Hoje Macau SociedadeSaúde | Apoios médicos à terceira idade fora dos hospitais no final de Março Os idosos vão ter acesso, já a partir do final do mês, a um novo programa de serviços médicos e de consultas fora dos hospitais. A iniciativa foi anunciada ontem pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. O novo serviço vai permitir a deslocação dos profissionais de saúde nomeadamente médicos, enfermeiros e farmacêuticos, às instituições patrocinadas pelo Governo para prestar o apoio necessário. Por ocasião do almoço de Primavera, oferecido pelo Instituto de Acção Social (IAS) aos funcionários das entidades de serviços comunitários, Alexis Tam, adiantou que os Serviços de Saúde e o IAS pretendem concretizar um programa de serviços médicos junto dos lares de idosos. Alexis Tam referiu ainda que estão previstos para este ano o arranque do Centro Clinico da Ilha Verde, a inclusão de mais serviços médicos para os idosos, e a aprovação, do “Regime jurídico de garantias dos direitos e interesses dos idosos”. Questionado se o Governo pretende apoiar a prestação de serviços a idosos, por parte de entidades não-governamentais, na Zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, Alexis Tam indicou que poderá ser ponderada a possibilidade de desenvolver instalações para além da região metropolitana da Grande Baía. Alexis Tam apontou as cidades vizinhas de Zhuhai, Zhongshan e Jiangmen como possibilidades. O secretário salientou ainda que, mesmo que os idosos optem por viver em outros locais, os seus direitos serão garantidos.
Hoje Macau SociedadeTabaco | Registadas 922 acusações relacionadas com a Lei do Tabagismo [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntre Janeiro e Fevereiro, os Serviços de Saúde registaram 922 acusações relacionadas com a Lei do Tabagismo, 917 das quais se ficaram a dever ao facto das pessoas estarem a fumar em locais onde é proibido. Os restantes cinco casos foram motivados por ilegalidades nos rótulos de tabaco. Segundo o Governo, entre os casos detectados de pessoas a fumar em locais proibidos, a maioria dos fumadores ilegais (850 casos) são do sexo masculino, ou seja 92,9 por cento contra os 7,3 por cento de casos registados entre as pessoas do sexo feminino (67 casos). Em 20 casos foi necessário o apoio das forças de segurança o que comparado com o período homólogo do ano passado significa uma quebra de 17 casos. Entre os acusados, 709 pessoas decidiram pagar as multas.
Hoje Macau SociedadeCaso Ho Chio Meng | Empresários ligados a ex-Procurador libertados [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s empresários Mak Im Tai e Wong Kuok Wai acusados de associação criminosa, em conjunto com o ex-Procurador Ho Chio Meng, foram colocados em liberdade. Segundo a Rádio Macau, o Tribunal de Última Instância aceitou o pedido de ‘habeas corpus’ interposto pela defesa, a cargo do advogado Pedro Leal. Os empresários foram libertados devido ao facto de ter sido ultrapassado o limite máximo de dois anos de prisão preventiva, sem que tenha havido sentença transitada em julgado. Mak Im Tai e Wong Kuok Wai vão ter de se apresentar todos os dias na Polícia Judiciária e estão proibidos de se ausentarem de Macau. Os empresários foram condenados a 12 e 14 anos, por crimes de associação criminosa, burla e branqueamento de capitais, entre outros, em co-autoria com Ho Chio Meng.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim mantém objectivo de crescimento de 6,5 por cento em 2018 [dropcap style =’circle] A [dropcap] China renovou para 2018 o seu objectivo de um crescimento económico anual “de cerca de 6,5 por cento”, segundo o texto do discurso do primeiro-ministro, Li Keqiang, divulgado antes da abertura da sessão anual do parlamento chinês O gigante asiático manteve também em “cerca de 3 por cento” o nível estimado de inflação para este ano. Nenhum novo valor de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a longo prazo foi definido no Outono, no congresso quinquenal do Partido Comunista (PCC), em conformidade com a ideia de que Pequim estava preparada para assistir a uma redução do crescimento do país. O seu orçamento militar, o segundo maior do mundo, a seguir ao dos Estados Unidos, aumentará 8,1 por cento em 2018, um ritmo de crescimento superior ao do ano passado. Esta taxa de crescimento, mais elevada que em 2017 (+7 por cento), foi anunciada pelo Governo chinês num relatório divulgado pouco antes da abertura da sessão anual do parlamento. O orçamento atinge os 142 mil milhões de euros, segundo a agência Nova China. Aposta militar A China gastou em 2017 um total de 122 mil milhões de euros com as suas Forças Armadas, segundo um recente relatório do Instituto Internacional para os Estudos Estratégicos (IISS), um organismo especializado sediado em Londres – quatro vezes menos que os Estados Unidos (489 mil milhões de euros). Pequim aumenta a despesa com a Defesa desde há mais de 30 anos para compensar o atraso em relação aos exércitos ocidentais. O aumento anual atingiu quase 18 por cento no final dos anos 2000 e, nos últimos anos, a taxa de crescimento do orçamento militar é mais ou menos coordenada com a do PIB (que foi de 6,9 por cento em 2017). Em Outubro, Xi Jinping instou o exército a concluir a sua modernização até 2035 e a ser “de nível mundial” até 2050. O exército chinês ainda está pouco presente em cenários internacionais: além das participações em missões de manutenção da paz da ONU, tem 240 militares na única base militar que até agora instalou no estrangeiro (em 2017, no Djibuti) e a sua marinha patrulha o golfo de Aden para operações de escolta antipirataria, segundo o IISS. Por sua vez, os Estados Unidos têm cerca de 200.000 militares destacados em cerca de 40 países dos cinco continentes.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim não admite fantasias independentistas de Taiwan [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, advertiu ontem Taiwan de que Pequim não vai tolerar qualquer fantasia independentista, numa altura de renovadas tensões devido à maior aproximação de Taipei a Washington. “Não será tolerada qualquer actividade relacionada com a independência de Taiwan”, afirmou Li, na apresentação do relatório do Governo aos cerca de 3.000 delegados da Assembleia Popular Nacional (APN). “Continuaremos firmes na defesa da soberania nacional e da integridade territorial da China”, afirmou. A advertência de Li Keqiang surge depois de, na semana passada, o Senado norte-americano ter aprovado uma Lei de Viagens a Taiwan, que permite visitas mútuas de funcionários de alto nível. A votação do Senado ocorreu no mesmo dia em que independentistas taiwaneses lançaram uma campanha para a celebração de um referendo sobre a independência da ilha, em Abril de 2019. A imprensa oficial chinesa lembrou que Pequim poderá recorrer de forma “inevitável” à força para resolver as disputas com Taiwan, como previsto na lei antissecessão. Aquela lei incumbe o Governo e exército chineses de “decidir sobre a execução dos meios não pacíficos” contra Taiwan, caso sejam “esgotadas” as possibilidades de “reunificação pacífica”. Desde o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), que decorreu em Outubro passado, que as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo taiwanês se intensificaram, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável que a China invada Taiwan.
Hoje Macau China / ÁsiaFim do limite de mandatos domina reunião do legislativo chinês [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] sessão anual do órgão legislativo máximo da China arrancou hoje com o debate centrado numa emenda constitucional que removerá o limite de dois mandatos no exercício do cargo de Presidente do país A proposta, que permitirá ao Presidente Xi Jinping permanecer indefinidamente no cargo, concentrará a atenção mediática sobre a reunião da Assembleia Popular Nacional (APN), que normalmente serve para aprovar o orçamento do país, o plano anual de desenvolvimento económico-social e outros documentos. A alteração de um dos princípios fundamentais da política chinesa desde os anos 1980 ilustra a ascensão de Xi como um dos mais fortes líderes chineses na história da República Popular, com o regime a assumir contornos de uma ditadura pessoal. Os cerca de 3.000 deputados reunidos durante os próximos dez dias no Grande Palácio do Povo, no lado ocidental da famosa Praça Tiananmen, irão também eleger os principais titulares dos órgãos do Estado, já previamente seleccionados pelo Partido Comunista Chinês (PCC), durante o seu último Congresso, que decorreu em Outubro passado. A liderança chinesa tem defendido a necessidade de acabar com o limite de mandatos, visando assegurar a continuidade de Xi no poder, numa altura em que Pequim executa uma vasta agenda que inclui tornar o sector estatal mais competitivo, desenvolver a indústria de alta tecnologia, reduzir a pobreza e combater a poluição. Líder único Nos últimos anos, Xi desmantelou o sistema de “liderança colectiva”, cimentado pelos líderes chineses desde os anos 1980, e tornou-se o centro da política chinesa, eclipsando os outros seis membros do Comité Permanente do Politburo PCC, a cúpula do poder na China. Além de secretário-geral do PCC, presidente da Comissão Militar Central – o braço político do exército – e Presidente do país, Xi é responsável pelos organismos encarregados da segurança nacional, finanças, reforma económica e “segurança no ciberespaço”. A presidência é a menos importante das três posições que Xi ocupa na pirâmide do poder chinês – secretário-geral do PCC e Presidente da CMC são, por esta ordem, consideradas as mais importantes. Ao assegurar aquelas duas posições, que não estão sujeitas a limite de mandatos, Xi Jinping seria já o líder indiscutível do partido e do Estado, pelo que a emenda constitucional surpreendeu muitos observadores. “Caso seja aprovada, pode-se descrever esta tentativa de abolir o limite de mandatos como o regresso da China a tempos medievais”, afirma Warren Sun, um pesquisador sobre o PCC na Universidade de Monash, na Austrália, citado pela Associated Press.
Hoje Macau SociedadeTransportes | Concurso para atribuição de licenças de táxi prolongado [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] prazo para a apresentação de propostas no âmbito do concurso público para a atribuição de 100 licenças de táxis foi prolongado até às 18h do dia 26 de Março. Inicialmente, estava previsto que o prazo para a entrega de propostas chegasse ao fim a 8 de Março, mas a Direcção dos Serviços para os Assuntos Tráfego (DSAT) optou por esticar o período para os interessados apresentarem as propostas. “Tendo em conta a diferença das características dos táxis exigidos para os que agora estão em circulação, foi autorizada por despacho do Chefe do Executivo, a prorrogação do prazo de entrega das propostas. Com a extensão do prazo, os interessados usufruem de mais tempos para adquirir conhecimento sobre as características, manutenção e reparação deste tipo de veículos”, justificou a DSAT.
Hoje Macau InternacionalFim de mandatos do Presidente da República na China inspira países africanos a seguirem o modelo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] decisão do Partido Comunista Chinês (PCC) em pôr fim ao limite de mandatos presidenciais vai “inspirar” países africanos e mostrar as contradições democráticas de regimes frágeis ou consolidados, consideraram à agência Lusa dois especialistas em África. O economista e sociólogo guineense Carlos Lopes, antigo secretário executivo da Comissão Económica para África (CEA) das Nações Unidas (2012/16) e atualmente ligado a projetos económicos na União Africana (UA), e o investigador, escritor, jornalista e comentador angolano Jonuel Gonçalves, atual professor na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, partilharam, a opinião de que a influência poderá ser perigosa para a democracia. Em pano de fundo está o facto de 12 países africanos continuarem a combater o pluralismo democrático num continente que foi varrido ao longo de década de 1990 pelos ventos de democracia, em que alguns sopros resultaram, mas outros nem por isso. “Os países africanos vão inspirar-se e mostrar as contradições. Torna-se claro que já ninguém pode dar lições éticas a ninguém e que a crise da democracia representativa estalou no núcleo duro dos que a moldaram”, sustentou Carlos Lopes. Por outro lado, para José Gonçalves, a decisão do PC chinês, aprovada no final de fevereiro último, pode ser “perigosa para a democracia” em África, mas também já é vista com críticas e ironias por alguns setores africanos por… “copiar a estratégia” dos Presidentes da Guiné Equatorial, Camarões e Burundi, entre outros. “Isso vai servir de argumento aos que não limitam os mandatos e receio que (o Presidente da RDCongo, Joseph] Kabila também queira usar a decisão chinesa. Porém, há também o inverso, com muitas críticas e ironias em meios africanos ao PC chinês por copiar [Teodoro] Obiang, [Paul] Biya e [Pierre] Nkurunziza”, analisou José Gonçalves. Para Carlos Lopes, analisar a decisão do PC chinês é procurar também as causas da “mudança de flanco” de Pequim. “Desde a guerra do Iraque que tem vindo a acentuar-se uma contestação da legitimidade de certos princípios da ordem internacional. Isso deve-se ao facto de os Estados Unidos terem prescindido de um mandato da ONU e, a partir daí, terem aberto o flanco a que se critique os dois pesos duas medidas”, sustentou. “As possibilidades de guerra assimétrica que inauguraram os jihadistas acentuou o movimento de contestação. As eleições de Trump, os populismos extremos na Europa, com casos terríveis na Polónia e Hungria, com pronunciamentos racistas dos lideres, mostraram a ambiguidade do Ocidente em relação aos seus ditos princípios. Tudo isso deu força a que uma figura como Putin desenvolva um carisma internacional e agora a China mude de flanco”, defendeu. A onda de democracia que varreu nas últimas décadas o continente africano de norte a sul não soprou, porém, em 12 Estados, cuja Constituição não contempla a limitação de mandatos ou em que aprovaram ou vão referendar em breve uma decisão nesse sentido. Além dos casos da Guiné Equatorial, Camarões, Burundi e RDCongo, estão nessa lista a Argélia (Abdelaziz Bouteflika), Camarões (Paul Biya), Congo (Denis Sassou Nguesso), Gabão (Ali Bongo Ondimba), Quénia (Uhuru Kenyatta), Ruanda (Paul Kagamé), Togo (Faure Gnassingbé), Uganda (Yoweri Museveni) e Zâmbia (Edgar Lungu). Com a, pelos vistos, crescente ambição pela perpetuação no poder, e face à também crescente influência da China em África, onde o investimento é muito elevado, aos 12 Estados poderão juntar-se outros, onde a democracia é ainda fragilizada e débil, em que o “perigo de contaminação” se torna evidentes, mesmo tendo em conta que a democracia não se esgota em eleições, pelo que a solução pode passar pela conhecida tese de “democracia musculada”. Limitação de mandatos em África na ordem do dia e o “perigo” do exemplo chinês Pelo menos 12 países africanos estão envolvidos em processos em que pretendem reverter a ordem constitucional e pôr cobro à limitação de mandatos, tal como decidiu recentemente o Partido Comunista Chinês (PCC). Argélia, Camarões, Guiné Equatorial, Ruanda, Uganda, Burundi, Gabão, Congo, Togo, Zâmbia, Quénia e RDCongo, por diferentes razões, têm agora a “porta aberta” para se “inspirarem” no exemplo do PC chinês para se perpetuarem no poder. A dúvida paira sobre que caminho poderão seguir outros dos restantes 43 Estados africanos se a democracia, tal como está implantada, pode ser revertida. Entre os 12 países em causa, na Argélia não há limitação de mandatos e Bouteflika, 81 anos feitos a 02 deste mês, apesar de raramente aparecer em público, já deu indicações de que, em 2019, quer renovar as vitórias que tem colecionado desde 1999 (2004, 2009 e 2014), ano em que chegou ao poder depois de 26 anos como chefe da diplomacia argelina. O mesmo se passa nos Camarões, onde Byia, aos 84 anos, e há 35 no poder, vai recandidatar-se nas eleições deste ano. Idêntica situação é a da Guiné Equatorial, com Teodoro Obiang Nguema, no poder desde 1979, e no Ruanda, com Paul Kagamé, Presidente desde 2000. A situação já se “resolveu” no Uganda, onde Yoweri Museveni, Presidente há 21 anos, fez aprovar a lei que pôs cobro à limitação de dois mandatos, pelo que pode concorrer novamente na votação em 2021. No Burundi, há um referendo em maio próximo para se proceder a uma alteração constitucional, de forma a permitir a Nkurunziza candidatar-se a um terceiro mandato e, no limite, liderar o país até 2034. A polémica em torno do fim da limitação dos dois mandatos presidenciais também existe no Gabão, em que Ali Bingo Ondimba, filho de Omar Bongo, está no poder desde 2005 e venceu a votação de dezembro de 2017 no meio de grande contestação, pois já entrou no terceiro mandato. No Congo, Denis Sassou Nguesso, que passou 32 anos, intercalados (1979/92 e desde 1999 no poder,), foi reeleito Presidente em março de 2016, prolongando um regime que lidera com “mão de ferro”. Também no Togo, onde a instabilidade política e social começa a subir de tom, Faure Gnassingbé sucedeu ao pai, Gnassingbé Eyadéma, em 2005, e desde então, venceu as eleições de 2010 e 2015, estando já em discussão pública a alteração à Constituição que lhe permitirá concorrer a um terceiro mandato em 2020. A cumprir o segundo mandato, também Edgar Lungu, na Zâmbia, está a pensar em mudar a Carta Magna para poder apresentar-se novamente nas presidenciais de 2021, o mesmo sucedendo no Quénia, onde Uhuru Kenyatta, apesar do boicote da oposição, venceu as presidenciais de novembro de 2017, depois de ganhar as de 2013, e já iniciou o debate sobre a devida alteração constitucional para a votação em 2022. Complexa está ainda a situação na República Democrática do Congo (RDC), onde Joseph Kabila, cujo segundo e último mandato constitucional terminou em dezembro de 2016, conseguiu um acordo polémico com a oposição e prolongou a Presidência por mais um ano. No entanto, a data das presidenciais de 2017 nunca chegou a ser marcada, tendo sido recentemente fixada para 23 de dezembro deste ano. No poder desde 2001, sucedeu ao pai, Laurent-Desiré Kabila, assassinado nesse ano por um guarda-costas. Angola deixou a “lista” em agosto de 2017, com o fim dos 38 anos de regime de José Eduardo dos Santos, o mesmo sucedendo, mais recentemente, no Zimbabué, onde Robert Mugabe foi afastado compulsivamente pelos militares em novembro último.
Hoje Macau EventosÓscares: Jimmy Kimmel diz que Hollywood deve ser um exemplo no combate ao assédio [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] apresentador da 90.ª cerimónia dos Óscares, Jimmy Kimmel, disse, no monólogo de entrada, que o combate ao assédio sexual a ocorrer hoje no meio cinematográfico há muito tardava e que Hollywood deve ser um exemplo. Kimmel, que apresenta a cerimónia pelo segundo ano consecutivo, disse que a noite deve ser marcada pela “positividade”, chamando a atenção para o trabalho a ser desenvolvido pelas ativistas de movimentos como o Me Too, Time’s Up e Never Again. “O que aconteceu com o Harvey [Weinstein] e o que está a acontecer por todo o lado era há muito devido. Não podemos continuar a deixar passar o mau comportamento. O mundo está a olhar para nós, precisamos de ser um exemplo”, afirmou o comediante, que recordou que, em Hollywood, se fez um filme chamado “O que as mulheres querem”, protagonizado por Mel Gibson, o que dizia “tudo o que havia a dizer” sobre como o meio encarava as mulheres. Num monólogo em que abordou diversas das polémicas recentes, com direito a menção ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Kimmel afirmou que se se conseguir pôr fim ao assédio sexual no local de trabalho, “então as mulheres só terão de lidar com assédio em todos os outros sítios onde forem”. Harvey Weinstein, já expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que atribui os Óscares, foi afastado da sua produtora em outubro do ano passado, no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico. Dezenas de mulheres, incluindo as atrizes Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino, Ashley Judd, Léa Seydoux, Asia Argento e Salma Hayek denunciaram uma série de episódios diferentes, que vão desde presumíveis comportamentos sexuais abusivos a acusações de violação por parte do produtor Harvey Weinstein, galardoado com um Óscar pela produção de “A Paixão de Shakespeare” (1998). Desde que foi divulgado o caso, vários escândalos relacionados com acusações de assédio, agressão sexual e até mesmo de violação foram denunciados em vários países do mundo.
Hoje Macau EventosÓscares: Sam Rockwell e Allison Janney vencem melhor actor e actriz secundários [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]am Rockwell venceu hoje o Óscar de melhor ator secundário pela sua interpretação em “Três Cartazes à Beira da Estrada”, enquanto Allison Janney arrecadou o de melhor atriz secundária, pelo papel em “Eu, Tonya”. Nomeado pela primeira vez aos 49 anos, Sam Rockwell conquistou o galardão pelo seu desempenho como polícia racista e violento no filme “Três Cartazes à Beira da Estrada”, de Martin McDonagh. Por sua vez, Allison Janney, que também recebeu um Óscar pela primeira vez, foi distinguida pelo seu papel de mãe exigente no filme “Eu, Tonya”, de Craig Gillespie. Sam Rockwell agradeceu, entre outros, ao ator Christopher Plummer – o mais velho entre os nomeados para a mesma categoria –, à atriz Frances McDormand, com quem contracena, e ao pai, que promoveu o seu amor pelo cinema. “Fiz tudo sozinha”, brincou Allison Janney no início do seu discurso, sem poupar elogios à equipa de “Eu, Tonya” e a Joanne Woodward, “pelo incentivo e generosidade” que a atriz de 88 anos teve na luta de Janney por uma carreira como atriz. Sam Rockwell competia com Christopher Plummer por “Todo o Dinheiro do Mundo”, Woody Harrelson por “Três Cartazes à Beira da Estrada”, Richard Jenkins por “A Forma da Água” e Willem Dafoe por “Projeto Florida”. Allison Janney tinha como ‘rivais’ Laurie Metcalf por “Lady Bird”, Lesley Manville por “Linha Fantasma”, Octavia Spencer por “A Forma de Água” e Mary J.Blige por “Mudbound”. Além dos prémios para melhor ator e atriz secundários, foram entregues mais seis óscares. Sem surpresas, “A Hora Mais Negra” venceu na categoria de melhor caracterização e “Linha Fantasma” na de melhor guarda roupa. Para a categoria de melhor guarda roupa estava nomeado o luso-canadiano Luís Sequeira, que venceu o prémio do sindicato dos figurinistas, em fevereiro, pelo seu trabalho no filme “A Forma da Água”. A grande surpresa até ao momento foi o Óscar para melhor documentário, com “Icarus” a destacar-se como a primeira longa metragem da Netflix a vencer qualquer prémio da academia. Emocionados, os realizadores Bryan Fogel e Dan Cogan sublinharam “a grande importância de dizer a verdade”, fazendo referência aos movimentos #TimesUp e #MeToo. “Dunkirk”, de Christopher Nolan, nomeado para oito óscares, levou o prémio de melhor montagem de som e melhor mistura de som. O Óscar de melhor filme de animação foi para “Coco”, de Lee Unkrich. O filme que lidera as nomeações desta edição, “A Forma da Água”, arrecadou o Óscar de melhor cenografia. “Una Mujer Fantastica”, um filme chileno, ganhou o Óscar para melhor filme estrangeiro. A longa metragem de Sebastián Lelio, que conta a história de uma jovem transexual, já havia sido premiado em Berlim.
Hoje Macau EventosÓscares: “Foge” e “Chama-me Pelo Teu Nome” vencem melhores argumentos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] argumentista e realizador de “Foge”, Jordan Peele, recebeu hoje o Óscar de melhor argumento original, enquanto James Ivory venceu na categoria de melhor argumento adaptado por “Chama-me pelo teu nome”, a partir da história de André Aciman. É o primeiro Óscar atribuído a “Chama-me pelo Teu Nome”, filme que explora o despertar da sexualidade, protagonizado pelo nomeado a melhor ator principal Thimotée Chalamet. James Ivory começou por reconhecer o escritor André Aciman, também presente na cerimónia, e a sua “história sobre a beleza do primeiro amor, seja ele heterossexual, gay ou algo no meio”. Agradeceu também ao “sensível” realizador” Luca Guadagnino e aos atores, “sem os quais não estaria naquele palco”. “Get Out” é o primeiro filme de Jordan Peele, o primeiro negro em 90 anos nomeado a três Óscares com o mesmo filme, feito referido no início da cerimónia pelo anfitrião Jimmy Kimmel. “Isto significa muito para mim”, disse no início do discurso, admitindo que parou de escrever o argumento mais de 20 vezes por achar que “não resultaria”, mas que, se alguém acreditasse nele, “poderia levantar a sua voz”, e assim o fez. O filme, que é também uma sátira, aproveita-se do horror para abordar a questão racial.
Hoje Macau EventosÓscares: Gary Oldman e Frances McDormand vencem melhor ator e melhor atriz [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] actor Gary Oldman foi hoje distinguido com o Óscar de melhor ator principal, pela interpretação em “A hora mais negra”, e Frances McDormand venceu na categoria feminina, por “Três Cartazes à Beira da Estrada”. “Obrigado pelo teu amor e apoio. Põe a chaleira a aquecer. Vou levar o Oscar para casa”, disse Gary Oldman à sua mãe, durante o discurso de aceitação de melhor ator. “Olhem à vossa volta, senhoras e senhores, porque todos temos histórias para contar”, afirmou Frances McDormand. A atriz já tinha vencido o prémio em 1997, pela interpretação em “Fargo”. Por outro lado, Gary Oldman, que foi nomeado para o prémio em 2012 – pela sua atuação no filme “A Topeira” – vence pela primeira vez. Normalmente o vencedor do Óscar de Melhor Ator na edição passada entrega o galardão de Melhor Atriz no ano seguinte — e vice-versa. Contudo, a tradição foi quebrada, já que Casey Affleck, que ganhou o prémio com a sua prestação em “Manchester by the Sea”, não compareceu este ano.
Hoje Macau EventosÓscares: “A Forma de Água” vence nas categorias de Melhor Filme e Melhor Realizador [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] realizador Guillermo Del Toro conquistou hoje o Óscar de melhor realizador com o filme “A Forma da Água”, confirmando a sua condição de favorito. Guillermo Del Toro é o terceiro cineasta mexicano a vencer nesta categoria, depois de Alejandro Iñarritu e Alfonso Cuarón. “O melhor que a arte faz, e que a nossa indústria faz, é apagar as linhas na areia”, disse Del Toro, aludindo à sua carreira internacional. É o terceiro galardão para a fábula “A Forma da Água”, o filme mais nomeado da noite. O filme “A forma da água”, de Guillermo del Toro, venceu hoje o Óscar de melhor filme na 90.ª edição dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, para o qual entrou como o título mais nomeado. Minutos antes, o mexicano del Toro já havia recebido o Óscar de melhor realização, tendo “A forma da água” sido também distinguido por melhor banda sonora, de Alexander Desplat, e melhor desenho de produção. “A forma da água” recebeu 13 nomeações para os Óscares deste ano, entre as quais as de dois canadianos de origem portuguesa, Luís Sequeira e Nelson Ferreira, nas categorias de melhor guarda-roupa e de montagem de som, respetivamente. Lista completa dos vencedores da 90.ª edição dos Óscares: Melhor filme: “A forma da água” Melhor realização: Guillermo del Toro – “A forma da água” Melhor ator: Gary Oldman – “A hora mais negra” Melhor ator secundário: Sam Rockwell – “Três cartazes à beira da estrada” Melhor atriz: Frances McDormand – “Três cartazes à beira da estrada” Melhor atriz secundária: Allison Janney – “Eu, Tonya” Melhor fotografia: “Blade Runner 2049” Melhor argumento adaptado: “Chama-me pelo teu nome” Melhor argumento original: “Foge” Melhor filme estrangeiro: “Uma mulher fantástica” Melhor filme de animação: “Coco” Melhor documentário: “Icarus” Melhor documentário em curta-metragem: “Heaven Is a Traffic Jam on the 405” Melhor curta-metragem: “The Silent Child” Melhor curta-metragem de animação: “Dear Basketball” Melhor cenografia: “A forma da água” Melhor montagem: “Dunkirk” Melhor caracterização: “A hora mais negra” Melhor guarda-roupa: “Linha fantasma” Melhor banda sonora original: “A forma da água” Melhor canção: “Remember Me” – “Coco” Melhor montagem de som: “Dunkirk” Melhor mistura de som: “Dunkirk” Melhores efeitos visuais: “Blade Runner 2049”
Hoje Macau EventosÓscares: Documentário “Ícaro” dá à Netflix primeiro galardão por longa-metragem [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] documentário “Ícaro” venceu o Óscar para melhor documentário, na 90.ª cerimónia dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, sendo a primeira longa-metragem da Netflix a conquistar tal galardão. Em 2017, o documentário “Os Capacetes Brancos”, também da Netflix, venceu o Óscar para melhor curta-metragem documental, tendo a empresa de ‘streaming’ já tido nomeações para melhor documentário nos cinco anos anteriores. “Ícaro”, de Bryan Fogel, foi comprado pela Netflix no festival de Sundance, no ano passado, e conta a história de “um ciclista norte-americano [que] é envolvido num escândalo de ‘doping’, em que está implicado um cientista russo a quem Putin quer silenciar”. No discurso de aceitação do Óscar, Fogel dedicou o prémio ao médico Grigory Rodchenkov, fonte principal do documentário, que “transforma a sua história de uma experiência pessoal num ‘thriller’ geopolítico que envolve urina falsificada, mortes por explicar e o maior escândalo desportivo da história”, segundo a sinopse existente no iMDB. Fogel disse esperar que “Ícaro” seja uma chamada de alerta para a Rússia, mas que, além disso, sirva de aviso sobre “a importância de dizer a verdade, hoje mais do que nunca”. “Ícaro” tinha como adversários “Abacus: Small Enough to Jail”, “Olhares, Lugares”, de Agnès Varda, que, aos 89 anos, marca presença na cerimónia dos Óscares como a nomeada mais velha dos prémios, o sírio “Last Men in Aleppo” e “Strong Island”.
Hoje Macau China / ÁsiaFosun compra participação em grupo de moda austríaco [dropcap style=’circle’] O[/dropcap] grupo de investimento chinês Fosun, principal accionista do banco BCP, comprou 50,6 por cento do capital da empresa de moda de luxo austríaca Wolford por 32,6 milhões de euros, segundo o portal chinês de informação financeira Caixin. O conglomerado chinês ofereceu 12,8 euros por acção e ainda acordou investir 22 milhões de euros numa operação de aumento de capital a concluir em Maio. Além disso, a Fosun oferecerá 13,67 euros por título aos outros accionistas da empresa, com o objectivo de no futuro reforçar a sua participação. Depois de registar significativos prejuízos nos últimos anos, a Wolford apresentou em Junho um plano de reestruturação e os seus proprietários anunciaram a intenção de vender uma participação maioritária na empresa. Para a Fosun, esta é a terceira operação de compra internacional nas últimas duas semanas, depois de ter adquirido uma participação maioritária na casa de moda francesa Jeanne Lanvin, por 120 milhões de euros, e na gestora de fundos brasileira Guide Investimentos por 42 milhões de euros. Segundo fontes próximas do grupo chinês citadas pelo portal Caixin, a Fosun está à procura de mais investimentos no sector da moda de luxo na Europa para reforçar o seu plano de expansão internacional e para satisfazer a procura dos consumidores chineses. A Fosun tem sede em Xangai e investimentos em múltiplos sectores como saúde, turismo, moda, imobiliário e banca. Nos últimos anos, comprou empresas estrangeiras como o francês Club Med, o britânico Thomas Cook (ambas na área do turismo), o canadiano Cirque du Soleil (espetáculos artísticos), além de ser o maior accionista do Banco Comercial Português (BCP), com 25,16 por cento. Esta semana, o presidente da seguradora Fidelidade, que também é detida pela Fosun, disse que a participação deste grupo no BCP pode vir a aumentar. Ainda em Dezembro do ano passado, a Fosun tomou uma participação de 18 por cento de Tsingtao, a maior cervejeira da China.
Hoje Macau EventosHong Kong | Art Basel vai ter 26 painéis de debate este ano [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois do cinema, a elegia da palavra toma conta da nova edição da Art Basel. Já é conhecido o programa de debates sobre o mundo da arte, que estará aberto ao público durante a realização da exposição Art Basel, de 28 a 31 de Março no Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong. A Art Basel é uma das feiras de arte mais conhecidas em todo o mundo, estando presente em vários países e regiões. Em Hong Kong, acontece há cinco anos. De acordo com o comunicado divulgado pela organização do evento, os 26 painéis de debate, com entrada gratuita, vão versar sobre “assuntos bastante relevantes para a indústria da arte como o futuro das colecções públicas e privadas, os modelos alternativos de negócio para as galerias, os actuais desenvolvimentos do mercado da arte na Ásia, tal como as políticas do género no mundo da arte”. Nomes de “proeminentes artistas de todo o mundo”, como é o caso de Sophia Al-Maria, Rasheed Araeen, Astha Butail, Samuel Fosso, Guerrilla Girls, Antony Gormley ou He Xiangyu, entre outros, vão estar presentes nestas sessões. O programa de debates é organizado, pelo quarto ano consecutivo, por Stephanie Bailey, escritora e editora. Quarta-feira, dia 28 de Março, os debates arrancam com a presença de Clare McAndrew, fundadora da Arts Economics, que se junta ao escritor na área da cultura Enid Tsui. Ambos vão falar sobre o estado do mercado da arte, “com um especial foco nas tendências do coleccionismo na Ásia verificadas o ano passado”. Haverá também um debate sobre a carreira do artista Rasheed Araeen, que vai falar sobre a sua transformação “de um pintor que cria obras em Karachi num escultor pós-minimalista em Londres”. Já Gabriel Orozco vai protagonizar um debate com Doryun Chong, director e curador chefe da M+, sobre a forma como o estilo de vida nómada e o facto de viver na Ásia tem vindo a influenciar o seu mais recente trabalho. No debate intitulado “Feminist Aesthetics? | Movements and Manifestations’ será abordada a ligação entre o género e a arte com a presença de Guerrilla Girls, Yurie Nagashima, Nilima Sheikh e Yu Hong. Há ainda um painel com o nome “The Collecting Institution | Acquisitions and Representations”, em que será discutida a forma como as instituições devem responder aos seus papéis não só como curadores mas também enquanto promotores de conhecimento cultural, sem esquecer ainda o facto de também serem colecionadores com direitos próprios. Aqui participam nomes como Agustín Pérez Rubio, director artístico do Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires, Juan Andrés Gaitán, director do Museu Contemporâneo Tamayo Arte e Eve Tam, directora do Museu de Arte de Hong Kong. De frisar que os debates estarão disponíveis em inglês, cantonês e mandarim.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim não “cruza os braços” perante ameaças comerciais dos EUA [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] China “não ficará de braços cruzados” perante as ameaças dos Estados Unidos em matéria comercial, advertiu um alto responsável chinês, após declarações cada vez mais insistentes do Presidente norte-americano, Donald Trump “A China não quer uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas se os Estados Unidos adoptarem medidas que prejudiquem os interesses chineses, a China não ficará de braços cruzados e tomará as medidas que se impõem”, declarou à imprensa o porta-voz da Assembleia Nacional Popular (ANP), Zhang Yesui, na véspera da abertura da sessão plenária anual do parlamento chinês. Trump fez subir ainda mais o tom das suas afirmações sobre uma guerra comercial na Sexta-feira, ao ameaçar os parceiros comerciais dos Estados Unidos de “taxas recíprocas” sobre as suas importações, depois de ter visado no dia anterior as do alumínio e do aço. O inquilino da Casa Branca já tinha escrito na rede social Twitter que as guerras comerciais eram “boas e fáceis de ganhar”. Inquirido sobre essas ameaças, o porta-voz chinês, ele mesmo antigo embaixador nos Estados Unidos, defendeu uma maior abertura dos mercados dos dois países. No Sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, considerou “sem fundamento” as sanções norte-americanas contra as exportações de aço de outros países adoptadas em nome da segurança nacional. “Não é só a China que pensa que isto não é razoável. Muitos países europeus e o Canadá disseram todos que não podiam aceitá-lo”, disse Wang, citado pela imprensa chinesa. Investimento estrangeiro Pequim vai elaborar uma nova lei para “promover e proteger o investimento estrangeiro no país”, com o objectivo de fomentar a abertura da sua economia, anunciou o porta-voz da Assembleia Nacional Popular. Zhang Yesui, porta-voz do órgão legislativo máximo do país, que inicia hoje o seu plenário anual, explicou que se reunificarão as três leis que actualmente existem para regular o investimento estrangeiro na China e será criada uma nova lei para alcançar quatro objectivos. O primeiro objectivo será o “desenvolvimento, benefício mútuo, estratégia e comércio de alta qualidade, bem como a liberalização e a facilitação do investimento”, indicou o responsável. Será prestada a mesma atenção ao investimento da China no exterior que ao estrangeiro no país e será facilitado o acesso ao mercado, precisou Zhang. “Criar um ambiente transparente, estável e previsível para o investimento estrangeiro e proteger os seus direitos e interesses legítimos” é o terceiro objectivo mencionado pelo porta-voz, numa conferência de imprensa no Grande Palácio do Povo, em Pequim. Por último, a China oferecerá um “tratamento justo” às empresas internacionais, com igualdade de condições em relação às companhias domésticas. Destaque: No Sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, considerou “sem fundamento” as sanções norte-americanas contra as exportações de aço de outros países adoptadas em nome da segurança nacional.
Hoje Macau EventosMúsica | MACA assina parceria com Sociedade Portuguesa de Autores [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e a MACA (Macau Association of Composers, Authors and Publishers) vão produzir em conjunto o álbum “MACA Album Volume 7”, que celebra o décimo aniversário da associação local. De acordo com um comunicado divulgado pela SPA, “a cooperação entre ambas as congéneres estender-se-á à semana cultural da relação dos países da Lusofonia com a China, na qual a SPA foi convidada a participar, facto que muito honra a cooperativa dos autores portugueses”. As parcerias com a MACA surgem numa altura em que “a SPA tem vindo a reforçar a sua presença internacional e as sinergias em rede, destacando-se actualmente a proposta da Confederação Lusófona de Sociedades de Autores . A parceria visa uma maior solidariedade, à escala global, na prossecução dos únicos e fundamentais objectivos comuns: a cada vez maior proteção dos direitos dos autores e a garantia de uma justa remuneração pela exploração das suas obras”.
Hoje Macau PolíticaCCPPC | Chan Meng Kam e Ho Fu Keong fazem propostas a Pequim [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com o Jornal do Cidadão, Chan Meng Kam, membro da Conferência Consultiva da Política do Povo Chinês (CCPPC) e ex-deputado à Assembleia Legislativa de Macau, apresenta em Pequim uma proposta para que o Governo Central coordene a criação de um mecanismo de resposta às catástrofes e de salvamento nas regiões Guangdong, Hong Kong e Macau. Nesse sentido, Chan Meng Kam sugere a criação de um canal na fronteira que funcione de forma mais rápida em caso de ocorrência de catástrofes, para que pessoal de salvamento e materiais cheguem mais depressa ao seu destino. Ho Fu Keong, outro membro da CCPPC, vai também apresentar uma proposta sobre a formação de talentos jovens ligado ao projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Na sua proposta, Ho Fu Keong sugere o aproveitamento das vantagens de cada região para que se crie uma plataforma de formação, com a aposta em programas de intercâmbio.
Hoje Macau PolíticaPequim | “Elevado alerta” sobre ideias de independência de Hong Kong [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com o canal chinês da Rádio Macau, Chen Sixi, vice-director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, disse na capital chinesa que a RAEM tem vindo a implementar o princípio “Um País, Dois Sistemas” e que aqui não existem ideias que promovem a independência do território. Chen Sixi afastou qualquer vestígio de semelhança entre o que se passa em Macau e Hong Kong, onde existe um movimento político dominado por partidos localistas. Um deles é o Demosisto, de Joshua Wong e Nathan Law. Chen Sixi disse que o facto de não existir um movimento independentista em Macau deve ser reconhecido e mantido. De frisar que Sulu Sou, deputado suspenso temporariamente e pró-democrata, disse numa entrevista que não está a favor da independência de Macau e que essa é uma “falsa questão” no território. O vice-director do Gabinete de Ligação em Macau acrescentou que tem sempre um elevado nível de alerta em relação à possível introdução do pensamento de independência de Hong Kong em Macau.
Hoje Macau PolíticaAPN | Cooperação na agenda do Chefe do Executivo em Pequim [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo partiu ontem para Pequim onde estará até Quarta-feira para participar na primeira sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN), que decorre hoje na capital chinesa. De acordo com um comunicado oficial, Chui Sai On tem previstos vários encontros com responsáveis do Ministério do Comércio, da Administração de Alimentos e Medicamentos e da comissão de Desenvolvimento e Reforma. O mesmo comunicado aponta que “será assinado com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma o acordo sobre a participação e apoio de Macau à programação geral para a concretização da iniciativa nacional ‘Uma Faixa, Uma Rota’”. O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong; o director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan; a coordenadora do Gabinete de Protocolo, Relações Públicas e Assuntos Exteriores, Lei Iut Mui; a presidente do Conselho de Administração da Macau Investimento e Desenvolvimento, Lu Hong, e o consultor principal do Gabinete de Estudo das Políticas, Mi Jian, entre outros responsáveis, integram a delegação. Em Dezembro do ano passado, Chui Sai On deslocou-se a Pequim para apresentar o relatório sobre os trabalhos desenvolvidos ao longo de 2017 e as prioridades governativas para este ano.
Hoje Macau SociedadeComércio externo de Macau sobe 31 por cento em Janeiro [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] valor total do comércio externo de mercadorias de Macau subiu, em Janeiro passado, 31 por cento para 9,65 mil milhões de patacas em relação ao mesmo mês de 2017. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em Janeiro exportaram-se 1,23 mil milhões de patacas em mercadorias, ou mais 26 por cento do que no período homólogo. No mês em análise, o valor da reexportação cresceu 34,8 por cento para 1,08 mil milhões de patacas, tendo sido registado também um aumento nas importações de 31,9 por cento (8,43 mil milhões de patacas) em termos anuais. As exportações para a China continental atingiram, em Janeiro passado, 214 milhões de patacas, mais 92,4 por cento em termos anuais. O valor das exportações para as nove províncias do Delta do Rio das Pérolas, vizinhas de Macau, no sul do país, representou 99 por cento das exportações para o interior da China e cresceu 112,1 por cento em termos anuais. Também as vendas para Hong Kong (810 milhões de patacas) registaram, no primeiro mês do ano, uma subida de 26 por cento, ao passo que os valores exportados para os Estados Unidos (15 milhões de patacas) e para a UE (13 milhões de patacas) desceram 30,8 por cento e 39,7 por cento, respetivamente, em termos anuais. Em Janeiro passado, as importações da China continental (3,07 mil milhões de patacas) e da UE subiram 34,8 por cento e 16,7 por cento, respetivamente, em relação ao mês homólogo de 2017. Para os países de língua portuguesa, o valor importado de mercadorias cresceu, em Janeiro último, 17,4 por cento para 72 milhões de patacas. O défice da balança comercial de Janeiro alcançou 7,20 mil milhões de patacas, de acordo com a DSEC.
Hoje Macau SociedadeSS dizem que aumentos cobrem apenas parte das despesas [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) emitiram um comunicado a esclarecer o aumento das taxas moderadoras para partos realizados no hospital público, destinados às trabalhadoras não residentes (TNR) que não sejam casadas com residentes. No comunicado, os SS afirmam que “as taxas dos serviços de parto das TNR apenas representam metade do preço de custo”. “Para as parturientes TNR, com marido também não residente, e que são um grupo específico de pessoas, as taxas propostas são apenas metade do preço do custo do parto. Além de que os itens de serviços das taxas propostas incluem, apenas, parte da intervenção cirúrgica e operação durante o parto das parturientes.” Os SS frisam ainda que “as taxas de alguns itens clínicos não foram ajustadas, como por exemplo: mantém-se as taxas relativas às despesas de análises, de imagem, de internamento e de material de consumo clínico”. É ainda referido que as taxas moderadoras “não sofrem ajustamentos há quase 20 anos”, sendo que, entre 2015 e 2017, 28 por cento das mulheres que deram à luz no São Januário eram TNR. “Tem havido uma tendência de aumento da procura dos serviços de parto em Macau por parte de parturientes não residentes, o que constitui uma enorme pressão sobre os recursos de serviços médicos, tal como uma pressão sobre os recursos humanos”, pode ler-se. Além disso, é referido que as grávidas não-residentes “nunca efectuaram exames pré-natal antes de virem para Macau”, o que “aumenta significativamente o risco durante o parto realizado no São Januário e afecta, ainda, os indicadores de saúde como a taxa de mortalidade neonatal e a taxa de mortalidade materna”. Desta forma, “os SS esperam, através deste aumento de taxas, reduzir o número de parturientes não residentes de Macau que utilizam os serviços de parto do hospital público, com vista a poder centralizar os recursos na prestação de serviços às grávidas e parturientes locais, assegurando a saúde materno-infantil”.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente do grupo chinês que comprou Montepio Seguros sob investigação [dropcap style≠‘circle’]Y[/dropcap]e Jianming, fundador e presidente do CEFC China Energy, que no ano passado adquiriu as seguradoras da Associação Mutualista Montepio, está “sob investigação” das autoridades na China, informou ontem a revista chinesa de informação económica Caixin. Com sede em Xangai, o CEFC está no processo de compra das seguradoras do Montepio e a negociar a compra da Partex, petrolífera detida em 100 por cento pela Fundação Calouste Gulbenkian. Na China, onde o sector da energia é monopólio do Estado, o grupo privado CEFC constitui uma excepção: fundado em 2002, figura na 222.ª posição na lista das 500 maiores empresas do mundo da Global Fortune. A firma tornou-se mundialmente famosa no ano passado, quando acordou pagar 7,4 mil milhões de euros por 14,16 por cento da petrolífera russa Rosneft. O negócio pode estar agora ameaçado, segundo a Caixin, que cita fontes não identificadas e aponta relutância dos bancos em financiar aquela operação. A Caixin, que é a principal publicação chinesa de informação económica, descreve o CEFC como uma “empresa que se destaca tanto pelo seu sucesso, como pela opacidade da sua estrutura”. Bolsa reage “A direcção é altamente dividida e a informação raramente circula entre diferentes segmentos do grupo”, acrescenta a revista, que cita fonte próxima da empresa. No ano passado, uma proposta de 92 milhões de euros do CEFC pela empresa financeira norte-americana Cowen Group foi travada pelo Governo dos Estados Unidos por motivos de segurança nacional. Também nos EUA, uma investigação anticorrupção chamou a atenção para o grupo, após Chi Ping Patrick Ho, que geria uma organização não-governamental em Hong Kong financiada pelo CEFC, ter sido acusado por um tribunal de Nova Iorque de corrupção e lavagem de dinheiro. O Departamento de Justiça norte-americano acusa Ho de ter subornado funcionários do Chade e do Uganda em troca de contratos para uma empresa de energia chinesa. Registos públicos indicam que Ho representava a CEFC China’s China Energy Fund, em 2011. Após as notícias de que Ye está sob investigação, as acções de várias subsidiárias do grupo afundaram. Na bolsa de Hong Kong, as ações do CEFC Hong Kong Financial Investment recuavam 22,8 por cento a meio da sessão de hoje. O gigante chinês anunciou no final do ano passado a compra dos seguros do grupo Montepio e a transferência para Portugal da sede dos seus negócios financeiros. O CEFC está ainda em negociações para adquirir a Partex, petrolífera detida pela Fundação Gulbenkian com negócios no Médio Oriente, Angola e Brasil.