Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Cerca de 2,8 milhões de ataques informáticos por dia Os serviços do Governo de Taiwan registaram uma média de 2,8 milhões de ataques cibernéticos por dia até agora este ano, informou ontem o Gabinete de Segurança Nacional (NSB, na sigla em inglês) taiwanês. Num documento divulgado pela CNA, a Rede de Serviços Governamentais indicou que os ataques se centraram em áreas como “projectos de infraestruturas críticas” e “informações confidenciais sobre a cooperação governamental no estrangeiro”. Ao atingirem sistemas ligados à defesa nacional de Taiwan, aos negócios estrangeiros e às comunicações, os piratas informáticos procuravam “obter informações confidenciais” e “interromper o desenvolvimento de infraestruturas essenciais”, detalhou o NSB. A agência acrescentou que, até à data em 2025, as agências de informação taiwanesas identificaram mais de 1,5 milhões de “informações controversas” ou notícias falsas disseminadas nas redes sociais através de “perfis anómalos”.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Google investe cerca de 12.970 ME em centro de dados de IA A gigante tecnológica Google anunciou ontem um investimento de 15.000 milhões de dólares num centro de dados de inteligência artificial (IA) no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia. “Este investimento de aproximadamente 15.000 milhões de dólares ao longo de cinco anos (2026-2030) é o maior investimento da Google na Índia até à data e está alinhado com a visão Viksit Bharat 2047 do Governo indiano para acelerar a expansão dos serviços baseados em IA”, afirmou a Google em comunicado. O anúncio oficial da empresa norte-americana eleva o valor do projecto, depois de um ministro regional de Andhra Pradesh, Lokesh Nara, ter informado anteriormente um investimento de 10 mil milhões de dólares. O conglomerado indiano Adani, propriedade do magnata Gautam Adani, será o parceiro local do Google para construir esta infraestrutura, que, segundo ambas as empresas, será a maior da Índia e uma das maiores da Google em toda a Ásia. “Será projectado especificamente para as necessidades da inteligência artificial”, disse Adani numa mensagem publicada no X. A ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, celebrou o anúncio e considerou que “reflecte a harmonia entre a formulação de políticas progressistas e o dinamismo na tomada de decisões de governança” do país. A Google consolidou a sua presença estratégica na Índia nos últimos anos, reconhecendo o país como um dos seus mercados mais importantes, tanto pelo volume de utilizadores como pelo potencial da sua indústria digital, que conta com vários polos importantes do sector tecnológico nas cidades de Bangalore, Hyderabad e Pune. Desde 2024, a empresa fabrica os seus smartphones Pixel no país asiático.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Ramos-Horta atribui Medalha de Mérito a 12 médicos chineses O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, atribuiu ontem a medalha de mérito a 12 médicos chineses em reconhecimento pelo seu contributo para o sector da saúde no país. “A atribuição da Medalha de Mérito a estes 12 dedicados médicos simboliza a profunda gratidão do povo de Timor-Leste”, afirmou o chefe de Estado timorense, citado num comunicado divulgado à imprensa. Segundo José Ramos-Horta, o serviço daqueles profissionais “personifica o espírito de cooperação internacional e contribui para salvar inúmeras vidas”, reforçar as capacidades médicas dos timorenses, bem como reforçar os laços de amizade e solidariedade entre Timor-Leste e a China. A primeira brigada médica chinesa chegou a Timor-Leste em 2003 no âmbito de um acordo de cooperação assinado entre os dois países. Desde então, segundo a Presidência timorense, já passaram pelo país dezenas de brigadas médicas chinesas. A brigada que agora termina a sua missão esteve no país durante dois anos e serviu no Hospital Nacional Guido Valadares e em vários centros de saúde, tendo atendido 19.000 casos urgentes e consultas externas, efectuado 5.800 internamentos e realizado 1.300 cirurgias. A equipa de médicos chineses prestou também cuidados médicos gratuitos em áreas remotas do país, realizou formações em primeiros socorros e participou e apoio vários simpósios científicos nacionais e internacionais para partilha de conhecimentos. A nova equipa de médicos chineses chega hoje a Timor-Leste proveniente da província chinesa de Sichuan, acrescenta a Presidência timorense.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Sancionadas cinco filiais da Hanwha nos EUA As autoridades chinesas puniram as subsidiárias sul-coreanas em resposta à intervenção de Trump na indústria naval O Governo chinês anunciou ontem a proibição de transacções de empresas chinesas com cinco subsidiárias do construtor naval sul-coreano Hanwha Ocean, numa nova resposta à política do Presidente norte-americano, Donald Trump, de relançar a indústria naval nos Estados Unidos. Num comunicado divulgado ontem, o Ministério do Comércio chinês indicou ainda que vai investigar a decisão de Washington de abrir um inquérito ao domínio crescente da China na construção naval global, advertindo que poderá aplicar novas medidas de retaliação. As autoridades chinesas afirmaram que a investigação “coloca em risco a segurança nacional” da China e a sua indústria marítima, apontando o envolvimento da Hanwha no processo como um dos motivos para as sanções. A investigação norte-americana, ao abrigo da Secção 301 da lei de comércio dos EUA, foi lançada em Abril de 2024, tendo concluído que a posição dominante da China no sector prejudica as empresas norte-americanas. “Pequim acaba de transformar a construção naval numa arma”, afirmou Kun Cao, vice-presidente executivo da consultora Reddal, citado pela imprensa internacional. “É um sinal claro de que atingirá empresas de terceiros países que colaborem com os EUA no seu esforço para conter o domínio marítimo da China”, apontou. A ‘lista negra’ chinesa inclui as entidades Hanwha Shipping LLC, Hanwha Philly Shipyard Inc., Hanwha Ocean USA International LLC, Hanwha Shipping Holdings LLC e HS USA Holdings Corp. As ações da Hanwha Ocean registaram ontem uma queda superior a 8 por cento na bolsa sul-coreana. Em resposta, a empresa afirmou estar a “analisar a situação”. Mar agitado O anúncio surge num momento de escalada das tensões comerciais e marítimas entre as duas maiores economias do mundo. Ambos os países introduziram ontem novas taxas portuárias sobre os navios um do outro. As taxas chinesas abrangem embarcações detidas ou operadas por empresas ou indivíduos norte-americanos, com participação igual ou superior a 25 por cento, navios com bandeira dos EUA ou construídos nos EUA, replicando em grande medida os critérios definidos pelas autoridades norte-americanas. A trégua na guerra comercial parece assim ter-se desfeito após Trump ter ameaçado impor tarifas de 100 por cento sobre todas as importações oriundas da China, em protesto contra os recentes controlos chineses à exportação de terras raras. Pequim assegurou ontem que as duas partes mantêm contacto, tendo realizado na segunda-feira uma ronda de conversações a nível técnico. A aproximação entre Washington e Seul na construção naval tem-se intensificado como resposta ao domínio chinês – a China é actualmente o maior construtor naval do mundo. No final de 2024, a Hanwha adquiriu o estaleiro Philly Shipyard, na Pensilvânia, por 100 milhões de dólares, e anunciou em Agosto um plano de investimento de 5 mil milhões de dólares para ampliar as infraestruturas portuárias nos EUA. A empresa assinou também contratos com a Marinha dos EUA para serviços de manutenção e reparação de embarcações militares. Em Maio deste ano, a Hanwha revelou que iria sair de uma ‘jointventure’ que mantinha na China.
Hoje Macau China / ÁsiaApple | Lançado iPhone Air na China após aprovação do sistema eSIM A Apple anunciou o lançamento do novo iPhone Air na China continental a 22 de Outubro, coincidindo com a entrada em vigor dos serviços eSIM das principais operadoras do país, avançou hoje a imprensa local. Com um preço inicial de 7.999 yuan, o iPhone Air será o primeiro modelo da marca na China que funciona exclusivamente com eSIM, uma tecnologia que substitui os cartões físicos por módulos digitais integrados no aparelho. O lançamento surge após China Mobile, China Unicom e China Telecom – os três principais operadores de telecomunicações chineses – terem recebido autorização do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação para iniciar o registo nacional de utilizadores com eSIM. O anúncio foi feito durante uma transmissão ao vivo na plataforma Douyin – a versão chinesa do TikTok – marcando a primeira aparição pública de Cook desde a inauguração da loja da Apple na plataforma Douyin Mall, em Agosto. Apresentado em Setembro, juntamente com a série iPhone 17, o iPhone Air é o modelo mais fino já lançado pela Apple, com ecrã de 6,5 polegadas, estrutura em titânio polido e uma câmara traseira única de 48 megapíxeis. O ‘design’ ultrafino e a ausência de ranhura para cartão SIM físico levaram ao adiamento do lançamento do dispositivo na China, enquanto a Apple aguardava a autorização oficial para operar com eSIM, aprovada este mês. O novo modelo inclui ainda uma câmara frontal de 18 megapíxeis com sensor quadrado, capaz de alternar automaticamente entre orientações vertical e horizontal, e funcionalidades de vídeo duplo que permitem gravar com as câmaras frontal e traseira em simultâneo. A China, terceiro maior mercado mundial da Apple, é também um pilar fundamental na cadeia global de fornecimento da empresa. O lançamento do iPhone Air coincide com um novo impulso no sector na China e ocorre num contexto de tensões comerciais crescentes entre Pequim e Washington.
Hoje Macau China / ÁsiaExportações de carros eléctricos duplicam em Setembro As exportações chinesas de veículos eléctricos duplicaram em Setembro, em termos homólogos, à medida que os fabricantes do país alargam a sua presença nos mercados internacionais, anunciou ontem a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM). Segundo a organização sectorial, as exportações de veículos de “nova energia” – que incluem automóveis eléctricos a bateria e híbridos – aumentaram 100 por cento, para 222.000 unidades, ligeiramente abaixo das 224.000 registadas em Agosto. As vendas domésticas de automóveis de passageiros subiram em setembro 11,2 por cento em termos homólogos, abrandando face à subida de 15 por cento verificada no mês anterior. A pressão sobre as margens de lucro devido à sobrecapacidade industrial e às guerras de preços tem levado os fabricantes chineses a apostar cada vez mais nos mercados externos, como a Europa e o sudeste asiático. Em 2024, pela primeira vez desde 2014, investiram mais no estrangeiro do que no mercado interno, segundo o grupo de consultadoria norte-americano Rhodium. A BYD, o maior produtor de veículos eléctricos da China, revelou este mês que o Reino Unido se tornou o seu maior mercado fora da China, com um crescimento de 880 por cento nas vendas em setembro, face ao mesmo mês do ano anterior. Face às tarifas impostas pela União Europeia, Estados Unidos e Canadá sobre veículos eléctricos chineses, os fabricantes têm vindo a direccionar investimentos para o Médio Oriente e África. Pé no travão Na China, os construtores têm tentado travar as guerras de preços que eclodiram devido à intensa concorrência. As vendas internas da BYD caíram 5,5 por cento em Setembro, face a igual período de 2024, o primeiro recuo mensal desde Fevereiro do ano passado, embora alguns concorrentes continuem a registar aumentos expressivos. Setembro é tradicionalmente um mês de pico para o sector automóvel chinês, apelidado de “Setembro Dourado”, marcado pelo lançamento de novos modelos e campanhas de vendas. Incentivos como subsídios à substituição de veículos antigos por automóveis de nova energia têm impulsionado a procura, apesar de algumas autoridades locais terem suspendido esses apoios nos últimos meses.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Pequim ameaça “lutar até ao fim” se EUA mantiverem taxas A guerra das tarifas ameaça prolongar-se após o anúncio chinês de restrições às terras raras e a resposta norte-americana com ameaças de impor novas taxas de 100 por cento A China advertiu ontem os Estados Unidos de que está disposta a “lutar até ao fim” se Washington insistir na imposição de novas tarifas e restrições comerciais, embora tenha reiterado a abertura ao diálogo. “Se quiserem lutar, lutaremos até ao fim; se quiserem falar, a porta está aberta”, declarou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado, em resposta ao anúncio da Casa Branca de aplicação de tarifas adicionais de 100 por cento sobre produtos chineses e outras medidas restritivas. Pequim defendeu que as recentes limitações impostas à exportação de terras raras e produtos associados são “acções legítimas” ao abrigo da legislação nacional e sublinhou que não se tratam de uma proibição total, já que os pedidos que cumpram os requisitos “continuarão a ser aprovados como antes”. Segundo o ministério, a China notificou previamente os Estados Unidos sobre essas medidas através do mecanismo bilateral de diálogo sobre controlo de exportações. As autoridades chinesas acusam Washington de “abusar do conceito de segurança nacional” e de ter introduzido “uma série de restrições discriminatórias” desde a última ronda de negociações comerciais, realizada em Setembro, em Madrid. O porta-voz instou os Estados Unidos a “corrigirem os seus erros”, demonstrarem “sinceridade genuína” e a trabalharem “na mesma direcção” que a China para retomar o caminho do diálogo económico. Ainda assim, Pequim recordou que “ambos os países partilham amplos interesses comuns e um grande espaço de cooperação” e que o confronto “prejudica ambas as partes”. Em contacto O comunicado indica que os dois países mantêm contactos no âmbito do mecanismo de consultas económicas e comerciais e que realizaram inclusive uma “reunião técnica” na segunda-feira. No entanto, criticou o facto de os EUA tentarem dialogar “enquanto ameaçam com novas sanções”, considerando que “não é a forma adequada de lidar com a China”. A troca de declarações surge num momento de renovadas tensões comerciais, depois de a China ter anunciado, na semana passada, novas restrições à exportação de terras raras e de Washington ter respondido com a ameaça de duplicar as tarifas sobre produtos chineses. Na sexta-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou já não ver motivos para se reunir com o homólogo chinês, Xi Jinping, na cimeira da APEC prevista para o final do mês na Coreia do Sul, embora ambos os países garantam que o contacto diplomático “se mantém aberto”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Anunciada visitada de MNE espanhol esta semana O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, realizará uma visita oficial à China entre hoje e amanhã, a convite do homólogo chinês, Wang Yi, anunciou ontem a diplomacia chinesa. Em comunicado, a diplomacia chinesa destacou os “estreitos intercâmbios” entre Pequim e Madrid e classificou Espanha como “um importante parceiro estratégico na Europa”. O porta-voz do ministério Lin Jian expressou confiança de que a visita de Albares “contribuirá para reforçar a cooperação bilateral”, salientando que os dois países “mantêm contactos de alto nível”, com uma confiança política “em consolidação” e uma cooperação prática que “tem produzido resultados frutíferos”, promovendo “o desenvolvimento económico e o bem-estar das populações de ambos os países”. Lin recordou que este ano assinala o 20.º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica integral entre China e Espanha, sublinhando que a deslocação do chefe da diplomacia espanhola permitirá “aprofundar o entendimento e o apoio mútuos” e “impulsionar o desenvolvimento de alto nível” da relação bilateral. Segundo o porta-voz, as reuniões de Albares com dirigentes chineses abordarão “as relações bilaterais e questões internacionais e regionais de interesse comum”. A visita de José Manuel Albares ocorre seis meses depois da deslocação do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, à China, em Abril, durante a qual se reuniu com o Presidente chinês, Xi Jinping. Nessa ocasião, Sánchez descreveu a China como um “parceiro indispensável para enfrentar os desafios globais” e defendeu o aprofundamento das relações tanto a nível bilateral como no quadro europeu. A diplomacia chinesa classificou então a visita de Sánchez como “um êxito”, que demonstrou “a determinação de ambas as partes em ampliar os seus vínculos”.
Hoje Macau China / ÁsiaXiaomi | Acções caem 6% após acidente com um carro da marca As acções da tecnológica chinesa Xiaomi caíram ontem 5,71 por cento, após um acidente com um dos seus veículos eléctricos que se incendiou e provocou a morte do condutor. Segundo o portal noticioso The Paper, o condutor do modelo SU7 perdeu o controlo do veículo durante a madrugada de ontem e embateu numa avenida, na cidade de Chengdu, no centro da China, incendiando-se de imediato. Testemunhas citadas pelo mesmo meio relataram que vários transeuntes tentaram apagar o fogo e abrir as portas, chegando a partir os vidros com objectos, mas o condutor ficou preso no interior. De acordo com relatos, o automóvel circulava a uma velocidade superior a 100 quilómetros por hora no momento em que tentou desviar-se de outro carro que reduziu a marcha para virar à direita. Os bombeiros de Chengdu continuam a investigar as causas do acidente. A queda de ontem levou as acções da Xiaomi ao nível mais baixo desde Abril, quando um acidente semelhante – também envolvendo um veículo eléctrico da marca que se incendiou numa autoestrada no leste da China e causou três mortes – provocou um forte recuo no valor de mercado da empresa. Apesar disso, as acções acumulam uma valorização de 44,35 por cento desde o início do ano. Tradicionalmente associada à produção de telemóveis e dispositivos inteligentes, a Xiaomi tem apostado na diversificação do seu negócio com a entrada no competitivo sector dos veículos eléctricos, dominado na China por marcas como a BYD e a Tesla.
Hoje Macau China / ÁsiaTrocas comerciais entre Angola e China atingiram os 20,6 mil ME em 2024 Angola e China disseram ontem que atingiram uma pareceria empresarial “activa, contínua e mutuamente benéfica” destacando o volume de trocas comerciais que atingiu os 24 mil milhões de dólares em 2024. O nível da cooperação bilateral entre ambos dos países foi ontem destacado pelo presidente da Câmara de Comércio Angola – China (CAC), Luís Cupenela e pelo embaixador da China em Angola, Zhang Bin, em Luanda. De acordo a caracterização da balança de pegamento de 2023 a 2024, o volume das trocas comerciais entre Angola e China registou uma variação mínima de mais de 1 por cento de 23,8 a 24 mil milhões de dólares, mantendo o “stock” do investimento acima dos 27 mil milhões de dólares, disse o presidente da CAC. Em declarações na abertura da conferência sobre “A Influência do Setor Empresarial Chinês na Economia Nacional de Angola”, iniciativa da CAC e da TV Zimbo, que decorreu ontem em Luanda, Luís Cupenala sinalizou que aproximadamente 5 mil milhões de dólares do global do investimento chinês no país africano foram direccionados ao sector não petrolífero. “A cooperação com o gigante asiático traduz-se em benefícios e progresso mútuo, desde que saibamos com sabedoria e proficiência tirar maiores vantagens, pois a China está comprometida em buscar um desenvolvimento de alta qualidade, servindo como um pilar da estabilidade socioeconómica global”, referiu. Cupenela fez saber que mais de 500 empresas de direito angolano com capital chinês operam em Angola, “onde encontraram a sua segunda pátria e participam no quotidiano e ombro a ombro com angolanos na dinâmica económica do país”. Chama acesa Apesar das “incertezas” resultantes dos choques e instabilidade económica global, observou o presidente da CAC, a China e os empresários chineses continuam a acreditar no futuro de uma Angola comprometida com o progresso. “O nível do aprofundamento de relações de cooperação e parceria estratégica, construídas ao longo dos 42 anos, mantém a acesa a chama de contínua manutenção das trocas comerciais, dos investimentos e do benefício recíproco entre os dois países”, assinalou ainda o responsável. Zhang Bin, por sua vez, também destacou o investimento chinês em Angola e o grau de cooperação entre Luanda e Pequim referindo que nos últimos 42 anos a cooperação económica e comercial entre os dois países alcançou “progressos notáveis e levou a resultados frutíferos, visíveis e tangíveis”. O diplomata chinês assinalou a participação “activa” do seu país na reconstrução de Angola, na construção de caminhos-de-ferro, estradas, portos, aeroportos, hospitais, habitações e sistemas de distribuição de água. O comércio bilateral anual superior a 20 mil milhões de dólares bem como o stock de investimento de 27 mil milhões dólares foram igualmente enaltecidos pelo embaixador chinês, realçando ainda os investimentos nos sectores da agricultura, mineração, finanças, processamentos, parques industriais, imobiliário e serviços. “O investimento e a cooperação comercial das empresas chinesas em Angola não só criaram inúmeros postos de trabalho e receitas fiscais, como também formaram um número significativo de profissionais e técnicos qualificados, promovendo, de forma eficaz, a diversificação da economia angolana”, concluiu Zhang Bin.
Hoje Macau China / ÁsiaMulheres | Xi apela ao reforço da participação feminina na vida política Maior representatividade em cargos de poder para alcançar de facto a igualdade de género. O mote foi dado pelo Presidente chinês no seu discurso de abertura da Reunião Mundial de Líderes sobre a Mulher, em Pequim O Presidente chinês, Xi Jinping, defendeu ontem o reforço da participação das mulheres na política e nos processos de decisão, apelando a que os Estados “ampliem os canais” de representação feminina na governação nacional e social. “É fundamental garantir que a igualdade de género se enraíze verdadeiramente em toda a sociedade”, afirmou Xi, durante o discurso de abertura da Reunião Mundial de Líderes sobre a Mulher, que decorre em Pequim, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. O chefe de Estado chinês sublinhou que “a paz e a estabilidade são condições essenciais para o desenvolvimento integral das mulheres” e defendeu o fortalecimento dos mecanismos de combate à violência e “a todas as formas de abuso dirigidas contra elas”. Xi alertou que mais de 600 milhões de mulheres e raparigas vivem em zonas afectadas por conflitos e que uma em cada dez permanece em situação de pobreza extrema. Durante o encontro, o líder chinês anunciou uma doação de 10 milhões de dólares à ONU Mulheres, bem como uma contribuição de 100 milhões de dólares para o Fundo para o Desenvolvimento Global e a Cooperação Sul-Sul, destinada a projectos de apoio a mulheres e raparigas. Pequim vai ainda criar um centro global de formação para mulheres. Segundo a imprensa estatal chinesa, dezenas de chefes de Estado e de Governo, dirigentes parlamentares, vice-primeiros-ministros, ministros e representantes de organizações internacionais participam na reunião, organizada em parceria com as Nações Unidas, que visa impulsionar o avanço global rumo à igualdade de género. Desafios em curso A conferência decorre num contexto em que a presença feminina nos mais altos escalões da política chinesa é praticamente inexistente. Desde o XX Congresso do Partido Comunista Chinês, em 2022, nenhuma mulher integra o Politburo, o principal órgão de decisão do país. A ausência de figuras femininas na liderança do Partido contrasta com a ampla participação das mulheres na sociedade chinesa: segundo o Banco Mundial, 62 por cento participam na força laboral. No sector empresarial, representam um quarto dos fundadores de empresas e dirigem cerca de 40 por cento das novas marcas de comércio electrónico. Apesar destes avanços, persistem desafios ligados à discriminação e à violência de género, com casos de assédio e maus-tratos que suscitaram indignação pública nos últimos anos.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Pequim saúda libertação de reféns israelitas em Gaza A China saudou ontem a libertação de reféns israelitas pelo grupo islamita palestiniano Hamas, o primeiro passo do plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para pôr fim a dois anos de guerra em Gaza. “A China saúda e apoia todos os esforços que conduzam à restauração da paz e ao alívio da crise humanitária” na Faixa de Gaza, disse o porta-voz dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, numa conferência de imprensa diária. “A prioridade é o estabelecimento de um cessar-fogo abrangente e duradouro o mais rapidamente possível”, acrescentou, reiterando a posição de princípio da China a favor de uma solução de dois Estados. O Hamas libertou ontem os últimos 20 reféns israelitas mantidos na Faixa de Gaza. As autoridades israelitas anunciaram o regresso dos primeiros sete reféns sobreviventes antes das 10:00. Segundo a emissora pública israelita, o outro grupo de 13 reféns foi entregue, como acordado, à Cruz Vermelha Internacional no sul da Faixa de Gaza e que devem ser entregues ao Exército israelita “em breve”.
Hoje Macau China / ÁsiaCidade japonesa desafia habitantes a limitar uso de smartphones a duas horas diárias A cidade de Nagoya lançou uma directiva que pede aos residentes que limitem o uso de smartphones a duas horas diárias, numa medida que, embora não resulte em multa, tem como objectivo promover uma relação mais saudável com os ecrãs. Masafumi Kouki, presidente da câmara desta localidade, explicou à agência France-Presse (AFP) que se preocupava há vários meses com os “efeitos negativos do uso excessivo de smartphones, particularmente o declínio acentuado da comunicação humana directa”. “Mesmo nos comboios, todos ficam a olhar para os telemóveis, já ninguém fala com os outros. Queria criar uma oportunidade para os nossos moradores reflectirem”, confidenciou durante uma entrevista. Uma “lei local” sobre o uso adequado de telemóveis, computadores portáteis e tablets foi aprovada pela câmara municipal por 12 votos a 7, antes de entrar em vigor na semana passada — aplicando-se tanto a adultos como a crianças. Neste subúrbio de Nagoya, uma metrópole industrial no centro do Japão, o objectivo não é impor penalizações por exceder o limite, mas sim incentivar a auto-regulação. Quando a lei foi proposta pela primeira vez, “a oposição foi quase unânime” na cidade, mas muitos cidadãos mudaram de ideias quando souberam que o “limite diário” não inclui o tempo de trabalho ou de estudo e que é uma recomendação, diz o autarca. Não o suficiente para convencer todos os cerca de 68 mil habitantes de Toyoake. “Hoje em dia, fazemos tudo — estudo, entretenimento, comunicação — com um único smartphone”, defendeu Shutaro Kihara, um estudante de Direito de 22 anos, que considera a regulamentação “bastante inútil ou ineficaz” para os jovens. A vereadora Mariko Fujie, de 50 anos, votou contra, considerado que, embora o uso excessivo de smartphones seja um problema social que merece ser abordado, tem “fortes reservas quanto à ideia de regular o tempo livre das pessoas através de um decreto”. O aluno da escola primária Ikka Ito, que joga videojogos perto de uma estação de comboios local, diz que usa o telemóvel quatro a cinco horas por dia. “Comecei a reduzir voluntariamente o meu tempo de ecrã desde o anúncio”, sem que os pais o solicitassem, garantiu. Bons sonos Com o objectivo de melhorar o sono, o projecto de lei recomenda que os alunos do ensino básico evitem os ecrãs após as 21:00, enquanto os alunos do ensino básico e mais velhos são encorajados a desligá-los após as 22:00. Investigações revelaram que os japoneses dormem menos do que as pessoas de outros países desenvolvidos, muitas vezes devido às longas jornadas de trabalho. Estudos mostram também que, além de interferir com o sono, que pode afectar a saúde mental, o uso intensivo das redes sociais está associado à solidão, depressão e ansiedade. O presidente da câmara tem dois filhos, de 10 e 7 anos, que não têm smartphone, embora o mais velho por vezes peça emprestado o da mãe, e a sua família evita agora os ecrãs durante as refeições.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Revelado míssil “mais poderoso” do país em desfile O desfile militar levado a cabo na capital da Coreia do Norte para celebrar os 80 anos do Partido dos Trabalhadores não contou com a presença de Xi Jinping e de Vladimir Putin A Coreia do Norte apresentou o “mais poderoso sistema de armas nucleares estratégicas” do país num desfile militar em Pyongyang para assinalar o 80.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores, informou sábado a agência noticiosa estatal. “Quando o míssil balístico intercontinental Hwasong-20, o mais poderoso sistema de armas nucleares estratégicas da Coreia do Norte, entrou na praça, o entusiasmo do público atingiu o auge”, indicou a KCNA sobre o desfile de sexta-feira à noite, que contou com a presença do líder Kim Jong-un. Trata-se da primeira aparição pública deste míssil, que alguns especialistas dizem que poderá ter várias ogivas, permitindo atacar múltiplos alvos em simultâneo e ultrapassar sistemas antimíssil. Embora o Hwasong-20 procure aumentar o alcance e a capacidade de destruição dos antecessores, ainda não foi testado, pelo que as capacidades operacionais deste não podem ser confirmadas. O evento contou com a presença do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e do vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev. No entanto, não estiveram presentes o Presidente da China, Xi Jinping, e o homólogo russo, Vladimir Putin, apesar das especulações de que Pyongyang os teria convidado. Kim Jong-un presidiu ao desfile a partir da tribuna central da Praça Kim Il-sung, onde, durante um discurso, sublinhou que as forças armadas norte-coreanas devem “evoluir continuamente para uma força invencível” que elimine qualquer ameaça, ainda de acordo com a KCNA, citada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. Kim não mencionou Seul ou Washington no discurso, limitando-se a referir a luta contra a hegemonia de uma forma geral. Sinais de força Recentemente, a Casa Branca deixou em aberto a possibilidade de negociações com Pyongyang sem condições prévias, o que parece dar a entender que a questão da desnuclearização poderia ser retirada das conversações iniciais, de acordo com as exigências norte-coreanas. Seul, por seu lado, tem continuado a enviar sinais de abertura ao diálogo, que o regime norte-coreano continua a ignorar. Medvedev afirmou que as unidades norte-coreanas enviadas para Kursk, para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia, marcharam no desfile, como citado pela agência de notícias russa TASS. Mísseis hipersónicos, mísseis de cruzeiro estratégicos de longo alcance, sistemas antiaéreos, tanques de nova geração Chonma-20 e lançadores múltiplos também foram exibidos durante o desfile, segundo a KCNA.
Hoje Macau China / ÁsiaChina defende novo controlo com impacto “muito limitado” no abastecimento O Ministério do Comércio da China defendeu ontem a legitimidade das novas restrições impostas esta semana à exportação de terras raras, assegurando que o impacto nas cadeias de abastecimento vai ser “muito limitado”. As medidas são “uma acção legítima do Governo chinês para afinar o sistema de controlo das exportações em conformidade com as leis e os regulamentos”, afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio em comunicado. “Os controlos de exportação da China não são proibições de exportação e serão concedidas licenças para pedidos elegíveis”, disse o porta-voz, acrescentando que Pequim informou antecipadamente os parceiros comerciais das medidas, “através de mecanismos de diálogo bilateral”. “As empresas não devem estar preocupadas”, sublinhou o porta-voz. Pequim argumentou mais uma vez que as restrições têm como objectivo impedir que as terras raras e respectivos produtos de transformação sejam utilizados para produzir artigos militares ou de defesa, a fim de “defender a paz mundial, a estabilidade regional e cumprir as suas obrigações internacionais em matéria de não proliferação”. O ministério indicou que a China avaliou exaustivamente o impacto potencial das novas restrições nas cadeias industriais e de abastecimento e que este “é muito limitado”. Novas tarifas As autoridades chinesas anunciaram, na quinta-feira, uma nova ronda de restrições à exportação de terras raras, essenciais para o fabrico de tecnologia avançada, e acrescentaram cinco novos metais à lista de produtos controlados. A China, que controla mais de 70 por cento da produção mundial e quase 90 por cento da transformação deste material estratégico, impôs restrições à exportação como moeda de troca desde que os Estados Unidos iniciaram a guerra tarifária, em Abril, embora tenha recentemente flexibilizado as medidas, no âmbito da trégua comercial entre as duas potências. As terras raras têm sido um ponto de fricção nas recentes negociações comerciais sino-americanas, com Washington a acusar Pequim de atrasar deliberadamente a aprovação de licenças de exportação. O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na sexta-feira a imposição de uma sobretaxa de 100 por cento a importações da China, a partir de Novembro, em resposta a medidas comerciais “extremamente hostis” de Pequim. A partir de 01 de Novembro – ou até antes, “dependendo de quaisquer ações ou alterações futuras tomadas pela China” – os Estados Unidos imporão “uma tarifa de 100 por cento à China, além de qualquer tarifa que estejam actualmente a pagar”, afirmou Trump na rede social Truth. Também no início do próximo mês, adiantou o republicano, Washington imporá controlos de exportação para Pequim sobre “todo e qualquer software crítico”. O anúncio de Donald Trump é um exemplo típico de ‘dois pesos, duas medidas'”, reagiu a China. O Ministério do Comércio chinês considerou que as acções de Washington “prejudicam gravemente os interesses da China e minam (…) o clima das discussões económicas e comerciais entre as duas partes”. “Ameaçar constantemente com direitos aduaneiros elevados não é a abordagem correcta para cooperar com a China”, acrescentou o ministério, em comunicado. As novas medidas surgem pouco antes da reunião dos líderes da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC, na sigle em inglês) na Coreia do Sul, onde se esperava um possível encontro entre os presidentes dos dois países, mas que foi agora posto em causa.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Manila e Pequim trocam acusações por colisão entre barcos As autoridades filipinas acusaram ontem um navio chinês de ter “deliberadamente” colidido com uma embarcação de Manila perto de uma ilha disputada no Mar do Sul da China, enquanto Pequim culpou as Filipinas por serem “totalmente responsáveis” pela colisão. Os incidentes marítimos sino-filipinos são muito frequentes nestas águas que a China reivindica na sua quase totalidade. Segundo Manila, um navio da guarda costeira chinesa disparou primeiro com um “canhão de água” ontem de manhã contra o BRP Datu Pagbuaya, um navio pertencente a uma agência dependente do Ministério da Agricultura filipino. Apenas três minutos depois […], o mesmo navio colidiu deliberadamente com a popa do barco filipino, causando “danos menores”, sem feridos, segundo um comunicado das autoridades filipinas. A Guarda Costeira filipina especificou que o incidente ocorreu perto da ilha de Thitu, no arquipélago de Spratleys, denunciando “assédio agressivo e ameaças directas” por parte dos barcos chineses. Três navios da agência de pesca filipina estavam a distribuir ajuda aos pescadores na zona, acrescentaram. Por sua vez, a guarda costeira chinesa acusou as Filipinas de serem “totalmente responsáveis” pela colisão. O incidente ocorreu perto de Sandy Cay, quando um navio do Governo filipino “ignorou repetidamente os avisos da parte chinesa e se aproximou perigosamente do navio 21559 da guarda costeira chinesa”, disse um porta-voz da guarda costeira chinesa, Liu Dejun. “Toda a responsabilidade recai sobre a parte filipina”, acrescentou. Fotos e vídeos divulgados pela guarda costeira filipina mostram um navio da guarda costeira chinesa, com um canhão de água activado, a seguir um navio filipino.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | China e Rússia acusam EUA de violar direito internacional Os ataques norte-americanos a barcos venezuelanos foram fortemente condenados pelos representantes da Rússia e da China na reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada por Caracas A Rússia e a China acusaram sexta-feira Washington de violar o direito internacional e os direitos humanos ao atacar embarcações venezuelanas e matar os suspeitos a bordo sem qualquer detenção ou acusação formal. Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU pedida por Caracas para abordar o destacamento militar sem precedentes dos Estados Unidos nas Caraíbas, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, avaliou que a postura norte-americana ameaça directamente a paz e a segurança regional e internacional. Nebenzya contestou as alegações de Washington, que tem justificado os ataques a embarcações venezuelanas com o combate ao tráfico de drogas, e indicou tratar-se de “propaganda” e de um “enredo perfeito para um filme de sucesso de Hollywood, no qual os americanos mais uma vez salvam o mundo”. “Essas alegações são completamente desprovidas de fundamento. O Escritório da ONU sobre Drogas e Crime nem sequer considera a Venezuela um centro de tráfico de drogas, visto que 87 por cento da cocaína chega aos Estados Unidos através do Oceano Pacífico, ao qual a Venezuela não tem acesso”, afirmou o diplomata russo. As tensões entre Washington e Caracas aumentaram ainda mais quando, em 02 de Setembro, o Governo de Donald Trump anunciou ter atingido uma embarcação suspeita de transportar drogas em águas internacionais no Mar das Caraíbas Meridional. Segundo as autoridades norte-americanas, 11 pessoas foram mortas nesse ataque. Outros ataques Com base em informações divulgadas pelas autoridades norte-americanas, foram realizados ataques aéreos adicionais contra embarcações que alegadamente transportavam droga nos dias 15, 16 e 19 de Setembro, e novamente a 03 de Outubro, indicou sexta-feira a ONU na reunião. No total, essas operações terão resultado em 21 mortes. “Washington recentemente (…) alegou ter provas irrefutáveis de que as embarcações pertenciam a cartéis de drogas. No entanto, a comunidade internacional não tem como verificar isso, pois os suspeitos nunca foram detidos ou acusados, e a carga que supostamente transportavam foi destruída”, afirmou Nebenzya. “Por outras palavras, as embarcações que transportavam pessoas foram simplesmente abatidas em alto mar sem julgamento, seguindo o princípio do ‘disparar primeiro’, e agora pedem-nos que acreditemos retroactivamente que havia criminosos a bordo”, acrescentou, acusando Washington de uma flagrante violação do direito internacional e dos direitos humanos. O diplomata russo denunciou ainda uma “campanha descarada de pressão política, militar e psicológica” dos EUA sobre “o Governo de um Estado independente, com o único propósito de mudar um regime desfavorável” a Washington. Parte chinesa Também o embaixador chinês junto da ONU afirmou que as “operações de execução unilaterais e excessivas dos EUA” violam o direito à vida e outros direitos humanos básicos e representam uma ameaça à liberdade e à segurança da navegação. “Opomo-nos ao uso ou ameaça de força nas relações internacionais e à interferência de forças externas nos assuntos internos da Venezuela, sob qualquer pretexto”, frisou Fu Cong. O embaixador chinês instou os EUA a cessarem imediatamente essas acções para evitar uma maior escalada e “a não usarem a desculpa do combate ao narcotráfico para pôr em risco a segurança da navegação dos países”. Por sua vez, o diplomata norte-americano John Kelley insistiu que Donald Trump usará todo o poderio dos EUA para enfrentar e erradicar os cartéis de drogas, independentemente de onde operem. Os EUA acusam o Presidente venezuelano de liderar o Cartel dos Sois e recentemente aumentaram a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro para 50 milhões de dólares. Kelley acrescentou que as acções e políticas do “regime ilegítimo de Maduro” representam uma ameaça extraordinária tanto para a região quanto para a segurança nacional dos EUA. Já o embaixador venezuelano, afirmou que este é um conflito fabricado exclusivamente pelos EUA e que avança para uma escalada perigosa. Nesse sentido, Samuel Moncada antecipou que, “a muito curto prazo”, será perpetrado um ataque armado dos EUA contra a Venezuela e apelou ao Conselho de Segurança para que use dos meios necessários para evitar um agravamento ainda maior da situação. Moncada alegou ainda que os Estados Unidos estão desesperados para controlar as fontes de petróleo venezuelano. “Se a Venezuela não tivesse petróleo, a ameaça militar iminente não existiria”, defendeu.
Hoje Macau China / ÁsiaLíderes mundiais aplaudem acordo de paz entre Israel e Hamas Vários líderes mundiais saudaram o acordo de paz entre Israel e o Hamas anunciado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, elogiando o fim iminente da guerra em Gaza e a libertação de reféns após dois anos de conflito. Trump anunciou na quarta-feira que Israel e o movimento islamita aceitaram a “primeira fase” do seu plano de paz, que prevê a retirada parcial das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a libertação de 20 reféns ainda vivos em troca de prisioneiros palestinianos. “Todos os reféns serão libertados muito em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada como primeiros passos para uma paz forte, duradoura e eterna”, escreveu Trump na rede Truth Social. A notícia foi recebida com entusiasmo por líderes de vários países. O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, felicitou Trump pela “liderança essencial” e expressou alívio pela iminente libertação dos reféns. “A paz finalmente parece possível. Instamos todas as partes a aplicarem rapidamente os termos do acordo”, afirmou. Também o Japão saudou o entendimento, que o porta-voz governamental Yoshimasa Hayashi classificou como “um passo importante para acalmar a situação”, agradecendo aos Estados Unidos, ao Egipto e ao Qatar pelos esforços de mediação. De Camberra, o primeiro-ministro, Anthony Albanese, e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, destacaram tratar-se de “um passo muito necessário para a paz” e defenderam uma solução de dois Estados, sublinhando que o plano exclui o Hamas de qualquer papel na administração futura de Gaza. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu o acordo como “um avanço desesperadamente necessário” e apelou para a sua plena implementação, sublinhando que “é uma oportunidade para reconhecer o direito à autodeterminação do povo palestiniano e avançar para uma solução de dois Estados”. O Hamas confirmou o entendimento, garantindo que “assegura o fim da guerra, a retirada do exército israelita e a entrada de ajuda humanitária”, e apelou para que Israel cumpra os compromissos “sem atrasos ou alterações”. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classificou o acordo como uma “realização histórica” e agradeceu a Trump pela “liderança determinada e pelos esforços globais”, afirmando: “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa”. Euforia e alívio Segundo fontes oficiais, a libertação dos reféns deverá começar na segunda-feira, após a aprovação do acordo pelo Governo israelita, e a retirada militar cobrirá cerca de 70 por cento do território de Gaza. “Isto é mais do que Gaza, é o início da paz no Médio Oriente”, afirmou Trump numa entrevista à Fox News, assegurando que os Estados Unidos e países vizinhos vão apoiar a reconstrução do enclave. E acrescentou: “Outros países da região ajudarão porque têm imensa riqueza. Nós estaremos envolvidos para garantir que Gaza seja bem-sucedida e pacífica.” Em Telavive, famílias dos reféns reuniram-se em euforia na praça dos Reféns, entre lágrimas e cânticos de “Nobel para Trump”. “Quero cheirar o meu filho”, disse, emocionada, Einav Zangauker, mãe de um dos reféns. Em Gaza, onde o cessar-fogo foi recebido com uma mistura de alívio e desconfiança, deslocados e habitantes manifestaram a esperança de poder regressar às suas casas. “Queremos voltar, mesmo que não haja mais casas”, afirmou Alaa Abd Rabbo, deslocado do norte da Faixa. O acordo mediado pelos Estados Unidos, Qatar, Egipto e Turquia marca a tentativa mais significativa de pôr fim à guerra desde o início do conflito, em Outubro de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaNBA | China e Alibaba Cloud assinam parceria A NBA China, a liga desportiva profissional com maior popularidade nas redes sociais chinesas, com 425 milhões de seguidores, acaba de assinar uma parceria com a Alibaba Cloud, outro grupo chinês fundado por Jack Ma, para melhorar a interactividade dos fãs de basquetebol com os jogos transmitidos, nomeadamente o “NBA All-Star”, os playoffs da NBA e as finais, isto com recurso à inteligência artificial e ao sistema de computação em nuvem. O anúncio foi feito por Joe Tsai, co-fundador e vice-presidente executivo do grupo Alibaba e dono da equipa Brooklyn Nets, de Nova Iorque; e por Mark Tatum, vice-comissário e director de operações da NBA [National Basketball Association], principal liga desportiva de basquetebol nos EUA e uma das mais importantes a nível mundial. Em termos concretos, a NBA China “irá utilizar os serviços de IA e computação em nuvem da Alibaba Cloud para apoiar uma ampla gama de iniciativas digitais de envolvimento dos fãs”, tendo sido desenvolvido “um modelo de IA proprietários para a NBA China com base na série de modelos ‘Qwen’ da Alibaba”. Assim, “o modelo de IA proprietário, ajustado à gama de activos digitais da liga, fornecerá aos utilizadores da aplicação NBA China conteúdos envolventes, incluindo destaques dos jogos em tempo real, dados históricos do basquetebol, informações sobre os jogadores e discussões interactivas sobre temas actuais do basquetebol”. Destaque ainda para o facto de decorrerem hoje e domingo jogos de pré-temporada entre as equipas Nets e Phoenix Suns da NBA China 2025. A apresentação cabe à “Taobao 88VIP”, sendo que os jogos decorrem hoje às 20h na Venetian Arena, e depois no domingo às 19h, no mesmo local.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Softbank compra negócio da ABB por 4.610 ME A revolução tecnológica conhece mais um capítulo com a passagem da multinacional suíça para mãos nipónicas O grupo japonês Softbank anunciou ontem ter chegado a acordo com a multinacional suíça de tecnologia ABB para adquirir o seu negócio de robótica por 5.375 milhões de dólares, informou em comunicado. A aquisição conta com a aprovação do Conselho de Administração do conglomerado japonês e está pendente de aprovações regulatórias na União Europeia, China e Estados Unidos, com previsão de conclusão no segundo semestre de 2026. A Softbank espera que a aquisição da ABB “fortaleça significativamente” o seu negócio de robótica ligado à inteligência artificial (IA), um campo no qual tem investido. “Após a aquisição, a plataforma robótica, a experiência e a presença local existente serão complementadas com as bases tecnológicas dos investimentos existentes do grupo Softbank relacionados com a robótica (…) para acelerar a inovação em robótica de IA e impulsionar o progresso e o crescimento rumo à realização da super-inteligência artificial (SIA)», afirmou a Softbank. Esses investimentos referem-se à SoftBank Robotics, Berkshire Grey, AutoStore Holdings2, Agile Robots e Skild AI. O acordo significa que a ABB abandonou o seu plano original de abrir o capital separadamente do seu negócio de automação industrial, que concorre com outras empresas como as japonesas Fanuc, Yaskawa e a alemã Kuka no fabrico de robôs industriais. Revolução à vista De acordo com os detalhes revelados pela Softbank, a ABB seguirá em frente com a cisão do seu negócio de robótica numa ‘holding’ recém-criada para que o grupo japonês, através de uma subsidiária, adquira a totalidade das ações da nova empresa. “A próxima fronteira da Softbank é a IA física, juntamente com a ABB Robotics, reuniremos tecnologia e talento de primeira linha sob a nossa visão comum de fundir a super-inteligência artificial e a robótica, impulsionando uma evolução revolucionária”, afirmou o presidente executivo da Softbank, Masayoshi Son, em comunicado. O presidente executivo da ABB, Morten Wierod, disse, por sua vez, que a operação “permitirá ao negócio fortalecer e expandir a sua posição como líder tecnológico no sector”.
Hoje Macau China / ÁsiaNissan | Em clima de restruturação lançado novo eléctrico Leaf A Nissan, em processo de restruturação e a lidar com dificuldades financeiras, lançará na próxima semana no Japão uma nova versão do veículo elétrico Leaf para o mercado nacional japonês. Será o primeiro lançamento da empresa desde a elaboração do seu plano de reestruturação. A Nissan diz que o carro terá uma bateria maior do que a instalada em Leaf anteriores e autonomia de 702 quilómetros com uma única recarga. Destaca ainda que o ruído e a vibração do motor foram reduzidos para tornar mais silencioso o seu desempenho. Sugimoto Akira, executivo de marketing e vendas da Nissan no Japão, diz saudar o que chama de revigoramento do mercado de veículos eléctricos no país e prevê que, deste modo, a fabricante voltará a ter destaque. O responsável afirma que a empresa quer que as pessoas digam: “A Nissan está de volta com este carro.” Anunciado em Maio, o plano de reestruturação global da fabricante prevê o encerramento de sete fábricas e a eliminação de 20 mil postos de trabalho. Foi anunciado depois que, no exercício encerrado em Março, a Nissan registrou prejuízo líquido superior a 670 mil milhões de ienes — quase 4,4 mil milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaTerras raras | Novas regras sobre exportação de tecnologias A China anunciou ontem a imposição imediata de controlos sobre as exportações de tecnologias ligadas às terras raras, reforçando a regulação num sector central nas tensões comerciais com os Estados Unidos. O país asiático é o maior produtor mundial destes minerais essenciais para as indústrias digital, automóvel, energética e de defesa. As terras raras têm sido um ponto de fricção nas recentes negociações comerciais sino-americanas, com Washington a acusar Pequim de atrasar deliberadamente a aprovação de licenças de exportação. Segundo um comunicado do Ministério do Comércio chinês, os novos controlos exigem autorização prévia para exportar tecnologias usadas na extração e fundição de terras raras, incluindo processos de montagem, afinação, manutenção, reparação e modernização de linhas de produção. Em nota separada, o ministério indicou que vão ser também impostas restrições adicionais a entidades estrangeiras que exportem produtos fabricados com terras raras ou tecnologias relacionadas provenientes da China. “Algumas organizações e indivíduos estrangeiros têm transferido ou fornecido produtos controlados com origem em terras raras chinesas, directa ou indirectamente, para uso em sectores sensíveis como o militar”, justificou um porta-voz. Essa prática, acrescentou, “prejudica gravemente ou representa uma potencial ameaça à segurança nacional da China” e teve “um impacto negativo na paz e estabilidade internacionais”. O domínio chinês na extração e refinação destes minerais confere a Pequim uma vantagem estratégica num contexto de crescente rivalidade comercial com os EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaSemana Dourada | Atingido recorde de mais de 2.430 milhões de viagens A China registou mais de 2.430 milhões de viagens domésticas durante os oito dias de férias da recente “Semana Dourada”, um novo recorde para este período festivo, segundo dados oficiais divulgados ontem. Entre 01 e 08 de Outubro, foram contabilizadas em média 304 milhões de deslocações diárias, um aumento de 6,3 por cento face ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Ministério dos Transportes, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Durante as férias, o país somou cerca de 888 milhões de viagens turísticas, mais 123 milhões do que nos sete dias de folga da “Semana Dourada” de 2024, segundo o Ministério da Cultura e Turismo. O gasto turístico interno atingiu 809 mil milhões de yuan, o que representa um crescimento homólogo de 15,4 por cento. A Administração Nacional de Imigração informou que foram realizados 16,34 milhões de viagens transfronteiriças durante o feriado, mais 11,5 por cento do que no ano passado. As viagens internacionais de estrangeiros aumentaram 21,6 por cento, para 1,43 milhões, e dos 751 mil estrangeiros que entraram na China, 535 mil beneficiaram da política de isenção de visto – subidas de 19,8 por cento e 46,8 por cento, respectivamente, em termos homólogos. As férias começaram em 1 de Outubro, data que assinala o aniversário da fundação da República Popular da China, e prolongaram-se até quarta-feira, um dia mais do que o habitual, devido à coincidência com o Festival do Meio Outono, celebrado este ano a 6 de Outubro. A “Semana Dourada” é um dos principais períodos de férias na China e constitui um importante motor para o turismo e o consumo interno.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | 14 organizações estrangeiras declaradas entidades não confiáveis A maioria das novas empresas incluídas na lista de não confiáveis têm sede nos Estados Unidos e estão ligadas a actividades militares A China incluiu ontem catorze organizações estrangeiras, a maioria com sede nos Estados Unidos e ligadas ao sector da defesa, na sua “lista de entidades não confiáveis”, num novo episódio das crescentes fricções comerciais e tecnológicas com Washington. Num comunicado, o Ministério do Comércio justificou a decisão com a necessidade de “salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento nacional” do país. Entre as empresas visadas estão Dedrone by Axon, AeroVironment, BAE Systems, TechInsights e as suas filiais, bem como o Fórum Internacional de Segurança de Halifax (Canadá), no qual participou no final do ano passado a ex-líder de Taiwan Tsai Ing-wen (2016-2024). A lista inclui ainda a subsidiária norte-americana da israelita Elbit, além das companhias DZYNE Technologies, Epirus, Exelis e VSE Corporation, entre outras. De acordo com o ministério, as entidades sancionadas ficam proibidas de realizar actividades de importação e exportação relacionadas com a China, bem como de efectuar novos investimentos no país. O comunicado acrescenta que organizações e pessoas dentro da China não poderão manter transacções, cooperação ou qualquer tipo de relação comercial com essas empresas, especialmente no que se refere à “transmissão de dados ou fornecimento de informação sensível”. Malícia e segurança Em nota separada, o ministério afirmou que várias das empresas agora incluídas “mantiveram cooperação tecnológica militar com Taiwan, divulgaram declarações maliciosas sobre a China e ajudaram governos estrangeiros a reprimir empresas chinesas”. “Tais acções prejudicaram gravemente a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China”, acrescentou o Ministério do Comércio, sublinhando que Pequim apenas adicionou “um número muito reduzido de entidades estrangeiras” que “colocam em risco” a segurança nacional. “As empresas estrangeiras que actuam com integridade e cumprem a lei não têm motivo de preocupação. O Governo chinês, como sempre, dá as boas-vindas às empresas de todo o mundo para investirem e desenvolverem actividades no país, comprometendo-se a oferecer um ambiente de negócios estável, justo e previsível”, conclui o comunicado. A decisão surge poucas horas depois de Pequim ter anunciado um novo pacote de restrições à exportação de terras raras, num contexto de crescente disputa tecnológica e comercial entre a China e os Estados Unidos