Governo vai aumentar iniciativas para internacionalização da cultura portuguesa

[dropcap]O[/dropcap] Governo português assumiu ontem o aumento do número de iniciativas para a internacionalização da cultura portuguesa, num plano para 2019 com apresentação prevista para dia 28, que resulta de colaboração entre os ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, garantiu que “irá existir um aumento em várias iniciativas” e assinalou a importância da experiência em 2018, com várias presenças da cultura portuguesa no estrangeiro, como na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México, a segunda maior do mundo, na qual Portugal foi convidado de honra.

“O programa de 2019 tem essa enorme mais-valia que é termos uma experiência acumulada de como correu o ano passado e o que devemos alargar, repetir e diversificar e, se calhar noutras dimensões, fazer de forma diferente”, afirmou a governante, após o encerramento do seminário sobre Cooperação, Cultura e Língua, promovido pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, em Lisboa.

Graça Fonseca sublinhou ainda que “também é importante apresentar o balanço do que foi feito em 2018, quais foram as iniciativas e como é que elas são avaliadas e analisadas”, remetendo para o próximo 28 de Janeiro, sem dar mais pormenores sobre o plano.

Igualmente no encerramento do seminário, em que se abordou cooperação da sociedade civil e cultura e língua portuguesas, entre outras matérias, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou o plano de acção cultural externa “um desafio que tem sido ganho”.

O ministro declarou que o programa para este ano terá “a mesma lógica de sustentação dos avanços” registados no ano passado.

Neste âmbito, Augusto dos Santos Silva revelou que 2018 provou a “sustentação dos pilares que organizam a projecção internacional da cultura portuguesa, a fileira absolutamente essencial da literatura e do livro com programas activos de tradução de obras portugueses e de participação em feiras e mercados ligadas à promoção de livro e da literatura, como também programas muito importantes de divulgação quer da riqueza patrimonial portuguesa quer da criação portuguesa contemporânea”.

Augusto Santos Silva manifestou também confiança na “introdução gradual do português em vários sistemas de ensino” no mundo e “na duplicação do número de países” onde se ensina a língua portuguesa no presente, que está “numa vintena”.

O ministro referiu também que se espera “desafios muitíssimos importantes” na área da cooperação no que se refere à língua portuguesa.

“No âmbito do mundo da língua portuguesa da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), quer no plano multilateral, quer no plano bilateral, vivemos um momento particularmente auspicioso, que nos coloca mais exigências, porque as condições que hoje existem de desenvolvimento da cooperação multilateral no quadro da CPLP e as condições que hoje existem da realização de todos os programas estratégicos de cooperação que já estão aprovados, designadamente com Angola, são muito promissores”, afirmou.

9 Jan 2019

População chinesa entra em declínio “imparável” dentro de dez anos, diz estudo

[dropcap]A[/dropcap] população chinesa vai entrar num declínio “imparável” nas próximas décadas e terá uma população activa cada vez menor, mas que terá de sustentar uma sociedade mais envelhecida, conclui um relatório ontem divulgado.

O relatório, publicado por uma unidade de investigação do Governo chinês três anos depois de a China ter abolido a política de filho único, refere que a “era do crescimento populacional negativo está quase a chegar”, prevendo que a população do país atingirá um pico de 1.440 milhões, em 2029.

A seguir, o declínio nas taxas de fecundidade levará a uma diminuição da população para 1.172 milhões de habitantes, em 2065, prevê o relatório da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

A China, nação mais populosa do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, aboliu a 1 de Janeiro de 2016 a política de “um casal, um filho”, pondo fim a um rígido controlo da natalidade que durava desde 1980. Pelas contas do Governo, sem aquela política, a China teria hoje quase 1.700 milhões.

Mas a população em idade activa estagnou, considera o relatório, enquanto o rácio de dependência – o número de trabalhadores em relação à população que não trabalha (sobretudo crianças e reformados) – continua a aumentar.

“Em teoria, o declínio demográfico a longo prazo, especialmente acompanhado pela escalada do envelhecimento da população, está fadado a ter consequências sociais e económicas muito negativas”, lê-se no relatório, que não detalha quais serão as consequências.

Especialistas alertam que, à medida que a população em idade activa da China encolhe, o consumo poderá também diminuir, o que poderá ter consequências para a economia global, que depende da China como principal motor de crescimento.

O relatório recomenda ao Governo que elabore políticas para enfrentar os desafios do declínio iminente. Segundo a actual política de natalidade, que substituiu a de “um casal, um filho”, a maioria dos casais chineses pode ter apenas duas crianças.

Em 2016, o primeiro ano desde a abolição da política de filho único, o número de nascimentos aumentou, de 16,55 milhões, no ano anterior, para 17,86 milhões.

Desde então, a taxa de natalidade caiu sucessivamente, apesar de Pequim ter deixado de promover abortos forçados e multas, e embora tenha aberto novas creches, passando a oferecer incentivos à natalidade.

Em 2017, o número total de nascimentos fixou-se em 17,23 milhões, menos 630.000 do que no ano anterior. Demógrafos estimam que, no ano passado, nasceram 15 milhões de crianças na China, o número mais baixo desde 2000.

Segundo especialistas, a queda deve-se sobretudo à redução no número de mulheres em idade fértil, um grupo que perde entre cinco e seis milhões de pessoas por ano, e aos altos custos e falta de tempo para criar uma criança.

A actual restrição de dois filhos pode assim vir a ser também abolida, permitindo que as famílias tenham vários filhos, pela primeira vez em décadas.

Apesar das projecções de declínio no país mais populoso do mundo, as Nações Unidas estimam que a população global continue a crescer. Um relatório de 2017 estima que, em 2030, chegue aos 8,6 mil milhões, e que, até ao final do século, alcance os 11,2 mil milhões. A Índia deve superar a China como o país mais populoso até 2024, segundo a ONU.

9 Jan 2019

Câmara baixa da Índia vota projecto de lei que exclui refugiados muçulmanos

[dropcap]A[/dropcap] câmara baixa do parlamento da Índia aprovou ontem um projecto de lei que permite atribuir a cidadania a refugiados de diversas comunidades religiosas à excepção dos muçulmanos, provocando novas manifestações de protesto no nordeste do país.

A legislação, que ainda deve ser aprovada pela câmara alta do parlamento, envolve milhões de pessoas que nas últimas décadas fugiram do Bangladesh, do Paquistão e do Afeganistão, onde o islão é predominante, para se instalarem nas regiões do norte da Índia.

Se for aprovada a lei, tornar-se-ão indianos os membros de várias comunidades religiosas, como os hindus, os cristãos e os sikhs, originários daqueles três países que tenham vivido pelo menos seis anos na Índia, sendo explicitamente excluídos os muçulmanos.

A votação do projecto de lei desencadeou um segundo dia de protestos no estado de Assam, no nordeste do país, que nas últimas décadas acolheu milhões de refugiados dos países vizinhos.

Os manifestantes opõem-se não à exclusão dos muçulmanos da legislação, mas ao facto de texto permitir a atribuição da cidadania a migrantes, que acusam de ficarem com o trabalho das populações locais.

Assam, território montanhoso conhecido pelas suas plantações de chá e com 33 milhões de habitantes, é palco há décadas de tensões entre grupos étnicos e tribais locais e os migrantes.

Durante as manifestações de ontem, militantes da Organização dos Estudantes do Nordeste (NESO) saquearam instalações do Partido Bharatiya Janata (do primeiro-ministro Narendra Modi) no estado de Assam.

9 Jan 2019

Presidente da Apple manifesta-se “muito optimista” num acordo EUA e China

[dropcap]O[/dropcap] presidente executivo da Apple, Tim Cook, manifestou-se hoje “muito optimista” face às negociações para um acordo comercial entre Estados Unidos da América e China, afirmando ser a favor “dos melhores interesses” para os dois países.

Numa entrevista à cadeia norte-americana CNBC, o líder da tecnológica definiu como “muito complexo” o pacto e considerou “temporária” a debilidade económica da China, relacionada com as turbulências comerciais.

“O tratado será bom não só para nós, como também o será para o mundo em geral. O mundo precisa de uma economia forte nos Estados Unidos e China para que a mundial também o seja”, afirmou o presidente da tecnológica norte-americana que fabrica os seus produtos na China.

Na semana passada, a Apple reviu em baixa as expectativas dos resultados no primeiro trimestre do seu ano fiscal, apontando a debilidade do mercado chinês como uma das razões, além de vendas menores que o esperado dos seus modelos iPhone.

Tim Cook criticou ainda aqueles que têm “desvalorizado” a filosofia de novos produtos e serviços da Apple. “Na minha honesta opinião existe uma cultura de inovação na Apple que, combinada com alguns clientes incríveis e leais, consumidores felizes, este virtuoso sistema está provavelmente desvalorizado”, salientou.

9 Jan 2019

Prolongado diálogo sobre questões comerciais entre EUA e China

[dropcap]A[/dropcap]s negociações entre representantes dos Estados Unidos e da China, que visam pôr fim à guerra comercial entre os dois países, vão prolongar por mais um dia do que o previsto, informou hoje a imprensa oficial chinesa.

As conversas de alto nível prosseguem hoje, em Pequim, depois de na terça-feira se terem prolongado até ao final da noite. Analistas citados pelo Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, consideraram que a extensão reflecte a vontade de ambas as partes de chegarem a um acordo.

Trata-se do primeiro frente-a-frente desde que, no início de Dezembro, os Presidentes dos EUA e da China, Donald Trump e Xi Jinping, respectivamente, concordaram uma trégua de 90 dias, para encontrar uma solução.

Os dois países aumentaram já as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um, numa disputa suscitada pela política industrial chinesa. Na terça-feira, Trump afirmou na rede social Twitter que as negociações com Pequim estão a correr “muito bem”.

O vice-representante do Comércio, Jeffrey Gerrish, lidera a delegação norte-americana, que inclui ainda funcionários dos sectores de energia, agricultura e comércio, e do Departamento de Estado e do Tesouro.

Pequim não informou quem lidera a delegação, mas sabe-se que participou numa das reuniões o vice-primeiro-ministro chinês encarregado da política económica, Liu He, num nível de representação mais alto do que o esperado para a primeira ronda de negociações.

De acordo com os termos acordados entre Trump e Xi, Pequim e Washington devem chegar a um acordo definitivo antes do início de Março. Trump suspendeu temporariamente o aumento das taxas alfandegárias, de 10% para 25%, sobre um total de 200 mil milhões de dólares de bens importados da China.

Pequim reduziu as taxas sobre veículos importados do EUA e retomou as importações de soja norte-americana, além de ter apresentado um projecto de lei que visa proibir a transferência forçada de tecnologia.

Trump exigiu que a China ponha fim a subsídios estatais para certas indústrias estratégicas, à medida que a liderança chinesa tenta transformar as firmas do país em importantes actores em actividades de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos, ameaçando o domínio norte-americano naquelas áreas.

Mas o Partido Comunista Chinês está relutante em abdicar dos seus planos, que considera cruciais para elevar o estatuto global do país.

9 Jan 2019

Metro Ligeiro | Linha da Taipa vai funcionar das seis à uma da manhã

[dropcap]O[/dropcap] Metro Ligeiro vai funcionar das 6h da manhã à 1h da manhã diariamente, revelou ontem o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), de acordo com o canal chinês da Rádio Macau. Segundo a mesma fonte, a linha da Taipa do Metro Ligeiro entra em funcionamento na segunda metade deste ano.

Vão fazer parte desta linha 11 estações por onde vão circular cinco grupos de carruagens. Cada carruagem vai poder transportar cerca de 100 pessoas e a frequência de passagem do metro vai depender do número de passageiros.

O preço dos bilhetes continua a não ser dado a conhecer, sendo que, afirma o GIT, o valor a pagar depende da concessionária responsável pelo funcionamento da infra-estrutura, a MTR de Hong Kong.

9 Jan 2019

Registado primeiro caso de gripe mortal do ano

[dropcap]F[/dropcap]oi registado o primeiro caso mortal de gripe do ano. A vítima é um homem de 86 anos, que apresentava sintomas desde 26 de Dezembro e que foi inicialmente medicado na China, informaram ontem os Serviços de Saúde.

Dado que a sua situação não melhorou, o residente de Macau, que sofre de doenças crónicas, recorreu na sexta-feira ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, acabando por ser hospitalizado devido a dificuldades de respiração. O idoso foi depois diagnosticado com pneumonia bacteriana e, no domingo, devido a uma insuficiência respiratória careceu de ventilação assistida para tratamento.

Já na manhã de segunda-feira, foi encaminhado para a Unidade de Cuidados Intensivos e a situação clínica agravou-se, sofrendo falência de múltiplos órgãos que levaram à sua morte no mesmo dia. O resultado do teste laboratorial das amostras respiratórias do paciente testou positivo para a gripe A (H1).

Desde Setembro, Macau registou 14 casos de gripe com pneumonia ou outras complicações. Actualmente, duas pessoas encontram-se ainda hospitalizadas: um homem de 86 anos e um menino de 4 anos. O estado clínico do idoso é considerado estável, enquanto o menino, que contraiu uma encefalite na sequência da gripe, encontra-se em estado grave.

9 Jan 2019

Desmantelada rede de levantamento ilegal de dinheiro

[dropcap]A[/dropcap] PJ, em cooperação, com as autoridades congéneres da China, desmantelou um grupo envolvido num caso de levantamento ilegal de dinheiro. Segundo o Ou Mun, foram detidas 21 pessoas da China, incluindo um líder do grupo, em vários apartamentos na Taipa.

Os suspeitos terão alegadamente utilizado máquinas POS (point-of-sale) alteradas para possibilitar o levantamento de quantias elevadas em Macau. No total, foram apreendidos 30 milhões de patacas em dinheiro vivo e depositados em contas VIP em casinos.

De acordo com informações da entidade bancária, citados pelo mesmo jornal, foram levantados 1,2 mil milhões, resultando num prejuízo de 2,4 milhões.

9 Jan 2019

Violação | Detido suspeito vindo do continente

[dropcap]U[/dropcap]m homem da China, de 33 anos, foi presente ao Ministério Público (MP) pela suspeita da prática do crime de violação. Segundo a edição de ontem do jornal Ou Mun, a Polícia Judiciária (PJ) foi informada do caso na quinta-feira pela Polícia de Segurança Pública (PSP).

A vítima, cuja nacionalidade não foi divulgada, veio a Macau com o homem, que conhecia há pouco mais de um mês, para jogar nos casinos. No regresso ao hotel, cujo quarto partilhavam, o homem imobilizou e violou a mulher.

A vítima pediu ajuda à PSP quando o homem estava a tomar banho. Após ter sido informada pela PSP, a PJ interveio, dirigindo-se ao hotel para deter então o alegado agressor.

9 Jan 2019

Associação quer fiscalização aos guias turísticos

[dropcap]O[/dropcap] presidente da Associação de Promoção de Guia Turismo de Macau, Ng Iong, revelou que o sector ligado aos guias turísticos registou uma queda de cerca de vinte por cento durante a época natalícia, sendo que atribui a situação ao aumento de guias ilegais no território proporcionado pela circulação na Ponte HKZM.

Perante este cenário o responsável afirmou ainda, em declarações ao Jornal Ou Mun, que está pessimista em relação ao desenvolvimento da actividade de guia turístico no ano de 2019 pelo que espera que o Governo venha a tomar medidas no aumento da fiscalização no sector.

De acordo com a mesma fonte, Ng Iong recordou que os profissionais do sector que operam de forma ilegal começaram a aparecer em Macau há cerca de dez anos, quando o centro histórico passou a ser considerado património. “Nessa altura começaram a aparecer guias turísticos de Hong Kong que traziam visitantes a Macau sem ser necessária a contratação de profissionais locais”, disse. Segundo Ng, as preocupações dos profissionais foram comunicadas ao Governo, sendo que nada foi feito.

Com a abertura da ponte HKZM, a associação nota que a situação está agora a agravar-se, chegando a Macau guias oriundos de várias cidades chinesas como Guangdong, Fujian e Guangxi, “afectando gravemente os direitos e interesses dos guias locais bem como o seu emprego”.

9 Jan 2019

Birds Are Indie – “Close, but no cigar”

“Close, but no cigar”

Don’t you wanna think about it
One more time
Or do you wanna talk about it now?
Don’t you wanna think about it
One more time
Or do you want to dream about it now?

Do you want me to roll over
Close, but no cigar
Till this conversation is over
We’ll stay where you are
Then we’ll see if I still hang around

Birds Are Indie

JOANA CORKER, RICARDO JERÓNIMO e HENRIQUE TOSCANO

9 Jan 2019

Jogo | Tribunal português anula despedimento colectivo decretado por empresa de Stanley Ho

[dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Trabalho de Barcelos, em Portugal, anulou o despedimento colectivo de 21 funcionários do Casino da Póvoa de Varzim, gerido pela Varzim-Sol SA, cujo accionista maioritário é a Sociedade Estoril-Sol SGPS, cujo presidente do conselho de administração é o empresário Stanley Ho.

A sua filha, Pansy Ho, e Ambrose So, administrador da Sociedade de Jogos de Macau, são vogais do mesmo conselho de administração. A notícia da anulação do despedimento foi anunciada ontem pelo Sindicato dos Trabalhadores da Industria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.

Segundo uma nota informativa do sindicato, o tribunal considerou “ilícito o processo de despedimento”, que aconteceu em Março de 2014, condenando a Varzim Sol, empresa que detêm a concessão de exploração do Casino da Póvoa, a “reintegrar todos os trabalhadores nos seus postos de trabalho”.

“O Tribunal considerou que não se mostraram objetivamente comprovados os motivos fundamentadores do despedimento coletivo e não haver nexo de casualidade entre o despedimento coletivo realizado e os fundamentos aduzidos para o mesmo”, pode ler-se no comunicado enviado pelo sindicato.

No mesmo texto foi explicado que com esta decisão da Justiça, a Varzim Sol terá reintegrar os trabalhados de acordo com a antiguidade e categoria que pertenciam, assim como pagar as retribuições que perderam, acrescidas dos respetivos subsídios de férias e Natal, diuturnidades e subsídio de alimentação, tudo acrescido de juros de mora”

O sindicato deu também conta de que, de acordo com a sentença, “a empresa terá de pagar os danos patrimoniais sofridos pelos trabalhadores, por se terem privado de auferir as gratificações que receberiam não fosse o despedimento, estabelecendo uma indemnização de 15 mil euros por cada um”.

Contactado pela agência Lusa, Francisco Figueiredo, responsável do Sindicato dos Trabalhadores da Industria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, explicou que a sentença ainda é passível de recurso por parte da Varzim Sol, mas deixou um desejo.

“É natural que a empresa possa recorrer, mas a questão que se coloca é se o vai fazer mantendo os trabalhadores em casa, ou se vai recorrer aceitando a integração dos trabalhadores? Esperamos que, mesmo recorrendo, reintegre os trabalhadores”, disse o sindicalista.

Francisco Figueiredo considerou, ainda assim, que esta primeira sentença “é uma vitória para os trabalhadores e para o sindicato que lutaram todos estes anos”, apontando que “nem os peritos ouvidos em tribunal encontraram motivos para este despedimento”.

8 Jan 2019

Morreu o escritor britânico John Burningham

[dropcap]O[/dropcap] autor britânico John Burningham, que ficou conhecido por ter escrito e ilustrado dezenas de livros para crianças, morreu na sexta-feira aos 82 anos em consequência de uma pneumonia, foi ontem anunciado.

Formado em ilustração e design gráfico, John Burningham estreou-se na literatura para crianças em 1963 quando publicou um livro sobre Borka, um ganso que nasceu sem penas, com o qual recebeu o prémio Kate Greenaway Medal, o primeiro de várias distinções ao longo da vida.

Em 1970 voltaria a receber a mesma distinção com “Mr. Gumpy’s outing”, uma das obras mais conhecidas do autor, inédita no mercado português. O mais recente reconhecimento foi em 2018, com a atribuição de um prémio de carreira a John Burningham e à mulher e autora Helen Oxenbury.

Em Portugal estão publicados apenas alguns títulos do autor: “Aldo”, “A prenda de natal de Henrique Semprespera” e “Vai chegar um bebé”, o único que fez com Helen Oxenbury.

Citada pelo jornal The Guardian, Francesca Dow, da editora Penguin Random House, recordou John Burningham como um “verdadeiro pioneiro do livro ilustrado e um inesgotável e inventivo criador de histórias”. “Nunca falou com superioridade com as crianças, sempre as tratou com o maior respeito”.

8 Jan 2019

Qualidade do ar na China melhorou em 2018, dizem dados oficiais

[dropcap]A[/dropcap] qualidade do ar melhorou na China, em 2018, segundo um relatório divulgado hoje pelo ministério da Ecologia e Meio Ambiente, que compila os dados recolhidos em 338 cidades do país. Entre as áreas abrangidas pelo estudo, 79,3% dos dias registaram níveis “bons” de qualidade do ar, num acréscimo homólogo de 1,3% e que se enquadra na meta definida pelo Governo chinês.

Na área composta pelos municípios de Pequim e Tianjin e a província de Hebei, uma das mais poluídas do país, a percentagem de dias com boa qualidade de ar fixou-se em 50,5%, o que supõe um aumento de 1,2%, face ao ano anterior.

A densidade das partículas PM 2.5 – as mais finas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões – caiu 11,8%, em termos homólogos, para uma média de 60 microgramas por metro cúbico. O nível máximo de concentração recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 25 microgramas por metro cúbico.

As cidades de Harbin e Changchun, capitais das províncias de Heilongjiang e Jilin, respectivamente, no nordeste do país, foram as que registaram maior melhoria da qualidade do ar, em 2018, segundo o relatório, que não avança com detalhes.

A China anunciou, no ano passado, um novo plano de acção para reduzir a poluição atmosférica, ao longo dos próximos três anos. O objectivo é reduzir as emissões de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogénio em mais de 15%, em comparação com 2015, e que cerca de 300 das cidades abrangidas tenham 80% dos dias com bons níveis de qualidade do ar.

8 Jan 2019

Comboio usado pelo líder da Coreia do Norte chegou hoje a Pequim

[dropcap]U[/dropcap]m comboio de três carruagens e do modelo habitualmente usado pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, chegou esta manhã a Pequim, após Pyongyang ter anunciado uma visita de quatro dias à China.

O comboio parou na Estação Norte de Pequim, cuja plataforma estava cheia de elementos da polícia e tropas paramilitares, descreve a agência Associated Press. Não foi confirmado, até agora, se Kim viajou naquele comboio, mas ambos os países confirmaram já a visita do líder norte-coreano à China, a quarta no espaço de um ano.

Kim deverá ser transportado para a Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai, em Pequim, acompanhado de uma guarda de honra militar.

Na segunda-feira foi noticiado que um comboio especial norte-coreano entrou na China, aumentando as especulações sobre uma eventual visita a Pequim do dirigente norte-coreano, que foi mais tarde confirmada.

8 Jan 2019

Milionário japonês bate recorde de partilhas na rede social Twitter em três dias

[dropcap]U[/dropcap]ma publicação no Twitter do milionário japonês Yusaku Maezawa, na qual prometia dinheiro aos seus seguidores, tornou-se na mais difundida na história daquela rede social, depois de ultrapassar, em três dias, as 5,6 milhões de partilhas.

O empresário japonês, fundador e director-executivo da ZozoTown, uma plataforma de vendas online de artigos de moda, a maior do Japão, superou o recorde anterior obtido pelo norte-americano Carter Wilkerson, que atingiu as 3,5 milhões de partilhas em Abril de 2017.

“Darei um milhão de ienes a 100 pessoas em dinheiro”, escreveu Maezawa na sua publicação, pedindo-lhes que seguissem a sua conta e partilhassem a mensagem entre 5 e 7 de Janeiro. O milionário passou do meio milhão para 6,1 milhões de seguidores, algo que provocou críticas de vários utilizadores da rede social que o acusam de comprar seguidores.

No entanto, na sua mensagem, Maezawa disse que ofereceu o dinheiro como um gesto de “gratidão” aos consumidores pelos bons resultados de vendas obtidos pela ZozoTown em 2018. O milionário seleccionou os 100 vencedores hoje, como explicou em várias publicações na sua conta.

Em Setembro do ano passado, o director-executivo japonês atraiu a atenção mundial após ser escolhido pela empresa aeroespacial SpaceX, fundada pelo também milionário Elon Musk, para se tornar no primeiro turista espacial em 2023.

Segundo a revista Forbes, Maezawa é o 18.º homem mais rico do Japão, com uma fortuna avaliada em 2.700 milhões de dólares.

8 Jan 2019

Tribunal de Zhuhai condena activista pelos direitos humanos a dois anos de prisão

[dropcap]U[/dropcap]m tribunal chinês condenou o activista pelos direitos humanos Zhen Jianghua a dois anos de prisão por “incitar à subversão contra o poder do Estado”, informou ontem a organização não-governamental Amnistia Internacional (AI). O Tribunal Popular Intermédio da cidade de Zhuhai proferiu a sentença no final do mês passado.

Os julgamentos de activistas na China decorrem muitas vezes durante o período de Natal e Ano Novo, quando muitos diplomatas ocidentais e jornalistas se encontram de férias. Zhen, que tem uma década de experiência a trabalhar com comunidades marginalizadas do país asiático, é o fundador do portal “Human Rights Campaign in China”.

A AI informou ainda que o julgamento do activista de 33 anos decorreu à porta fechada, “o que gera sérias dúvidas sobre o seu direito a um julgamento justo”. Segundo a organização, Zhen foi condenado “apenas por exercer o seu direito à liberdade de expressão e associação”.

O activista lançou ainda uma campanha contra a censura na China e apoiou a educação e conscientização sobre o vírus da Sida. Zhen foi detido em 1 de Setembro de 2017 e posteriormente mantido num local secreto. Em 28 de Março foi formalmente acusado de “incitar a subversão contra o Estado”.

Aquele crime é frequentemente usado pela justiça chinesa contra dissidentes, activistas e advogados dos direitos humanos. Durante a actual liderança do actual Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo de académicos, advogados e jornalistas, segundo organizações não-governamentais.

8 Jan 2019

Hong Kong escolhe defensor do diálogo China-Vaticano como bispo

[dropcap]O[/dropcap] líder da diocese católica de Hong Kong, o cardeal já reformado John Tong, será o administrador interino da Igreja no território, bloqueando desta forma a sucessão do bispo mais importante, crítico de Pequim. O anúncio foi feito ontem pela diocese, depois da morte do bispo Michael Yeung na semana passada.

A Santa Sé está disponível para uma reaproximação a Pequim, mas o bispo Joseph Ha é considerado demasiado directo para ser aceite como sucessor. O cardeal Tong, no entanto, tem defendido o diálogo entre a China e o Vaticano.

Alguns bispos de Hong Kong, como Ha, são forças morais politicamente activas, defendendo frequentemente a luta pró-democracia numa diocese com mais de 500.000 católicos. Tong, de 79 anos deixou o cargo de chefe da diocese em 2017.

8 Jan 2019

Festival Fringe arranca esta sexta-feira com espectáculos para todos os gostos

[dropcap]O[/dropcap] 18º Festival Fringe da Cidade de Macau, organizado pelo Instituto Cultural, arranca já esta sexta-feira e prolonga-se até ao próximo dia 27 deste mês. A inauguração terá lugar no pelas 19:30 horas, no Edifício do Antigo Tribunal.

Na altura, será apresentado o “18.º supermercado do Fringe”, sendo que à noite o espectáculo Sigma, produzido pelo grupo Gandini Juggling e pela coreógrafa premiada Seeta Patel, ambos do Reino Unido sobe ao palco mostrando, segundo o comunicado da organização, geometrias virtuosas através de circo e dança clássica indiana. Os bilhetes disponíveis para alguns espectáculos do festival já são limitados, adverte ainda a organização.

Da mescla de espectáculos constam também Conjunto de Música Urbana Interactiva com instalações artísticas e orquestra ao ar livre que mostra uma instalação com desenhos de diferentes instrumentos musicais para o público tocar. Janelas Efémeras – Arte Urbana nos Terraços usa papel de arroz para mostrar a arte de rua não agressiva, convidando as pessoas a trocar pontos de vista e a participar, mudando a fisionomia da cidade através da arte. Flash Mob – Phubber Drama irá apanhar phubbers em paragens de autocarro numa actividade interactiva com o público.

O programa do Fringe apresenta ainda outros espectáculos, como The Icebook, apresentado por artistas também provenientes do Reino Unido, Davy e Kristin McGuire, com o primeiro livro pop-up do mundo em vídeo mapping.

Em Sê Meu Velho Amigo, produzido pela companhia local Dream Theater Association, através de objectos de estimação, velhos amigos contam-nos histórias pessoais, lembrando os dias de Macau do antigamente; na leitura de teatro ao ar livre Sonia, escrita pelo dramaturgo local Ma Wai In e encenada por Ku Ieng Un, o público vai ouvir uma história que, dando vida a personagens não-humanas, reproduz a realidade; já o espectáculo Peixe-dourado, apresentado por Four Dimension Spatial de Macau e pela Companhia de Dança Moderna de Changde, revela as memórias ocultas de tabus emocionais sob a lógica do sonho, informa a organização.

O Festival Fringe realiza ainda 10 actividades de extensão, incluindo workshops, palestras, crítica artística e sessões de partilha. Os bilhetes para os espectáculos estão disponíveis na Bilheteira Online de Macau.

8 Jan 2019

Troca ilegal de dinheiro acaba em burla

[dropcap]A[/dropcap] polícia deteve um homem de 29 anos, do Interior da China, que enganou uma mulher, que trocava dinheiro de forma ilegal.

O caso aconteceu no passado sábado, quando o homem e um parceiro abordaram uma mulher para fazer uma troca. Os dois pretendiam comprar 178 mil yuans e em troca pagavam 200 mil dólares de Hong Kong. Como a mulher concordou com o preço, recebeu o dinheiro e enviou por transferência bancária o montante 178 mil yuans.

Contudo, mais tarde, a mulher do Interior da China reparou que as notas eram falsificadas e foi às autoridades apresentar queixa. Ontem, a polícia conseguiu deter um dos sujeitos envolvidos no crime, mas o outro ainda se encontra em fuga.

8 Jan 2019

Violência doméstica | Wong Kit Cheng quer seguimento de casos “ligeiros”

[dropcap]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng diz que a redução no número dos casos de violência doméstica que tem sido registada se deve essencialmente ao facto de se tratarem de casos graves, sendo que entende que os casos ligeiros não têm diminuído.

Neste sentido, a deputada apela ao Governo e às instituições de apoio às vítimas que estejam mais atentas a este tipo de situações e criem um mecanismo de seguimento.

De acordo com o Jornal do Cidadão, Wong Kit Cheng afirma que em geral as vítimas recorrem à ajuda das instituições sociais para lidar com a questão de violência doméstica, no entanto, com base nos pedidos de ajuda recebidos e nas informações prestadas pelo Instituto de Acção Social (IAS) os casos de violência doméstica ligeira não mostram uma redução significativa o que exige mecanismos próprios para que não se venham a transformar em casos mais graves.

8 Jan 2019

Exportações para a China isentas de taxas alcançaram 95,7 milhões de patacas em 2018

[dropcap]A[/dropcap]s exportações de mercadorias com isenção de taxas aduaneiras de Macau para a China atingiram 95,7 milhões de patacas em 2018, traduzindo um aumento anual na ordem de um milhão de patacas.

De acordo com dados publicados no portal do CEPA — Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Interior da China e Macau –, sob alçada da Direcção dos Serviços de Economia, Abril figurou como o melhor mês, com o registo de 12,4 milhões de patacas; enquanto Fevereiro o pior, com 5,8 milhões de patacas.

Desde Janeiro de 2004 até Dezembro de 2018, o valor acumulado das exportações de mercadorias com isenção de direitos aduaneiros atingiu 957,5 milhões de patacas.

No plano do comércio de serviços, foram emitidos 631 certificados de prestador de serviços de Macau, quase metade dos quais relativos a serviços de transporte (agenciamento de carga/logística/conservação/armazenamento) ao longo do mesmo período.

O CEPA tem como objectivo “promover a prosperidade e o desenvolvimento comum do Interior da China e da Região Administrativa Especial e reforçar a cooperação mútua económica e comercial”, estabelecendo “um relacionamento semelhante a parceiros de comércio livre, num país com duas regiões aduaneiras autónomas” (Macau e Hong Kong). Desde a entrada em vigor do acordo, em Janeiro de 2004, têm vindo a ser assinados diversos suplementos, com vista ao alargamento das áreas, produtos e serviços.

8 Jan 2019

Pereira Coutinho defende mais campanhas de alerta sobre respeito a polícias

[dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho defende a necessidade do Executivo fazer mais campanhas para alertar as pessoas sobre a necessidade de respeitarem os agentes da polícia e de cumprir as leis do trânsito.

É este o conteúdo de uma interpelação escrita do deputado, que reagiu desta forma ao caso do agente que disparou um tiro para o ar, à entrada do casino Galaxy. O legislador considera que é preciso fazer mais para que os cidadãos respeitem os agentes da autoridade do território.

Ao HM, Coutinho disse ainda que a interpelação aborda a entrada de 35 milhões de visitantes em Macau e questiona se há capacidade para receber um número tão elevado.

8 Jan 2019

Taiwan | Chui Sai On diz que Macau quer contribuir para a “reunificação pacífica”

[dropcap]O[/dropcap] chefe do Governo de Macau, Chui Sai On, afirmou ontem que o território deve incentivar o desenvolvimento das relações entre Pequim e Taiwan, no sentido de contribuir para a “reunificação pacífica” da China.

“A cidade tem de cumprir o desejo de Xi Jinping [Presidente chinês]”, declarou Chui Sai On, numa palestra por ocasião dos 40 anos da ‘Mensagem aos Compatriotas de Taiwan’, que reuniu diversos sectores sociais, de acordo com um comunicado.

Neste sentido, o chefe do Governo de Macau afirmou que a região administrativa especial chinesa vai empenhar-se na cooperação comercial com Taiwan influenciar “o sucesso da concretização do princípio ‘Um País, Dois Sistemas'”.

“Os resultados reflectem que este princípio consegue garantir a defesa de ‘um só país’ e a exploração de benefícios do segundo sistema”, ou seja, a China apoia Macau “ao mesmo tempo que o território mantém um alto grau de autonomia e vantagens geográficas”, defendeu Chui.

Por último, o governante fez uma retrospectiva das relações entre Macau e Taiwan, ressaltando os intercâmbios nas mais diversas áreas, e garantiu que o território vai continuar a “desempenhar o seu papel de ponte e a fazer o intercâmbio entre os dois lados do estreito”.

8 Jan 2019