Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | John Lee é o único candidato elegível ao cargo de CE Está confirmado: John Lee é mesmo o único candidato elegível para concorrer ao cargo de Chefe do Executivo de Hong Kong, actualmente ocupado por Carrie Lam. Esta segunda-feira foram validadas as 786 nomeações pelo Comité de Revisão da Elegibilidade do Candidato John Lee é o único “candidato nomeado validado” para concorrer às eleições de 8 de Maio para o cargo de Chefe do Executivo de Hong Kong. A informação foi divulgada na segunda-feira e, segundo o canal de rádio e televisão de Hong Kong RTHK John Lee obteve 786 nomeações validadas pelo Comité de Revisão da Elegibilidade do Candidato (CERC, na sigla inglesa), de um total de 1500 personalidades que elegem o Chefe do Executivo. O CERC foi chefiado por Paul Chan, secretário para as Finanças de Hong Kong, tendo sido composto pelos secretários para a Educação, Kevin Yeung, para a Constituição e Assuntos da China, Erick Tsang e ainda por Chris Tang, actual secretário para a Segurança. O CERC contou também com Elsie Leung, Rita Fan e Lawrence Lau, três membros não oficiais. Uma das mensagens que John Lee deixou aos media momentos antes de saber que seria o único candidato elegível para substituir Carrie Lam, actualmente no cargo, foi que pretende reiniciar o diálogo com a China para uma possível reabertura de fronteiras. Este é um assunto que chegou a estar na agenda há uns meses, mas que foi colocado de novo na gaveta tendo em conta a ocorrência de surtos no interior da China e em Hong Kong. John Lee recordou que muitos residentes e estrangeiros querem viajar da China para Hong Kong, mas admitiu que não será fácil uma reabertura de fronteiras. “A minha experiência a discutir a reabertura de fronteiras com a China diz-me que temos de lhes explicar, de forma honesta, a situação de Hong Kong. Deveríamos entender que os requisitos do continente visam encontrar uma solução”, adiantou. Criar sinergias Abordando a questão da Administração pública, John Lee acrescentou que pretende construir uma “cultura progressiva” no funcionalismo público. “Muitos funcionários públicos estão a fazer muitos esforços para fazer as coisas bem, e têm o sentido do compromisso, e muitas capacidades. Trata-se de criar sinergias para que possamos construir uma equipa que resolva os problemas de forma colectiva e que atinja grandes resultados”, frisou. John Lee, que no Executivo de Carrie Lam ocupava a pasta da Segurança, disse querer apostar na criação de um “espírito de equipa” em prol da obtenção de resultados. “Através deste processo de atingir resultados práticos e reforçar com mais resultados, essa cultura [progressiva] será construída. Será algo em progresso, e isso é importante”, rematou. O portal de campanha de John Lee ficou online esta segunda-feira. O lema escolhido pelo candidato para estas eleições é “Starting a New Chapter for Hong Kong together” [Começar um novo capítulo juntos por Hong Kong].
Hoje Macau China / ÁsiaWashington visita Ilhas Salomão para conter acordo com Pequim Os Estados Unidos manifestaram esta segunda-feira preocupação com um pacto de segurança entre a China e as Ilhas Salomão, país que vai receber uma delegação diplomática norte-americana de alto nível para conter as ambições de Pequim. Kurt Campbell, membro do Conselho de Segurança Nacional, onde tem a pasta do Indo-Pacífico, e Daniel Kritenbrink secretário de Estado adjunto para o Pacífico e Ásia Oriental, vão liderar a delegação, revelou esta segunda-feira a presidência norte-americana. Além das Ilhas Salomão, os diplomatas dos EUA vão visitar Fiji, Papua Nova Guiné e o Estado norte-americano do Havai, para “aprofundar laços duradouros com a região e promover uma região do Indo-Pacífico livre, aberta e resiliente”, salientou a Casa Branca. Mas está a ser dada atenção especial à paragem nas Ilhas Salomão, pois os Estados Unidos e a Austrália, aliado próximo de Washington, estão preocupados com um projecto de acordo de segurança entre o pequeno país no Pacífico e a China. Uma versão preliminar deste acordo, divulgada no mês passado, menciona a autorização de destacamentos chineses de segurança e navais para as Ilhas Salomão, o que causou preocupação na Austrália, nos Estados Unidos e noutras nações do Pacífico. O projeto de acordo prevê, nomeadamente, que elementos da polícia chinesa armada possam ser destacados a pedido das Ilhas Salomão para assegurar a manutenção da “ordem social”. As “forças chinesas” também seriam autorizadas a proteger “a segurança do pessoal chinês” e “os seus grandes projectos” do arquipélago. Quais os limites? No início de Abril, o primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, garantiu que não permitiria a construção de uma base militar chinesa no seu país, mas isso não foi suficiente para aliviar os receios da Austrália e dos seus aliados. “Apesar das declarações do Governo das Ilhas Salomão, a natureza do acordo de segurança geralmente deixa a porta aberta para o envio de forças militares chinesas para as Ilhas Salomão”, sublinhou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price. “Acreditamos que assinar um acordo desse tipo arriscaria aumentar a desestabilização nas Ilhas Salomão e estabelecer um precedente preocupante para a região das ilhas do Pacífico como um todo”, alertou. Ned Price salientou que o arquipélago já está protegido por um tratado de segurança com a Austrália. Também um alto funcionário australiano deslocou-se na semana passada aquele arquipélago para pedir a Manasseh Sogavare que não assine o acordo com Pequim. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já tinha viajado para a região em Fevereiro.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste/Eleições | Menos filas e menos votantes na segunda volta das presidenciais Uma menor afluência de eleitores, pelo menos em Díli, parece ser a tónica dominante da segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste, marcada por menos filas e por uma aparente subida na abstenção. Com as urnas já fechadas em todo o território timorense e ainda nos centros de votação da Austrália e da Coreia do Sul, funcionários eleitorais em vários locais de votação na capital timorense, Díli, confirmaram à Lusa a menor afluência. Na escola número 5 no bairro do Farol, em Díli, por exemplo, os dados preliminares indicam uma queda de quase 25% no número total de votantes face à primeira volta. “Temos tido muito menos gente hoje. Nunca houve filas”, disse à Lusa a responsável do centro de votação. Às 15:00, momento do fecho das urnas, apenas tinham votado cerca de 1.400 eleitores, menos 500 que os mais de 1.900 que aqui votaram na primeira volta. A falta de filas evidenciou-se em vários pontos da cidade visitados pela Lusa ao longo da jornada eleitoral, com a votação a decorrer com normalidade. Devido à diferença horária, a contagem já foi concluída em dois dos três centros de votação na Austrália, Sydney e Melbourne, com José Ramos-Horta a registar uma ligeira vantagem face a Francisco Guterres Lú-Olo, de 106 contra 86 votos. O processo de contagem vai agora começar em todo o território timorense com os resultados a caírem a ‘conta gotas’, pelo menos até quarta-feira. Até ao momento, e salvo incidentes pontuais, não há indicações de problemas registados durante a jornada eleitoral.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | EUA voltam a criticar China por continuar sem condenar a invasão russa Os Estados Unidos voltaram a criticar esta segunda-feira a posição da China, por ainda não ter condenado a invasão “brutal” da Ucrânia pela Rússia, visando também alguns responsáveis chineses por repetirem a “propaganda do Kremlin”. “Não só não vimos a China condenar, como todos os países devem, a brutalidade que as forças russas estão a empregar na Ucrânia contra o povo ucraniano”, começou por referir o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, durante uma conferência de imprensa onde abordou novamente a posição de Pequim, aliada de Moscovo. “Na verdade, ouvimos alguns altos funcionários chineses repetirem algumas das propagandas mais perigosas que emanam do Kremlin [presidência russa]”, acrescentou. Washington tem alertado repetidamente a China sobre as consequências de oferecer apoio militar ou económico a Moscovo e tem instado a potência asiática a desempenhar um papel mais ativo em impedir a invasão militar russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro. Ned Price sublinhou que este “é um momento” em que todos “os países responsáveis” têm a “obrigação de deixar claro onde se posicionam sobre questões onde as nuances não se encaixam”, dando como exemplo “o massacre de civis e os abusos gratuitos dos direitos humanos” pelas forças russas na Ucrânia. Na semana passada, o Presidente dos EUA, Joe Biden, comunicou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o envio de um pacote adicional de assistência militar de 800 milhões de dólares, com armas mais letais, para enfrentar a Rússia na nova fase do invasão mais focada no Donbass, no leste da Ucrânia. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Terramoto de 5,3 atinge Fukushima e Ibaraki Um terramoto de magnitude 5,3 na escala de Richter atingiu hoje as prefeituras de Fukushima e Ibaraki na costa leste do Japão, sem desencadear um aviso de tsunami e sem que tenham sido reportados quaisquer danos. As autoridades não comunicaram quaisquer danos materiais ou de feridos até ao momento, e não foram observadas irregularidades nas centrais nucleares localizadas em Fukushima, incluindo a central danificada em 2011, segundo o operador Tokyo Electric Power. As autoridades alertaram para o risco de terramotos semelhantes nos próximos dias, notando que o terramoto de hoje foi o mais forte na área atingida por um terramoto de 7,4 de magnitude a 16 de março. O forte tremor matou quatro pessoas e feriu mais de 200 em Fukushima, danificou infraestruturas, empresas e casas, perturbou as ligações ferroviárias e rodoviárias, e ameaçou o fornecimento de energia a grande parte do arquipélago, incluindo Tóquio, nas semanas que se seguiram. O Japão situa-se no Anel de Fogo, uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, e sofre sismos relativamente frequentes, pelo que a sua infraestrutura foi especialmente concebida para resistir a terramotos.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | John Lee quer reestruturação governamental pronta até Julho O único candidato ao cargo de Chefe do Executivo de Hong Kong disse que a reestruturação governamental anunciada por Carrie Lam deve estar concluída até ao dia 1 de Julho, data em que o novo Executivo toma posse. Em campanha eleitoral, John Lee ouviu dos deputados que a comunicação entre o LegCo e o Governo deve melhorar John Lee, único candidato ao cargo de Chefe do Executivo de Hong Kong, quer que Carrie Lam, actualmente em funções, possa concluir o plano de reestruturação governamental até ao dia 1 de Julho, data em que o novo Executivo assume funções. As eleições estão agendadas para o dia 28 de Maio. Segundo o canal de rádio e televisão RTHK, John Lee disse esperar que “o actual Governo possa completar o plano de reestruturação antes que a nova Administração entre oficialmente em funções, e acredito que é isso que o actual Governo pretende fazer”. Em causa está a criação de novos órgãos públicos, como é o caso de uma nova direcção de serviços para a área da cultura, desporto e turismo. Pretende-se ainda dividir a direcção dos transportes e habitação, entre outras alterações. “Claro que exige alguma rapidez dado o tempo que resta, mas estou confiante que o trabalho de preparação já está a ser feito pela actual Administração”, adiantou John Lee, que tem estado em campanha eleitoral e que proferiu estas declarações aquando de uma visita, no sábado, ao Parque Científico e à Associação das Sociedades dos Novos Territórios. John Lee busca aumentar a competitividade de Hong Kong através da ciência, tecnologia e inovação, além de querer reforçar o poder das comunidades locais. O pedido do LegCo No domingo, num encontro online, os deputados do Conselho Legislativo (LegCo) pediram a John Lee para que haja uma melhor comunicação entre o parlamento local e o novo Executivo. “Parece-me que os deputados dizem o que querem dizer, enquanto que os membros do Governo fazem o que querem fazer. Parece haver pouca conexão entre os dois lados”, adiantou Tik Chi-yuen. Por sua vez, Sun Dong defendeu que “se não é garantido que as posições importantes na polícia são ocupadas por pessoas íntegras e com capacidade política, os chamados ‘patriotas que administram Hong Kong’ representam apenas um conceito vazio”. Paul Tse espera que Hong Kong possa revelar melhor as suas características específicas como território para que não venha a ser confundida como “mais uma cidade na China”. Neste sentido, a nova Administração deve estar consciente da imagem de Hong Kong no mundo e usar bem as palavras na comunicação com outros governos.
Hoje Macau China / ÁsiaTrês astronautas chineses regressam à Terra depois de 183 dias no espaço Os três astronautas da missão Shenzhou-13 regressaram no sábado à Terra, depois de seis meses na estação espacial chinesa, a mais longa estada de sempre no espaço para a China, noticiou a televisão estatal chinesa CCTV. Com 183 dias no espaço, esta tripulação bateu o recorde chinês para uma estada no espaço, de 92 dias e estabelecido em 2021 durante a anterior e primeira missão tripulada, Shenzhou-12, com destino à estação. A tripulação integrava o comandante Zhai Zhigang, de 55 anos, Ye Guangfu, de 41, e Wang Yaping, de 42, a segunda chinesa no espaço. Uma análise à saúde dos astronautas de Shenzhou-13 vai permitir à China conhecer mais sobre o impacto da ausência prolongada de gravidade no corpo. Em seis meses, a tripulação realizou dois cursos na Internet para crianças chinesas em idade escolar, realizou experiências, aperfeiçoou os conhecimentos sobre estadas de longa duração e continuou a construir a estação espacial chinesa Tiangong (“Palácio Celestial”), que deverá estar concluída até ao final deste ano. Aterragem “perfeita” Equipas de resgate deslocaram-se de imediato ao ponto de aterragem, na região autónoma chinesa da Mongólia Interior (norte), de acordo com a agência de notícia chinesa Xinhua. A aterragem “foi perfeita e os três ‘taikonautas’, como são conhecidos os astronautas chineses, estão em muito bom estado”, indicou o diário Global Times, que citou o Centro de Controlo Aeroespacial de Pequim. O regresso à Terra demorou cerca de nove horas, depois da Shenzhou-13 concluir a separação do módulo principal da estação espacial chinesa. Este ano, a China vai enviar para a Tiangong “dois módulos experimentais, duas naves tripuladas e duas naves de carga”, de acordo com os planos anunciados pelas autoridades chinesas. A estação deverá entrar numa “fase de construção” a partir de maio, estando previsto que os ‘taikonautas’ da Shenzhou-14 e da Shenzhou-15 concluam os trabalhos de construção da Tiangong, que deverá manter-se em funcionamento durante 15 anos, a orbitar a cerca de 400 quilómetros da superfície terrestre.
Hoje Macau China / Ásia90% dos internautas chineses acusam EUA de pretenderem hegemonia O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Zhao Lijian opôs-se firmemente à hegemonia dos EUA quando lhe foi pedido que comentasse um novo inquérito conduzido por Huanqiu.com, que mostrou que quase 90 por cento dos internautas chineses acreditam que os EUA são um país hegemónico e um desestabilizador na questão da Ucrânia. “Tomei nota da sondagem, que reflecte a voz pela justiça da maioria”, disse Zhao numa conferência de imprensa na terça-feira. “O desdobramento da questão da Ucrânia é absolutamente claro. Os movimentos da OTAN liderada pelos EUA agravaram a tensão entre a Rússia e a Ucrânia até ao ponto de ruptura. Os EUA, em vez de tomarem medidas reais para aliviar a situação, têm vindo incessantemente a adicionar combustível à fogueira, aumentando o conflito, forçando outros países a escolher lados e criando um efeito arrepiante de ‘amigo ou inimigo’”, observou Zhao. “O que pode isto representar além de hegemonia e intimidação?”, perguntou. A 30 de Março, o relato oficial Weibo de Huanqiu lançou uma série de sondagens perguntando aos internautas “qual é o papel dos EUA na questão da Ucrânia”, “como vêem a ameaça dos EUA de sancionar a China”, e o que pensam da “Estratégia Indo-Pacífico dos EUA”. Entre as respostas recebidas até quinta-feira, 89,2% dos inquiridos acreditam que os EUA são um país hegemónico e um desestabilizador na questão da Ucrânia. Apenas 5,6 por cento, ou 672 pessoas, pensam que os EUA são justos, enquanto 5,2 por cento dizem não ter a certeza. Cerca de 92,2% dos inquiridos acreditam que a ameaça dos EUA de sancionar a China é um comportamento intimidatório e coercivo que não pode esconder a sua verdadeira intenção. Apenas 4,2% acreditam que os EUA pretendem acabar com a guerra e promover a paz, e 3,6% afirmaram não ser claro. Zhao salientou que os EUA também têm estado constantemente a espalhar desinformação para difamar a China e distorcer a posição responsável da China de facilitar as conversações de paz. “A sua ordem do dia é transferir as culpas, fazer provocações, lucrar com a situação e procurar espaço para reprimir a China e a Rússia simultaneamente. O que pode isto ser além de hegemonia e intimidação?” “A questão da Ucrânia revela o que os EUA fazem para conseguir a hegemonia e a intimidação. Agarrando-se à mentalidade da Guerra Fria, os EUA estão obcecados em traçar linhas ideológicas ao formar cliques fechadas e exclusivas e fomentar a oposição e o confronto. A verdadeira agenda é prolongar a hegemonia e a política de poder dos EUA. Sob a bandeira da democracia, liberdade e direitos humanos, os EUA instigam ‘revoluções coloridas’ que provocam disputas regionais, e chegam ao ponto de travar directamente guerras contra outros países que agravam as tensões na situação de segurança regional e global”, afirmou Zhao, observando que o esquema é o lucro de por enormes interesses económicos e vantagens geopolíticas através da instabilidade. “Empunhando deliberadamente o bastão das sanções unilaterais, os EUA também se envolvem em coerção económica que mina gravemente a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais”, disse Zhao. O porta-voz exortou os EUA a enfrentarem a opinião pública mundial, incluindo a China, a rejeitarem a mentalidade da Guerra Fria e da soma zero, bem como o pensamento obsoleto de procurar a sua segurança absoluta à custa da dos outros, e a regressarem ao caminho da defesa da equidade e da justiça internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaJohn Lee apresenta formalmente candidatura para liderar Hong Kong O ex-número dois do Governo de Hong Kong, John Lee, considerou hoje que ser o único candidato ao cargo de líder do território “não é fácil”. Ao apresentar formalmente a candidatura, Lee disse ter já o apoio de 786 membros do comité de eleição, com 1.500 patriotas próximos de Pequim, que indicou já não apoiar mais ninguém, responsáveis por nomear o chefe do executivo para os próximos cinco anos, a 08 de maio. O antigo polícia, de 64 anos, deverá suceder a Carrie Lam, cujo mandato termina a 1 de Julho. “Não é fácil, porque trabalhei muito para explicar a vários membros [do comité] qual será a minha plataforma eleitoral”, disse Lee a um jornalista, que perguntou ao candidato se esperava uma viagem fácil sem adversários. A plataforma de Lee ainda não foi divulgada. Até agora, o candidato disse que vai governar “orientado para resultados”, sem dar qualquer indicação concreta das políticas que pretende prosseguir. “Será uma nova sinfonia, e eu serei o maestro”, afirmou, no sábado. John Lee foi o número dois no Governo de Hong Kong até à semana passada, altura em que apresentou a demissão para poder candidatar-se. Antes, foi responsável pela segurança do território e, nessa qualidade, liderou a resposta policial aos protestos pró-democracia em 2019 e à subsequente repressão de dissidentes. Tal como Carrie Lam, Lee integra o grupo de 11 funcionários de Hong Kong e chineses sancionados pelos Estados Unidos, em 2020, por “minar a autonomia de Hong Kong e restringir a liberdade de expressão ou de reunião”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Xangai reduz restrições e permite que alguns moradores saiam de casa Alguns moradores de Xangai foram hoje autorizados a sair de casa, à medida que a ‘capital’ financeira da China levanta algumas das medidas de bloqueio impostas devido a um surto de covid-19, que motivaram reclamações sobre a falta de bens essenciais. O governo local disse que alguns mercados e farmácias também reabriram, mas não detalhou quantas pessoas foram autorizadas a sair. Uma local confirmou à Lusa ter sido hoje autorizada a sair de casa, após várias semanas em confinamento. “Pude sair para fazer compras. Sinto-me muito melhor”, explicou. A China continua a reagir a surtos de covid-19 com medidas rigorosas, no âmbito da estratégia de ‘zero casos’, apesar dos crescentes custos económicos e sociais. Estas medidas incluem o isolamento de todos os infetados em instalações designadas e o bloqueio de cidades inteiras, incluindo o encerramento de supermercados. O encerramento abrupto dos serviços em Xangai e as ordens para ficarem em casa levaram a população a reclamar, face à falta de acesso a alimentos e remédios. Contudo, as autoridades de Xangai disseram que estão a garantir suprimentos diários para os moradores, na sequência de reclamações sobre entregas de alimentos e outras necessidades. Tal como determinado pelo Governo, as pessoas que testaram positivo à covid-19 foram levadas para instalações temporárias de quarentena, mesmo os casos assintomáticos. Entretanto, o Governo aliviou as restrições ao anunciar que moradores de bairros que não registam casos há, pelo menos, duas semanas vão ser autorizados a sair das suas casas a partir de hoje. Estes moradores poderão deslocar-se para qualquer outra área que não tenha registado casos novos durante o mesmo período. Pessoas em áreas sem novos casos na semana passada também podem sair, mas não podem deixar os seus bairros. Estão impedidos de sair de casa todos os moradores que estejam em “áreas de quarentena”, que tiveram infeções na semana passada. Em comunicado hoje divulgado, o consulado geral de Portugal em Xangai recomendou aos cidadãos portugueses ali radicados que procurem assistência consular, caso se deparem com dificuldades. O surto e as dificuldades enfrentadas pelos residentes de Xangai constituem um embaraço para o Partido Comunista Chinês, num ano politicamente sensível, quando o Presidente da China, Xi Jinping, deve tentar romper com a tradição política das últimas décadas e iniciar um terceiro mandato de cinco anos. Xangai, a cidade mais populosa da China, com 25 milhões de habitantes, registou cerca de 200.000 casos desde o início de março. Nas últimas 24 horas, registou mais de 23 mil novos casos. As autoridades disseram que não houve mortes, até à data, e que apenas um paciente desenvolveu sintomas graves.
Hoje Macau China / ÁsiaConsulado português em Xangai oferece assistência à comunidade por causa do confinamento O consulado de Portugal em Xangai encorajou ontem os cidadãos portugueses ali radicados que procurem assistência consular caso se deparem com dificuldades, face às medidas de bloqueio impostas na cidade devido a um surto de covid-19. Em comunicado, a representação diplomática alertou que mesmo os casos assintomáticos são colocados em centros de quarentena designados pelas autoridades chinesas, uma medida que resultou no isolamento de dezenas de milhares de casos em instalações improvisadas. “Pelo que tem sido partilhado pelas autoridades [chinesas], as pessoas que se encontram nos centros de quarentena terão de ali testar negativo para a covid-19 um determinado número de vezes até que possam ter alta”, lê-se na nota emitida pelo consulado. “Embora este consulado geral não possa impedir este processo, por serem competências exclusivas das autoridades chinesas, se estiver nessa situação encorajamos que ligue para o número de emergência deste Consulado Geral:159 2155 3994”, ressalvou. O problema alimentar Sobre os problemas relacionados com o abastecimento de alimentos, o consulado reconheceu que tem havido “muitas dificuldades”. A representação diplomática recomendou que se utilize as plataformas de comércio electrónico para obter bens essenciais, mas lembrou que a entrega pode demorar até três dias. Quando tal não é viável, o consulado recomendou que se utilize os grupos de WeChat criadas pelos condomínios para comprar bens essenciais. “Se esta iniciativa não existir no seu complexo residencial e estiver a ter dificuldades em obter alimentos, é importante que contacte o condomínio. Caso existam dificuldades de comunicação com o comité de bairro, o consulado geral de Portugal em Xangai poderá procurar interceder junto das autoridades locais”, afirmou.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaHong Kong | Artigo 23 é prioridade para John Lee em Hong Kong, mas não só O candidato ao cargo de Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, disse hoje que a legislação do artigo 23 da Lei Básica da RAEHK será a sua prioridade, mas não a única. Recorde-se que John Lee é, para já, o único candidato ao cargo ainda ocupado por Carrie Lam, que anunciou que não se recandidata. Segundo o canal de rádio e televisão RTHK, John Lee falou da importância de promulgar o artigo 23 como complemento à lei de segurança nacional de Pequim, já em vigor. Este disse ter o “dever constitucional” de o fazer, a fim de garantir que a região fique melhor preparada para “lidar com desafios futuros”. “Claro que a segurança nacional será uma área [prioritária], mas há outras, tal como a gestão de riscos, [a elaboração] de um plano de contingência, garantir que o nosso sistema fiscal seja capaz de enfrentar desafios e riscos. Então será feita uma análise às áreas com maior potencial de risco, a fim de garantir que estamos plenamente preparados para mitigar [os problemas] e agir bem caso sejamos atacados subitamente de diferentes áreas”, apontou. Recorde-se que a legislação do artigo 23 gerou protestos em Hong Kong, em 2003, sendo que o diploma nunca foi avante. Em 2020 a Assembleia Popular Nacional, em Pequim, aprovou para Hong Kong a lei de segurança nacional. Mesmo com este diploma, a Lei Básica de Hong Kong determina que o Conselho Legislativo (LegCo) local necessita legislar o artigo 23. Para John Lee, a estabilidade do território é um ponto fulcral. “Penso que será bom para todos [a legislação] para Hong Kong, porque qualquer aspecto que seja alvo de ataque e que não seja bem gerido claro que terá um efeito em outras áreas. Isto é feito em prol da estabilidade de Hong Kong. Sem isso, não vamos conseguir ter prosperidade.” Nomeações a caminho Na conferência de imprensa desta terça-feira John Lee revelou ainda ter visitado representantes de grupos políticos pró-Pequim na segunda-feira, onde disse que é necessário “levar a cabo uma melhor gestão de riscos para garantir a segurança e um ambiente estável em Hong Kong”, noticiou o canal RTHK. Tendo o apoio de Pequim, John Lee espera entregar até amanhã pelo menos 188 nomeações dos membros da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo, pelo menos 15 dos cinco sectores representados neste órgão. Esta semana a equipa de campanha anunciou que já tinha nomeações suficientes, mas só amanhã será feita uma entrega formal dos documentos.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaEconomia | Li Keqiang faz apelo à estabilização do emprego O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse esta segunda-feira que é importante estabilizar o emprego na China e os preços. Segundo a agência Xinhua, Li Keqiang falou no âmbito de um simpósio sobre a economia na província de Jiangxi, ao qual presidiu. Falando da “forte resiliência” da economia chinesa perante as adversidades dos últimos tempos, Li Keqiang apelou à população “para se manter vigilante face a desafios inesperados e lidar com as pressões internas e externas”. Recorde-se que esta segunda-feira foram divulgados os dados da inflação no país, sendo que o índice de preços no consumidor (IPC), principal indicador da inflação na China, subiu 1,5 por cento em Março, em relação ao mesmo mês do ano passado. Já o índice de preços no produtor (IPP), que mede os preços nas vendas por grosso, cresceu 8,3 por cento. Em ambos os indicadores, o resultado é superior ao esperado pelos analistas, que tinham previsto um aumento de 1,2 por cento para os preços no consumidor, e de 7,9 por cento para as vendas por atacado. Li Keqiang destacou as medidas que as autoridades chinesas implementaram nos últimos tempos, nomeadamente na área dos impostos, como reembolso ou isenção de taxas, além dos apoios dados à economia real. Além disso, o Governo emitiu obrigações especiais e lançou projectos de construção que possam ajudar a dinamizar a economia e o emprego. O primeiro-ministro não esqueceu também a necessidade de reforçar a produção agrícola e a consolidação da estabilidade dos preços e do fornecimento de electricidade, carvão e outras energias. Para Li Keqiang, é fundamental lançar medidas de apoio para as entidades que enfrentem mais desafios, nomeadamente as pequenas e médias empresas, ou os negócios por conta própria.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | EUA ordena saída de pessoal consular em Xangai O prolongamento do confinamento na cidade de Xangai levou as autoridades norte-americanas a exigirem a retirada dos funcionários não essenciais do consulado, após a crítica à aplicação de “medidas arbitrárias” pelas autoridades chinesas no combate ao novo coronavírus O Departamento de Estado dos EUA ordenou hoje a retirada de pessoal não essencial do consulado de Xangai devido ao aumento de casos de covid-19 e às medidas de controlo impostas. O departamento recomendou ainda aos cidadãos norte-americanos que não viajem para a China devido à “aplicação arbitrária” de restrições contra o novo coronavírus responsável pela covid-19, de acordo com um comunicado. O comunicado lembrou que as medidas impostas na região de Hong Kong, na província de Jilin e em Xangai devido às restrições “incluem o risco de separação de pais e filhos”. De frisar que em Macau as autoridades já confirmaram que, caso ocorra um surto local, não vão impor a separação de famílias. Os diplomatas dos EUA também partilharam com as autoridades chinesas “as suas preocupações em relação à segurança e bem-estar dos cidadãos norte-americanos”. A ordem de retirada surge quatro dias depois de Washington ter autorizado a saída voluntária dos funcionários não essenciais do Consulado-Geral dos EUA em Xangai. Em resposta, a China apresentou uma queixa formal aos Estados Unidos. “Temos tentado ajudar, dentro do possível, o pessoal diplomático e consular residente na China. Não estamos nada satisfeitos com a decisão das autoridades norte-americanas. Opomo-nos, firmemente, à decisão que tomaram”, disse, na sexta-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Zhao Lijian. Ligeira quebra Nas últimas 24 horas, Xangai registou mais de 23 mil novos casos de covid-19, um valor cinco vezes maior do que o registado em 28 de Março, 4.477 infecções, dia em que a cidade entrou pela primeira vez em confinamento, mas ligeiramente mais baixo do que o número de casos registados na segunda-feira, 26 mil. Xangai continua com um bloqueio devido ao surto, sendo que muitos moradores continuam confinados em casa há três semanas sem saberem quando poderão ser levantadas estas regras. A Comissão de Saúde da China anunciou ter detetado 1.272 casos positivos de covid-19 nas últimas 24 horas, dos quais 1.251 devido a contágio local, além de 23.387 casos assintomáticos, com a esmagadora maioria a ser registada em Xangai. As autoridades de saúde garantiram que o número de mortes se mantém inalterado em 4.638. As últimas duas mortes relacionadas com a covid-19 foram anunciadas a 19 de Março, na província de Jilin, no nordeste da China. Familiares disseram à agência de notícias Associated Press que vários pacientes poderão ter morrido de covid-19 no hospital para idosos Shanghai Donghai Elderly Care, depois muitos funcionários terem sido levados para quarentena devido às rígidas regras de combate à pandemia. Há ainda relatos de dificuldade em comprar comida na cidade, que tem todas as lojas e supermercados fechados. As aplicações de telemóvel para a encomenda de produtos alimentares estão sem capacidade de resposta perante os inúmeros pedidos das famílias.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 24 mortos em inundações e deslizamentos de terras nas Filipinas Pelo menos 24 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terras no centro e sul das Filipinas, na sequências de fortes chuvas causadas por uma tempestade tropical, indicaram ontem as autoridades. Mais de 13.000 pessoas fugiram para abrigos de emergência quando a tempestade inundou casas e campos e cortou estradas e linhas elétricas, referiu a Agência Nacional de Catástrofes. A província central de Leyte foi a mais duramente atingida, com deslizamentos de terras que mataram 21 pessoas em quatro aldeias, disse à agência France-Presse (AFP) Rhyse Austero, responsável pela gestão de catástrofes naturais na cidade de Baybay. Fotografias publicadas na rede social Facebook e autenticadas pela (AFP) mostram várias casas na aldeia de Bunga, uma das mais atingidas na província de Leyte, cobertas com lama até aos telhados. Outras três pessoas morreram em Mindanao, a principal ilha do sul do país, anunciou anteriormente a Agência Nacional de Catástrofes.
Hoje Macau China / ÁsiaVolodymyr Zelensky pede ajuda ao Parlamento sul-coreano O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ontem à Coreia do Sul que envie armas ao Exército da Ucrânia para combater os russos, num discurso transmitido por vídeo no Parlamento sul-coreano. “A República da Coreia pode ajudar a Ucrânia. O país tem meios militares que podem ajudar a deter os aviões e os mísseis russos”, disse Zelensky num discurso em ucraniano com tradução simultânea para o coreano. Zelensky saudou a ajuda material recebida até agora da Coreia do Sul, mas insistiu que o seu país precisa de armas, incluindo aviões e tanques, para resistir à invasão. “Se a Ucrânia receber essas armas, isso não apenas salvará a vida de pessoas comuns, mas representará uma oportunidade para salvar a Ucrânia, e não apenas a Ucrânia, mas também para garantir que outros países não sejam atacados pela Rússia”, acrescentou o Presidente ucraniano num discurso que durou cerca de quinze minutos. Volodymyr Zelensky insistiu que a Rússia “não planeia apenas ocupar a Ucrânia” como, “depois da Ucrânia, a Rússia certamente atacará outros países”. “Todos os países têm direito à independência. Todas as cidades têm o direito de viver em paz. Todas as pessoas têm o direito de não morrer na guerra. É por isso que estamos a lutar. É isso que lhes peço, que se unam a nós para enfrentar a Rússia”, concluiu. Após o seu discurso, foi exibido um vídeo sobre os ataques em Mariupol, que mostraram a devastação e os efeitos na população local. O discurso de Zelensky ocorreu horas após o ministro da Defesa sul-coreano, Suh Wook, insistir novamente que Seul não tem intenção de enviar armas letais, sempre citando a “situação de segurança” da Coreia do Sul. Até agora, segundo o ministro sul-coreano, o país asiático enviou cerca de 800 milhões de dólares em suprimentos militares não letais, incluindo coletes à prova de balas, capacetes, cobertores ou produtos médicos. Contas da guerra A guerra começou em 24 de Fevereiro, quando Moscovo invadiu a Ucrânia após ter concentrado dezenas de milhares de tropas no lado russo da fronteira com o país vizinho, bem como do lado da Bielorrússia, um país aliado de Moscovo. Desde então, os combates mataram milhares de civis e militares, num balanço ainda por confirmar, e destruíram várias cidades e infra-estruturas na Ucrânia. Mais 11 milhões de pessoas fugiram dos seus locais de residência, incluindo 4,5 milhões para os países vizinhos. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A comunidade internacional reagiu à invasão da Ucrânia com sanções económicas e políticas contra a Rússia e o fornecimento de armas e de apoio humanitário às autoridades de Kiev.
Hoje Macau China / ÁsiaVariante Ómicron determina manutenção da política de zero casos na China, dizem especialistas As infecções provocadas pela variante Ómicron do coronavírus SARS-Cov-2 não devem ser geridas como um surto de gripe, disse ontem o chefe do grupo de especialistas que lidera a estratégia chinesa de contenção da covid-19, Liang Wannian. Citado pela imprensa local, Liang disse que a taxa de mortalidade da variante Ómicron é “superior à da gripe” e que, em casos de pacientes com mais de 80 anos, é “cem vezes superior”. “O vírus sofre constantemente mutações. Não sabemos se estas mutações vão ser mais prejudiciais, o que acarretaria grandes riscos para a saúde”, disse. Segundo o especialista, a política chinesa de tolerância zero à doença covid-19 “continua a ser a melhor opção” para o país. Com o surgimento da variante Ómicron, a China voltou ao ponto de partida na sua “batalha” contra o novo coronavírus. O país continua a reagir a surtos de covid-19 com medidas implacáveis, incluindo o isolamento de cidades inteiras, apesar dos crescentes custos económicos e sociais. De acordo com Liang, esta política rígida “alcança os melhores resultados com os menores custos”. Preparação futura O especialista em doenças contagiosas, Zhang Wenhong, pediu maior protecção dos grupos vulneráveis, especialmente os idosos não vacinados, e garantiu também que a Ómicron não é simplesmente uma gripe forte. Segundo Zhang, a cidade de Xangai, onde mais de 1.400 casos sintomáticos e mais de 25.000 assintomáticos foram registados nas últimas 24 horas, deve “conter a pandemia e reduzir o número de infeções”, para que a “vida normal e a produção” possam ser reestabelecidas. Durante o confinamento da cidade tem havido problemas no acesso a cuidados médicos nos hospitais, o que causou algumas mortes por doenças não relacionadas com a covid-19. Zhang alertou para a necessidade de “melhorar a preparação para futuros surtos, incluindo aumentar a taxa de vacinação entre os idosos, expandir o fornecimento de medicamentos e acelerar a construção de instalações para quarentena”. O epidemiologista Zhong Nanshan, um dos mais reconhecidos especialistas chineses nesta área, declarou, na sexta-feira passada, que uma “abertura completa não se encaixa na situação na China”. Vários países decidiram coexistir com o vírus, devido à baixa letalidade da Ómicron e aos seus sintomas mais leves, mas Zhang alertou para “inúmeras mortes” se as “medidas de prevenção contra o vírus fossem levantadas na China”. “Devemos aderir à estratégia de ‘zero casos’ e relaxar gradualmente as políticas no futuro”, disse o especialista.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Cantão proíbe entradas face a novos surtos do vírus Cantão proibiu hoje a maioria das entradas, numa altura em que o país enfrenta o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia. Xangai, a ‘capital’ financeira da China, registou 26.087 novos casos, nas últimas 24 horas, entre os quais apenas 914 têm sintomas. A cidade, de 26 milhões de habitantes, está sob bloqueio, com muitos moradores confinados em casa há três semanas. Cantão ainda não anunciou um bloqueio deste tipo. A metrópole, com 18 milhões de habitantes, situada no sudeste da China, abriga algumas das principais empresas chinesas e o aeroporto mais movimentado do país. A cidade registou 27 casos, nas últimas 24 horas. As aulas passaram já a ser realizadas ‘online’, para todos os níveis de ensino. Um centro de exposições foi convertido num hospital improvisado, enquanto as autoridades realizam testes em massa em toda a cidade. Apenas cidadãos com uma “necessidade definida” de sair de Cantão podem fazê-lo, e somente se testarem negativo para o vírus nas últimas 48 horas, disse o porta-voz da cidade Chen Bin. A China continua a reagir a surtos de covid-19 com medidas rigorosas, no âmbito da estratégia de ‘zero casos’, apesar dos crescentes custos económicos e sociais. No domingo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian, disse que a China apresentou protestos junto das autoridades dos Estados Unidos, depois de o Departamento de Estado ter aconselhado cidadãos norte-americanos a reconsiderarem viagens para a China, devido à “aplicação arbitrária” das leis locais e restrições contra a covid-19, particularmente em Hong Kong, na província de Jilin e no município de Xangai. As autoridades dos EUA citaram o risco de “pais e filhos serem separados”. A China está “fortemente insatisfeita e opôs-se firmemente à acusação infundada feita pelos EUA contra a resposta epidémica”, disse Zhao. As restrições estão a ser ditadas pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping, que exigiu estabilidade social, acima de tudo, na preparação para um importante Congresso do PCC, no último trimestre deste ano. O mais importante evento na agenda política do país vai servir para conceder a Xi Jinping um terceiro mandato como líder, quebrando com a tradição das últimas décadas, que determinava um máximo de dois mandatos para os lideres do partido. O jornal oficial em língua inglesa China Daily reconheceu que as medidas aplicadas em Xangai estão “longe de ser perfeitas” e apontou para a demissão, na semana passada, de três funcionários locais, por negligências dos seus deveres. Mas ressalvou que isto não se deve se tornar uma “desculpa para politizar o incidente e culpar a China”. Apesar do número total de casos ascender a cerca de 200.000, nenhuma morte foi relatada em Xangai. As autoridades da cidade também disseram garantir suprimentos diários para os moradores, na sequência de reclamações sobre entregas de alimentos e outras necessidades. Os residentes recorreram à compra coletiva de mantimentos porque não têm permissão para sair dos seus prédios, com sucesso apenas parcial na obtenção dos bens necessários. Pequim tem relativamente poucas restrições, embora o bairro de Erjiefang, incluindo o famoso distrito de arte 798, tenham sido colocados sob isolamento e classificados como áreas de alto risco, depois de detetados oito casos, nas últimas duas semanas. A China mantém as fronteiras encerradas desde março de 2020. Quem chega ao país tem que cumprir uma quarentena de três semanas, num hotel designado pelo governo. As autoridades exigem a apresentação do certificado negativo dos testes serológicos tipo IgG e IgM e o teste de ácido nucleico PCR. Nesta altura, a maioria dos países, incluindo na Ásia, como Coreia do Sul, Vietname ou Singapura, estão a reduzir gradualmente as restrições e a abrir as fronteiras aos turistas.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaHong Kong | John Lee anuncia candidatura ao cargo de Chefe do Executivo John Lee, secretário para a Segurança de Hong Kong demissionário, anunciou oficialmente no sábado a candidatura ao cargo de Chefe do Executivo, sendo que já reúne o número de assinaturas necessário para se candidatar. Segundo o jornal South China Morning Post, foram reunidas 200 nomeações que cobrem os cinco sectores representados no Comité Eleitoral que elege o Chefe do Executivo da RAEHK, sendo que a equipa que está a trabalhar na campanha espera atingir a fasquia das 500 nomeações até ao dia 8 de Maio, data das eleições. O canal de rádio e televisão RTHK noticiou ontem que John Lee pode apresentar um estilo de governação virado para os resultados práticos. Tam Yiu-chung, principal responsável pela campanha eleitoral, adiantou ontem que John Lee procura novas formas de resolver os problemas mais graves da região, tentando “equilibrar regras e objectivos, especialmente em grandes matérias como os cuidados de saúde e a habitação”. “Por exemplo, a habitação… tem sido um problema desde há muito tempo e não o podemos enfrentar porque o processo de encontrar terrenos e a construção [de casas] é demorado. Podemos rever isto? Os procedimentos são formulados pela estrutura dos serviços públicos, não são leis intocáveis”, adiantou Tam, que garantiu que a legislação pode ser alterada após as eleições. Recorde-se que o mandato de Carrie Lam ficou marcado pelos protestos que abalaram a cidade em 2019, seguindo-se a aplicação da lei de segurança nacional e agora a pandemia. O analista Sonny Lo já disse à Lusa que a candidatura de John Lee, como figura saída da área da Segurança e força policial, representa uma “grande preocupação ao nível da segurança” por parte de Pequim. John Lee apresentou a sua demissão no passado dia 7. Concordâncias O canal RTHK noticiou ainda que os deputados do Conselho Legislativo (LegCo) de Hong Kong, Jeffrey Lam e Starry Lee, concordam com as promessas políticas feitas por John Lee. “Espero que as restrições de entrada e saída de pessoas de Hong Kong possam ser relaxadas [em breve], porque estamos a perder ou a começar a perder talentos, novos e velhos. Estão a mudar-se para Singapura, o nosso maior competidor”, disse Jeffrey Lam, que foi eleito pelo sector dos negócios e profissionais. Para Lam, o candidato ao cargo de Chefe do Executivo é uma pessoa “analítica que presta atenção aos detalhes, e que está disposto a ouvir as visões do sector comercial”. Por sua vez, Starry Lee também chamou a atenção para a importância de captar e manter os talentos no território, além de defender a entrada de pessoas com várias visões políticas para o futuro Governo. Para a responsável, quanto mais pessoas das forças de segurança estiverem envolvidas na governação de Hong Kong mais fácil será a aplicação da lei de segurança nacional.
Hoje Macau China / ÁsiaXangai | Três funcionários do Governo de Xangai demitidos devido a surto Três funcionários do Governo de Xangai foram demitidos, devido a um surto de covid-19 que levou a medidas de confinamento altamente restritivas na cidade. O comunicado oficial emitido na sexta-feira não dá detalhes das alegações contra os funcionários, mas indica que o vírus se alastrou pela cidade devido à sua negligência em cumprir com os seus deveres na prevenção e controlo da epidemia, o que teve “sério impacto” nos esforços para controlar o surto. O aviso identificou os demitidos como Cai Yongqiang, Xu Jianjun e Huang Wei, todos funcionários de distrito, bairro ou município. Xangai colocou todos os 26 milhões de moradores em confinamento e implementou testes em massa, exigindo que quem testa positivo seja isolado em instalações designadas pelo Governo. Alguns moradores receberam pacotes de alimentos do Governo, contendo carne e legumes. Muitos, no entanto, estão a tentar obter arroz e outros produtos básicos, com o fornecimento esgotado e os serviços de entrega incapazes de acompanhar a procura. Sem nenhuma palavra das autoridades sobre o fim do bloqueio, a ansiedade está a aumentar, juntamente com a frustração, pela aparente falta de preparação da cidade para um bloqueio prolongado. As viagens de entrada e saída de Xangai praticamente pararam e as ruas movimentadas da cidade estão desertas, frequentadas apenas pela polícia, profissionais de saúde e moradores que se apresentam para os testes. Inicialmente, as autoridades anunciaram um bloqueio em duas fases, a partir de 28 de Março, e com duração não superior a oito dias, no total. Com pouco aviso prévio, os moradores fizeram uma corrida aos supermercados, deixando as prateleiras vazias. Estas medidas foram prolongadas, desde então, deixando muitas famílias, que se prepararam para um período limitado de quarentena, sem mantimentos. As autoridades dizem que Xangai, que abriga o porto mais movimentado do mundo e a principal praça financeira da China, tem comida suficiente.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China rejeita “acusação” dos EUA sobre medidas anti-pandemia Os EUA aconselham os seus cidadãos a não viajarem para a China devido às medidas contra a covid-19 que estão a ser adoptadas. Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês refuta este aviso do Departamento de Estado norte-americano O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês criticou o aviso, emitido pelos EUA, que recomenda aos norte-americanos que não viajem para a China devido à “aplicação arbitrária” de restrições contra o novo coronavírus responsável pela covid-19. No sábado, o porta-voz do ministério chinês, Zhao Lijian, disse que a China não concorda com a recomendação do Departamento de Estado dos EUA, ao qual pediu explicações. “Expressamos forte insatisfação e firme oposição à acusação infundada do lado dos EUA sobre a política de prevenção de pandemias da China, na sua declaração, e fizemos representações solenes junto dos EUA”, disse Zhao, num comunicado. O ministério chinês chamou a política de combate à covid-19 de “científica e eficaz”, expressando total confiança que tanto Xangai e como outras regiões da China irão superar a nova vaga de surtos. O Departamento de Estado dos EUA permitiu que os funcionários não essenciais do Consulado-Geral dos EUA em Xangai deixem o país devido às restrições e ao forte aumento de casos na cidade. Em resposta, Zhao defendeu que as autoridades locais nas regiões afectadas pela covid-19 têm prestado assistência, “tanto quanto lhes tem sido possível”. O caso de Xangai Entretanto, Xangai registou um recorde diário de 24.943 novos casos de COVID-19, revelou hoje o governo local. Este valor é cinco vezes maior do que o registado em 28 de Março – 4.477 infecções –, dia em que a cidade entrou pela primeira vez em confinamento. A recuperação dos casos de covid-19 poderá levar a uma suavização do confinamento na parte leste de Xangai, disse no sábado a vice-presidente do governo municipal, Zong Ming, mas só depois de uma testagem massiva de todos os habitantes. Numa entrevista colectiva a meios de comunicação locais, Zong Ming disse que a cidade vai realizar uma nova ronda de testes PCR aos habitantes e, com base nos resultados, classificar os edifícios residenciais em três tipos: “confinados”, “sob controlo” e “em precaução”, com medidas diferentes para cada um. “Vamos implementar medidas que vão variar de acordo com a área, com base nos resultados dos testes”, referiu a autarca. A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou a detecção de 1.351 novos casos positivos de covid-19 – 1.318 devido a contágio local –, além de 25.111 casos assintomáticos, com a esmagadora maioria a ser registada em Xangai. As autoridades de saúde garantem que o número de mortes se mantém inalterado em 4.638. As últimas duas mortes relacionadas com a covid-19 foram anunciadas a 19 de março, na província de Jilin, no nordeste da China. Familiares disseram à Associated Press que vários pacientes poderão ter morrido de covid-19 no Shanghai Donghai Elderly Care, um hospital para idosos em Xangai, após muitos funcionários terem sido levados para quarentena devido às rígidas regras de combate à pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Apoio de Pequim a John Lee revela aposta na segurança Carrie Lam não se recandidata ao cargo de Chefe do Executivo de Hong Kong e John Lee, secretário para a Segurança, com carreira na polícia, já se demitiu do cargo, sinal de que poderá ser candidato às eleições de Maio. O analista Sonny Lo acredita que o apoio dado por Pequim representa uma aposta na segurança do território O apoio de Pequim ao antigo secretário para a Segurança, com carreira na polícia, para novo líder de Hong Kong, indica que a região permanece “uma grande preocupação ao nível da segurança”, disse um analista político. As autoridades chinesas “acreditam que um antigo funcionário do governo ligado à segurança como John Lee, que foi agente da polícia, conseguirá estabilizar Hong Kong”, disse à Lusa o académico de Hong Kong Sonny Lo. O mandato da aCtual Chefe do Executivo, Carrie Lam, foi abalado por violentos protestos pró-democracia em 2019 e pela implementação, em 2020, da lei de segurança nacional que implica penas que vão até à prisão perpétua. John Lee, que na altura das manifestações era responsável pela tutela da segurança, demitiu-se na quarta-feira do cargo de chefe-secretário de Hong Kong e, em conferência de imprensa, anunciou que, se a renúncia for aprovada por Pequim, vai “iniciar os preparativos para concorrer” às eleições de 8 de Maio. Uma carreira ascendente Desde que se juntou às forças de segurança da então colónia britânica, em 1977, Lee foi subindo na hierarquia, até chegar a comissário-adjunto. Entre 2017 e 2021, liderou a secretaria para a Segurança, substituindo, posteriormente, Matthew Chung como número dois do governo, no cargo de chefe-secretário da Administração. Caso seja eleito, Lee “terá de lidar com uma gama de questões amplamente definidas pela China”, avaliou Sonny Lou, que acrescentou que “esta tendência de olhar para Hong Kong como tendo problemas de segurança nacional reflecte as prioridades políticas das autoridades centrais”. O jornal South China Morning Post indicou que Pequim já terá dado o aval à candidatura, e que Lee será o único concorrente a contar com o apoio do Governo Central. O nome do secretário para as Finanças, Paul Chan, tem sido avançado pela comunicação social como um dos possíveis candidatos a suceder a Carrie Lam. No entanto, Chan disse, na rede social Facebook, estar “muito satisfeito” com a eventual candidatura de Lee ao mais alto cargo do Governo de Hong Kong. O académico Sonny Lo apontou que, neste momento, a probabilidade de Chan avançar para a corrida “é muito improvável”. Considerando que Pequim já demonstrou apoio a Lee, os membros do colégio eleitoral “não se atreveriam a nomear” outra pessoa, “porque eles querem projectar uma imagem de unidade”, explicou. As eleições em Hong Kong estavam inicialmente marcadas para 27 de Março, mas a data acabou por ser alterada, numa altura em que a cidade vivia o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia. O novo líder deverá tomar posse a 1 de Julho, o dia do 25.º aniversário do regresso de Hong Kong à China.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Índia diz estar “profundamente perturbada” com assassínios em Bucha A Índia está “profundamente perturbada” pelos “assassínios” de civis na cidade ucraniana de Bucha e apoia o pedido de uma investigação independente, disse ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros, Subrahmanyam Jaishankar, no Parlamento indiano. “Trata-se de um caso extremamente sério e apoiamos o pedido de uma investigação independente”, acrescentou. O chefe da diplomacia indiana condenou “fortemente esses assassínios”, referindo-se à descoberta de numerosos cadáveres na cidade ucraniana de Bucha, perto da capital Kiev, após a retirada das tropas russas. O Kremlin rejeitou “categoricamente” todas as acusações relacionadas com a descoberta desses cadáveres de civis, alegando que as imagens divulgadas são “falsas”. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou os assassínios como “os piores crimes de guerra” desde a Segunda Guerra Mundial e como “genocídio”. Os ocidentais, por seu lado, anunciaram um reforço das sanções contra Moscovo. A Índia, no entanto, continua a comprar petróleo russo e recusou-se a participar nas votações das Nações Unidas a condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia. Nova Deli considera Moscovo como um “amigo de longa data” e um “pilar essencial” da política externa indiana devido à “parceria estratégica” para a sua segurança nacional. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, que se encontrou na sexta-feira passada com Jaishankar e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em Nova Deli, elogiou a Índia pela sua abordagem equilibrada em relação ao conflito na Ucrânia. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pelo contrário, declarou que a Índia está “hesitante” na sua resposta à invasão da Ucrânia. O vice-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Daleep Singh, que esteve em Nova Deli no mesmo dia que Lavrov, declarou que os Estados Unidos estão prontos a ajudar a Índia, o terceiro importador e consumidor de petróleo do mundo, para diversificar as fontes de energia e equipamentos de defesa. Na terça-feira, Jaishankar conversou por telefone com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. “Houve uma mudança gradual na posição da Índia”, disse Harsh V. Pant, especialista em política internacional de Nova Deli. “A Índia, que até agora só falava na resolução diplomática [do conflito], agora pede a responsabilização por ações específicas”, observou Pant. Manoj Joshi, analista da Observer Research Foundation, um grupo de reflexão independente [‘think thank’] de Nova Deli, afirmou que os últimos comentários das autoridades indianas “podem ser interpretados como uma ligeira mudança na posição da Índia”. “Mas dada a situação humanitária na Ucrânia, foi a reação mais lógica. Não poderiam ter dito outra coisa publicamente”, referiu Joshi. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior. A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaPolícia de Hong Kong detém seis pessoas por sedição A polícia de segurança nacional de Hong Kong usou uma lei de sedição da era colonial para prender ontem seis pessoas, por suspeita de causarem distúrbios em audiências judiciais entre dezembro e janeiro. Os suspeitos – quatro homens e duas mulheres, com idades entre os 32 e 67 anos – foram presos, sob suspeita de cometerem um “ato ou atos com intenção sediciosa” (de motim ou rebelião). Os atos “afetaram gravemente a dignidade jurisdicional e as operações judiciais”, segundo um comunicado do Governo. A polícia não deu detalhes sobre o que os suspeitos fizeram. A lei da era colonial permaneceu adormecida até recentemente, quando foi usada para prender e processar vários apoiantes e ativistas pró-democracia. Em março, um DJ de rádio e ativista pró-democracia tornou-se na primeira pessoa na cidade a ser condenada por sedição, desde o retorno do território à soberania da China, em 1997. As seis pessoas detidas hoje podem ser condenadas até dois anos de prisão. Os suspeitos foram detidos para interrogatório.