Hoje Macau China / ÁsiaAccionista da TAP quer vender imobiliário para enfrentar dívida O grupo chinês HNA, accionista indireto da TAP, quer-se desfazer de quase 5.000 milhões de euros em activos imobiliários em todo o mundo, numa altura em que enfrenta problemas de liquidez, informou a imprensa chinesa. [dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]egundo o portal de notícias The Paper, uma subsidiária do grupo vendeu já um edifício de escritórios em Manhattan, Nova Iorque, por 246 milhões de euros. Outra subsidiária do HNA vendeu também recentemente um edifício de escritórios em Sydney, por 130 milhões de euros, e um arranha-céus detido pelo grupo na West Madison Street, em Chicago, está também à venda. As vendas fazem parte do plano do grupo de venda de activos próprios e das suas subsidiárias, visando enfrentar uma grave crise de liquidez. Alguns bancos chineses denunciaram já as dificuldades de subsidiárias do grupo em saldar as suas dívidas, depois de nos últimos anos o HNA ter investido um total de 33 mil milhões de euros além-fronteiras. Em Portugal, a empresa detém indirectamente cerca de 20 por cento do capital da TAP, através de uma participação de 13 por cento na Azul (companhia do brasileiro David Neelman que integra a Atlantic Gateway) e uma participação de 7 por cento na Atlantic Gateway. Investimentos irracionais Uma das suas subsidiárias, a Capital Airlines, inaugurou em Julho passado o primeiro voo direto entre a China e Portugal. O grupo tem ainda importantes participações em firmas como Hilton Hotels, Swissport ou Deutsche Bank. Em Janeiro passado, anunciou que contratou os bancos de investimento nova-iorquinos JP Morgan y Benedetto Gartland para venderem a sua participação de 29,3 por cento no grupo hoteleiro espanhol NH. O HNA é um dos principais visados das advertências das autoridades chinesas sobre “investimentos irracionais” no estrangeiro, que podem “acarretar riscos” para o sistema financeiro chinês. No final de Novembro de 2017, as dívidas do grupo ascendiam a 637.500 milhões de yuan (81.900 milhões de euros). No mesmo mês, o grupo emitiu títulos a 363 dias, no mercado de dívida, com uma elevada taxa, de 8,87 por cento. No final de Janeiro passado, a agência de ‘rating’ Standard & Poor’s baixou a nota da dívida do grupo de B+ para B, no nível “lixo”. A HNA foi fundada em 1993 e tem sede em Haikou, capital da província de Hainan.
Hoje Macau EventosCinemateca Paixão celebra aniversário ciclo de cinema sobre comida [dropcap style≠‘circle’]“B[/dropcap]eber-Beber, Comer-Comer!” é um ciclo de filmes totalmente dedicado à gastronomia. O evento, que começa no dia 16, serve de mote à celebração do primeiro aniversário da Cinemateca Paixão. Quem estiver interessado pode adquirir os bilhetes que vão estar disponíveis para venda já a partir de amanhã. De acordo com um comunicado, o ciclo “Beber-Beber, Comer-Comer” é composto por seis filmes “dedicados à gastronomia”, estando também prevista a realização de seis “workshops de sabores”. O objectivo é “expandir a inspiração [dos espectadores] do sabor do cinema para o sabor do mundo lá fora”. O programa contém três documentários e três longas-metragens, tais como “Kampai! Pelo Amor do Sakê”, que revela “o declínio e o renascimento da indústria japonesa do sakê”. Um outro documentário que poderá ser visionado na Cinemateca Paixão chama-se “Cidade do Ouro”, que conta a história do crítico Jonathan Gold, vencedor de um prémio Pulitzer. O terceiro documentário inserido neste ciclo de cinema intitula-se “Formigas num Camarão”, a obra mostra os bastidores “do processo de mudança do melhor restaurante nórdico do mundo, o NOMA, para Tóquio”. No capítulo das longas-metragens, destaque para “Tampopo”, “uma obra prima japonesa clássica” que foi considerada o primeiro “Ramen Western”. Outro dos filmes a ter em atenção é “A Marmita”, uma obra premiada “que inverte a percepção geral do cinema indiano” e ainda “Tostas”, uma adaptação de um filme televisivo baseado na autobiografia do premiado escritor culinário inglês, Nigel Slater. Para acompanhar o cinema estão também programados seis “workshops de sabores”, pensados “para levar o público para fora do cinema, numa exploração de diversos restaurantes únicos da cidade”. “O crítico gastronómico local, OB, levar-nos-á a um restaurante nepalês, onde provaremos os exóticos momos. Chakra Space, um fantástico café vegan, que enfatiza uma cozinha minimalista, preparará um menu especial para nós.” Outros estabelecimentos participam também neste evento, como é o caso da Old House Bakery, que “criará toda a espécie de pastelaria para um delicado chá da tarde”. Já o restaurante de ramen Furu Furu e o restaurante indiano Taste of Índia prometem servir “pratos únicos”. No dia da abertura do ciclo de cinema que celebra o primeiro aniversário da Cinemateca Paixão, haverá uma festa, onde Eric Leong, “amante e perito de sakê” irá “partilhar o seu profundo conhecimento e paixão por aquela bebida”. A Cinemateca Paixão, no seu primeiro ano de existência, “tem oferecido uma selecção única de cinema não comercial ao público de Macau”, assim como uma “séries de palestras, festivais de cinema e workshops”. “Temo-nos empenhado em promover continuamente o cinema, os documentários e os filmes de animação locais”, referiu a organização da Cinemateca Paixão.
Hoje Macau China / ÁsiaTransportes | Voo entre China e Portugal com taxa de ocupação superior a 80 por cento [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] voo directo entre a China e Portugal registou uma taxa de ocupação superior a 80 por cento, nos primeiros seis meses desde a inauguração, disse ontem à agência Lusa fonte da companhia aérea chinesa Capital Airlines. No total, a primeira ligação directa entre os dois países transportou cerca de 40.000 pessoas, revelou fonte do departamento de marketing da empresa. O voo, que tem três frequências por semana, entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, arrancou a 26 de Julho. Coincidindo com a ligação a Lisboa, a companhia aérea abriu também um voo entre Macau e a capital chinesa, de forma a servir também os 15.000 portugueses que vivem no território outrora administrado por Portugal. Em 2017, o número de chineses que visitaram Portugal cresceu 40,7 por cento, para 256.735, segundo dados das autoridades portuguesas, que atribuem o aumento à abertura da ligação aérea directa. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, os turistas chineses foram responsáveis por 415.882 dormidas em Portugal, mais 109 240 “noites” do que em 2016. A consultora Global Blue revela ainda que, em média, cada turista oriundo da China gastou 642 euros por dia em Portugal. A China é já o maior emissor mundial de turistas e, segundo dados do Governo chinês, 129 milhões de chineses viajaram para o estrangeiro em 2017, mais 5,7 por cento do que no ano anterior. A Capital Airlines é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, accionista da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer “provas sólidas” de que Pyongyang forneceu armas à Síria [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês disse ontem esperar que as informações sobre uma possível ligação entre a Coreia do Norte e as armas químicas do regime sírio se baseiem em “provas sólidas”. “Esperamos que as partes implicadas possam fornecer provas sólidas, em vez de adoptar acções a partir do nada”, afirmou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang. O jornal norte-americano The New York Times (NYT) avançou que Pyongyang forneceu a Damasco materiais habitualmente utilizados no fabrico de armas químicas, citando um relatório de especialistas das Nações Unidas, que não foi ainda divulgado. Segundo o jornal, o documento detalha que o regime de Kim Jong-un forneceu válvulas, lajes e termómetros resistentes a ácidos, habitualmente usados na produção de armamento químico. A fonte citada pelo NYT ressalva, no entanto, que não há provas concludentes de que os materiais tiveram aquele uso. O mesmo documento revela que uma empresa de navios chinesa participou no transporte dos materiais. “Se há pessoas ou empresas chinesas que violaram as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, a China tomará medidas de acordo com as suas leis e as resoluções pertinentes” das Nações Unidas, afirmou Lu.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping | Exército apoia fim da limitação de mandatos para Presidente O exército chinês expressou o seu apoio à exclusão na Constituição do país do limite de dois mandatos para o cargo de Presidente, que permitirá ao actual chefe de Estado, Xi Jinping, perpetuar-se no poder [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] reforma constitucional, proposta no Domingo pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês, é “muito necessária” e chega “no momento certo”, afirma o jornal oficial do Exército de Libertação Popular. Em editorial, o PLA Daily escreve que a reforma “está em linha com as principais políticas e opiniões do Partido Comunista, adoptadas durante o XIX Congresso” e “reflecte os novos feitos, experiências e necessidades de desenvolvimento das forças armadas e do país”. Realizado em Novembro passado, o XIX Congresso do PCC consagrou Xi Jinping como o mais forte líder chinês das últimas décadas, ao incluir o nome e teoria deste na Constituição do partido. O exército chinês, um dos principais núcleos de poder na China, apoia assim uma proposta que despertou preocupação entre os intelectuais chineses e observadores internacionais, que consideram tratar-se de uma regressão na política chinesa, rumo a um sistema mais autoritário e uma ditadura pessoal. A limitação de mandatos vigora na política chinesa desde os anos 1980, visando prevenir os desastres causados pelo totalitarismo de Mao Zedong (governou entre 1949 e 1976). A purga Xi, que já acumulou mais poder do que os seus dois antecessores, Jiang Zemin e Hu Jintao, promoveu nos últimos anos uma campanha anticorrupção a mais ampla campanha anticorrupção de que há memória na China, e que atingiu também alta patentes do exército, até há pouco tempo considerado intocável. Nos últimos anos, dois ex-vice-presidentes da Comissão Militar Central – braço político do exército -, os generais Guo Boxiong e Xu Caihou, foram acusados de corrupção. O primeiro foi condenado a prisão perpétua, em 2016, e o segundo morreu no ano anterior, antes de ser julgado.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Actividade industrial cai para ritmo mais lento dos últimos 19 meses [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] actividade da indústria manufatureira da China abrandou em Fevereiro para o ritmo mais lento dos últimos 19 meses, devido ao impacto sazonal do Ano Novo Lunar, cujas festividades duram uma semana, segundo dados divulgados ontem. Depois de em Janeiro se ter fixado nos 51,3 pontos, o índice que mede a actividade nas fábricas, oficinas e minas da segunda maior economia mundial recuou este mês para 50,3 pontos. No entanto, a actividade manufatureira da China continua a expandir-se, visto que quando se encontra acima dos 50 pontos, aquele índice sugere uma expansão do sector, enquanto abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade. O índice é tido como um importante indicador mensal da economia chinesa, o principal motor da recuperação global após a crise financeira internacional de 2008. Economistas alertam, no entanto, para o impacto sazonal do Ano Novo Lunar, que este ano se celebrou entre os dias 15 e 21 de Fevereiro. Durante a principal festa das famílias chinesas, que todos os anos calha em dias diferentes dos meses de Janeiro ou Fevereiro, centenas de milhões de trabalhadores chineses gozam uma semana de férias, levando as fábricas a suspender ou reduzir a produção naquele período. “O período das festividades é tradicionalmente uma época fraca para os negócios. As empresas por norma interrompem o seu trabalho ou reduzem a produção e a actividade do mercado abranda”, explicou o analista Zhao Qinghe, do Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, que publicou os dados online. Os números revelam ainda um abrandamento no sector dos serviços, cujo ritmo caiu para 54.4 pontos, em Fevereiro, depois de se ter fixado nos 55.3 pontos, no mês anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Armazenamento dos dados da Apple gera preocupação sobre privacidade O serviço de armazenamento da Apple, o “iCloud”, na China, passa a partir de hoje a ser operado por uma empresa chinesa, possibilitando às autoridades do país ter acesso ao conteúdo dos utilizadores, advertem organizações internacionais [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] “iCloud” na China é agora operado por um parceiro local, o Guizhou-Cloud Big Data Industry (GCBD). Esta mudança implica que todos os dados que sejam armazenados naquele serviço na China – incluindo fotos, vídeos, documentos e cópias de segurança – estarão sujeitos a novos termos e condições. “Quando as autoridades solicitarem informação ao GCBD sobre um utilizador do ‘iCloud’, para efeito de investigação criminal, a empresa terá a obrigação legal de partilhar o conteúdo”, alerta a Amnistia Internacional (AI), em comunicado. Apesar de a Apple gozar de boa reputação na defensa da privacidade e segurança, sobretudo depois de em 2016 ter apelado a uma ordem judicial de um tribunal norte-americano, que permitia ao FBI evadir a segurança dos telemóveis, na China a situação é diferente. O gigante tecnológico norte-americano foi criticado por bloquear o acesso dos utilizadores chineses a aplicações de mensagens instantâneas, como o Whatsapp, ou de eliminar da Apple Store as VPN, um mecanismo que permite aceder à internet através de um servidor localizado fora da China, contornando assim a censura do regime. Estas mudanças “são o sinal mais recente de que o aparelho repressivo legal da China está a tornar difícil à Apple manter os seus compromissos com a segurança e privacidade dos utilizadores”, escreve a AI. À chinesa A organização afirma que o Governo chinês tem agora acesso praticamente ilimitado aos dados dos usuários armazenados dentro do país, que “carece de uma protecção adequada aos direitos à privacidade, liberdade de expressão e outros direitos humanos fundamentais”. “A polícia chinesa disfruta de amplos poderes discricionários, e aplica leis e regulamentos amplos e ambiguamente articulados para silenciar a dissidência, restringir ou censurar informação e perseguir e processar os defensores dos direitos humanos, e outros, em nome da segurança nacional’ e outros supostos crimes”, escreve. Isto leva a que internautas chineses “possam ser detidos e presos simplesmente por difundir, comunicar ou aceder a informação e ideias que as autoridades não aprovam”, acrescenta a AI. Aprovadas em 2017, as novas regulações do país exigem que as empresas armazenem todos os dados de utilizadores chineses dentro da China. A Apple informou os seus clientes sobre a alteração que ontem entra em vigor, justificando com a necessidade de “cumprir com as normativas chinesas”. A China é o terceiro maior mercado da Apple, a seguir aos Estados Unidos e Europa.
Hoje Macau EventosExposição | Bienal de Mulheres Artistas inaugurada dia 8 no MAM [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já no próximo dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, que o Museu de Arte de Macau (MAM) acolhe, em parceria com o Albergue SCM e o Instituto Cultural (IC), a exposição colectiva “Mulheres Artistas – I Bienal Internacional de Macau”. A mostra estará patente até ao dia 13 de Maio. A mostra incluiu, além do trabalho da reconhecida pintora portuguesa Paula Rêgo, um total de 142 obras de 132 mulheres realizadas desde os anos 70 até aos dias de hoje. Estas artistas representam um total de 23 países, e estão incluídos trabalhos que vão desde a pintura à serigrafia, desenho, escultura, instalação e vídeo. De acordo com um comunicado do Instituto Cultural, “esta exposição tem como objectivo elevar a visibilidade das mulheres artistas contemporâneas e dar a conhecer a sua influência criativa na sociedade e cultura, bem como revelar os diversos papéis da identidade feminina, as diferentes interpretações do feminino e as práticas artísticas que transcendem as diferenças de género”. Vindas de regiões tão diferentes como o Interior da China, Macau, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Japão, Timor-Leste, Rússia, Índia ou Irão, as artistas integrantes desta exposição “pertencem a diferentes épocas, regiões e contextos culturais, tendo cada qual emoções e métodos criativos individuais, e as suas obras revelam ao público o mundo artístico único das mulheres”. A mostra “Mulheres Artistas – I Bienal Internacional de Macau” será dividida em duas partes. A primeira “é composta por 41 peças da colecção do MAM, produzidas entre a década de 1970 e os dias de hoje, dispostas por períodos de dez anos, dando a conhecer ao público os êxitos do MAM no seu estudo de obras de mulheres artistas de vanguarda e da história da arte de Macau”. “As obras expostas incluem obras seleccionadas de séries de trabalhos produzidos pelas artistas bem como obras de grande escala de artistas convidadas. Na segunda secção são expostas obras de 101 mulheres artistas activas nos círculos artísticos internacionais provenientes da colecção do Albergue SCM”, acrescenta o comunicado. Esta não é a primeira vez que tanto o IC como o Albergue SCM exploram o universo feminino da arte. O ano passado decorreu, no Albergue, a exposição “28 Artistas + 28 Obras em Feminino”, onde foram reveladas obras de 28 mulheres de Macau e de países de língua portuguesa. Foi esta a génese da bienal que agora se inicia. “Ambas as exposições focaram a sua atenção na posição da mulher no mundo da arte contemporânea bem como em outros elementos complementares. Neste contexto, estas duas entidades contribuíram com ideias e perspectivas diferenciadas para lançar a mais abrangente “Mulheres Artistas – I Bienal Internacional de Macau”, remata o comunicado.
Hoje Macau EventosPaula Rego em destaque na Tate em mostra coletiva com Freud e Bacon Cinco obras de Paula Rego figuram, num espaço dedicado à pintora portuguesa, na exposição coletiva “All Too Human – Bacon, Freud and a Century of Painting Life”, que abriu ontem no museu Tate Britain, em Londres [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] exposição reúne cerca de cem obras de 22 pintores, entre os quais alguns dos mais célebres artistas britânicos modernos, com destaque para Lucian Freud e Francis Bacon, mas também Walter Sickert, Stanley Spencer, Michael Andrews, Frank Auerbach, Francis Newton Souza ou Leon Kossoff. A exposição tem por objetivo mostrar como artistas de diferentes gerações ao longo do século XX e XXI conseguiram retratar pessoas, locais, eventos ou relações pessoais e transmitir as respetivas experiências e sensações através da tinta e das diferentes técnicas. Mais de metade das obras em exposição são emprestadas por colecionadores privados ou outras instituições, algumas foram raramente vistas em público, e várias não eram expostas há décadas. A curadora Elena Crippa disse à agência Lusa acreditar existir uma tradição britânica no uso de modelos vivos e de paisagens, para os artistas se exprimirem e retratar a atmosfera social e pessoal em que viviam, atravessando mesmo correntes artísticas. Por exemplo, Francis Bacon e Alberto Giacometti são reconhecidos por criarem, nos anos de 1950, quadros com figuras em estado de isolamento e angústia, transmitindo, de certa forma, o ambiente de ansiedade após a Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, acrescentou, também quis promover uma mensagem simples numa Era de excesso de informação cada vez menos relevante para as pessoas enquanto seres humanos. “Sinto que o que estes pintores nos dão através deste trabalho é esta afinidade com o que nos interessa como indivíduos no quotidiano: é sobre tu e eu, é sobre o espaço onde vivemos, é sobre o grupo de pessoas com quem interagimos e com quem nos relacionamos. Espero que as pessoas se identifiquem com este desejo de restabelecer uma ligação simples à natureza humana”, resumiu. Paredes meias Lucian Freud é um dos artistas britânicos mais proeminentes e está representado em dois períodos, o primeiro influenciado por William Coldstream, no olhar analítico da cena e das pessoas, e um segundo, após os anos 1960. Trocando pincéis finos por outros mais grossos e a posição sentada pela postura em pé resultou em perspectivas que enfatizam os volumes dos corpos e a carga psicológica dos retratos, vários dos quais de pessoas completamente nuas, como o amigo David Dawson. Amigo e assistente entre 1990 até morte de Freud, em 2011, foi protagonista de “David and Eli”, onde é retratado deitado junto com o cão de estimação. “Estar em frente a este quadro, que eu já não via há tantos anos, é muito emocionante. Traz à memória a altura em que foi pintado, em 2003. Ao todo, posei para nove quadros. Acho que já não via este quadro há pelo menos uns dez anos, mas reconheço-me perfeitamente nele”, contou Dawson à Lusa. Sobre o espaço dado às cinco obras de Paula Rego, uma das quais um tríptico, Elena Crippa defende o papel que a artista portuguesa tem na arte não só britânica, mas a nível internacional, por ter rompido com o domínio até então masculino na pintura. Telas no feminino “Ela é uma artista que, numa altura em que a pintura ainda era uma actividade dominada por homens, surgiu como uma pintora feminina que conseguia produzir quadros de grande dimensão, de forma confiante, com composições lindíssimas, e de certa forma deu às mulheres pintoras a oportunidade de dizer que a pintura não está reservada a um género”, salientou. A curadora da Tate elogia a forma como a portuguesa usa, nos seus quadros, personagens femininas, sejam vítimas ou culpadas ou retratadas de uma forma sexualizada em composições encenadas, criando um novo estilo. “De certa forma, sinto que são mulheres que apenas uma artista mulher poderia conceber. E ela tem não só este toque de mulher, mas um toque feminino, que foi muito importante para outras pintoras de gerações mais jovens”, vincou. Uma das telas de Paula Rego em exposição é “A Família”, de 1988, em que um homem é dominado por duas figuras femininas, enquanto uma terceira observa, num ambiente doméstico, no qual se lêem sentimentos como amor, ressentimento e dor. A cena retrata alegadamente os momentos derradeiros do marido de Rego, Victor Willing, antes da morte por doença degenerativa, a ser ajudado pela pintora e pela filha, mas a cena torna-se complexa e ambígua, devido à presença de referências a Joana d’Arc, São Jorge e à fabula do Corvo e da Raposa. Num texto publicado no jornal The Guardian, na semana passada, a propósito da abertura desta exposição, Paula Rego disse estar sempre a contar uma história nos seus quadros, mesmo que essa história vá mudando ou que só seja descoberta no final do processo de criação. “As histórias têm pessoas nelas”, escreveu, então desenha pessoas a fazer coisas umas às outras, lembrando que recorre a contos do folclore português e a histórias como as de Eça de Queirós. A exposição “All Too Human” mantém-se no museu Tate Britain até 27 de agosto, viajando depois para o Museu de Belas Artes de Budapeste, no final deste ano.
Hoje Macau Manchete SociedadeAssédio sexual | Mulher diz que engravidou após ter sido violada por Steve Wynn > Sexo consentido Em relação ao segundo caso, a alegada vítima, que trabalhava como croupier no Casino Golden Nugget do magnata, admite que teve várias vezes relações sexuais consentidas com Steve Wynn. Contudo, diz ter-se sentido coagida e que, por isso, decidiu recusar novas investidas. O caso aconteceu no Verão de 1976, nas traseiras do casino. Quando Wynn pediu à mulher que o acompanhasse, ela terá dito: “não”. Momentos depois, foi acusada de ter roubado 40 dólares de uma mesa e foi obrigada a demitir-se. Um porta-voz da empresa recusou comentar o caso à AP. Os casos em causa não vão ser investigados pelas autoridades norte-americanas, uma vez que no Nevada os crimes em causa têm um período de prescrição de 20 anos.
Hoje Macau SociedadeIACM | Mercado de Patane abre na terça-feira [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] novo mercado do Patane vai abrir oficialmente na terça-feira, anunciou, ontem, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), em comunicado. As novas instalações têm 13 pisos e uma área com mais de 20 mil metros quadrados. A zona do mercado propriamente dita fica situada entre o rés-do-chão e o segundo andar do edifício. No rés-do-chão estão disponíveis 92 bancas para venda de pescado. Já no primeiro andar estão 54 bancas para comercialização de carne de porco e vaca, carnes congeladas, carnes assadas, vegetais, frutas e artigos de mercearia. Finalmente, o segundo andar terá nove bancas de carnes refrigeradas, e três, de comida cozinhada, além de 64 lugares para que precise de se sentar. Além do mercado, o edifício proporciona à população um auto-silo público, com 116 lugares para viaturas ligeiras e 195 para motociclos. No nono andar fica situado o Centro de Actividades, com um auditório, uma zona de leitura com jornais, revistas e computadores, uma sala multiusos, equipada com televisores e máquinas de massagem. A utilização é para pessoas com mais de 60 anos. Contudo, esta infraestrutura só vai abrir ao público no segundo trimestre do ano. “O IACM acredita que este edifício pode vir a servir à população como uma instalação comunitária multifunções e tornar-se um local ideal para os cidadãos poderem fazer compras e relaxar”, lê-se no comunicado do Governo. Ao mesmo tempo o IACM espera que o novo mercado tenha “capacidade para responder a todas as necessidades dos moradores da zona, promovendo uma maior integração do bairro e elevando a qualidade de vida dos cidadãos”.
Hoje Macau SociedadeJogo | Polícia que roubou 800 mil apanha 1 ano e 9 meses [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] polícia de Hong Kong que foi apanhado a roubar 800 mil patacas, em fichas de jogo, a um homem do Interior da China foi condenado com uma pena de 1 ano e 9 meses. A sentença foi lida ontem no Tribunal Judicial de Base, com o colectivo de juízes a considerar que o arguido de 27 anos, com o apelido Ip, cometeu um crime de furto qualificado de valor consideravelmente elevado. O caso aconteceu em Setembro do ano passado no casino Venetian. Após ter perdido dinheiro em apostas, o polícia da região vizinha tentou roubar as fichas do jogador do Interior da China. As fichas encontravam-se na mesa em que estava o turista. O indivíduo foi preso logo na altura, pela segurança do casino.
Hoje Macau SociedadeAcordo de cooperação científica este ano entre Macau e Portugal [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) de Macau anunciou hoje que vai assinar este ano um memorando de cooperação científica com a Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal. Em conferência de imprensa, o conselho de administração do FDCT explicou tratar-se de um plano de apoio financeiro conjunto ainda por definir, mas que deverá começar “este ano e no máximo por três anos”. O presidente do FDCT, Ma Chi Ngai, disse que o acordo de cooperação só avançar depois de “definido um orçamento e de escolhidos os temas de estudo, em áreas como ambiente, tecnologias de informação ou medicina, as universidades ou instituições científicas de Macau e de Portugal podem estabelecer protocolos entre elas”. Se um projeto for aceite, “Macau vai subsidiar com um milhão de patacas e Portugal com 100 mil euros”, explicou Cheang Kun Wai, membro do conselho de administração. No balanço relativo a 2017, o FDCT aprovou 400 de 744 candidaturas, num montante de cerca de 200 milhões de patacas (20 milhões de euros). “Temos reduzido o número de projetos aprovados e o montante financiado devido a uma taxa de aprovação mais rigorosa”, sublinhou Ma Chi Ngai. O FDCT lançou ainda, em 2017, os projetos de financiamento para pesquisa e desenvolvimento inovadores de empresa, e de apoio financeiro para a cidade inteligente, tendo nesta última área aprovado 14 candidaturas, no montante de mais de quatro milhões de patacas. “O centro piloto de computação em nuvem vai ser instalado no complexo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e começar a fase de testes em abril próximo”, disse Chan Wan Hei, administrador do FDCT. Em agosto último, o Governo de Macau e o grupo Alibaba assinaram um acordo-quadro que prevê o estabelecimento de um centro de computação em nuvem e de uma plataforma de megadados para a criação de uma cidade inteligente, em duas fases, ao longo de quatro anos. A primeira – até junho de 2019 – prevê a criação de um centro de computação em nuvem e de uma plataforma de megadados e o início gradual de projetos de utilização dos mesmos em seis domínios: promoção do turismo, formação de talentos, gestão do trânsito, serviços de assistência médica, gestão integrada urbana e prestação de serviços urbanos integrados e tecnologia financeira. A segunda etapa – de julho de 2019 a junho de 2021 – compreende o aperfeiçoamento do centro de computação em nuvem (conjunto de servidores remotos alojados na Internet para armazenar, gerir e processar dados em vez dos servidores locais ou de computadores pessoais) e da plataforma de megadados, abrangendo outras áreas como proteção ambiental, passagem fronteiriça e previsões económicas. Por outro lado, em relação à promoção do estabelecimento dos laboratórios de referência do Estado em Macau, o FDCT aprovou o financiamento da operação, respetivamente, em medicina chinesa e em microeletrónica, no montante de 90 milhões de patacas. O FDCT e o departamento de Ciências e Tecnologia da província de Guangdong (sul) “estão a explorar” a viabilidade de financiamento conjunto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e também “a participação ativa” no mecanismo de cooperação “Uma Faixa, Uma Rota”, criado pela Fundação para a Ciência Natural da China, para incentivar a cooperação científica e tecnológica multilateral.
Hoje Macau China / ÁsiaInvestigação à guerra contra droga nas Filipinas só se excluir relatora da ONU As Filipinas só aceitarão uma investigação da ONU à “guerra contra as drogas”, liderada pelo Presidente Rodrigo Duterte, se a actual relatora das Nações Unidas sobre execuções extrajudiciais, Agnès Callamard, for excluída [dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]egundo o porta-voz presidencial, Harry Roque, as Filipinas não se opõem à investigação à campanha antidroga, a que se atribuem mais de 7.000 mortos em ano e meio. Mas, para tal, Manila exige que a ONU envie um novo relator “fiável, objectivo e imparcial” e que seja “uma autoridade neste domínio”. “Não. Definitivamente, não Agnès Callamard”, frisou o porta-voz de Duterte, referindo-se à relatora a quem o presidente filipino ameaçou “esbofetear” no ano passado. Durante o trabalho desenvolvido, a relatora da ONU sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias nas Filipinas tem denunciado “inúmeras violações” desde o início do mandato de Duterte, em Junho de 2016. A “ofensiva” contra a droga foi uma das promessas de Duterte durante a campanha eleitoral, que culminou com a sua eleição como Presidente, garantindo que iria “limpar o país de narcotraficantes e de toxicodependentes”. Em Dezembro de 2017, o Governo filipino considerou que as acusações apresentadas pela investigadora francesa são “arbitrárias” e exigiu “desculpas públicas”. “É por sua culpa [de Callamard] que o Estado (objecto da investigação) não a quer”, sublinhou hoje o porta-voz presidencial filipino. Só a convite O primeiro “choque frontal” da relatora da ONU com o Governo filipino ocorreu em Maio de 2017 quando, a convite de um grupo independente de advogados progressistas das Filipinas, Callamard efetuou uma visita extraoficial ao país e acabou por denunciar a existência de execuções extrajudiciais. Na sequência dessas declarações, Duterte ameaçou “esbofetear” Callamard se a relatora da ONU investigasse os seus métodos para erradicar a droga e o crime. O Governo filipino pediu, então, que Callamard não regressasse ao país sem ser convidada. Dados oficiais indicam que mais de 3900 suspeitos foram mortos em rusgas da polícia na “guerra contra as drogas”, embora se estime que o número de seja superior a 7000. Além da ONU e da União Europeia (UE), vários países e organizações, como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, têm denunciado alegadas violações aos direitos humanos e irregularidades na acção de Duterte.
Hoje Macau China / ÁsiaActivista e advogado chinês morre em circunstâncias misteriosas [dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]m importante advogado e activista chinês para os direitos humanos, Li Baiguang, morreu no Domingo num hospital militar na China na sequência de condições “misteriosas”, disse o presidente de uma associação que pediu a responsabilização do regime. Li Baiguang, que representou agricultores e pastores cristãos, morreu poucas horas depois de dar entrada num hospital militar na província oriental de Jiangsu. Através de um comunicado, Bob Fu, um activista religioso e presidente da associação não-governamental China Aid, apontou que “o regime chinês deve ser responsabilizado” pela súbita e “misteriosa” morte de Li. “O hospital alegou que ele tinha um problema no fígado e que sangrou até à morte, mas Li estava saudável”, disse Fu, que acusou a China de ter “um histórico de negligenciar cuidados médicos a activistas dos direitos humanos até à sua morte ou de declarar pessoas anteriormente saudáveis como mortas. Segundo a agência noticiosa AP, um funcionário do departamento de comunicação do hospital disse não ter ouvido do caso de Li Baiguang. “Não sei de quem se trata”, disse o funcionário, de apelido Yang, que acrescentou que a morte e as causas de morte são “assuntos privados”. Teoria da incerteza Devido ao seu trabalho e à defesa de pastores cristãos, Li recebeu várias lesões após ter sido, alegadamente, atacado por agentes de segurança à paisana em Outubro de 2017. “Não sabemos exatamente se estas lesões contribuíram para o declínio da sua saúde, mas enquanto membro da convenção das Nações Unidas contra a tortura, o Governo chinês deve conduzir uma investigação imediata e imparcial para determinar se estes ferimentos determinaram a morte” de Li, disse William Nee, um investigador da Amnistia Internacional. “O Governo tem a obrigação de assegurar que os advogados conseguem realizar os seus deveres profissionais sem medo de intimidação ou de interferência, e sem serem identificados com os seus clientes ou causas”, acrescentou Nee. Em 2008, como resultado do trabalho na luta para a liberdade religiosa, Li Baiguang foi distinguido pela Fundação Nacional para a Democracia dos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaIntelectuais pedem voto contra fim da limitação de mandatos Um grupo de intelectuais chineses, encabeçado pelo colunista Li Datong, pediu a vários legisladores chineses que impeçam a emenda constitucional que prevê remover o limite de dois mandatos no exercício de cargo de Presidente [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] emenda, cuja proposta foi tornada pública no Domingo pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês, permitirá ao atual Presidente chinês, Xi Jinping, ficar no cargo depois de 2023, quando termina o seu segundo mandato. Será votada em Março, na sessão anual da Assembleia Nacional Popular (ANP), o órgão máximo legislativo da China, que é composto sobretudo por membros do PCC, pelo que é certa a sua aprovação. Numa carta difundida através da rede social Twitter, que está bloqueada na China, Li Datong, o antigo editor da “Bingdian”, revista próxima à Juventude Comunista da China, e outros intelectuais, advertem que a emenda “causará o ridículo entre todos os países civilizados do mundo” e “será um passo atrás na História que poderá semear o caos”. A carta encabeçada por Li, um colaborador habitual da publicação britânica openDemocracy, defende que a limitação de dois mandatos (cinco anos cada um) foi introduzida em 1982 na Constituição para “evitar a ditadura pessoal e que um indivíduo possa sobrepor-se ao partido”. Posição tomada A alteração desse princípio pode “causar danos intermináveis”, pelo que Li pede aos legisladores de Pequim (uma pequena parte dos cerca de 3.000 que participarão na sessão anual da ANP), que votem contra. A limitação de mandatos vigora na política chinesa desde os anos 1980, visando prevenir os desastres causados pelo totalitarismo de Mao Zedong (governou entre 1949 e 1976). Xi Jinping, o mais forte líder chinês das últimas décadas, afastou já os principais rivais políticos, enquanto legitimou a sua liderança aos olhos da população, através da mais ampla e persistente campanha anticorrupção de que há memória na China, que puniu já mais de 1,5 milhões de membros do PCC, incluindo 400 altos quadros do regime.
Hoje Macau SociedadeCabo Verde distingue David Chow com medalha de mérito turístico [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Governo de Cabo Verde atribuiu ao empresário luso-chinês David Chow, promotor do empreendimento Gamboa/ilhéu de Santa Maria, a medalha de mérito turístico pelo seu contributo para o desenvolvimento económico do país. A distinção ao empresário, proprietário do grupo Macau Legend, foi aprovada, na Sexta-feira, pelo primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva e publicada no Boletim Oficial. A Macau Legend está a construir, na cidade da Praia, um complexo turístico, que inclui hotel, marina, centro de convenções e casino. Trata-se do maior empreendimento turístico previsto para Cabo Verde, num investimento, estimado em 250 milhões de dólares, que representa cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto de Cabo Verde. A distinção, segundo o despacho governamental, visa “reconhecer o extraordinário papel” de David Chow no desenvolvimento “económico e social do Estado” cabo-verdiano e fazer “uma justa homenagem” ao empresário pelo “relevante serviço prestado no fomento da indústria do turismo”. David Chow Kam Fai, 68 anos, empresário luso-chinês nos sectores do turismo, entretenimento e jogos em Macau, iniciou os primeiros contactos com Cabo Verde em 2001, quando assumiu funções de cônsul honorário de Cabo Verde. Em 2015, acordou com as autoridades cabo-verdianas a construção do empreendimento Gamboa/Ilhéu de Santa Maria, cuja primeira pedra foi lançada em fevereiro de 2016. Há uma semana, o empresário esteve em Cabo Verde para relançar o empreendimento, cujo projecto sofreu algumas alterações, e anunciou ter cumprido todos os requisitos junto do banco central cabo-verdiano (BCV) para a abertura de uma instituição bancária no país. Anunciou igualmente a intenção de diversificar os investimentos em Cabo Verde, nomeadamente através da aposta em sectores como a agricultura e as energias renováveis.
Hoje Macau SociedadeExposições e conferências com fim do ano em alta [dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]o quarto trimestre, o número de reuniões e conferências aumentou em termos anuais, tendo atingido 86.000 participantes (+23,8 por cento), em virtude do acréscimo de 34 por cento nos participantes dos eventos com 200 ou mais indivíduos (72.000). De acordo com os dados divulgados ontem pelo Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), realizaram-se 244 reuniões e conferências (-8, em termos homólogos). A duração média geral de reuniões e conferências foi de 1,6 dias, permanecendo no nível do trimestre homólogo de 2016. No trimestre de referência foram realizadas 18 exposições (+2, em termos anuais), em que participaram 591.000 visitantes (+45,8 por cento). Destaca-se que 16 exposições foram organizadas por entidades não governamentais, tendo atraído 459.000 visitantes (+31,0 por cento), enquanto duas exposições foram organizadas por entidades governamentais, tendo atraído 132.000 visitantes, com um crescimento acentuado de 140,7 por cento. De acordo com informações recolhidas junto das entidades organizadoras das 18 exposições, no quarto trimestre as receitas e despesas das exposições cifraram-se em 76,73 milhões e 114 milhões de patacas, respectivamente. Refira-se que as receitas eram provenientes, principalmente, dos “subsídios concedidos pelo Governo e por outras instituições” (75,3 por cento do total), enquanto as despesas eram efectuadas essencialmente em “serviços de produção, construção e decoração” (27,1 por cento). Em 2017, realizaram-se um total de 1.381 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo (+105, em termos anuais), que tiveram 1.901.000 participantes e visitantes (+10,4 por cento, em termos homólogos). De acordo com as informações recolhidas junto das entidades organizadoras das 51 exposições realizadas em 2017, as receitas cifraram-se em 184 milhões de patacas,
Hoje Macau PolíticaRelatório sobre catástrofes deixa recados para gestão de emergências [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Governo da RAEM deve priorizar o aperfeiçoamento do sistema de gestão de emergências local, incluindo o sistema e mecanismo de resposta, prevenção, redução de desastres e salvamento. A recomendação foi deixada pelo “Relatório geral de avaliação sobre os danos causados pelo tufão Hato e propostas para a optimização do sistema de gestão de emergências”, discutido ontem na sede do Governo. O documento recomenda também a necessidade de reforçar os trabalhos de socorro e salvamento. Ao mesmo tempo , o Executivo deve e aumentar a capacidade de prevenção e redução de desastres nas principais infraestruturas da cidade; aperfeiçoar o sistema de cooperação e acção conjunta para responder a emergências na região Guangdong-Hong Kong-Macau e elevar a capacidade de reacção a grandes catástrofes. O documento não se fica por aqui e salienta que cabe ao Executivo “dar resposta a riscos, melhorar o sistema jurídico de gestão de emergências, prevenção e redução de desastres e realizar campanhas de educação e sensibilização para a segurança”. Ficam ainda recados que apontam para a necessidade de desenvolvimento do território enquanto cidade inteligente.
Hoje Macau EventosEx-primeira-dama dos EUA Michelle Obama lança livro de memórias em Novembro [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] ex-primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama vai lançar um livro de memórias em novembro, divulgou a própria numa mensagem na rede social Twitter. O livro, que terá o título original “Becoming”, é descrito por Michelle Obama como uma “experiência profundamente pessoal”. Em 2017, Michelle Obama e o seu marido, o ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama, chegaram a acordo com o grupo editorial norte-americano Penguin Random House para a publicação dos seus livros. Informações divulgadas na altura indicaram que o acordo teria superado os 30 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de euros). As memórias das antigas primeiras-damas dos Estados Unidos são normalmente sucessos de vendas e o livro de Michelle Obama é aguardado com grande expectativa. O único livro de Michelle Obama, com o título original “American Grown”, é datado de 2012 e é sobre jardinagem. Barack Obama, que já escreveu dois ‘best-sellers’, “Dreams from My Father” (“A Minha Herança”, título da edição em português) e “The Audacity of Hope” (“Audácia da Esperança”), ainda não agendou a publicação das suas memórias. Barack Obama (democrata), o primeiro Presidente dos Estados Unidos afro-americano, cumpriu dois mandatos presidenciais, de 2009 a 2017. A National Portrait Gallery revelou em fevereiro os retratos oficiais do ex-casal presidencial. As obras, pintadas por dois artistas afro-americanos, figuram na ala presidencial desta galeria da rede de museus Smithsonian, em Washington.
Hoje Macau EventosProdutora de cinema Weinstein Company vai declarar falência [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] empresa norte-americana Weinstein Company, de produção e distribuição de cinema, vai declarar falência depois de terem falhado negociações para venda de ativos a um grupo de investimento. A decisão da administração foi revelada pelo jornal Los Angeles Times, depois de goradas as conversações para tentar salvar os ativos e os postos de trabalho da empresa, fundada em 2005 pelos irmãos Harvey e Bob Weinstein. Harvey Weinstein foi afastado da empresa em outubro do ano passado no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico. Segundo o Los Angeles Times, em discussão estava um acordo de 500 milhões de dólares que permitiria a um grupo de investimento, liderado por Maria Contreras-Sweet, ter o controlo total da empresa, alterar-lhe o nome e ter uma administração com um maior participação de mulheres. O acordo incluiria ainda a criação de um fundo de 40 milhões de dólares para a empresa compensar as mulheres que acusaram Harvey Weinstein. As negociações falharam no início de fevereiro depois de o procurador-geral de Nova Iorque ter apresentado uma ação judicial contra a empresa e os seus fundadores. Os irmãos Bob e Harvey Weinstein, que em 1979 fundaram os estúdios Miramax, produziram dezenas de filmes e séries de ficção e entertenimento premiadas. Entre os filmes com maior sucesso de bilheteira contam-se “Sacanas sem lei” (2009) e “Django libertado” (2012), ambos de Quentin Tarantino, “O discurso do rei” (2010), de Tom Hooper, “Guia para um final feliz” (2012), de David O. Russell, e “O mordomo” (2013), de Lee Daniels.
Hoje Macau China / ÁsiaONG | Repressão do Governo chinês não conseguiu silenciar activistas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] campanha repressiva lançada pelo Governo chinês contra activistas dos Direitos Humanos no país não conseguiu abalar a sua resistência, afirmou em comunicado a organização Defensores Chineses dos Direitos Humanos (CHRD). No seu relatório anual, intitulado “Repressão e Resistência”, a CHRD considera que os activistas chineses “demonstraram uma notável capacidade de resistência na promoção e protecção dos direitos humanos, face à repressão governamental”. Em 2017, o regime comunista chinês cometeu “graves” violações dos direitos humanos, segundo a organização, à medida que o Presidente chinês, Xi Jinping, “consolidou o seu poder e promoveu a sua visão totalitária”. No entanto, os activistas do país conseguiram mobilizar-se, divulgando informação ‘online’ e manifestando-se em prol dos direitos humanos, aponta a CHRD. A organização lembra que, apesar das restrições ao direito ao protesto pacífico, que incluiu penas de prisão, ocorreram no ano passado importantes protestos espontâneos contra a poluição, despejos forçados ou salários injustos. A resposta das autoridades face à resistência dos activistas consistiu na perseguição penal, desaparecimentos forçados, tortura ou privação de tratamento médico adequado, destacou a organização. “Os abusos relacionados com os direitos económicos, sociais e culturais, assim como com os direitos políticos e civis, continuam a ser generalizados na China”, recordou a CHRD, que considera que as organizações de defesa dos direitos humanos no país “lutam pela sua sobrevivência”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia | Filha de Trump deixa a Coreia do Sul sem se reunir com Pyongyang [dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]vanka Trump, filha e assessora do Presidente norte-americano, terminou a sua viagem à Coreia do Sul sem se reunir com a delegação norte-coreana que se deslocou ao encerramento dos Jogos Olímpicos de PyeongChang. Ivanka disse que se tratou de uma “primeira visita fantástica” à Coreia do Sul e agradeceu o “simpático acolhimento” do país asiático, numas breves declarações à imprensa antes de regressar a Washington, no aeroporto internacional de Incheon, na capital, Seul. A filha mais velha e assessora do Presidente dos EUA, Donald Trump, não respondeu, quando questionada sobre a aparente vontade de diálogo expressa pela delegação norte-coreana este fim-de-semana. A viagem de Ivanka Trump à Coreia do Sul tinha gerado expectativas de um possível encontro com a representação norte-coreana que também se deslocou a este país para o encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, liderada pelo general Kim Yong-chol. Este Domingo, o general norte-coreano disse ao Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que Pyongyang tem “vontade de dialogar com os Estados Unidos”, indicou, em comunicado, a casa presidencial de Seul. Durante o encontro, Moon insistiu na necessidade de diálogo entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, que servirá também para melhorar as relações entre Pyongyang e Seul. No entanto, Washington confirmou ao final da noite de Domingo que Ivanka não manteve “qualquer interação com a delegação norte-coreana”. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, assegurou também num comunicado que a administração norte-americana espera que a oferta de diálogo que a Coreia do Norte mostrou signifique “os primeiros passos na direção da desnuclearização” da península da Coreia. Diplomacia desportiva Seul acredita que o “descongelamento olímpico” entre as duas Coreias, que tecnicamente continuam em guerra, pode servir para que a Coreia do Norte e os Estados Unidos da América retomem o diálogo, após um 2017 marcado por repetidos testes de armamento norte-coreano e ameaças de ambas as partes. Também este Domingo, a Coreia do Norte classificou as mais recentes sanções unilaterais dos Estados Unidos como um “acto de guerra”. Na passada Sexta-feira, Trump anunciou novas medidas para isolar a Coreia do Norte, definindo-as como “as mais pesadas sanções já impostas contra um país”. Em causa estão limites a 27 empresas marítimas registadas ou sediadas em países que mantêm relações com a Coreia do Norte. “Consideramos qualquer tipo de restrição contra nós como um acto de guerra”, disse o ministro das Relações Externas da Coreia do Norte, Ri Yong Ho. O Ministério dos Negócios Estrangeiros prometeu ainda “subjugar” os Estados Unidos, caso sejam alvo de “provocações”.
Hoje Macau China / ÁsiaEnergia | Superestrada solar com carga automática de carros até 2022 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China terá, até 2022, sua primeira super-estrada solar, que permitirá carregar de forma automática os veículos eléctricos que circulem pelos 161 quilómetros que irão unir as cidades de Hangzhou e Ningbo, no leste so país. A estrada, com seis faixas de rodagem, estará equipada com painéis solares ao longo de todo o percurso que carregarão automaticamente os veículos eléctricos e permitirá a condução autónoma. A construção da inovadora via visa acrescentar uma alternativa rodoviária e descongestionar o tráfego de outra estrada paralela, segundo informação do jornal oficial “Global Times”. Outra novidade é que os automóveis não terão que parar para pagar as portagens, já que o valor será descontado de forma automática através de um chip, à semelhança da Via Verde. Com este projecto, as autoridades querem potencializar o desenvolvimento dos veículos eléctricos no país, o maior mercado mundial automóvel, que planeia proibir num futuro não determinado a produção e venda de veículos impulsionados por combustíveis fósseis. De facto, algumas das principais estradas, inclusive a que une Pequim e Xangai, já contam com milhares de pontos de recarga para veículos eléctricos. A primeira tentativa de construção deste tipo de estrada na China aconteceu em Dezembro do ano passado na cidade de Jinan, no leste, embora só tivesse um quilómetro de extensão e tenha sofrido actos de vandalismo poucos dias depois da sua inauguração, quando foram roubadas peças das placas solares.