Hoje Macau China / ÁsiaTermina em lágrimas reencontro de familiares de ambas as Coreias [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ais de duzentos coreanos do norte e do sul despediram-se ontem em lágrimas no final da reunião entre famílias de ambos os países que se separaram após a guerra civil da península. O grupo de 89 sul-coreanos que cruzou a fronteira na segunda-feira para se encontrar com 185 familiares residentes no norte regressou ontem ao seu país de origem, após uma despedia emotiva entre familiares que nalguns casos não se viam há mais de sete décadas. Um dos participantes, Lee Su-nam, de 77 anos, disse sentir “algo indescritível” ao rever o seu irmão e sobrinho, que moram no norte e a quem não via há 65 anos, mas também expressou a sua frustração por ter de se separar deles novamente. “Podemos ver-nos novamente?” Parece impossível, a menos que fôssemos mais jovens “, disse Lee, em declarações à agência sul-coreana Yonhap. A maioria das centenas de sul-coreanos que participam das reuniões desta semana são septuagenários e octogenários – a mais velha é uma mulher de 101 anos chamada Baik Sung-gyu – segundo o Ministério da Unificação em Seul. Danos familiares Dezenas de idosos sul-coreanos atravessaram a fronteira com a Coreia do Norte para encontrar-se com familiares dos quais estão separados desde a Guerra da Coreia (1950-53). Os 89 participantes encontraram-se com familiares da Coreia do Norte na estância de esqui do monte Kumgang, sob a supervisão de agentes norte-coreanos. Estas reuniões prolongaram-se por seis sessões durante três dias, num total de 12 horas. A iniciativa integra uma nova série de encontros de famílias separadas pela guerra e decorre no quadro da reaproximação entre Seul e Pyongyang, iniciada no princípio do ano. A Guerra da Coreia separou milhões de pessoas e selou a divisão hermética da península. As reuniões caracterizam-se pelas fortes emoções, uma vez que a maioria dos participantes tem idades avançadas e anseiam por rever os seus familiares uma vez mais antes de morrer.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Fins científicos justificam a captura 177 baleias [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Japão capturou 177 baleias durante sua temporada de pesca de cetáceos que tem lugar na costa norte do arquipélago no Verão, uma acção que os nipónicos explicam ter uma finalidade científica, informou ontem a Agência Nacional de Pesca. O Japão sustenta que o objectivo da captura das baleias passa por contribuir para a gestão e conservação dos recursos marítimos, analisando o conteúdo dos seus estômagos, cujos resultados são depois enviados à Comissão Internacional da Baleia. A actividade baleeira japonesa tem sido alvo de críticas por parte da comunidade internacional e organizações de animais, que a classificam de pesca comercial encapotada, uma vez que a carne dos espécimes estudados é posteriormente vendida. O país nipónico afirma que a análise também é usada com o objectivo de calcular uma quota adequada para a captura de baleias, de acordo com o comunicado divulgado pela entidade pesqueira japonesa.
Hoje Macau China / ÁsiaCrime | Ataque com faca deixa seis mortos e doze feridos [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]eis pessoas morreram e outras doze ficaram feridas num ataque com uma faca no sul da China, alegadamente perpetuado por um homem de 54 anos, informou ontem a imprensa local. Identificado pela polícia como Huang, o suspeito terá morto a namorada e três familiares desta, incluindo a mãe, após discutirem, em Liuzhou, na região autónoma Zhuang de Guangxi, sudoeste do país. O homem conduziu a seguir até ao centro da cidade, onde alegadamente esfaqueou 14 pessoas, entre as quais se registaram duas vítimas mortais, segundo um comunicado da polícia, citado pela imprensa local. O comunicado afirma que Huang foi detido na cena do crime e admitiu ter morto a namorada e a mãe desta. A China tem registado vários incidentes do género, normalmente ligados a pessoas com problemas psicológicos ou com ressentimentos com vizinhos ou a sociedade no geral. Em Abril passado, um homem armado com uma faca matou sete estudantes e feriu outros 19 quando os jovens regressavam a casa, no norte da China. Em Fevereiro, um homem matou uma mulher e feriu 12 pessoas num centro comercial em Pequim, também num ataque com faca.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim optimista quanto a negociações com Washington [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China afirmou ontem que tem esperança de “obter bons resultados” nas conversações sobre a disputa comercial com os Estados Unidos, numa altura em que o Presidente norte-americano, Donald Trump, disse não esperar grande coisa desse diálogo. O vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, deve reunir-se nos próximos dias em Washington com o subsecretário do Tesouro norte-americano que tem o pelouro dos assuntos internacionais, David Malpass. Mas, numa entrevista divulgada ontem pela agência Reuters, citada pela AFP, Trump referiu não esperar grande coisa das conversações, precisando que não tem agenda para a resolução do conflito sobre as tarifas e apontando para um “horizonte a longo prazo”. “Na China continuamos com esperança de obter bons resultados” nas negociações, afirmou ontem Lu Kan, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “A China não gosta de se exprimir antes do início das negociações. Esperamos que as duas partes possam sentar-se calmamente, com pragmatismo e trabalhar bastante para alcançar bons resultados com base na igualdade e na confiança”, insistiu Lu, em conferência de imprensa. O secretário do Comércio norte-americano, Wilbur Ross, teve conversações em Junho, em Pequim, com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, mas sem conseguir reduzir a tensão. Após a imposição no início de Julho de taxas às importações de produtos chineses representando 34 mil milhões de dólares, Washington prepara-se para taxar a partir de 23 de Agosto uma série de outros produtos, no valor de 16 mil milhões de dólares. A administração Trump acusa a China de práticas “desleais” e de “roubo de propriedade intelectual”, exortando o gigante asiático e reduzir drasticamente o excedente comercial com os Estados Unidos. Em resposta, Pequim adoptou em Julho taxas no valor de 34 mil milhões de dólares para produtos norte-americanos importados, nomeadamente porco e soja, e prometeu tarifas suplementares de 16 mil milhões. “Creio que certamente a China manipula a sua divisa” para resistir às tarifas, disse Trump à Reuters, repetindo uma acusação que já tinha feito várias vezes. O banco central chinês refutou ontem qualquer manipulação, reafirmando que não transforma a taxa (do yuan) em “arma” comercial.
Hoje Macau China / ÁsiaSaúde Pública | China combate surto de peste suína africana [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China está a combater um surto da peste suína africana, detectado em três áreas do país, susceptível de afectar a produção de carne de porco no maior produtor do mundo, de acordo com o ministério da Agricultura chinês. Milhares de porcos morreram ou foram abatidos, num esforço para travar a doença, que é altamente contagiosa, e só afecta porcos e javalis. O surto surge numa altura em que a China tenta deslocar a criação de porcos das fazendas para operações em larga escala, onde o desperdício e a propagação de doenças são mais fáceis de controlar. A China produz anualmente 600 milhões de porcos e a carne de porco é parte essencial da cozinha chinesa, compondo 60 por cento do total do consumo de proteína animal no país. A flutuação do preço daquela carne é sensível e o Governo guarda uma grande quantidade congelada, para pôr no mercado quando os preços sobem. Na cidade de Lianyungang, leste do país, 15.000 porcos foram abatidos, depois de um surto ter sido detectado, na semana passada, segundo o ministério da Agricultura. As autoridades detectaram 615 porcos infectados, entre os quais 88 morreram. Estão a ser tomadas medidas para desinfectar áreas contaminadas e impedir que a doença se espalhe. No início deste mês, em Shenyang, no nordeste do país, foi reportado o primeiro surto da doença, com 47 porcos infectados, e que acabaram por morrer. Outros 30 porcos foram encontrados mortos devido ao vírus, em Zhengzhou, no centro do país, para onde foram transportados desde Jiamusi, no extremo norte da China.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Nomeado novo responsável pela propaganda internacional Pequim nomeou ontem um membro de confiança do Partido Comunista Chinês para dirigir as operações de propaganda internacional, numa altura em que a China se tenta promover como uma grande potência responsável [dropcap style=’circle’]X[/dropcap]u Lin, antigo responsável pelo regulador chinês para a Internet, estará encarregue de promover a imagem da China no exterior, numa altura em que o país é alvo de críticas por práticas comerciais injustas, violações dos direitos humanos e militarização do Mar do Sul da China, que reclama quase na totalidade. A escolha de Xu para director do Gabinete de Informação do Conselho de Estado surge numa altura em que o país reclama a posição de grande potência, capaz de preencher o vazio na governação das questões globais, alegadamente deixado pelos Estados Unidos com a ascensão ao poder de Donald Trump. Desde que Trump foi eleito, em 2017, Washington rasgou compromissos internacionais sobre o clima, comércio livre, migração ou nuclear, permitindo a Pequim reclamar a liderança nestas áreas. A “solução chinesa” materializa-se na “Nova Rota da Seda”, um gigantesco plano de infra-estruturas lançado pelo Presidente do país, Xi Jinping, e avaliado em 778 mil milhões de euros, visando reactivar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático. Outro lado da medalha Críticos lembram, no entanto, que a China continua a ser a mais proteccionista entre as principais economias e o maior emissor de gases com efeito de estufa. Pequim, que há muito se queixa que a imprensa ocidental domina o discurso global e alimenta preconceitos contra o país, investiu nos últimos anos milhares de milhões de euros para convencer o mundo de que a China é um sucesso político e cultural. Xu, de 55 anos, estava encarregue pela Administração do Ciberespaço da China, organismo que controla o conteúdo disponível para os mais de 700 milhões de internautas chineses e exerce vigilância sobre as empresas do sector da Internet.
Hoje Macau SociedadeHato | Auto-silo do edifício Fai Tat abre no sábado [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem a abertura ao público do parque de estacionamento do edifício Fai Tat, um dos auto-silos que ficou afectado com a passagem do tufão Hato. No total estarão disponíveis 487 lugares de estacionamento. Como resposta às catástrofes, a DSAT afirma que exigiu às empresas de gestão “que aumentem a altura das comportas contra inundações dos auto-silos localizados nas zonas baixas”. Passa também a ser exigido o fecho dos parques uma hora depois de ser içado o sinal 8 de tempestade ou o “storm surge” de grau 3. Todos os veículos danificados nos parques de estacionamento foram removidos no passado dia 4 de Outubro.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Violadores de rapariga de 8 anos condenados a pena de morte [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m tribunal indiano condenou ontem à morte dois homens de 20 e 24 anos pela violação de uma rapariga de 8 anos, que suscitou emoção e manifestações de fúria no país. A sentença é uma das primeiras a ser pronunciada na sequência de uma nova lei, que permite acelerar os procedimentos judiciários e a pena de morte para a violação de crianças. Na altura dos factos, há dois meses, multidões de manifestantes desfilaram aos gritos de “morte aos violadores”, após a agressão da rapariga, que continua hospitalizada em estado crítico. Os réus esperaram-na frente à sua escola em Mandsaur, no Estado de Madhya Pradesh (centro), onde o pai deveria ir buscá-la. Levaram-na para um local isolado, violaram-na e abandonaram-na. A rapariga apenas está viva porque foi levada de urgência ao hospital por pessoas que a encontraram. Na sequência de protestos acerca de casos anteriores, a Índia tornou a violação de crianças até aos oito anos punível com a pena de morte.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Nove mortos e quatro feridos em incêndio em fábrica [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]elo menos nove pessoas morreram e quatro ficaram feridas na sequência de um incêndio numa fábrica de equipamento electrónica em Incheon, a oeste de Seul, na Coreia do Sul, anunciaram ontem as autoridades. O incêndio começou por volta das 14h43 de Macau no quarto andar e foi dado como extinto cerca de duas horas depois, segundo os relatórios oficiais citados pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap, que não descartam a hipótese de o número de vítimas aumentar à medida que os bombeiros percorrem as instalações. A Yonhap acrescenta que alguns dos trabalhadores morreram quando tentavam escapar das chamas, saltando do prédio para a rua, antes da chegada dos bombeiros, que mobilizaram dezenas de viaturas para a fábrica, localizada no complexo industrial de Namdong. As forças de segurança estão a tentar determinar a causa exacta do incêndio.
Hoje Macau InternacionalSegundo episódio da guerra comercial estreia esta semana [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ovas taxas alfandegárias entram, esta semana, em vigor nos Estados Unidos e China sobre parte das importações oriundas dos dois países, num segundo episódio da guerra comercial que está a deixar empresários e investidores “apavorados”. A partir desta quinta-feira, os funcionários das alfândegas norte-americanas vão recolher taxas adicionais de 25 por cento sobre um conjunto de 279 produtos chineses que, no ano passado, representaram 13.800 milhões de euros nas importações norte-americanas. A maioria dos produtos penalizados são bens industriais, incluindo tractores, tubos de plástico ou instrumentos de medição. A China promete retaliar com taxas sobre igual valor de importações oriundas dos EUA, incluindo produtos energéticos, como carvão, e automóveis. O Presidente norte-americano, Donald Trump, reclama uma balança comercial mais justa, e que Pequim ponha fim a subsídios estatais para certos sectores industriais estratégicos. Washington acusa ainda a China de “tácticas predatórias”, que visam o desenvolvimento do seu sector tecnológico, nomeadamente forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia, em troca de acesso ao mercado chinês. A China fabrica 90 por cento dos telemóveis e 80 por cento dos computadores do mundo, mas depende de tecnologia e componentes oriundos dos EUA, Europa e Japão, que ficam com a maior margem de lucro. As autoridades chinesas estão, por isso, a encetar um plano designado “Made in China 2025”, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos. No entanto, “o comércio não é uma questão bilateral, mas multilateral”, lembra Yokon Huang, antigo director do Banco Mundial para a China, assinalando que a guerra comercial entre Pequim e Washington afectará também a Europa, que “usa a China como um centro de exportações para todo o mundo”. “As empresas europeias estão três ou quatro vezes mais vinculadas à economia e produção chinesas do que as norte-americanas”, acrescenta o autor de “Cracking the China Conundrum: Why Conventional Economic Wisdom Is Wrong”, num encontro com jornalistas em Pequim. Desde o início das disputas comerciais, a moeda chinesa, o yuan, desvalorizou-se mais de 8 por cento, enquanto a bolsa de Xangai, a principal praça financeira do país, caiu mais de 12 por cento. Exportadores radicados no país asiático afirmam que os empresários chineses estão “apavorados e indignados” face à tensão entre Washington e Pequim, que ameaça indústrias inteiras nos dois países. “Existem fábricas com 300 funcionários que provavelmente vão parar”, conta à agência Lusa Ricardo Geri, cofundador da Plan Ahead, empresa com sede em Pequim que exporta pedra artificial à base de quartzo para os EUA, sector ameaçado pelas disputas comerciais. “Há uma certa indignação entre os empresários chineses, que investiram muito dinheiro para aumentar a produção”, admite Geri, natural do Estado brasileiro de Rio Grande do Sul e radicado em Pequim há cinco anos.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de um milhão de deslocados devido a inundações no sul da Índia [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ais de um milhão de pessoas foram colocadas em campos de deslocados em Kerala na sequência da violenta monção que já causou mais de 400 mortos, anunciaram ontem as autoridades do sul da Índia. “O número de pessoas nos campos humanitários agora é de 1.028.000”, distribuídos por mais de 3.000 centros, disse à Agência France Presse Subhash T.V., porta-voz do governo local. Na segunda-feira, foram descobertos seis corpos, elevando o número de mortos para 410 desde o início da monção, uma das mais graves em 100 anos naquele estado do sul da Índia. Em Chengannur, uma das cidades mais afectadas, a água ainda está com 60 centímetros de altura, continuando a bloquear muitas estradas. A chuva continua a cair na região, mas em menor quantidade. Segundo o exército indiano no terreno, vários milhares de pessoas ainda estão em casas inundadas na cidade. De acordo com um oficial que não quis ser identificado, a maioria dessas pessoas não deseja ser resgatada, mas apenas receber comida e beber água. De acordo com Shashi Tharoor, deputado parlamentar de Kerala e ex-funcionário da ONU, as chuvas causaram a destruição de 50 mil casas. Milhares de soldados do Exército, da Marinha e da Força Aérea foram mobilizados para resgatar aqueles que estão isolados pelas águas. A contaminação de fontes de água potável e as más condições de higiene fazem as autoridades temerem o surgimento de doenças e já há equipas de saúde no terreno a monitorizar a situação, esclareceram as autoridades. Os danos causados pelas inundações estão estimados, até ao momento, em cerca de 2,6 mil milhões de euros. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, já prometeu que vão ser disponibilizados cerca de 61 milhões de euros para ajudar a colmatar as consequências das cheias. O estado de Kerala, procurado pelos turistas devido às praias rodeadas de palmeiras e às plantações de chá, é afectado anualmente por fortes chuvas na época das monções.
Hoje Macau China / ÁsiaMar de Timor | Xanana conduz ratificação de tratado de fronteiras O ex-Presidente timorense Xanana Gusmão foi ontem nomeado pelo Governo como representante especial de Timor-Leste para a conclusão do processo de ratificação do Tratado de fronteiras marítimas com a Austrália, no Mar de Timor [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]decisão, com base numa proposta do primeiro-ministro Taur Matan Ruak, foi aprovada ontem em Conselho de Ministros e confirma ainda que Xanana Gusmão vai também liderar as negociações para o acordo sobre o desenvolvimento dos poços do Greater Sunrise. Em concreto, Xanana Gusmão liderará o processo para a ratificação “do Tratado entre a República Democrática de Timor-Leste e a Austrália que estabelece as respectivas fronteiras marítimas no Mar de Timor” bem como “a aquisição de interesses em campos petrolíferos e a celebração de acordos relativos ao desenvolvimento dos campos petrolíferos do Greater Sunrise”, explica o Governo. “O representante especial irá representar o Estado Timorense em todas as questões relacionadas com o referido Tratado, negociar com vista a aquisição de interesses participativos em certos activos petrolíferos no Mar de Timor, que se espera virem a contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento de uma indústria petrolífera moderna em Timor-Leste e, consequentemente, para o desenvolvimento de outras indústrias e sectores económicos relacionados”, refere o Governo timorense, em comunicado. “O Representante Especial irá ainda liderar o processo de negociação e celebração com a Austrália e com as empresas petrolíferas os acordos necessários ao desenvolvimento dos campos do Greater Sunrise, reafirmando a intenção do Governo que os campos do Greater Sunrise sejam desenvolvidos através de um gasoduto para a costa sul de Timor-Leste e a construção e operação de uma fábrica de processamento de gás natural em Beaço”, nota o Executivo. Mar gasoso A 6 de Março, Timor-Leste e a Austrália assinaram, em Nova Iorque, o histórico “Acordo de pacote abrangente sobre os elementos centrais de uma delimitação de fronteiras marítimas entre os dois países no Mar de Timor”, documento produzido depois de negociações sob os auspícios de uma Comissão de Conciliação. O documento tem agora de ser ratificado pelos parlamentos dos dois países, sendo que o processo já começou na Austrália. No caso de Timor-Leste ainda não está marcado o arranque do processo no Parlamento Nacional timorense. O processo obriga ainda a que sejam finalizados acordos de transição para a gestão de todos os recursos que estão actualmente a ser explorados no Mar de Timor, com a jurisdição – e as receitas – até agora partilhadas entre Timor-Leste e a Austrália a passar exclusivamente para Timor-Leste. Falta ainda chegar a acordo “sobre os termos comerciais para o desenvolvimento do Greater Sunrise”, que garantirá “condições equivalentes” às empresas sob qualquer novo regime para o Greater Sunrise, em conformidade com os compromissos assumidos no Tratado do Mar de Timor e subsequente Acordo de Unitização Internacional. Os campos do Greater Sunrise contêm reservas estimadas de 5,1 triliões de pés cúbicos de gás e estão localizados no mar de Timor, a aproximadamente 150 quilómetros a sudeste de Timor-Leste e a 450 quilómetros a noroeste de Darwin, na Austrália. Xanana Gusmão, que é actualmente presidente do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), lidera a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), a coligação que venceu as últimas eleições e que sustenta o Governo liderado por Taur Matan Ruak, do Partido Libertação Popular (PLP). O ex-Presidente e ex-chefe do Governo chegou a ser formalmente nomeado por duas vezes pelo actual chefe de Estado, Francisco Guterres Lu-Olo, para integrar o VIII Governo, mas sempre recusou tomar posse em solidariedade com vários membros indigitados a quem Lu-Olo não deu posse. Xanana Gusmão foi o negociador principal da equipa de Timor-Leste que conclui, a 30 de Agosto de 2017, a base do novo tratado de fronteiras marítimas com a Austrália, assinado este ano em Nova Iorque.
Hoje Macau China / ÁsiaPM malaio cancela projectos financiados pela China [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]agência estatal noticiosa da Malásia citou ontem o primeiro-ministro malaio, Mahathir Mohamad, a confirmar que cancelou projectos no país avaliados em milhares de milhões de dólares e apoiados pela liderança chinesa. Mahathir proferiu aquelas declarações na sequência de uma visita oficial a Pequim, onde esperava renegociar os termos dos contratos para aqueles projectos, financiados por bancos estatais chineses. Em causa estão um projecto ferroviário ao longo da costa leste da península da Malásia, avaliado em 20 mil milhões de dólares, e dois oleodutos. O líder malaio disse aos jornalistas que ambos o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, entenderam os motivos para o cancelamento e “aceitaram-nos”. Os projectos encontravam-se suspensos, após o novo Governo da Malásia apelar a cortes drásticos, face à subida acentuada dos custos, estimados, no total, em 22 mil milhões de dólares. “Nós não queremos uma nova versão do colonialismo, porque os países pobres não conseguem competir com países ricos”, afirmou Mahathir, na segunda-feira, em Pequim, após reunir-se com Li Keqiang. Em Maio passado, Mahathir sucedeu a Najib Razak, como primeiro-ministro da Malásia, após este ter perdido as eleições, afectado por vários escândalos de corrupção, alguns que envolvem investimentos chineses no país. Os projectos são parte-chave da iniciativa chinesa Nova Rota da Seda, lançada em 2013 por Xi Jinping e que inclui uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos, centrais eléctricas e zonas de comércio livre, visando ressuscitar vias comercias que remontam ao período do Império Romano, e então percorridas por caravanas. Construídos por empresas chinesas e financiados pelos bancos estatais da China, os projectos no âmbito daquela iniciativa estendem-se à Europa, Ásia Central, África e Sudeste Asiático. No entanto, o crescente endividamento dos países envolvidos face a Pequim acarreta riscos, como é exemplo o Sri Lanka, onde um porto de águas profundas construído por uma empresa estatal chinesa revelou-se um gasto incomportável para o país, que teve de entregar a concessão da infra-estrutura e dos terrenos próximos à China, por um período de 99 anos. “Nós não queremos uma situação como a do Sri Lanka, na qual eles não conseguiram pagar e os chineses acabaram por ficar com o projecto”, afirmou o novo ministro malaio das Finanças, Lim Guan Eng, numa entrevista recente.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China e El Salvador estreitam relações e deixam Taiwan à margem El Salvador estabeleceu ontem laços diplomáticos com a China, anunciaram os dois países em Pequim, numa vitória para a República Popular, que reduz para 17 o número de países que mantêm laços com Taiwan [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]documento que estabelece as relações diplomáticas foi assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países, em frente às bandeiras da China e do pequeno Estado da América Central. “O nosso Governo toma esta decisão para mudar a nossa estatura histórica e elevar o nosso nível de vida. Esperamos trazer benefícios tangíveis para os nossos cidadãos e esperança para todos”, afirmou o ministro salvadorenho, Carlos Castañeda. O responsável garantiu que Pequim é “um parceiro estratégico”. “El Salvador escolheu comprometer-se a reconhecer uma só China, sem condições prévias, adoptando a mesma posição que a maioria dos Estados do mundo”, disse, entretanto, Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros da China. Também o Presidente de El Salvador, Salvador Sanchez Ceren, confirmou num discurso difundido pela rádio e pela televisão que o Governo decidiu “romper as relações com Taiwan” e reconhecer a República Popular da China. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Joseph Wu, condenou veementemente a estratégia de Pequim de isolar diplomaticamente a ilha, através da atribuição de generosos incentivos financeiros a aliados de Taipé. “Não vamos alinhar numa diplomacia do dólar contra a China comunista”, afirmou Wu, revelando que El Salvador pediu “um enorme financiamento” para o desenvolvimento de uma infra-estrutura portuária, que Taiwan recusou. O reconhecimento por El Salvador de Pequim como o único governo legítimo de toda a China, encerra 58 anos de aliança entre o país da América Central e Taiwan. Taipé e Pequim atravessam um período de renovadas tensões, desde a vitória de Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (DPP), pró-independência, nas eleições presidenciais em Taiwan, em 2016. Sob o seu mandato, um total de cinco Estados rompeu relações com Taipé, incluindo São Tomé e Príncipe. Reacção americana A embaixadora dos Estados Unidos em El Salvador anunciou ontem que Washington está a analisar a decisão preocupante do Estado centro-americano em estabelecer relações diplomáticas com a China e romper com Taiwan. “Os Estados Unidos estão a analisar a decisão de El Salvador. É preocupante por muitas razões, entre as quais se inclui a decisão de romper uma relação com mais de 80 anos”, afirmou Jean Manes. “Sem dúvida, isto terá impacto na nossa relação com o Governo salvadorenho”, acrescentou, nas redes sociais. A diplomata advertiu, em Julho passado, para a “alarmante estratégia de expansão” económica e militar da China na América Latina. O anúncio do Governo de El Salvador não foi bem recebido pela oposição, que apontou possíveis represálias por parte dos EUA. “A ruptura das relações diplomáticas com Taiwan é uma notícia com forte impacto na comunidade internacional, (…) isto pode ter repercussões com o nosso principal parceiro comercial, os Estados Unidos”, afirmou o presidente do Congresso de El Salvador, Norman Quijano, do partido de oposição, Alianza Republicana Nacionalista. Em 2017, El Salvador exportou 2,6 mil milhões de dólares em produtos e serviços para os Estados Unidos, e importou 3,4 mil milhões. Em Maio passado, o Burkina Faso rompeu as relações diplomáticas com Taipé, depois de a República Dominicana ter anunciado, em 1 de Março, a ruptura com Taiwan. Em Dezembro de 2016, São Tomé e Príncipe também rompeu relações diplomáticas com Taiwan e passou a reconhecer a República Popular da China. Após a ruptura do Burkina Faso, a Suazilândia é o único país africano a manter relações com Taipé. Desde 2000 que diversos países africanos, incluindo o Chade e o Senegal, que recebiam ajudas de Taiwan, romperam as suas relações com a ilha para beneficiar da cooperação chinesa.
Hoje Macau EventosArmazém do Boi | Novas instalações abrem hoje com exposição colectiva [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]associação de arte Armazém do Boi vai inaugurar esta tarde uma exposição nas suas novas instalações na zona de São Lázaro. “Post Ox Warehouse Experimental Site” é uma exposição colectiva que reúne cinco artistas de Macau, Xangai, Hangzhou, Guangzhou e Shenzhen. A mostra inclui trabalhos de fotografia, performance, media pintura, arte conceptual e vídeo arte, revela um comunicado da organização. A cerimónia de abertura é às 18h30 Galeria 2F na Rua do Volong, nº 15. A entrada é livre e a exposição estará patente até 7 de Outubro.
Hoje Macau SociedadeJogos Asiáticos | Macau conquista primeira medalha de ouro no wushu [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]atleta de wushu Huang Junhua conseguiu ontem uma medalha de ouro nos Jogos Asiáticos, a primeira para Macau, ao vencer a prova da categoria masculina da modalidade de nanquan e nangun. O Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, elogiou o atleta. “A notável marca obtida por Huang Junhua, fruto de um treino intenso e de trabalho árduo, não só enche de orgulho a população de Macau no seu todo, como também revigora o moral da nossa delegação em Jacarta”, lê-se em comunicado. O reconhecimento foi também prestado pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura que felicitou o atleta de 26 anos, elogiando o seu “extraordinário empenho e dedicação”, de acordo com um comunicado oficial. Alexis Tam, que se encontra na Indonésia, país que acolhe a 18.ª edição dos Jogos Asiáticos, também deixou agradecimentos ao chefe da equipa, Leong Chong Leng, e ao treinador dos atletas, Iao Chon In, pela sua “total dedicação” na formação dos atletas, estendendo-os ainda ao Comité Olímpico e Desportivo de Macau pela “excelente coordenação demonstrada”. O gabinete do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura indicou ainda que Alexis Tam “encorajou os demais atletas a manterem uma atitude positiva” na participação das restantes provas dos Jogos Asiáticos, “de forma a demonstrar o espírito desportivo e alcançar os melhores resultados”. A 18.ª edição dos Jogos Asiáticos, que tem lugar nas cidades indonésias de Jacarta e Palembang, termina no próximo dia 2 de Setembro. Macau encontra-se representada por 109 atletas em 16 modalidades.
Hoje Macau SociedadeCanídromo | Morreu o galgo mais velho [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]galgo mais velho do Canídromo morreu ontem, aos 13 anos. A informação foi divulgada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) que indicou que o cão tinha mobilidade reduzida devido a uma doença degenerativa nas articulações resultado da avançada idade. Segundo o IACM, há actualmente mais de 30 galgos sujeitos a tratamento médico, a maioria dos quais devido a doenças no periodontal e de pele e artrite.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Taxa de inflação fixou-se em 2,32 por cento [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]taxa de inflação fixou-se em 2,32 por cento nos 12 meses terminados em Julho em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, indicam dados dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) divulgados ontem. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu sobretudo devido ao aumento dos preços das secções do vestuário e calçado (+4,93 por cento), da saúde (+4,83 por cento) e da educação (+4,46 por cento). Só em Julho, o IPC cresceu 3,33 por cento em termos anuais, impulsionado, principalmente pelo aumento dos preços das refeições adquiridas fora de casa, das rendas e das tarifas dos parquímetros dos lugares de estacionamento público. Segundo a DSEC, também pesou o aumento dos preços da gasolina e do vestuário. Nos primeiros sete meses do ano, o IPC cresceu 2,83 por cento face a igual período de 2017. O IPC Geral permite conhecer a influência da variação de preços na generalidade das famílias de Macau. Em 2017, a taxa de inflação fixou-se em 1,23 por cento, a mais baixa desde 2009, ano em que foi de 1,17 por cento.
Hoje Macau Manchete PolíticaSin Fong Garden | Li Canfeng diz que demolição acontece nos próximos dias [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes adiantou ontem aos jornalistas que a demolição do edifício Sin Fong Garden, em risco de queda, deverá acontecer nos próximos dias. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, já foi aprovada a demolição e a planta de reconstrução do edifício, existindo condições técnicas para tal. Em seis anos discutiu-se a possibilidade de se demolir o edifício com fracas condições de segurança ou fazer apenas uma reparação. Vários residentes continuam sem aceder às suas casas, morando actualmente com familiares ou alugando outros apartamentos.
Hoje Macau PolíticaSubstâncias perigosas | Wong Sio Chak garante que armazéns são seguros [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]secretário para a Segurança, Wong Sio Chak afirmou que a instalação do depósito e armazém temporário e do depósito centralizado de substâncias perigosas em Coloane é uma medida que vai “reduzir ou até resolver os riscos de segurança das substâncias perigosas dispersadas por vários locais” revela um comunicado. Para o governante, estes depósitos garantem “a segurança das substâncias perigosas e da sua gestão”, pelo que não há nada a temer. As declarações foram feitas numa visita à associação Aliança do Povo de Instituição de Macau que vem no seguimento de encontros que as autoridades estão a promover com as principais associações. O objectivo, refere o mesmo comunicado, é “melhor esclarecer a gestão de segurança do depósito e armazém das substâncias perigosas”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina protesta passagem de Presidente de Taiwan pelos EUA [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China enviou um protesto formal a Washington devido à escala realizada pela Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, nos Estados Unidos, onde visitou a Administração Nacional para a Aeronáutica e Espaço (NASA), na cidade de Houston. Tsai realizou a visita quando regressava do Paraguai e Belize, dois dos 18 países que mantêm relações diplomáticas com Taiwan, que a China considera parte do seu território, contra as aspirações independentistas de Taipé. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, disse aos jornalistas que Pequim “vai-se opor sempre a que qualquer país ofereça conveniências e locais para que pessoas relevantes de Taiwan conduzam estas actividades”. “Nós tornamos clara a nossa posição junto dos países relevantes”, acrescentou. A visita à NASA tratou-se de uma rara presença de um líder taiwanês numa instalação oficial do Governo norte-americano. Tsai fez ainda um discurso na Livraria Presidencial Ronald Reagan, na Califórnia, na primeira intervenção pública de um líder de Taiwan nos EUA em mais de uma década. “Quero agradecer a todos os envolvidos por fazerem a minha paragem em Houston maravilhosa, cheia de boas memórias”, escreveu Tsai no Twitter. “A minha administração vai continuar a reforçar todos os aspectos das relações entre Taiwan e os EUA”, acrescentou. Países que mantêm laços diplomáticos com Pequim não podem ter ligações a Taipé e vice-versa. Apesar de os EUA serem o principal fornecedor de armas para Taiwan, os dois lados cortaram as relações diplomáticas em 1979, quando Washington passou a reconhecer Pequim, em vez de Taipé. A visita de Tsai, do Partido Democrático Progressista (DPP), pró-independência, surge numa altura de crescentes disputas comerciais entre Pequim e Washington, suscitadas pela política de Pequim para o sector tecnológico.
Hoje Macau China / ÁsiaLu-Olo quer Serviço Cívico nacional e Conselho Militar para ex-quadros [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente timorense defendeu ontem, em Díli, a criação de um Serviço Cívico Nacional para “ensinar e fortalecer os jovens” e de um Conselho Estratégico Militar para quadros superiores das forças de defesa. Francisco Guterres Lu-Olo falava nas cerimónias do 43º aniversário das Falintil, braço armado da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) e, desde 1987, o braço armado da resistência timorense que a 1 de Fevereiro de 2001 foram convertidas nas actuais forças de defesa (F-FDTL). Num discurso em que homenageou o espírito das Falintil, Lu-Olo defendeu ser necessário, independentemente de pensões ou outros programas existentes, valorizar os ex-membros das Falintil que agora dirigem as F-FDTL e que “brevemente deixarão a vida militar”. “Tendo em conta a sua longa e valiosa experiência e sabedoria e a sua idade avançada é necessário reflectir com urgência sobre como envolvê-los na consolidação das F-FDTL e na construção de Timor-Leste com os valores e princípios da luta, os quais estão consagrados na Constituição da República Democrática de Timor-Leste”, disse o Presidente timorense. Entre outras medidas, Lu-Olo defendeu a criação de “programas de reinserção social para ex-membros das Falintil e F-FDTL (desmobilizados em 2011 e 2015) que ainda dispõem da capacidade necessária para melhorarem a sua vida e a da sua família”. Lu-Olo propôs ainda a criação de uma unidade especial em todos os hospitais municipais “direccionada para os veteranos e combatentes da Libertação Nacional e familiares”. O Presidente defendeu a formação a nível municipal de uma equipa responsável por organizar as comemorações do aniversário das Falintil, fazer o levantamento de dados junto de ex-combatentes e indicar “de que forma é que o Estado pode apoiar projectos que visem a melhoria do seu bem-estar, com base em iniciativas dos próprios ex-combatentes”. Espírito vivo O chefe de Estado considerou necessário acelerar o “mapeamento dos locais de interesse histórico em todo o território”, alargando uma iniciativa que já foi feita em Díli e que pode ser “extremamente importante para a promoção do turismo histórico”. Sobre o Serviço Cívico Nacional, Lu-Olo apoiou uma proposta já avançada pelo antecessor e actual primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, e que considerou importante “para que as gerações jovens mantenham aceso o espírito das Falintil”. “Este programa permitirá aos jovens adquirir o sentido de hierarquia, o espírito de disciplina e de dedicação, enquanto lhes ensina a amar e a defender os interesses do povo e do Estado”, disse. “As entidades relevantes do Estado, com o apoio do Conselho Estratégico Militar, devem identificar as necessidades das Forças Armadas e realizar uma acção de recrutamento com base nestas necessidades”, acrescentou. Perante as principais individualidades do país, Lu-Olo recordou a força histórica da Falintil, cujo nome continua a fazer parte das F-FDTL como “ponte entre o passado glorioso e os dias de hoje” e para recordar “o espírito” dos antigos guerrilheiros timorenses. “Como político e também guerrilheiro, pude assistir, ouvir e sentir os gemidos do nosso povo nas montanhas, embebidos de coragem e determinação, durante 24 anos”, lembrou.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Sul-coreanos a caminho para encontro com familiares Vários autocarros, com passageiros sul-coreanos, partiram ontem para a Coreia do Norte, onde vão encontrar-se pela primeira vez com familiares dos quais foram separados desde a Guerra da Coreia (1950-53) [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s 14 autocarros, com 89 passageiros idosos, partiram sob escolta policial da cidade portuária de Sokcho (nordeste) em direcção à fronteira com a Coreia do Norte. Esta nova série, a primeira em três anos, de encontros de famílias separadas pela guerra, decorre no quadro da reaproximação entre Seul e Pyongyang, iniciada no princípio do ano. Até quarta-feira, os participantes vão estar cerca de 11 horas com familiares do Norte, na estância de esqui do monte Kumgang, sob a supervisão de agentes norte-coreanos, antes de se separarem, talvez para sempre. Milhões de pessoas foram separadas pela Guerra da Coreia, que selou a divisão hermética da península. Lee Keum-seom, de 92 anos, disse esperar rever o filho. Ao fugir, durante a guerra, separou-se do marido e do filho de 4 anos. Só com a filha, apanhou um ‘ferry’ para o Sul. “Não sei o que sinto. Não sei se é real ou se estou a sonhar”, disse. Trunfo negocial Norte e Sul continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito terminou com um armistício e sem a assinatura de um tratado de paz. As comunicações civis estão proibidas entre os dois lados. Desde 2000, Seul e Pyongyang organizaram 20 séries de encontros de famílias divididas, sempre que se verificava uma melhoria das relações bilaterais. No entanto, 65 anos depois do armistício, o tempo é curto para os sobreviventes. Inicialmente, 130 mil sul-coreanos eram candidatos a participar nos encontros. Uma imensa maioria já morreu e grande parte dos sobreviventes tem mais de 80 anos. Este ano, o mais velho tem 101 anos. Alguns dos seleccionados, num processo aleatório, para o encontro deste ano desistiram ao saber que os familiares do outro lado da fronteira já tinham morrido. Por outro lado, alguns participantes em encontros anteriores lamentaram as divergências ideológicas que os separam dos familiares. As tentativas de Seul em convencer Pyongyang a aceitar reuniões mais frequentes têm saído frustradas, uma vez que a Coreia do Norte entende que estas são um importante activo nas negociações. O país liderado por Kim Jong-un acredita ainda que a expansão das reuniões pode levar a que os norte-coreanos tenham noção do que se passa no exterior.
Hoje Macau China / ÁsiaDemografia | Um quinto da população com mais de 60 anos em 2017 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China tinha 241 milhões de habitantes com idade superior a 60 anos, no final de 2017, resultado da política do filho único, que durante décadas vigorou no país, anunciou ontem o Ministério dos Assuntos Civis chinês. O número de habitantes com 60 anos, ou mais, fixou-se em 17,3 por cento do total da população da China, indicou. Pelas contas do Governo chinês, em 2050, os sexagenários serão de 487 milhões, ou 34,9 por cento da população do país. Nação mais populosa do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, a China aboliu no início de 2016 a política de “um casal, um filho”, rígido controlo da natalidade que durava desde 1980 e impediu quase 400 milhões de nascimentos. Demógrafos chineses estimaram que, sem aquela política, a China teria actualmente quase 1.800 milhões de habitantes. O fim da política do filho único não serviu, no entanto, para evitar a “armadilha da baixa fertilidade”, em parte devido aos crescentes custos para criar um filho na sociedade chinesa, transfigurada pela adesão do país à economia do mercado, no final dos anos 1970. Em 2017, o número de nascimentos fixou-se em 17,23 milhões, menos 630.000 do que em 2016. Na primeira metade de 2018, o número de nascimentos caiu 15 por cento, em termos homólogos, segundo estatísticas oficiais.