passou pelo Maláui, de onde voou para a Quénia e finalmente para Guangzhou, a 2 de janeiro.

Apesar de ter feito um teste negativo ao novo coronavírus, ao aterrar na capital de Guangdong, o passageiro fez mais tarde, durante o período de isolamento, um teste positivo. O homem foi, entretanto, transferido para um hospital de Guangzhou devido a problemas respiratórios.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.031.048 mortos resultantes de mais de 94,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Segundo a Comissão Nacional de Saúde da China, o país registou até domingo 88.336 casos de covid-19 e 4.635 mortes.

Em Portugal, morreram 9.028 pessoas dos 556.503 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, o Quénia é o sexto país mais afetado em África, com 1.731 óbitos e 99.162 infetados, enquanto em Moçambique morreram 234 pessoas dos 25.862 casos de infeção confirmados.

O primeiro conjunto de restrições para combater o surto de covid-19 entrou hoje em vigor no Maláui, onde os casos estão a surgir, anunciou o Presidente, Lazarus Chakwera.

Até agora, o Maláui registou 12.470 casos e 314 mortes, numa população de mais de 18 milhões de pessoas. Mas mais de 40% destes casos foram detetados só em janeiro, com um número recorde de 685 casos em 24 horas.

19 Jan 2021

Covid-19 | Província chinesa volta a estabelecer restrições rígidas a contactos sociais

A província chinesa de Hebei, que luta contra um aumento nos casos do novo coronavírus, está a restabelecer restrições rígidas a casamentos, funerais e outras reuniões familiares, ameaçando os infratores com acusações criminais.

O anúncio do tribunal superior de Hebei não forneceu detalhes, mas referiu que todos os tipos de reuniões sociais agora estão a ser regulamentadas para evitar a propagação do SARS-CoV-2.

Hebei teve um dos surtos mais graves na China nos últimos meses, em meio a medidas para conter a propagação durante o feriado do Ano Novo Lunar, que ocorreu em fevereiro. As autoridades pediram aos cidadãos que não viajassem, ordenaram que as escolas encerrassem uma semana antes e realizaram testes em grande escala.

Hebei registou outros 54 novos casos nas últimas 24 horas, indicou hoje a Comissão Nacional de Saúde, enquanto a província de Jilin (norte), registou 30 casos e a província de Heilongjiang (norte) sete.

Pequim teve dois novos casos e a maioria dos edifícios e condomínios habitacionais agora exigem prova de um teste do novo coronavírus negativo à entrada. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.022.740 mortos resultantes de mais de 94,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

18 Jan 2021

Tribunal condena herdeiro do império Samsung a dois anos e meio de prisão

Um tribunal em Seul condenou hoje o herdeiro do império Samsung, Lee Jae-yong, a dois anos e meio de prisão, no novo julgamento pela participação no esquema de corrupção da ex-Presidente sul-coreana Park Geun-hye.

O Tribunal Superior de Seul decidiu impor esta pena a Lee Jae-yong por ter subornado Choi Soon-sil (amiga da ex-Presidente sul-coreana), conhecida de “Rasputin”, como parte de uma vasta rede de favores que escandalizaram o país e desencadearam a saída de Park do poder e consequente condenação.

Lee já tinha sido condenado a cinco anos de prisão em agosto de 2017 por subornos destinados a obter tratamento favorável das autoridades, desviar fundos, ocultar bens no estrangeiro e cometer perjúrio.

Contudo, em fevereiro de 2018, um tribunal reduziu a sua pena e permitiu-lhe sair da prisão, mas um tribunal superior decidiu acusá-lo novamente.

A acusação tinha pedido nove anos de prisão para o herdeiro da Samsung no novo julgamento, de forma a dar o exemplo neste caso de grande visibilidade.

O empresário está também a ser julgado por outro tribunal de Seul sob acusações de fraude contabilística e manipulação de preços de ações alegadamente cometidas durante a controversa fusão de duas empresas do grupo em 2015.

Várias irregularidades são atribuídas à fusão de 2015, incluindo um alegado crime de fraude contabilística destinada a consolidar a posição de liderança de Lee pouco depois do seu pai, o presidente do grupo, Lee Kun-hee, ter sofrido um ataque cardíaco que o deixou em coma até à sua morte em outubro de 2020.

18 Jan 2021

Covid-19 | Bairros isolados em cidade chinesa foco de novo surto

A cidade do norte da China Shijiazhuang tem registado o maior número de casos de um novo surto de covid-19, com “cada bairro fechado ao exterior”, como conta à Lusa um estudante brasileiro.

Júlio Cézar Kattah terminou hoje um período de quarentena, após ter estado em dois dos distritos de Shijiazhuang considerados de alto risco. O jovem teve de abandonar o dormitório e passar duas semanas num hotel, dentro do campus da Universidade Normal de Hebei.

“Agora já posso sair do dormitório, depois da minha temperatura ser medida e anotada, e posso andar pelo campus, mas sempre com máscara”, explicou o estudante, que fez, entretanto, dois testes negativos ao novo coronavírus.

A 6 de janeiro, Shijiazhuang, capital de Hebei, província do norte da China que rodeia a capital, Pequim, foi colocada em confinamento, tal como as cidades de Xingtai e Langfang, partes de Pequim e outras cidades do nordeste.

Mais de 20 milhões de pessoas receberam ordens para ficar em casa, em época de viagens de pessoas que costumam reunir-se às suas famílias para o Ano Novo Lunar, o mais importante festival tradicional da China.

Só até ao meio-dia de hoje (hora de Pequim), Shijiazhuang confirmou mais 30 casos locais de covid-19, revelou numa conferência de imprensa a vice-presidente da cidade, Meng Xianghong.

Ainda assim, diz Júlio Cézar, a situação mostra sinais de melhoria, com as autoridades a permitir a circulação de estafetas que transportam comida para fora e compras.

“Até há pouco tempo não podiam, as pessoas enviavam coisas que eram entregues à entrada dos bairros”, que permanecem isolados, explicou o brasileiro.

O jovem já tinha ficado em quarentena em janeiro de 2020, após regressar a Shijiazhuang, depois de viajar pela China continental, durante as férias escolares do Ano Novo Lunar.

Mesmo após o levantamento do isolamento, “as restrições nunca terminaram”, sublinhou Júlio Cézar. “Para sairmos do campus da universidade tínhamos de fazer um requerimento, apontando um motivo específico e suficientemente forte”, referiu.

As entradas do campus têm agora câmaras de reconhecimento facial que só permitem o acesso de pessoas com ligação à universidade, acrescentou o brasileiro.

A pandemia estragou também os planos do jovem licenciado em engenharia geológica para iniciar no ano passado um mestrado na Universidade de Geociências da China, em Wuhan. Júlio César teve de ficar em Shijiazhuang, inscrevendo-se num outro curso.

Ainda assim, e apesar das saudades da família e de amigos, o estudante admite que se sente mais seguro na China do que no Brasil. “Tenho um tio que faleceu na semana passada”, revelou.

18 Jan 2021

Covid-19 | China regista 109 novos casos, incluindo 93 de contágio local

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje 109 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo 93 de contágio local. Hebei, que conta com várias cidades confinadas e milhões de habitantes em quarentena, diagnosticou 54 casos de origem local, enquanto na província de Jilin foram detetadas 30 novas infeções.

Heilongjiang, na fronteira com a Rússia, registou 12 contágios locais e Pequim dois. A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 17 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.301, incluindo 43 em estado grave.

O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de maio, sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635.

O país somou, no total, 88.336 infectados desde o início da pandemia. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.022.740 mortos resultantes de mais de 94,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

18 Jan 2021

Covid-19 | Vendedor de produtos de saúde na origem de surto na China

O surto de COVID-19 na província de Jilin, nordeste da China, relacionado com uma promoção de marketing relacionada com a saúde, causou a infecção a mais de 100 pessoas. Um homem, de apelido Lin, de 45 anos, que foi identificado como portador assimptomático do coronavírus, veria o seu caso confirmado no domingo.
Lin veio da província vizinha de Heilongjiang e viajou em comboios e autocarros em três cidades de Jilin. O infectado proferiu quatro palestras em duas academias de ginástica, em Gongzhuling e Tonghua, como empresário, de 8 a 11 de janeiro, causando um total de 102 pessoas infectadas directa e indirectamente, incluindo 79 pessoas que compareceram às palestras e 23 dos seus contactos próximos.
As pessoas infectadas são na sua maioria de meia-idade e idosos, com idade média de 63 anos e a mais velha com 87, disse Zhang Yan, vice-director da Comissão de Saúde de Jilin, no domingo. As autoridades realizaram uma investigação conjunta nos clubes de saúde que organizaram as promoções de marketing de Lin para determinar se as operações dos clubes ou se os produtos vendidos eram ilegais ou violavam os regulamentos locais, disse um funcionário do departamento de supervisão de mercado do governo de Jilin.
Gongzhuling anunciou na segunda-feira que estava a implementar testes de ácido nucleico gratuitos em toda a cidade e impôs uma gestão estrita e isolada em comunidades residenciais, exigindo que todos os cidadãos fiquem em quarentena em casa, com as necessidades diárias trazidas por trabalhadores de serviço comunitário.
As academias que realizam regularmente palestras de promoção de marketing para idosos costumam ser um ponto não controlado do trabalho de prevenção e controlo de epidemias em comunidades residenciais, pelo que se torna necessário fortalecer o monitoramento dessa área com grande concentração de idosos, destacaram especialistas em saúde.
Com casos esporádicos ainda ocorrendo em muitos lugares, qualquer evento de reunião em massa, especialmente em ambientes fechados, é arriscado, seja um seminário de saúde ou uma sessão de treinamento de conferência, disse Wang Peiyu, vice-director da Escola de Saúde Pública da Universidade de Pequim no domingo.
Jilin ordenou restrições às operações de locais públicos recreativos e eventos de massa nas cidades mais afectadas e ajustou o nível de resposta de emergência para médio em comunidades residenciais onde ocorreram infecções.
Este caso também levou outras cidades a ordenar a suspensão das actividades de vendas que envolvem reuniões em massa, como Fushun na província de Liaoning no nordeste da China e Shaoxing na província de Zhejiang no leste da China. Jilin tornou-se numa das províncias da China mais atingidas pelos surtos recentes, com um total de 34 casos confirmados ativos e 80 pacientes assimptomáticos até o momento.

18 Jan 2021