Hoje Macau InternacionalSecretário-geral das Nações Unidas destaca importância da CPLP no Dia da Língua Portuguesa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou a importância da diversidade contra as tentativas de uniformização a que se assiste e disse que a CPLP tem nesta matéria um “papel essencial a desempenhar”. No Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), celebrado a 5 de Maio, António Guterres fez um pequeno discurso, em português, nos Jardins das Nações Unidas, em Nova Iorque, no qual elogiou a diversidade da CPLP, com países em todos os continentes. “É necessário dizer que nós na CPLP nos orgulhamos da nossa diversidade, reconhecemos que as nossas próprias sociedades são multiétnicas, multiculturais, multirreligiosas, e que isso é um bem, não é uma ameaça, e que isso deve ser valorizado, e afirmado, e que isso deve ser uma lição para outras partes do mundo, outros povos, outras culturas. E penso que a CPLP tem aqui um papel essencial a desempenhar”, disse António Guterres no discurso, disponível na página oficial da ONU na internet. Afirmando que a celebração de hoje foi a primeira clara manifestação da língua portuguesa nos Jardins das Nações Unidas, Guterres afiançou que um dos pontos fundamentais do seu mandato é “exprimir a importância do multilinguismo nas Nações Unidas”, contra um “mundo uniformizado em que todos falem a mesma língua”. Porque é preciso um mundo em que cada um fale a sua língua, porque são precisas “umas Nações Unidas baseadas na diversidade”, disse. Umas Nações Unidas baseadas na diversidade “contra essa tentativa de uniformização a que estamos assistindo e que causa um empobrecimento desnecessário da comunidade internacional”, disse António Guterres, insistindo que a diversidade é um valor essencial num mundo onde existem “várias tentativas de isolamento” e se se assiste ao reacender de “expressões de racismo, de xenofobia” e de condenação “do outro só porque o outro é diferente”. Neste mundo os países da CPLP podem ser uma ponte e um fator de harmonia, capaz de ajudar os outros e de prevenir novos conflitos e tentar contribuir para a resolução de atuais conflitos, disse também o secretário-geral. Guterres lembrou ainda os 20 anos da atribuição do prémio Nobel da Literatura a José Saramago e disse que muitos outros autores de língua portuguesa o mereciam, concluindo que tudo fará para que a língua portuguesa e a cultura dos países da CPLP tenham nas Nações Unidas “uma manifestação cada vez mais forte como símbolo da diversidade”. O dia 5 de maio foi instituído em 2009 como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP.
Hoje Macau InternacionalDelegação norte-americana em Pequim para negociar disputas Uma delegação norte-americana de alto nível iniciou ontem conversas em Pequim visando pôr fim à guerra comercial com a China, apesar de ambos os lados considerarem difícil um acordo definitivo entre as duas maiores potências comerciais [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, que acusa Pequim de práticas comerciais “injustas” e definiu como prioridade reduzir o défice comercial com a China, nomeou o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, para liderar as negociações. A delegação, que chegou ontem a Pequim, inclui ainda os principais responsáveis pela política comercial de Washington, incluindo o secretário do Comércio, Wilbur Ross, o representante comercial da Casa Branca, Robert Lighthizer, e o assessor económico máximo de Trump, Larry Kudlow. A visita ocorre a poucos dias do fim do período de apreciação das taxas alfandegárias propostas por Washington sobre um total de 1.300 produtos chineses de vários sectores, incluindo aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou robótica. Aquela medida afectará, no conjunto, 50.000 milhões de dólares nas exportações chinesas para os EUA. As negociações decorrem na Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai, em Pequim, segundo a embaixada dos EUA na China. Do lado chinês, as discussões são lideradas pelo vice-primeiro-ministro Liu He, principal encarregado da política económica e financeira do país asiático e visto como próximo do Presidente da China, Xi Jinping. Os Estados Unidos, que almejam uma redução de 100.000 milhões no défice comercial com a China, reclamam uma maior abertura do mercado chinês. Expectativas tímidas Washington exige ainda uma protecção mais forte dos direitos de propriedade intelectual e critica a “transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana” em troca de acesso ao mercado chinês. Ambos os lados expressaram, no entanto, cautela sobre o resultado das negociações. “Este é um passo construtivo, desde que os Estados Unidos sejam sinceros (…), mas dada a complexidade das economias dos dois países, não é realista imaginar uma solução para todas as disputas”, afirmou na quarta-feira Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa. Também Lighthizer advertiu: “Eu prefiro esperar, mas nem sempre sou optimista. É um grande desafio”. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um excedente de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o excedente chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros.
Hoje Macau InternacionalMuseu digital chega a Tóquio para libertar a arte das restrições físicas O colectivo multidisciplinar japonês teamLab, conhecido mundialmente por exposições futuristas e interativas, vai abrir em Tóquio, este verão, o primeiro museu dedicado inteiramente à arte digital. A ideia é concretizar o sonho de “libertar a arte das restrições físicas” [dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]e passeios bucólicos em campos de arroz, a “florestas” de lâmpadas de várias cores e movimentos, as instalações do novo museu têm um único objectivo: a imersão do visitante. A equipa dedicada a moldar sonhos sob a forma de arte digital foi fundada em 2001 pelo artista Toshiyuki Inoko. Na altura com 41 anos, juntou-se a quatro amigos da Universidade de Engenharia e juntos começaram a desenhar o futuro. “Achamos que a arte digital pode ampliar o conceito de beleza”, resumia o manifesto da teamLab. Só dez anos mais tarde o conceito se viria a materializar de forma a ganhar contornos mundiais. Foi a estreia artística em Taipei, capital de Taiwan, em 2011, que lhes garantiu a rampa de lançamento. Em 2014, integravam já a Pace Gallery, em Nova Iorque. A primeira exposição no Japão, um ano mais tarde, atraiu cerca de 500.000 visitantes em cinco meses, à qual se seguiram exposições de Londres à China. Criar o próprio museu é “um novo passo” para a TeamLab, um caminho possível depois da parceria com a Mori Building, líder de desenvolvimento urbano em Tóquio, e do apoio de vários grupos japoneses, da Panasonic à Epson, que fornecem equipamentos sofisticados. Arte-tec Apresentado como “único” no mundo, o museu estende-se por uma vasta área de 10.000 m² e reúne cerca de cinquenta instalações na ilha artificial de Odaiba, a seis quilómetros da capital japonesa. Com 520 computadores e 470 projectores, é acima de tudo um “feito tecnológico”. As peças apresentadas não são “nem animações pré-gravadas nem imagens em loop”, mas realizadas em tempo real, insiste o teamLab. “O universo transforma-se com a presença do outro e isso é muito importante para nós, eu sou parte do trabalho, assim como todos os outros visitantes”, disse Toshiyuki Inoko. Nos bastidores, actuam ao mesmo tempo 500 artistas, engenheiros, programadores, matemáticos, especialistas em robótica e arquitectos. O investimento do projecto não foi tornado público, mas um membro da equipa indicou que cada instalação pode rondar entre um e dois milhões de dólares. O “Mori Building Digital Art Museum teamLab Borderless” abre ao público no dia 21 de Junho por 3.200 ienes (24 euros), na esperança de atrair uma grande audiência nos Jogos Olímpicos do Japão, em 2020.
Hoje Macau InternacionalTrump diz que avença a advogado cobria pagamento a actriz porno [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] presidente norte-americano disse ontem que o valor pago ao seu advogado pelo silêncio da actriz porno Stormy Daniels correspondia a uma avença mensal e assegurou que não foi usado qualquer dinheiro da campanha eleitoral. Donald Trump escreveu no Twitter que o seu advogado Michael Cohen recebia uma avença mensal através do qual pagava “um contrato privado entre duas partes, conhecido como acordo de confidencialidade” e que era usado para impedir “as acusações falsas e extorsionárias” da actriz sobre a relação que mantiveram. As declarações de Trump surgem depois de o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque Rudy Giuliani ter dito numa entrevista à estação de televisão Fox News, que Trump “reembolsou” o advogado pelo pagamento dos 130 mil dólares acordado com a actriz de filmes pornográficos, numa aparente contradição com as alegações anteriores do presidente de que desconhecia a origem do dinheiro. “Pelo que sei, Trump não conhecia os detalhes, mas tinha conhecimento de que havia a possibilidade de um acordo e que Michael (Cohen) ia encarregar-se do assunto”, disse ainda Rudy Giuliani. Stormy Daniels e Donald Trump enfrentam-se num processo judicial desde que, no princípio do ano, foi publicado na imprensa que Cohen fez um pagamento à actriz antes das presidenciais norte-americanas em 2016. Supostamente, o pagamento terá sido efectuado para que Stormy Daniels não revelasse a relação sexual que manteve com Trump em 2006, pouco depois do casamento com a actual primeira dama dos Estados Unidos, Melania Trump. A transacção pode configurar como violação das leis norte-americanas sobre financiamento eleitoral, caso se considere que o pagamento teve como finalidade manter a imagem de Trump, como candidato, num momento especialmente delicado da campanha. Giuliani afirmou na entrevista à Fox News que o pagamento não transgrediu a lei eleitoral, porque o montante referido não saiu das contas da campanha do Partido Republicano. No início de 2018, Stormy Daniels, nome artístico de Stephanie Gregory Clifford, 39 anos, recorreu aos tribunais para renunciar ao pacto, um litígio judicial que ainda não foi resolvido. O advogado Michael Cohen pediu, entretanto, uma quantia milionária à actriz por não cumprimento do pacto de confidencialidade ao tornar pública a ligação que, supostamente, manteve com Donald Trump.
Hoje Macau SociedadeLucros da Melco Resorts sobem 38,1 por cento no primeiro trimestre [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment anunciou lucros líquidos de 156,9 milhões de dólares (130,8 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, mais 38,1 por cento face ao período homólogo do ano passado. De acordo com o comunicado divulgado ontem, o grupo alcançou receitas de 1,3 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 3 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a receita tinha sido de 1.277,2 milhões de dólares. “O aumento na receita líquida é principalmente atribuível às maiores receitas brutas em todo o segmento de jogo”, declarou operadora de jogo, no comunicado. O EBITDA ajustado (lucros antes de impostos, amortizações e depreciações) aumentou 14 por cento relativamente aos meses de Janeiro a Março de 2017, para 401,8 milhões de dólares. Lawrence Ho, filho do magnata do jogo de Macau Stanley Ho e presidente da Melco Resorts afirmou que “Macau teve um forte começo de ano com um crescimento de receita de jogos no ano de aproximadamente 22 por cento em comparação com o mesmo período de 2017”. Lawrence Ho considerou ainda que com a abertura, para breve, da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau “a região vai beneficiar de um aumento da procura”. Além de Macau, “o Japão continua a ser a prioridade central” da Melco, sublinhou Ho. A Melco Internacional está presente na China, Filipinas, Rússia, Macau e garantiu a primeira e única concessão para um casino no Chipre. A operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment, uma das seis concessionárias que operam em Macau, anunciou em Fevereiro que obteve receitas de 5,3 mil milhões de dólares em 2017, com lucros atribuíveis ao grupo de 347 milhões de dólares.
Hoje Macau SociedadeAIPIM pede convenção internacional de segurança dos jornalistas [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) juntou-se ao apelo da Federação Internacional de Jornalistas para a criação de uma convenção internacional para a segurança e independência dos profissionais da comunicação social. “Neste Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, 3 de Maio, chamamos a atenção para o recente aumento substancial da violência atingindo jornalistas em certos países – em vários casos com consequências fatais”, declarou a direcção da AIPIM, em comunicado. A AIPIM defendeu ainda que “não pode haver liberdade de imprensa quando os jornalistas vivem e trabalham num clima de medo e intimidação”. A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) divulgou ontem um comunicado em que denunciou a morte de 32 jornalistas ou profissionais de comunicação social, em 2018, “uma média de dois jornalistas mortos a cada semana”. Por essa razão a IFJ urgiu para a necessidade da criação de uma convenção internacional para a segurança e independência dos jornalistas e profissionais da comunicação social que estabeleça “normas vinculativas que criem salvaguardas especificamente para jornalistas e trabalhadores dos media”. “Não podemos celebrar o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa sem apelarmos aos governos que assumam a responsabilidade de garantir a segurança de nossos colegas”, apelou o presidente da IJF, Philippe Leruth, em comunicado.
Hoje Macau PolíticaGoverno espera subida de 20 por cento nas receitas do jogo [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, disse ontem que o Governo espera, para este ano, um aumento das receitas do jogo na ordem dos 20 por cento. “De acordo com as expectativas do orçamento de 2018, prevê-se uma subida de 20 por cento no valor total das receitas do jogo, este ano, em termos anuais”, referiu, citado por um comunicado oficial. Além disso, Lionel Leong adiantou que os números estão de acordo com as expectativas do Executivo. “As receitas do jogo, de Janeiro a Abril, subiram, mantendo-se estáveis e com tendência positiva. O seu desempenho já voltou aos níveis de 2012, e dentro das expectativas do Governo da RAEM.” Algo que também está dentro do previsto é o crescimento das apostas no mercado de massas. “O Governo da RAEM espera que o desempenho das salas do jogo de massas seja mais activo e impulsione o desenvolvimento de todo o sector de jogo, e Macau cumprir ainda mais a sua posição de centro mundial de turismo e lazer”, lê-se no comunicado. Lionel Leong falou ainda da redução do número de junkets, que deixaram de ser 270 para os actuais 110. Tal ocorreu devido às “maiores exigências do Governo no que se refere às condições de acesso ao mercado dos promotores de jogo, bem como a uma rigorosa avaliação da idoneidade e financeira, criação de normas, para uma maior regulamentação do funcionamento e desenvolvimento do respectivo sector, ficando sujeito fiscalização absoluta”. O secretário considerou que “a estabilidade e a tendência positiva do mercado de jogo irá ajudar os promotores a funcionar de forma mais dinâmica”. Sobre as medidas de gestão da procura de casas no mercado imobiliário, Lionel Leong lembrou que “a proporção de compradores que adquiriram a segunda casa ou mais diminuiu significativamente, enquanto houve um aumento de aquisição da primeira habitação por jovens, através destas medidas”. Lionel Leong referiu ainda esperar que “oferta do mercado seja mais oportuna para que os jovens consigam adquirir facilmente casa”.
Hoje Macau EventosMuseu digital chega a Tóquio para libertar a arte das restrições físicas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] colectivo multidisciplinar japonês teamLab, conhecido mundialmente por exposições futuristas e interativas, vai abrir em Tóquio, este verão, o primeiro museu dedicado inteiramente à arte digital, com o sonho de “libertar a arte das restrições físicas”. De passeios bucólicos em campos de arroz, a “florestas” de lâmpadas de várias cores e movimentos, as instalações do novo museu têm um único objetivo: a imersão do visitante. A equipa dedicada a moldar sonhos sob a forma de arte digital foi fundada em 2001 pelo artista Toshiyuki Inoko. Na altura com 41 anos, juntou-se a quatro amigos da Universidade de Engenharia e juntos começaram a desenhar o futuro. “Achamos que a arte digital pode ampliar o conceito de beleza”, resumia o manifesto da teamLab. Só dez anos mais tarde o conceito se viria a materializar de forma a ganhar contornos mundiais. Foi a estreia artística em Taipei, capital de Taiwan, em 2011, que lhes garantiu a rampa de lançamento. Em 2014, integravam já a Pace Gallery, em Nova Iorque. A primeira exposição no Japão, um ano mais tarde, atraiu cerca de 500.000 visitantes em cinco meses, à qual se seguiram exposições de Londres à China. Criar o próprio museu é “um novo passo” para a TeamLab, um caminho possível depois da parceria com a Mori Building, líder de desenvolvimento urbano em Tóquio, e do apoio de vários grupos japoneses, da Panasonic à Epson, que fornecem equipamentos sofisticados. Apresentado como “único” no mundo, o museu estende-se por uma vasta área de 10.000 m² e reúne cerca de cinquenta instalações na ilha artificial de Odaiba, a seis quilómetros da capital japonesa. Com 520 computadores e 470 projetores, é acima de tudo um “feito tecnológico”. As peças apresentadas não são “nem animações pré-gravadas nem imagens em loop”, mas realizadas em tempo real, insiste o teamLab. “O universo transforma-se com a presença do outro e isso é muito importante para nós, eu sou parte do trabalho, assim como todos os outros visitantes”, disse Toshiyuki Inoko. Nos bastidores, atuam ao mesmo tempo 500 artistas, engenheiros, programadores, matemáticos, especialistas em robótica e arquitetos. O investimento do projeto não foi tornado público, mas um membro da equipa indicou que cada instalação pode rondar entre um e dois milhões de dólares. O “Mori Building Digital Art Museum teamLab Borderless” abre ao público no dia 21 de junho por 3.200 ienes (24 euros), na esperança de atrair uma grande audiência nos Jogos Olímpicos do Japão, em 2020.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Pequim nega ter “subornado” República Dominicana [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China recusou ontem as acusações de Taiwan de que conseguiu que a República Dominicana rompesse as relações diplomáticas com Taipé a troco de empréstimos no valor de 2.500 milhões de euros àquele país. “Não fizemos qualquer acordo e não há essa necessidade”, afirmou ontem Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da China e República Dominicana, Wang Yi e Miguel Vargas, respectivamente, assinaram na terça-feira, em Pequim, o estabelecimento das relações bilaterais, o que supõe um corte de Santo Domingo com Taipé. O Ministério taiwanês dos Negócios Estrangeiros assegurou, entretanto, que Pequim prometeu empréstimos ao país do Caribe. Em Pequim, Hua Chunying assegurou que o “estabelecimento das relações diplomáticas tem apenas uma premissa, que a República Dominicana respeite o princípio de uma só China”. Também o senador norte-americano pela Florida Marco Rubio acusou a China de “subornar” a República Dominicana e pediu ao Congresso do EUA que faça mais para travar a crescente influência de Pequim na América Latina.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Pedida investigação a crimes contra minoria rohingya na Birmânia [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] missão das Nações Unidas pediu uma investigação aos crimes cometidos contra a minoria rohingya na Birmânia e defendeu que se criem condições para o regresso de centenas de milhares de refugiados que foram para o Bangladesh. “É muito importante melhorar as condições para o regresso dos refugiados”, que a Birmânia considera imigrantes do Bangladesh, sujeitando-os a todo o tipo de discriminações, afirmou o diplomata peruano Gustavo Meza-Quadra, no fim da visita ao país da missão criada pelo Conselho de Segurança. Defendeu ainda que é preciso investigar os assassinatos, violações, tortura e outros crimes de que os rohingya acusam as autoridades birmanesas, que intervieram num estado no oeste do país e que o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU acusa de genocídio e de limpeza étnica. Cerca de 700.000 pessoas fugiram de lá para o Bangladesh. A chefe do Governo, Aung San Suu Kyi, e o líder das Forças Armadas, general Min Aung Hlaing, negam que tenham sido cometidos crimes. Mas a delegação da ONU sobrevoou áreas do país em que “vista de cima, a escala da devastação se torna clara”, como afirmou a embaixadora britânica Karen Pierce, que com os seus colegas diplomatas testemunhou aldeias queimadas e arrasadas na campanha militar contra rebeldes rohingya. E a própria justiça birmanesa já condenou sete militares a 10 anos de prisão com trabalhos forçados por terem assassinado dez rohingya, cujos cadáveres foram enterrados numa vala comum.
Hoje Macau InternacionalTimor-Leste | Lu-Olo diz que tribunal confirma cumprimento Constituição [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Presidência timorense disse ontem que um acórdão do Tribunal de Recurso, agora divulgado, confirma que o chefe de Estado cumpriu “escrupulosamente” os deveres constitucionais quando decidiu dissolver o Parlamento Nacional. Em causa está uma queixa levada ao Tribunal de Recurso pelo Provedor dos Direitos Humanos e Justiça (PDHJ) que solicitava a fiscalização abstracta da constitucionalidade do decreto 5/2018, ao abrigo do qual o Presidente timorense, Francisco Guterres Lu-Olo, dissolveu o Parlamento Nacional. “A 23 de Abril de 2018, o colectivo de juízes do Tribunal do Recurso veio a decidir que o requerimento do PDHJ a pedir a declaração da inconstitucionalidade do decreto que dissolve o Parlamento Nacional, era improcedente, ou seja, não tinha razão de ser”, declarou o chefe da Casa Civil da Presidência timorense, Francisco Maria de Vasconcelos. O responsável indicou que o acórdão foi recebido na Presidência na passada sexta-feira. “Assim, o Presidente da República cumpriu e fez cumprir escrupulosamente os seus deveres constitucionais quando decidiu, como lhe competia, dissolver o PN”, sublinhou. O chefe da Casa Civil lembrou que “a decisão do Tribunal de Recurso vincula a todos”, e acrescentou que o “Presidente da República espera dos demais órgãos o mesmo rigor no cumprimento da Constituição e das leis” do país. A queixa da PDHJ baseia-se numa primeira queixa apresentada a este organismo por um grupo de 16 cidadãos que entendeu que o decreto de dissolução não tinha fundamento legal. Na queixa, o PDHJ “assumiu” que o decreto de dissolução parlamentar “era inconstitucional porque não tinha fundamento”, mas “não apresentou em processo, nem matéria de facto e de direito”. Francisco Guterres Lu-Olo dissolveu o Parlamento Nacional para resolver o impasse político que se vivia há vários meses em Timor-Leste, com um Governo minoritário e a oposição a bloquear o programa e o orçamento do Governo.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Tratado de paz não implica retirada das tropas norte-americanas A possível assinatura de um acordo de paz definitivo entre as Coreias não pressupõe a retirada das tropas norte-americanas da península, garantiu ontem o Governo sul-coreano, sublinhando a “importância estratégica” da presença militar [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m comunicado, o Presidente sul-coreano destacou que as Forças dos Estados Unidos na Coreia do Sul (USFK, na sigla inglesa) são “uma questão da aliança entre a Coreia do Sul e os EUA, não têm nada a ver com a assinatura de um tratado de paz”. Um porta-voz do Governo de Seul também sublinhou o “papel mediador” desempenhado pelas tropas norte-americanas na Coreia do Sul para outras potências, como a China e o Japão, e “a necessidade” de manter essa presença, em declarações divulgadas pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap. As declarações do Governo sul-coreano surgiram em resposta a comentários de analistas e académicos sul-coreanos, que apontaram que o destacamento dos EUA no sul não se justificaria no caso de um acordo de paz. Washington mantém 28.500 soldados destacados na Coreia do Sul desde o conflito civil. Embora a retirada das tropas americanas da península seja uma reivindicação comum de Pyongyang, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, não mencionou essa questão durante a reunião que teve com Moon na fronteira intercoreana, segundo o gabinete presidencial sul-coreano. Exercitar nos céus Seul e Washington vão realizar novos exercícios aéreos conjuntos com caças furtivos F-22 Raptor na Coreia do Sul, apesar do apaziguamento com os vizinhos do Norte, anunciou ontem o Governo sul-coreano. Os caças F-22 Raptors já voaram sobre a Coreia do Sul em Dezembro, quando os dois aliados organizaram o mais importante exercício aéreo conjunto, manobra que Pyongyang considerou uma “provocação total”, alguns dias após o disparo de um novo míssil norte-coreano. O anúncio surgiu depois da imprensa sul-coreana já ter informado, no domingo, que oito F-22 haviam desembarcado na base militar em Gwangju, no sul da península. “‘Max Thunder’ é um exercício regular, planeado bem antes do projecto para a cimeira EUA-Coreia do Norte”, frisou o Ministério de Defesa da Coreia do Sul, em comunicado, no qual pediu aos ‘media’ para não especularem sobre as intenções desta acção. Os exercícios aéreos “Max Thunder” têm início a 11 de Maio e devem prolongar-se por duas semanas. O jornal conservador Chosun Ilbo disse que a medida visa aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte antes do encontro histórico entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Na segunda-feira, Trump sugeriu que a cimeira com o homólogo norte-coreano possa ser realizada em Panmunjom, na fronteira entre as duas Coreias, palco na passada sexta-feira da histórica cimeira intercoreana. O F-22 Raptor, um caça de elevada importância estratégica para o exército norte-americano, possui as mais avançadas tecnologias e alta capacidade de ataque, sendo também dificilmente detectável nos radares.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | MNE chinês em Pyongyang para reforçar posição no diálogo O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros chegou ontem a Pyongyang e deverá reunir-se com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, visando garantir um papel mais importante para a China nos esforços para a desnuclearização do país [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] visita de Wang Yi surge poucos dias após Kim e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, prometerem que vão trabalhar juntos para alcançar a “completa desnuclearização” da península coreana, apesar de não terem avançado com mais detalhes. Ambos concordaram ainda trabalhar para terminarem formalmente a Guerra da Coreia (1950-53), que culminou com a assinatura de um armistício e não um tratado de paz, através do diálogo com os Estados Unidos e, possivelmente, a China. Kim deve reunir com o Presidente norte-americano, Donald Trump, ainda este mês ou em Junho. Com esta visita, Wang Yi deverá tentar garantir que Pequim não é secundarizado, numa altura em que Pyongyang se aproxima de Seul e Washington. Analistas sul-coreanos consideram que Wang vai procurar que Kim se comprometa a incluir a China no processo de terminar formalmente com a guerra na península coreana. Ombro amigo O encontro entre Kim e Moon, na aldeia de Panmunjom, na fronteira entre os dois países, ocorreu um mês depois de Kim se deslocar a Pequim e de se reunir com o Presidente chinês, Xi Jinping. A visita de Kim foi vista como uma tentativa de assegurar o apoio chinês, visando ter maior margem de negociação com Trump. Analistas consideram que Kim terá pedido à China, o maior aliado diplomático e parceiro comercial da Coreia do Norte, que relaxe a aplicação das sanções económicas contra o país, impostas pelas Nações Unidas. O líder norte-coreano deverá também ter pedido à China que se oponha contra uma intervenção militar, caso o diálogo com Trump falhe e o país recomece com os seus testes nucleares e com mísseis balísticos. Seul afirma que Kim expressou um interesse genuíno em abdicar do seu programa nuclear, mas durante décadas Pyongyang tem exigido que Washington retire as suas tropas da Coreia do Sul e Japão e remova as armas nucleares que protegem aqueles dois países. A decisão de reinserir a China nas negociações é vista como um sinal de que a Coreia do Norte irá manter a sua postura original. Pequim tem apelado a uma suspensão do programa nuclear norte-coreano, em troca do fim dos ensaios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Banco internacional proposto pela China inclui dois novos membros [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), a primeira instituição financeira internacional proposta pela China, anunciou ontem a inclusão do Quénia e da Papua-Nova Guiné, alargando o número de países membros para 86. “O BAII tem agora 86 membros de seis continentes”, anunciou o vice-presidente da instituição Danny Alexander, citado pela agência oficial Xinhua. Com uma participação de 65 milhões de dólares, Portugal é um dos 57 países fundadores do BAII. O Brasil é o nono maior accionista, com uma quota de 3.181 milhões de dólares. Proposto pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em 2013, aquela entidade é vista como uma reacção do Governo chinês ao que considera o domínio norte-americano e europeu em instituições globais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Entre as grandes economias do planeta, apenas Estados Unidos da América e Japão não fazem parte. Com sede em Pequim, o BAII tem um capital inicial de 100.000 milhões de dólares (30,34 por cento pertence à China) e é assumido como o principal instrumento de financiamento da iniciativa chinesa “Uma Faixa e Uma Rota”, um gigante plano de infraestruturas, que pretende reactivar a antiga Rota da Seda entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
Hoje Macau SociedadeETAR | Obras de modernização, operação e manutenção vão demorar cinco anos [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi lançado ontem o concurso público para a empreitada de modernização, operação e manutenção da ETAR da península de Macau. Segundo o anúncio publicado ontem pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), em Boletim Oficial, o prazo do contrato é de 55 meses, ou seja, até 1 de Outubro a 30 de Abril de 2023. Prestar os serviços de operação e manutenção; executar as obras de modernização das instalações actuais e executar a concepção e as obras de construção das novas instalações de tratamento da ETAR da península de Macau figuram como o objecto do concurso público. Neste âmbito, o anúncio especifica que o prazo máximo para a execução das obras de modernização das actuais instalações é de 18 meses e que o prazo relativo à execução da concepção e das obras de construção das novas instalações de tratamento corresponde a 28 meses, sendo ambos contados a partir do início do contrato. As propostas podem ser apresentadas até 17 de Julho, estando o acto público de abertura marcado para o dia seguinte. A avaliação divide-se em três partes: experiência do concorrente (15 por cento), proposta sobre as obras e os serviços (35 por cento) e o preço da proposta (50 por cento). Não há preço base.
Hoje Macau SociedadeFinanças | Receitas públicas aumentaram 16,9 por cento até Março [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Administração fechou os primeiros três meses do ano com receitas de 31,12 mil milhões de patacas, valor que traduz um aumento de 16,9 por cento em termos anuais homólogos, indicam dados provisórios disponíveis no portal da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF). Os impostos directos sobre o jogo – 35 por cento sobre as receitas brutas dos casinos – foram de 26,29 mil milhões de patacas, reflectindo uma subida de 17,7 por cento face ao período homólogo do ano passado e uma execução de 31,9 por cento face ao orçamento autorizado para 2018. A importância do jogo encontra-se patente no peso que detém no orçamento: 84,49 por cento nas receitas totais, 85,07 por cento nas correntes e 96,69 por cento nas derivadas dos impostos directos. Já as despesas cifraram-se em 15,40 mil milhões de patacas até Março, de acordo com os mesmos dados. Cumpridas em apenas 15,7 por cento, aumentaram 13,3 por cento, comparativamente ao período homólogo do ano passado. Nesta rubrica destacam-se os gastos ao abrigo do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA) que alcançaram 4,77 mil milhões de patacas, com a taxa de execução a corresponder a 22,6 por cento. O valor traduz um ‘pulo’ exponencial, atendendo a que, nos primeiros três meses do ano passado, tinham sido despendidos apenas 1,12 mil milhões de patacas. Entre receitas e despesas, a Administração acumulou nos primeiros três meses do ano um saldo positivo de 15,71 mil milhões de patacas, mais 20,8 por cento face a igual período de 2017. No entanto, a almofada financeira excede o orçamentado para todo o ano (6,9 mil milhões de patacas), com a taxa de execução a corresponder a 227 por cento.
Hoje Macau EventosFestival de Cannes critica produtor Paulo Branco e apoia filme de Terry Gilliam [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] direção do Festival de Cinema de Cannes saiu hoje em defesa do realizador Terry Gilliam e do filme “O homem que matou D. Quixote”, deixando duras críticas ao produtor Paulo Branco por causa de uma disputa judicial. “Afirmamos firmemente que estamos do lado dos realizadores e, em particular, do lado de Terry Gilliam. Sabemos como este projeto, que passou por tantas provações e tribulações, é importante para ele”, afirmaram o presidente do festival de Cannes, Pierre Lescure, e o delegado-geral, Thierry Frémaux, num comunicado conjunto. Em causa está uma ação de interdição interposta pelo produtor português Paulo Branco, através da produtora Alfama Films, para impedir que o festival de Cannes exiba o filme de Terry Gilliam no encerramento desta 71.ª edição. Por decisão judicial do Tribunal de Paris, está marcada uma audiência para a próxima segunda-feira, véspera de abertura do festival, e aí se saberá se o filme poderá ou não ser exibido. No comunicado, a direção do festival recorda que está planeada a estreia do filme em pelo menos 300 salas em França, mas garante que respeitará a decisão do tribunal. De permeio, critica duramente o produtor Paulo Branco, recordando que usou o festival “ao longo da sua carreira para construir a sua própria reputação”. No entender do festival, com aquela ação judicial, Paulo Branco “mostrou a verdadeira cara de uma vez por todas” ao ameaçar, através do advogado, “com uma derrota humilhante”. “Derrota seria sucumbir às ameaças”, escreveram. No centro desta polémica está pelo menos um processo judicial que opõe o realizador Terry Gilliam ao produtor Paulo Branco, por causa do filme “O homem que matou D. Quixote”. O projeto chegou a contar com produção de Paulo Branco, mas Terry Gilliam acabou por não concretizar a parceria, alegadamente por problemas de financiamento, optando por trabalhar com outra produtora portuguesa, a Ukbar Filmes. Terry Gilliam pediu a anulação do contrato de produção com a produtora Alfama Films, de Paulo Branco, mas, no ano passado, o Tribunal de Grande Instância de Paris declarou que aquele continua válido. “Continuo a ter os direitos sobre o filme e será difícil que a situação seja revertida. A decisão de 15 de junho, que foi comunicada, não resolve nada. Há ainda um processo no Reino Unido”, disse Paulo Branco à agência Lusa no passado dia 04 de abril. Nesse dia, Pandora da Cunha Telles, da Ukbar Filmes, explicou à agência Lusa que este processo “não inviabiliza nem a exploração comercial nem a circulação do filme”. Sobre este processo está marcada para 15 de junho uma audiência no Tribunal de Recurso em Paris na qual será conhecida a sentença sobre a possível indemnização do cineasta ao produtor português, por causa de direitos sobre o filme. “O homem que matou Dom Quixote”, um projeto antigo de Terry Gilliam, é uma coprodução entre Portugal, Espanha, França, Bélgica e Inglaterra, com um orçamento de cerca de 16 milhões de euros, que teve filmagens em Portugal. À Lusa, Paulo Branco recordou que “os direitos do filme ainda pertencem à Alfama Films” e disse estar há pelo menos dois anos “disposto a sentar-se à mesa” para negociar com o realizador.
Hoje Macau EventosActriz de “Twin Peaks” Pamela Gidley morreu aos 52 anos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] actriz norte-americana Pamela Gidley, conhecida por interpretar o papel de Teresa Banks, a vítima de homicídio em “Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer”, morreu aos 52 anos. Morreu “pacificamente” em casa, em Seabrook, New Hampshire, no dia 16 de Abril, revela o obituário divulgado pela família no Domingo. A causa da morte não foi revelada, acrescenta a BBC, que noticiou a morte da actriz. Pamela Gidley, ex-modelo, chegou a ser considerada a “rapariga mais bonita do mundo” pela Agência Wilhelmina Modeling, em 1985. Começou a representar um ano mais tarde, contracenando com Josh Brolin e com a futura co-protagonista de “Twin Peaks” Sherilyn Fenn, em “Thrashin’”. Num tributo publicado na rede social Instagram, Brolin recordou “memórias incríveis e inocentes” de Gidley. “Era uma pessoa irascível e verdadeiramente divertida”, acrescentou. Nascida em Methuen, Massachusetts, Pamela Gidley estudou no Conservatório Stella Adler, em Nova Iorque, antes de se mudar para Los Angeles. O papel como a jovem problemática Teresa Banks, em 1992, “Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer”, do realizador David Lynch, mostrou a sua transformação. Em 2016, durante uma entrevista sobre Twin Peaks, Gidley contou que Lynch a abordou pessoalmente para fazer aquele papel, apesar de, na altura, ela estar a filmar “The Crew”, nas Caraíbas. “Ele ofereceu-me aquele papel, mas havia ali um conflito de interesses”, disse, acrescentando que David Lynch queria tanto que ela ficasse com o papel que garantiu ao outro filme que pagaria todas as viagens e seguros. “Eu ia literalmente das Bahamas para Seattle, de Seattle para as Bahamas, praticamente a cada dez dias. Para mim era tipo ‘Wow, queres-me assim tanto? Não consigo imaginar ninguém a querer-me tanto”. Gidley apareceu na televisão e em filmes, incluindo no clássico de culto de ficção científica “Cherry 2000” e na série dramática da CBS “Angel Street”. A última vez que apareceu no cinema foi em 2005, no filme independente “Cake Boy”.
Hoje Macau EventosFilme “Al Berto”, de Vicente Alves do Ó, vence prémios Áquila 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] filme “Al Berto”, de Vicente Alves do Ó, conquistou quatro galardões nos Prémios Áquila 2018, atribuídos hoje pela Fénix – Associação Cinematográfica. Segundo a associação, “Al Berto” recebeu o prémio de melhor filme, sendo ainda reconhecido o elenco, com Ricardo Teixeira como melhor ator, Rita Loureiro e João Villas-Boas na representação secundária. Os prémios Áquila, que cumpriram a quarta edição, distinguem as melhores produções portuguesas de cinema e televisão e os vencedores são escolhidos pelo público, através de votação ‘online’. O Áquila de melhor realização foi para Paulo Filipe Monteiro, pelo filme “Zeus”, e o de melhor argumento para “A morte de Luís XIV”, de Albert Serra. Dânia Neto foi considerada a melhor atriz pela prestação em “Perdidos”, de Sérgio Graciano. Nas categorias de televisão, foram ainda distinguidos “Madre Paula” como melhor série e “Paixão” como a melhor telenovela. O Áquila de melhor atriz principal de televisão foi para Luísa Cruz, na telenovela “Espelho d’Água”, e o de melhor ator para Diogo Morgado em “Ouro Verde”, secundados por Carla Andrino na série “Ministério do Tempo” e Pedro Barroso na série “Vidago Palace”. O prémio de melhor canção original ou adaptada foi para “Bang”, de Ella Nor, tema de abertura da telenovela “Jogo Duplo”. Foram ainda entregues prémios especiais às atrizes Joana Ribeiro e Catarina Avelar e ao Instituto do Cinema e Audiovisual pelo “um contributo valioso ao desenvolvimento do audiovisual português”. “Esta quarta edição dos Prémios Áquila não teve uma gala mas sim um anúncio dos vencedores, transmitido hoje no canal televisivo Cinemundo”, refere a associação. A Fénix é uma organização cultural independente e sem fins lucrativos fundada em 2014 pelo produtor Vasco Rosa.
Hoje Macau PolíticaCartas de condução | Finalização do processo de reconhecimento mútuo para breve [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, já foi autorizado pelo Chefe do Executivo para assinar o acordo para o reconhecimento mútuo das cartas de condução com o Interior da China. De acordo com o Jornal do Cidadão, o secretário indicou que o acordo pode ser assinado a curto prazo, tendo salientado que, uma vez que o território é parte integrante da China, esta medida é necessária, não existindo alternativas. Raimundo do Rosário acrescentou também que, nesta fase, o Governo de Macau está apenas a aguardar a conclusão dos procedimentos necessários por parte das autoridades chinesas. Quanto às possíveis consequências negativas do acordo, o secretário para os Transportes e Obras Públicas frisou que esta medida se deve concretizar e que não é muito diferente do reconhecimento que foi feito às cartas de condução portuguesas antes de 1999. “Podem existir dúvidas, podemos pensar se devemos fazer ou não, ou adiarmos o assunto. Muitas vezes não temos opções e é mesmo necessário adoptar [a medida]. Para mim, é preciso fazer isto”, referiu o secretário.
Hoje Macau InternacionalA “imensa maioria” da população mundial respira ar poluído, diz Organização Mundial de Saúde [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a população mundial, nove em cada dez pessoas respiram ar poluído e contaminado, revelou na terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a organização, todos os anos morrem sete milhões de pessoas por causas diretamente relacionadas com a poluição e os níveis de contaminação permanecem “perigosamente elevados” em várias regiões do globo, refere um relatório da OMS. “O mais dramático é que os valores estabilizaram. Apesar das melhorias alcançadas e dos esforços postos em prática, a imensa maioria da população mundial, 92 por cento, respira ar contaminado em níveis muito perigosos para a saúde”, afirmou a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente, María Neira, citada pela agência Efe. Segundo os investigadores deste estudo da OMS, os níveis de contaminação do ar têm-se mantido estáveis ao longo dos últimos seis anos, com ligeiras melhorias na Europa e no continente americano. Em causa está a poluição com partículas minúsculas que entram profundamente nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando doenças potencialmente mortíferas como derrames cerebrais, ataques de coração, obstruções pulmonares e infeções respiratórias. Segundo a OMS, em 2016 o ar poluído no exterior causou a morte a 4,2 milhões de pessoas. A poluição de interiores, relacionadas, por exemplo, com o uso de tecnologia ou de fontes de energia poluentes na cozinha terá causado 3,8 milhões de mortes. Os países mais pobres, na Ásia, África e Médio Oriente, são os que registam a maior percentagem de mortalidade causada pela poluição, que apresenta níveis cinco vezes superiores ao estabelecido pela OMS. No esforço de alterar o panorama, a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS deu como exemplo a China, que politicamente se propôs a reduzir os “níveis de contaminação altíssimos”. “A poluição ambiental é o maior desafio para a saúde pública mundial”, sublinhou.
Hoje Macau SociedadeComércio | Exportações aumentam em Março, mas défice comercial agrava-se [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s exportações de Macau aumentaram 0,8 por cento no primeiro trimestre de 2018, em relação ao período homólogo de 2017, mas o défice da balança comercial local continua a aumentar devido ao crescimento das importações em 27,2 por cento. Segundo dados oficiais ontem divulgados pelos Serviços de Estatística e Censos do Governo local, o défice da balança comercial alargou-se para 19,65 mil milhões de patacas. Macau exportou bens, entre Janeiro e Março, avaliados em 2,97 mil milhões de patacas, mais 0,8 por cento do que em Janeiro e Março de 2017. Apesar do crescimento das exportações globais de Macau, o défice da balança comercial local ampliou-se para 19,65 mil milhões de patacas, fruto do forte aumento das importações em 27,2 por cento para 22,62 mil milhões de patacas. No mesmo período do ano passado, o défice da balança comercial era de 15,06 mil milhões de patacas, menos 4,59 mil milhões de patacas do que neste ano. O valor total do comércio externo de mercadorias até Março deste ano atingiu 25,59 mil milhões de patacas, mais 23,4 por cento, em relação ao período homólogo anterior, de acordo com os dados divulgados pelo DSEC. As exportações para a China continental atingiram, no período em análise, 471 milhões de patacas, mais 15,2 por cento, face a idêntico período do ano passado. O valor das exportações para as nove províncias do Delta do Rio das Pérolas, vizinhas de Macau, no sul do país, representou 97,4 por cento da totalidade das exportações para a China continental. Já as vendas para os Estados Unidos e a UE caíram 25,9 e 21,7 por cento, respectivamente, em termos anuais. As exportações para Hong Kong registaram uma descida de 1,1 por cento.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de três milhões nos hotéis e pensões de Macau até Março [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de três milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no primeiro trimestre do ano, um acréscimo de 9,2 por cento face ao período homólogo de 2017, indicam dados oficiais. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), ao todo pernoitaram 3.352.000 hóspedes, numa média de 1,5 noites. A taxa de ocupação média atingiu 88,8 por cento, mais 5,3 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado. No final de Março estavam registados do território de Macau 115 hotéis e pensões, representando, em conjunto, 39 mil quartos, já a oferta nos hotéis de cinco estrelas foi de 24 mil. Só no mês de Março alojaram-se nos hotéis e pensões da região 1.43.000 hóspedes, uma subida de 8,2 por cento em termos anuais. O número de hóspedes provenientes da China continental (768.000) registou um aumento de 9,5 por cento, em termos anuais, enquanto os da Coreia do Sul (38.000) subiram 11,2 por cento, no mês de Março. Neste mês, o número de hóspedes de Hong Kong subiu 1,2 por cento, para 131 mil, já os turistas de Taiwan que pernoitaram na região aumentaram 4,1 por cento. Macau recebeu, entre Janeiro e Dezembro de 2017, mais de 29,5 milhões de visitantes. O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita). As unidades hoteleiras de Macau receberam mais de 13.155 milhões de hóspedes em 2017.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Macau promove Grande Baía junto de operadores portugueses [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] promoção do destino turístico da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau como itinerário multi-destino esteve em foco nas conversações entre representantes da indústria turística de Portugal e da China, na Expo Internacional de Turismo de Macau. De acordo com a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), “representantes da indústria turística de Portugal e de outros países trocaram ideias, com parceiros de Guangdong, sobre o Intercâmbio de Turismo China-Portugal”, partilhando ainda “ideias sobre itinerários multi-destino” e a sua implementação no mercado internacional, durante a 6.ª Expo Internacional de Turismo de Macau, que se realizou entre sexta-feira e domingo. Macau, que foi eleito pela Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo como destino preferido da associação para 2019, “pretende encorajar operadores turísticos de Portugal e outras partes do mundo a lançarem itinerários e produtos multi-destinos, para atrair mais visitantes de mercados de longo curso para a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, declarou a DST. Segundo a DST, estiveram presentes na Expo Internacional de Turismo de Macau “cerca de 130 operadores turísticos de Portugal, Estados Unidos, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Malásia, Tailândia, Indonésia e Índia, bem como do Interior da China, Hong Kong e da região de Taiwan”. Estiveram também presentes na Expo membros da direcção dos serviços turísticos de São Tomé e Príncipe, bem como representantes do Ministério do Turismo da Guiné-Bissau.