Hoje Macau China / ÁsiaPR filipino encerra comissão anti-corrupção no seu primeiro decreto presidencial O Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., pôs fim à comissão presidencial anticorrupção, responsável por acompanhar e investigar possíveis crimes de corrupção no Governo, no seu primeiro decreto presidencial, segundo fontes oficiais. No decreto publicado hoje, mas assinado em 30 de junho, a presidência filipina referiu que o encerramento da comissão presidencial anticorrupção (PACC) visa “atribuir corretamente os recursos públicos” e evitar “duplicação de organizações” no país. Criada em 2017 pelo ex-Presidente Rodrigo Duterte (2016-2022), a comissão tinha como objetivo coibir casos de corrupção em instituições, organizações e por funcionários públicos em altos cargos do Governo filipino e, somente entre 2019 e 2020, o órgão investigou centenas de casos e concluiu mais de 70 destes. Marcos Jr., filho do ex-ditador Ferdinand Marcos, chegou à presidência filipina em maio, após eleições polarizadas, e a sua vitória levantou dúvidas entre especialistas sobre a continuidade da política anticorrupção realizada pelo seu antecessor, já que a família Marcos enfrenta mais de 40 ações cíveis. O atual Presidente também acumula uma série de condenações por crimes fiscais e por corrupção. Neste contexto, vozes críticas ao Governo têm manifestado preocupação com o futuro da comissão presidencial de boa governação (PCGG), criada em 1986 após a queda do regime de Ferdinand Marcos, para recuperar a suposta fortuna ilícita acumulada pela família durante o seu governo (1965-1986). Até agora, a PCGG conseguiu recuperar cerca de 3,6 mil milhões de dólares ao longo dos seus 36 anos de existência, embora durante a gestão de Duterte, aliado de Marcos Jr., tenha definhado em termos de orçamento e apoio presidencial. Durante a campanha eleitoral, Marcos Jr. assegurou que não eliminaria o PCGG, mas pretendia que esta passasse a investigar não apenas os casos de corrupção na família Marcos, mas também entre “todos” os envolvidos em subornos, peculatos e outros escândalos. Ferdinand Marcos Jr. foi empossado em 30 de junho como Presidente das Filipinas para um mandato único de seis anos, depois das presidenciais de maio, sucedendo ao controverso Rodrigo Duterte como chefe de Estado. Marcos Jr. completa o regresso ao poder da famosa dinastia, 36 anos depois de uma revolução popular ter acabado com o regime do pai e forçado a família a fugir do país de helicóptero. A cerimónia contou com a presença, entre outros, da mulher do atual Presidente e quatro filhos de Imelda Marcos, a matriarca do clã que governou o arquipélago sob a sombra de Marcos (pai) entre 1965 e 1986, incluindo a década de violenta lei marcial declarada pelo então líder, que morreu no exílio em 1989.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim passa a exigir prova de vacinação para aceder a locais públicos O município de Pequim vai passar a exigir comprovativo de vacina contra a covid-19 para aceder à maioria dos locais públicos, a partir da próxima semana, informaram hoje as autoridades locais. Entre os locais referidos no comunicado, emitido pelo governo de Pequim, constam bibliotecas, museus, cinemas, galerias de arte, centros culturais, instalações desportivas e locais de entretenimento. Há cerca de dois anos que as principais cidades da China exigem a utilização de uma aplicação para aceder a locais públicos ou residenciais. O utilizador deve primeiro digitalizar o código QR, uma versão bidimensional do código de barras, colocado na entrada de todos os edifícios, assim como nos transportes públicos ou táxis. Estas ‘apps’, além de registarem todos os locais onde o usuário esteve, incluem os resultados dos testes para a covid-19 e o histórico de inoculação. A vacina não era, no entanto, um requisito para aceder aos espaços públicos, em Pequim. A decisão das autoridades surge numa altura em que a capital chinesa tenta aumentar a taxa de vacinação entre a população idosa, e evitar que surtos ativos em vários pontos do país se alastrem. A capital chinesa administrou já 62,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 entre população de cerca de 21 milhões de habitantes. Mas a baixa proporção de vacinados entre os idosos tem sido apontada pela China como uma das justificações para a manutenção da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19. Em meados de abril, quando a cidade de Xangai sofreu o surto mais grave de sempre na China, apenas cerca de 63% dos habitantes de Xangai com mais de 60 anos tinham recebido o esquema de vacinação completo. Também em Hong Kong, um surto de covid-19, provocado pela altamente contagiosa variante Ómicron, causou uma média de mais de 100 mortes por dia, na cidade de 7,4 milhões de habitantes, nos primeiros meses do ano. No início desse surto, apenas 43% dos habitantes de Hong Kong com mais de 80 anos, um dos grupos mais vulneráveis, tinham recebido pelo menos uma dose da vacina, resultando numa das mais altas taxas de mortalidade do mundo durante a pandemia. Os chineses mais velhos não sentem urgência em receber a vacina, devido aos baixos níveis de infeção no país. De acordo com as contas oficiais chinesas, desde o início da pandemia, 226.300 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus no país, entre as quais 5.226 morreram, embora o número total de pessoas infetadas exclua casos assintomáticos.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresas chinesas seguem sanções contra Rússia para evitarem danos colaterais Uma análise do Peterson Institute for International Economics (PIIE) indica que, apesar do apoio tácito prestado por Pequim a Moscovo, os exportadores chineses parecem reconhecer os riscos de violar as sanções impostas contra a Rússia pelo Ocidente. No relatório, o grupo de reflexão (think tank), com sede em Washington, apontou que as empresas chinesas temem ser alvos colaterais e perder o acesso a tecnologia, bens e moeda dos países ocidentais, caso violem a proibição de exportar bens sensíveis para a Rússia, nomeadamente componentes e alta tecnologia, como semicondutores, considerados cruciais para os esforços de guerra. Entre Janeiro e Junho, as exportações da China para a Rússia caíram 38 por cento, face ao semestre anterior. Em comparação, as vendas para a Rússia entre os países que impuseram sanções contra Moscovo – sobretudo as nações europeias e os Estados Unidos – caíram, em média, 60 por cento. A análise do PIIE indicou que o declínio das exportações chinesas para a Rússia está em linha com os dados de outros países que não impuseram sanções. Em dois casos proeminentes, a China UnionPay, o sistema de pagamento chinês, equivalente aos serviços Visa ou Mastercard, recusou-se a trabalhar com bancos russos sancionados, e a tecnológica chinesa Huawei reduziu as operações no país. Isto sucede apesar de a China recusar condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia e criticar a imposição de sanções contra Moscovo. Pequim considera a aliança com o país vizinho fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos EUA. Na semana passada, Washington puniu já cinco empresas chinesas por violarem as sanções contra a Rússia, adicionando-as à “lista negra” do Departamento de Comércio, o que interdita o acesso a alta tecnologia e componentes norte-americanos. As autoridades disseram que estas empresas continuaram a fornecer apoio à base industrial militar e de Defesa da Rússia, em operações “contrárias aos interesses de segurança nacional e de política externa dos EUA”. A disparar As compras à Rússia pela China aumentaram, no entanto, para níveis recorde. Quase 80 por cento dessas importações são petróleo e gás. A construção de um gasoduto de 962 quilómetros entre os dois países está a progredir e uma ponte fronteiriça foi inaugurada no mês passado (ver texto anexo). No entanto, as restrições impostas à Rússia no acesso a componentes e alta tecnologia têm um efeito “cumulativo”, referiu o PIIE. “A falta de um único componente pequeno pode encerrar uma linha de montagem”, descreveu o think tank, numa altura em que algumas das reservas de equipamento militar da Rússia se estão a esgotar. O PIIE considerou, porém, que, “por si só, [as sanções] não podem forçar o fim da guerra”. “Historicamente, apenas uma em cada três sanções projectadas para alcançar grandes mudanças políticas ou enfraquecer um alvo militarmente alcançam um sucesso moderado”, notou.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Xi’an anuncia confinamento de uma semana para conter surto A cidade de Xi’an, destino do único voo direto entre Portugal e China, vai encerrar, por uma semana, restaurantes, bares, escolas e locais religiosos, após ter diagnosticado cerca de 20 casos de covid-19, anunciaram as autoridades. Situada no centro da China, a cidade, com 13 milhões de habitantes, é conhecida pelo Exército de Terracota, enterrado com o primeiro Imperador da China. Xi’an é também o destino da única ligação aérea entre Portugal e a China, que foi entretanto suspensa, por um período total de seis semanas, após terem sido detetados casos de infeção pelo novo coronavírus em dois voos oriundos de Lisboa. A China é um dos últimos países a aplicar uma estratégia de “zero casos” de covid-19, o que implica o bloqueio de cidades inteiras, testes em massa e o isolamento em instalações designadas de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos, sempre que é detetado um surto. O país mantém também as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. Os voos para a China estão sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso sejam identificados dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. A cidade de Xi’an registou 18 casos positivos, causados pela altamente contagiosa variante Ómicron, desde sábado, segundo as autoridades locais. Um alto funcionário do governo local, Zhang Xuedong, anunciou hoje a aplicação, por um período de sete dias, de “medidas de controlo”, destinadas a evitar o “movimento de pessoas”. “Estamos numa corrida contra o tempo” e é necessário “evitar a propagação e o aumento dos casos”, sublinhou. Espaços de entretenimento como bares, cibercafés ou restaurantes irão encerrar a partir da meia-noite de quarta-feira na China, disse o governo local em comunicado. Os estabelecimentos de restauração deixam de poder receber clientes durante uma semana, mas estão autorizados a fazer entregas ao domicílio. As escolas primárias e creches vão também fechar, assim como os locais religiosos. A cidade de Xi’an foi sujeita a medidas de bloqueio altamente restritivas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, devido a um surto do novo coronavírus. O governo local foi então criticado pela gestão do confinamento, marcado por problemas de abastecimento de alimentos e outros bens básicos. As autoridades suspenderam nessa altura todos os voos internacionais, que só retomaram em junho passado. A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho, mas logo no primeiro voo foram detetados dez casos a bordo, acionando a suspensão de um mês, no âmbito da política do ‘circuit breaker’, aplicável a partir de 20 de junho. No segundo voo, realizado em 19 de junho, foram detetados cinco casos, pelo que foi aplicada nova suspensão de duas semanas.
Hoje Macau China / ÁsiaChefes das diplomacias dos Estados Unidos e da China reúnem-se esta semana O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai reunir-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, esta semana, à margem de uma conferência em Bali, informou hoje o Departamento de Estado. Os dois chefes de diplomacia, que se encontraram pela última vez em outubro, irão conversar à margem de uma reunião ministerial do G20, em pleno clima de tensão sobre várias questões, incluindo Taiwan. As conversações também ocorrerão numa altura em que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se prepara para uma reunião com seu homólogo chinês, Xi Jinping, que não viaja para o estrangeiro desde o início da pandemia da covid-19, em 2020. Blinken também deverá reunir-se com dirigentes indonésios, antes de viajar para a Tailândia, no sábado. As reuniões entre os Estados Unidos e a China, que eram frequentes, quase pararam durante a pandemia e à medida que aumentavam as tensões entre as duas maiores economias do mundo. Blinken e o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, reuniram-se, em março de 2021, no Alasca, com os seus homólogos chineses, encontro que provou a existência de profundas divergências em várias matérias, desde as relações comerciais ao destino de Taiwan. Washington e Pequim também estão em polos divergentes na resposta à guerra na Ucrânia: se os norte-americanos assumiram a liderança na resposta ocidental contra a Rússia, os chineses insistem na proximidade com o regime do Presidente Vladimir Putin, e aumentaram a compra de petróleo russo. A rivalidade com o gigante asiático é a prioridade estratégica declarada de Joe Biden, que tenta contrariar as ambições de Pequim na Ásia e no Pacífico e mais amplamente no mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina regista temperatura e níveis de precipitação mais altos das últimas décadas Desde os picos nevados do Tibete à ilha tropical de Hainan, a China está a enfrentar a pior onda de calor das últimas décadas, enquanto a precipitação registou níveis recorde em junho, segundo as autoridades. Neste mês, as províncias chinesas de Shandong, Jilin e Liaoning, no nordeste do país, registaram os níveis mensais de precipitação mais altos de sempre. A média nacional, de 112,1 milímetros, representou um aumento homólogo de 9,1%, de acordo com a Administração Meteorológica da China. A temperatura média em todo o país atingiu 21,3 graus Celsius, em junho, um aumento de 0,9 graus, em relação ao mesmo período do ano passado, e o maior desde 1961. As temperaturas e níveis de precipitação vão permanecer mais altas do que o normal, em grande parte do país, ao longo de julho, disseram as autoridades. Na província de Henan, centro da China, as cidades de Xuchang e Dengfeng atingiram os 42,1 e 41,6 graus, respetivamente, em 24 de junho. Foram os dias mais quentes alguma vez registados na região, de acordo com Maximiliano Herrera, climatologista especializado em estatísticas climáticas e condições meteorológicas extremas. A China também tem registado inundações sazonais em várias partes do país, que causaram a retirada de centenas de milhares de pessoas, particularmente no sul e centro. Os cientistas dizem que isto é fruto das mudanças climáticas e que o clima vai continuar a aquecer neste século. No Japão, as autoridades alertaram para uma maior pressão na rede elétrica e instaram os cidadãos a economizar energia. Na sexta-feira, as cidades de Tokamachi e Tsunan atingiram as temperaturas mais altas de sempre, enquanto várias outras cidades bateram recordes mensais. Parte significativa do Hemisfério Norte tem registado níveis de calor extremo, desde regiões no normalmente frio Ártico russo à América do Sul, com temperaturas e níveis de humidade excecionalmente altos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina proíbe diplomatas do Canadá de assistir a julgamento de magnata sino-canadiano As autoridades chinesas recusaram o acesso de diplomatas do Canadá ao julgamento do magnata sino–canadiano Xiao Jianhua, que desapareceu de Hong Kong há cinco anos, disse hoje o Governo de Otava. Xiao, fundador do Tomorrow Group, desapareceu de um hotel de Hong Kong em janeiro de 2017, numa altura em que o órgão de disciplina do Partido Comunista Chinês lançou vários processos contra quadros do Partido e empresários chineses, acusados de suborno e outras más condutas. As autoridades chinesas nunca confirmaram se Xiao foi detido ou divulgaram as acusações. O Governo do Canadá disse na segunda-feira que Xiao estava a ser julgado, mas não deu nenhuma indicação sobre o local ou as acusações. “O Canadá fez vários pedidos para comparecer ao processo de julgamento. A nossa presença foi negada pelas autoridades chinesas”, disse, em comunicado, o Governo canadiano. O desaparecimento de Xiao ocorreu também numa altura em que as autoridades chinesas intensificaram a pressão sobre suspeitos de corrupção radicados no exterior, para que voltassem ao país e fossem julgados. Isto alimentou temores de que Pequim pudesse sequestrar pessoas no exterior. A polícia chinesa estava então proibida de operar em Hong Kong, que tem um sistema legal separado do da China continental. O Governo central reforçou, entretanto, o controlo sobre Hong Kong, suscitando reclamações de que está a violar a autonomia prometida aquando da transferência da soberania do território para a China, em 1997. Em 2015, cinco pessoas ligadas a uma editora de Hong Kong que vendia livros críticos de líderes chineses desapareceram do território e reapareceram no continente. Antes do seu desaparecimento, Xiao tinha uma fortuna estimada em seis mil milhões de dólares, de acordo com o Relatório Hurun, que elabora uma lista dos mais ricos da China. Um funcionário do regulador de valores mobiliários da China disse, em fevereiro de 2017, que os chineses no exterior acusados de corrupção seriam “capturados e devolvidos” às autoridades do país.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliárias chinesas oferecem descontos em troca de melancias ou alho Imobiliárias chinesas estão a aceitar melancias, trigo ou alho, em troca de descontos para compradores, informou hoje um jornal de Hong Kong, face à contração no mercado e ao limite imposto pelas autoridades na redução dos preços. Segundo o jornal South China Morning Post, a Nanjing Seazen Holdings, empresa de construção do leste da China, oferece um desconto de 100 mil yuans em troca de cinco mil quilos de melancias. Isto significa que a construtora está a pagar cinco vezes mais pelo quilo de melancia do que o preço atual no mercado de vendas por grosso. Na cidade de Wuxi, também no leste da China, outra construtora está a aceitar pêssegos em troca de descontos até 188.888 yuans. Na província central de Henan, uma imobiliária baixou os preços em até 160 mil yuans em troca de trigo ou alho. A empresa acumulou 430 mil quilos de alho com a venda de 30 apartamentos, de acordo com o jornal. Como os governos locais puseram um limite no corte dos preços dos imóveis, visando evitar o colapso do mercado e uma crise no sistema bancário, as construtoras têm que encontrar formas criativas de fazer descontos, explicou Zhang Dawei, analista da agência imobiliária Centaline, citado pelo SCMP. O setor foi um dos mais importantes motores de crescimento da economia chinesa nas últimas décadas. No ano passado, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um teto de 70% na relação entre passivo e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, que foi agravada pelas medidas de combate à covid-19. Várias construtoras chinesas entraram em incumprimento, nos últimos meses, suscitando a desconfiança dos potenciais compradores, o que se traduziu nas primeiras quedas homólogas dos preços da habitação nova no país em vários anos. “Em algumas cidades, se a redução dos preços não for bastante significativa, não vai haver compradores. Em algumas áreas, as vendas não são satisfatórias, então os compradores estão com pouca liquidez”, disse Andy Lee, CEO da Centaline. De acordo com o SCMP, entre janeiro e maio, as vendas conjuntas das cem maiores imobiliárias do país registaram uma queda homóloga de 50%. No entanto, as autoridades de dezenas de cidades colocaram um “piso” nos preços dos imóveis, limitando os descontos que as construtoras podem fazer, para evitar uma “perturbação da ordem normal” do mercado imobiliário e do setor, cujo peso no PIB (Produto Interno Bruto) do país ronda os 30%, segundo alguns analistas. O Presidente chinês, Xi Jinping, insistiu em várias ocasiões que as casas “devem servir para habitação e não especulação”, mas a crise no imobiliário tem fortes implicações para a classe média e para a economia do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o setor imobiliário concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas – cerca de 70%, segundo diferentes estimativas. Em entrevista à agência Lusa, Michael Pettis, professor de teoria financeira na Faculdade de Gestão Guanghua, da Universidade de Pequim, vê na contração do setor imobiliário um sinal de que a China se está a afastar do modelo de crescimento assente no investimento em ativos não produtivos. “Há muito crescimento fictício na China”, notou Pettis. “O excesso de investimento em todo o tipo de projetos de construção inflaciona o crescimento da economia chinesa há vários anos”, descreveu.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong tem “dever constitucional” de promulgar nova lei de segurança, diz Chefe do Executivo O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, disse hoje que a região tem o “dever constitucional” de atualizar a legislação para acompanhar a lei de segurança nacional, imposta por Pequim em 2020 na sequência dos protestos pró-democracia. Na primeira conferência de imprensa como Chefe do Executivo da região administrativa especial, depois de tomar posse em 01 de julho, Lee disse que a situação e os níveis de segurança da região vão ser avaliados antes da nova legislação ser promulgada. “Estamos muito confiantes que conseguiremos fazê-lo bem”, afirmou. Ainda durante a conferência de imprensa de hoje, John Lee revelou que vai trabalhar para aliviar as restrições impostas aos viajantes na sequência da situação pandémica. No caso de Hong Kong, a maioria dos viajantes é obrigada a cumprir um período de observação médica de sete dias num hotel designado pelas autoridades. Aos jornalistas, Lee disse que Hong Kong é uma “cidade internacional” e que entende a importância de que permaneça aberta ao mundo. “Mas também é importante que, ao mesmo tempo, abordemos os riscos, para que possamos manter um bom equilíbrio”, referiu, acrescentando que, neste momento, o secretário para a Saúde se encontra a avaliar a situação para determinar quais as condições para aliviar as quarentenas. Os casos de covid-19 têm aumentado em Hong Kong, com mais de mil infeções por dia desde meados de junho, em comparação com pouco mais de cem no início de maio. A cidade registou na segunda-feira 1.841 novos casos. John Lee, antigo chefe de segurança da cidade, foi eleito no início de maio por uma comissão eleitoral de 1.463 membros, ao abrigo do novo sistema eleitoral, promovido pelo Governo central em 2021 para garantir que a região é governada exclusivamente por patriotas, leais ao regime chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaConstrutora chinesa Shimao falha pagamento de título no valor de mil milhões de dólares A construtora chinesa Shimao anunciou hoje que falhou o pagamento de um título, no valor equivalente a mil milhões de dólares, e de outras obrigações emitidas no exterior. Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a empresa informou que falhou o pagamento de quase 1.204 milhões de dólares, incluindo juros, sobre um título emitido na Bolsa de Valores de Singapura, com juro fixo anual de 4,75%. A Shimao assegurou que, até agora, não recebeu qualquer reclamação, e prometeu “esforçar-se para continuar a colaborar ativamente” com os credores, visando alcançar uma solução que satisfaça ambas as partes. No mesmo comunicado, a construtora indicou que “não cumpriu os principais pagamentos de algumas outras dívidas emitidas ‘offshore’” para além da obrigação referida, embora não dê detalhes. A empresa afirmou que está a negociar uma “resolução amigável” com os credores. Entre janeiro e maio, as vendas da imobiliária caíram 72%, em termos homólogos, para 34,26 mil milhões de yuans, um declínio que a empresa atribuiu a “mudanças significativas no ambiente macro para o setor imobiliário na China, a partir do segundo semestre de 2021, e ao impacto de [surtos de] covid-19”. Isto obrigou a empresa a vender ativos, para “melhorar” a liquidez do grupo, ou a renegociar as condições de algumas das suas linhas de financiamento, o que não impediu que a sua posição fosse comprometida “por incertezas do mercado, face ao refinanciamento de dívida, e a condições operacionais e de financiamento complicadas”. No ano passado, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um teto de 70% na relação entre passivo e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, que foi agravada pelas medidas de combate à covid-19. Em maio passado, a Sunac tornou-se a mais recente construtora chinesa a entrar em incumprimento. O caso mais emblemático envolve a Evergrande Group, cujo passivo ascende ao equivalente a 300 mil milhões de dólares. No mês passado, a agência de notação financeira S&P baixou também a classificação da dívida do grupo Greenland, que tem o município de Xangai como acionista, devido aos crescentes “riscos” de incumprimento. A Greenland é um dos maiores grupos imobiliários da China, com forte presença internacional, particularmente nos Estados Unidos. De acordo com a agência de notícias Bloomberg, o grupo solicitou recentemente o adiamento por um ano do pagamento de 488 milhões de dólares em juros de títulos de dívida.
Hoje Macau China / ÁsiaChina julga magnata Xiao Jianhua que desapareceu em Hong Kong em 2017 O magnata sino–canadiano Xiao Jianhua foi hoje a julgamento na China, disse o governo do Canadá, cinco anos após ter desaparecido em Hong Kong, como parte da campanha anticorrupção lançada por Pequim. O comunicado emitido por Otava informou que diplomatas canadianos estão a “acompanhar de perto este caso” e a prestar serviços não especificados à família de Xiao. A mesma nota apontou que nenhuma outra informação vai ser divulgada, devido a considerações com a privacidade dos envolvidos. Xiao, fundador do Tomorrow Group, desapareceu de um hotel de Hong Kong em janeiro de 2017, numa altura em que o órgão de disciplina do Partido Comunista Chinês lançou vários processos contra quadros do Partido e empresários chineses, acusados de suborno e outras más condutas. As autoridades nunca confirmaram se Xiao foi detido ou divulgaram as acusações. O desaparecimento de Xiao ocorreu também numa altura em que as autoridades chinesas intensificaram a pressão sobre suspeitos de corrupção radicados no exterior, para que voltassem ao país e fossem julgados. Isto alimentou temores de que Pequim pudesse sequestrar pessoas no exterior. Antes do seu desaparecimento, Xiao tinha uma fortuna estimada em seis mil milhões de dólares, de acordo com o Relatório Hurun, que elabora uma lista dos mais ricos da China. Um funcionário do regulador de valores mobiliários da China disse em fevereiro de 2017 que os chineses no exterior acusados de corrupção seriam “capturados e devolvidos” às autoridades do país.
Hoje Macau China / ÁsiaGrupo chinês Fosun acelera venda de ativos para reforçar liquidez O grupo Fosun, que detém várias empresas em Portugal, desfez-se do equivalente a dois mil milhões de euros em ativos este ano, visando reforçar a liquidez, numa altura em que enfrenta pressão no mercado obrigacionista. As vendas comunicadas à bolsa de valores de Hong Kong, onde o grupo está cotado, são o culminar de uma década de expansão agressiva além-fronteiras, que incluiu a compra, em Portugal, da seguradora Fidelidade, uma participação de quase 30% no banco Millennium BCP ou mais de 5% da REN – Redes Energéticas Nacionais, através da Fidelidade. O conglomerado soma agora uma dívida de 40 mil milhões de dólares, mas a emissão de títulos tornou-se mais cara, após várias empresas chinesas terem entrado em incumprimento, incluindo a Evergrande, a segunda maior construtora da China. No mês passado, a agência de notação financeira Moody’s colocou o ‘rating’ da Fosun, atualmente com a nota de crédito Ba3, em revisão, para possível baixa. Em comunicado, a vice-presidente da Moody’s Lina Choi disse que decisão reflete a “preocupação” da agência, de que a “crescente aversão” ao risco, entre os investidores no mercado de dívida, pressione a liquidez já de si “escassa” da Fosun, numa altura em que se aproxima a data de vencimento de obrigações emitidas nos mercados chinês e internacional. Na mesma nota, a Moody’s apontou o risco de “contágio” e a “pressão adicional sobre a liquidez” das empresas e subsidiárias do conglomerado. Questionada pela agência Lusa, a Fosun disse que, enquanto empresa cotada em bolsa, não pode comentar sobre uma possível venda de ativos detidos em Portugal, mas garante que está numa “posição sólida e saudável”, apontando uma relação dívida/capital de 54% e 96,78 mil milhões de yuans de dinheiro em caixa, entre saldos bancários e depósitos a prazo. “A [Fosun] e as suas subsidiárias estabeleceram parcerias com mais de 100 bancos chineses e estrangeiros em todo o mundo e assinaram acordos de cooperação estratégica com vários bancos internacionais e vários bancos chineses”, apontou. O grupo também anunciou em junho planos para a recompra de dois títulos emitidos no mercado internacional, com vencimento este ano, no valor conjunto de cerca de 800 milhões de dólares. Para a Moody’s, no entanto, a Fosun tem um perfil financeiro “fraco”. “A receita recorrente da empresa, principalmente dividendos de investimentos subjacentes, é inadequada para cobrir os juros e despesas operacionais”, apontaram os analistas da agência. A venda de ativos pela empresa este ano ultrapassou já os dois mil milhões de dólares, em comparação com 85 milhões de dólares (81,5 milhões de euros), em 2021, segundo dados da Dealogic, fornecedora global de conteúdo e análise para o setor financeiro. Em março, o conglomerado chegou a acordo para vender a sua divisão de moda, Lanvin Group, através de uma entrada na Bolsa de Valores de Nova Iorque, mediante uma empresa de aquisições para fins específicos (SPAC, na sigla em inglês). No mês seguinte, a empresa acordou a venda da seguradora norte-americana AmeriTrust Group Inc à Accident Fund Insurance Company of America, subsidiária integral do AF Group, com sede nos Estados Unidos. Entre os ativos vendidos este ano pelo grupo constam ainda uma posição no valor de 500 milhões de euros na Tsingtao Brewery, a principal marca de cervejas da China, 5% do grupo chinês taihe technology, no valor de 43 milhões de euros, ou 6% do capital da empresa Zhongshan, por 100 milhões de euros, de acordo com a cotação atual no mercado. A Moody’s observou que a qualidade de crédito da empresa, que afeta diretamente a sua capacidade de refinanciamento, vai provavelmente enfraquecer devido à venda de ativos, o que significa uma queda nas receitas com dividendos. Os principais ativos do grupo incluem participações em mais de 40 empresas nas áreas saúde, turismo, gestão de ativos, mineração, siderurgia e tecnologia. Entre os ativos mais sonantes constam a cadeia hoteleira Club Med e o clube inglês de futebol Wolverhampton Wanderers. Em 2021, a receita total do grupo fixou-se em 161 mil milhões de yuans e os seus ativos valiam, no conjunto, 806 mil milhões de yuans, de acordo com a empresa.
Hoje Macau China / ÁsiaDoze corpos recuperados após naufrágio no Mar do Sul da China causado por tufão Doze corpos foram recuperados depois de um navio-grua se ter afundado e partido devido a um tufão que atingiu o Mar do Sul da China durante o fim de semana, indicaram hoje as autoridades chinesas. O navio encontrava-se a 160 milhas náuticas a sudoeste de Hong Kong (Sul da China) quando foi apanhado na tempestade do Chaba, no sábado passado. De acordo com uma contagem inicial feita no fim de semana, a tragédia deixou 27 pessoas desaparecidas, sendo que já foram recuperados 12 corpos. “Segundo a última contagem de 04 de julho às 15:30 (08:30 em Lisboa), as equipas de salvamento encontraram e recuperaram 12 corpos de presumíveis vítimas”, segundo o Centro Marítimo de Busca e Salvamento de Guangdong, uma província chinesa perto de Hong Kong. “As autoridades competentes estão atualmente a intensificar o seu trabalho para identificar” os corpos, adiantou. No sábado, três dos 30 membros da tripulação a bordo do navio foram resgatados e levados para o hospital. Hoje a televisão estatal chinesa CCTV deu contra de um quarto tripulante resgatado, adiantando que o seu estado de saúde era estável. O tufão Chaba formou-se no centro do Mar do Sul da China e deslocou-se até Guangdong no sábado à tarde. O local onde se encontrava o navio registou ventos de 144 quilómetros por hora e ondas de até 10 metros de altura, afirmaram as autoridades. Um total de sete aviões, 246 navios e quase 500 barcos de pesca continuam nas operações de salvamento para encontrar as restantes pessoas desaparecidas, assegurou hoje o Centro Marítimo. As previsões das autoridades chinesas apontam para que o Chaba se desloque a uma velocidade entre 15 e 20 quilómetros por hora, na direção norte, até se dissipar na região vizinha de Guangxi, na segunda-feira. Em Macau o Chaba obrigou à emissão do sinal de alerta 8, durante 23 horas, entre a noite de sexta-feira e a noite de sábado, sem impacto significativo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina confina 1,7 milhões para conter novos surtos de covid-19 no leste A China colocou 1,7 milhões de pessoas sob confinamento na província de Anhui, no leste do país, onde cerca de 300 novos casos de covid-19 foram diagnosticados nas últimas 24 horas. O país asiático mantém uma política de tolerância zero à covid-19, que inclui o bloqueio de cidades inteiras, testes em massa e o isolamento de todos os casos positivos e contactos diretos. O surto detetado em Anhui ocorre numa altura em que a economia chinesa está a recuperar lentamente de um bloqueio de dois meses em Xangai, a “capital” económica da China. Duas cidades da daquela província, Sixian e Lingbi, anunciaram bloqueios que afetam mais de 1,7 milhões de pessoas. Os residentes só podem sair de casa para fazer o teste de ácido nucleico (PCR). A cadeia televisiva estatal CCTV transmitiu imagens de ruas vazias em Sixian, no fim de semana, com os moradores na fila para fazer o teste para o novo coronavírus. O Ministério da Saúde registou 287 novos casos em Anhui, nas últimas 24 horas, elevando o total para mais de 1.000 nos últimos dias na província. O governador da província, Wang Qingxian, instou as autoridades a “implementar testes rápidos” e a colocar em quarentena e relatar casos o mais rápido possível. A província vizinha de Jiangsu também registou 56 novos casos, em quatro cidades, nas últimas 24 horas. O número de casos permanece muito baixo na China em comparação com a grande maioria dos outros países. Mas as autoridades pretendem limitar ao máximo a circulação do vírus devido aos recursos médicos limitados em certos lugares e à taxa relativamente baixa de vacinação entre os idosos. No entanto, esta estratégia tem altos custos económicos.
Hoje Macau China / ÁsiaMonkeypox | China vai exigir teste a viajantes chegados do estrangeiro A China vai exigir testes à doença ‘monkeypox’, além dos exigidos para a covid-19, a todos os viajantes que cheguem ao país, noticiou no sábado o jornal oficial Diário do Povo. A Comissão de Saúde da China exigiu que várias autoridades locais fizessem testes à ‘monkeypox’ entre os chegados do estrangeiro, especialmente aqueles cujo historial de viagens inclua países com casos desta doença nos 21 dias anteriores à entrada no país asiático, indicou. As pessoas com sintomas, tais como erupções cutâneas, devem também ser “acompanhadas de perto” e quaisquer casos suspeitos devem ser comunicados às autoridades de prevenção para transferência para “instituições médicas designadas”. Quem apresentar aqueles sintomas deve fazer testes para excluir outras doenças como a varíola, a rubéola ou o sarampo. De acordo com o jornal, a Comissão também pediu a quem tenha estado em contacto com infetados com monkeypox para informar as autoridades, mesmo que não apresente quaisquer sintomas. Até agora, a China não comunicou quaisquer casos de ‘monkeypox’, que se propagou a 50 países desde o início do ano, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A maioria dos 3.413 casos confirmados este ano foram registados na Europa. O diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, afirmou na sexta-feira que quase 90% dos casos detetados globalmente, desde meados de maio, estão concentrados na Europa, onde as infeções triplicaram nas últimas duas semanas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina volta a suspender voo direto com Portugal após detetar casos de covid-19 entre passageiros As autoridades chinesas anunciaram hoje que vão suspender, durante duas semanas, a ligação aérea entre Portugal e China, que já estava suspensa por um mês, após detetarem casos de covid-19 a bordo. Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passará a estar suspenso a partir de 25 de julho, por um período adicional de duas semanas, após terem sido detetados cinco casos de covid-19, em 19 de junho, num voo oriundo de Lisboa. Os voos para a China estão sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. A ligação Portugal – China tem a frequência de um voo por semana. No voo anterior, realizado no dia 12 de junho, foram detetados dez casos positivos a bordo, pelo que as autoridades chinesas suspenderam a ligação pelo período de um mês, a partir de 27 de junho. No conjunto, o voo passa assim a estar suspenso por um período de seis semanas. A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho após ter estado suspensa durante mais de seis meses. As autoridades de Xi’an, a capital da província de Shaanxi, no centro da China, suspenderam a ligação com Lisboa em 25 de dezembro de 2021, numa altura em que a região enfrentava um surto de covid-19. A cidade só retomou este mês as ligações internacionais. Ao abrigo da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, a China mantém as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia. Quem chega à China tem que cumprir ainda uma quarentena de sete dias, em instalações designadas pelo Governo, e mais três em casa.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Norte sugere que vírus chegou em balões lançados na Coreia do Sul A Coreia do Norte sugeriu hoje que o surto de covid-19 começou em pessoas que tiveram contacto com balões lançados a partir da Coreia do Sul. Há anos que ativistas enviam balões através da fronteira para distribuir centenas de milhares de folhetos de propaganda críticos do líder norte-coreano Kim Jong-un. A Coreia do Norte tem criticado a liderança da Coreia do Sul por não deter os ativistas. As autoridades sanitárias mundiais dizem que o coronavírus é disseminado por pessoas em contacto próximo que inalam gotículas transportadas pelo ar, sendo mais provável que ocorra em espaços fechados e mal ventilados do que ao ar livre. Um porta-voz do Ministério da Unificação do Sul, disse aos jornalistas existir um consenso entre responsáveis de saúde sul-coreanos e peritos da Organização Mundial de Saúde: as infeções através do contacto com o coronavírus na superfície dos materiais é virtualmente impossível. Não há qualquer hipótese de os balões sul-coreanos poderem ter levado e espalhado o SARS-CoV-2 na Coreia do Norte, reiterou. Os laços entre os dois países permanecem tensos, no meio de um longo impasse na diplomacia liderada pelos Estados Unidos em convencer a Coreia do Norte a abandonar as ambições nucleares em troca de benefícios económicos e políticos. Os ‘media’ estatais norte-coreanos noticiaram que o centro de prevenção de epidemias da Coreia do Norte tinha encontrado focos de infeção na cidade de Ipho, perto da fronteira sudeste com a Coreia do Sul e que alguns residentes com sintomas de febre viajaram para Pyongyang. O centro afirmou que um soldado, de 18 anos, e uma criança, de 05, tiveram contacto com “objetos estranhos” na cidade, no início de abril, e mais tarde obtiveram resultado positivo em testes para a variante Ómicron. No que chamou “uma instrução de emergência”, o centro de prevenção de epidemias ordenou aos funcionários que “lidassem vigilantemente com objetos estranhos trazidos pelo vento e outros fenómenos climáticos e balões” ao longo da fronteira intercoreana e seguissem a proveniência. Salientou também que qualquer pessoa que encontre “objetos estranhos” deve notificar imediatamente as autoridades para que estes possam ser removidos. As campanhas de balões foram em grande parte interrompidas, depois do anterior Governo da Coreia do Sul ter aprovado uma lei que as criminalizava, e não houve ações públicas desse género no início de abril. Um ativista, que está a ser julgado por atividades passadas, lançou balões com folhetos de propaganda através da fronteira no final de abril. E enviou outros duas vezes em junho, mas trocando a carga habitual de panfletos por artigos ligados à covid-19, tais como máscaras e analgésicos. Em anteriores declarações sobre a covid-19, a Coreia do Norte também afirmou que o vírus podia propagar-se através da queda de neve ou de aves migratórias. As restrições relacionadas com a pandemia incluíam mesmo proibições rigorosas de entrada na água do mar.
Hoje Macau China / ÁsiaMedidas de bloqueio ameaçam posição da China nas cadeias de fornecimento, dizem empresas A política de ‘zero casos’ de covid-19 ameaça a posição da China nas cadeias produtivas, à medida que o bloqueio de cidades e províncias gera imprevisibilidade e afeta a confiança dos investidores, alertam líderes empresariais. “Nunca se sabe o que vai acontecer a seguir”, resume Takayuki Shomura, vice-diretor-geral do grupo japonês Tailift Group, um dos maiores fabricantes de empilhadores do mundo, à agência Lusa, à margem da Cimeira de Multinacionais de Qingdao, no leste da China. Na primeira metade do ano, as vendas do grupo no país asiático caíram cerca de 50%, à medida que a altamente contagiosa variante Ómicron obrigou as autoridades chinesas a impor medidas de confinamento extremas, para salvaguardar a estratégia de ‘zero casos’, assumida como um triunfo político pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. O isolamento de Xangai, a “capital” financeira do país, e de importantes cidades industriais como Changchun e Cantão, tiveram forte impacto nos setores serviços, manufatureiro e logístico. Num painel intitulado “Reconstruir a Indústria Global e as Cadeias de Fornecimento sob Múltiplos Choques”, Zhang Yansheng, investigador no Centro de Relações Económicas Internacionais da China, disse que as atuais medidas de prevenção epidémica obrigaram os fabricantes a manter grandes reservas de componentes, o que resultou num aumento dos custos, e a recorrer a fornecedores não chineses, numa fórmula designada “China + 1”. “Tens que estar preparado para o pior cenário”, explicou à Lusa Jiang Zuolin, vice-presidente de Operações para a China do grupo Festo, multinacional alemã especializada em automação industrial. Uma das estratégias passa por trabalhar num “circuito fechado”, em que os funcionários estão interditos de sair das instalações das fábricas. “Preparamos atividades para os trabalhadores e passamos a oferecer pequeno-almoço, almoço e jantar”, descreveu Jiang. “Melhoramos também a qualidade dos dormitórios, para que as pessoas se sintam em casa”, acrescentou. A nível logístico, a empresa criou reservas de componentes e diversificou as cadeias de abastecimento. “Não podemos colocar os ovos todos na mesma cesta”, resumiu. A tolerância zero à covid-19 implica também o encerramento praticamente total das fronteiras da China. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia. Os voos estão também sujeitos à política do “circuit breaker” (‘interruptor’, em português): quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. Wu Jingkui, presidente na China do grupo espanhol Amadeus, especializado em soluções tecnológicas para viagens, disse à Lusa acreditar que a liderança do país está ciente dos danos causados pelas restrições em vigor, mas que encontrar o ponto de equilíbrio é uma “dor de cabeça”, face às circunstâncias do país. Com 1,4 mil milhões de habitantes, a China é a nação mais populosa do mundo. Um estudo da Universidade Fudan, em Xangai, publicado em maio passado, concluiu que a variante Ómicron sobrecarregaria o sistema hospitalar do país e resultaria em cerca de 1,6 milhões de mortos, caso a China modere ou reduza as medidas de prevenção, devido à baixa taxa de vacinação entre os idosos e menor eficácia das inoculações domésticas. Zhang Yansheng, que é também um dos principais assessores económicos do Governo chinês e secretário-geral do Comité Académico da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão máximo de planeamento económico da China, alertou para uma tendência de “declínio” na globalização da economia mundial, agravada por fricções geopolíticas. “O que mais nos preocupa é a formação de dois sistemas paralelos, que obrigarão os países a escolher um lado”, apontou. “O nosso desafio agora é que as multinacionais estrangeiras mantenham a confiança no mercado chinês”.
Hoje Macau China / ÁsiaMarcos Jr toma posse como Presidente das Filipinas para mandato único de seis anos Ferdinand Marcos Jr foi hoje empossado como Presidente das Filipinas para um mandato único de seis anos, depois das presidenciais de maio, sucedendo ao controverso Rodrigo Duterte como chefe de Estado. “Vocês, o povo, falaram para me dar a maior vitória eleitoral jamais vista” nas Filipinas, afirmou Marcos Jr, que obteve mais de 50% dos votos, num discurso depois de prestar juramento sobre a Constituição. Nas primeiras palavras como Presidente, renovou o apelo à unidade nacional num tom nacionalista, carregado de alusões ao período de governação do pai, o ditador Ferdinand Marcos. “Iremos longe juntos, não separados e com medo um do outro. As mudanças que vamos ver vão beneficiar todos. (…) Não estou aqui para falar do passado, mas sim do futuro. Nunca perdi a esperança na reconciliação”, concluiu Marcos. Horas antes da cerimónia, a transferência oficial de poder entre o atual e o Presidente cessante, Rodrigo Duterte, que não participou na tomada de posse, teve lugar no palácio presidencial. Marcos completa assim o regresso ao poder da famosa dinastia, 36 anos depois de uma revolução popular ter acabado com o regime do pai e forçado a família a fugir do país de helicóptero. A cerimónia contou com a presença, entre outros, da mulher do atual Presidente e quatro filhos de Imelda Marcos, a matriarca do clã que governou o arquipélago sob a sombra de Marcos pai entre 1965 e 1986, incluindo a década de violenta lei marcial declarada pelo então líder, que morreu no exílio em 1989. “Não olhemos para trás, mas para a frente”, disse o filho do ditador e novo Presidente das Filipinas num discurso de meia hora em que se dirigiu aos filipinos, principalmente em inglês e usando poucas frases em tagalog, a língua mais popular.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão permite regresso a casa em zona próxima da central nuclear de Fukushima Os residentes de algumas áreas da localidade de Okuma foram hoje autorizados a voltar a casa, em mais um regresso a uma “zona de difícil retorno”, próxima da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão. Okuma, um dos dois municípios onde está localizada a central de Fukushima, foi encerrada em março de 2011 e, embora as restrições já tivessem sido levantadas em algumas áreas mais afastadas da central, parte do terreno mantinha a designação de “difícil retorno” devido aos níveis elevados de radiação. Esta é a segunda vez que as autoridades nipónicas permitem o regresso a uma destas áreas, depois de, em meados de junho, os residentes da aldeia de Katsurao, a cerca de 35 quilómetros da central nuclear, também terem sido autorizados a voltar a casa. A decisão de hoje diz respeito a uma área de 8,6 quilómetros quadrados de Okuma, no centro do município, onde os residentes tinham autorização para passar a noite já desde dezembro, num programa de preparação para um regresso permanente em grande escala. “Vai ser necessário muito tempo até regressar ao nível anterior, mas hoje é um dia chave para Okuma”, disse o presidente da câmara da cidade, Jun Yoshida, citado pelo jornal japonês Yomiuri. Neste momento, perto de 330 quilómetros quadrados de terreno em seis localidades da província de Fukushima, incluindo Katsurao, Okuma e Futaba, ainda estão classificados como “zonas de difícil retorno”. Em 11 de março de 2011, um forte sismo desencadeou um tsunami que se abateu sobre a região. O balanço do desastre, de 18.500 mortos ou desaparecidos, foi sobretudo causado pelas ondas, que em muitas áreas eram da altura de edifícios. O desastre de Fukushima é considerado o pior acidente nuclear civil desde Chernobyl, na Ucrânia, em abril de 1986.
Hoje Macau China / ÁsiaG7 | Grupo acusado de “semear a divisão” após críticas a Pequim A China acusou ontem os países do G7 de “semearem a divisão”, depois de o grupo que reúne as nações mais industrializadas do mundo ter condenado a alegada falta de transparência de Pequim nas suas práticas comerciais. Reunidos no sul da Alemanha, entre domingo e terça-feira, os líderes do G7 (Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá) usaram uma linguagem particularmente assertiva contra a China, na sua declaração conjunta, após uma cimeira de três dias. O G7 expressou a sua preocupação com os direitos humanos no país e denunciou as práticas comerciais “não transparentes e que distorcem o mercado” de Pequim. “Enquanto a comunidade internacional luta contra a pandemia e se esforça para reanimar a economia, o G7 não apenas falha em comprometer-se com a unidade e a cooperação, mas, em vez disso, está empenhado em dividir e criar antagonismos, sem qualquer senso de responsabilidade ou princípio moral”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, em conferência de imprensa. Má nova Washington há muito que aponta críticas às práticas comerciais de Pequim, que acusa de favorecer as empresas chinesas, em detrimento das empresas estrangeiras, ou de transferência forçada de tecnologia. Mas o facto da Alemanha, que é a maior economia da União Europeia (UE) e que tem a China como maior parceiro comercial, criticar directamente as práticas do país asiático é uma novidade. A Alemanha exerce actualmente a presidência do G7. Na sua declaração final, os líderes do G7 também apontaram que querem “fomentar a diversificação e a resistência à coerção económica, e reduzir as dependências estratégicas” em relação ao país asiático. Estas críticas surgiram antes do arranque da cimeira da NATO, a decorrer em Madrid. Na capital espanhola, a NATO incluiu as preocupações com a China no seu novo conceito estratégico. No documento aprovado em Madrid e preparado para a próxima década, a NATO afirma que a China “declarou ambições e políticas coercivas”, desafiando os “interesses, segurança e valores” dos aliados. O anterior conceito estratégico, aprovado em Lisboa, em 2010, não continha referências à China.
Hoje Macau China / ÁsiaO desenvolvimento de Hong Kong no coração de Xi Jinping O Presidente Xi Jinping participará numa reunião na sexta-feira para celebrar o 25º aniversário do regresso à pátria de Hong Kong, cujo desenvolvimento Xi diz ter estado sempre no seu coração. Sob a liderança de Xi, as autoridades centrais lançaram uma série de políticas e medidas importantes para ajudar Hong Kong a manter a estabilidade e prosperidade no quadro de “um país, dois sistemas”. Na sexta-feira, o presidente participará também na cerimónia inaugural do sexto mandato do governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, que Xi espera trazer mudanças estimulantes para a governação de Hong Kong O Presidente chinês Xi Jinping estará presente numa reunião na sexta-feira para celebrar o 25º aniversário do regresso à pátria de Hong Kong, cujo desenvolvimento Xi diz ter estado sempre no seu coração. “O desenvolvimento de Hong Kong sempre me tocou no coração”, disse Xi, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, aquando da sua chegada a Hong Kong há cinco anos para o 20º aniversário da região administrativa especial. Ao longo dos anos, Xi demonstrou repetidamente a sua preocupação com o desenvolvimento de Hong Kong, bem como com o bem-estar dos mais de 7 milhões de habitantes de Hong Kong. Iniciou projectos de integração de Hong Kong no desenvolvimento nacional, interagiu com a juventude de Hong Kong e encorajou os empresários a prosseguir os seus sonhos no continente. Sob a liderança de Xi, as autoridades centrais lançaram uma série de políticas e medidas importantes para ajudar Hong Kong a manter a estabilidade e prosperidade no quadro de “um país, dois sistemas”. Na sexta-feira, o presidente participará também na cerimónia inaugural do sexto mandato do governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), que Xi espera trazer mudanças refrescantes à governação de Hong Kong. Xi afirmou que Hong Kong se encontra numa fase crucial no seu caminho para uma maior prosperidade. Desenvolvimento pós-97 Hong Kong tem testemunhado um rápido desenvolvimento desde que o governo chinês retomou o exercício da soberania sobre a mesma a 1 de Julho de 1997. De 1997 a 2021, o PIB de Hong Kong cresceu de 1,37 triliões de dólares de Hong Kong para 2,86 triliões de dólares de Hong Kong. Ultrapassou desafios, incluindo a crise financeira asiática, a epidemia da SARS e a crise financeira internacional, e consolidou o seu estatuto como centro financeiro, marítimo e comercial internacional. Sob a liderança de Xi, as autoridades centrais promoveram a conectividade das infra-estruturas e implementaram políticas e medidas para expandir ainda mais o espaço para o desenvolvimento de Hong Kong. Um belo exemplo de conectividade de infra-estruturas é a mega-ponte no estuário do Rio das Pérolas que liga Hong Kong, Macau e o continente chinês. Durante a sua viagem a Hong Kong em 2017, Xi visitou o local de construção da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macao. Em Outubro de 2018, anunciou a abertura da ponte e inspeccionou-a. A abertura da ponte marcou uma nova etapa no desenvolvimento da área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau. A Área da Grande Baía, que pretende tornar-se uma área de classe mundial de baía e aglomerado de cidades, é um projecto nacional significativo concebido e promovido por Xi. Em apenas alguns anos, tornou-se uma das regiões mais abertas e economicamente mais vibrantes da China. Grande Baía atrai jovens empresários Um número crescente de jovens de Hong Kong está a virar-se para o continente em busca de perspectivas empresariais, uma vez que o desenvolvimento da área da baía tem trazido novas oportunidades. Mark Mak Hin-yu, co-fundador de uma empresa de robótica, disse que a sua empresa tem a sua sede em Hong Kong, mas transferiu parte das operações, incluindo montagem de hardware e testes técnicos, para o continente, capitalizando as oportunidades trazidas pelo desenvolvimento da área da baía. O 14º Plano Quinquenal da China (2021-2025) dá a Hong Kong apoio na construção de um centro internacional de inovação e tecnologia, um centro na região Ásia-Pacífico para serviços jurídicos e de resolução de litígios internacionais, um centro regional para o comércio de propriedade intelectual, e um centro de intercâmbio cultural e artístico com outros países. Laura Cha Shih May-lung, presidente do Hong Kong Exchanges and Clearing Limited e veterana no sector financeiro de Hong Kong há mais de três décadas, tem plena confiança no desenvolvimento futuro do sector. “Sendo uma economia relativamente pequena com uma população de pouco mais de 7 milhões de habitantes, Hong Kong não teria evoluído para o centro financeiro internacional que é agora sem o forte apoio do desenvolvimento contínuo do continente”, disse ela. Cuidar de todos Melhorar a subsistência da população de Hong Kong tem sido uma prioridade máxima para Xi. “Os adolescentes querem crescer felizes. Os jovens querem dar a conhecer o melhor do seu talento. As pessoas adultas querem ser bem sucedidas, e os seniores querem desfrutar dos seus anos dourados”, disse Xi quando visitou Hong Kong em 2017, explicando as relações entre desenvolvimento e bem-estar das pessoas. Xi encontrava sempre tempo para interagir com o público durante as suas visitas a Hong Kong. Em 2008, Xi, então vice-presidente chinês, visitou famílias comuns de Hong Kong, sentou-se com elas e conversou sobre a sua vida quotidiana. Na sua viagem de 2017, o Presidente Xi assistiu a um episódio da ópera cantonesa representada por crianças e encorajou-as a herdar a bela cultura tradicional chinesa. Ao longo dos anos, Xi supervisionou a implementação de várias políticas favoráveis aos compatriotas de Hong Kong no continente, que abrangem uma vasta gama de áreas, desde a educação e emprego até aos cuidados de saúde e viagens. Por exemplo, desde Setembro de 2018, as pessoas elegíveis de Hong Kong podem solicitar autorizações de residência no continente, que lhes dão acesso aos direitos de trabalho, segurança social e fundo de previdência habitacional. Quando a pandemia da COVID-19 atingiu Hong Kong, Xi estava muito preocupado com a vida e a saúde da população local e deu instruções em várias ocasiões para dar a Hong Kong todo o apoio na luta contra o vírus. O continente enviou materiais anti-epidémicos, enviou trabalhadores da saúde, e ajudou a construir instalações de isolamento e tratamento, bem como assegurou o fornecimento constante de necessidades diárias para ajudar na luta de Hong Kong contra a epidemia. “A pátria é sempre o forte apoio de Hong Kong. As dificuldades em mãos podem certamente ser ultrapassadas”, disse Xi. Xi salientou uma compreensão completa e precisa do princípio “um país, dois sistemas” e uma aplicação fiel do mesmo. Como ele disse, “um país” é como as raízes de uma árvore e para uma árvore crescer alta e luxuriante, as suas raízes devem correr profundas e fortes. Medidas fundamentais As autoridades centrais adoptaram um conjunto de políticas e medidas num esforço para abordar tanto os sintomas como as causas profundas dos desafios relevantes que Hong Kong enfrentou. A implementação da lei de segurança nacional em Hong Kong foi uma dessas medidas significativas. Foi seguida de melhorias no sistema eleitoral. Estes proporcionaram a Hong Kong uma garantia institucional sólida para ultrapassar dificuldades imediatas, alcançar uma boa governação e assegurar uma paz e estabilidade duradouras. No âmbito do novo sistema eleitoral, Hong Kong realizou com sucesso eleições para a Comissão Eleitoral, para o Conselho Legislativo do sétimo mandato e para o chefe executivo do sexto mandato. Um número crescente de pessoas competentes e patriotas tem entrado na estrutura governativa. Com estas medidas em vigor, a estabilidade social foi restaurada. Tanto para o povo de Hong Kong como para os residentes estrangeiros, isto significa um ambiente de vida mais seguro e um ambiente de negócios mais previsível. “A chave do sucesso de Hong Kong reside no amor do seu povo pela pátria e por Hong Kong, e na sua perseverança, busca da excelência e adaptabilidade”, disse Xi. Em 2018, Xi conheceu Eric Kuo, um jovem empresário de Hong Kong, numa zona piloto de comércio livre na província de Guangdong. “Fiquei profundamente tocado com o encorajamento do Presidente Xi e fiquei mais determinado a iniciar o meu próprio negócio no continente”, disse Kuo. A sua empresa de alta tecnologia expandiu-se rapidamente, obtendo receitas anuais de mais de 10 milhões de yuan no ano passado. Estão a surgir mais oportunidades para os jovens de Hong Kong no continente, uma vez que estão a receber uma maior assistência desde a procura de emprego até ao estabelecimento de empresas. “Uma pátria cada vez mais próspera serve como fonte de força para Hong Kong ultrapassar dificuldades e desafios; apresenta também um reservatório de oportunidades para Hong Kong desbravar novos caminhos, fomentar novas forças motrizes e criar novo espaço para o desenvolvimento”, disse Xi na sua viagem pelo 20º aniversário da RAEHK há cinco anos.
Hoje Macau China / ÁsiaConfirmada visita de Xi Jinping a 1 de Julho para aniversário da RAEHK A polícia de Hong Kong confirmou ontem que o Presidente Xi Jinping vai visitar a cidade esta semana, para celebrar o 25º aniversário do retorno da ex-colónia britânica à soberania chinesa. Xi vai participar em vários eventos oficiais, incluindo a tomada de posse do próximo líder de Hong Kong, na sexta-feira, disse o comissário assistente da polícia Lui Kam-ho, em conferência de imprensa. Trata-se da primeira deslocação de Xi fora da China continental, desde o início da pandemia do novo coronavírus, há cerca de dois anos e meio. Isto ocorre numa altura em que Hong Kong enfrenta um novo pico de infecções. O aniversário é altamente simbólico para Xi Jinping, que quer ser o impulsionador do “rejuvenescimento nacional”, quando se prepara para iniciar um terceiro mandato de cinco anos, no Congresso do Partido Comunista, que se realiza no Outono. Medidas de segurança vão ser implementadas, para proteger Xi Jinping, incluindo zonas de segurança e o encerramento de estradas nas proximidades do local da cerimónia, disse a polícia. Na zona já foram erguidas barreiras. “Não toleraremos qualquer acção que possa interferir e prejudicar a operação de segurança”, advertiu Lui.
Hoje Macau China / ÁsiaOceanos | China pede mais conhecimento cientifico e parcerias globais O Governo chinês exortou ontem a comunidade internacional a aprofundar o conhecimento científico dos ecossistemas marinhos e costeiros para preservar os oceanos, mostrando-se pronto para construir parcerias com países de todo o mundo e para ações conjuntas. A agenda 2030 “caracteriza o mundo de hoje como interdependente e interligado como nunca antes. Só através do reforço da cooperação e da parceria globais é possível atingir os ODS” (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), defendeu o enviado especial do governo da China na Conferência da ONU sobre os Oceanos, que decorre em Lisboa. Nesse sentido, exortou a comunidade internacional a intensificar ações conjuntas e a assistência e cooperação, sobretudo com os países em desenvolvimento e especialmente os pequenos Estados insulares, “para reforçar a sua capacidade de desenvolvimento sustentável”. A China, anunciou, vai disponibilizar um pacote financeiro para pequenos projetos de tecnologias de informação nesta área e “promete continuar a contribuir para o cumprimento dos objetivos das Nações Unidas com ações e resultados concretos”. Como exemplo citou o Centro para a Cooperação e Deteção Remota por Satélite China e África e outros projetos através dos quais é dado apoio técnico ao ordenamento do território marítimo e assistência técnica, com acompanhamento, avaliação e o alerta precoce para responder às alterações climáticas e prevenir catástrofes marinhas. O representante do governo chinês aproveitou ainda a ocasião para reafirmar, perante os lideres de mais de 140 países, que “só há uma China” e afirmar que “Taiwan é parte integrante do seu território”. A segunda Conferência da ONU sobre os Oceanos, coorganizada por Portugal e pelo Quénia, começou na segunda-feira e decorre até sexta-feira em Lisboa. Espera-se que da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC na sigla em inglês) saia a Declaração de Lisboa, que ajude a concretizar o ODS 14, que acelere o combate à poluição e que aumente a preservação da biodiversidade e a sustentabilidade. Assim como que se generalize a noção da importância dos oceanos no combate às alterações climáticas.