Hoje Macau SociedadeJogo | Mais de 55 mil milhões em imposto directo no primeiro semestre [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau arrecadou 56,8 mil milhões de patacas em receitas provenientes dos impostos directos sobre o jogo no primeiro semestre do ano. De acordo com os dados provisórios divulgados no portal da Direcção dos Serviços de Finanças de Macau, este resultado representa um aumento de cerca de 18,9 por cento em relação ao período homólogo. Só no mês de Junho, o Governo do território recolheu cerca de 9 mil milhões de patacas em impostos directos sobre o jogo. Em relação às receitas totais, a Administração de Macau obteve, até ao final de Junho, 64,373 mil milhões de patacas, mais 9,391 mil milhões (17,1 por cento) do que em igual período do ano passado. Os impostos directos sobre o jogo – 35 por cento sobre as receitas brutas dos casinos – representaram, nos primeiros seis meses do ano, cerca 84,8 por cento das receitas totais da Administração de Macau. As contas públicas tiveram um saldo positivo de 30,523 mil milhões de patacas, em comparação com os 20,236 mil milhões de patacas alcançados no ano anterior. No capítulo da despesa verificou-se uma diminuição de 896 milhões (2,6 por cento) de patacas em relação ao mesmo período de 2017, sendo agora de 33,850 mil milhões de patacas. De acordo com os dados provisórios, a Administração de Macau encerrou 2017 com receitas de 118,069 mil milhões de patacas, mais 15,3 por cento em relação a 2016.
Hoje Macau SociedadeCosta Nunes | Director da DSEJ considera multa justa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] dirigente máximo da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Lou Pak Sang, considera que a multa de 12 mil patacas aplicada ao Jardim de Infância D. José da Costa Nunes é a medida mais adequada. De acordo com declarações ao Jornal Ou Mun, o responsável considera o valor da multa justo, e justifica que a decisão foi tomada tendo em consideração o facto de a professora não ter denunciado a situação junto da escola, e desta não ter de imediato comunicado com a DSEJ. Lou Pak Sang referiu ainda que as penas mais graves previstas na lei seriam a suspensão do funcionamento da escola, o seu encerramento ou o fim da atribuição de subsídios por parte do Governo. No entanto, a suspensão do funcionamento da escola poderia ter influência negativa junto de pais e alunos. O dirigente foi mais longe e mencionou que o Costa Nunes é uma instituição necessária no território. O director disse também que o Executivo iniciou os trabalhos da revisão do estatuto das instituições educativas particulares, que visa rever o estabelecimento e competências das escolas.
Hoje Macau SociedadeInflação | Taxa foi de 2,13 por cento em Junho [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] taxa de inflação em Macau foi de 2,13 por cento nos 12 meses terminados em Junho, relativamente a igual período imediatamente anterior, indicam dados oficiais divulgados ontem. De acordo com os Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou as maiores subidas nos preços da saúde (+4,88 por cento), da educação (+4,73 por cento), e do vestuário e do calçado (+4,43 por cento). Só em Junho, o IPC geral, que permite conhecer a influência da variação de preços na generalidade das famílias de Macau, cresceu 3,11 por cento em relação a igual período do ano passado, sendo este crescimento superior ao de Maio em 2,97 por cento. Os Serviços de Estatística e Censos justificaram este crescimento mensal com a subida dos preços “das refeições adquiridas fora de casa, das rendas de casa, dos preços da gasolina e das tarifas dos estacionamentos públicos, bem como pelo aumento dos preços do vestuário e calçado para senhoras, para o período do Verão”. De acordo com a DSEC, no segundo trimestre de 2018, o IPC geral médio cresceu 2,99 por cento em relação ao mesmo período de 2017. Em 2017, a taxa de inflação em Macau foi de 1,23 por cento, uma diminuição relativamente aos 2,37 por cento registados em 2016.
Hoje Macau SociedadeEmprego | Governo cria conselho consultivo para o ensino superior [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou na sexta-feira, a criação de um conselho consultivo para o ensino superior, cuja missão é adequar a oferta de cursos à realidade do território, de forma a reforçar a empregabilidade. Uma das principais funções do Conselho do Ensino Superior será “pronunciar-se sobre a adequação dos cursos do ensino superior às necessidades sociais”, de acordo com um comunicado do Conselho Executivo de Macau. As autoridades consideram que esta entidade deve apoiar o Governo quanto ao rumo a seguir pelas instituições de ensino superior na formação de quadros qualificados. “As atribuições principais do Conselho incluem: pronunciar-se sobre o desenvolvimento do ensino superior e a definição das políticas; emitir pareceres e fazer recomendações sobre os mecanismos de garantia da qualidade do ensino superior e formular opiniões sobre a revisão da legislação do ensino superior”, lê-se no comunicado. O Governo de Macau de Macau pretende que o presidente deste conselho, que deve entrar em vigor a partir de 8 de Agosto, seja o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, que tutela a educação no território. De acordo com os dados mais recentes dos Serviços de Estatística e Censos de Macau, a população activa no território é de 388 mil pessoas, sendo que a maioria está empregada no ramo das actividades culturais e recreativas (95,4 mil pessoas), nos hotéis, restaurantes e similares (56 mil pessoas) e no comércio por grosso e a retalho (43,6 mil pessoas). A taxa de desemprego em Macau em 2017 foi de 2 por cento.
Hoje Macau SociedadeCapitais | Transacções suspeitas de branqueamento sobem até Junho [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades de Macau registaram no primeiro semestre do ano 2187 participações de transacções suspeitas de branqueamento de capitais e/ou de financiamento do terrorismo, mais 43,2 por cento do que no período homólogo de 2017. De acordo com dados publicados pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF), nos primeiros seis meses do ano foi registado um aumento de 660 participações, em relação a igual período do ano passado. O jogo foi a actividade que deu origem a mais denúncias, 1128, ou 51,6 por cento do total, seguindo-se instituições financeiras e companhias de seguros, com 617. Outras instituições representaram 8,6 por cento das denúncias (442), indicou o GIF. No mesmo período de análise em 2017, o jogo representava 70,3 por cento (1074) do total das denúncias (1527). O aumento das participações no primeiro semestre de 2018, em comparação com o período homólogo de 2017, deveu-se sobretudo ao aumento das denúncias no segmento das outras actividades. O número destas denúncias foi 11 vezes superior do que o registado entre Janeiro e Junho de 2018. De acordo com o GIF, Macau recebeu em 2017 um total de 3085 participações de transacções suspeitas de branqueamento de capitais e/ou de financiamento do terrorismo. Os sectores referenciados, como os casinos, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transação igual ou superior a 500 mil patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Empresas à procura de aura internacional ‘alugam’ estrangeiros Aluno de mestrado numa universidade de Pequim, o europeu Oliver é “poeta famoso” a tempo parcial, fenómeno único no país asiático, onde há empresas a contratar estrangeiros apenas para parecerem internacionais Reportagem por João Pimenta, da agência Lusa [dropcap style≠’circle’]”P[/dropcap]or vezes, a organização convida poetas de fora realmente prestigiados, mas quando o orçamento não chega recorrem a estudantes estrangeiros e apresentam-nos simplesmente como sendo poetas famosos”, descreve Oliver, de 26 anos, à agência Lusa. “Não interessa qual a tua idade, se escreves poesia, ou o teu nome. O que importa é que o evento ganha uma aura internacional devido à minha presença, e isso para a organização basta”, diz. Durante décadas, as marcas chinesas têm apostado em nomes estrangeiros ou publicidade com modelos caucasianos – famosos ou não -, sugerindo assim que os seus produtos são internacionais e, portanto, superiores aos domésticos. Essa percepção criou um fenómeno ímpar na China: estrangeiros contratados para desempenhar todo o tipo de papéis – músicos, atletas, arquitectos ou advogados -, unicamente com base na sua aparência. Um anúncio de emprego para treinador de futebol a que a Lusa teve acesso, difundido por uma escola primária de Pequim após a França ganhar o Mundial, descreve assim as “competências” preferenciais do candidato: “Tem de ser preto, forte, e parecido com o jogador francês [Kylian] Mbappé”. O salário oferecido ascende a 30.000 yuan – quinze vezes o salário mínimo na capital chinesa. Para Oliver, passar ocasionalmente por ser um “poeta famoso” garante dinheiro fácil e viagens por toda a China com alguns dos maiores nomes da poesia chinesa, sempre hospedado em hotéis de cinco estrelas. “Uma vez, para um festival de dois dias pagaram-me 5.000 yuan (640 euros) e tive a honra de colocar flores no túmulo de um poeta da dinastia Tang”, conta. Durante a abertura de um outro festival, o europeu caminhou na passadeira vermelha ao lado de um vice-primeiro-ministro chinês. Num evento em Nanjing, no leste do país, havia retratos dele com dois metros espalhados pelo recinto. “É surreal”, admite. O fenómeno, conhecido entre os expatriados na China como ‘white face job’ (trabalho para brancos), está a “crescer”, garante Oliver, apesar de o número de estrangeiros a residir no país ter superado os 900.000, no ano passado. “A audiência admira-te pela cor da tua pele, não por aquilo que estás a fazer. É como se fosses um macaco no zoológico”, conta o realizador norte-americano David Borenstein, que retrata a indústria no documentário Dream Empire. Durante os dois anos em que viveu na China, Borenstein conheceu estrangeiros que fizeram do fenómeno carreira, como um falso teclista que há cinco anos dava concertos em eventos, em ‘playback’, sem sequer saber tocar o instrumento, ou um falso arquiteto que era apresentado como parceiro de promotores imobiliários. “Havia muita gente a fazê-lo e um dia de trabalho chegava para pagar a renda”, disse, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post. Para Oliver, no entanto, ser “poeta famoso” a tempo parcial não é só facilidades. “O pior é que envolve trabalho de casa”, diz. “Logo após o festival terminar, temos que escrever um poema sobre a cidade, ou o festival, ou sobre o poeta a quem o festival é dedicado”.
Hoje Macau China / ÁsiaDesertor norte-coreano detido por vender segredos da Coreia do Sul [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m desertor norte-coreano foi detido em Seul, acusado de vender informações militares secretas da Coreia do Sul para um país da Ásia Oriental, informaram ontem as autoridades. O suspeito, identificado apenas pelo sobrenome Lee, terá vendido informações de antigos altos quadros do Comando de Inteligência de Defesa da Coreia (KDIC), afirmou um representante do Gabinete da Procuradoria do Distrito Central de Seul durante uma conferência de imprensa. Lee terá obtido as informações de um ex-funcionário do KDIC, de 58 anos, identificado pelo sobrenome Hwang, que foi preso no mês passado juntamente com outro ex-oficial do mesmo ramo dos serviços de informação militar, mas por outro caso de espionagem. Os interrogatórios aos quais os dois indivíduos foram submetidos permitiram que os investigadores descobrissem a suposta fuga, embora a relação exacta entre o desertor e Hwang não tenha sido revelada. Lee vendeu as informações obtidas a um agente integrado numa missão diplomática de um país “da Ásia Oriental”, explicou o representante da Procuradoria, sem acrescentar mais detalhes sobre este terceiro Estado, informou a agência de notícias Yonhap. Múltiplos cúmplices Suspeita-se que Lee foi o responsável pela fuga de 109 informações classificadas como secretas, incluindo dados pessoais de agentes dos serviços de informação sul-coreanos que trabalhavam em missões estrangeiras e que foram obrigados a abandonar os seus postos e regressarem ao país. A investigação admite existirem mais pessoas envolvidas. Recentemente, foi igualmente divulgado que os serviços secretos sul-coreanos orquestraram a deserção de vários norte-coreanos, que trabalhavam num restaurante na China, e que viajaram para a Coreia do Sul. Fontes conhecedoras de detalhes do caso revelaram que agentes da KDIC estiveram envolvidos nas fases iniciais do processo, assim como um gestor e doze empregadas do restaurante norte-coreano Ryugyong, situado em Ningbo na China, que partiram para a Coreia do Sul em Abril de 2016. A comitiva de desertores passaram primeiro por Xangai e depois pela Malásia, antes de chegarem a solo sul-coreano. Numa conferência de imprensa realizada na passada terça-feira, a porta-voz do Ministro da Defesa Nacional disse que o ministro “não tinha comentários a fase nesta fase” e acrescentou que mais questões sobre esta matéria deviam ser dirigidas ao Ministério da Unificação, o organismo do Executivo de Seul responsável pelos casos de desertores norte-coreanos.
Hoje Macau China / ÁsiaTráfico | Confiscadas 156 presas de mamute na China em apreensão recorde As autoridades chinesas confiscaram 156 presas de mamute num camião oriundo da Rússia, uma apreensão recorde que ocorre depois de a China proibir o comércio de marfim, no início deste ano, informou ontem a imprensa estatal [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] operação, que ocorreu no final de Abril passado, resultou ainda na apreensão de duas presas de elefante, 1.276 chifres de antílope, 406 presas de morsa, 226 presas de narval, vesículas biliares e dentes de urso, e 320 quilos de pepino do mar. No total, a carga apreendida, no posto fronteiriço de Hulin, nordeste da China, tem um valor estimado de 106 milhões de yuan (13,5 milhões de euros). As presas estavam escondidas sob uma carga de soja. Os oito suspeitos, russos e chineses, foram presos, segundo o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês. A apreensão é uma das maiores do género dos últimos anos na China e ocorre depois de o país, o maior consumidor mundial de marfim, ter banido desde o início do ano todo o comércio e transformação de marfim. Produtos de marfim são vistos no país asiático como símbolos de estatuto, enquanto esculturas naquele material são parte importante da cultura e arte tradicionais da China Antiga. A proibição, que havia já sido anunciada em 2016, abrange também o comércio electrónico e as recordações adquiridas no estrangeiro. Comércio furtivo O Governo chinês lançou várias campanhas de sensibilização antes da entrada em vigor da nova lei, e o preço de pressas de elefante caiu 80 por cento no país. A Xinhua indicou que, ao longo de 2017, fecharam 67 lojas envolvidas no comércio de marfim. A decisão pode ter impacto significativo em Angola e Moçambique, que nos últimos anos se tornaram destinos de referência na caça ao elefante. Em Moçambique, entre 2011 e 2015, a caça furtiva custou à reserva do Niassa (norte) sete mil elefantes. A caça furtiva ameaça de extinção o elefante e o rinoceronte no país, de onde são traficados pontas de marfim e cornos de rinocerontes para a Ásia. Em Angola, as autoridades queimaram cerca de 1,5 toneladas de marfim, bruto e trabalhado, em Junho passado. A quantidade, apreendida em diferentes pontos do país entre 2016 e 2017, podia valer no “mercado negro” perto de um milhão de euros. Existem actualmente cerca de 450.000 elefantes no continente africano, calculando-se em mais de 35.000 os que são mortos anualmente.
Hoje Macau China / ÁsiaCiência | Lançado centro de investigação para clonar primatas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China lançou um centro de investigação para clonar primatas, na cidade de Xangai, que permitirá avançar no diagnóstico e tratamento de doenças celebrais, informou ontem a imprensa local. O centro, que faz parte de um projecto conjunto entre o Instituto de Neurociência da Academia Chinesa de Ciências e o Governo de Xangai, também se dedicará à investigação de modelos de doenças não humanas, tecnologias de inteligência neurológica e desenvolvimento de medicamentos. Citado pelo jornal oficial Global Times, o director do instituto, Poo Mu-ming, afirmou que a investigação permitirá diagnosticar e tratar doenças como tumores. Em Janeiro passado, uma equipa de cientistas chineses clonou pela primeira vez dois primatas geneticamente idênticos, com o mesmo método usado na criação da ovelha Dolly em 1996, segundo informou a revista especializada Cell. Os primatas foram criados a partir de células de tecido de um primata macaco adulto, um procedimento levado a cabo pelo Instituto de Neurociência da Academia Chinesa de Ciências de Xangai. O processo suscitou críticas por parte de organizações de defesa dos animais, que o classificaram como um “espectáculo de terror” e exigiram o fim deste tipo de experiências com animais. Poo insistiu que os padrões aplicados foram ainda “mais restritos do que os usados na Europa ou Estados Unidos” e que os dois macacos vivem agora como macacos “normais”.
Hoje Macau China / ÁsiaInternet | Wikipédia não cederá nos seus princípios para entrar na China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fundador do Wikipédia, Jimmy Wales, advertiu ontem, em Taiwan, que a enciclopédia electrónica “não cederá nos seus princípios” para entrar na China, mas que continuará a “colaborar com o Governo chinês para terminar o bloqueio”. Lançada em Maio de 2001, a versão em chinês do Wikipédia está bloqueada na China desde 3 de Junho de 2004, um dia antes do 15.º aniversário da sangrenta repressão do movimento pró-democracia de Tiananmen. Segundo Wales, muitas empresas cederam perante exigências de Pequim para acederem ao mercado chinês, mas o Wikipédia “nunca o fará”, apesar de reconhecer que esta é uma decisão “complicada” e difícil de classificar como “correcta ou incorrecta”. O fundador do Wikipédia destaca que a sua empresa pode contribuir para um entendimento maior entre a China e o mundo, incluindo para uma melhoria dos laços entre Pequim e Taipé, já que o “conhecimento ajuda a resolver mal-entendidos”. “O conhecimento e a aceitação dos factos históricos e a compreensão dos desacordos são incrivelmente poderosos para gerar soluções”, afirmou. Wales participa em Taiwan do Fórum de Inovação Digital, que se celebra até sexta-feira e aborda a inteligência artificial, tecnologia científica e financeira e a inovação digital.
Hoje Macau EventosCinemateca Paixão | Filmes de animação chegam à tela em Agosto Um total de 14 filmes de animação compõem o cartaz do “Festival de Animação Mundial de Verão”, que estará em exibição na Cinemateca Paixão. A curadoria está a cargo de Jonathan Hung, de Hong Kong [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois dos filmes portugueses e dos documentários, a Cinemateca Paixão prepara-se para apresentar um novo cartaz a pensar nas férias de Verão dos mais pequenos. O “Festival de Animação Mundial de Verão” acontece entre os dias 11 e 26 de Agosto e apresenta 14 filmes de animação, num trabalho de curadoria de Jonathan Hung, de Hong Kong. De acordo com um comunicado, este festival “traz 14 notáveis animações com uma grande variedade de temas e estilos, que nos garantirá uma maravilhosa viagem ao mundo da fantasia”. Além disso, “pais e filhos poderão aprender a realizar animações simples no ‘Workshop de Animação para a Família’”, que terá a duração de duas horas e que é destinado a crianças e jovens. O workshop, apenas em língua chinesa, decorre no dia 4 de Agosto entre as 15h e 17h. Uma vez que o cartaz é composto por películas que receberam nomeações ou que “ganharam prémios importantes em diversos festivais de cinema de relevo”, a Cinemateca Paixão encarregou-se de dar ao festival “quatro destaques diferentes”. O festival irá realçar ainda um realizador, na categoria “Realizador em Foco”. Nesse âmbito será recordado Satoshi Kon, falecido em 2010, através de quatro filmes de animação: “Azul Perfeito”, “Actriz do Milénio”, “Padrinhos de Tóquio” e “Paprika”. De acordo com os organizadores do festival, a selecção “permitirá um olhar retrospectivo e exaustivo do imaginário deste autor”. Quatro séries, diferentes filmes A primeira parte do festival intitula-se “Série Luminosa” e mostra ao público o filme “A Ganha Pão”, que foi nomeado para um Óscar. Este filme conta “a história de uma menina de 11 anos que tem de tomar conta da família e aprender a ser independente depois do pai ser preso”. Será também exibido o filme de Taiwan “Na Estrada da Felicidade”, que mostra “a mudança social em Taiwan através da viagem de crescimento de uma jovem rapariga”. Ainda nesta categoria, o filme “A Ilha dos Cães”, de Wes Anderson, também faz parte da selecção, tal como “A Rapariga sem Mãos”, “um perturbador olhar sobre o mundo dos Irmãos Grimm, [onde] o realizador recorre a linhas de tinta claras para definir a suavidade e dureza da heroína”. Na Cinemateca podem ainda ser vistas “duas animações cheias e humor negro para desfrutar, ‘Uma Cidade Chamada Pânico’ e ‘A Minha Escola Inteira a Afundar-se no Mar’”. Segue-se a categoria “Série Negra”, com duas animações que são “verdadeiramente surreais e surpreendentes”. No filme “A Noite É Curta, Não Pares de Andar” revela-se a história de uma jovem que se lança “numa viagem pela noite de Tóquio cheia de gente embriagada e eventos misteriosos”. Por sua vez, “Anomalisa” versa sobre os estranhos encontros nocturnos de um escritor. Este filme, de Charlie Kaufman, esteve nomeado para um Óscar e venceu o Grande Prémio do Júri no Festival de Cinema de Veneza. Na série “Sucessos da China” entra o filmes “Tenha um bom dia”, de Lou Jian, que está cheio de “ridículo, imprevisibilidade, humor negro e um poderoso estilo de animação raramente visto em filmes de animação chineses”. Outra película de animação incluída nesta categoria intitula-se “Dahufa” que conta uma história “onde a amizade permite aos personagens repensarem as suas identidades e posições, liberdade e escravatura, mas também as suas ideias feitas”. Os bilhetes começam a ser vendidos este sábado, ao balcão da Cinemateca ou online.
Hoje Macau EventosArquitectura | Open House Macau é hoje oficialmente apresentado [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] espaço criativo “Ponte 9”, no Porto Interior, uniu-se à iniciativa “Open House Worldwide” que acontece em Macau nos dias 10 e 11 Novembro, sendo esta a primeira vez que o evento, ligado à história e arquitectura, acontece na Ásia. A apresentação oficial acontece hoje e o objectivo é “democratizar o acesso à arquitectura, através de visitas gratuitas aos bastidores de 50 edifícios que contam a história de quase 500 anos de coabitação entre o Oriente e Ocidente”, aponta um comunicado. As submissões de edifícios a visitar devem ser feitas até ao dia 17 de Agosto para que haja “dezenas de oportunidades para falar, pensar e celebrar a cidade”. “O programa de visitas baseia-se num critério de selecção que avalia o contributo único dos edifícios para a cultura e tecido urbano da cidade, tendo em vista oferecer uma perspectiva ecléctica do panorama construído de Macau”, apontam os organizadores, sendo vão existir nos percursos “exemplos de arquitectura vernacular (tradicional chinesa), a propostas de estilo neoclássico, art déco, modernista e contemporâneo”. Macau é importante para este evento porque é considerado como “o território mais densamente povoado do mundo, uma cidade vibrante e em constante mudança, detentora de uma história única de intercâmbio cultural”. Além disso, “o crescimento da indústria do jogo e consequente desenvolvimento de casinos dos últimos anos justapõe-se a um tecido compacto e texturado, no qual edifícios idiossincráticos contam uma história de quase 500 anos de coabitação entre o Oriente e o Ocidente”. O “Open House Worldwide” foi criado em 1992 em Londres, tratando-se de uma iniciativa que se estrutura “a partir de um conceito simples, mas poderoso: convidar todos a explorar e a debater sobre a importância da boa concepção arquitectónica nas cidades, de forma inteiramente gratuita”. “O sucesso do evento junto do público, justificou a criação da rede mundial Open House Worldwide – da qual o Open House Macau é membro -, uma das mais relevantes instituições internacionais para a promoção da arquitectura, incluindo 40 iniciativas em quatro continentes, que congregam a participação anual de mais de 1 milhão de visitantes”, explica um comunicado. A curadoria da Open House Macau está a cargo do CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo, dirigido pelo arquitecto Nuno Soares, em parceria com diversas outras instituições.
Hoje Macau SociedadeMedia | Portadores de passaporte de Macau isentos de visto para a China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] jornal Liberty Times, citado pela Macau News Agency, revela que os jornalistas que sejam portadores de passaporte de Macau, Hong Kong e Taiwan vão ficar isentos de visto de trabalho passado pelas autoridades do continente sempre que quiserem fazer trabalho de reportagem na China. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, durante um encontro do Conselho de Estado esta quarta-feira. Foi dito pelo governante que as autoridades chinesas vão remover um total de 17 regulamentos administrativos ligados ao sector empresarial, onde se incluem os vistos de trabalho, ligados aos naturais de Macau, Hong Kong e Taiwan. Tudo para garantir uma maior integração económica a nível regional. Outro exemplo da eliminação de regulamentos é o fim da necessidade de aprovação de investimento estrangeiro na área dos transportes. A ideia defendida por Li Keqiang é que existe a necessidade de diminuir os processos de aprovação para diversos investimentos no país, para que haja um maior desenvolvimento do mercado interno entre os “compatriotas chineses”, escreveu a Macau News Agency. A vontade das autoridades chinesas passa também por criar novas licenças de negócio para cidadãos norte-americanos que tenham concorrido para investir na China, isto numa altura em que o país enfrenta uma guerra comercial com os Estados Unidos. O jornal Liberty Times escreveu ainda que o processo de candidaturas para fusão ou aquisição de empresas será suspenso de forma temporária e que o Governo Central está a ponderar suspender também os pedidos já existentes.
Hoje Macau SociedadePearl Horizon | Lesados querem devolução do dinheiro ainda este mês [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m grupo de lesados do caso Pearl Horizon assinou uma declaração publicada ontem no Jornal do Cidadão onde pede a devolução, ainda este mês, do montante investido nos apartamentos. A declaração revela que os lesados não estão satisfeitos com as propostas de resolução avançadas pela Polytex e afirmam que, desde que a empresa perdeu a acção em tribunal, não mais assumiu as suas responsabilidades. Além disso, os lesados argumentam ainda que o Governo também tem de assumir responsabilidade na devolução do dinheiro, tal como foi prometido pelos governantes.
Hoje Macau SociedadeNobre de Carvalho | Obras na ponte obrigam ao fecho de um sentido [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s obras de melhoramento dos passeios junto à Estrada Governador Nobre de Carvalho, na Taipa, vão obrigar ao encerramento ao trânsito da ponte com o mesmo nome, aponta um comunicado, que explica que “o troço entre o ‘The Greenville’ e o Armazém da CEM passará a ser de sentido único”, permitindo-se apenas a circulação entre a Rotunda Ouvidor Arriaga e a Rotunda do Istmo. Algumas paragens de autocarro ficarão desactivadas temporariamente, tais como “Largo Ouvidor Arriaga / Edifício Chun Yuet” e “Estrada Governador Nobre de Carvalho”. Além disso, 14 carreiras de autocarros públicos terão o seu percurso alterado. As referidas medidas provisórias de trânsito terão efeito a partir das 10h de amanhã e têm uma duração de 45 dias.
Hoje Macau InternacionalFacebook vai remover informações falsas que potenciem violência iminente [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Facebook vai remover informações falsas publicadas naquela rede social que possam contribuir para atos de violência iminente, anunciou quarta-feira a empresa, que já testou essa medida no Sri Lanka, recentemente abalado pelos conflitos inter-religiosos. “Estamos a começar a implementar essa nova política em países onde vemos exemplos em que a desinformação levou à violência”, disse a gestora de produtos do Facebook, Tessa Lyons, citando o caso do Sri Lanka, em declarações aos jornalistas na sede da empresa no oeste da Califórnia. A rede social pode remover, por exemplo, conteúdo impreciso ou enganoso, como fotos falsas, criadas ou compartilhadas para contribuir ou exacerbar a violência física. O Facebook contará com a ajuda de organizações locais ou agências especializadas para determinar se essas publicações podem causar violência iminente e que, portanto, justifiquem a sua remoção. Discursos de ódio e apelos diretos à violência já violam as regras do Facebook. A nova política é examinar e remover outro tipo de conteúdo, menos explicitamente violento, mas que ainda assim sejam suscetíveis de potenciar conflitos. Tessa Lyons acrescentou que essa mudança na política do Facebook seria colocada em prática gradualmente nos próximos meses. Também na quarta-feira, o sítio de notícias de tecnologia e ‘media’ digital Recode publicou uma entrevista com o CEO do Facebook, na qual Mark Zuckerberg defende que apesar de achar que a negação do Holocausto é “profundamente ofensiva”, não acredita que tal conteúdo deva ser banido da rede social. As declarações provocaram críticas, inclusive da Liga Anti-Difamação, que afirmou em comunicado que o Facebook tem uma “obrigação moral e ética” de não permitir que as pessoas divulguem a negação do Holocausto na sua plataforma. Zuckerberg, que é judeu, disse que o conteúdo ofensivo não tem que ser necessariamente proibido, a menos que seja para planear danos ou atacar alguém.
Hoje Macau China / ÁsiaCientistas alertam para extinção de golfinhos brancos no sul da China [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ezenas de projectos imobiliários e de infra-estruturas em curso na região do Delta do Rio das Pérolas, no sul da China, estão a comprometer a vida marinha local, ameaçando de extinção os golfinhos brancos, alertaram vários cientistas. O número de golfinhos brancos no sul da China atingiu um “número crítico”, apontou na passada semana um relatório publicado pelo Departamento de Pesca e Conservação da Agricultura chinês, segundo o qual apenas 47 golfinhos foram avistados em Hong Kong entre Abril de 2017 e Março deste ano. Ontem, em declarações ao jornal diário South China Morning Post, vários cientistas marinhos garantem que os projectos naquela região estão a comprometer a qualidade das águas e o habitat daquela espécie. “Já temos edifícios alfandegários e a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Já existem cerca de 30 projectos em curso no Delta do Rio das Pérolas. Todos têm impacto na reprodução e sobrevivência dos golfinhos brancos chineses”, disse àquele jornal diário Kenneth Leung Mei-yee, professor de ecologia aquática e toxicologia da Universidade de Hong Kong. Leung faz parte de um número crescente de cientistas marinhos preocupados com as consequências dos projectos de recuperação de terras na região do Delta, que integra a zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e pretende assumir-se como a mais dinâmica da Ásia em 2020. Para o biólogo marinho David Baker, professor assistente na mesma Universidade, estamos perante “um roubo do mar” e não apenas um projecto de “recuperação de terras”. “Acho que precisamos de olhar para esta questão com uma abordagem diferente”, sublinhou, lançando a questão: “que valor tem para a sociedade um fundo do mar sem ser perturbado” pela acção humana? Perante o relatório do Departamento de Pesca e Conservação da Agricultura, os especialistas apontam não apenas para a destruição irrecuperável de habitats, mas também da microbiota (conjunto dos micro-organismos que habitam um ecossistema). Por fim, garantiram que o impacto da acção humana no fundo do mar e a substituição de praias e zonas húmidas por muros de betão podem contribuir para o aumento de inundações costeiras e afectar negativamente o sistema ecológico, com a proliferação de algas nocivas.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Rapazes descrevem salvamento na gruta como um “milagre” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s rapazes pertencentes a uma equipa de futebol que, juntamente com o seu treinador, ficaram presos mais de duas semanas numa gruta, na Tailândia, descreveram o momento em que foram localizados pelas equipas de resgate como “um milagre”. “Foi um milagre”, disse Adul Sam-On, de 14 anos, numa conferência de imprensa em que descreveu, em inglês, o momento em que os mergulhadores britânicos encontraram os doze rapazes, com idades compreendidas entre os 11 e 16 anos, e o seu treinador de 25 anos. “Bebemos água da chuva que escorria das rochas” contou Pornchai Khamluan, de 15 anos, adiantando que não tinham nada para comer. “Tentámos escavar para encontrar uma saída, pensando que não poderíamos apenas esperar pelas autoridades”, mas sem sucesso, disse o técnico Ekkapol Chantawong, único adulto que ficou preso na gruta. Os rapazes e o treinador chegaram à conferência de imprensa debaixo dos aplausos dos jornalistas e dos seus colegas de turma. Cerimónia budista para os proteger de infortúnios As onze crianças e o treinador de futebol resgatados participaram ontem numa cerimónia budista destinada a protegê-los de futuros infortúnios, um dia depois de terem sido tido alta do hospital de Chiang Rai. As 11 crianças e o treinador sentaram-se e juntaram as mãos ao som de cânticos budistas, numa cerimónia à qual se juntaram parentes e amigos e na qual só não marcou presença um dos jovens que é declaradamente muçulmano. Na quarta-feira, os meninos e o técnico enfrentaram os ‘media’ pela primeira vez desde a sua provação, descrevendo o seu choque ao ver os mergulhadores britânicos que os encontraram dez dias depois do seu desaparecimento a 23 de junho. A operação de resgate foi concluída 18 dias após terem ficado presos no interior da gruta, parcialmente inundada, tendo causado a morte de um antigo mergulhador da marinha tailandesa.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão | Son-Tinh paralisa Hainão depois de inundar norte das Filipinas O tufão Son-Tinh, o nono deste ano, tocou terra com ventos de até 23 m/s no centro da tempestada às 4h50 desta quarta-feira em Wanning, informaram as autoridades de meteorologia da Província de Hainão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Son-Tinh movia-se a até 40 km/h quando tocou terra. As previsões meteorológicas previam que a tempestade se deslocasse para oeste a uma velocidade de 25 km/h e deixasse a ilha do sul da China, de acordo com informação veiculada pela Xinhua. A passagem do tufão Son-Tinh por Hainão afectou o funcionamento normal da rede de transportes, nomeadamente os comboios de alta velocidade cuja circulação foi cancelada até ao meio-dia de ontem. Também os serviços de barco no Estreito Qiongzhou, entre Hainão e Guangdong, pararam às 16h de terça-feira, e foi lançado um alerta para todas as embarcações pesqueiras voltarem para os portos. Antes de chegar ao sul da China, passando ao lado de Macau sem provocar qualquer tipo de estragos, o tufão Son-Tinh, ainda enquanto tempestade tropical, deixou o norte das Filipinas em estado de alerta. Quase oito mil pessoas tiveram que ser retiradas das suas casas nas últimas 24 horas no norte das Filipinas devido às inundações causadas pela tempestade tropical, segundo fontes oficiais. O Conselho Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (NDRRMC) indicou que os serviços de emergência atenderam 7880 pessoas, dando-lhes cobertores e alimentos e, destes, 647 foram alojados em abrigos. Alto risco As áreas mais afectadas pela tempestade foram as províncias de Bataan, Pampanga e Zambales, localizadas no centro da ilha de Luzon, onde se concentram 7437 pessoas retiradas de suas casas, segundo a mesma agência. Em Manila, no sul de Luzon, há cerca de 473 pessoas que tiveram de deixar as suas casas por causa da subida das águas em vários distritos da capital, como Quezon, Mandaluyong ou Marikina, onde o rio com o mesmo nome subiu para os 17 metros e entrou em risco de transbordar. A agência meteorológica PAGASA mantém o alerta laranja devido às chuvas nas províncias de Bataan e Zambales, uma vez que se está a formar uma nova depressão tropical que se aproxima da zona leste. A PAGASA indicou que é provável que a depressão, baptizada de Inday, se torne uma tempestade tropical nas próximas 24 horas e alertou para o alto risco de inundações naquela parte de Luzon. As regiões de Manila, Rizal, Pampanga, Tarlac, Bulacan e Nueva Ecija estão em alerta amarelo, o que significa que as chuvas fortes e moderadas podem ocorrer nas próximas horas e há risco de inundação nas áreas mais baixas.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Aprovada lei anti-tabágica para vigorar antes de Jogos Olímpicos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] parlamento japonês aprovou ontem uma emenda à lei anti-tabágica que vai proibir pela primeira vez que se fume em bares, restaurantes e instalações públicas e que entrará plenamente em vigor em Abril de 2020, antes dos Jogos Olímpicos de Verão em Tóquio. A proibição, que será colocada em prática por etapas, procura ampliar as áreas livres de fumo num dos países mais permissivos nas políticas antitabágicas segundo a Organização Mundial de Saúde. Actualmente, é permitido fumar em bares e restaurantes, sem separação para não-fumadores, embora seja proibido fazê-lo na rua, excepto em alguns locais autorizados. A emenda aprovada, no entanto, está longe da proposta original do Ministério da Saúde e isenta mais da metade dos restaurantes e hotéis. A legislação nacional é mais permissiva do que aquela aprovada por Tóquio no final de Junho. As regulamentações na capital proíbem o fumo em todos os bares e restaurantes que possuem funcionários, independentemente de seu tamanho, o que afecta 84 por cento das instalações em Tóquio. A nova lei nacional proíbe que se fume em hospitais, escolas e espaços governamentais, excepto em áreas designadas ao ar livre, introduzindo pela primeira vez multas até 300.000 ienes (2.280 euros) para infractores. A lei, inicialmente mais rigorosa, teve a resistência do Partido Liberal Democrático, do primeiro-ministro Shinzo Abe, da indústria do tabaco e hoteleira.
Hoje Macau EventosFotografia | Artistas sul-coreanas registam a opção de viver só Está a nascer na Coreia do Sul uma nova tribo juvenil, noticia a CNN. “Honjok” é o movimento que se caracteriza pela opção de viver em solidão ao mesmo tempo que se retratam esses momentos em fotografia [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma jovem, sentada ao balcão de um bar. De olhar perdido, parece dar um beijo a um pequeno tomate. Numa outra imagem, desta feita a preto e branco, uma jovem é retratada com o olhar substituído pela luz de um túnel. Através de uma montagem, dirigem-se ao suposto olhar, três indivíduos. Estas são as descrições possíveis de duas das fotografias de Nina Ahn e Hasisi Park que retratam o movimento “honjok”. “Honjok” é neologismo que combina as palavras “hon” (sozinho) e “jok” (tribo). O conceito aparece para descrever uma geração, que conta com cada vez mais elementos, que abraça a solidão e a independência como características identitárias. O fenómeno reflecte o crescente número de lares constituídos por uma só pessoa e “é também a expressão que retrata a mudança de atitudes em relação ao romance, ao amor, ao casamento e à família. É esta a subcultura que dá mote aos trabalhos das fotografas Nina Ahn e Hasisi Park, aponta uma reportagem da CNN. “É a sensação de desistir”, disse Ahn em entrevista à mesma fonte. Para a fotógrafa a geração a que pertence já não se apoia no trabalho para a conquista da felicidade pelo que a aposta é no individuo, só, na sua existência. “Vivemos numa geração em que simplesmente trabalhar arduamente por um futuro brilhante não garante a felicidade, então por que não investir em ‘eu’, dando tempo a cada um de nós?”, questiona retoricamente. As imagens não deixam de carregar um sentimento de tristeza, mas não podia ser de outra forma. “O facto das minhas fotografias terem associada a tristeza reflecte o que é actualmente a cara da minha geração”, diz. Embora as imagens de Ahn retratem uma solidão palpável, a fotógrafa acredita que os seus contemporâneos estão mais dispostos a dar sentido à vida recorrendo a outras acções, como as viagens. A ideia parte também do princípio de que existe uma certa desesperança quanto às certezas do futuro. “A geração dos nossos pais sabia que depois de trabalhar afincadamente e de economizar durante alguns anos seria possível comprar uma casa para a família, mas nós não”, diz. “Chegámos à conclusão de que nunca seremos capazes de conseguir ter alguma coisa, mesmo trabalhando a vida toda”, aponta. A efemeridade do mundo moderno é uma das maiores crenças desta geração. “Sabemos que a felicidade nunca dura sempre e queremos ter uma forma de viver consoante esta circunstância e de maneira mais sábia. As nossas prioridades mudaram”, sublinha. Nina Ahn não está sozinha no registo fotográfico deste movimento social. A fotógrafa Hasisi Park também explora o isolamento entre os jovens sul-coreanos. No seu trabalho retrata uma juventude sem poder “no grande deserto que é a sociedade em geral”, revela à CNN. Para a fotógrafa, a ascensão do movimento “honjok” deve-se às pressões sociais da vida moderna que limitam a inter-acção com os outros. “A sociedade em que vivemos pode ser muito instável, e acho que, por isso, os jovens não se querem comprometer “, disse em entrevista. Transformações radicais Em 2016 foram registados, na Coreia do Sul, 5 milhões de lares em que reside uma só pessoa, o que corresponde a cerca de 28 por cento da população do país refere, Michael Breen, autor do livro “Os Novos Coreanos: A História de um Nação “, tendo como base os dados dos serviços estatísticos daquele país. De acordo com o mesmo autor, refere a CNN, este tipo de desenvolvimento social orientado para as famílias unipessoais vai contra as tradições históricas da sociedade coreana. “Acho que é uma consequência natural da democracia e do desenvolvimento económico”, diz Michael Breen. “Em muitas sociedades asiáticas, os interesses e direitos individuais têm sido subordinados aos da organização familiar ou de grupos”, explicou. No entanto, e com o desenvolvimento da democracia, os valores têm-se modificado e ao invés do colectivismo, o individualismo começou a predominar. “Quando cheguei pela primeira vez à Coreia, nos anos 70, todos os coreanos que conhecia tinham cinco ou seis irmãos, e todos vinham de famílias numerosas”, acrescentou Breen. “Costumava ver muitos parentes a viver na mesma aldeia”. Com uma crescente classe média e os esforços por parte do Governo na promoção do planeamento familiar, a taxa de natalidade sofreu “uma queda dramática de 6,1 nascimentos por mulher em 1960, para 1,2 em 2015”. Criar um filho começou a ser percepcionado como um peso e as noções de família tradicional mudaram, aponta. O crescimento do individualismo pode ser uma fonte de satisfação, considera Jang Jae Young, gestor de um site dedicado ao estilo de vida solitário, o honjok.me. “A geração de nossos pais estava ocupada com a preocupação de por o pão na mesa”, disse em entrevista à CNN. “Tiveram de se sacrificar para alimentar as famílias e contribuir para a economia”, explica. Hoje em dia o objectivo de cada um é outro: a realização pessoal. “Há um desejo de auto-realização e de felicidade, mesmo que isso signifique estar sozinho”, considera.
Hoje Macau SociedadeIntoxicação | Vítimas internada em estado estável depois de inalar gás [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]correu esta terça-feira um caso de alegada intoxicação por gás sulfídrico dentro de um apartamento onde residem cinco pessoas da mesma família, com idades compreendidas entre os 34 e 54 anos. De acordo com um comunicado divulgado ontem à noite pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM), duas mulheres foram enviadas para as urgências do hospital Kiang Wu, ao início da madruga de quarta-feira. “Durante esse período a filha retomou a consciência, sendo que os exames de sangue mostraram que a carbooxihemoglobina era negativa. A mãe teve vómitos no hospital. Após o tratamento, a situação melhorou, a mãe teve alta, enquanto a filha ainda está ainda internada para tratamento, mas em condição clínica considerada estável”, aponta um comunicado. O incidente, ocorrido no edifício Mei Lin, aconteceu perto das 00h50 do dia 17. Os SSM explicam que “uma mulher, após ter entrado na cozinha, apresentou sintomas como tonturas, suores e convulsões, entre outros, tendo desmaiado após sair daquele local. De imediato, a mãe prestou os primeiros socorros, abriu as janelas para ventilação e chamou a ambulância, e ao mesmo que sentiu odores fortes”. De acordo com uma das vítimas, foram realizados trabalhos de canalização na tarde de segunda-feira. “Após o incidente, os bombeiros mediram o gás sulfídrico no apartamento da vítima e procederam a tratamento de emergência no local”, referem os SSM.
Hoje Macau SociedadeIACM | Lotes de mel com substâncias cancerígenas não se vendem em Macau [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m artigo do jornal South China Morning Post noticiou a existência de algumas marcas de mel no mercado que continham antibióticos, substâncias cancerígenas e elevada presença de açúcar de cana. Contudo, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) emitiu um comunicado onde refere que as embalagens de mel dos dois lotes afectados e verificados pela autoridades de inspecção alimentar de Hong Kong não se encontram à venda em Macau. As marcas em questão são “Hero Natural Bee Honey” e “Ta Miaw Ko Natural Honey”. O IACM esclarece que para importar mel natural para o território é obrigatório passar por um processo de inspecção, além de que o organismo promete enviar pessoal para fiscalizar os supermercados. Para já, não foi detectada qualquer anormalidade. As embalagens de mel em causa tinham uma elevada concentração de antibióticos, um nível que já não é permitido na União Europeia e na China, por exemplo.
Hoje Macau PolíticaLocação Financeira | Comissão da AL pede tempo para analisar diploma [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] 2.ª comissão permanente da Assembleia Legislativa, que está a analisar na especialidade a nova lei para as Sociedades de Locação Financeira, precisa de mais tempo para concluir a análise do diploma. Os trabalhos podem mesmo não ser concluídos a tempo das férias da AL, que começam a 15 de Agosto. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, Chan Chak Mo, presidente da comissão, admitiu que nesta altura só foram analisados seis artigos, dos 30 que fazem parte da proposta do Governo. “Acredito que vai levar vários encontros, antes de completarmos a análise do diploma”, apontou. O deputado deixou ainda o desejo que no diploma se defina claramente o estatuto que regula a actividade destas empresas.