Hoje Macau China / ÁsiaExército pede aos EUA que descartem intervenção militar na Coreia do Norte [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] general Fan Changlong, o “número dois” da hierarquia militar chinesa, apelou ontem, em Pequim, num encontro com o chefe de Estado Maior norte-americano, Joseph Dunford, para que Washington descarte uma intervenção militar na Coreia do Norte. “O diálogo é a única solução para a crise nuclear na península da Coreia e uma ação militar não deve ser considerada opção”, afirmou Fan, vice-presidente da Comissão Militar Central, segundo um comunicado do ministério chinês da Defesa. “Desejamos que a China e os EUA colaborem para promover a resolução desta crise e a paz e estabilidade na península”, disse Fan a Dunford, o mais alto quadro do exército norte-americano a visitar a China desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ascendeu ao poder. O general chinês disse ainda que alguns “erros dos EUA”, como o apoio militar a Taiwan ou a instalação do escudo antimísseis THAAD, na Coreia do Sul, “têm um impacto negativo nas relações”, entre as forças armadas chinesas e norte-americanas. Tensão alta A visita de Dunford ocorre uma semana depois de a troca de ameaças entre Washington e Pyongyang ter elevado as tensões na região. Nos últimos dias, a situação terá estabilizado, com ambos os lados a afastarem a hipótese de uma intervenção militar. A porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, disse ontem que a “situação começa a mostrar sinais de desanuviamento, apesar de continuar a ser complexa e sensível, pelo que os EUA e a Coreia do Norte têm que se esforçar”. “A prioridade é travar o programa nuclear da Coreia do Norte e deter o círculo vicioso de escalada de tensões”, afirmou Hua, que defendeu a proposta chinesa de oferecer a Pyongyang o fim das manobras militares conjuntas entre Coreia do Sul e EUA, em troca do fim dos testes nucleares e com mísseis balísticos, realizados pelo regime de Kim Jong-un
Hoje Macau InternacionalÁgata / Cristas | CDS reafirma apoio a lista com cantora [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] presidente do CDS-PP considerou ontem positivo o envolvimento de independentes, remetendo o apoio a uma candidatura integrada pela cantora Ágata a uma decisão da concelhia de Castanheira de Pêra, da qual diz não ter razão para duvidar. “Se o CDS local, e volto a dizer que é uma decisão da concelhia de Castanheira de Pêra, entende que é a melhor solução, pois, não temos razão para duvidar dessa escolha”, afirmou Assunção Cristas aos jornalistas no final de uma visita a uma instituição social de Marvila, na qualidade de candidata à Câmara de Lisboa. Questionada sobre o apoio do partido à lista para a Câmara Municipal de Castanheira de Pêra “Todos por Castanheira” (CDS-PP/MPT), que integra, em segundo lugar, a cantora Ágata, a líder centrista começou por acentuar que as “decisões de apoio local são precisamente locais, ou seja, é a concelhia do CDS local, no caso, de Castanheira, que decide quem é que apoia e como é que apoia”. Na sua página na rede social Facebook a cantora Ágata divulgou um comunicado em que confirma que foi convidada para fazer parte da lista “Todos por Castanheira” em segundo lugar. “Não posso ficar indiferente às carências e necessidades do um povo que sofreu uma tragédia que chocou o país inteiro, para além de cantora não deixo de ser um ser humano …. posso não perceber muito (ou nada) de política mas, sou uma mulher do povo e sei muito bem das necessidades de quem me rodeia”, afirmou a artista popular.
Hoje Macau InternacionalChefe de Estado Maior dos EUA condena “racismo e intolerância” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] chefe de Estado Maior norte-americano, Joseph Dunford, condenou ontem o “racismo e a intolerância”, em linha com outros altos oficiais do exército dos Estados Unidos da América, depois da violência em Charlottesville. “Posso dizer com firmeza e de forma inequívoca que não há lugar para o racismo e intolerância no Exército dos EUA e nos EUA como um todo”, disse o general Joe Dunford. Vários funcionários militares dos EUA condenaram prontamente os confrontos que fizeram, no sábado, um morto no Estado de Virgínia, onde alguns manifestantes de extrema direita envergavam uniformes ou usavam insígnias do exército. “A marinha dos EUA sempre se opôs ao ódio e à intolerância”, disse no sábado o almirante John Richardson, chefe da Marinha dos EUA. Os líderes da Força Aérea e do Pentágono também condenaram fortemente a violência. Uma postura enaltecida por Dunford, que se encontra numa visita oficial à China: “os nossos líderes deixaram claro que este tipo de racismo e intolerância não têm lugar nas fileiras das nossas Forças Armadas”. “Eles lembraram ao povo americano os valores pelos quais lutamos no exército dos EUA, e que reflectem o que eu acredito serem os valores norte-americanos”, acrescentou. Um neonazi foi detido por ter atropelado mortalmente, no passado sábado, uma mulher, ao investir com o seu veículo contra um grupo de manifestantes antifascistas que protestava contra a marcha de supremacistas na cidade universitária de Charlottesville. Fala Donald A condenação de altos responsáveis norte-americanos contrasta com a posição assumida pelo Presidente Donald Trump, que culpou ambos os lados pela violência. Donald Trump condenou a violência, mas de forma geral e sem se referir aos supremacistas brancos que tinham convocado a manifestação. Depois de criticas generalizadas, Donald Trump acabaria por condenar a violência racista, incluindo “os supremacistas brancos, o KKK, os neonazis e todos os grupos extremistas”. Porém, na terça-feira, voltou a defender a sua controversa posição inicial e disse que na violência de sábado houve erros de ambas as partes.
Hoje Macau PolíticaCAEAL afasta 32 eleitores do sufrágio indirecto [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) anunciou ontem que 32 pessoas vão ficar impossibilitadas de exercer o direito de voto no sufrágio indirecto, nas eleições do próximo dia 17 de Setembro. Os indivíduos em causa assinaram várias declarações de aceitação do exercício do direito de voto no sufrágio indirecto em representação de pessoa colectiva, o que faz com que, de acordo com a lei eleitoral, os documentos sejam considerados nulos. A CAEAL explica que as pessoas colectivas que seriam representadas por estes eleitores não podem substituir os votantes. Na reunião semanal da CAEAL, foi ainda apreciado um pedido da lista “Nova Ideais de Macau” sobre a desistência da candidata número cinco. A comissão confirmou o pedido e a candidata em causa vai sair da lista. Feitas a contas após este abandono, as legislativas contam, no sufrágio directo, com um total de 191 candidatos. Em declarações aos jornalistas, o presidente da CAEAL, Tong Hio Fong, contou que, desde o passado dia 3, já foram recebidas 36 denúncias relativas a propaganda antecipada. Durante a reunião, as queixas foram analisadas e há “quatro ou cinco casos” que podem ser efectivamente de propaganda ilegal, explicou, por envolverem a difusão de conteúdos pela Internet, pelo telefone ou na rua. Estes casos vão seguir agora para a Polícia de Segurança Pública, para serem investigados. Ainda ontem, a CAEAL realizou o sorteio para a distribuição do tempo de antena a reservar pelas estações de televisão e de rádio, e distribuição dos locais destinados à campanha eleitoral, bem como a ordem de utilização dos mesmos.
Hoje Macau SociedadeContas | Preço da habitação cai ligeiramente em Julho [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] preço médio do metro quadrado das casas em Macau atingiu 97.502 patacas no mês passado, um valor ligeiramente inferior ao apurado em igual período do ano passado, indicam dados oficiais. Segundo estatísticas publicadas no site da Direcção dos Serviços de Finanças, em termos anuais homólogos, verificou-se uma diminuição ligeira do preço médio por metro quadrado (menos 179 patacas) e uma subida de 739 para 764 do número de fracções transaccionadas. Das três áreas de Macau, a ilha de Coloane era a mais cara, com o preço médio do metro quadrado a fixar-se em 131.808 patacas, seguindo-se a da Taipa, 99.026 patacas, de acordo com os mesmos dados respeitantes às transacções de imóveis destinados a habitação que foram declaradas para liquidação do imposto de selo. Com o preço médio do metro quadrado mais baixo, 95.302 patacas, a península foi onde se registou o maior número de fracções transaccionadas em Julho (632 contra 448 em Julho de 2016), seguindo-se a ilha da Taipa (118 contra 278) e Coloane (com 14 contra 13). Em Maio, o preço médio do metro quadrado de fracções autónomas destinadas a habitação no território galgou a barreira das 100 mil patacas, pela primeira vez desde o início do ano. A última vez que tal tinha sucedido foi em Dezembro de 2016, mês em que atingiu 103.805 patacas.
Hoje Macau SociedadeAcidentes | DSAL vai rever regras na construção civil no próximo ano No próximo ano, deverá ser apresentada uma proposta de revisão dos regulamentos de segurança nas obras de construção civil. A ideia é dar resposta aos muitos acidentes que têm acontecido [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] notícia foi avançada pela Rádio Macau, que cita o canal chinês da emissora: a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) pretende apresentar, no próximo ano, uma proposta de revisão dos regulamentos de segurança nas obras de construção civil. Trata-se da resposta da Administração aos acidentes frequentes que se têm verificado, muitos deles fatais. O Governo tem como objectivo reforçar as regras de segurança que vão ser exigidas aos empreiteiros. A proposta de revisão do Regulamento de Higiene no Trabalho da Construção Civil deve ser conhecida no próximo ano, referiu a subdirectora dos Assuntos Laborais, Ng Wai Han. Uma das alterações prende-se com os deveres dos empreiteiros: hoje em dia, os responsáveis por obras com 100 ou mais trabalhadores por dia devem ter ao seu serviço um encarregado de segurança com reconhecida competência. O Governo quer que estes encarregados sejam presença obrigatória em obras com 20 ou mais trabalhadores. Deverá ser feito ainda um reforço da formação dos encarregados de segurança e criado um sistema de registo do qual podem ser excluídos, caso falhem nas avaliações periódicas a que serão submetidos. No programa de antena aberta da emissora em língua chinesa, foram ouvidos também responsáveis pela Associação de Saúde e Segurança Profissional de Macau, que explicaram que há trabalhadores não residentes que não dominam o idioma local, pelo que é difícil explicar a importância de segurança e saúde ocupacional a esses operários. Este ano morreram já nove operários em obras de construção civil, muitos deles trabalhadores não residentes. Os dois acidentes fatais mais recentes registaram-se no estaleiro do Grand Lisboa Palace e do Hotel Morpheus, no City of Dreams. As duas obras já foram retomadas. No entanto, explica a Rádio Macau, a DSAL diz que ainda não foi apurado se houve ou não violação das regras de segurança nestes dois casos.
Hoje Macau China / ÁsiaSoldados chineses e indianos atiram pedras uns contra os outros [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]oldados indianos e chineses atiraram pedras uns contra os outros na área da Caxemira controlada pela Índia, revelaram ontem funcionários indianos, numa altura de renovada tensão entre os dois países em torno de um território no sul do Tibete. Os soldados chineses atiraram pedras quando tentavam entrar na região de Ladakh, perto do lago Pangong, nos Himalaias, mas foram confrontados por soldados indianos, revelou um responsável da polícia indiana. A mesma fonte, citada pela agência Associated Press, diz que os soldados indianos retaliaram, mas nenhum dos dois lados recorreu a armas de fogo. Até ao momento, a China não comentou o incidente. Um funcionário dos serviços secretos indianos disse que os confrontos ocorreram depois de soldados indianos interceptarem uma patrulha chinesa que virou para território indiano, após se ter alegadamente perdido, devido ao mau tempo. Os soldados começaram a berrar uns com os outros e acabaram por atirar pedras. Elementos dos dois lados sofreram ferimentos ligeiros. Após trinta minutos de confrontos, os soldados recuaram, disse a mesma fonte, que falou sob condição de anonimato. Estrada da polémica O incidente ocorre numa altura em que os exércitos dos dois países se encontram frente a frente no planalto de Doklam (Donglang, em chinês), uma área também reclamada pelo Butão, que mantém com a Índia uma cooperação próxima a nível de segurança, e onde a China está a construir uma estrada. Nova Deli enviou tropas para o outro lado da fronteira depois de equipas de construção chinesas terem iniciado a expansão para sul da estrada de Yadong, no Tibete. Pequim exige que os soldados indianos se retirem unilateralmente, como condição para o diálogo, enquanto Nova Deli quer que ambos os lados se retirem. China e Índia, ambas potências nucleares, partilham uma fronteira com 3.500 quilómetros de extensão, a maioria contestada. Pequim é um importante aliado e fornecedor de armas do Paquistão, país rival da Índia. Em 1962, um conflito motivado por disputas fronteiriças causou milhares de mortos. Caxemira, nos Himalaias, é dividida entre a Índia, Paquistão e China.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Antigo legislador chinês condenado a prisão perpétua [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m magnata chinês e antigo legislador na Assembleia Nacional Popular da China foi condenado a prisão perpétua, por aceitar subornos e gerir uma rede de prostituição no sul do país, noticiou ontem a imprensa oficial. Liang Yaohu foi julgado por um tribunal de Dongguan, cidade chinesa conhecida como a “capital do sexo”, e onde uma reportagem sobre redes de prostituição difundida pela televisão estatal CCTV, em 2014, resultou numa operação policial de larga escala. O advogado de Liang, Wang Silu, disse que “todas as propriedades obtidas ilegalmente por Liang foram confiscadas e que ele foi privado dos seus direitos políticos para a vida”, de acordo com o jornal oficial China Daily,. Quarenta e quatro antigos funcionários de um hotel detido por Liang foram também condenados a penas de prisão de pelo menos 16 meses, por organizarem ou apoiarem atos de prostituição e destruírem provas, acrescentou o jornal. Liang, de 50 anos, e antigo membro do órgão máximo legislativo da China, era o dono do hotel de cinco estrelas Crown Prince, em Dongguan. O empresário foi investigado pela criação de 99 saunas privadas e organizar uma rede de prostituição no hotel, segundo o China Daily. “A investigação descobriu que Liang tem vindo a gerir redes de prostituição desde 2004”, lê-se no veredicto, citado pela imprensa chinesa. “Só em 2013, as instalações de sauna do hotel de Liang, construído em 1995, registaram lucros num valor superior a 48,9 milhões de yuan “, referiu. O hotel foi encerrado, na sequência de uma operação policial, lançada após a CCTV difundir, em Fevereiro de 2014, uma reportagem sobre o vasto comércio de sexo em Dongguan. Varridela geral Mais de mil suspeitos, entre prostitutas, clientes e líderes de redes de prostituição, foram detidos. Algumas das mulheres eram menores de idade. Vários oficiais da polícia foram também destituídos dos postos e colocados sob investigação, por pactuarem com as redes de prostituição e avisarem os grupos criminosos nas vésperas de rusgas policiais. Liang foi detido em Abril de 2014. Em tribunal, rejeitou todas as acusações. O advogado recusou dizer se vai ou não recorrer da decisão. O empresário é uma das pessoas mais ricas de Dongguan e um figura conhecida na cidade, um dos maiores centros industriais da China. Segundo a imprensa chinesa, Liang detém propriedades no valor conjunto de dois mil milhões de yuan (. Foi membro da Assembleia Nacional Popular de 2008 até ser detido.
Hoje Macau China / ÁsiaProtesto em Hong Kong pela libertação de ‘blogger’ Wu Gan [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Partido Cívico de Hong Kong organizou ontem um protesto no exterior do Gabinete de Ligação do Governo Central da China para pedir a libertação imediata do activista dos direitos humanos chinês Gary Wu, informou a imprensa local. Gary Wu compareceu em tribunal na segunda-feira em Tianjin (nordeste), acusado de subversão. Trata-se de uma acusação muito grave na China e cuja pena máxima é prisão perpétua. O tribunal disse que iria lançar o veredicto mais tarde, mas não avançou uma data. O activista, conhecido na Internet pelo nome “Super Carniceiro Vulgar”, foi um dos primeiros advogados apanhados na campanha de repressão pelas autoridades iniciada em 2015. Cerca de 300 pessoas foram presas no âmbito dessa campanha, lançada a nível nacional. Entre 9 e 10 de Julho de 2015, as autoridades chinesas prenderam 319 advogados, outros trabalhadores e activistas de várias zonas do país. O deputado pelo Partido Cívico Kwok Ka-ki criticou Pequim, afirmando que, se a China quer estar entre os primeiros países a nível mundial, deve, tal como os outros países, garantir os direitos humanos a todos os cidadãos. “Isto é um direito básico que está inscrito até na Constituição chinesa. Mas o governo chinês nunca segue a sua própria constituição”, disse, citado pela Rádio e Televisão Pública de Hong Kong. Gary Wu foi detido em Maio de 2015, quando protestou em Nachang (sudeste) contra a detenção e tortura de quatro pessoas que as autoridades queriam que admitissem um crime. Em Agosto de 2016 foi novamente detido e acusou as autoridades de o terem torturado. Wu tornou-se conhecido em 2009, quando denunciou o caso de uma jovem, Deng Yujiao, que matou um político local que tentou abusar sexualmente dela. O caso tornou-se muito mediático e gerou uma onda de simpatia para com a jovem, inspirando parte do filme “Um Toque de Violência”, do realizador chinês Jia Zhangke, cujo argumento foi premiado no Festival de Cannes de 2013. Uma dezena de amigos do ‘blogger’ tentaram aproximar-se do edifício do tribunal n.º 2 de Tianjin, para lhe manifestar apoio, mas foram dispersados pela polícia, segundo o diário de Hong Kong South China Morning Post.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Polícia mata 32 suspeitos de tráfico na mais sangrenta operação de sempre [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Polícia da província filipina de Bulacan anunciou ontem ter matado 32 presumíveis traficantes de droga em 24 horas, na operação mais sangrenta da “guerra antidroga” iniciada há um ano pelo Presidente, que já felicitou as autoridades. “Foi algo magnífico”, disse o Presidente filipino, Rodrigo Duterte, numa referência à operação na província de Bulacan, a norte de Manila, que permitiu também deter 107 pessoas por delitos alegadamente relacionados com as drogas. “Se pudéssemos matar 32 outras pessoas por dia, poderia reduzir-se o flagelo que afecta o país”, acrescentou. Os agentes mataram os 32 suspeitos e detiveram outros 107 numa operação antidroga executada entre segunda e terça-feira nesta província de 3,3 milhões de habitantes a norte de Manila, informou a polícia regional de Bulacan em comunicado. Na operação, as autoridades apreenderam 367 sacos de uma droga química chamada shabu (cloridrato de metanfetamina), com um valor estimado em 1,17 milhões de pesos (19.800 euros). Nas casas dos suspeitos foram ainda encontrados 765 gramas de marjuana, duas granadas, 34 armas de fogo de diversos calibres e 114 balas. O elevado número de mortos num tão curto intervalo de tempo não tem precedentes, mesmo tendo em conta que a “guerra contra as drogas” de Duterte já provocou 3.451 mortes em operações policiais deste género em todo o país, segundo dados oficiais. “No passado realizámos operações de larga escala, mas este foi o maior número de pessoas mortas numa só operação”, confirmou em conferência de imprensa Romeo Caramat, diretor da Polícia Nacional. Mata, mata A Polícia de Bulacan justificou a operação argumentando que os suspeitos assassinados eram “notórios delinquentes dos que preferem lutar até à morte do que ser apanhados vivos”, pelo que os agentes “não tiveram outro remédio” senão disparar a matar. Classificou ainda a operação como um êxito para as autoridades na sua “luta implacável contra as drogas e armas ilegais”. Calcula-se que mais de 7.000 pessoas tenham morrido desde que começou a controversa campanha de Duterte, já que, aos abatidos pela polícia somam-se as vítimas de patrulhas de moradores e outros homicídios facilitados pelo clima de impunidade. A “guerra contra as drogas” de Duterte tem sido criticada por organizações internacionais, que acusam o Presidente filipino de violar direitos humanos. Duterte garante que continuará a campanha até erradicar o narcotráfico e o crime do país de 100 milhões de habitantes.
Hoje Macau VozesCamilo Pessanha (1867-1926) António Apolinário Lourenço “O mais, que é tudo, é Camilo Pessanha” (Fernando Pessoa) [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]ompletam-se no dia 7 de Setembro cento e cinquenta anos sobre o nascimento, em Coimbra, de um dos mais peculiares e geniais escritores portugueses, Camilo Pessanha. Estudante de Direito, sem particular brilho, concluiu o curso em 1891. Apesar de os seus anos de vida universitária terem coincidido com a difusão, na cidade do Mondego, da corrente estética simbolista, defendida nas publicações rivais Os Insubmissos e Bohemia Nova, a participação do poeta nos círculos literários da cidade foi relativamente marginal. A sua formação artística e a sua iniciação na poesia decorreriam de forma muito mais pessoal e recatada, o que não impediu que tenha construído uma obra que o coloca num lugar cimeiro entre os poetas simbolistas portugueses e faz dele um dos principais mestres da moderna poesia lusitana. Grande parte da sua vida decorreu em Macau, território colonial para onde partiu em 1894, destinado à docência liceal, mas onde também exerceu outras actividades profissionais, como as de Conservador do Registo Predial, juiz e advogado. Aí viria a falecer em 1926, tendo passado, no entanto, largas temporadas em Portugal, beneficiando dos períodos normais de férias a que tinha direito como funcionário colonial, acrescidos de licenças extraordinárias para tratamento médico. Foi assim que pôde, ininterruptamente, permanecer na então metrópole entre 1905 e 1909. Mas foi sobretudo na sua última visita a Portugal (1915-1916) que Camilo Pessanha teve consciência de ser objecto de admiração e de culto por parte das novas gerações literárias lusas. A sua permanência em Macau, onde não seria nunca uma figura consensual, sobretudo no que respeita à sua prática como juiz, levou-o a uma aproximação da cultura e da arte chinesas, que se concretizaria na produção de textos ensaísticos, traduções e na colecção de arte que legou ao Estado Português e faz actualmente parte do espólio do Museu Machado de Castro. Pouco interessado nas glórias mundanas e com uma vida familiar sempre instável, encontrou na poesia a forma de exprimir conotativamente, através de uma imagética carregada de símbolos de carácter negativo, as suas emoções e sentimentos profundos, sem ser forçado a comprometer a sua intimidade. Antes mesmo de ter publicado qualquer livro, já o seu nome era apontado como um dos grandes criadores literários portugueses, sendo objecto de intensa veneração, na segunda década do século XX, pelos poetas da geração do Orpheu. É sobejamente conhecida a carta de 1914 em que Mário de Sá-Carneiro pede a Fernando Pessoa que lhe remeta uma cópia de alguns poemas de Camilo Pessanha, que aquele conseguira através de Carlos Amaro; e não é menos famosa a resposta enviada pelo autor de A Confissão de Lúcio, em Abril do mesmo ano, ao inquérito promovido pelo diário República, “O mais belo livro dos últimos trinta anos”, em que o mesmo poeta órfico declara que a melhor obra literária dos últimos trinta anos era um livro não publicado, aquele “que reunisse os poemas inéditos de Camilo Pessanha, o grande ritmista”. A descrição que Sá-Carneiro faz da estética de Pessanha aproxima-se extraordinariamente do projeto paúlico da geração do Orpheu: “Rodopiantes de Novo, astrais de Subtileza, os seus poemas engastam mágicas pedrarias que transmudam cores e músicas, estilizando-se em ritmo de sortilégio — cadências misteriosas, leoninas de miragem, oscilantes de vago, incertas de Íris. Pompa heráldica, sombra de cristal zebradamente roçagando cetim…”. Efectivamente, nenhum outro poeta português da geração simbolista, conseguiria explorar tão profundamente como Pessanha a capacidade auto-referencial e demiúrgica do discurso poético. Fernando Pessoa reconheceria, em carta a João Gaspar Simões, datada de 11 de Dezembro de 1931, ter sido influenciado por Camilo Pessanha, uma influência que parece evidente nalguns conjuntos poéticos do ortónimo, como é o caso de Além-Deus e Passos da Cruz, não menosprezando a existência, como o próprio Pessoa sublinhou, de leituras e influências comuns. É sabido que o autor da Ode Marítima pretendia publicar poemas de Pessanha no Orpheu 3, que seriam colocados em lugar de honra. Tendo-se gorado essa possibilidade, por motivos que são sobejamente conhecidos, acabaria por ser Luís de Montalvor, um dos directores do Orpheu 1, a conseguir a cedência de 16 poemas de do autor de “Ao longe os barcos de flores” para inserir no número único da revista decadentista Centauro, de 1916. Depois de concretizada a publicação, em 1920, da primeira edição da Clepsidra nas Edições Lusitânia, de que era proprietária Ana de Castro Osório, a paixão não correspondida do poeta, António Ferro apressar-se-ia a declarar que a sua geração passara a ter um missal e um relógio: o livro de Camilo Pessanha. Este reconhecimento é corroborado pelo autor de Mensagem, que, num apontamento datado de Novembro de 1934 (cerca de um ano antes da sua própria morte, portanto), registava que apenas três poetas portugueses dos séculos dezanove e vinte mereciam o nome de mestres: Antero de Quental, Cesário Verde e Camilo Pessanha: O primeiro ensinou a pensar em ritmo; descobriu-nos a verdade de que o ser imbecil não é indispensável a um poeta. O segundo ensinou a observar em verso; descobriu-nos a verdade de que o ser cego, ainda que Homero em lenda o fosse e Milton em verdade se tornasse, não é qualidade necessária a quem faz poemas. O terceiro ensinou a sentir veladamente; descobriu-nos a verdade de que para ser poeta não é mister trazer o coração nas mãos, senão que basta trazer nelas a sombra dele. *in Homenagem ao Poeta Camilo Pessanha, Editorial Moura Pinto, 2017
Hoje Macau SociedadeAmbiente | Prémios às escolas com iniciativas ecológicas [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ecorreu em Macau, pelo segundo ano consecutivo, a iniciativa “Plano de Atribuição de Louvores às Eco-Escolas”. A acção, a cargo da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), tem como objectivo “incentivar a promoção da educação ambiental dentro e fora da sala de aula, para que os estudantes aprendam a sua importância”, lê-se no comunicado enviado à comunicação social. Este ano, participaram 25 escolas onde foi feita a divulgação de informação amiga do ambiente. Das palestras levadas aos estabelecimentos de ensino, os assuntos abordados passaram pela redução de resíduos a partir da fonte, separação de resíduos por três cores, recolha de pilhas e baterias usadas, valorização de alimentos e resíduos alimentares. Com os conhecimentos postos em prática, e após uma avaliação dos serviços, 14 escolas foram classificadas com o “Prémio de Honra” e nove com o “Prémio de Excelentes Desempenhos”. Dentro da mesma iniciativa foi lançado o concurso “Projecto Pedagógico de Educação Ambiental” para incentivar o sector educativo a criar materiais didácticos nesta matéria. A cerimónia de entrega de prémios às eco-escolas e o sorteio de prémios da actividade “Reduzir o uso de sacos de plástico” terão lugar no Centro de Ciência de Macau, a 20 de Setembro.
Hoje Macau Manchete SociedadeHo Chio Meng | Processo conexo com seis condenações e três absolvições Está concluído o julgamento em primeira instância dos arguidos do processo conexo ao do antigo procurador. O colectivo do Tribunal Judicial de Base condenou seis pessoas e absolveu três, entre elas António Lai, que foi chefe de gabinete de Ho Chio Meng. A mulher do ex-líder do Ministério Público foi para casa com pena suspensa [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]eis dos nove arguidos no processo conexo ao do antigo procurador da RAEM foram ontem condenados por crimes como participação em organização criminosa, participação económica em negócio, branqueamento de capitais, burla e riqueza injustificada. Outros três foram absolvidos. O Tribunal Judicial de Base (TJB) deu como provado que alguns dos arguidos cometeram mais de mil crimes envolvendo a adjudicação de contratos de aquisição de bens e serviços do Ministério Público a empresas de fachada, e que alguns dos crimes foram cometidos de forma continuada, em associação criminosa com o antigo procurador Ho Chio Meng, já condenado no mês passado a 21 anos de prisão. Quatro dos arguidos foram condenados a mais de dez anos de prisão efectiva em cúmulo jurídico pela prática, em co-autoria e na forma consumada, dos crimes de participação em organização criminosa, participação económica em negócio, branqueamento de capitais agravado e burla qualificada de valor consideravelmente elevado. Foram eles os empresários Wong Kuok Wai (14 anos) e Mak Im Tai (12 anos), o cunhado de Ho Chio Meng Lei Kuan Pun (12 anos) e o irmão mais velho do antigo procurador Ho Chio Shun (13 anos). Embora considerados culpados de 49 crimes de branqueamento de capitais agravado, Wong Kuok, Mak Im Tai, Lei Kuan Pun e Ho Chio Shun foram absolvidos de outros sete crimes da mesma tipologia. Um total de 31 crimes de participação económica em negócio pelos quais estavam acusados Ho Chio Shun e Lei Kuan Pun prescreveu. O presidente do colectivo de juízes, Lam Peng Fai, disse que ficou provado que Ho Chio Sun, o irmão mais velho do antigo procurador, era responsável pela gestão geral da associação criminosa e que o cunhado Lei Kwan Pun era responsável pela contabilidade e elaboração de cotações para o Ministério Público. Durante mais de dez anos, as empresas em causa destinavam-se apenas a ganhar as adjudicações do gabinete do procurador, sem outras actividades conhecidas. O esquema de lucros assentava em preços a pagar pelos serviços acima dos valores de mercado, sendo as transacções feitas “pela equipa composta por cinco pessoas” através de “cheques ou de levantamentos em caixas ATM” para, no final, “depositarem os montantes nas contas de Ho Chio Shun ou de Ho Chio Meng”. “Os quatro arguidos, com Ho Chio Meng, tinham uma boa distribuição de tarefas (…) Conseguiram então transferir receitas ilegais através das contas bancárias”, disse o juiz. Mulher com pena suspensa Entre os nove arguidos foram absolvidos António Lai Kin Ian, o ex-chefe de gabinete do antigo procurador Ho Chio Meng, e o ex-assessor do Ministério Público Chan Ka Fai, tal como Alex Lam Hou In, antigo funcionário das empresas detidas por Wong e Mak. O tribunal entendeu que Ho Chio Meng se aproveitou dos princípios de confidencialidade, e que os funcionários do Ministério Público acreditaram no antigo procurador e nas suas decisões, elaborando propostas conforme as práticas instaladas, mas desconhecendo ilegalidades. O juiz afirmou ainda que, “como procurador, Ho Chio Meng não protegeu os bens do Ministério Público”. Wang Xiandi, a mulher que o tribunal disse ter sido provado ter “uma relação estreita” com o antigo procurador e que auferia rendimentos e regalias do Ministério Público sem nunca ter prestado serviço efectivo ao gabinete do procurador, foi condenada a seis anos de prisão pela prática, em co-autoria e na forma consumada, de quatro crimes de burla de valor considerado elevado e de um crime de burla de valor elevado. Já Chao Sio Fu, a mulher de Ho Chio Meng, foi condenada a dois anos de prisão com pena suspensa por três anos e seis meses por dois crimes de inexactidão dos elementos da declaração de rendimentos e por um crime de riqueza injustificada. Apenas dois dos arguidos marcaram presença na leitura da sentença – os empresários Wong Kuok Wai e Mak Im Tai, também eles os únicos em prisão preventiva. O tribunal disse que dois dos arguidos invocaram motivo de doença para não comparecer, incluindo a mulher de Ho Chio Meng, e que não foi possível contactar outro arguido. Quatro arguidos – Ho Chiu Shun, Lei Kuan Pun, Lam Hou Un e Wang Xiandi – estão em parte incerta. Os advogados de defesa também não estiveram presentes na leitura da sentença, tendo enviado representantes. Condenações Wong Kuok Wai, empresário – 14 anos de prisão Ho Chio Shun, irmão de Ho Chio Meng – 13 anos de prisão Mak Im Tai, empresário – 12 anos de prisão Lei Kuan Pun, cunhado de Ho Chio Meng – 12 anos de prisão Wang Xiandi, mulher próxima de Ho Chio Meng – 6 anos de prisão Chao Sio Fu, mulher de Ho Chio Meng – 2 dois anos de prisão (com pena suspensa por 3 anos e 6 meses) Absolvições António Lai Kin Ian, ex-chefe de gabinete de Ho Chio Meng Chan Ka Fai, ex-assessor do Ministério Público Alex Lam Hou In, antigo funcionário de Wong Kuok Wai e Mak Im Tai
Hoje Macau SociedadeCreches | Dez mil vagas para o próximo ano lectivo [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ez mil vagas em creches é o número apontado, para este ano, pelo Instituto de Acção Social (IAS) ao canal chinês da Rádio Macau. De acordo com a mesma fonte, a chefe da Divisão de Serviços para Crianças e Jovens, Lao Kit Im, divulgou que, em 2016, a taxa de presença das crianças nas creches foi de 70 por cento, sendo que o IAS está atento ao que se passa com os 30 por cento dos lugares que parecem ficar vazios e que representam um total de 2400 vagas. A ideia, afirma a responsável, é que se possa vir a coordenar melhor os serviços para que exista um melhor aproveitamento dos lugares disponíveis. Lao Kit Im refere ainda que não afasta a possibilidade de ajustar a proporção de vagas entre o serviço referente ao dia inteiro e o regime de meio-dia. O objectivo é aumentar o número de vagas para a faixa etária dos dois anos, visto as previsões apontarem para um aumento da procura de 6800 para sete mil. De acordo com a coordenadora para os assuntos administrativos da creche da Associação Geral das Mulheres de Macau (AGMM), Wong Kuan Kit, também em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, as creches que pertencem à associação tiveram, no primeiro semestre do ano, uma taxa de ocupação de 75 por cento. A coordenadora considera que as razões da ausência das crianças estão relacionadas com os feriados e doenças. Para a coordenadora, há pais preocupados com a gripe e que acabam por não deixar as crianças ir à escola. Wong Kuan Kit disse ainda que a maior necessidade apontada pelos pais tem que ver com a existência de mais vagas para o regime de dia inteiro. A responsável acrescentou ainda que a maioria das vagas para as creches da AGMM estão cheias e que o serviço de meio-dia apresentou muito poucas inscrições, facto que, considera, influencia na taxa geral de presenças.
Hoje Macau SociedadeIao Hon | Zona mais habitada de Macau sem solução à vista [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] zona com maior densidade populacional do território e que reúne alguns dos edifícios mais deteriorados vive dias complicados. Lam U Tou defende mais casas para o Iao Hon, caso sejam acompanhadas de mais equipamentos comunitários. Já Chan Tak Seng considera que, sem um planeamento geral, não vale a pena avançar para reconstruções arbitrárias O director da Associação da Sinergia de Macau, Lam U Tou, pede equilíbrio entre densidade populacional e as instalações comunitárias. A ideia foi deixada ao Jornal do Cidadão, num texto em defende medidas para as zonas de maior densidade populacional do território. Em causa está o Iao Hon, que lidera o número de habitantes por metro quadrado no território. Apesar de o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, apontar as dificuldades do Iao Hon associadas à quantidade de gente que ali vive, Lam U Tou entende que o Governo não pode deixar de ter iniciativas e de “reforçar os seus trabalhos para desacelerar o envelhecimento dos prédios, em prol da qualidade de vida dos residentes”. Uma das sugestões deixadas pelo dirigente associativo aponta para o aumento da altura dos prédios onde não se aplicam limites. No entanto, Lam U Tou não deixa de chamar a atenção para a necessidade de uma avaliação das necessidades da comunidade. Em causa estão os equipamentos comunitários necessários para que “o aumento em altura dos edifícios e a construção de mais habitações não venha a piorar as condições de vida”. Um exemplo a ter em conta é a zona de Lam Mau. “A segunda zona com maior densidade populacional de Macau é também a mais alta do território”, refere Lam U Tou, sendo que, neste caso, não há problema porque “tem instalações comunitárias muito melhores do que a zona do Iao Hon”. Este é um exemplo que mostra que se deve ter em conta o equilíbrio entre a densidade populacional e as instalações comunitárias. É preciso agir Ainda no que respeita ao Iao Hon, Lam U Tou afirma que a inércia não é solução. Apesar de ser uma zona que não aguenta ter muitos mais moradores, continua a precisar de atenção, nomeadamente no que respeita a equipamentos comunitários. Neste âmbito, o responsável acha que é necessário construir mais instalações e alerta para a necessidade de um planeamento geral. Outro aspecto de relevo, aponta, é a necessidade de estabelecer indicadores que dêem informação acerca dos tipos de instalações em falta no território. A reconstrução dos bairros antigos não é uma tarefa fácil, concede Lam U Tou, visto que “o envelhecimento dos prédios antigos decorre a um ritmo mais rápido do que os passos da reconstrução”. Assim sendo, e para já, o responsável sugere o avanço com obras de reparação e manutenção dos edifícios antigos, apesar das dificuldades que o assunto apresenta, nomeadamente as relacionadas com a concordância dos proprietários. As obras e fiscalizações dos prédios com mais de 30 anos têm sido um assunto sem solução aparente, tendo dividido os deputados no debate da passada segunda-feira na Assembleia Legislativa. Privilégios de parte Já para o vice-presidente da Associação Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng, antes de se discutir o destino de alguns dos edifícios do Iao Hon, há que avançar para um planeamento geral da zona norte. O também membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Norte considera ainda que estes edifícios não podem ser considerados prioritários no que respeita ao avanço de obras de reconstrução sem que estas estejam inseridas numa iniciativa mais alargada que, sublinha, deveria estar pronta até 2018. O responsável apontou ainda, em declarações ao Jornal do Cidadão, que esta é uma área em que construir mais casas não é a decisão mais adequada, dado o elevado número de pessoas na zona. Em prol do desenvolvimento geral daquela área da cidade, Chan Tak Seng frisa que é mais importante ter um planeamento que defina o papel de toda a zona para atrair investidores. Uma intervenção pontual, refere, apenas iria privilegiar alguns edifícios que, sem um planeamento geral, em breve voltariam a trazer os problemas do costume.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Membro do Partido Democrata detido por suspeita de mentir [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] membro do Partido Democrata de Hong Kong que na semana passada disse ter sido raptado e torturado na cidade por agentes da China foi ontem detido por suspeita de prestar falsas declarações à polícia. “A polícia tem motivos para acreditar que a pessoa em questão forneceu informações falsas para enganar os agentes”, disseram ontem as autoridades em comunicado, citadas pela agência France Press. Howard Lam foi detido durante a madrugada de ontem, por volta das 3:30, e levado algemado da sua casa, em Ma On Shan, para a esquadra de Hung Hom para investigação, informou a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong. Os agentes fizeram buscas ao apartamento de Lam durante mais de uma hora e levaram uma série de objectos, incluindo telemóveis, um computador portátil e uns óculos de sol. Dúvidas em relação ao relato do alegado sequestro emergiram depois de a agência de notícias FactWire ter noticiado uma versão diferente dos acontecimentos na segunda-feira. A FactWire informou que múltiplas câmaras de videovigilância em Yau Ma Tei desacreditaram a versão da alegada vítima de que tinha sido sequestrado na tarde de quinta-feira passada quando estava a caminho de uma estação de metro, em Pitt Street. Howard Lam disse na sexta-feira que foi raptado, drogado e torturado um dia antes no bairro de Mong Kok, em Hong Kong, por ter a intenção de fazer chegar à viúva do dissidente chinês Liu Xiaobo uma foto autografada do jogador argentino Lionel Messi. Howard Lam disse que quando recuperou os sentidos estava numa praia em Hong Kong. Também mostrou as pernas com vários agrafos metálicos dispostos em forma de cruz, algo que atribuiu ao facto de ser cristão. O membro do Partido Democrata também atribuiu o alegado ataque de que foi alvo a agentes do interior da China, afirmando que os alegados sequestradores falavam mandarim. A língua comummente falada em Hong Kong é o cantonês. As autoridades chinesas não podem interferir nos assuntos de Hong Kong, que até 2047 é governada ao abrigo do princípio “Um país, dois sistemas”. O alegado sequestro em Hong Kong de um bilionário chinês no início deste ano e os desaparecimentos em condições misteriosas de cinco livreiros estabelecidos na antiga colónia britânica aumentaram os receios de que Pequim tenha ultrapassado os limites. Campanha contra esquemas em pirâmide após morte de quatro jovens [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China lançou uma campanha contra esquemas em pirâmide, uma prática fraudulenta em crescimento no país, que resultou na morte de quatro pessoas desde Julho passado, vítimas de grupos criminosos, foi ontem noticiado. A Administração Estatal para a Indústria e Comércio da China anunciou, em comunicado, que vai cooperar com quatro Ministérios para combater aquele tipo de esquema fraudulento. A redução consecutiva das taxas de juro no sistema bancário chinês e a volatilidade no mercado bolsista, aliados à incerteza no sector imobiliário, terão atraído cada vez mais investidores chineses para esquemas de angariação ilegal de fundos. Só no ano passado, a polícia chinesa investigou 2.826 casos de esquemas fraudulentos, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Segundo o jornal oficial China Daily, as vítimas entram no esquema atraídas por falsas ofertas de trabalho, sendo mantidas em dormitórios e forçadas a recrutar amigos e familiares. Desde o mês passado, as autoridades registaram quatro mortes relacionadas com aquela prática fraudulenta, enquanto 230 pessoas no sul do país foram presas, depois de uma rara manifestação nas ruas de Pequim. O corpo de uma das vítimas foi encontrado no início deste mês, num rio da província de Hubei, no centro do país. Outras duas vítimas foram registadas pelas autoridades do município de Tianjin (nordeste) e uma outra em Shanxi, no norte da China. Todos os mortos tinham cerca de 20 anos. Em Dezembro de 2015, as autoridades chinesas desmontaram um esquema gigante, que ludibriou cerca de 900.000 pessoas em mais de 50 mil milhões de yuans. Em muitos casos, os esquemas mantêm a aparência de empresa legítima, fornecendo informação falsificada sobre transações financeiras e com escritórios nos distritos financeiros das principais cidades chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim vai proteger interesses chineses face a investigação dos EUA [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês criticou ontem a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ordenar uma investigação sobre as práticas da China na área da “propriedade intelectual” e garantiu que protegerá os interesses chineses. Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês afirmou que o memorando, assinado na segunda-feira por Trump, viola os acordos de comércio internacionais. A mesma nota garantiu que Pequim vai agir, caso as empresas chinesas sejam prejudicadas, mas sem avançar como. Trump pediu aos responsáveis pelas políticas comerciais norte-americanas para averiguar se Pequim exige indevidamente que as empresas estrangeiras transfiram tecnologia, em troca de acesso ao mercado chinês. Organizações comerciais de empresas tecnológicas enalteceram a decisão, mas as autoridades chinesas criticaram o “forte unilateralismo”, que viola o espírito internacional dos acordos comerciais. “Se o lado norte-americano ignora o facto de que não respeita regras comerciais multilaterais e age para prejudicar as relações económicas e comerciais entre os dois lados, o lado chinês nunca se irá acomodar”, indicou o comunicado. Pequim “adotará todas as medidas apropriadas para proteger firmemente os interesses e direitos legítimos do lado chinês”, afirmou. Fala Donald Em Abril, Trump disse que iria pôr de lado disputas sobre o acesso ao mercado e política cambial, enquanto Washington e Pequim trabalharem juntos para persuadir a Coreia do Norte a desistir do programa nuclear. Nas últimas semanas, a administração norte-americana voltou a adoptar uma posição mais dura em relação às questões comerciais. “Acreditamos que o lado norte-americano deve respeitar rigorosamente os compromissos e não ser o destruidor de regras multilaterais”, afirmou o Ministério em comunicado. Na véspera do anúncio de Trump, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês pediu ao líder norte-americano para evitar uma “guerra comercial”. Em 2016, Pequim registou um excedente de 347 mil milhões de dólares no comércio com Washington. Trump culpa frequentemente a China pelo défice comercial norte-americano, apontando práticas de concorrência desleal de Pequim. Há várias décadas que as empresa estrangeiras acusam empresas chinesas de pirataria e roubo de tecnologia. Pequim está a lançar um plano designado “Made in China 2025”, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades nos sectores de alto valor agregado, incluindo inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.
Hoje Macau EventosRuy Castro escreve biografia sobre autor Nelson Rodrigues [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] vida “mítica” e “trágica” do autor brasileiro Nelson Rodrigues é revelada pela primeira vez numa biografia escrita por Ruy Castro, intitulada “O Anjo Pornográfico”, que chega às livrarias portuguesas no dia 25, pela editora Tinta-da-China. “Como se verá, ninguém o conheceu direito. Até agora”, escreve o biógrafo Ruy Castro, na introdução do livro em que conta a “espantosa vida de um homem que sempre foi arrastado para uma realidade mais dramática do que aquelas sobre as quais escrevia”. Ruy Castro, considerado o maior biógrafo do Brasil, partiu de uma investigação exaustiva para construir esta biografia, sustentada em entrevistas feitas a mais de 120 pessoas que conheceram o escritor, consulta de arquivos e leitura dos seus livros. É deste modo que Ruy Castro segue o rasto das obsessões que gravitam em torno de Nelson Rodrigues – sobretudo o sexo e a morte – e tenta responder às “muitas questões que pairam sobre a forte impressão que deixou: Génio ou louco? Tarado ou pudico? Reaccionário ou revolucionário? Raivoso ou apaixonado?”. O resultado é a “assombrosa história” de um homem que, “além de escritor prolífico, com uma produção a todos os títulos espantosa”, foi também protagonista de uma “vida extraordinária”: com pobreza, fome, a cegueira da filha, sucesso e declínio, doenças fatais e sucessivos golpes à sua vasta família, desde homicídios (como a do irmão Roberto, a que assistiu) a soterramentos. Ruy Castro explica que a narrativa lembra às vezes um romance, porque “não há outra maneira de contar a história de Nelson Rodrigues e da sua família”, mais trágica e rocambolesca do que qualquer das suas histórias, mas simultaneamente tão fascinante como as que criou. No entanto, não há neste livro qualquer estudo crítico, análise ou interpretações, apenas a explicação de onde, quando, como e por que Nelson Rodrigues escreveu todas as suas peças, romances, contos e crónicas. Como exemplo, o autor refere que, num capítulo dedicado à peça de teatro “Vestido de Noiva”, não há teorizações de qualquer tipo sobre o significado dessa peça, tendo apenas pretendido saber, e revelar, o que aconteceu antes, durante e depois da montagem, na plateia, no palco, nos bastidores e como isso se reflectiu na vida de Nelson Rodrigues. A biografia inclui uma compilação de fotografias obtidas em acervos de parentes ou amigos de Nelson Rodrigues e em arquivos de jornais. A surpresa ambulante Escritor polémico, Nelson Rodrigues carregou durante muitos anos a fama de “tarado” e nos seus anos finais a de “reaccionário”, tendo sido perseguido durante toda a vida, da direita à esquerda pela censura e pelos críticos, pelos católicos e pelas plateias, e “todos, em alguma época, viram nele o anjo do mal, um câncer a ser extirpado da sociedade brasileira”. Mas, ao mesmo tempo que queriam “caçá-lo a pauladas”, havia muitos para quem parecia impossível admirar Nelson Rodrigues o suficiente, acrescenta o seu biógrafo, lembrando que “para alguns, era um santo; para outros, um canalha; para todos, sempre, uma surpresa ambulante”. Ruy Castro é também autor das aclamadas biografias de Carmen Miranda e Garrincha, e tem publicado em Portugal “Chega de Saudade: A História e as Histórias da Bossa Nova” e “Carnaval no Fogo”, ambos pela Tinta-da-China. Editou e prefaciou várias colectâneas de textos de Nelson Rodrigues, cuja obra completa está a ser publicada em Portugal pela mesma editora, que conta já com os livros de crónicas, de memórias, de contos e o único romance escrito em nome próprio.
Hoje Macau EventosJapão | Museu de Yayoi Kusama é inaugurado em Outubro [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] um dos nomes principais das artes japonesas, uma das artistas mais bem-sucedidas do mundo. A octogenária Yayoi Kusama vai ter um museu dedicado exclusivamente à sua obra. O espaço fica em Tóquio e já tem data para a inauguração Será um local obrigatório numa visita à capital do Japão. A partir de 1 de Outubro, na zona de Shinjuku, vai ser possível ver várias obras de Yayoi Kusama num espaço só. Pintora, escultura e escritora, Kusama tem um trabalho que fica para a história da arte por ter uma obsessão por pontos. A arte da octogenária é conhecida como “Polka Dot”. O museu dedicado à artista japonesa com maior projecção ao nível internacional tem cinco andares. Trata-se de um edifício branco, da autoria do arquitecto Kume Sekkei, que ficou concluído em 2014. Nada se sabia sobre o que poderia ser o prédio branco com grandes janelas de vidro e muito se especulou sobre a futura utilização da estrutura. Sabia-se que estava ligado a Yayoi Kusama e a imprensa japonesa admitia a possibilidade de ser um museu, que ainda não teria aberto portas por causa da saúde da artista. Yayoi Kusama vive num hospital psiquiátrico no Japão, para onde foi de livre vontade em 1977, depois de ter passado quase 20 anos em Nova Iorque. A artista sofre de transtorno obsessivo-compulsivo, sendo que os pontos que utiliza no que faz são precisamente uma das suas maiores obsessões. Sem grandes detalhes, o Museu Yayoi Kusama, que conta já com um website, anunciou que o espaço está pronto para ser inaugurado. No rés-do-chão, junto à entrada, haverá uma loja de recordações. Os segundo e terceiro andares são destinados aos trabalhos da artista plástica, com o quarto piso reservado a instalações. No quinto andar há uma sala de leitura onde será possível consultar documentos e outros materiais sobre a Kusama e a sua obra. Há ainda um espaço ao ar livre. O museu terá duas exposições diferentes por ano. Na inauguração, vai ser exibida uma mostra que, em português, terá o título “A criação é uma busca solitária, o amor é o que nos aproxima da arte”. Estará patente até 25 de Fevereiro do próximo ano. O bilhete de acesso ao museu custará pouco mais de 70 patacas. De Nagano para o mundo Nascida na prefeitura de Nagano em 1929, filha de uma família abastada mas disfuncional, Yayoi Kusama começou a pintar pontos e redes por volta dos dez anos. Foi por essa altura que começou a ter alucinações que descreveu como “luzes e campos densos de pontos”. Esses momento envolvia flores que falavam com Kusama, padrões que ganhavam vida e se multiplicavam, um processo que viria a aplicar na carreira artística e ao qual chamou de “auto-obliteração”. Aos 13 anos, em plena Segunda Guerra Mundial, foi enviada para uma fábrica de materiais militares, onde cosia para-quedas para o exército japonês. Recorda a adolescência como um período de escuridão, mas diz também que foi durante esta fase que descobriu a liberdade criativa. Em 1948, foi estudar pintura para Quioto. Descontente com o que se fazia, na época, no panorama artístico do Japão, começou a interessar-se pelo movimento avant-garde europeu e americano. Durante a década de 1950, teve algumas exposições individuais em Matsumoto e Tóquio. Em 1957, a artista nipónica mudou-se para os Estados Unidos. A arte que fazia passou a ser em grande escala: quadros e esculturas de dimensões consideráveis, com recurso a espelhos e a luzes. No final da década de 1960, participou em várias manifestações ligadas ao movimento contra a guerra. Com o seu trabalho reconhecido também na Europa, Yayoi Kusama regressou ao Japão em 1973. Continuou a pintar, mas também se dedicou à escrita, tendo vários romances publicados. Os seus trabalhos já passaram pelos principais museus e galerias do mundo, do Georges Pompidou, em Paris, ao MoMA, de Nova Iorque, passando pela Tate Modern, em Londres. Tem uma longa lista de prémios e foi objecto de teses, livros e documentários. Em 2014, foi considerada a artista mais popular do mundo. No ano em que a arte extravagante de Kusama atravessou a América do Sul, as suas obras foram vistas por mais de dois milhões de pessoas.
Hoje Macau DesportoBenfica vence em Chaves e junta-se ao grupo de líderes [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m golo de Haris Seferovic, aos 90+2, deu a vitória ao Benfica em casa do Desportivo de Chaves, no encerramento da segunda jornada da I Liga de futebol, colocando as ‘águias’ no grupo de líderes da prova. O resultado manteve os ‘encarnados’ junto de FC Porto, Sporting e Rio Ave, com seis pontos, enquanto o Chaves somou a segunda derrota em outros tantos jogos e está na base da tabela, sem pontos, em conjunto com o Boavista. O golo tardio do avançado suíço manteve os tetracampeões em igualdade com os rivais, depois de o Sporting ter vencido em casa o Desportivo das Aves (1-0), na abertura da jornada, e o FC Porto ter triunfado em Tondela (1-0), no domingo, com o Rio Ave a acompanhar os ‘três grandes’, depois de ter vencido em casa do Boavista (2-1). Rui Vitória manteve o ‘onze’ que venceu o Sporting de Braga (3-1) na jornada inaugural, com Cervi, Jonas e Salvio em destaque na primeira parte, como os mais diligentes a criar oportunidades de perigo. As ‘águias’ estiveram melhor no encontro, com maior posse de bola e mais oportunidades de golo, mas ‘esbarraram’ durante quase todo o encontro numa formação flaviense bem organizada na defesa e à procura de tomar partido de contra-ataques rápidos por Jorginho, Matheus Pereira e William. No final do encontro, com os pupilos de Luís Castro a darem sinais de desgaste, o Benfica ‘cercou’ a área dos flavienses e foi fazendo cruzamentos e passes para a área, com Seferovic a empurrar para o fundo das redes o cruzamento do ‘substituto’ Rafa e a ‘salvar’ os campeões em título de se atrasarem à segunda jornada. Canarinhos em alta Antes, o Estoril Praia apagou a má imagem da estreia no campeonato, em que foi goleado em casa do FC Porto (4-0), com uma vitória categórica sobre o Vitória de Guimarães (3-0), que cometeu muitos erros num encontro com três expulsões. Os anfitriões marcaram primeiro, aos 19 minutos, por Pedro Monteiro, mas perderam Wesley, expulso por acumulação de cartões amarelos, aos 38 minutos. Na segunda parte, a expulsão de João Vigário, aos 49 minutos, deixou os vitorianos mais frágeis, situação agravada aos 63 minutos, quando Josué foi expulso por cometer penálti, convertido por Kléber. Um erro de Sacko, em exibição desastrada na equipa de Pedro Martins, permitiu a Kléber bisar na partida, aos 80 minutos, com o Estoril a juntar-se ao Vitória, que na ronda inaugural tinha vencido o Chaves (3-2) no grupo de equipas com três pontos, onde também estão o Sporting de Braga, que domingo venceu o ‘promovido’ Portimonense (2-1), também com três pontos, o Marítimo e o Belenenses, que venceu em casa os madeirenses (1-0). Liga Europa | Braga e Marítimo com primeiro teste decisivo [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]porting de Braga e Marítimo têm amanhã o primeiro de dois testes decisivos na qualificação para a fase de grupos da Liga Europa de futebol, quando defrontarem o os islandeses do FH e os ucranianos do Dínamo Kiev, respectivamente. Neste ‘play-off’, que terá a segunda mão em 24 de agosto, minhotos e insulares procuram juntar-se ao Vitória de Guimarães, que já tem ‘lugar cativo’ na próxima etapa competitiva. Depois da derrota na estreia na Liga, 3-1 em casa do Benfica, o Sporting de Braga deu a volta e venceu o Portimonense, por 2-1, conquistando um capital de confiança importante na visita ao terceiro classificado do campeonato islandês, que tem outro ritmo competitivo, uma vez que já disputou 14 jornadas. A equipa de Abel Ferreira tem a vantagem de decidir em casa e, sobretudo, de ter uma bem mais sólida experiência europeia, incluindo uma presença na final da Liga Europa, em 2011, perdida para o FC Porto. O Marítimo, que tropeçou este fim de semana em casa do Belenenses, está em situação inversa aos seus compatriotas e tem missão bem mais espinhosa, pois recebe o líder do campeonato ucraniano, que em cinco jornadas apenas empatou um jogo. O conjunto de Daniel Ramos não tem o mesmo andamento europeu do Dínamo de Kiev, nem a mesma responsabilidade, pelo que tem tudo a ganhar.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Detectados ovos contaminados com pesticida [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades da Coreia do Sul anunciaram ontem que detectaram ovos contaminados com o pesticida ‘fipronil’ numa quinta e proibiram temporariamente a produção nas explorações agrícolas com mais de três mil aves. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais sul-coreano informou que alguns ovos testaram positivo à presença de ‘fipronil’ numa quinta em Namyangju, a leste de Seul. Desconhece-se que proporção do produto estava contaminado, sabendo-se apenas que a quinta, que conta com cerca de 80 mil galinhas poedeiras, produz cerca de 25 mil ovos por dia. O Ministério decretou a proibição de produção para quintas com mais de três mil aves, até que seja finalizada uma inspeção de fundo, informou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. A Coreia do Sul teve de restringir a venda de ovos produzidos no seu território, devido ao surto de gripe aviária detectado desde 2016, que obrigou à importação de países como a Austrália, Nova Zelândia, Dinamarca, Holanda, Tailândia e Espanha. Até agora não há informação de que o ‘fipronil’ tenha sido detectado em ovos importados. Após o anúncio de ontem, três dos principais retalhistas sul-coreanos ((Homeplus, E-Mart e Lotte Mart) anunciaram a suspensão da venda de ovos até que se conheçam os resultados da inspecção. O pesticida ‘fipronil’, de uso proibido em galinhas, gerou alarme na Europa, após ter sido divulgado que foi usado na Bélgica e na Holanda, e depois de terem sido detectados produtos contaminados em 17 países. Segundo especialistas, o ‘fipronil’ representa um risco de intoxicação “muito improvável” para humanos. Tendo em conta os níveis máximos detectados na Bélgica e Holanda, uma pessoa teria de consumir milhares de ovos contaminados ao longo da vida para sofrer efeitos adversos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Uruguai contra eventual intervenção dos EUA na Venezuela [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e o Uruguai pronunciaram-se esta segunda-feira contra uma eventual intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela para solucionar a crise no país, reagindo a ameaças proferidas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês defendeu a necessidade de respeitar o princípio de não-ingerência em assuntos internos de outro país, e o mesmo fez o Presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, rejeitando “enfática e taxativamente” as declarações de Trump sobre a Venezuela. “Todos os países devem conduzir as suas relações bilaterais com base na igualdade, no respeito mútuo e na não-ingerência nos assuntos internos do outro”, afirmou o porta-voz do MNE chinês, Hua Chunying, em conferência de imprensa. A China “segue sempre o princípio de não interferir nos assuntos de outro país”, acrescentou, três dias depois de o Presidente norte-americano ter equacionado adoptar a opção militar contra a Venezuela. O Governo chinês tem evitado nas últimas semanas emitir opiniões sobre a situação no país latino-americano, embora tenha dito, a propósito das polémicas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, que decorreram “de forma estável”. Também manifestou, na altura, o desejo de que Governo e oposição na Venezuela iniciassem um diálogo pacífico para manter a estabilidade no país. Bons negócios A China é, desde a década passada, um dos mais importantes parceiros comerciais da Venezuela, país que chegou a ser o principal destino dos investimentos chineses na América Latina, dado o especial interesse do regime comunista no crude venezuelano. O chefe de Estado do Uruguai, que falava à imprensa antes de presidir a uma reunião do Conselho de Ministros, sublinhou haver “uma rejeição absolutamente total da parte do Governo uruguaio” de uma possibilidade de intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela. “Os problemas que a Venezuela tem devem ser resolvidos pelo povo venezuelano sem ingerência estrangeira e, portanto, rejeitamos enfática e taxativamente as apreciações do Presidente dos Estados Unidos”, sustentou Tabaré Vásquez. Na passada sexta-feira, Trump declarou que o seu Governo não descarta “a opção militar” para resolver a “confusão muito perigosa” que a Venezuela atravessa e recordou que o seu país tem tropas em todo o mundo e que “a Venezuela não fica muito longe e as pessoas estão a sofrer e a morrer”. Fundação chinesa anuncia primeira criogenização de corpo humano [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma fundação chinesa anunciou ter produzido com êxito a primeira criogenização de um corpo completo na China, com a esperança de o trazer de volta à vida, assim que o desenvolvimento da medicina o permita. Segundo o jornal oficial China Daily, o primeiro procedimento de criogenia na China foi realizado na província de Shandong, leste do país, pela Fundação Yinfeng. O procedimento começou em 8 de maio, menos de cinco minutos depois de o coração de uma mulher chamada Zhan Wenlian ter deixado de bater e os médicos declararem que estava morta. Aaron Drake, especialista da norte-americana Alcor Life Extension Foundation, e médicos do Hospital Qilu, da Universidade de Shandong, colocaram de imediato Zhan num sistema de apoio vital. O corpo da mulher foi transportado para um laboratório de um instituto afiliado à Fundação Yinfeng, onde lhe foram injectados produtos químicos, visando proteger as suas células de danos durante o processo de congelação. O corpo foi então colocado num recipiente com 2.000 litros de nitrogénio líquido, a uma temperatura de 190 graus abaixo de zero. Zhan, que tinha 49 anos e trabalhava num banco estatal em Jinan, sofria de cancro no pulmão, e o seu esposo pediu à Yinfeng para que realizasse a criogenização do seu corpo.
Hoje Macau PolíticaAlibaba | Governo anuncia investimento para os próximos dois anos Primeiro, um anúncio sem números. Depois, a contestação de alguns sectores. Agora, chegam os detalhes: o Governo vai gastar, nos próximos dois anos, 400 milhões de patacas no projecto para uma cidade inteligente. E garante que os dados estão protegidos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Executivo definiu um orçamento anual de 200 milhões de patacas nos próximos dois anos para o projecto de construção de uma cidade inteligente, foi ontem anunciado. Em comunicado, o porta-voz do Governo afirmou que o projecto de construção de uma cidade inteligente, na sequência da assinatura do acordo com o grupo chinês Alibaba, prevê um orçamento anual preliminar “nos próximos dois anos de 200 milhões de patacas”. No corrente ano, o orçamento “para o âmbito da tecnologia informática é aproximadamente de 500 milhões de patacas”, acrescentou no mesmo comunicado. O acordo-quadro assinado no passado dia 4, entre o Governo e o grupo Alibaba, prevê o estabelecimento de um centro de computação em nuvem e de uma plataforma de megadados para a criação de uma cidade inteligente, em duas fases, ao longo de quatro anos. A primeira – até Junho de 2019 – prevê a criação de um centro de computação em nuvem e de uma plataforma de megadados e o início gradual de projectos de utilização dos mesmos em seis domínios: promoção do turismo, formação de talentos, gestão do trânsito, serviços de assistência médica, gestão integrada urbana e prestação de serviços urbanos integrados e tecnologia financeira. A segunda etapa – de Julho de 2019 a Junho de 2021 – compreende o aperfeiçoamento do centro de computação em nuvem (conjunto de servidores remotos alojados na Internet para armazenar, gerir e processar dados em vez dos servidores locais ou de computadores pessoais) e da plataforma de megadados, abrangendo outras áreas como protecção ambiental, passagem fronteiriça e previsões económicas. Com os dados tudo bem No comunicado ontem divulgado, o Governo sublinha que “tem prestado grande atenção à protecção dos dados da RAEM e aos dados pessoais”. A lei de proteção de dados pessoais, actualmente em vigor no território “corresponde aos altos padrões” da UE, “consagra uma plena proteção dos dados pessoais e da privacidade, regulando de forma pormenorizada a recolha, o tratamento, a utilização, o armazenamento e a interconexão dos dados”, destacou. O anúncio do acordo-quadro com a Alibaba tem gerado alguma polémica, com várias associações a mostrarem-se preocupadas não só em relação à protecção dos dados pessoais, como no que toca ao orçamento, uma vez que, aquando da apresentação do projecto, não tinha sido divulgado qualquer valor em relação ao investimento do Executivo.
Hoje Macau SociedadePJ recebeu queixas sobre 47 casos de burla por telefone [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) de Macau já recebeu queixas relativas a 47 casos de burla telefónica que resultaram em prejuízo para as vítimas. Em dados citados pelo canal chinês da Rádio Macau, as autoridades policiais dão conta de perdas no total de 6,23 milhões de yuan, 2,08 milhões de dólares de Hong Kong e 245 mil patacas. Só num dos casos de que a PJ teve conhecimento, estiveram envolvidos 3,4 milhões de yuan. A vítima, um homem natural de Hong Kong, trabalha em Macau e recebeu um telefonema em que o autor da chamada se identificou como sendo agente das forças de segurança da província de Fujian. O burlão disse à vítima que esta era suspeita do crime de branqueamento de capitais e solicitou-lhe dados relativos à sua identidade. Mais tarde, o homem de Hong Kong recebeu, via Internet, uma alegada prova do mandado de detenção. Foi então que depositou 3,4 milhões de yuan na sua conta bancária, tendo dado ao autor do crime a palavra-passe de acesso à conta, tal como lhe fora exigido. O dinheiro desapareceu imediatamente da conta da vítima.