Hoje Macau China / ÁsiaChina | ONG denuncia violação de privacidade dos cidadãos [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma organização não-governamental (ONG) de defesa dos Direitos Humanos pediu ontem ao Governo chinês que deixe de construir plataformas de dados com informação pessoal da população, o que considerou uma violação do direito de privacidade. Segundo a Human Rights Watch (HRW), o sistema de dados armazenados em nuvem visa “controlar e prever” os movimentos de activistas, dissidentes e minorias étnicas e “não cumpre com os padrões de privacidade internacionais”. “É assustador que as autoridades chinesas estejam a reunir e centralizar mais informação de centenas de milhares de pessoas, identificando aquelas cujo o pensamento se desvia do que consideram ser ‘normal’ e colocando-as sob vigilância”, escreveu Sophie Richardson, directora da HRW para a China. O Governo chinês, que durante anos armazenou informação dos cidadãos, está a explorar novas tecnologias para acumular informação pessoal de forma mais eficiente e de modo a poder ser partilhada entre diferentes departamentos governamentais. A polícia chinesa, por exemplo, utiliza várias aplicações de análise de texto, vídeo e imagens de câmaras de segurança em tempo real, ou quase real, para deter suspeitos de forma mais eficiente e tentar prever possíveis crimes, indicou. As autoridades chinesas reúnem informação sobre cidadãos através da polícia, redes de transporte, alojamento turístico, gravações em câmaras dispostas em locais públicos e até através de empresas privadas. A HRW denunciou que as leis em vigor na China “não cumprem os padrões de privacidade internacionais”, de acordo com os quais o armazenamento e uso de dados pessoais com objectivos políticos só deve ser feito quando existe “uma ameaça real para o interesse comum, como a segurança nacional ou ordem pública”, e de forma o menos intrusiva possível.
Hoje Macau China / ÁsiaRohingya | Aprovada iniciativa chinesa para resolver crise [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Myanmar e o Bangladesh aprovaram uma iniciativa chinesa que visa resolver a crise de refugiados Rohingya na fronteira entre os dois países, revelou ontem o Governo chinês, apelando a um “cessar-fogo” no Estado da antiga Birmânia de Rakhine. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, que este fim de semana visitou Daca e Rangoon, onde se reuniu com a líder do Myanmar Aung San Suu Kyi, apresentou “uma proposta com três passos” para encontrar “uma solução a longo prazo”. Cerca de 900 mil muçulmanos rohingya birmaneses encontram-se em campos de refugiados no sul do Bangladesh, em condições desumanas. Mais de 620.000 fugiram das suas aldeias no estado de Rakhine desde o final de Agosto passado, para escapar à violência militar que a ONU descreveu como “limpeza étnica” por parte do Myanmar, um país maioritariamente budista. A primeira fase do plano chinês passa por um “cessar-fogo” no Estado de Rakhine, de modo a impedir “o deslocamento das populações locais”, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. O Myanmar e o Bangladesh devem depois negociar uma “solução viável”, antes de ser feito um apelo à “comunidade internacional” para combater a pobreza em Rakhine. “Esta proposta recebeu a aprovação dos líderes do Bangladesh e também foi aprovada pelos líderes do Myanmar “, disse na segunda-feira Lu Kang, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China. “Esperamos que esta iniciativa (…) não só resolva os problemas imediatos, como também sirva como solução fundamental para a crise dos Rohingya”, acrescentou. Amizade à vista Durante a visita de Wang Yi, Bangladesh e Myanmar “concordaram em iniciar negociações amigáveis entre si”, disse Lu. Pequim continua a ser um apoio importante para o Myanmar, país isolado da comunidade internacional. Na semana passada, a China vetou um projecto de resolução da ONU que condenava o Myanmar pela crise dos Rohingya. Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, incluindo Pequim, aprovaram antes uma declaração que expressa “grave preocupação” com as violações dos direitos humanos, incluindo as que foram cometidas pelas forças de segurança do Myanmar.
Hoje Macau China / Ásia MancheteTimor-Leste | Executivo de Alkatiri em risco depois da apresentação de moção de censura O Governo minoritário liderada por Mari Alkatiri pode ter uma curta esperança de vida no poder, depois da indigitação pelo Presidente da República, Lu Olo. A oposição parlamentar apresentou ontem uma moção de censura como forma de protesto por o Governo da Fretilin ainda não ter apresentado um programa de governação. Do lado do Executivo fala-se em “assalto ao poder” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] eventual aprovação da moção de censura ao Governo apresentada ontem pela oposição maioritária no Parlamento timorense implica necessariamente a queda do Executivo, segundo a Constituição e o regimento em vigor. A Constituição timorense define que o Parlamento Nacional “pode votar moções de censura ao Governo sobre a execução do seu programa ou assunto de relevante interesse nacional, por iniciativa de um quarto dos deputados em efectividade de funções”. Caso não seja aprovada, nota o texto, “os seus signatários não podem apresentar outra durante a mesma sessão legislativa”. A oposição, que controla 35 dos 65 lugares no Parlamento Nacional, apresentou ontem de manhã uma moção de censura ao Governo em contestação ao facto do Executivo não ter ainda apresentado, pela segunda vez, o programa do Executivo, que foi chumbado já no passado dia 19 de Outubro. “O Governo não apresentou programa do Governo pela segunda vez e os deputados da Aliança de Maioria Parlamentar (AMP), com base no artigo 111 da constituição da República Democrática de Timor-Leste e artigo 140 do regimento do Parlamento Nacional, apresenta uma moção de censura ao VII Governo constitucional”, disse Patrocínio dos Reis, deputado do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), segundo partido timorense, que leu uma declaração política da oposição. Corda ao pescoço A Constituição timorense determina que a aprovação de uma moção de censura “por uma maioria absoluta dos deputados” em efectividade de funções é um dos actos que implica a demissão do Governo pelo chefe de Estado. O regimento explica as circunstâncias em que a moção de censura é debatida e votada, com o debate a ser “aberto e encerrado por um dos signatários da moção”, com o primeiro-ministro a ter “o direito de intervir imediatamente após e antes das intervenções previstas no número anterior”. Segundo o regimento, o debate não pode exceder três dias e começa com uma intervenção do Governo por um período máximo de 30 minutos, terminando com a votação da moção. Numa declaração política em nome dos três partidos da oposição – CNRT, Partido Libertação Popular (PLP) e Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) – a Aliança de Maioria Parlamentar contesta o facto do Executivo ter apresentado ao parlamento uma proposta de Orçamento Rectificativo sem antes ter apresentado pela segunda vez o programa do Governo. Recorde-se que no dia 19 do mês passado, os 35 deputados da oposição (no parlamento de 65 lugares) aprovaram uma moção de rejeição ao programa do Governo insistindo que pela “interpretação paralela” e análoga da lei em vigor, o executivo tinha 30 dias para voltar a apresentar o programa. Esse prazo, refere a declaração, foi ultrapassado no domingo e o Governo não cumpriu trazendo novamente ao parlamento o seu programa. A aprovação de uma segunda moção de rejeição implica a queda do Governo. Assalto ao poder O chefe da bancada da Fretilin, que lidera o Governo minoritário timorense, Francisco Branco, criticou a “política de má fé” e a tentativa de “assalto ao poder” por parte da oposição. Intervindo no plenário, Francisco Branco disse que a oposição está a ignorar a “mensagem clara” da população nas urnas, no passado dia 22 de Julho que quis “uma mudança do status quo”. “O povo votou pela mudança e a oposição actua com má fé. Esta é uma política de assalto ao poder, uma cultura que não respeita o povo timorense”, afirmou o responsável da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente. Branco questionou ainda a legalidade da AMP, bloco acordado pelas três bancadas da oposição, e afirmou que a sua existência não foi ainda claramente formalizada nos congressos partidários. Nurima Alkatiri, deputada da Fretilin, também contestou a acção da oposição afirmando que “respeitando ou não a constituição e a lei” a moção representa um golpe ao Governo liderado pela Fretilin. “Não é a primeira vez. Quem tem ambição pelo poder faz isto. O povo sabe e compreende. Isto é um golpe, um golpe de Estado”, afirmou. Em reacção, Arão Noé Amaral, chefe da bancada do segundo partido mais votado, o CNRT, rejeitou que a oposição esteja a fazer qualquer assalto ao poder. “Isto não é um assalto ao poder porque o poder, e a competência, é do Presidente da República que tem de decidir o que fazer depois disso”, afirmou. “Timor-Leste é um Estado de Direito e submetemo-nos à decisão do Presidente da República, mas queremos que sejam respeitadas as regras constitucionais”, afirmou. Arão Amaral reiterou que a oposição “não está a fazer qualquer assalto do poder”, considerando que este “é um processo normal, legal e constitucional”. O deputado pediu ainda desculpas “se a declaração ofendeu alguma parte”, mas reiterou que a força partidária que representa respeita “as regras do normal funcionamento de um Estado democrático”. Alta tensão A apresentação da moção de censura, numa sessão do plenário, que já se esperava difícil por causa do debate do orçamento rectificativo, elevou ainda mais a tensão, com deputados das bancadas do Governo e da oposição a trocarem críticas e gritos. Pancadas nas mesas e troca de insultos levaram a apelos à calma tanto no plenário, como nas galerias. A oposição timorense quer ver debatida e votada ainda “esta semana” a moção de censura que apresentou ontem de manhã, cabendo a decisão final de agendamento a uma reunião de líderes das bancadas, indicou um deputado das forças políticas proponentes da moção que incendiou uma situação política já bem quente. “A oposição considera que este assunto deve ser debatido com cariz de urgência, em resposta ao facto do Governo não ter ainda apresentado o seu programa. A decisão depende da conferência das bancadas, mas a nossa expectativa é que o debate seja ainda esta semana”, disse à Lusa Adérito Hugo da Costa, ex-presidente do Parlamento Nacional e deputado do CNRT. Adérito Hugo da Costa disse que o seu partido e a oposição estavam preparados para aceitar qualquer decisão do chefe de Estado que tem que optar entre uma solução no actual cenário parlamentar ou convocar eleições antecipadas. “O CNRT está preparado para qualquer cenário e respeitaremos a decisão que o senhor Presidente da República venha a tomar. Começamos com contactos nas bancadas, conferências dos três partidos e agora vão falar os líderes”, disse. O Presidente timorense recordou ontem a união que levou à vitória da resistência à ocupação indonésia para criticar, num discurso perante as forças de defesa, os que “derrubam irmãos” para ocupar cadeiras de poder. “Nós não procurávamos cadeiras, não derrubávamos irmãos para ocupar cadeiras. Naquele tempo, nós que servíamos o país e o povo, sabíamos que a recompensa podia ser a prisão, ou perder a vida”, disse Francisco Guterres Lu-Olo. “Resistimos e ganhámos porque demos as mãos, entre irmãos, para servir o país. Os combatentes e o povo protegeram-se mutuamente. Foi assim que vencemos e foi assim que as Falintil (Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste) e o povo elevaram bem alto a nossa identidade timorense”, afirmou. Lu-Olo falava na abertura de um seminário sobre direitos humanos e a missão das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), organizado em conjunto com a Provedoria dos Direitos Humanos e Justiça, o comando das F-FDTL, o Ministério da Defesa e Segurança e a Casa Militar da Presidência da República. O discurso, numa altura de grande tensão política, foi feito enquanto no Parlamento Nacional a oposição maioritária apresentava a moção de censura ao Governo cuja aprovação implica a demissão do Governo. “Acredito que os timorenses podem voltar a dar as mãos uns aos outros, para vencermos juntos o desafio do desenvolvimento e da eliminação da pobreza. Esta tem der ser a prioridade número um do nosso país”, disse Lu-Olo. “Acredito que, depois de restaurarmos a independência, somos capazes de reforçar o espírito nacionalista e a unidade para vencermos os combates da paz, como fomos capazes de vencer as batalhas da libertação”, considerou.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauTaça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA: “Sr. Macau quem mais” [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]doardo Mortara venceu pela sexta vez no Circuito da Guia e conquistou a “SJM Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA”, uma prova que ficou marcada pelo aparatoso choque em cadeia na Corrida de Qualificação da tarde de sábado. Numa edição em que os quatro Mercedes AMG GT3 mostraram ser os carros melhor preparados, Mortara e Maro Engel foram os mais rápidos na qualificação de sexta-feira entre os 20 participantes. A Corrida de Qualificação, no sábado, disputou-se em condições particularmente difíceis, pois chegou a “pingar” antes da corrida, existindo zonas com óleo na pista das corridas anteriores, segundo os relatos dos pilotos. No arranque, Daniel Juncadella tocou ligeiramente nos muros, danificando a direcção do seu Mercedes que se partiu quando o espanhol tentou curvar no Ramal dos Mouros. Com o carro alemão a bloquear o caminho e catorze carros atrás de si a alta velocidade, o resultado só poderia ser um: um choque em cadeia de proporções dantescas que rapidamente se tornou viral nas redes sociais. A corrida iria prosseguir mais tarde com os oito carros sobreviventes. Mortara que tinha perdido a primeira posição para Engel, beneficiou dos problemas de bateria no carro do alemão para recuperar a primeira posição. O “Sr Macau” voltou a vencer, desta vez seguido pelo BMW “Art Car” de Augusto Farfus e pelo Mercedes de Raffaele Marciello que teve que usar todos os seus reflexos para evitar colidir com Juncadella. Seis dos doze carros danificados no sábado foram recuperados para a corrida de domingo. Como a pista se encontrava molhada, os catorze concorrentes tiveram que efectuar duas voltas atrás do Safety-Car antes da partida. Na ânsia de fugir aos seus perseguidores, Mortara quase deitava tudo a perder, tocando nos muros de protecção da curva um. Felizmente o seu Mercedes não acusou o toque, já o mesmo não poderá dizer Marciello, que para roubar o segundo lugar a Farfus nos primeiros metros da prova empurrou o brasileiro, danificando o radiador do seu Mercedes, desistindo pouco depois. Farfus foi obrigado parar nas boxes para reparar a traseira do BMW, permitindo a Robin Frinjs assumir o segundo lugar. Numa corrida que teve a presença do Safety-Car por mais duas ocasiões em pista, mantendo o pelotão bastante compacto, anulando qualquer tipo de vantagem construída por Mortara, o holandês da Audi e Maro Engel travaram um duelo aceso pelo segundo posto, que Frinjs levou a melhor. Com Mortara a cometer ligeiros erros, que não o deixaram fugir claramente rumo ao triunfo, os três primeiros classificados terminaram separados por apenas um segundo e três décimas. “Fomos competitivos quando tínhamos que ser. Foi uma corrida com muito stress, condições de pistas mistas, onde era fácil cometer erros. Eu próprio bati na primeira curva quando queria fugir”, explicou Mortara que junta este triunfo às vitórias em Macau na Fórmula 3 em 2009 e 2010 e na Taça GT Macau de 2011 a 2013. “Esta vitória é especial, porque é a minha primeira com a Mercedes e representa também o excelente trabalho dos mecânicos”. Mortara sucede a Laurens Vanthoor, que não correu no domingo, devido aos danos causados na célula de segurança do seu Porsche no acidente de sábado, como detentor da Taça do Mundo FIA GT. A Mercedes fica com esse titulo, no que respeita aos construtores automóveis. Na cerimónia do pódio não se abriram as garrafas de champanhe em respeito a Daniel Hegarty. Maratona de reparações O paddock do Grande Prémio não dormiu. As equipas de GT fizeram uma maratona para reparar os seus carros e tiveram que usar todos os recursos disponíveis. A Honda foi buscar o NSX GT3 que estava em exibição na concessionária da marca na cidade para reparar o carro de Renger Van der Zande, utilizando a caixa-de-velocidade, suportes do motor, entre outras coisas, do carro de exposição. O Audi R8 de Nico Muller recebeu as peças do carro que estava numa mostra na Doca dos Pescadores. A equipa alemã HCB Rutronik Racing canibalizou o carro de Fabien Plentz para Lucas di Grassi correr, ao passo que a Craft Bamboo Racing precisou de peças do Porsche de Vanthoor para colocar o carro de Darryl O’Young a andar. A FIST Team BMW praticamente que reconstruiu um carro novo para Marco Wittmann, mantendo apenas a célula de segurança do BMW M6 GT3, tendo até o tejadilho sido obrigada a trocar.
Hoje Macau InternacionalTrump critica Hillary depois de declarações sobre abusos sexuais [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, classificou sábado a sua adversária nas eleições presidenciais de 2016 como a “pior perdedora de todos os tempos”, depois desta o acusar de não aceitar qualquer responsabilidade no caso de abusos sexuais feitos por várias mulheres. “A desonesta Hillary Clinton é a pior (e a maior) perdedora de todas os tempos. Ela simplesmente não pode parar, o que é tão bom para o Partido Republicano. Hillary, continua com a tua vida e tenta novamente daqui a três anos”, escreveu Donald Trump, na rede social Twitter, referindo-se às eleições presidenciais de 2020. O Presidente dos Estados Unidos já expressou, em outras ocasiões, o desejo de Hillary Clinton competir com ele nas próximas eleições para a Casa Branca, embora a ex-secretário de Estado tenha afirmado que a sua carreira “como política activa” chegou ao fim. A reacção de Trump surge horas depois de Hillary Clinton ter acusado o seu ex-adversário eleitoral de alegados abusos sexuais a várias mulheres no passado. Clinton referia-se ao caso do senador democrata Al Franken, eleito pelo Estado do Minnesota, que foi acusado na quinta-feira de beijar à força e apalpar em 2006 uma correspondente desportiva da televisão Fox TV, agora uma animadora de rádio em Los Angeles. A acusação contra Franken ocorreu num momento em que o problema dos abusos sexuais está a agitar o Congresso dos Estados Unidos devido às alegações contra Roy Moore, candidato republicano ao Senado pelo Alabama, acusado de se ter aproveitado de várias adolescentes durante quatro décadas. Quem se assume Na entrevista à estação de rádio WABC, em Nova Iorque, Clinton valorizou o facto de Franken assumir a responsabilidade. “Eu não ouço isso de Roy Moore ou de Donald Trump. Olhe o contraste entre Al Franken, aceitando a responsabilidade, pedindo desculpas, e Roy Moore e Donald Trump, que não fizeram nada disso”, criticou a ex-candidata presidencial democrata. Em Outubro, a Casa Branca disse que todas as mulheres que acusaram Trump de assédio sexual mentem e essa é a posição oficial sobre o assunto. Durante a campanha eleitoral de 2016, várias mulheres alegaram que o então candidato presidencial republicano abusou sexualmente delas, tendo Trump repetidamente negado. O então candidato presidencial, que fez a fanfarronada pública sobre apalpar as partes privadas das mulheres – mas negou que o tenha feito –, acabou eleito Presidente, meses antes de uma cascata de alegações de assédio sexual, que tem terminado com a carreira de homens poderosos em Hollywood, empresas, comunicação social e política.
Hoje Macau EventosÓbito | Morreu Malcolm Young, guitarrista e co-fundador dos AC/DC [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]alcolm Young, guitarrista e co-fundador do grupo de rock AC/DC, morreu sábado aos 64 anos, vítima de doença prolongada, anunciou a banda, fundada na Austrália em 1973, na sua página na Internet. “Com profunda tristeza, anunciamos o falecimento de Malcolm Young”, lê-se na nota, que lembra que o guitarrista co-fundou a banda com o irmão Angus, salientando a “enorme dedicação e compromisso” que sempre mostrou com o grupo. “Como guitarrista, compositor e visionário, foi um perfeccionista e um homem único. Sempre defendeu os seus pontos de vista e fez e disse exactamente o que quis. Tinha muito orgulho em tudo o que fez e a lealdade para com os fãs era inultrapassável”, acrescenta a nota dos AC/DC, escrita por pelo próprio Angus Young. No comunicado, em que surge Malcolm numa fotografia sentado ao lado de um amplificador tendo ao colo a “sua” guitarra “Gibson Les Paul”, Angus refere que, como irmão, é-lhe “difícil expressar em palavras o que significou o irmão para a sua vida, “uma vez que a ligação entre ambos era “única e muito especial”. “Deixa para trás um enorme legado que irá perdurar para sempre”, considerou Angus, que termina a nota com um simples “Malcolm, belo trabalho”. Nascido na cidade escocesa de Glasgow, Malcolm e Angus criaram a banda em 1973, em Sidney, na Austrália.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Uma em cada cinco pessoas é pobre [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de pobres em Hong Kong continua a subir e chegou a um valor recorde no ano passado, com um em cada cinco habitantes a viver abaixo do limiar da pobreza, de acordo com dados oficiais sexta-feira divulgados. O limiar da pobreza é definido em metade da mediana do rendimento mensal por agregado familiar, de acordo com o tamanho do agregado. Em 2016, este valor foi de 4.000 dólares de Hong Kong por uma pessoa, 9.000 dólares de Hong Kong por duas pessoas e 15 mil dólares de Hong Kong por um agregado de três pessoas, noticia o jornal South China Morning Post. Um relatório da Oxfam sobre gastos com a alimentação indica que uma pessoa deve gastar no mínimo 1.696 dólares de Hong Kong em comida por mês de modo a satisfazer as suas necessidades nutricionais básicas. O relatório de 2016 sobre a Situação da Pobreza em Hong Kong revela que 1,35 milhões dos 7,35 milhões de residentes da cidade podem ser considerados pobres, um número superior ao registado em 2015, quando eram 1,34 milhões. Hong Kong só começou a medir a pobreza entre os seus residentes em 2009, e os números do ano passado são os mais elevados em termos de valores absolutos. “O envelhecimento da população e a redução do tamanho das famílias têm impulsionado a taxa de pobreza”, disse o número dois do Governo de Hong Kong Matthew Cheung Kin-chung, durante a divulgação do relatório anual, sexta-feira. Cheung, que lidera a Comissão da Pobreza, indicou, porém, que os números do estudo podem estar sobrestimados, já que apenas os rendimentos, e não os bens, são avaliados. Após serem tidos em conta os apoios do Governo, como a pensão para idosos ou segurança social, o número de pobres desce para 996 mil, o que representa menos 25 mil que em 2015.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Enviado chinês na capital norte-coreana [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m enviado especial do Governo chinês chegou este fim-de-semana à Coreia do Norte, num período de crescente isolamento do regime de Kim Jong-un, imposto com a aprovação da China, devido ao seu programa nuclear e de mísseis balísticos. Song Tao, chefe do Departamento de Colaboração Internacional do Partido Comunista Chinês (PCC), é o primeiro funcionário com nível ministerial a visitar a Coreia do Norte, desde Outubro de 2015. Os meios oficiais chineses informaram que Song reuniu-se com Kim Jong-un para transmitir os resultados do XIX Congresso do PCC, realizado em Outubro passado, mas a visita coincide com um período em que Pyongyang enfrenta as mais duras sanções de sempre, após ter efetuado vários testes nucleares e com mísseis balísticos. A China, que é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial do regime norte-coreano, votou a favor das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, e adoptou ainda sanções unilaterais. Durante a recente visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Pequim, o Governo chinês disse à administração norte-americana que as sanções estavam a começar a ter efeito e poderão pressionar Pyongyang a retornar ao diálogo. “É um passo importante. Vamos a ver o que acontece!”, escreveu sexta-feira Trump na rede social Twitter, sobre a visita de Song e a possibilidade de Pyongyang voltar à mesa de negociações. Nos anos 1950, China e Coreia do Norte lutaram juntos contra os EUA. O PCC e o Partido dos Trabalhadores, formação política única na Coreia do Norte, têm ligações de longa data. Posição definida No entanto, desde que, em 2013, ascendeu ao poder, Xi Jinping nunca se encontrou com Kim Jong-un, tendo-se mesmo tornado no primeiro líder chinês a visitar a Coreia do Sul antes de ir à Coreia do Norte. Em editorial, o principal jornal norte-coreano, o Rodong Sinmun, descartou a hipótese de o país negociar o seu programa nuclear. O texto assegura que Pyongyang já aprendeu que “não há outra forma de se opor à repressão imperialista dos Estados Unidos, a não ser através da dissuasão nuclear”. Nos últimos meses, os sucessivos ensaios nucleares de Pyongyang e a retórica beligerante de Trump elevaram a tensão para níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953).
Hoje Macau China / ÁsiaJet Li e Jack Ma unem-se para levar tai-chi aos Jogos Olímpicos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] estrela chinesa de cinema Jet Li e o magnata chinês Jack Ma criaram juntos uma nova arte marcial, com base no tai-chi, visando a sua inclusão nos Jogos Olímpicos, informou sexta-feira a agência noticiosa oficial Xinhua. Ma, que desde há 20 anos pratica tai-chi, e Li baptizaram esta nova arte marcial como Gong Shu Dao, com o objectivo de profissionalizar as artes marciais com origem na China e a sua inclusão no programa olímpico. O coreano taekwondo e o japonês judo são já desportos olímpicos. “Desde 1990, todos os praticantes de artes marciais na China têm pensado como levar [o tai-chi] aos Jogos Olímpicos, e temos trabalhado nesse sentido durante décadas, mas sem sucesso”, afirmou Li, durante a cerimónia de apresentação do Gong Shu Dau, citado pela Xinhua. Li, que luta desde os oito anos e foi campeão nacional da China aos 12, revelou que debateu esta questão com Jack Ma e decidiram imitar as experiências do Japão e Coreia do Sul. Ambos adoptaram então por converter o tai-chi aos padrões exigidos pelo programa olímpico. Jack Ma é fundador do grupo Alibaba, responsável por cerca de 90% do comércio electrónico na China, e um dos homens mais ricos do país.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Português distinguido como DJ do ano [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]iguel Santos foi para Pequim estudar chinês na Universidade de Língua e Cultura, mas foi nos clubes nocturnos da capital chinesa que descobriu a sua vocação, tendo decidido já enveredar pela carreira de DJ. “Estou a tentar concentrar-me mais na música”, conta à agência Lusa DJ Nigls, como é conhecido na noite de Pequim. “Se calhar, terminarei o curso depois”, diz. O interesse de Nigls, 24 anos, pela música electrónica surgiu “através de amigos” e por influência do irmão. Há sete anos, estreou-se como DJ, mas foi só em 2012 que começou a tocar “a sério”, em estabelecimentos nocturnos de Wudaokou, a zona universitária de Pequim. Hoje, toca quase todos os fins-de-semana no Lantern, um dos mais emblemáticos clubes ‘underground’ da capital chinesa, situado junto ao Estádio dos Trabalhadores, ícone da arquitetura socialista, erguido em 1959 para celebrar o 10.º aniversário da China comunista. “A indústria da música electrónica na China não está ainda ao nível da Europa”, considera o DJ português, ressalvando que “está a crescer” e deverá lá chegar “dentro de cinco anos”. A chamada “vida nocturna” é uma indústria nova na China, mas que tem vivido um ‘boom’ nos últimos anos, com ‘nightclubs’ e bares a brotar rapidamente nas grandes cidades do país. “As pessoas têm necessidade de ter experiências novas e contacto com coisas diferentes”, afirma Nigls. Para o português, um dos “grandes obstáculos” ao desenvolvimento da música electrónica na China é a ausência da cultura do ‘dance floor’. No país asiático, a maioria das discotecas reserva pouca área para as pistas de dança, optando por preencher o espaço com mesas. “O público chinês aprecia a música e quer também dançar, mas um pouco pela sua cultura precisam sempre de ver uma pessoa a dançar e a sentir a música para se libertarem e não se sentirem envergonhados”, nota. Das raízes Nascido em Macau, Miguel Santos mudou-se para Portugal aos dez anos, mas decidiu voltar para a Região Especial Administrativa chinesa aos 16, para terminar o ensino secundário. Concluído o liceu, rumou a Pequim para estudar chinês na Universidade de Língua e Cultura, considerada uma “míni-ONU”, com cerca de 9.000 alunos estrangeiros. “Queria crescer como pessoa e ver o mundo de outra maneira”, diz. Nigls toca sobretudo Techno e House. O seu ‘set’ mais longo foi em Qingdao, cidade costeira do norte da China, onde tocou 12 horas seguidas. O truque para evitar o cansaço é sentir a energia do público, afirma. “Se estiveres a tocar e as pessoas entrarem na tua viagem e sentirem a tua música, tu sentes também a energia que te estão a transmitir e acabas por esquecer o cansaço”, explica. Nigls define a música electrónica como um “outro lado da música”, em que “qualquer ferramenta” pode ser usada para criar um som. “Há certos sons que se calhar nunca ouviste ou nunca pensaste que podiam ser enquadrados na música, mas o processo de produção de música electrónica passa bastante por isso: a experimentação com os equipamentos, para criar sons interessantes e trabalhares o produto final”, diz. O português foi considerado DJ do ano de Pequim pela revista City Weekend Beijing, uma publicação em língua inglesa voltada para a comunidade de expatriados na capital chinesa. Para Miguel Santos, um bom DJ deve ter “uma visão do dance floor” e conseguir “estudar as pessoas e a atmosfera do clube”. “É alguém que sabe conectar as pessoas na sua viagem musical e criar a sua história numa noite”, resume.
Hoje Macau EventosLisboa | Livros do Oriente apresenta duas novas edições [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro volume de textos do sinólogo Manuel da Silva Mendes (1867-1931), que se fixou em Macau, no início do século XX, e “O Silêncio dos Céus”, de Fernando Sobral, que tem Macau por cenário, em 1851, são dois novos títulos dos Livros do Oriente, publicados a semana passada. O livro “Manuel da Silva Mendes: Memória e Pensamento” reúne todos os textos sobre arte, filosofia e religião, cultura e tradições chinesas, do advogado e juiz português, e inclui três ensaios sobre o autor, de António Aresta, Amadeu Gonçalves e Tiago Quadros. Esta edição surge quando se assinalam os 150 anos do nascimento do intelectual, em Vila Nova de Famalicão, que viveu em Macau de 1901 a 1931. “O Silêncio dos Céus”, de Fernando Sobral, decorre no contexto das guerras de ópio, centrando-se nas conspirações, paixões, relações de amizade e de ódio que rodeiam uma tentativa de independência de Macau. “Manuel da Silva Mendes: Memória e Pensamento” é apresentado em Lisboa, esta segunda-feira, a partir das 17:30, pelo investigador António Aresta, na Delegação Económica e Comercial de Macau.
Hoje Macau EventosLiteratura | Escritor Sergio Ramírez vence Prémio Cervantes 2017 Sérgio Ramírez, ex-vice-presidente da Nicarágua, é o vencedor da edição deste ano do prémio Cervantes, o mais importante da literatura hispânica [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] escritor nicaraguense Sergio Ramírez venceu o Prémio Cervantes 2017, no valor de 125.000 euros, o mais importante galardão da literatura hispânica, anunciou ontem o ministro espanhol da Educação, Cultura e Desporto, Íñigo Méndez de Vigo. Nascido em 1942, em Masatepe, a 50 quilómetros de Manágua, Sergio Ramírez venceu o Prémio Alfaguara de Romance com “Margarita, está lindo o mar”, em 1998, obra publicada em Portugal pela Difel, numa tradução de Helena Pitta. Do autor está também publicado em Portugal “Tiveste Medo do Sangue?”, romance publicado pela Editorial Caminho, em 1989, numa tradução de Manuel Ruas. Sergio Ramirez foi vice-presidente da Nicarágua no primeiro Governo sandinista (1979-1990). A agência noticiosa espanhola, Efe, refere que, com a atribuição do prémio ao nicaraguense Sergio Ramírez, volta a cumprir o princípio, não escrito, de que o galardão é atribuído alternadamente entre um autor espanhol e um latino-americano. No ano passado, o vencedor foi o espanhol Eduardo Mendoza, nascido em Barcelona, em 1943. Entre títulos originais de Sergio Ramírez, disponíveis no mercado livreiro português, contam-se “La manzana de oro. Ensayos sobre literatura”, “Antologia personal. 50 anos de cuentos” e “Cuentos completos”, assim como os romances “Flores oscuras”, “La Fugitiva”, “El cielo llora por mi” e “Sara”, publicados pela Alfaguara espanhola. Outras obras Ramírez é também autor, entre outras obras, de “El viejo arte de mentir”, “Mil y una muertes”, “Sombras nada más”, “El reyno animal”, “Catalina y Catalina”, “Cuando todos hablamos” e “Adiós, muchachos”, relato da revolução sandinista da Nicarágua. O Prémio Cervantes foi criado em 1975, pelo Ministério da Cultura de Espanha, com o intuito de reconhecer a carreira de um escritor que, com todo o seu trabalho, contribuiu para enriquecer o legado literário hispânico. O poeta espanhol Jorge Guillén foi o primeiro distinguido, em 1976, seguindo-se o cubano Alejo Carpentier, os espanhóis Damaso Alonso e Gerardo Diego, o argentino Jorge Luis Borges e o uruguaio Juan Carlos Onetti. Entre os distinguidos contam-se também Maria Zambrano, Octavio Paz, Rafael Alberti, Ana María Matute, Gonzalo Torrente Ballester, Ernesto Sábato, Carlos Fuentes, Juan Marsé e Juan Goytisolo.
Hoje Macau Manchete SociedadeUM | Yonghua Song, engenheiro electrotécnico, é o novo reitor Sai Wei Zhao, antes de completar o seu mandato, entra Yonghua Song. Está escolhido o novo reitor da Universidade de Macau depois de um processo de selecção que durou meses e que contou com vários candidatos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] próximo reitor da Universidade de Macau (UM) vai ser Yonghua Song, académico da área de engenharia electrotécnica e inicia funções no próximo dia 9 de Janeiro, anunciou ontem a instituição de ensino superior pública. A UM destaca que o professor Yonghua Song trabalhou, durante um longo período, na área da investigação e ocupou cargos de direcção em instituições de ensino superior britânicas e da China, com experiência na gestão de alto nível do ensino superior. Yonghua Song, que se tornará no nono reitor da Universidade de Macau, sucede a Wei Zhao. “Tendo em conta a sua profunda experiência na gestão institucional, largo horizonte internacional, amplas redes de contacto (…), bem como o seu grande entusiasmo e empenho no desenvolvimento do ensino superior, o Conselho da Universidade entende que o professor doutor Song é a melhor escolha para liderar a UM no seu futuro desenvolvimento”, refere a instituição em comunicado. O Conselho da Universidade recomendou, por unanimidade, Yonghua Song como o único candidato para o cargo de reitor, uma proposta aceite pelo chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On. Passagem pela Tsinghua Yonghua Song é doutorado pelo China Electric Power Research Institute. Em 2002, obteve o doutoramento em Ciência, na Universidade Brunel, pelos seus contributos na área electrotécnica. Em 2014, foi-lhe atribuído o doutoramento honorário em engenharia, pela Universidade Bath, de acordo com a mesma nota da UM. Em 1991, foi trabalhar como docente e investigador no Reino Unido e seis anos mais tarde contratado como professor catedrático no Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da Universidade Brunel, tornando-se, em 2004, no primeiro académico chinês a integrar a equipa de gestão de alto nível duma universidade britânica, segundo salienta a UM. Nesse mesmo ano, Yonghua Song foi eleito ‘fellow’ da Academia Real de Engenharia. Posteriormente, em 2007, passou a ser professor catedrático de engenharia electrotécnica na Universidade de Liverpool, acumulando as funções de reitor executivo da Xi’an Jiaotong – Universidade de Liverpool em Suzhou, na China. Em 2009, regressou à China na sequência de um convite da Universidade de Tsinghua, assumindo as funções de professor catedrático de engenharia electrotécnica e reitor assistente daquela universidade. Desde Novembro de 2012, é vice-reitor executivo da Universidade de Zhejiang, sendo ainda director do ‘campus’ internacional e professor catedrático de engenharia electrotécnica da mesma universidade. Dedicado à investigação de sistemas eléctricos, Yonghua Song “contribuiu para o desenvolvimento da indústria da energia eléctrica através dos seus trabalhos nas áreas da energia, engenharia informática e engenharia de controlo”, sublinha a UM. Yonghua Song foi nomeado, em 2002, consultor do Conselho de Ciência e Tecnologia do Governo de Macau, cargo que ainda desempenha. O processo de recrutamento internacional para o cargo de reitor da UM foi lançado depois de, em Março, Wei Zhao, ter comunicado que pretendia deixar o lugar no termo do seu mandato, em Novembro de 2018. Contudo, a sua saída foi antecipada, dado que o seu sucessor assume funções já em Janeiro. Wei Zhao iniciou em 2008 um mandato de cinco anos como reitor da Universidade de Macau, o qual foi renovado, por igual período de tempo, em 2013.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Preço médio do metro quadrado sobe 31% [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] preço médio do metro quadrado das casas em Macau atingiu 117.360 patacas em Outubro, mais 31% que o registado no mesmo mês do ano passado, indicam dados oficiais. Segundo estatísticas publicadas no portal da Direcção dos Serviços de Finanças, ao mesmo tempo que os preços subiram em termos anuais homólogos, o número de fracções transaccionadas desceu: venderam-se 930 casas, menos 20% que em Outubro de 2016. Das três áreas de Macau, a Taipa era a mais cara em Outubro e onde se verificou o maior aumento de preços em termos anuais, de acordo com os mesmos dados respeitantes às transacções de imóveis destinados a habitação que foram declaradas para liquidação do imposto de selo. Nesta zona, o preço médio do metro quadrado fixou-se em 134.747 patacas, mais 55% que no mesmo mês do ano passado. Esta foi também a zona onde se verificou um maior aumento no número de transacções de imóveis: de 206 vendidos em Outubro de 2016, passou-se para 287 este ano, ou seja, mais 39%. A segunda zona mais cara de Macau era a ilha de Coloane, onde o metro quadrado custava em média 122.869 patacas, registando uma ligeira diminuição de preço em relação ao ano passado, de 2%. Apesar de os preços em Coloane se terem mantido estáveis, verificou-se uma acentuada descida no número de fracções transaccionadas: de 231 para 14, ou seja, menos 94%. A península de Macau foi a zona que, em Outubro, registou os preços médios mais baixos (104.524 patacas, mais 28%) e também onde se venderam mais casas, 629, apesar de uma queda anual de 13% nas transacções.
Hoje Macau SociedadeReceitas públicas excedem até Outubro o previsto para todo o ano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s receitas públicas de Macau subiram 14,8 por cento até Outubro e atingiram 94.971 milhões de patacas, excedendo o orçamentado para todo o ano de 2017, indicam dados oficiais divulgados. De acordo com dados provisórios disponíveis no portal da Direcção dos Serviços de Finanças, a Administração de Macau fechou os primeiros dez meses do ano com receitas totais de 94.971 milhões de patacas, traduzindo uma execução de 104,5 por cento. Os impostos directos sobre o jogo foram de 76.266 milhões de patacas, reflectindo um aumento de 17,4 por cento relativamente ao mesmo período do ano passado e uma execução de 106,1 por cento comparativamente ao orçamento autorizado para 2017. A importância do jogo reflecte-se no peso que detém no orçamento: 80,3 por cento nas receitas totais, 80,4 por cento nas correntes e 91,9 por cento nas derivadas dos impostos directos. Já as despesas cifraram-se em 55.691 milhões de patacas nos primeiros dez meses do ano, menos 5,2 por cento em termos anuais homólogos, estando cumpridas em 65,3 por cento. Nesta rubrica destacam-se os gastos ao abrigo do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA) que alcançaram 8.537 milhões de patacas, traduzindo um aumento de 158 por cento, mas uma execução de 56 por cento. Entre receitas e despesas, a Administração de Macau acumulava até Outubro um saldo positivo de 39.279 milhões de patacas, um aumento de 64 por cento em relação aos primeiros dez meses do ano transacto. A almofada financeira excede em muito o previsto para todo o ano (5.567 milhões de patacas), com a taxa de execução a corresponder já a 705,5 por cento do orçamentado para o corrente ano de 2017.
Hoje Macau PolíticaDeputados pedem responsabilização política sobre actuação no tufão Hato [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]g Kuok Cheong e Au Kam San submeteram à Assembleia Legislativa (AL) um pedido de audição relativamente à responsabilização dos governantes após a passagem do tufão Hato, o pior em mais de meio século. A AL aprovou, na semana passada, a proposta de realização de um debate de interesse público – ainda não agendado – sobre “a efectivação das responsabilidades dos governantes”, mas Ng Kuok Cheong e Au Kam San entendem não ser suficiente. Para que “o presente debate de interesse público seja eficazmente realizado é necessário esclarecer a veracidade de uma série de questões, por isso, há que apresentar, em simultâneo, uma proposta de audição, solicitando que seja constituída uma comissão especializada e convocadas as figuras relacionadas” com o caso para “prestarem esclarecimentos”, diz a nota justificativa do pedido de audição, entretanto já admitido pela Assembleia Legislativa (AL). Entre as figuras que Ng e Au pretendem convocar constam o Chefe do Executivo, a secretária para a Administração e Justiça, o secretário para os Transportes e Obras Públicas e o actual e o anterior director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). “O tufão Hato devastou a RAEM [Região Administrativa Especial de Macau], aliás, foi um desastre que causou dez mortos, centenas de feridos, levando à suspensão do abastecimento de água e de electricidade em amplas zonas, com consequentes dificuldades e sofrimento para a vida da população”, sublinham os deputados na nota justificativa, sem esquecer ainda os “prejuízos significativos”. À espera de respostas “O público suspeita que o Conselho para o Tratamento de Incidentes Imprevistos, liderado pelo Chefe do Executivo, e a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (…) falharam nas suas responsabilidades no que respeita à referida catástrofe, nomeadamente no respectivo aviso, prevenção e salvamento”, lê-se na missiva, admitida pelo hemiciclo, mas igualmente por agendar. “Como é que vai ser implementada, de forma concreta, a efectivação das responsabilidades dos governantes? Ou será que se vai evitar as responsabilidades e empurrá-las?”, referem os deputados, questionando ainda se houve “falhas graves” ou “decisões altamente controversas” ou se “só um governante é que falhou”. “Tudo isto tem de ser concretamente esclarecido”, frisam.
Hoje Macau Grande Prémio de Macau MancheteGP | Daniel Hegarty morreu hoje depois de acidente na Curva dos Pescadores Daniel Hegarty sofreu um acidente na Curva dos Pescadores, uma das zonas mais rápidas do Circuito da Guia. [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto britânico Daniel Hegarty (Honda), que hoje sofreu um acidente a meio da prova no Grande Prémio de Motos de Macau, morreu na ambulância, quando seguia para o hospital, anunciou a comissão organizadora do evento. “É com grande pesar que a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau informa que o corredor britânico sucumbiu aos ferimentos quando seguia na ambulância a caminho do Hospital Conde S. Januário”, informou o coordenador da Comissão Organizadora, Pun Weng Kun. Hegarty, de 31 anos, foi retirado de ambulância depois de, às 16:04, a meio da prova, ter batido na barreira na Curva dos Pescadores, de acordo com o relatório de incidentes da organização. Segundo Pun, o piloto “sofreu ferimentos graves” e foi de imediato transportado para o hospital. “A comissão já contactou com a família e membros da equipa de Daniel garantindo que lhes será prestada toda a assistência. A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau manifesta as mais sinceras condolências à família e amigos de Daniel”, disse o responsável, numa comunicação à imprensa sem perguntas. Esta era a segunda participação de Hegarty no Grande Prémio de Macau. Acidentes do passado Desde 2012 que não se registavam fatalidades no Grande Prémio de Macau. Nesse ano, o português Luís Carreira, de 35 anos, morreu após um despiste durante a qualificação, também na Curva dos Pescadores, a zona mais rápida do Circuito da Guia. Um dia depois, o piloto de Hong Kong Phillip Yau, de 40 anos, morreu aos comandos de um Chevrolet Cruze, na Taça CTM, ao embater contra uma parede, na curva do Hotel Mandarim, quando seguia a mais de 200 quilómetros por hora. Foi nesse local que em 2005 morreu o francês Bruno Bonhuil, aos 45 anos, durante o aquecimento para a corrida de motos. Em 1994, também no Grande Prémio de Motos, o japonês Katsuhiro Tottiori morreu na segunda manga da prova. O japonês seguia sozinho na recta entre a curva dos Pescadores e a curva R quando uma paragem violenta da moto, devido a um problema mecânico, o projectou para fora da pista, tendo embatido nas rochas junto ao mar e falecido no local. Em 1967, Dodje Laurel, o piloto filipino que maior projecção internacional conquistou, perdeu a vida na curva do Clube Marítimo, hoje curva do Hotel Mandarim, depois de ter embatido num poste de iluminação pública, capotando o carro que se incendiou de imediato.
Hoje Macau PolíticaOrçamento votado na segunda-feira [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s deputados à Assembleia Legislativa vão votar, na próxima segunda-feira, na generalidade, a proposta de Lei do Orçamento para o próximo ano. Segundo a proposta de Orçamento para 2018, o executivo de Macau prevê que as receitas globais ascendam a 119,16 mil milhões de patacas – mais 15,76% do que o previsto para este ano. Dentro das receitas globais esperadas para o próximo ano, 91,4 mil milhões de patacas) correspondem a impostos directos, com a grande fatia a resultar dos 35% cobrados sobre as receitas brutas dos casinos. A Administração espera arrecadar com o imposto directo sobre o jogo 80,5 mil milhões de patacas – contra 71,8 mil milhões de patacas que previu para o corrente ano. Já a despesa global vai aumentar 14,5% para 109,61 mil milhões de patacas, com o PIDDA (Plano de Investimentos e Despesas da Administração) a representar quase um quinto desta rubrica: 21,14 mil milhões de patacas contra 15,25 mil milhões de patacas do Orçamento de 2017. Segundo a proposta de Orçamento para o próximo ano, o Governo estima terminar o próximo ano com um superavit de 9,55 mil milhões de patacas, ou seja, mais 32,39% do que o previsto no Orçamento de 2017. Outros votos No mesmo dia, a AL vota também, na generalidade, uma proposta de lei de alteração ao Regime de Garantia de Depósitos, que visa simplificar o cálculo da compensação a pagar aos depositantes. O diploma introduz mexidas nos critérios a observar na determinação do valor da compensação a pagar, deixando cair a dedução das eventuais dívidas do depositante à respectiva instituição aquando do accionar da garantia pelo Fundo de Garantia de Depósitos (FGD). Assim, são apenas levados em conta os saldos dos depósitos garantidos do depositante na entidade participante em causa, acrescidos dos respectivos juros contados até àquela data. O actual regime prevê um limite máximo de reembolso de 500 mil patacas a cada depositante e por banco. Todos os bancos autorizados a exercer actividade em Macau (com a excepção dos ‘offshore’) e a Caixa Económica Postal são obrigados a participar no Regime de Garantia de Depósitos, cuja gestão e financiamento é da competência do FGD, apoiado técnica e administrativamente pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). A garantia é accionada oficiosamente pelo FGD quando o chefe do Executivo aprovar uma deliberação do Conselho de Administração da AMCM que considere que a entidade participante não tem ou revela não ter a possibilidade de reembolsar os respectivos depositantes, ou quando for declarada a falência por sentença judicial.
Hoje Macau PolíticaLAG | Federação apoia aumentos mas lamenta aposentações [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Federação das Associações dos Trabalhadores da Função Pública divulgou ontem no seu website um texto onde revela apoiar os aumentos salariais de 2,4 por cento para funcionários públicos anunciados nas Linhas de Acção Governativa (LAG). Contudo, a entidade revelou outras expectativas para as futuras regalias dos funcionários públicos. A Federação entende que, no próximo ano, o Governo vai avançar com a segunda fase de consulta sobre a alteração do regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos. A entidade entende que essa alteração é necessária, uma vez que a última revisão foi feita em 2009. Neste sentido, a Federação considera que este é um período adequado para a revisão do regime, a fim de resolver a questão nas carreiras dos trabalhadores públicos e aumentar o nível de critérios para funcionários de determinadas áreas. A Federação lamenta ainda que no relatório das LAG não existam garantias por parte do Governo para melhorar o regime de aposentação dos funcionários públicos. Relativamente à formação dos funcionários públicos, a Federação disse que, apesar de serem realizados acções de formação, a maioria dos cursos foi de curta duração, sendo necessária uma maior diversidade de cursos, com uma maior especificidade. Além disso, a Federação quer mais recursos disponibilizados pelo Governo para que sejam construídas mais casas para funcionários públicos. Caso Au Kam San | Secretário não comenta [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário Raimundo do Rosário recusou-se a prestar declarações sobre o caso de investigação de que é alvo o deputado Au Kam San. Na edição de ontem do HM, foi noticiado que o deputado pró-democrata está a ser acusado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas do crime de difamação. Se for decidido que há matéria para que vá a julgamento, a Assembleia Legislativa pode votar uma suspensão de mandato.
Hoje Macau SociedadeObras ilegais | DSSOPT destruiu estrutura na avenida Horta e Costa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] grupo para demolição e desocupação, ligado à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), realizou ontem a remoção de uma estrutura ilegal localizada na avenida de Horta e Costa. Segundo um comunicado, tratava-se de uma “construção clandestina localizada no terraço de um edifício de cinco pisos”, que era composta “por suporte e cobertura metálicos e paredes de tijolo”. A obra estava a violar o regulamento de segurança contra incêndios, pelo que impedia “o caminho de evacuação do edifício”, afectando a segurança contra incêndios”. A DSSOPT afirma ter começado a investigar este caso de obra ilegal “após ter recebido queixas”, tendo publicado um edital, que foi “ignorado pelo infractor”. A entidade, dirigida por Li Canfeng, publicou um outro edital “a exigir ao infractor que durante o prazo estipulado demolisse, por sua iniciativa, as obras ilegais e procedesse à reposição do terraço”. “Contudo, findo o prazo, a construção clandestina ainda permanecia no local”, explica o comunicado.
Hoje Macau SociedadeJustiça | Criada “Aliança dos serviços jurídicos” [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi criada a “Aliança dos Serviços Jurídicos do Interior da República Popular da China (RPC), de Macau, e dos Países de Língua Portuguesa”. Segundo um despacho publicado em Boletim Oficial esta quarta-feira, esta associação “não tem fins lucrativos” e tem como objectivo “incentivar as relações entre os escritórios de advogados membros, advogados membros e outras instituições jurídicas”. Esta cooperação será feita “através da realização de fóruns sobre questões relacionadas com assuntos de Direito, actividade de intercâmbios e cooperação nessas matérias e referenciação de clientes relativamente aos mercados da RPC, de Macau e dos Países de Língua Portuguesa”. Turismo | Governo prepara segunda fase de base de dados [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) lançou novas funções à base de dados “Macao Tourism News plus”, lançada o ano passado, estando a “realizar os trabalhos da segunda fase da construção do sistema”. Segundo um comunicado, é objectivo “convidar a indústria turística a usar esta base de dados no próximo ano, com o intuito de continuar a elevar a eficácia e qualidade de comunicação”. A DST explica que “na primeira fase a base de dados tem vindo a ser continuamente actualizada, disponibilizando actualmente mais de 1.500 notas de imprensa, 7.300 textos com informações sobre actividades e perto de 8.000 imagens, num total mais de 16.600 registos”. DSAL | Trânsito condicionado em Coloane até 15 de Dezembro [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), anunciou que até 15 de Dezembro, a Estrada da Aldeia, em Coloane, e a área junto ao Largo Tam Kong Miu, vão ter o trânsito condicionado. Será ainda proibido o estacionamento de veículos na zona. O comunicado da DSAT refere que entre o Cemitério Municipal de Coloane e a Estrada de Choc Van não existem sinais claros de trânsito sendo frequente o estacionamento ilegal na zona. O Governo anunciou que vai aumentar a zona de estacionamento para veículos ligeiros e motas na referida estrada, assim como barreiras de ferro e sinais de trânsito. Por outro lado, o Governo vai ajustar o estacionamento no Largo Tam Kong Miu restringido a tomada de largada de passageiros e de mercadorias.
Hoje Macau EventosExposição | “Macau Bom Design” apresentada em Berlim [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC), em parceria com o Centro Cultural da China em Berlim e com a Associação dos Designers de Macau, inaugura hoje, em Berlim, Alemanha, a exposição “Macau Bom Design 2017”. Trata-se, segundo um comunicado do IC, de uma “extensão da exposição de Macau na Bienal de Artes Visuais de Hong Kong e Macau”, realizada o ano passado. Segundo o IC, “a realização de exposições em diversos locais permite que o público de cada local possa aprofundar os seus conhecimentos sobre as artes visuais de Macau, impulsionando o desenvolvimento das diferentes formas de arte e promovendo o intercâmbio cultural entre diversos locais”. A exposição “Macau Bom Design” inclui obras de design gráfico, animação e mapping em 3D, que “englobam principalmente elementos locais”, tais como “design de configuração e concepção de produtos de Macau, obras premiadas em edições anteriores da Bienal de Design de Macau, pinturas que retratam Macau da autoria do pintor britânico do séc. XIX, George Chinnery, e ainda espectáculos de mapping em 3D”. A “Macau Bom Design 2017 – Exposição em Berlim” está patente de 18 a 30 de Novembro e apresenta “ao público alemão uma imagem humanística de Macau sob diferentes vertentes”.
Hoje Macau China / ÁsiaInvestimento no exterior cai mais de 40% até Outubro [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] investimento da China além-fronteiras entre Janeiro e Outubro registou uma queda homóloga de 40,9%, para 86.300 milhões de dólares, anunciou ontem o ministério chinês do Comércio. Os sectores comércio, manufactureiro, venda por atacado, retalho e tecnologias de informação foram os principais beneficiários do investimento chinês no exterior. Durante este período não se registou nenhuma grande operação nos sectores imobiliário, desportivo ou entretenimento, reflectindo os esforços de Pequim para travar o que considera serem investimentos desnecessários ao desenvolvimento do país. “O investimento irracional no exterior abrandou de forma mais efectiva”, afirmou o ministério, em comunicado, destacando que o país melhorou a sua estrutura industrial. Encorajadas pelo Governo, as empresas chinesas aumentaram nos últimos anos os investimentos além-fronteiras, como forma de assegurarem fontes confiáveis de retornos e adquirirem tecnologia avançada. Coisa rara Os reguladores chineses emitiram este ano, no entanto, um raro comunicado conjunto, no qual advertem para investimentos “irracionais” além-fronteiras, em sectores nos quais abundam “riscos e perigos ocultos”. Algumas das empresas chinesas cujas aquisições no exterior praticamente pararam nos últimos meses detêm participações em importantes empresas portuguesas, como a Fosun e o HNA Group. A Fosun é a maior accionista do banco Millennium BCP com 25,1% do capital, também detém 85% da seguradora Fidelidade (os restantes 15% do capital são da CGD) – que por sua vez é ‘dona’ do Grupo Luz Saúde – e conta ainda com uma participação de 5,3% na Redes Energéticas Nacionais (REN). A HNA é accionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul. Segundo dados oficiais portugueses, desde que a China Three Gorges comprou 21,3% da EDP, em 2012, o montante do investimento chinês em Portugal já ultrapassou os 10.000 milhões de euros.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | Pequim e Manila reforçam laços de cooperação [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e as Filipinas assinaram acordos de cooperação esta quarta-feira, assumindo o compromisso de fortalecer o “impulso positivo” nas relações bilaterais. Depois de se encontrar com o presidente filipino, Rodrigo Duterte, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang comunicou à imprensa que as relações sino-filipinas melhoraram, e que ambos os lados esperam “trabalhar conjuntamente para compensar o tempo perdido”, informa o Diário do Povo. Li é o primeiro chefe de Governo chinês a realizar uma visita oficial às Filipinas na última década, tendo chegado ao país num momento em que os laços bilaterais se fortalecem — reflexo do esforço contínuo levado a cabo por Duterte desde que assumiu a presidência no ano passado. Os dois líderes testemunharam a assinatura de 14 acordos de cooperação sobre financiamento de infraestruturas, construção de pontes, emissão de títulos, reabilitação de toxicodependência, mudanças climáticas, proteção de propriedade intelectual e cooperação na capacidade industrial. Os líderes anunciaram também o início dos trabalhos para a construção de duas pontes fluviais em Manila e dois centros de reabilitação de toxicodependência em Mindanao, no sul das Filipinas. A China irá fazer uso da sua experiência no fabrico de equipamentos e no desenvolvimento de infraestruturas, de modo a gerir a cooperação bilateral na capacidade industrial e formular uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo, afirmou Li. Alvos definidos O primeiro-ministro chinês destacou vários pontos centrais de cooperação, incluindo: facilitação de investimentos comerciais, tecnologia da informação, agricultura, pesca, combate à pobreza e reconstrução de áreas degradadas. Li prometeu ainda 150 milhões de yuans em subsídios do governo chinês para auxiliar a reconstrução de Marawi, devastada pela guerra no sul das Filipinas. O governo filipino em Outubro declarou a vitória sobre os extremistas ligados ao Estado Islâmico em Marawi, pondo um fim a quase cinco meses de confrontos que destruíram várias partes da cidade. Por sua vez, Duterte agradeceu à China pela ajuda fornecida às Filipinas na reconstrução de Marawi e pela assistência no impulso para a iniciativa de desenvolvimento de infraestruturas das Filipinas. “É com entusiasmo que testemunho a reviravolta positiva e o vigoroso impulso das relações sino-filipinas”, afirmou Duterte. O chefe de Estado filipino salientou que os esforços conjuntos para melhorar os laços promovem a paz, a estabilidade e o desenvolvimento na região. No seu encontro com Li, Duterte vincou que espera tirar lições do desenvolvimento da China, fortalecendo a cooperação em áreas como os transportes, telecomunicações e agricultura.