Hoje Macau China / ÁsiaChongqing | Inundações fazem seis mortos As fortes chuvas que caíram na cidade de Chongqing, no centro da China, causaram seis mortes ontem, informou a imprensa local. Quatro das vítimas perderam a vida devido a catástrofes geológicas, enquanto duas pessoas foram arrastadas pelas águas das cheias, resultando na sua morte por afogamento, informou a televisão estatal CCTV. Vídeos que circulam nas redes sociais do país asiático mostram o elevado nível dos rios Jialing e Yantgtsé ao atravessarem a cidade, que tem mais de 30 milhões de habitantes. O Ministério da Gestão de Emergências da China revelou recentemente que o país enfrenta um risco acrescido de catástrofes naturais para o mês de Julho e uma “situação séria e complexa” ao entrar no período das cheias. Nas últimas semanas, as fortes chuvas provocaram a retirada de centenas de milhares de pessoas em províncias como Anhui e Cantão, e o rebentamento de uma barragem na província de Hunan. Nos últimos Verões, as catástrofes meteorológicas causaram grandes estragos no país asiático: os meses de Verão de 2023 foram marcados por inundações em Pequim que causaram mais de 30 mortos, enquanto em 2022, várias ondas de calor extremas e secas atingiram o centro e o leste do país. Em Julho de 2021, chuvas de intensidade inédita em décadas fizeram cerca de 400 mortos na província de Henan, no centro do país, que o Governo chinês atribuiu a uma “falta de preparação e de percepção dos riscos” por parte das autoridades locais.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Jornal diz que NATO precisa de criar inimigos para sustentar existência A publicação do Partido Comunista Chinês não poupa nas críticas à organização militar ocidental que acusa de fomentar conflitos na Ásia – Pacífico e de ser na realidade uma “máquina de guerra” Um jornal do Partido Comunista Chinês (PCC) afirmou ontem que a NATO “precisa de criar continuamente mais inimigos e crises para sustentar a sua existência”, acusando a aliança “incitar conflitos” na região da Ásia – Pacífico. “Não vamos especular sobre se a NATO chegará viva ao seu 76.º aniversário, mas é certo que a NATO não avançará pacificamente para o futuro”, escreveu em editorial o Global Times, jornal em inglês do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC. “Não satisfeita com a divisão da Europa, a NATO está também a tentar incitar conflitos e confrontos na região da Ásia – Pacífico”, acrescentou. O editorial surge após os líderes da NATO, reunidos numa cimeira em Washington, terem expressado “profunda preocupação” com a aproximação entre Rússia e China, denunciando o apoio de Pequim ao esforço de guerra da Rússia na Ucrânia. A China “está agora a desempenhar um papel decisivo na guerra da Rússia contra a Ucrânia”, acrescentaram, apelando para que Pequim “na sua qualidade de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (…) cesse o seu apoio material e político ao esforço de guerra russo”. “Não passam de clichés”, reagiu o Global Times. “A expansão contínua da NATO na Europa e o seu alcance na região Ásia – Pacífico visam infiltrar a política de grupo e o pensamento de confronto na integração regional e na globalização económica”, acusou. A “verdadeira natureza” Na quarta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, congratulou-se com o facto de o comunicado da sua organização ter sido o mais forte sobre a China “alguma vez adoptado” pela organização. O Global Times defendeu que a “chamada segurança da NATO é feita à custa da segurança de outros países” e que “muitas das ‘ansiedades de segurança’ propagandeadas pela NATO são criadas pela própria organização”. “A NATO é o produto da confrontação de campos e da política de grupo e está na contramão da tendência global geral, bem como das aspirações dos povos”, apontou o Global Times. “Por muito que tente apresentar-se como uma ‘organização de manutenção da paz’, não consegue esconder a sua verdadeira natureza de ‘máquina de guerra’”, acusou.
Hoje Macau EventosFestival Convimus | Música no Porto em homenagem ao Oriente O Festival Internacional de Música Convimus regressa ao Porto, de 17 a 23 de Julho, com mais de 100 músicos de 20 nacionalidades para “valorizar a cultura e criar uma verdadeira comunidade mundial de artistas”, anunciou ontem a organização. A quinta edição do evento inclui concertos, ‘masterclasses’, um concurso internacional de violino e de música de câmara e exposições, tendo como “ponto alto” o concerto de Tiago Nacarato, que se vai juntar à Orquestra Sinfónica Amasing, sob direcção do maestro Eliseu Silva, para um “espectáculo improvável e arrojado que promete surpreender todos os espectadores”, segundo o comunicado. Outro dos destaques do festival é o Concurso Internacional de Violino e de Música de Câmara, dirigido a músicos com menos de 25 anos, que vai atribuir prémios no valor de mais de quatro mil euros. Este ano, explica a organização, o Festival Internacional de Música Convimus presta homenagem à ligação de Portugal com o Oriente e comemora efemérides como os 50 anos do 25 de Abril, os 25 anos da transição da administração portuguesa do território de Macau para a China, os 45 anos das relações entre Portugal e a China e os 500 anos do nascimento de Camões. O evento conta ainda com ‘masterclasses’ de violino, música de câmara, viola, piano e violoncelo, que serão leccionadas por músicos nacionais e internacionais e também com uma exposição, na Universidade Lusíada Porto, de peças de Fernando Salvatore Lima, o único português fabricante de violinos em Cremona, reconhecido internacionalmente pela produção de instrumentos da “mais alta qualidade”, que podem atingir preços de 60 mil euros. A entrada para os concertos e actividades do evento, com excepção do concerto de Tiago Nacarato com a Orquestra Sinfónica AMASING, é gratuita. O Festival Internacional de Música Convimus é organizado pela AMASING – Associação Musical, Artística e Social Impulsionadora de Novas Gerações, uma associação cultural criada em 2019, apoiada pela União de Freguesias de Aldoar Foz do Douro e Nevogilde.
Hoje Macau SociedadeMPay | PJ alerta para novo tipo de fraude A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um alerta sobre um novo tipo de fraude relativo à aplicação da MPay. O caso foi descoberto depois de várias pessoas terem denunciado a situação após se candidatarem a uma vaga de emprego como freelancers, cuja função seria “gostar” de publicações nas redes sociais. “Durante o processo, seguiram as instruções e forneceram os dados das suas contas MPay, senhas e códigos de verificação para desempenharem aquelas funções até que, posteriormente, não conseguiram continuar com as tarefas, acabando por desistir”, lê-se na nota. Mais tarde, as pessoas perceberam que já não conseguiam aceder às contas MPay, e que desconhecidos teriam acedido ao saldo. Desde o início deste mês, “pelo menos dez cidadãos foram enganados com métodos deste género, com perdas totais próximas de 140 mil patacas”. A PJ explica que, mediante a colocação de falsos anúncios, os burlões “recolhem as informações da conta MPay das vítimas através do site de phishing, roubando as contas e transferindo todo o dinheiro disponível na conta”.
Hoje Macau SociedadeSA | Verificador alfandegário suspenso por conduzir alcoolizado O verificador alfandegário que teve um acidente quando conduzia alcoolizado, numa altura em que estava inibido de conduzir, foi suspenso de funções. A informação foi divulgada através do portal do secretário para a Segurança. A duração da suspensão não foi revelada: “Os Serviços de Alfândega já instauraram um processo disciplinar contra o referido agente, tendo-lhe sido aplicada a medida de suspensão preventiva de funções” foi comunicado. O caso foi despoletado a 14 de Janeiro deste ano, quando o agente dos SA teve um acidente quando conduzia uma moto na Estrada Governador Albano de Oliveira, a caminho no trabalho. O verificador teve um acidente rodoviário quando perdeu o controlo da moto. No local, as autoridades descobriram que não só o homem apresentava um nível de álcool no sangue “superior ao limite legal”, mas que também estava inibido de conduzir. O processo disciplinar chegou assim ao fim. Em relação a eventuais responsabilidades criminais, ainda não existem informações. Em Janeiro, de acordo com o portal do secretário Wong Sio Chak, o “verificador alfandegário foi presente aos órgãos judiciais por suspeita da prática do crime de ‘condução em estado de embriaguez ou sob influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas’ e do ‘crime de desobediência qualificada’”, foi frisado.
Hoje Macau PolíticaCECE | 348 residentes elegíveis para colégio eleitoral Um total de 348 residentes candidataram-se para a eleição dos membros do colégio eleitoral que escolhe o Chefe do Executivo, intitulada Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo (CECE). O processo de candidaturas terminou no dia 2 e, após apreciação da Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo (CAECE), as listas com os nomes finais dos candidatos elegíveis será afixada hoje no Edifício Administração Pública, na Rua do Campo, para consulta. Nos termos da Lei Eleitoral para o Chefe do Executivo, os 344 membros da CECE oriundos de sete sectores e subsectores são eleitos. No primeiro sector industrial, comercial e financeiro foram apresentadas 120 candidaturas; no segundo sector, 26 candidaturas do subsector cultural, 31 do subsector educacional, 43 do subsector profissional e 17 do subsector desportivo. Quanto ao terceiro sector, foram apresentadas 61 candidaturas no subsector do trabalho, e 50 no subsector dos serviços sociais. Além dos subsectores educacional e laboral em que o número de candidatos elegíveis excedeu mais dois candidatos para o seu número de membros, o número de candidatos elegíveis dos outros cincos sectores e subsectores é igual ao seu número de membros, aponta uma nota da CAECE. A lista definitiva, após o período de apresentação de recursos dos candidatos, será publicada dia 14 deste mês.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia | China pede à Tailândia para estar atenta à “expansão” da NATO O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, pediu ontem ao homólogo tailandês, Maris Sangiampongsa, “vigilância contra a expansão da NATO na região Ásia Pacífico”, numa altura em que Washington reforça os laços com países da região. Wang garantiu que Pequim quer trabalhar com a Tailândia para “proteger conjuntamente a paz e a segurança regionais”, sublinhando a “confiança mútua e o apoio recíproco” entre os dois países, “independentemente das mudanças na paisagem internacional”. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou igualmente o “vigoroso intercâmbio turístico” entre os dois países, com mais de três milhões de chineses a visitarem a Tailândia este ano e o número de turistas tailandeses na China a ultrapassar os níveis anteriores à pandemia. Wang reiterou a “elevada consideração” que a China tem pelas relações com a Tailândia, que considera um “parceiro fiável” e um “factor de paz e estabilidade na região”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado publicado no seu portal oficial. “A China apoia firmemente o caminho de desenvolvimento escolhido pela Tailândia, em conformidade com as suas condições nacionais, e apoia o seu desempenho mais significativo nos assuntos internacionais e regionais”, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros. Sangiampongsa afirmou que a Tailândia “valoriza profundamente as relações com a China”, que considera um “parceiro estratégico”. O Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês garantiu que o seu governo está empenhado em “reforçar a amizade e a cooperação entre os governos, as empresas e os povos dos dois países, assegurando o desenvolvimento sustentável e duradouro das relações bilaterais”. As duas partes concordaram em reforçar a cooperação em matéria de segurança e de aplicação da lei.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Pelo menos quatro mortos devido a chuvas torrenciais As alterações climáticas continuam a produzir fenómenos sem precedentes nas várias regiões do globo. No Coreia do Sul, a precipitação atingiu valores históricos em diversas zonas do país Pelo menos quatro pessoas morreram devido a chuvas torrenciais sem precedentes que atingiram o sul da Coreia do Sul e causaram constrangimentos nos transportes, disseram ontem as autoridades. Na província de Jeolla do Norte, a chuva alcançou números históricos, atingindo 131,7 milímetros numa hora na cidade de Gunsan, 178 quilómetros a sul de Seul, a maior precipitação alguma vez registada no país. A precipitação horária representa mais de 10 por cento da média anual da cidade, que é de 1.246 milímetros. “Foi um nível de gravidade visto uma vez em cada 200 anos”, afirmou um funcionário da administração meteorológica da Coreia (KMA), citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. Na cidade vizinha de Hamna, foram registados 125,5 milímetros por hora, enquanto noutras cidades da região, a precipitação acumulada variou entre 104,5 milímetros e 255 milímetros entre a meia-noite e a passada madrugada. Na província de Chungcheong do Sul, as chuvas torrenciais provocaram a inundação de um edifício residencial na cidade de Nonsan, cerca de 180 quilómetros a sul da capital, causando um morto. Na cidade de Seocheon, uma casa ruiu devido a um aluimento de terras, provocando a morte de um septuagenário. Outro homem, na casa dos 70 anos, morreu no condado de Okcheon, na província de Chungcheong do Norte, depois do carro em que seguia ter caído num riacho. A quarta vítima mortal foi um agricultor, com cerca de 60 anos, da cidade de Daegu, uma das cidades mais populosas do território, que se afogou depois de ter sido sugado por um sistema de drenagem. As equipas de salvamento continuam à procura de pelo menos uma pessoa nesta província. Ligações suspensas As chuvas torrenciais também causaram perturbações e interrupções no sistema de transporte no sul do país. Todos os serviços ferroviários na linha Janghang, que serve a província de Chungcheong do Sul, e na linha Gyeongbuk, na província de Gyeongsang do Norte, foram suspensos, assim como as ligações regulares que fazem a rota entre Seul e Daegu. A chuva provocou ainda o cancelamento de 21 voos no aeroporto internacional de Gimhae, na cidade portuária de Busan, e o atraso de 16.
Hoje Macau China / ÁsiaExportações de carros aumentam e compensam queda no mercado interno As vendas de automóveis na China caíram em Junho, mas o dinamismo das exportações compensou o declínio a nível interno, informou ontem uma associação do sector. As vendas na China caíram 7,4 por cento, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 1,8 milhão de carros, enquanto as exportações subiram 29 por cento, para 400.000 unidades, disse a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis num relatório mensal. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações aumentaram 31,5 por cento, enquanto as vendas internas subiram 1,6 por cento. O aumento das exportações surge numa altura em que a Europa e os Estados Unidos estão cada vez mais preocupados com o facto de os automóveis baratos fabricados na China poderem ultrapassar os fabricantes de automóveis ocidentais. Embora grande parte da preocupação se tenha centrado nos carros eléctricos chineses, o crescimento das exportações tem-se concentrado principalmente nos veículos a gasolina. Estes aumentaram 36 por cento no primeiro semestre do ano e representaram 78 por cento das exportações de veículos. As exportações chinesas de veículos eléctricos diminuíram 2,3 por cento, enquanto as de veículos híbridos aumentaram 180 por cento, partindo de uma base mais pequena. As exportações ajudaram a compensar as vendas mais fracas de veículos a gasolina na China, uma vez que os compradores chineses passaram a preferir os veículos eléctricos e híbridos. Linha da frente A Rússia é, de longe, o maior mercado de exportação e continua a crescer rapidamente, com os fabricantes chineses a preencheram o vazio deixado pela saída de outros fabricantes de automóveis após a invasão russa da Ucrânia. Outros mercados importantes incluem o Brasil e o México na América Latina, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita no Médio Oriente e a Bélgica e o Reino Unido na Europa. A Comissão Europeia impôs taxas provisórias sobre as importações de veículos eléctricos chineses na semana passada, alegando que os subsídios governamentais dão aos fabricantes de automóveis da China uma vantagem injusta. Os fabricantes chineses estão a transferir a sua produção para o estrangeiro. A BYD, o maior fabricante de veículos eléctricos do país, abriu uma fábrica na Tailândia na semana passada e planeia construir fábricas no Brasil, Hungria e Turquia. A queda das vendas na China foi a segunda queda mensal consecutiva. Números separados tabulados pela Associação de Automóveis de Passageiros da China mostram três meses consecutivos de queda nas vendas.
Hoje Macau China / ÁsiaXinjiang | China e EAU em exercícios militares conjuntos O Ministério da Defesa chinês anunciou ontem que o Exército de Libertação Popular está actualmente a realizar exercícios militares conjuntos com o seu homólogo dos Emirados Árabes Unidos, no noroeste da China. Os exercícios tiveram início no final de Junho e prolongar-se-ão até ao final deste mês, informou o ministério em comunicado. O local escolhido para os exercícios é a região de Xinjiang. Os exercícios, denominados “Hawk Shield 2024”, são os segundos exercícios conjuntos entre os dois países. De acordo com o ministério, os exercícios têm como objectivo “promover a compreensão e a confiança mútuas, reforçar os intercâmbios e aumentar a cooperação estratégica” entre as forças armadas de ambos os países. Os primeiros exercícios conjuntos também tiveram lugar em Xinjiang, em Agosto de 2023, envolvendo as forças aéreas de ambos os exércitos. Os Emirados Árabes Unidos são um dos países árabes do Golfo tradicionalmente aliados dos Estados Unidos, mas também mantêm relações estreitas com a China, um dos destinos mais importantes das suas exportações de petróleo. Pequim tem procurado afirmar-se como o maior parceiro comercial do mundo árabe e um dos seus principais aliados políticos.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim diz que permitiu retirada de doente de navio filipino As autoridades chinesas anunciaram que permitiram que um homem doente fosse retirado de um navio de guerra filipino encalhado deliberadamente desde 1999 em águas disputadas. A guarda-costeira afirmou que se tratou de uma acção humanitária, enquanto os filipinos criticam a demora na autorização do auxílio prestado A guarda costeira chinesa disse ontem que permitiu a retirada pelas Filipinas de uma pessoa doente do navio de guerra filipino encalhado desde 1999 num recife de coral disputado por Pequim e Manila no Mar do Sul da China. O porta-voz da guarda costeira, Gan Yu, disse em comunicado que a retirada foi “permitida” por razões “humanitárias”. A tripulação vai-se revezando. “A guarda costeira chinesa efectuou a vigilância e a verificação de toda a operação do lado filipino, em conformidade com a lei”, disse Gan. O porta-voz acrescentou que a China “tem soberania incontestada” sobre as ilhas Spratly (conhecidas na China como Nansha) e o Atol Segundo Tomé (conhecido na China como Ren’ai, e pelas Filipinas como Ayungin). “As Filipinas ignoram os factos e fazem especulações maliciosas, induzindo deliberadamente em erro a opinião internacional”, sublinhou Gan. Em 1999, Manila encalhou deliberadamente o navio de guerra Sierra Madre para reforçar a sua reivindicação territorial. As Filipinas e a China mantêm uma disputa de soberania crescente no Mar do Sul da China, onde os confrontos entre navios dos dois países se têm multiplicado nos últimos meses. Um dos incidentes mais tensos ocorreu a 17 de Junho, nas águas adjacentes ao Atol de Ren’ai, quando elementos da guarda costeira chinesa cercaram e abordaram um navio filipino com a missão de abastecer o pequeno destacamento militar que as Filipinas mantêm no navio Sierra Madre. Em Maio passado, a China dotou a sua guarda costeira de novas capacidades, incluindo a autoridade para deter navios estrangeiros suspeitos de entrarem ilegalmente nas suas águas territoriais. A guarda costeira chinesa viu também a sua capacidade de acção reforçada do ponto de vista material, graças à atribuição de mais navios e a maior apoio logístico. Para além deste atol, Manila e Pequim disputam a soberania do recife de Scarborough, perto da ilha filipina de Luzon, e de várias ilhas do arquipélago de Spratly, onde o Brunei, a Malásia, e o Vietname também têm reivindicações. O outro lado As tensões entre a China e as Filipinas aumentaram desde a chegada ao poder de Ferdinand Marcos Jr., em 2022, que reforçou a sua aliança militar com os Estados Unidos e alargou o acesso das tropas norte-americanas às suas bases, incluindo algumas com acesso estratégico ao Mar do Sul da China ou à ilha de Taiwan. A guarda costeira das Filipinas acusou, entretanto, a China de “atrasar durante horas” a retirada do doente. “O envio de vários navios (chineses) para atrasar a retirada médica durante horas só mostra que têm pouco respeito por uma missão humanitária”, denunciou o porta-voz da guarda costeira filipina, Jay Tarriela, na rede social X. O representante de Manila acompanhou a sua declaração com uma fotografia que mostra dois pequenos barcos insufláveis filipinos rodeados por quatro navios chineses de maiores dimensões. Tarriela classificou o comentário chinês de “ridículo”, afirmando que Pequim não tem autoridade sobre o atol, que se encontra dentro das 200 milhas náuticas (370 quilómetros) da zona exclusiva económica das Filipinas. “Esta declaração confirma ainda mais a colocação ilegal de navios na nossa zona de exclusividade económica e sublinha a opinião do seu governo de que a preservação da vida e do bem-estar humanos exige aprovação”, sublinhou o porta-voz filipino.
Hoje Macau EventosFilha de Alice Munro, prémio Nobel, denuncia abusos do padrasto A filha da escritora Alice Munro, Prémio Nobel da Literatura em 2013, denunciou que foi abusada sexualmente pelo padrasto na infância e que a mãe ficou com ele mesmo depois de saber dos crimes cometidos pelo marido. A revelação do segredo há muito guardado na própria família da autora foi feita por Andrea Robin Skinner, filha de Alice Munro, dois meses após a morte da mãe, num ensaio publicado no domingo no jornal canadiano Toronto Star e repercutido na imprensa internacional. Segundo Andrea Robin Skinner, o padrasto, o geógrafo Gerald Fremlin, começou a abusar sexualmente dela a partir de 1976, quando ela tinha nove anos e ele 52. Alice Munro soube dos abusos, que duraram até à adolescência da filha, quando Skinner lhe escreveu a contar, 16 anos mais tarde, mas a escritora decidiu ficar com o marido, mesmo assim, até à sua morte, em 2013. “Ela era inflexível e dizia que o que quer que tivesse acontecido, era entre mim e o meu padrasto. Não tinha nada a ver com ela”, escreveu Skinner, citada pelo The Washington Post. Gerald Fremlin escreveu cartas à família Munro, admitindo os abusos em pormenor e culpando Skinner, descrevendo-a como uma “destruidora de lares”. Quando voltou a falar com a mãe – escreveu Skinner – Alice Munro concentrou-se na sua própria dor e pareceu “incrédula” com o facto de a filha dizer que foi magoada pelos abusos. Segundo Andrea Skinner, a mãe contou-lhe sobre “outras crianças com quem Fremlin tinha ‘amizades’, enfatizando a sua própria sensação de ter sido traída”. Depois de ler um artigo de jornal de 2004 em que Munro falava com entusiasmo do seu casamento, Andrea Skinner decidiu que não podia continuar a manter o abuso em segredo e apresentou queixa na polícia. O padrasto foi acusado de atentado ao pudor e declarou-se culpado em 2005. Skinner esperava que este facto obrigasse o público a confrontar-se com a sua experiência, mas a fama da mãe “fez com que o silêncio continuasse”. Reacções em cadeia Após a publicação do texto de Skinner no Toronto Star, as reacções de colegas de Munro não se fizeram esperar e alguns assumem não ter sido apanhados de surpresa, como é o caso de um biógrafo da escritora canadiana, que disse estar entre aqueles que sabiam que a filha de Munro tinha sido abusada sexualmente pelo padrasto. “Eu sabia que este dia ia chegar”, afirmou Robert Thacker ao The Washington Post na segunda-feira, acrescentando mais tarde: “Sabia que ia ser revelado e sabia que ia ter conversas como esta”. Thacker disse ao jornal norte-americano que Skinner lhe escrevera em 2005 a relatar o caso, depois de ter contactado a polícia. Quando a biografia de Munro estava para ser publicada, o autor decidiu não usar a informação. “Claramente, ela esperava que eu a tornasse pública”, disse Robert Thacker ao The Post na segunda-feira. “Mas não estava preparado para o fazer. […] Não era esse tipo de livro. Eu não estava a escrever esse tipo de biografia. E vivi o tempo suficiente para saber que nas famílias acontecem coisas de que não querem falar e querem manter só entre si”. Thacker recordou ainda que falou com Munro sobre o assunto quando a entrevistou em 2008, e a escritora lhe pediu na altura para desligar o gravador. O biógrafo recusou-se a descrever esta conversa em pormenor ao jornal, mas confirmou que Munro lhe dissera ter ficado a saber dos abusos pela filha, quando esta tinha 25 anos, em 1992. “O termo que [Munro] usou foi ‘devastada’, que estava devastada. E estava devastada. E não foi nada que ela tivesse feito, foi algo que o marido fez”, acrescentou Thacker. Segundo o biógrafo da escritora, Munro abandonou Fremlin durante algum tempo, mas acabou por voltar. Para Robert Thacker, foi “amplamente entendido” que Alice Munro se baseou nestes acontecimentos da sua vida para a história “Vandals” (“Vândalos”), que escreveu em 1993.
Hoje Macau EventosRevista de Cultura | Aceites artigos para edição sobre centro histórico O Instituto Cultural (IC) está a aceitar submissões de artigos académicos para uma edição especial da Revista de Cultura sobre o centro histórico de Macau, nomeadamente sobre o 20.º aniversário da inscrição desta zona repleta de património na Lista do Património Mundial da UNESCO. A revista será lançada no próximo ano pretendendo o IC, com esta edição, “promover o património cultural de Macau e os estudos históricos relacionados” com esta temática. Assim, serão aceites artigos sobre o “património cultural tangível e intangível, património documental e análise teórica do termo património no contexto histórico, geopolítico e cultural de Macau”. Foi a 15 de Julho de 2005 que o centro histórico de Macau passou a estar inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, tornando-se no 31º sítio designado como Património Mundial na China. No centro histórico incluem-se alguns templos chineses e as Ruínas de São Paulo, por exemplo. Aceitam-se trabalhos académicos em chinês, português e inglês até 30 de Outubro deste ano. A Revista de Cultura está sujeita ao sistema de revisão por pares.
Hoje Macau EventosCCM | Concerto “Terras do Sul – Quatro Estações” fecha temporada em Julho Está agendado para o dia 28 deste mês o concerto que encerra a temporada de concertos da Orquestra Chinesa de Macau. Intitulado “Terras do Sul – Quatro Estações” conta com a presença do maestro Chang Yu-An, Lai Yi-Chun, solista de dizi, e ainda Tsai Yu-Tung, intérprete de sanxian, instrumento tradicional chinês “Terras do Sul – Quatro Estações” é o nome do próximo concerto de música clássica a decorrer no dia 28 de Julho, às 20h, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). Trata-se do espectáculo que encerra a temporada de concertos da Orquestra Chinesa de Macau (OCM), e que traz três convidados ao palco. Um deles é o maestro Chang Yu-An, vencedor do primeiro prémio do Concurso Internacional de Regência do Instituto de Música de Bucareste (BMI), seguindo-se Lai Yi-Chun, solista de dizi, flauta de estilo chinês, e Tsai Yu-Tung, intérprete de sanxian, outro instrumento tradicional chinês. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), que promove o concerto, trata-se de “um espectáculo fantástico em que se podem apreciar composições sobre o sul da China e a suite das quatro estações”. A OCM e os convidados irão interpretar composições musicais clássicas como “Concerto para Bangdi – Chá de Pau de Canela” do compositor malaio Kong Su Leong, bem como “Concerto para Sanxian – Aleppo”, do compositor singaporeano Wang Chenwei. Inspirações antigas No caso do “Concerto para Bangdi – Chá de Pau de Canela”, a composição musical inspira-se na antiga receita, com o mesmo nome, oriunda da medicina tradicional chinesa, interpretada por Lai Yi-Chun. Já o “Concerto para Sanxian – Aleppo” é dedicado à cidade da Síria, Aleppo, destruída pela guerra no país. Tsai Yu-Tung, o músico que toca sanxian, “irá registar a magnificência e a declínio desta cidade antiga, deixando ao público um espaço ilimitado para a imaginação”. Este concerto conta ainda com várias peças clássicas de música chinesa, nomeadamente, o conjunto “Primavera”, “Verão”, “Outono” e “Inverno”, composição criada por Lu Liang-hui, que retrata “a vida ao longo das quatro estações com melodias belas e comoventes”. Desenha-se, assim, “um final perfeito para a temporada de concertos” da OCM, descreve o IC. O mais recente espectáculo da temporada de concertos da OCM decorreu no dia 5 de Julho, na Igreja de S. Domingos. Sob a batuta do maestro Moses Gay, ouviu-se mais um espectáculo com a presença de vários instrumentos musicais chineses, nomeadamente o erhu, tocado por Huang Xiaoquing, e guzhen, tocado por Lee Mei Ian e Sarah Choi. Kuok Ka Ieng tocou yangin, um dulcimer martelado chinês com influências de outros instrumentos como o santur iraniano ou dulcimer europeu. Neste espectáculo tocaram-se composições como “Conto da Nuvem Arco-Íris”, com composição de Zhou Yuguo, e “Sonhos sobre a Eterna Tristeza”, de Chen Yun Yun.
Hoje Macau SociedadeEPM | Amélia António pede que “todos” garantam estabilidade A presidente da Casa de Portugal apelou a “todos” que garantam a estabilidade dos alunos que frequentam a Escola Portuguesa de Macau, devido ao “muito ruído” à volta da instituição. Foi desta forma que Amélia António reagiu à instabilidade criada por uma vaga de despedimentos de professores e funcionários. “Tem havido muito ruído. Penso que as coisas estão a ser tratadas serenamente, que é o que é preciso”, afirmou Amélia António, em declarações à Rádio Macau. “Acho que todos devemos contribuir para garantir a estabilidade, à escola, aos alunos”, acrescentou. A responsável pela associação de matriz portuguesa destacou também que é importante ter a garantia de que a escola pode funcionar normalmente, com as aulas a começarem nas datas previstas, para os alunos se poderem focar no ensino. A presidente da Casa de Portugal criticou também o aproveitamento que está a ser feito de toda a polémica. “É preciso não deixar que a imagem e o crédito da escola seja abalado por situações, por vezes, um bocadinho exploradas. Uma coisa são problemas reais, outra são o empolamento e o partido que se tenta tirar para outras guerras que não são as reais e que não são os problemas reais”, afirmou. “Cabe a cada um de nós, empurrar os assuntos para o sítio certo, para que sejam resolvidos com a serenidade que eles merecem”, destacou. A secção de Macau do Partido Social-Democrata, através do porta-voz, António Sousa de Bessa Almeida, tem associado as demissões na EPM ao que diz ser “um lóbi” ligado ao Partido Socialista e a Coimbra.
Hoje Macau SociedadePJ | Novos alertas sobre phishing e falsos empréstimos A Polícia Judiciária (PJ) voltou a alertar ontem a população quanto à ocorrência de novos casos de fraudes por phishing, bem como anúncios de falsos empréstimos com intenção de burla. Num dos comunicados, lê-se que as autoridades voltaram “a descobrir nas redes sociais publicações publicitárias falsas de empréstimo em nome da RAEM”, sendo que o símbolo do território “aparece no anúncio no qual se afirma falsamente que o Governo irá conceder ‘empréstimos sem juros'”. De seguida, os interessados são convidados a clicar num link “de acordo com a faixa etária correspondente”, sendo depois reencaminhados para “outra página contendo várias publicações publicitárias de empréstimos, incluindo de bancos das regiões vizinhas e outros sites de empréstimos de origem duvidosa, deixando dúvidas quanto à sua autenticidade”. Além disso, a PJ diz ter recebido “denúncias de cidadãos que alegam ter recebido SMS falsos de uma empresa de telecomunicações de Macau, informando-os que os pontos de recompensa estão em vias de expirar e pedindo-lhes para procederem ao seu resgate rapidamente”. “A esse aviso segue-se o pedido para clicar num site que é falso a fim de roubar dos dados pessoais e do cartão de crédito dessa vítima”, é descrito.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Cruzeiro começa a operar em Agosto A Cotai Water Jet irá operar, a partir do dia 10 de Agosto, o cruzeiro turístico “Macau Cruise Tour”, estando também previsto outro roteiro com fogo de artifício, em data ainda a anunciar. Segundo informações disponíveis no portal da empresa, a viagem começa no Terminal Marítimo da Taipa e terá a duração de 60 minutos, promovendo uma viagem panorâmica a alguns pontos “mais emblemáticos de Macau”, como é o caso da quarta ponte Macau-Taipa, chamada de “Ponte Macau”, o casino Sands Macau, na península, o Centro de Ciência de Macau, o Centro Ecuménico Kun Iam e a Torre de Macau, passando-se depois pelo monumento “Portas do Entendimento”. A viagem passa ainda pelas “pitorescas águas entre Macau e Hengqin”, mais perto da zona de Sai Van e Barra, onde termina a excursão. Na viagem de regresso, há ainda a oportunidade de ver a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. No caso das viagens de cruzeiro com fogo de artifício, terão a duração de 70 minutos. Os bilhetes variam entre as 180 e 250 patacas para crianças e 200 e 280 patacas para adultos. No caso dos lugares VIP, os valores ascendem às 2.240 patacas, com apenas oito lugares disponíveis.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Zelensky considera viagem de Modi à Rússia devastadora para a paz O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou ontem devastadora para a paz na Ucrânia a viagem do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, à Rússia, destinada a reforçar os laços com Moscovo. “É uma grande desilusão e um golpe devastador para os esforços de paz ver o líder da maior democracia do mundo abraçar o criminoso mais sanguinário do mundo em Moscovo”, denunciou Zelensky nas redes sociais, poucas horas depois de um ataque russo particularmente mortífero contra cidades ucranianas. Zelensky considerou que a cordialidade demonstrada pelo Primeiro-Ministro indiano, Narendra Modi, para com o Presidente russo, Vladimir Putin, é uma “enorme decepção”. Nos últimos meses, a Ucrânia tem tentado obter o apoio da Índia e de outros países importantes do chamado Sul Global para a sua causa. A Índia enviou uma representação à cimeira de paz liderada por Kiev, realizada sem a Rússia, na Suíça, em meados do mês passado, mas não assinou o comunicado final por não propor uma solução “aceitável para ambos os lados da guerra”. A Índia e outros países do hemisfério sul mantêm contactos com a Ucrânia, mas continuam a manter relações estreitas com a Rússia. Bons amigos Modi chegou segunda-feira a Moscovo e afirmou esperar reforçar a “parceria estratégica privilegiada” com a Rússia na sua primeira viagem ao país desde o início da guerra na Ucrânia, em Fevereiro de 2022. “Estou ansioso por rever todos os aspectos da cooperação bilateral com o meu amigo, o Presidente Vladimir Putin, e partilhar perspectivas sobre várias questões regionais e globais”, declarou o líder indiano, acrescentando que o objectivo é apoiar “uma região pacífica e estável”. Modi foi recebido no aeroporto por uma delegação russa liderada pelo primeiro vice-primeiro-ministro russo, Denis Manturov. A deslocação de Modi, que terminou ontem, é a primeira desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro pela terceira vez, após as eleições em que a força política que lidera, o Partido do Povo Indiano (BJP), venceu, mas sem maioria absoluta as legislativas. A última vez que Modi visitou a Rússia foi em 2019. Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Vinay Kwart, anunciou que Putin e Modi iriam abordar a situação dos cidadãos indianos recrutados para servir nas fileiras do Exército russo na guerra na Ucrânia. As autoridades indianas têm apelado para se rescindirem os contratos de vários dos seus cidadãos contratados pelo Exército russo para realizar “trabalho de apoio”, embora pelo menos quatro tenham morrido em combate.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia | Organizações unem-se para lutar contra a violência sexual Quase vinte organizações de carácter civil juntaram-se numa plataforma destinada a combater a violência sexual na região do sul asiático que afecta maioritariamente mulheres e raparigas. O combate passa por exigir aos governos de países como Bangladesh, Índia, Nepal, ou Sri Lanka, entre outros, que apliquem leis para impedir que muitos dos crimes praticados fiquem impunes Organizações civis do sul da Ásia anunciaram ontem a criação de uma plataforma conjunta para enfrentar a violência sexual na região, nomeadamente através do incentivo às reformas legais e da promoção da colaboração com os Governos locais. “Alguns códigos penais na região contêm artigos que discriminam mulheres e raparigas. A má aplicação das leis contribui ainda mais para que os abusos fiquem impunes”, afirmou a plataforma de 17 organizações, que foi nomeada como Movimento para o Acesso à Justiça do Sul da Ásia (SAMAJ, em inglês), num comunicado. Composta por organizações do Bangladesh, Índia, Nepal, Sri Lanka e Maldivas, a nova plataforma procura promover reformas legais nesses países, garantir o acesso a serviços de apoio, capacitar grupos marginalizados, promover mecanismos de responsabilização e encorajar um movimento inclusivo, segundo a nota. A SAMAJ indicou que esses objectivos devem ser realizados em colaboração com os Governos locais, aos quais já solicitou um aumento do financiamento para a assistência imediata e a longo prazo para as vítimas de violência sexual. Sem condenação Apesar de reportar vários avanços nos últimos anos, a plataforma sublinhou que as vítimas continuam a enfrentar obstáculos significativos na apresentação de queixas à polícia, além de longos atrasos nas investigações e julgamentos criminais ou dificuldades na obtenção de assistência jurídica. Isso resulta em baixas taxas de condenação por crimes de violência sexual em todo o sul da Ásia, referiu o comunicado. Cerca de 35 por cento das mulheres do sul da Ásia afirmam ter sido vítimas de abuso físico ou sexual ao longo da vida, segundo um relatório do Fórum Económico Mundial publicado em Agosto de 2023. Este número é superior à média global, que se situa nos 27 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaGuiné-Bissau | Presidente visita Pequim com a cooperação na agenda A vista de Umaro Sissoco Embaló deverá alargar a cooperação entre os dois países com a assinatura de acordos para a construção de mais infra-estruturas e o desenvolvimento de sectores como a agricultura e as pescas O Presidente da Guiné-Bissau começa hoje a visita à China, com a construção de infra-estruturas, a agricultura e as pescas a aproximarem Pequim e Bissau, num modelo de cooperação entre o país asiático e nações em desenvolvimento. Entre as infra-estruturas erguidas no país africano com apoio da China estão o edifício da Assembleia Nacional Popular‚ edifício-sede do Governo‚ o Palácio da Justiça‚ o Palácio Presidencial e várias unidades hospitalares. As estradas Buba, Catió e Quebo, Cacine, uma ponte sobre o Rio Farim ou um “grande centro de conferências” para a presidência da Guiné-Bissau da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciado esta semana pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, antes de embarcar para Pequim, onde inicia uma visita de Estado de três dias, são outras das obras financiadas pela China, também no âmbito da iniciativa chinesa Faixa e Rota. Os dois países assinaram, em 2021, um memorando de entendimento no âmbito da Faixa e Rota. Designado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, como o “projecto do século”, a iniciativa foi inicialmente apresentada no Cazaquistão como um novo corredor económico para a Eurásia, inspirado na antiga Rota da Seda. Na última década, no entanto, a Faixa e Rota adquiriu dimensão global, à medida que mais de 150 países em todo o mundo aderiram ao programa. A aproximação entre Pequim e os países envolvidos abarca um incremento das consultas políticas e cooperação no âmbito do ciberespaço, meios académicos, imprensa, regras de comércio ou acordos de circulação monetária, visando elevar o papel da moeda chinesa, o yuan, nas trocas comerciais. A Faixa e Rota envolveu também a fundação de instituições que rivalizam com agências estabelecidas como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional. Investimento sólido Num artigo publicado pela imprensa oficial chinesa, o embaixador guineense em Pequim, António Serifo Embaló, destacou a construção da única estrada na Guiné-Bissau que liga o aeroporto internacional Osvaldo Vieira à localidade de Safim, obra orçada em 13,6 milhões de euros. “O apoio chinês exemplifica o empenho na implementação da Iniciativa Faixa e Rota (…) e estabelece uma base sólida para o desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau, elevando a relação entre as duas nações”, apontou o diplomata. Serifo Embaló destacou como áreas prioritárias para futura colaboração e desenvolvimento os setores infra-estruturas, transportes, electricidade, minas, agricultura e cuidados de saúde. A nível empresarial, o sector das pescas tem sido um importante foco de actividade. Entre as empresas chinesas a operar no país está a Corporação Nacional de Pescas da China. O principal Porto de Pesca Artesanal, em Bissau, orçado em 26 milhões de dólares, foi também construído por um grupo estatal chinês, a título donativo. O comércio entre os dois países é feito num só sentido: Em 2023, a China exportou cerca de 60 milhões de dólares, sobretudo arroz polido, estações portáteis de comunicação e calçado, enquanto as importações chinesas fixaram-se em cerca de 2.000 dólares, sendo os principais produtos peças de máquinas, segundo dados das alfândegas chinesas. O programa de Umaro Sissoco Embaló na China inclui encontros com Xi Jinping e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e uma visita à estatal Aluminum Corporation of China, sediada em Pequim. Amanhã, o chefe de Estado guineense viaja para Xangai, “capital” económica do país asiático, onde se vai reunir com representantes do governo local, visitar o Instituto de Pesquisa do grupo tecnológico chinês Huawei e a cidade universitária de Songjiang.
Hoje Macau EventosMuseu de Macau | Fotografias Históricas para ver a partir de sábado É inaugurada este sábado a mostra “O Passado e o Presente – Exposição de Fotografias Históricas em Comemoração do 25.º Aniversário do Retorno de Macau à Pátria”, patente no Museu de Macau e que pode ser vista até 8 de Setembro. Segundo um comunicado do Instituto Cultural (IC), revelam-se, através da imagem, “as transformações que ocorreram em Macau devido ao rápido desenvolvimento urbano desde o retorno”. A exposição divide-se em cinco temas, nomeadamente “Arquitectura do Passado”, “Vicissitudes da Vida”, “Cenários do Passado”, “Celebrar o Regresso” e “Macau de Hoje”, apresentando cerca de 120 fotografias antigas e recentes e objectos relevantes, a fim de revelar as paisagens urbanas e características culturais de Macau. Através destas fotografias e objectos que testemunham o desenvolvimento próspero de Macau, esta exposição constitui uma homenagem ao 25.º aniversário do Retorno de Macau à China, descreve o IC. Além disso, o Museu de Macau irá também lançar uma exposição online, no formato realidade virtual, dedicada ao mesmo tema, podendo o público visitar a exposição através da página electrónica do Museu a qualquer hora e em qualquer lugar.
Hoje Macau EventosFRC | Pintura e caligrafia para ver em “2024 – Flores e Cores” A Fundação Rui Cunha acolhe até ao dia 20 de Julho a exposição “2024 – Flores e Cores”, uma mostra colectiva de pintura e caligrafia organizada em conjunto com duas associações locais ligadas à cultura chinesa. Um total de 38 alunos criou 45 obras diversificadas recorrendo a materiais como acrílico, óleo ou aguarela Foi ontem inaugurada na Fundação Rui Cunha (FRC) mais uma exposição de caligrafia e pintura que pode ser visitada de forma gratuita na galeria da sede da FRC, situada na Avenida da Praia Grande. Trata-se da mostra “2024 – Flores e Cores”, uma apresentação colectiva de trabalhos que se tem realizado todos os anos, com orientação dos artistas e professores locais Lee Chau Ping, Hong Ka Yan e Wong Ceoi Lam, e curadoria de Chan Lok Yee, presidente da Chinese Artists Exchange Association – Macau. [Associação de Intercâmbio de Artistas Chineses – Macau]. Esta associação co-organiza a mostra em conjunto com a Associação de Amizade de Artes, Pintura e Caligrafia de Macau, revelando-se, assim, ao público um total de 45 peças de caligrafia e pintura chinesas, mas também aguarelas e pinturas a óleo e acrílico criadas por 38 alunos, entre turmas adultas e juvenis. Num comunicado difundido pela FRC, é referido, por parte de Lee Chau Ping, que “esta maravilhosa plataforma de exibição permite que cada participante partilhe as suas produções criativas e os trabalhos elaborados com outras pessoas”. “Espero que os artistas seniores, de caligrafia e pintura, também possam comentar e oferecer opiniões valiosas para que alunos e professores alcancem a excelência na sua arte”, frisou o mesmo responsável, um dos mentores do evento. Lee Chau Ping adiantou também que se espera, desta mostra, “que os alunos possam comunicar ideias entre si, observar e aprender, cultivar a literacia cultural, exprimir sentimentos, enriquecer a sua vida espiritual e promover a cultura tradicional chinesa, para alcançar o objectivo de passar a tocha às gerações vindouras”. Vida artística Lee Chau Ping dá cursos de pintura e caligrafia por querer “transmitir a outras pessoas as técnicas, conhecimentos e habilidades da Escola de Pintura de Lingnan, que aprendi e conheço bem, retribuindo assim à sociedade”, referiu o artista. O estilo de pintura Lingnan surgiu na província de Guangdong em meados do século XIX, demarcando-se, à época, da pintura no formato mais tradicional que se fazia na China. Os grandes nomes fundadores da Escola de Pintura de Lingnan são Gao Jianfu, Gao Qifeng e Chen Shuren. Formou-se no Departamento de Design Tridimensional e trabalhou no Departamento Sénior de Design de Interiores do Instituto de Design e Indústria de Hong Kong. Mais tarde, graduou-se na Royal Canadian University, no Canadá, com um mestrado em Administração de Empresas, um doutoramento em Administração pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e um Doutoramento em Administração de Empresas pela Universidade Renmin da China. Lee Chau Ping trabalhou ainda como designer de interiores por mais de 40 anos, além de ser licenciado em Medicina Chinesa. Fundou a Associação de Amizade de Artes, Pintura e Caligrafia de Macau em 2000, da qual é presidente.
Hoje Macau SociedadeWynn Macau | Esperada ocupação elevada no Verão A vice-presidente da Wynn Macau, Linda Chen, acredita que os hotéis vão ter uma taxa de ocupação elevada durante o Verão, um período alto para o turismo. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, Linda Chen, mostrou-se optimista devido ao que indicou serem as várias “políticas favoráveis” do Governo Central, anunciadas recentemente. Entre estas políticas, consta o aumento do limites de isenção sobre os produtos comprados em Macau por parte dos turistas do Interior, assim como o aumento do número de cidades do Interior abrangidas pela emissão de vistos individuais para visitar a RAEM. Segundo Linda Chen, a taxa de ocupação é actualmente “muito boa” e espera-se que se mantenha nestes níveis até ao fim do Verão. Recentemente, os dados da Direcção de Serviços de Turismo (DST) apontaram para uma taxa de ocupação de 85 por cento. A dirigente da concessionária abordou também a situação da Rua da Felicidade comprometendo-se a investir no espaço e a decorar aquela zona com diferentes efeitos, de forma a assinalar as diferentes festividades ao longo do ano. A concessionária espera desta forma impulsionar o comércio com características de Macau e criar mais oportunidades para as Pequenas e Médias Empresas do território, principalmente aquelas com negócios na zona da Rua da Felicidade.
Hoje Macau Sociedade“Take-away” | Descoberto novo tipo de fraude A Polícia Judiciária (PJ) detectou a existência de um novo tipo de fraude associada às plataformas de pedido de comida online. Segundo uma nota de imprensa, “os burlões criaram páginas de serviço de encomendas de refeições publicitando ‘refeições leves de cozinha chinesa e ocidental’ ou ‘refeições leves de baixo teor de gordura'” nas demais plataformas, oferecendo descontos para encomendas feitas em grande quantidade. Assim, as vítimas são levadas a comprar grandes quantidades de comida, com serviços de entrega agendados para vários dias, mas nunca chegam a receber as refeições. Destaque para o facto de os valores das encomendas variarem entre algumas centenas e mais de mil patacas, sendo que depois não é possível estabelecer contacto com os falsos fornecedores. Segundo informações da PJ, várias vítimas disseram ter perdido um total superior a seis mil patacas. As autoridades denotam que anteriormente ocorreram fraudes do mesmo género em Macau, alertando os cidadãos para que “estejam sempre atentos a fraudes, a fim de evitar que criminosos utilizem as plataformas de compras online para roubar dinheiro”.