Hoje Macau China / ÁsiaChina | Anunciadas novas medidas para estimular natalidade A China anunciou ontem novas medidas para incentivar as famílias a ter mais filhos, após ter aplicado rígidos controlos de natalidade durante mais de 30 anos, ao abrigo da política ‘um casal, um filho’. O país mais populoso do planeta enfrenta agora uma crise demográfica, com a força de trabalho a envelhecer, uma economia em desaceleração e o menor crescimento populacional em décadas. Apesar de as autoridades terem abolido a política de filho único em 2016, permitindo até três crianças por casal, os nascimentos continuaram a diminuir nos últimos cinco anos. Na terça-feira, o ministério da Saúde pediu ao Governo central e às autoridades locais que gastem mais em saúde reprodutiva e melhorem os serviços de assistência à infância. Esses serviços são em grande parte insuficientes no país. As autoridades locais devem “pôr em prática medidas activas de apoio à fertilidade”, através de subsídios, deduções fiscais e melhores seguros de saúde, bem como educação, habitação e ajuda ao emprego para as famílias, defendeu o ministério. As províncias também devem garantir que têm um número suficiente de creches até ao final do ano para crianças entre dois e três anos. Por todo o país As cidades mais ricas da China já introduziram empréstimos para a habitação, incentivos fiscais, auxílios educacionais e até subsídios para encorajar as mulheres a terem mais filhos. As directivas publicadas ontem parecem querer alargar esta política a todo o território. A taxa de natalidade da China caiu, no ano passado, para 7,52 nascimentos por 1.000 pessoas, a menor desde que os registros começaram em 1949, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês. O maior custo de vida e propensão para famílias menores estão entre os motivos citados para esse declínio nos nascimentos. No início de Agosto, as autoridades de saúde alertaram que a população da China vai diminuir até 2025.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Irão respondeu à proposta apresentada pela UE para salvar pacto O Irão respondeu à proposta apresentada pela União Europeia (UE) para salvar o pacto nuclear, noticiaram hoje os ‘media’ iranianos. “O Irão enviou a resposta ao alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell”, informou a agência noticiosa iraniana Mehr, avançando que Teerão “expressou os seus pontos de vista sobre as questões que ainda estão por resolver nas conversações”. “Há diferenças em três questões, e os EUA mostraram flexibilidade em duas delas, mas devem ser incluídas no texto”, disse a agência noticiosa oficial IRNA. “A terceira questão está relacionada com as garantias do acordo”, acrescentou a IRNA. As grandes potências aguardam a resposta de Teerão a uma proposta de acordo apresentada a 26 de julho pelo chefe da diplomacia da União Europeia. Após vários meses de impasse, os diplomatas de todas as partes no acordo (Irão, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) regressaram a 04 de agosto à capital austríaca para mais uma tentativa de salvar, sob a égide da UE, o acordo concluído em 2015. O pacto destina-se a assegurar que o programa nuclear iraniano se destina apenas a usos civis, depois de o Irão ter sido acusado de tentar desenvolver armas atómicas, apesar dos seus desmentidos. Mas, após a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo em 2018, durante a Presidência de Donald Trump, e da reimposição das sanções norte-americanas ao Irão, Teerão afastou-se gradualmente do cumprimento das obrigações consagradas no texto. O objetivo das negociações, nas quais os Estados Unidos participaram de forma indireta, é retomar o processo. Na terça-feira, o porta-voz de Borrell instou Teerão e Washington a tomarem “uma decisão rápida” sobre o compromisso final elaborado em Viena, indicando tratar-se de uma questão de “pegar ou largar”. Persiste um grande obstáculo: o Irão exige o encerramento da questão das instalações não-declaradas, onde foram identificados vestígios de urânio enriquecido.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Retomadas patrulhas militares em redor da ilha A retoma das actividades militares chinesas junto da ilha coincide com mais uma visita de congressistas norte-americanos a Taiwan O exército chinês anunciou que realizou ontem manobras militares no espaço aéreo e marítimo em torno de Taiwan, em resposta à visita de cinco congressistas norte-americanos à ilha. “Em 15 de Agosto, o Exército de Libertação do Povo Chinês realizou uma patrulha conjunta de prontidão de combate e exercícios de combate no mar e no espaço aéreo ao redor de Taiwan”, disse o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando de Operações do Teatro Oriental, adiantando que o Exército Popular de Libertação (EPL) tomará as medidas necessárias para “defender resolutamente a soberania nacional”. Também ontem, o ministério da Defesa de Taiwan informou que um total de 22 aviões e seis navios militares chineses fizeram no domingo incursões em áreas à volta da ilha, que tem independência de facto, mas faz formalmente parte da China. Olhos no céu As incursões, de acordo com o comunicado citado pela agência noticiosa taiwanesa CNA, coincidiram com a chegada de uma delegação de congressistas norte-americanos que tem previstas reuniões com representantes do Governo local e poucos dias depois de uma visita da presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi. Segundo o Ministério da Defesa, dez dos aviões chineses atravessaram uma linha no Estreito de Formosa que tem funcionado como uma fronteira não oficial tacitamente respeitada por Taipé e Pequim nas últimas décadas, mas atravessada nas últimas semanas pelas forças chinesas durante manobras militares. A força aérea da ilha monitorizou a situação com patrulhas aéreas de combate e navais e a activação de sistemas de mísseis terrestres, disse o ministério.
Andreia Sofia Silva China / Ásia ManchetePortugal | Comunidade chinesa manifesta-se junto à embaixada dos EUA A Liga dos Chineses em Portugal, presidida por Y Ping Chow, juntamente com outras associações representativas da comunidade chinesa, está a organizar uma manifestação contra a visita de Nancy Pelosi a Taiwan. O protesto vai decorrer junto à embaixada dos EUA em Lisboa, na próxima segunda-feira, dia 22 A comunidade chinesa em Portugal vai manifestar-se na próxima segunda-feira, dia 22, junto à embaixada dos EUA, em Lisboa, contra a recente visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan. O protesto é organizado pela Liga dos Chineses em Portugal, presidida por Y Ping Chow, bem como por outras associações representativas da comunidade chinesa. Pretende-se que a manifestação seja “organizada, com slogans e bandeiras”. “Os subscritores e apoiantes desta manifestação querem exprimir livre e pacificamente o seu protesto pela visita da senhora Nancy Pelosi, na qualidade de presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, à província chinesa de Taiwan, a que a diplomacia chinesa se opôs legitimamente, porque à luz daquela resolução e dos acordos estabelecidos com os EUA, representa uma violação da soberania da China”, lê-se no pedido de manifestação feito às autoridades portuguesas. Ao HM, Y Ping Chow declarou que a visita de Nancy Pelosi “não cria apenas problemas à China, mas também instabilidade na região, além de promover uma guerra”. “Quando há instabilidade reflecte-se no comércio e na possibilidade de fazer negócios, não afectando apenas a Ásia mas todo o mundo. A intenção dos americanos cria instabilidade em todo o mundo, além da que já existe na Europa com a guerra na Ucrânia”, frisou o responsável. Um dos rostos mais importantes da comunidade chinesa em Portugal, residente no Porto, confirmou que todos os dirigentes de associações chinesas vão marcar presença, bem como “algumas personalidades portuguesas”, sem querer referir quais. Y Ping Chow acredita mesmo que mais comunidades chinesas espalhadas pela Europa darão os mesmos passos contra a visita de Pelosi. “Os chineses são bastante pacíficos, mas tenho a certeza de que vamos ter bastante adesão”, disse ainda. As contas da Liga dos Chineses em Portugal apontam para um máximo de 1000 participantes. “Uma só China” No pedido feito às autoridades portuguesas, para a realização da manifestação, lê-se que “o princípio de ‘Uma Única China’ é o núcleo essencial dos três comunicados conjuntos China-EUA e a premissa e fundamento para o estabelecimento e desenvolvimento das relações diplomáticas entre a China e os EUA”. É ainda feita uma referência à “afronta” feita “ao consenso mundial estabelecido pelas Nações Unidas de não ingerência nos assuntos internos dos países e do reconhecimento da unidade da nação chinesa, o que, no caso de Taiwan, significa respeitar o caminho soberano da República Popular da China de promover a reunificação pacífica com Taiwan através da política de ‘Um país, dois sistemas’”. Esta é uma fórmula “já aplicada com sucesso no regresso à mãe pátria de Hong Kong e Macau”, rematam os responsáveis.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pyongyang acaba com obrigatoriedade do uso da máscara A Coreia do Norte decretou ontem o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em quase todos os locais públicos, dias após o líder Kim Jong Un ter declarado vitória na luta contra a covid-19. “A exigência de uso de máscara foi suspensa em todos os lugares, excepto nas áreas da linha de frente e cidades e condados fronteiriços”, anunciou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. As medidas de distanciamento social também foram suspensas em todas as regiões, excepto nos territórios fronteiriços, acrescentou a KCNA. O regime, no entanto, recomenda o uso de máscara para pessoas com sintomas e pede aos norte-coreanos que “fiquem alerta a qualquer coisa anormal”, uma possível referência aos balões com propaganda enviados por activistas da Coreia do Sul. Apesar de uma proibição imposta pelas autoridades de Seul em 2021, activistas sul-coreanos continuam a enviar balões contendo panfletos políticos e notas de dólares, provocando protestos de Pyongyang. A Coreia do Norte acusou Seul de ter introduzido o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, a partir da fronteira entre os dois países. Durante o pico da vaga de covid-19 na Coreia do Norte em Maio, foram comunicados até 200.000 casos num único dia. Desde o final de Julho, as autoridades norte-coreanas têm anunciado sucessivamente zero casos, o que levou Pyongyang a facilitar as medidas de isolamento.
Hoje Macau China / Ásia5G | Operadores chineses investem 400 mil milhões de yuans Os operadores de telecomunicações da China investiram um total de 401,6 mil milhões de yuans na tecnologia 5G, de acordo com a Convenção Mundial 5G, inaugurada na quarta-feira em Harbin, província de Heilongjiang, nordeste da China, informa o Diário do Povo. A China tem mais de 1,85 milhões de estações de 5G e mais de 450 milhões de usuários de 5G, ambos representando mais de 60 por cento do total global, segundo a convenção. De acordo com Liu Liehong, presidente do China United Network Communications Group Co., Ltd., a aplicação acelerada da tecnologia 5G levou ao surgimento de novas indústrias e novos modos de negócios. “Várias empresas chinesas estão lideram actualmente o mundo em investigação e desenvolvimento de 5G e aplicativos”, disse Liu. “A construção da 5G na China fez avanços notáveis, obtendo progressos significativos nas áreas de internet industrial, cidades inteligentes e vilas inteligentes”, disse Wu Hequan, académico da Academia Chinesa de Engenharia. Com o tema “5G+ Por Todos Para Todos”, a convenção de três dias visa reunir as mais recentes conquistas do mundo no desenvolvimento da tecnologia 5G e construir uma plataforma internacional para a cooperação tecnológica e industrial. A primeira sessão deste evento foi realizada em Pequim em 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaCaxemira | Cinco mortos após invasão rebelde em acampamento militar Três soldados indianos e dois atacantes morreram ontem durante uma invasão por parte de rebeldes de um acampamento militar na região disputada de Caxemira, disseram as autoridades indianas. Pelo menos dois assaltantes com armas e granadas atacaram o acampamento na área remota de Darhal, no sul do distrito de Rajouri, disse um comandante policial, Mukesh Singh. Os soldados responderam ao ataque, desencadeando um tiroteio que durou pelo menos três horas, disse Singh. Um reforço de soldados e agentes especializados em contraterrorismo cercaram o campo enquanto os combates aconteciam no interior, disseram autoridades. Além das cinco mortes, dois soldados ficaram feridos nos combates, disse Singh, num incidente que não foi confirmado por fontes independentes. Na quarta-feira, a polícia disse que foram mortos três rebeldes no distrito de Budgam, durante uma operação antiterrorismo. Bloqueio chinês Caxemira, de maioria muçulmana, está dividida entre a Índia e o Paquistão desde 1947. Ambos os países reivindicam a região na sua totalidade e travam conflitos pelo seu controlo. A Índia insiste que os rebeldes de Caxemira são terroristas apoiados pelo Paquistão, uma acusação negada por Islamabad. Na quarta-feira, a China bloqueou a imposição de sanções da ONU, solicitadas pelos Estados Unidos e pela Índia, contra o vice-líder do Jaish-e-Mohammad, um grupo extremista com sede no Paquistão e activo em Caxemira, já designado pelas Nações Unidas como uma organização terrorista. Os Estados Unidos impuseram sanções a Abdul Rauf Azhar desde Dezembro de 2010. A Índia diz que Azhar esteve envolvido no planeamento e execução de vários ataques terroristas, incluindo o sequestro de um avião da Indian Airlines em 1999, o ataque de 2001 ao parlamento indiano e o ataque de 2016 a uma base da força aérea indiana em Pathankot. Em Junho, a China suspendeu também a imposição de sanções a Abdul Rehman Makki, vice-líder do Lashkar-e-Taiba, um outro grupo paquistanês considerado pela ONU como uma organização terrorista. “Precisamos de mais tempo para estudar o caso”, disse à agência de notícias Associated Press um porta-voz da missão diplomática da China junto da ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | ELP vai patrulhar “regularmente” águas em torno da ilha As forças militares chinesas vão continuar a supervisionar as áreas em redor da ilha, reforçando a soberania nacional sobre o território O Exército de Libertação Popular (ELP) “vai organizar patrulhas regulares de combate” nas águas ao redor de Taiwan, anunciou um porta-voz do exército chinês, citado ontem pela imprensa estatal. Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Leste, disse que os recentes exercícios militares chineses, que incluíram o uso de fogo real e lançamento de mísseis, “atingiram os seus objectivos” e “testaram efectivamente a capacidade de combate” das Forças Armadas chinesas. Após a visita da líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, a Taiwan, Pequim anunciou manobras militares ao redor da ilha, que duraram quase uma semana. Os exercícios, de uma intensidade inédita em várias décadas, incluíram o bloqueio do espaço aéreo e marítimo em seis áreas da costa de Taiwan. Sob controlo Shi Yi explicou que as forças do Comando de Operações do Teatro Oeste “vão proteger resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial” da China. O porta-voz do ministério da Defesa chinês, Tan Kefei, afirmou que as manobras constituem um “poderoso impedimento às forças separatistas de Taiwan e à interferência estrangeira”, e acrescentou que as acções militares chinesas são “necessárias e justificadas para proteger a soberania de Taiwan”. Tan acrescentou que os exercícios militares foram realizados “de acordo com as leis e práticas nacionais e internacionais” e que o “processo de reunificação é imparável”. “Estamos dispostos a exercer máxima sinceridade e os melhores esforços para alcançar a reunificação pacífica, mas o ELP não vai dar espaço para que forças separatistas taiwanesas e potências estrangeiras alcancem os seus objectivos”, concluiu. Na semana passada, Pequim anunciou várias sanções contra Pelosi e suspendeu mecanismos de cooperação com Washington em questões judiciais, alterações climáticas, repatriação de imigrantes ilegais, assistência judiciária criminal e luta contra crimes transnacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pyongyang declara vitória na luta contra a crise sanitária O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, declarou vitória na quarta-feira na luta contra a crise sanitária provocada no seu país pela covid-19. “Declaro solenemente a vitória na máxima campanha de emergência anti-epidémica para exterminar o novo coronavírus que tinha feito incursões no nosso território e proteger a vida e saúde do povo”, disse o líder norte-coreano em declarações relatadas pela agência noticiosa KCNA. Por esta razão, o Governo norte-coreano decidiu reduzir o nível de quarentena de “máxima emergência” para um isolamento mais flexível, de acordo com a agência sul-coreana Yonhap. “O nosso partido e Governo avaliaram a atual situação de quarentena e (…) chegaram à conclusão de que a virulenta crise epidémica que foi criada no país foi completamente resolvida”, disse Kim no seu discurso ao Comité Central do Partido Comunista. A declaração de vitória contra a covid-19 é interpretada como um aparente triunfo contra a Coreia do Sul, uma vez que Pyongyang acusa Seul de ter introduzido o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, a partir da fronteira entre os dois países. Kim Yo Jong, irmã mais nova do líder norte-coreano, disse que a crise nacional foi “claramente causada pela loucura anti-republicana de confronto dos inimigos que estão a tentar esmagar o nosso país ao incendiar a crise de saúde global”, informou a Yonhap. “O facto de a zona próxima da linha da frente ser a fonte inicial do surto fez-nos sentir profundamente preocupados e desconfiados com a Coreia do Sul”, acrescentou durante o discurso ao comité, afirmando que “uma resposta forte” deve ser tomada em retaliação. “Se o inimigo continuar a fazer coisas perigosas que possam introduzir vírus na nossa república, responderemos erradicando não só o vírus mas também as autoridades sul-coreanas”, acrescentou Kim. Durante o pico da vaga da covid-19 no país em maio, foram comunicados até 200.000 casos num único dia. Desde o final de julho, no entanto, tem havido sucessivamente zero casos, o que levou Pyongyang a facilitar as medidas de isolamento.
Hoje Macau China / ÁsiaOnze mortos e oito desaparecidos em Seul devido às chuvas mais fortes em 80 anos Subiu para onze o número de mortos devido às inundações causadas pelas chuvas mais fortes a atingir Seul em 80 anos, deixando ainda oito pessoas desaparecidas, disseram hoje autoridades locais. As inundações deixaram até agora seis mortos na capital, Seul, três no resto da província ocidental de Gyeonggi e outros três na província oriental de Gangwon, segundo a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. Além disso, mais de cinco mil pessoas e quase três mil famílias tiveram de ser retiradas das suas casas em 46 cidades, vilas e aldeias, incluindo Seul. Muitas dessas pessoas vivem em caves inundadas pela chuva. Metade das pessoas que perderam a vida nos últimos dias viviam neste tipo de habitação. Em Seul existem cerca de 200 mil habitações em caves, albergando 5% de todas as famílias na capital, avançou a Yonhap. Partes de Seul, bem como da cidade portuária de Inchon e da província de Gyeonggi, registaram fortes chuvas de mais de 100 milímetros (mm) durante várias horas consecutivas na terça-feira. A precipitação excedeu mesmo 140 milímetros (mm) numa hora no distrito de Dongjak de Seul, a chuva mais forte registada em 60 minutos desde 1942. As fortes chuvas provocaram inundações de casas, veículos, edifícios e estações subterrâneas, de acordo com a Yonhap. As chuvas atingiram também a Coreia do Norte, onde as autoridades emitiram alertas para o sul e oeste do país, avançou na terça-feira a televisão estatal KCTV. O jornal oficial Rodong Sinmun descreveu as chuvas fortes como potencialmente “desastrosas” e apelou a medidas para proteger terras agrícolas e impedir inundações causadas pelo rio Taedong, que passa pela capital, Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaIncêndio na discoteca na Tailândia causou 17 mortos e 29 feridos graves O número de mortos provocado pelo incêndio, na sexta-feira, numa discoteca perto da cidade turística de Pattaya, na Tailândia, subiu para 17, enquanto 29 feridos permanecem no hospital, informaram hoje as autoridades locais. “A 17.ª vítima é uma oficial da marinha, de 40 anos”, anunciaram na rede social Facebook os socorristas do distrito de Sattahip, citando a unidade de queimados do Hospital Siriraj em Banguecoque, onde a mulher estava a receber tratamento. O incêndio deflagrou na “Mountain B”, uma discoteca a cerca de 180 quilómetros a sudeste da capital, segundo os bombeiros, que sublinharam terem sido necessárias mais de duas horas para controlar o fogo devido à grande quantidade de material inflamável dentro das instalações. Vídeos publicados ‘online’ pelas equipas de salvamento mostram as instalações envoltas em enormes chamas e dezenas de pessoas a fugir do incêndio. Um relatório inicial de socorro falava de 13 mortes no local e cerca de 40 feridos. Outras quatro pessoas sucumbiram mais tarde aos ferimentos. Autoridades da província de Chonburi, onde a tragédia ocorreu, disseram hoje que 29 pessoas estão ainda no hospital, incluindo 15 ligados a ventiladores. O dono da discoteca foi preso no sábado, antes de ser libertado sob fiança por um tribunal na segunda-feira. A presença nas paredes da discoteca de espuma acústica, destinada a isolar o ruído , favoreceu a propagação do fogo, segundo os socorristas. De acordo com uma investigação policial preliminar, a “Mountain B” tinha recebido autorização das autoridades para funcionar como restaurante, mas não como discoteca. No dia seguinte ao incêndio, o primeiro-ministro tailandês Prayut Chan-O-Cha pediu a imposição de padrões de segurança mais rígidos, sublinhando o impacto negativo do caso na imagem da Tailândia como destino turístico.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Embaixador chinês diz à Austrália para ter cautela As tensões entre a Austrália e a China voltam a aumentar. Desta vez, em torno da questão de Taiwan O embaixador chinês na Austrália avisou ontem que Camberra deve gerir “com cautela” a questão de Taiwan, defendendo que a recente mudança de governo na Austrália é uma oportunidade para redefinir o complexo relacionamento com a China. Xiao Qian disse estar surpreendido por a Austrália ter assinado uma declaração com os Estados Unidos e o Japão a condenar o disparo de mísseis da China, que atravessaram Taiwan e caíram em águas japonesas, em resposta à visita da Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipé, na semana passada. “Esperamos que o lado australiano possa abordar as relações China – Austrália com uma atitude séria, que respeite o princípio ‘Uma só China’ e que lide com a questão de Taiwan com cautela”, disse Xiao, citado pela imprensa australiana. Xiao não disse quando é que os exercícios militares ao redor de Taiwan vão terminar, apontando que um anúncio será feito no “momento apropriado”. Para o que der e vier A China quer a reunificação pacífica com Taiwan, que Pequim considera uma província sua, mas Xiao não descartou o uso da força. “Nunca podemos descartar a opção de usar outros meios. Quando for necessário e se obrigados, estaremos prontos para usar todos os meios necessários”, frisou. Questionado sobre o significado de todos os meios necessários, Xiao disse aos jornalistas para usarem a imaginação. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, disse esta semana que a Austrália “criticou voluntariamente as medidas legítimas, justificadas e legais da China para salvaguardar a sua soberania e integridade territorial”. Wang pediu à Austrália que “pare de interferir nos assuntos internos da China”. “Nos últimos anos, as relações China – Austrália atravessaram sérias dificuldades, por razões motivadas pelo lado australiano”, disse Wang. Xiao defendeu as barreiras e apontou para os danos económicos que a Austrália causou à gigante chinesa de telecomunicações Huawei, proibindo-a de implantar a rede 5G no país, por motivos de segurança. O primeiro-ministro interino Richard Marles, que está a preencher o cargo enquanto Albanese está de férias esta semana, não se intimidou com a reacção chinesa hostil às críticas da Austrália aos exercícios militares em torno de Taiwan. “A China vai dizer o que disser. Nós tomamos a nossa posição. Vamos lidar com o mundo com respeito, profissionalismo, sobriedade, com fé na diplomacia”, disse Marles. “E vamos continuar a fazer isso. Embora o governo tenha mudado, o nosso interesse nacional não mudou”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina detecta 35 casos humanos de um novo vírus de origem animal Um estudo científico revelou a deteção em duas províncias da China de 35 infecções em seres humanos de um novo vírus de origem animal, da família dos Henipavírus, informou hoje a imprensa estatal do país asiático. Os casos, nenhum deles grave, foram encontrados em Shandong (leste) e Henan (centro), segundo o jornal oficial Global Times, que cita um artigo publicado por cientistas da China e Singapura no New England Journal of Medicine, uma das mais prestigiadas revistas médicas do mundo. O vírus, para o qual actualmente não há vacinas ou tratamentos, foi detetado por meio de amostras recolhidas da garganta de pacientes que tiveram contacto recente com animais, e está associado a sintomas como febre, cansaço, tosse, perda de apetite, dores de cabeça e musculares, e náuseas. Segundo o jornal, investigações posteriores revelaram que 26 dos 35 pacientes portadores deste henipavírus desenvolveram sintomas clínicos, aos quais se somam irritabilidade e vómitos. De acordo com o portal de notícias estatal The Paper, o henipavírus é uma das principais causas emergentes do salto de doenças de animais para seres – humanos – um processo designado zoonose – na região da Ásia – Pacífico. Aquele meio indicou que um dos vetores de transmissão do vírus é o morcego frugívoro, considerado hospedeiro natural de dois dos Henipavírus conhecidos: o vírus Hendra (HeV) e o vírus Nipah (NiV). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus Hendra causa infecções em seres humanos, que variam entre assintomáticas e infecções respiratórias agudas e encefalites graves, com uma taxa de letalidade estimada entre 40 e 75 por cento, que “pode variar, dependendo das capacidades locais de pesquisa epidemiológica e gestão clínica”. O Global Times lembrou que não está provado que haja casos de transmissão de pessoa para pessoa, embora estudos anteriores indiquem que este tipo de contágio não está descartado. “O coronavírus não será a última doença contagiosa a causar uma pandemia, pois novas doenças terão um impacto crescente na vida quotidiana dos seres humanos”, disse o vice-director do Departamento de Patologias Infecciosas do Hospital Huashan, afiliado à Universidade de Fudan, em Xangai, citado pelo jornal.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Distorcer princípio de Uma Só China está condenado ao fracasso O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês reagiu com firmeza à declaração conjunta dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, Austrália e Japão sobre a questão de Taiwan. Wang Wenbin instou estes países a honrarem os seus compromissos, alertando para os perigos que poderão advir de estimular as forças independentistas da ilha A China expressou esta segunda-feira firme oposição à tentativa de certos países de distorcer, obscurecer e esvaziar o princípio de Uma Só China, dizendo que tais práticas são ilegais e nulas. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin fez estas observações em resposta a uma recente declaração conjunta emitida pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, Austrália e Japão, em que se teria dito que não houve alterações nas respectivas políticas dos três países relativas a Uma Só China, “quando aplicável”, bem como nas suas posições básicas sobre Taiwan. Tal maneira de afirmar o princípio de Uma Só China revela a tentativa de distorcer, turvar e esvaziar o princípio de Uma Só China, que é ilegal e nula, segundo o porta-voz, citado pela agência estatal Xinhua. Wang disse que o princípio de Uma Só China é um consenso na comunidade internacional e uma norma básica universalmente reconhecida que rege as relações internacionais, e constitui uma parte da ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial. Isso foi confirmado na Resolução 2758 da Assembleia Geral da ONU e serviu como base política para a China e outros países estabelecerem e desenvolverem relações diplomáticas. As conotações do princípio de Uma Só China são claras e não deixam dúvidas: há apenas uma China, Taiwan é parte da China, e o governo da República Popular da China é o único governo legítimo representando toda a China. “A aplicação do princípio de Uma Só China é universal e incondicional, e não há dúvida”, disse Wang, acrescentando que todos os países que estabeleceram relações diplomáticas com a China e todos os Estados-membros da ONU devem cumprir incondicionalmente o princípio de Uma Só China e seguir a Resolução 2758. Avisos e alertas “Um homem sem integridade não se pode estabelecer, e um país só cairá em declínio se perder a credibilidade”, disse Wang, instando certos países a honrarem os seus compromissos e a perceberem as consequências perigosas de renegar as suas próprias palavras e encorajar forças que procuram a “independência de Taiwan”. As tentativas de desafiar o princípio de Uma Só China, o Estado de direito internacional e a ordem internacional têm a oposição da comunidade internacional e estão condenadas ao fracasso, disse o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaChina encerra 12.000 contas nas redes sociais que promoviam criptomoedas A Administração do Ciberespaço da China encerrou 12.000 contas nas redes sociais chinesas que promoviam investimentos em criptomoedas, cujas atividades foram declaradas ilegais pelas autoridades do país, informou hoje a imprensa local. De acordo com o portal de notícias económicas Yicai, o órgão regulador da Internet na China “continua a realizar uma campanha de alta pressão contra a especulação em criptomoedas”, no âmbito da qual exigiu que as plataformas Weibo ou Baidu – equivalentes locais do Twitter e Google – encerrassem as contas mencionadas. Além disso, mais de 51.000 mensagens contendo “informações ilegais” sobre como “investir em Bitcoin para ganhar dinheiro facilmente” foram apagadas. As autoridades também fecharam mais de uma centena de portais que promoviam criptomoedas e difundiam tutoriais sobre mineração ou “especulação transfronteiriça” com criptoativos. A Administração do Ciberespaço prometeu “fortalecer” ainda mais a sua campanha contra as criptomoedas, que causaram, segundo a sua análise, um “aumento na especulação e fraude”. No ano passado, o Banco Popular da China (banco central) declarou todas as atividades relacionadas com criptomoedas, incluindo transações, mineração e publicidade, como “ilegais e criminosas”. Pequim argumenta que a proibição é necessária para “manter a ordem económica, financeira e social”. A campanha faz parte dos planos de redução de riscos financeiros do Governo chinês. O país está também a trabalhar na sua própria moeda digital, mas que, ao contrário das criptomoedas, não pretende descentralizar, mas justamente aumentar o controlo do banco central sobre as atividades no sistema monetário. Os “mineradores” chineses chegaram a controlar mais de 65% do poder de computação do mundo dedicado à mineração de Bitcoin, graças em parte aos baixos preços de eletricidade praticados em certas regiões do país.
Hoje Macau China / ÁsiaChina prolonga pelo sexto dia consecutivo exercícios militares ao redor de Taiwan O Exército chinês anunciou hoje que vai prolongar pelo sexto dia consecutivo os exercícios militares que está a realizar em redor de Taiwan, como retaliação pela visita à ilha da líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi. Em comunicado, o Exército de Libertação Popular indicou que “vai continuar a organizar manobras conjuntas, orientadas para o combate pelas vias marítima e aérea”, que se vão focar hoje em “operações de contenção e segurança conjunta”. As manobras que Pequim iniciou na quinta-feira incluíram o uso de fogo real e o lançamento de mísseis de longo alcance, e foram descritas pelo governo de Taiwan como “irresponsáveis”, além de suscitarem preocupação na comunidade internacional. Em resposta, Taiwan iniciou hoje exercícios militares de defesa da ilha contra um possível ataque chinês, utilizando também fogo real. China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência. A China descreveu a visita de Pelosi como uma “farsa” e “traição deplorável”.
Hoje Macau China / ÁsiaOito mortos e seis desaparecidos em Seul devido às chuvas mais fortes em 80 anos Subiu para oito o número de mortos devido às inundações causadas pelas chuvas mais fortes que atingiram Seul em 80 anos, deixando ainda seis pessoas desaparecidas, disseram hoje autoridades locais. Partes da capital sul-coreana, bem como da cidade portuária de Inchon e da província de Gyeonggi, registaram fortes chuvas de mais de 100 milímetros (mm) durante várias horas consecutivas nas primeiras horas da manhã de hoje, informou a agência noticiosa Yonhap. A precipitação excedeu mesmo 140 milímetros (mm) numa hora no distrito de Dongjak de Seul, a chuva mais forte registada em 60 minutos desde 1942. Entre as vítimas mortais estão duas mulheres e uma adolescente, todas da mesma família, que se encontravam numa cave no distrito de Gwanak de Seul. Um funcionário público perdeu a vida ao tentar remover árvores caídas na via pública, possivelmente eletrocutado. As inundações deixaram cinco pessoas mortas e outras quatro desaparecidas em Seul, enquanto no resto da província de Gyeonggi, três pessoas perderam a vida em deslizamentos de terra e no desabamento de uma estação de autocarro e duas outras estão desaparecidas. As fortes chuvas provocaram inundações de casas, veículos, edifícios e estações subterrâneas, de acordo com a Yonhap. Quase 800 edifícios em Seul e nas cidades vizinhas ficaram danificadas e pelo menos 790 pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas, revelou o Ministério do Interior e Segurança da Coreia do Sul. As chuvas atingiram também o Norte, onde as autoridades emitiram alertas para o sul e oeste do país, avançou a televisão estatal KCTV. O jornal oficial Rodong Sinmun descreveu as chuvas fortes como potencialmente “desastrosas” e apelou a medidas para proteger terras agrícolas e impedir inundações causadas pelo rio Taedong, que passa pela capital, Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaIncêndio destrói ponte de madeira mais antiga da China Um incêndio reduziu a cinzas a ponte Wan’an, construída há 900 anos durante a dinastia Song (960-1127) e considerada a ponte de madeira mais longa e antiga da China, informou hoje a imprensa local. A ponte, localizada na vila de Pingnan, na província de Fujian, sudeste da China, começou a arder, na noite de sábado. O colapso da estrutura não causou vítimas, de acordo com o jornal oficial Global Times. Ainda não se conhece o motivo do incêndio. “Acho que a origem do incêndio foi humana, não um desastre natural, pois a combustão espontânea de uma ponte sobre a água é muito rara”, disse Xu Yitao, especialista em arquitetura antiga da Universidade de Pequim, citado pelo jornal. O fogo permaneceu ativo ao longo de dez horas, embora a estrutura de madeira da ponte tenha desabado durante os primeiros vinte minutos do incêndio. Conhecida como “Ponte da Paz Universal”, a estrutura tinha quase cem metros de comprimento e um enorme valor cultural e arquitetónico, pois ilustrava as tradicionais técnicas e conhecimentos chineses nas construções de madeira.
Hoje Macau China / ÁsiaChina prolonga por um dia exercícios militares ao redor de Taiwan O Exército chinês vai prolongar até hoje os exercícios militares que iniciou na quinta-feira, em torno de Taiwan, como retaliação pela visita à ilha da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi. O Exército de Libertação Popular (PLA) anunciou na rede social Weibo – o equivalente chinês ao Twitter – que continua a “realizar exercícios práticos conjuntos no espaço aéreo e marítimo ao redor da ilha de Taiwan”. As manobras que Pequim realizou nos últimos dias, que incluíram o uso de fogo real e o lançamento de mísseis de longo alcance, foram descritas pelo governo de Taiwan como “irresponsáveis”, além de suscitarem preocupação na comunidade internacional. Os exercícios de segunda-feira vão concentrar-se em operações anti – submarino e ataques aéreos com navios como alvo, acrescentou o comunicado. No entanto, as autoridades não especificaram a localização destas manobras adicionais ou se vão manter as seis áreas onde foram realizados os exercícios dos últimos dias, uma delas localizada a apenas 20 quilómetros de Kaohsiung, a principal cidade do sul de Taiwan. No domingo, que deveria ter sido o último dia de manobras militares, os exercícios concentraram-se no “teste de capacidade de fogo conjunto para ataques terrestres e ataques aéreos de longo alcance”, ações que Taiwan denunciou e seguiu “de perto”, através das suas forças armadas. Os primeiros quatro dias de manobras abrangeram as seis áreas mencionadas ao redor da ilha, nas quais os espaços aéreo e marítimo foram fechados, e incluíram o uso de fogo real e o lançamento de mísseis de longo alcance, alguns dos quais caíram em águas do Japão, motivando um protesto oficial do Governo japonês. O ministério da Defesa Nacional de Taiwan denunciou que vários navios e aviões militares chineses cruzaram a linha média do Estreito da Formosa, que na prática é uma fronteira não oficial, que era até agora tacitamente respeitada por Taipé e Pequim. Em reação aos movimentos da China e para testar a sua “prontidão de combate”, a ilha anunciou que vai realizar exercícios militares esta semana. China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência. A China descreveu a visita de Pelosi como uma “farsa” e “traição deplorável”.
Hoje Macau China / Ásia MancheteHong Kong reduz para três dias quarentenas a quem chega do estrangeiro Hong Kong vai reduzir de uma semana para três dias a duração da quarentena obrigatória nos hotéis para as chegadas do estrangeiro, anunciou hoje o chefe do Governo do território. A cidade do sul da China continua a ser um dos poucos lugares no mundo, a par de Macau e da China continental, a exigir uma quarentena aos viajantes para evitar o risco de contágio da população local com o novo coronavírus. A medida entra em vigor sexta-feira e vai passar a ser a quarentena mais curta exigida por Hong Kong às chegadas, desde que a pandemia começou. O líder de Hong Kong, John Lee, disse que os viajantes devem permanecer em quarentena durante três dias num hotel designado, e depois submeterem-se a quatro dias de vigilância médica durante os quais os seus movimentos serão restringidos através da utilização de um sistema de código de saúde. As alterações às políticas da covid-19 surgem quando se regista um aumento de infeções com o novo coronavírus, com os responsáveis de saúde da cidade a advertirem que se poderá atingir 8.000 casos nas próximas semanas. Durante a semana de quarentena e vigilância, os viajantes também terão de fazer testes regulares à covid-19, e os que estiverem infetados terão de permanecer em isolamento. Aqueles que testarem negativo podem utilizar os transportes públicos e entrar em centros comerciais e mercados, mas não podem entrar em bares e parques de diversões ou visitar lares de idosos, escolas e determinadas instalações médicas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina denuncia EUA como “provocador não provocado e o criador da crise” Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse na sexta-feira que o contexto e os eventos que levaram às tensões no Estreito de Taiwan são claros. Os EUA são o provocador não provocado e o criador da crise. A porta-voz Hua Chunying fez estas declarações numa conferência de imprensa diária. “A situação actual é inteiramente causada pela presidente da Câmara Pelosi e outros políticos dos EUA”, disse Hua. Hua acrescentou que o assunto de Taiwan não é sobre democracia, mas sobre a soberania e integridade territorial da China. “Se um estado norte-americano procura separar-se dos EUA e afirma ser um país independente, e um país estrangeiro fornece armas e apoio político a esse estado, o governo e o povo dos EUA permitirão que isso aconteça?”, perguntou Hua, instando o lado dos EUA a colocar-se no lugar dos outros. A visita de Pelosi a Taiwan é uma grave violação do princípio de Uma Só China. Atropela seriamente as normas básicas das relações internacionais. Também prejudica seriamente a soberania e a integridade territorial da China. A China fez todo o possível diplomaticamente, disse Hua. Sem excessos A porta-voz apontou que a China agiu em legítima defesa somente depois da acção provocadora dos EUA. As contramedidas da China são necessárias como um alerta aos provocadores e como um passo para defender a soberania e a segurança do país. “Agora os EUA e os seus aliados manifestaram-se acusando a China de ‘exagerar’. Mas se eles realmente se importam com a paz e a estabilidade regionais, por que não se levantaram e tentaram dissuadir Pelosi logo no início?”, disse a porta-voz. Hua Chunying enfatizou que as contramedidas da China são justificadas, necessárias e proporcionais, e não há nada de excessivo nelas. Os EUA, como provocador e causador da crise, necessitam e devem assumir toda a responsabilidade.
Hoje Macau China / ÁsiaMísseis terão caído na zona económica exclusiva japonesa O ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, declarou que vários dos mísseis balísticos disparados ontem pela China terão caído pela primeira vez na Zona Económica Exclusiva do Japão “Suspeitamos que cinco dos nove mísseis balísticos disparados pela China terão caído na Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Japão, afirmou o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, aos jornalistas, para falar sobre o início dos exercícios navais militares que Pequim iniciou ontem em torno de Taiwan, após a visita à ilha da líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi. “O Japão já apresentou um protesto à China por via diplomática”, referiu Kishi, considerando o incidente como um “problema grave” que afeta a segurança nacional nipónica. O Exército Popular de Libertação da República da China confirmou, entretanto, o lançamento de mísseis, explicando ter-se tratado de “um ataque com mísseis convencionais multirregionais e de vários modelos em águas predeterminadas da parte leste da ilha de Taiwan”. Segundo adiantou um responsável chinês, “todos os mísseis atingiram o alvo com precisão”. Fogo real Por seu lado, o Ministério da Defesa taiwanês denunciou o disparo dos mísseis, condenando o que considerou as “acções irracionais que minam a paz regional”. “O Ministério da Defesa Nacional declara que o Partido Comunista Chinês disparou vários mísseis balísticos ‘Dongfeng’ nas águas circundantes do nordeste e sudoeste de Taiwan às 13h56”, anunciou o ministério, em comunicado, sem adiantar o local exato onde os mísseis caíram. A televisão estatal chinesa, a CCTV, já tinha anunciado ontem de manhã, que a China ia dar início a exercícios militares, com fogo real, nas imediações de Taiwan, acrescentando que a operação irá durar até domingo. As manobras militares surgem em resposta à visita a Taiwan da líder do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, vista pela China como uma grave provocação.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomatas africanos querem fortalecer laços económicos com China Vinte e nove diplomatas de 15 países africanos visitaram a zona piloto do Programa de Cooperação Económica e Comercial Profunda China-África na Província de Hunan, no centro da China, de 27 a 29 de Julho. Os embaixadores expressaram confiança na economia chinesa e disseram esperar laços económicos e comerciais mais estreitos com a China. Apesar dos ressurgimentos pontuais da covid-19 e da situação internacional complexa e volátil, os diplomatas avaliaram que a economia chinesa é resiliente e o mercado chinês está cheio de oportunidades. Expressaram esperança de fortalecer a cooperação com a China em sectores como agricultura, economia digital e saúde. De acordo com o embaixador da Tanzânia na China, Mbelwa Kairuki, o forte mercado chinês de 1,4 mil milhões de pessoas oferece muitas oportunidades para todos os países africanos. “A cooperação comercial e económica China-África tem crescido nos últimos 20 anos”, disse Kairuki, que está convencido de que haverá mais oportunidades para a Tanzânia exportar produtos para a China, especialmente produtos de alto valor agregado. A Tanzânia procura oportunidades para os seus produtos agrícolas no mercado chinês, facilitadas pela zona piloto para uma cooperação económica e comercial profunda sino-africana, assinalou o diplomata. A zona piloto é uma importante iniciativa no âmbito dos “Nove Programas” que foram estabelecidos na Oitava Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-África, em Novembro do ano passado. Novos modelos e caminhos para o comércio, investimento e cooperação financeira China-África estão a ser cultivados para apoair a transformação e actualização da cooperação económica e comercial sino-africana. Durante a visita de três dias à zona piloto, os embaixadores africanos visitaram a área central do local, bem como as principais empresas.
Hoje Macau China / Ásia MancheteSegurança | Visita de Pelosi altera regras do jogo na região Nada voltará a ser como era antes da visita da líder do Congresso dos EUA a Taiwan. Para Pequim, é muito claro o apoio às forças independentistas e de modo nenhum tolerará passos nesse sentido, sentindo-se no direito e no dever de intervir para garantir a integridade nacional, ainda que tenha de recorrer à força. O status quo, que garantiu a paz durante sete décadas, não voltará Analistas chineses, publicados nos media oficiais da China, disseram que “a luta entre a China e os EUA neste momento é sobre dignidade e interesses estratégicos concretos, mas estes últimos são muito mais importantes”. Para a China, o caso Pelosi servirá, sobretudo, para mudar o status quo, porque “mudar toda a situação da região é muito mais significativo e valioso”. Lü Xiang, um investigador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que a reacção da China não será apenas uma acção momentânea, mas considerará todo o mecanismo de segurança de Taiwan. “Com base nas informações divulgadas sobre os exercícios do Exército Popular de Libertação (EPL) de 4 a 7 de Agosto, os seis locais designados cercam a ilha de Taiwan de todas as direcções, e podem ser uma série de exercícios militares sem precedentes destinados a realizar a reunificação pela força e também a lutar contra as forças externas que podem interromper o processo de reunificação”, disse Lü. “Devido à chegada de Pelosi ao aeroporto de Taipé, que ignorou totalmente o aviso da China, é certo que o status quo da situação do Estreito de Taiwan foi quebrado, e a China fará com que entre num novo status quo”, salientou Lü. Armas no mar Com efeito, o EPL, na noite em que Nancy Pelosi aterrou em Taiwan, lançou enormes exercícios militares em redor da ilha, incluindo um exercício de fogo vivo de longo alcance no Estreito de Taiwan e um exercício de fogo vivo de mísseis convencionais a leste da ilha, com os analistas a dizerem que “a China não está apenas a visar um político americano de 82 anos de idade, mas está de olho na campanha anti-secessão, contra as autoridades secessionistas de Taiwan e está a acelerar concretamente o processo de reunificação”. Imediatamente após o avião de Pelosi ter aterrado em Taipé na terça-feira à noite, o Comando do Teatro Oriental do EPL anunciou que dará início a uma série de operações militares conjuntas em torno da ilha de Taiwan a partir da terça-feira à noite. “Serão realizados exercícios marítimos e aéreos conjuntos em espaços marítimos e aéreos a norte, sudoeste e sudeste da ilha de Taiwan, serão realizados tiroteios de longo alcance no Estreito de Taiwan, e serão realizados lançamentos de testes de mísseis convencionais a leste da ilha de Taiwan”, disse o Coronel Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Oriental do PLA, numa declaração na terça-feira. Os exercícios conjuntos marítimos e aéreos no norte, sudoeste e sudeste irão provavelmente aperfeiçoar as capacidades dos aviões de guerra e navios de guerra para apreender a superioridade aérea e o controlo do mar; os disparos de longo alcance no Estreito de Taiwan terão provavelmente múltiplos lança-foguetes de longo alcance que podem atingir alvos na ilha directamente a partir do continente; os lançamentos convencionais de mísseis para o leste da ilha significam que, se os mísseis fossem lançados a partir do continente, sobrevoariam a ilha de Taiwan, explicam os analistas. É também possível que os mísseis sejam lançados a partir dos navios que navegam a leste da ilha, disseram peritos militares, observando que o movimento terá como alvo as forças externas que tentam intervir no processo a partir do leste. Gu Zhong, chefe de pessoal adjunto do Comando do Teatro Oriental do EPL, disse que os exercícios envolvem percursos como bloqueio conjunto, ataque marítimo, ataque terrestre e apreensão de superioridade aérea mais disparos de armas de precisão ao vivo. “Os exercícios irão testar exaustivamente o desempenho de armas e equipamento, bem como as capacidades operacionais conjuntas das tropas, a fim de estarem prontas para todas as crises. As tropas do Comando do Teatro Oriental do PLA estão plenamente confiantes e capazes de reagir a qualquer provocação e salvaguardar resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial”, disse Gu. Também porta-aviões Liaoning embarcou no domingo numa viagem a partir do seu porto de origem em Qingdao, província de Shandong na China Oriental, e o porta-aviões Shandong na segunda-feira partiu do seu porto de origem em Sanya, província de Hainan, no sul da China, acompanhado por um navio de assalto anfíbio do tipo 075, informou na terça-feira a imprensa na ilha de Taiwan. Uma reportagem da emissora estatal China Central Television no sábado revelou pela primeira vez uma cena em que o que parece ser um míssil hipersónico DF-17 foi disparado. O míssil, apesar das suas características hipersónicas, é uma arma convencional. Protestos gerais Por seu lado, o Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês Xie Feng convocou o Embaixador dos EUA na China, Nicholas Burns, no início da manhã de quarta-feira, para protestar contra a visita de Pelosi à ilha de Taiwan. “A natureza da visita de Pelosi é extremamente viciosa e as consequências são muito graves. O lado chinês não vai ficar parado”, disse Xie a Burns. Pouco depois da chegada de Pelosi ao aeroporto Songshan de Taipé, cinco autoridades chinesas, incluindo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, o Comité Permanente do Congresso Nacional do Povo, o Gabinete dos Assuntos de Taiwan do Comité Central do Partido Comunista da China, o Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e o Ministério da Defesa Nacional emitiram declarações condenando a visita, afirmando que “prejudicou gravemente a base política das relações China-EUA e envia uma mensagem seriamente errada às forças da ‘independência de Taiwan’”. “A China tomará definitivamente todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente a sua soberania e integridade territorial, em resposta à visita da representante dos EUA. Todas as consequências devem ser suportadas pelas forças separatistas dos EUA e da ‘independência de Taiwan’”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês na declaração. “A autoridade secessionista do DPP conspirou com as forças externas e insistiu em convidar Pelosi para Taiwan, o que é extremamente perigoso e irá desencadear consequências graves. O Ministério da Defesa Nacional disse que o PLA conduzirá uma série de operações militares direccionadas para tomar contra-medidas na salvaguarda da soberania e integridade territorial e reprimir a interferência externa e as tentativas secessionistas”. Pelosi garante que “os EUA não vão abandonar Taiwan” O avião, que transportou a presidente do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, descolou às 18:01 locais do aeroporto de Songshan, Taipé, depois duma visita em que prometeu que os “Estados Unidos não vão abandonar Taiwan”. Pelosi permaneceu menos de 24 horas em Taiwan, visitando o Parlamento de Taipé antes de uma reunião com Tsai Ing-wen, líder do governo local. “Hoje, a nossa delegação (…) veio a Taiwan para dizer inequivocamente que não vamos abandonar o nosso compromisso com Taiwan e que estamos orgulhosos da nossa amizade duradoura”, acrescentou, num evento com a Presidente da ilha, Tsai Ing-wen. No seu discurso, a líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos garantiu que Washington não vai abandonar Taipé, enquanto Tsai assegurava que a ilha vai manter-se firme face à ameaça militar chinesa. “Não vamos abandonar o nosso compromisso com Taiwan”, afirmou Nancy Pelosi. Taiwan “não desistirá” face à ameaça das armas, disse por sua vez Tsai Ing-wen, quando Pequim anunciou uma série de exercícios militares junto à ilha em retaliação à visita da responsável norte-americana. “Face ao aumento deliberado das ameaças militares, Taiwan não recuará. Vamos (…) continuar a defender a democracia”, reiterou. Republicanos com ela Um grupo de 26 republicanos do Senado dos Estados Unidos, incluindo o líder Mitch McConnell, manifestaram apoio à visita da presidente da Câmara os Representantes a Taiwan. “Apoiamos a viagem da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi”, referiu, em comunicado, um grupo de 26 republicados do Senado. Na nota, assinada também pelo líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, os republicanos salientaram que “durante décadas, membros do Congresso dos Estados Unidos, incluindo ex-presidentes da Câmara, viajaram para Taiwan”. “Esta viagem é consistente com a política de ‘Uma China’ dos Estados Unidos com a qual estamos comprometidos”, realçaram. “Também estamos comprometidos neste momento, mais do que nunca, com todos os constituintes da Lei de Relações com Taiwan”, acrescentaram. A Lei de Relações com Taiwan, de 1979, comprometeu em parte os EUA a manterem as capacidades defensivas da ilha, mas não garantiu que Washington interviria militarmente se a China atacasse ou invadisse Taiwan. Por outro lado, a Casa Branca considerou hoje “não existir qualquer violação ou problemas de soberania” com a visita da presidente da Câmara dos Representantes, com o coordenador de comunicações do Conselho de segurança nacional, John Kirby, a referir que o seu país não apoia a independência de Taiwan e que a visita de Pelosi apenas “reafirma a política de uma única China”, defendida por Pequim. O chefe da diplomacia de Pequim, Wang Yi, disse que “aqueles que ofendem a China devem ser punidos de forma inelutável” referindo-se à visita de Nancy Pelosi. “Trata-se de uma farsa pura e simples. A coberto da democracia, os Estados Unidos violam a soberania da [República Popular da] China”, acrescentou o ministro à margem de uma reunião da Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN) na capital do Cambodja. Moscovo, Havana, Caracas e Pyongyang condenam “provocação” A Rússia defendeu que a China tem o direito de tomar as “medidas necessárias para proteger a sua soberania”, classificando como “evidente provocação” a visita a Taiwan da presidente da câmara baixa do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi. “A parte chinesa tem o direito de tomar as medidas necessárias para proteger a sua soberania e a sua integridade territorial em relação ao problema de Taiwan”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) russo em comunicado. “Consideramos que as relações entre as partes no estreito de Taiwan são um assunto exclusivamente interno da China”, acrescentou, sublinhando que, para Moscovo, “existe só uma China e o Governo chinês é o único Governo legítimo que representa toda a China, e Taiwan é parte inalienável da China”. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, tinha declarado que esta visita provocava um “aumento da tensão” na região e acusou Washington de escolher “a via do confronto”. “Queremos sublinhar mais uma vez que estamos absolutamente solidários com a China, a sua atitude perante o problema é compreensível e absolutamente justificada”, declarou Peskov. Por sua vez, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, declarou: “Washington traz desestabilização ao mundo. Nenhum conflito resolvido nas últimas décadas, mas muitos conflitos provocados”. Também a Coreia do Norte, Cuba e Venezuela repudiaram a visita da líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos a Taiwan e expressaram apoio total à China. A Coreia do Norte apelidou a visita de Nancy Pelosi de “interferência descarada” nos assuntos internos da China. Cuba manifestou preocupação pelo agravamento da tensão e criticou a ação norte-americana que visa “lesar a integridade territorial e a soberania” da China. Já o Governo venezuelano considerou que se trata de uma “provocação directa” da administração do Presidente norte-americano, Joe Biden, à China. PCP pede “fim das provocações” contra a China O PCP pediu o “fim das provocações” dos Estados Unidos com a visita da presidente da Câmara dos Representantes a Taiwan e apelou ao Governo português para se demarcar da “ingerência do imperialismo” contra a China. Em comunicado, os comunistas exigiram o “fim das provocações” dos Estados Unidos da América (EUA) na região da Ásia e do Pacífico, “das quais o Governo português se deve demarcar, o respeito pela soberania e não ingerência do imperialismo na República Popular da China”. O PCP expressou “profunda preocupação com os últimos desenvolvimentos da situação” em Taiwan, que na óptica do partido é resultado da “provocação montada” por Washington. “Não deixando de estar relacionada com a situação interna dos EUA e as eleições em curso, esta provocação (…) insere-se na estratégia de confrontação crescente do imperialismo contra a República Popular da China, instrumentalizando Taiwan e fomentando o separatismo para pôr em causa o “princípio de uma só China”, que os EUA têm vindo a seguir”, completou o partido. A estratégia dos Estados Unidos, na ótica do partido, é indissociável “da perigosa estratégia agressiva e belicista” de Washington, a Aliança do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e da União Europeia (UE), e representam uma “séria ameaça à paz”.