Banca | Empréstimos ao sector privado perto de 1 bilião de patacas

[dropcap]O[/dropcap]s empréstimos concedidos pela banca ao sector privado atingiram 997,4 mil milhões de patacas em Novembro, indicam estatísticas publicadas na sexta-feira pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Os empréstimos internos foram de 496 mil milhões (+9,9% em termos anuais), enquanto os ao exterior alcançaram 501,5 mil milhões. Os depósitos também aumentaram em praticamente toda a linha.

Os dos residentes atingiram 617,0 mil milhões, reflectindo um aumento de 7,5 por cento face a igual período do ano passado, enquanto os dos não residentes diminuíram 8,3 por cento, fixando-se em 230,3 mil milhões.

Os depósitos do sector público, por seu turno, registaram um pulo de 24,5 por cento para 230,2 mil milhões de patacas, elevando o total dos o total dos depósitos da actividade bancária para 1,07 biliões.

7 Jan 2019

Advogados | 35 inscritos para exame final do curso de estágio

[dropcap]A[/dropcap]s provas orais do exame final do curso de estágio de advocacia arrancam amanhã, prolongando-se até ao próximo dia 24, informou a Associação dos Advogados de Macau (AAM), em comunicado divulgado na sexta-feira.

Encontram-se inscritos 35 candidatos, sendo a realização das provas aberta ao público.

7 Jan 2019

Empréstimos ilegais | Song Pek Lei lança alerta

[dropcap]A[/dropcap] deputada Song Pek Kei, ligada ao empresário Chan Meng Kam, quer saber que medidas que estão a ser tomadas pelo Executivo para combater o fenómeno dos empréstimos ilegais.

A legisladora mostra-se preocupada com a prática, que no passado ocorria principalmente nos casinos, mas que agora se torna mais comum na vida da população. A nível de exemplo, Song Pek Kei aponta que há cada vez mais anúncios de empréstimos ilegais em candeeiros, paragens de autocarros e em paredes de edifícios.

Ao mesmo tempo, Song acusa a prática de estar ligada a vários cidadãos do Interior da China, e questiona o Executivo sobre os mecanismos disponíveis para lidar com casos que têm origem no outro lado da fronteira.

7 Jan 2019

Portuguesa grava música em clarinete para novo filme co-produzido por Brad Pitt

[dropcap]O[/dropcap] novo filme coproduzido pelo norte-americano Brad Pitt, “The Last Black Man in San Francisco”, tem a participação musical da portuguesa Virginia Costa Figueiredo, disse à Lusa a clarinetista radicada em Los Angeles. A professora doutorada em clarinete gravou a música para o filme, que será apresentado no festival Sundance a 26 de Janeiro.

A oportunidade surgiu como fruto do “networking com músicos e compositores” que é fomentado pela forte presença da indústria cinematográfica em Los Angeles, explicou Virginia Costa Figueiredo, que reside na cidade californiana há 16 anos.

Com realização de Joe Talbot, “The Last Black Man in San Francisco” é produzido por Brad Pitt, Jeremy Kleiner e Dede Gardner, voltando a reunir os produtores responsáveis por “Moonlight”, vencedor do Óscar para Melhor Filme em 2017. É inspirado na história verdadeira de Jimmie Fails e conta ainda com os actores Jonathan Majors, Danny Glover, Thora Birch e Mike Epps.

“Los Angeles é uma cidade com uma indústria muito ativa para músicos freelancers”, afirmou a portuguesa, referindo que “há muito trabalho que não se encontra noutros sítios” e isso tem-se refletido nas oportunidades. A clarinetista trabalha com empresas que “empregam músicos especificamente para fazer esse tipo de trabalho” e pretende aumentar esta componente da sua carreira.

No ano passado, gravou música para outros filmes, incluindo “Hator” de Ziyi Zheng e o filme ‘anime’ japonês “Circus Sam”, além de várias séries documentais.

O dinamismo da indústria também a levou a participar no novo álbum de Alan Parsons, o primeiro desde 2004 e que será lançado no início deste ano. Em 2018, Virginia Figueiredo trabalhou ainda num álbum de Chance the Rapper.

A artista prepara-se para lançar um álbum próprio no final de Janeiro, “Intuición”, executado em clarinete e piano e inspirado em música folclórica da América Latina.

Outro projecto que está em curso é a criação de um livro de instrução para alunos do ensino básico baseado em música popular portuguesa, “que é uma coisa que nunca foi feita”. Neste momento, Virginia Figueiredo está a recolher as músicas “para depois transcrever como exercícios de aprendizagem de clarinete”, tendo como alvo alunos nas escolas de Portugal e do Brasil.

Aos 39 anos, a artista portuguesa é professora na Pierce College, Cerritos College e Moorpark College e toca com a companhia Pacific Opera Project, cuja temporada vai começar em Fevereiro.

Virginia Figueiredo é presença regular nos eventos da comunidade portuguesa na Califórnia, em especial quando há performances musicais envolvidas, mas refere que existe pouco “networking de portugueses”, comparado com o que é feito noutras comunidades de imigrantes.

É um problema que deriva do menor número de portugueses e luso-descendentes e que agudiza as diferenças entre a sociedade americana e a portuguesa, que assume “uma atitude muito diferente em relação a família e amigos”, já que os americanos “são muito independentes” e têm “uma existência um bocado solitária”.

A clarinetista, que chegou a Los Angeles em 2003 como bolseira de Mestrado pela Gulbenkian, não põe de parte um regresso a Portugal “com a oportunidade certa”, mas refere que até agora “não surgiu nada que tivesse funcionado”.

Virginia Figueiredo acabou por ser “a primeira pessoa portuguesa a obter um doutoramento em clarinete”, na UCLA (University of California, Los Angeles), e ficou porque “há mais oportunidades, definitivamente”.

6 Jan 2019

França | Presidente garante justiça face a “extrema violência” em dia de recorde de “coletes amarelos”

[dropcap]O[/dropcap] presidente francês, Emmanuel Mácron, garantiu ontem que a “justiça será feita” face à “extrema violência” contra a República num sábado que registou, em todo o país, o número recorde de 50 mil “coletes amarelos”.

Na rede social Twitter, o governante notou como “mais uma vez, uma extrema violência atacou a República – os seus guardiões, os seus representantes, os seus símbolos”, depois de manifestantes terem tentado forçar a entrada em vários ministérios, em Paris.

“Os que cometem estes actos esquecem o coração do nosso pacto cívico. Justiça será feita”, garantiu Macron, apelando a que todos voltem ao caminho de promoção do debate e do diálogo.

O denominado VIII acto dos “coletes amarelos”, em França, contou ontem com 50 mil participantes, passando a deter o recorde de manifestantes, que têm exigido alterações nas políticas e causado inúmeros distúrbios.

O ‘pico’ dos protestos tinha sido registado no sábado passado, com 32 mil pessoas, segundo os números oficiais do ministério francês do Interior, que desdramatizou os dados.

“Cinquenta mil são um pouco mais do que uma pessoa por comuna em França. Essa é a realidade do movimento dos “coletes amarelos” hoje. Pode-se ver que não é um movimento representativo em França”, disse o ministro do Interior, Christophe Castaner, que também condenou os confrontos que surgiram à margem das manifestações.

O anterior balanço, feito pelas 15h00 locais, referia 25 mil pessoas em toda a França, segundo a polícia. A autarquia de Paris referiu que um total de 101 pessoas foram detidas em Paris e 103 interrogadas pela polícia.

Na capital francesa, o porta-voz do Governo francês, Benjamin Griveaux, foi retirado do seu gabinete, em Paris, depois de uma violenta entrada com uma retroescavadora no edifício localizado na rua de Grenelle.

Os confrontos entre as forças de segurança e manifestantes, nesta oitava mobilização repetiram-se por várias cidades francesas, como nas localizadas a Oeste: Ruão, Caen e Nantes, enquanto em Rennes um grupo destruiu uma porta de acesso à autarquia.

Para sudoeste no mapa do país, cerca de 4.600 “coletes amarelos” marcharam nas ruas de Bordéus, onde o nível de mobilização se mantém alto e mais uma vez se repetiram confrontos entre manifestantes e forças da ordem.

Com a chegada da noite, a polícia interveio e deteve várias pessoas, havendo o registo de várias montras partidas. O Governo francês acusou na sexta-feira o movimento dos “coletes amarelos” de estar a ser instrumentalizado por grupos de agitadores que pretendem derrubar o executivo.

6 Jan 2019

Sobe para 126 número de mortos nas Filipinas devido a tempestade

[dropcap]P[/dropcap]elo menos 126 pessoas morreram nas Filipinas na sequência da tempestade tropical que atingiu o país no final de Dezembro, anunciaram as autoridades em novo balanço.

De acordo com o relatório hoje divulgado, a maioria das vítimas perdeu a vida em deslizamentos de terra. A tempestade tropical Usman, que atingiu as ilhas centrais e orientais do arquipélago em 29 de Dezembro, também provocou inundações. O balanço anterior apontava para 85 mortos e 20 desaparecidos.

Segundo as autoridades, mais de 100 pessoas morreram na região montanhosa de Bicol, ao sudeste de Manila. “Em apenas dois dias, a tempestade Usman despejou o equivalente a mais de um mês de chuva na região de Bicol”, disse à agência France-Presse (AFP) Edgar Posadas, porta-voz da agência de gestão de desastres naturais. Há, ainda, 152.000 deslocados e 75 feridos.

A tempestade tropical entrou nas Filipinas pelo Pacífico e atingiu o continente no dia 29 de Dezembro, causando inundações, deslizamentos de terra e provocando falhas de electricidade um pouco por todo o país.

Usman não chegou a ser classificada de tufão, o que, de acordo com as autoridades filipinas, fez com que as pessoas “ficassem demasiado confiantes”.

Em meados de Setembro, no norte do país, mais de 80 pessoas morreram e outras 70 foram dadas como desaparecidas na sequência do tufão Mangkhut, que deixou um rasto de destruição em vários países no Pacífico.

As Filipinas são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões, que causam centenas de mortes e agravam ainda mais a pobreza que atinge milhões de pessoas.

6 Jan 2019

Academia Portuguesa da História recebe 12 novos membros na próxima semana

[dropcap]A[/dropcap] Academia Portuguesa de História (APH) recebe na próxima quarta-feira, em sessão solene, 12 novos académicos, entre eles, Pedro Santana Lopes, como “académico honorário”, divulgou ontem a instituição.

À sessão, no Palácio dos Lilases em Lisboa, assiste a ministra da Cultura, Graça Fonseca, e além do ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Pedro Santana Lopes, como “académicos honorários” passam também a fazer parte António Miguel Forjaz Pacheco Trigueiros, José Alarcão Troni, José Bouza Serrano e Fernando Baptista.

António Miguel Forjaz Pacheco Trigueiros é autor, entre outras obras, de “A Viagem das Insígnias (a história inédita da Real Ordem da Torre e Espada de Dom João VI)”, José Augusto Perestrello de Alarcão Troni dirige a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o embaixador José de Bouza Serrano editou no ano passado “As Famílias Reais dos Nossos Dias”, e Fernando Paulo do Carmo Baptista é professor e investigador do Instituto Piaget, em Viseu.

Entre os 12 novos membros da APH estão também, como “académicos de mérito”, o bispo de Leiria-Fátima, António dos Santos Marto, o catedrático jubilado da Universidade de Évora Manuel Ferreira Patrício e o investigador Vasco da Cruz Soares Mantas.

Como “académicos correspondentes” passam a fazer parte da APH João Eurípedes Franklin Leal, da Universidade Federal de Espírito Santo, no Brasil, e Emanuel d’Able do Amaral, abade-presidente do Capítulo Geral da Congregação Beneditina do Brasil e membro da Academia de Letras da Bahia.

Também como “académicos correspondentes” entram a escritora italiana Rosa Nicloletta Tomasone, que preside ao Centro Culturale L. Einaudi, e o diplomata espanhol Jaime de Ferrá y Gisbert.

Nesta mesma cerimónia os académicos correspondentes Sérgio Campos Matos e Fernando Taveira da Fonseca passam, respetivamente, a “académico de número” e a “académico de mérito”.

Até Abril próximo a APH prevê a realização 11 sessões, a iniciar no próximo dia 16, e uma de recepção ao académico honorário Juan Rodríguez Ibarra, no dia 30 de Março.

Juan Rodríguez Ibarra foi presidente do governo da região autónoma espanhola da Extremadura, de 1983 a 2007.

As sessões da APH abrem com o historiador José Eduardo Franco, que fez parte da equipa coordenadora da publicação da Obra Completa do padre António Vieira, e que falará sobre “Fernando Augusto da Silva, um pioneiro da construção de um saber enciclopédico regionalizante. Nos 600 anos do descobrimento oficial do arquipélago da Madeira”.

Dos palestrantes do primeiro quadriénio deste ano, entre outros, fazem ainda parte, Luís Manuel Araújo, que falará sobre “O ‘Livro dos Mortos’ do Antigo Egipto e a sua presença em objectos de colecções portuguesas”, no dia 14 de Fevereiro, Maria Manuela Tavares Ribeiro, que apresentará a conferência “1919 – A Questão das nacionalidades”, e Fernando Taveira da Fonseca, que, no dia 3 de Abril, abordará as origens da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra.

A APH foi fundada em 1720 por João V e restaurada em 1936, sendo actualmente presidida pela historiadora Manuela Mendonça.

Até Dezembro último contava com 447 académicos, dos quais, 93 de mérito, 79 honorários, 30 portugueses de número e 11 académicos de número brasileiros, para além de quatro “académicos beneméritos” e 230 “académicos correspondentes”. Com a entrada destes novos académicos a APH passa a contabilizar 459 académicos.

6 Jan 2019

Lançadas biografias de figuras portuguesas escritas por romancistas

[dropcap]A[/dropcap] editora Contraponto apresentou na sexta-feira uma nova colecção de biografias de “Grandes Figuras da Cultura Portuguesa” contemporâneas, que começa com Amália Rodrigues, Manoel de Oliveira, Natália Correia, Agustina Bessa-Luís, Herberto Helder e José Cardoso Pires.

Trata-se de um projecto extenso no tempo, que arranca agora com as primeiras seis biografias, a serem apresentadas numa cerimónia na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, com a presença dos autores, quase todos ficcionistas, e da ministra da Cultura, anunciou a editora.

Este projecto editorial irá permitir “conhecer em profundidade personalidades extraordinárias dos séculos XX e XXI”, como Agustina Bessa-Luís, Herberto Helder, José Cardoso Pires, Natália Correia, Manoel de Oliveira e Amália Rodrigues, as seis primeiras “grandes figuras” da coleção, que se estenderá a outras personalidades, ao longo dos próximos anos.

Para escrever estas biografias, o editor da Contraponto convidou maioritariamente escritores, pois não quer que estas obras “sejam meros repositórios de factos por ordem cronológica”, mas sim obras que os leitores tenham “prazer ao lê-las”.

A excepção é o sociólogo João Pedro George, autor da biografia de Luiz Pacheco, que agora assina o volume dedicado ao poeta Herberto Helder (1930-2015).

A primeira biografia é dedicada a Agustina Bessa-Luís (nascida em 1922) e é de autoria de Isabel Rio Novo, enquanto Filipa Melo ficou com a responsabilidade de biografar a fadista Amália Rodrigues (1920-1999).

Bruno Vieira Amaral escreve a biografia do escritor José Cardoso Pires (1925-1998), Paulo José Miranda, colaborador do HM, vai ser responsável pela biografia do cineasta Manoel de Oliveira (1908-2015) e Filipa Martins a da poetisa Natália Correia (1923-1993).

6 Jan 2019

Huawei sanciona dois funcionários que utilizaram iPhone em publicação no Twitter

[dropcap]A[/dropcap] gigante chinesa das telecomunicações Huawei sancionou dois funcionários por terem utilizado um iPhone para desejar um bom ano novo numa publicação na conta oficial da rede social Twitter da empresa, noticiou um portal online chinês.

Numa nota interna, a Huawei informou que irá despromover um dos funcionários e reduzir o seu salário, enquanto o segundo não poderá ser promovido este ano.

Embora a publicação, que indicava “via Twitter para o iPhone”, ter sido eliminado, não impediu a sua circulação nas redes sociais através de partilhas.

O erro, como explica a nota interna da Huawei, ocorreu na empresa subsidiária de marketing Sapient.

A equipa desta empresa não conseguiu ligar-se à rede privada VPN virtual – um mecanismo usado na China para contornar a censura cibernética que bloqueia páginas como Twitter, Facebook ou Google -, obrigando os funcionários a utilizarem os seus telemóveis com recurso a um cartão SIM de Hong Kong, que lhes permite aceder a essas páginas bloqueadas em território chinês.

6 Jan 2019

Inundações e cortes de energia no sul da Tailândia à passagem da tempestade Pabuk

[dropcap]C[/dropcap]erca de 30.000 pessoas abrigaram-se em centros de evacuação no sul da Tailândia, na sequência das inundações e interrupções de energia causadas pela passagem da tempestade Pabuk, que poupou as ilhas mais turísticas do Golfo.

Pabuk, a primeira tempestade tropical a atingir esta região do país fora da estação das monções, em quase 30 anos, causou ventos fortes de até 75 quilómetros por hora (km/h), ondas de três a cinco metros de altura e chuvas torrenciais.

De acordo com o Centro Meteorológico Tailandês, a tempestade enfraqueceu ontem para depressão tropical, ao mover-se para o mar de Andaman, onde se localizam as estâncias turísticas de Krabi e Phuket, anunciou o Centro Meteorológico Tailandês.

Na sexta-feira, o ‘olho’ da tempestade evitou por pouco Koh Samui, Koh Phangan e Koh Tao, no Golfo da Tailândia, ilhas populares entre os turistas nesta altura do ano.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), centenas de turistas permaneciam esta manhã retidos naquelas ilhas, depois de voos e serviços de ‘ferry’ terem sido suspensos na sexta-feira. Três aeroportos regionais devem reabrir durante o dia.

“Alguns [turistas] deles devem partir hoje [ontem] após a reabertura do aeroporto e a retomada dos serviço de ferry”, disse à AFP o chefe do distrito de Koh Samui, Kittipop Roddon.

“Em Samui, não há vítimas a registar” e, quanto aos danos, “apenas algumas casas foram parcialmente danificadas pelo vento”, acrescentou.

Por sua vez, o chefe do distrito de Koh Phangan garantiu que “os 10.000 turistas que permaneceram na ilha estão seguros”. Os ventos fortes causaram apenas “danos menores”, detalhou Krikkkkrai Songthanee.

No continente, devido à queda de árvores e postes de eletricidade, mais de 200.000 famílias ficaram privadas de electricidade em quatro províncias, incluindo Nakon Si Thammarat e Surat Thani.

“A energia ainda não foi restabelecida em cerca de 30.000 casas”, indicou o Departamento de Prevenção e Mitigação de Desastres.

As autoridades não avançaram ainda um relatório final sobre o número de vítimas. Pelo menos um pescador da província de Pattani, perto da fronteira com a Malásia, morreu na sexta-feira de manhã, ao ser atingido por ondas de vários metros quando regressava ao porto. Outro membro da tripulação continua desaparecido.

6 Jan 2019

Atum rabilho vendido em Tóquio por mais de 300 milhões de ienes

[dropcap]U[/dropcap]m atum rabilho foi ontem vendido no Japão por um preço recorde de 333,6 milhões de ienes no tradicional leilão de Ano Novo realizado no mercado de peixe de Tóquio, o maior do mundo.

A venda histórica teve lugar no primeiro leilão realizado nas novas instalações do famoso mercado, transferido no final do ano passado de Tsujiki para Toyosu, uma ilha artificial na baía da capital.

O preço deste atum rabilho, com 278 quilos e capturado ao largo da costa de Aomori (norte), é o mais alto registado no mercado central de abastecimento em Tóquio desde 1999, data desde a qual há registos.

O atum foi licitado pelo presidente da cadeia de restaurantes Sushizanmai, Kiyoshi Kimura, que detinha desde 2013 o anterior recorde oferecido por aquela espécie, 155,4 milhões de ienes.

Para o governador de Tóquio, Yuriko Koike, o resultado deste leilão representa um “tremendo empurrão” para o novo mercado de Toyosu.

Em 2001, o Governo da área metropolitana de Tóquio decidiu transferir Tsukiji, que abriu em 1935 no bairro de Chuo, para as margens do rio Sumida, na ilha artificial de Toyosu, dada a necessidade de maior área comercial.

No entanto, o facto de terem sido detectados vestígios de substâncias tóxicas no solo da nova superfície – onde estava localizada uma fábrica de gás – atrasou a mudança do mercado de peixe. A mudança foi finalmente concluída 17 anos depois, em Outubro de 2018.

6 Jan 2019

Bielorrussa Aryna Sabalenka conquista torneio de ténis de Shenzhen

[dropcap]A[/dropcap] jovem tenista bielorrussa Aryna Sabalenka, de 20 anos, conquistou ontem o terceiro torneio WTA da sua carreira, ao bater na final de Shenzhen, na China, a norte-americana Alison Riske.

Sabalenka, 13.ª jogadora mundial e primeira cabeça de série, superiorizou-se a Riske, 62.ª, em três ‘sets’, pelos parciais de 4-6, 7-6 (7-2) e 6-3, em duas horas e 11 minutos.

As duas jogadoras também disputaram ontem as meias-finais, com Sabalenka a superar a anfitriã Wang Yafan, 70.ª da tabela WTA, por 6-2 e 6-1 e Riske a beneficiar do abandono da russa Vera Zvonareva, 109.ª, quando vencia por 6-0 e 1-0.

6 Jan 2019

Novo chefe do Pentágono define a China como prioridade

[dropcap]O[/dropcap] novo secretário americano da Defesa, Patrick Shanahan, definiu nesta quarta-feira a China como uma das suas prioridades, no seu primeiro dia à frente do Pentágono. Shanahan exortou o pessoal do Departamento que chefia a se concentrar na Estratégia de Defesa Nacional, que se adapta a uma nova era de “grande luta de poder” com a Rússia e a China.

“Enquanto nos concentramos nas operações em curso, o secretário Shanahan pediu à equipa que se recordasse da China, China, China”, disse um funcionário do Departamento da Defesa.

Washington acusa Pequim de realizar práticas de espionagem militar e económica e qualificou de coerção económica a iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota. “Em 2019, a Estratégia de Defesa Nacional continua a ser o nosso guia. A fortaleza militar americana continua a ser nosso objectivo”, declarou Shanahan na sua mensagem de Ano Novo no Twitter.

O novo chefe do Pentágono assistiu nesta quarta-feira a uma reunião do gabinete americano, a primeira do presidente Donald Trump em 2019, segundo o funcionário do Departamento de Defesa. Shanahan assumiu o cargo dia 1 de Janeiro, depois do general Jim Mattis se ter demitido por desavenças com o presidente Donald Trump.

Shanahan, pouco conhecido para pessoas alheias ao mundo dos negócios e dos círculos de Washington, chega à frente da pasta da Defesa num período de mudanças provocadas pela imprevisível política externa de Trump. Aos 56 anos, nunca serviu o Exército e passou a maior parte da carreira no sector privado, no fabricante de aviões Boeing.

Shanahan deverá dirigir a retirada dos 2000 soldados americanos da Síria, uma saída parcial de tropas do Afeganistão e gerir o impacto destas decisões nos dois países, tanto para as populações locais quanto para os aliados dos Estados Unidos.

4 Jan 2019

“Jack, o Estripador” chinês foi executado

[dropcap]O[/dropcap] assassino em série responsável pela morte de 11 mulheres e raparigas entre 1988 e 2002, Gao Chengyong, foi executado depois de ser condenado à morte em Março do ano passado.

Como escreve a BBC, Chengyong seguia as suas vítimas até casa antes de roubá-las, violá-las e matá-las, cortando-lhes a garganta e mutilando os corpos. Por seguir este modus operandi, a imprensa chinesa começou a apelidá-lo de “Jack, o Estripador”, nome pelo qual foi conhecido o assassino em série que aterrorizou Londres durante a Era Vitoriana, no final do século XIX.

Casado e com dois filhos, o homem de 53 anos foi detido pelas autoridades em 2016 na sua mercearia na cidade de Baiyin, província de Gansu, depois do seu ADN ter sido identificado nos locais dos crimes.

O primeiro assassinato terá decorrido em Maio de 1988, quando uma mulher de 23 anos foi encontrada morta em Baiyin com 26 facadas no corpo. Seguiram-se outros homicídios de características semelhantes, tanto na forma de matar como no perfil das vítimas, raparigas novas, que vestiam vermelho quando foram mortas. A mais nova tinha oito anos.

Segundo os relatos na imprensa chinesa, as notícias sobre os assassinatos terão causado uma onda de pânico em Baiyin, levando a que muitas mulheres deixassem de sair de casa sozinhas.

4 Jan 2019

Uma solução recíproca para a disputa comercial entre os EUA e a China

Por  SHANG-JIN WEI*

[dropcap]P[/dropcap]ara muitos aliados dos Estados Unidos, as falhas na guerra comercial do presidente Donald Trump com a China – que está suspensa durante 90 dias após o encontro entre Xi e Trump na Argentina – estão na estratégia, não na motivação. De facto, a Europa e o Japão partilham muitas das queixas de Trump. O que eles não reconhecem é que também há muito que eles podem fazer para tornar o sistema de comércio global – e as suas relações com a China – mais justo e mais eficiente.

É certo que a China precisa de tomar medidas para reformar as suas políticas. Para começar, as tarifas e as barreiras não-tarifárias da China são mais altas do que as dos EUA e de outros países de elevado rendimento (embora não mais altas do que as da maioria dos países em desenvolvimento com níveis de rendimento comparáveis). E há muitas restrições para as empresas estrangeiras que desejam operar na China, incluindo limites na propriedade estrangeira de empresas nacionais.

Reduzir as barreiras ao mercado chinês beneficiaria não só os produtores estrangeiros, mas também as famílias e empresas chinesas que utilizam peças importadas. A liberalização comercial funcionaria como um corte nos impostos, aumentando os rendimentos e melhorando a eficiência, sem exigir que o governo aumentasse o défice orçamental. A passada liberalização comercial da China, após a sua adesão à Organização Mundial do Comércio há 17 anos, indica que uma medida semelhante não levaria a um aumento do desemprego, desde que o mercado de trabalho chinês permaneça suficientemente flexível.

A China também faria bem em responder a outra queixa crucial, reforçando a protecção da propriedade intelectual. O governo chinês alega que abandonou a política de exigir às multinacionais estrangeiras que partilhem a sua PI em troca de acesso ao mercado, há duas décadas. Mas as câmaras do comércio dos EUA e da Europa na China dizem que as práticas são efectivamente diferentes.

No passado, quando a própria capacidade inovadora da China era fraca, uma protecção mais forte da PI significaria meramente mais rendas para as empresas estrangeiras. Hoje, no entanto, à medida que as empresas chinesas estão a desenvolver a sua própria PI valiosa, e a sua presença global tornou-se maior, mais forte e recíproca. As protecções da PI beneficiariam tanto as empresas chinesas como as empresas estrangeiras.

A China também deveria reformar os seus programas de subsídios e o seu regime de políticas industriais. A maioria dos países utiliza impostos e subsídios para promover determinadas actividades económicas. Ainda assim, a proporção de programas governamentais que criam distorções e ineficiências, em vez de lidarem com as falhas do mercado, é maior na China do que nos países de elevado rendimento.

Tais políticas incluem subsídios que favorecem as empresas públicas em detrimento das empresas privadas, levando ao desperdício e perda de produtividade. A fim de nivelar o campo de jogo entre as empresas chinesas e as empresas estrangeiras, os programas governamentais deveriam ser submetidos a uma análise mais sistemática de custo-benefício.

Mas para que o comércio global seja realmente justo, as economias avançadas – e, em particular, os EUA – também precisam de fazer algumas mudanças. Na verdade, as barreiras desses países aos bens e investimentos chineses não são tão baixas como comummente se julga.

Nos EUA, por exemplo, as tarifas sobre muitas importações de têxteis e vestuário, das quais a China tem sido o produtor mais eficiente do mundo, estão na faixa dos 20%, muito acima da taxa média americana. Aumentar ainda mais as tarifas efectivas que as empresas chinesas enfrentam é um regime anti-dumping que é frequentemente utilizado como um instrumento de proteccionismo, com regras que são tendenciosas contra os produtores chineses. A tarifa média dos EUA subestima seriamente as tarifas reais aplicadas aos produtos chineses.

Da mesma forma, os acordos de livre comércio dos EUA têm desviado artificialmente a procura dos EUA de produtores chineses mais eficientes, para empresas menos eficazes em termos de custo em países como o México. Apesar da palavra “livre” no nome, os acordos de livre comércio não são verdadeiramente sobre um comércio mais livre, pois eles discriminam empresas em países fora dos ALC em favor de empresas algumas vezes menos eficientes nos países participantes. Esse efeito – que não é suficientemente limitado pelas regras existentes da Organização Mundial do Comércio – enfraquece a atribuição eficiente de recursos e prejudica não apenas os trabalhadores em países fora de um ALC, mas também, em muitos casos, famílias com baixos rendimentos que aí residem.

Além disso, o regime dos EUA que rege o investimento estrangeiro nem sempre é justo, previsível ou transparente. Quando se trata de rotular um investimento proposto como sendo uma ameaça à segurança nacional, os critérios parecem muito discricionários.

Segundo os advogados norte-americanos com quem falei, que fornecem aconselhamento sobre fusões e aquisições transfronteiriças, uma vez que os processos de triagem nos EUA para acordos que envolvem investidores chineses podem enfrentar longos e imprevisíveis atrasos, as empresas chinesas muitas vezes têm de pagar 15% extra para tornarem as suas propostas viáveis. Dessa forma, o regime de investimento estrangeiro dos EUA, efectivamente, expropria as empresas chinesas que desejam investir nos EUA.

As políticas ineficientes ou geradoras de distorções raramente são simples erros. Como regra, elas atendem aos interesses dos grupos de interesses especiais poderosos e bem organizados que provavelmente resistem a qualquer mudança. Mas se a China e os EUA conseguirem um grande negócio sobre um pacote de mudanças políticas que reduzam ou eliminem as distorções em ambos os lados, a resistência interna pode ser mais fácil de superar.

Essa cooperação poderia ser alargada para ajudar a conseguir um acordo nas reformas da OMC que apoiariam ainda mais a equidade no sistema global. Por exemplo, as regras anti-dumping poderiam ser melhor harmonizadas com as regras anti-monopólio nacionais e poderiam ser criados ou reforçados regulamentos para minimizar os efeitos discriminatórios dos ALC e para evitar que os governos utilizem subsídios nas empresas públicas para contornar as regras da OMC.

Uma estratégia assim tão equilibrada e recíproca ajudaria a aliviar as tensões sobre o comércio e o investimento transfronteiriços. Igualmente importante, fortaleceria a justiça e a eficiência nas duas maiores economias do mundo – uma mudança que beneficiaria não apenas os EUA e a China, mas todo o mundo.

© Project Syndicate

www.project-syndicate.org

* ex-economista-chefe do Asian Development Bank, Professor de Chinese Business and Economy e Professor de Finance and Economics na Universidade de Columbia.

 

 

4 Jan 2019

Índia | Kerala em greve contra a entrada de mulheres em templo

[dropcap]V[/dropcap] árias localidades do estado de Kerala, no sul da Índia, estavam ontem em greve para protestar contra a entrada de duas mulheres no templo hindu de Sabarimala, prosseguindo as manifestações de quarta-feira que já causaram um morto. Na madrugada de quarta-feira, duas mulheres com menos de 50 anos entraram pela primeira vez naquele santuário, escoltadas por vários polícias, depois do Supremo Tribunal anular, em Outubro, a proibição de entrada imposta às mulheres entre os dez e os 50 anos.

Tradicionalistas hindus manifestaram-se imediatamente contra a entrada das mulheres em idade fértil no templo hindu, levando a polícia indiana a utilizar gás lacrimogéneo, granadas atordoadoras e canhões de água para deter os manifestantes.

De acordo com a agência de notícias Efe, que cita uma fonte policial que pediu para não ser identificada, as manifestações violentas em pelo menos três distritos do estado de Kerala causaram já a morte de um militante do partido nacionalista hindu BJP, do primeiro-ministro Narendra Modi.

Em conferência de imprensa, o chefe do governo de Kerala, Pinarayi Vijayan, afirmou que os protestantes já destruíram sete veículos da polícia, 79 autocarros e atacaram 39 membros das forças de segurança e de órgãos de comunicação social, principalmente mulheres.

“Há muita violência em todo o estado”, lamentou Pinarayi Vijayan, defendendo que o governo tem a responsabilidade de implementar a decisão histórica do Supremo Tribunal.

A maioria dos templos hindus não autoriza a entrada de mulheres durante o período menstrual, mas Sabarimala era um dos raros a proibir a sua entrada entre a puberdade e a menopausa.

4 Jan 2019

Tailândia | Milhares de turistas deixam ilhas na aproximação de tempestade

[dropcap]M[/dropcap]ilhares de turistas começaram a sair de várias ilhas no golfo da Tailândia à aproximação da tempestade tropical Pabuk, que deverá causar fortes chuvas, ventos e ondas de pelo menos cinco metros, anunciaram ontem as autoridades. Da ilha de Koh Phangan, uma das mais turísticas do país, as ligações marítimas para os restantes destinos no golfo tailandês foram suspensas às 12:30, prevendo-se que reabram no sábado à tarde, disse uma das empresas gestora de serviços de ‘ferry’, Songserm. Já depois da passagem do ano, entre 30 e 50 mil pessoas deixaram Koh Phangan, afirmou à agência de notícias France-Presse (AFP) o chefe do distrito, Krikkkrai Songthanee.

Apesar de as autoridades não terem emitido qualquer ordem de retirada, milhares de turistas começaram a sair na quarta-feira, antecipando o impacto da tempestade, que deverá atingir as ilhas de Koh Samui, Koh Phangnan e Koh Tao hoje, sexta-feira à noite.

“Muitos turistas saíram, mas houve também muita gente que preferiu ficar, especialmente os residentes locais, que ficaram quase todos”, disse um funcionário de uma unidade hoteleira de Koh Phangnan, Guilherme Toyosato. De acordo com o brasileiro, os que ficaram estão a prevenir-se com o abastecimento de bens essenciais.

Também em Koh Samui, as autoridades anunciaram que estão a preparar abrigos para aqueles que decidiram não partir. Pabuk, a primeira tempestade tropical a atingir esta zona do país fora da estação das monções, em quase 30 anos, não deverá evoluir para um tufão, indicaram meteorologistas.

“Esperamos ondas com cinco a sete metros, perto do coração da tempestade. Normalmente, no golfo da Tailândia, há apenas ondas de dois metros de altura”, disse o director do Centro Meteorológico da Tailândia, num comunicado à imprensa.

“É difícil prever a gravidade da tempestade, pelo que as pessoas devem seguir as recomendações das autoridades”, acrescentou.

Pabuk, nome de um peixe-gato gigante existente no Laos, deverá causar fortes chuvas noutros destinos turísticos no mar de Andaman, como Krabi, e nas províncias vizinhas da Malásia, Pattani, Narathiwat e Yala.

4 Jan 2019

Alto funcionário da diplomacia norte-coreana fugiu e está escondido em Itália

[dropcap]U[/dropcap]m alto funcionário da diplomacia norte-coreana destacado em Itália fugiu e está agora escondido, disse ontem um parlamentar sul-coreano, após uma reunião à porta fechada com funcionários dos serviços de informação sul-coreanos. “A missão do embaixador interino Jo Song Gil deveria terminar no final de Novembro. Fugiu do complexo diplomático no início de Novembro” com a sua mulher, declarou aos jornalistas Kim Min-ki.

Este encontro entre os serviços de informação e deputados da Coreia do Sul aconteceu após o diário sul-coreano JoongAng Ilbo publicar que Jo Song Gil havia pedido asilo com a sua família num país ocidental. O embaixador “pediu asilo no início do mês passado”, diz uma fonte diplomática citada pelo jornal. Segundo a mesma fonte, este caso está a ser uma dor de cabeça para as autoridades italianas, que, no entanto, “estão a protegê-lo num lugar seguro”.

Esta deserção faz lembrar a realizada pelo ex-número dois da embaixada norte-coreana na Grã-Bretanha, Thae Yong-Ho, um dos mais altos diplomatas da Coreia do Norte, que desertou nos últimos anos.

Jo, de 48 anos, exercia o cargo interinamente desde Outubro de 2017, quando a Itália pediu ao embaixador da Coreia do Norte, Mun Jong-Nam, que ainda não estava totalmente credenciado, que deixasse o país em protesto contra o lançamento de mísseis e testes nucleares conduzidos por Pyongyang.

A Itália é uma das missões importantes da rede diplomática norte-coreana, uma vez que lida especialmente com as relações entre Pyongyang e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), sediada em Roma. A Coreia do Norte enfrenta regularmente escassez severa de alimentos.

Jo é “conhecido como sendo o filho, ou um genro de um dos mais altos responsáveis do regime de Pyongyang”, publicou o JoongAng Ilbo, citando um especialista não identificado.

As autoridades norte-coreanas obrigam a maioria dos diplomatas norte-coreanos a deixar os membros da família, muitas vezes crianças, no país, com o objectivo de desencorajá-los a desertar quando são enviados para o exterior.

Jo Song Gil, no entanto, chegou a Roma em Maio de 2015 com a sua esposa e filhos, sugerindo que poderia ser de uma família privilegiada, segundo o jornal, observando que as razões precisas para a sua deserção não são ainda conhecidas. Na época de sua deserção, Thae Yong-Ho justificou a sua atitude com o desejo de oferecer um futuro melhor para seus três filhos.

 

4 Jan 2019

Comboios de alta velocidade sem condutores para Olimpíadas de Inverno

[dropcap]A[/dropcap] China está a desenvolver um sistema que permite controlar remotamente comboios de alta velocidade, abdicando de condutores, e que se estreará durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, informou hoje a imprensa oficial.

O sistema permite que o comboio arranque, circule e pare com precisão nas estações ferroviárias, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

As autoridades esperam que os comboios entrem em funcionamento na linha de quase 200 quilómetros, que liga Pequim a Zhangjiakou, o local onde se realizam os Jogos Olímpicos de Inverno, na província de Hebei.

Um sistema semelhante está já em funcionamento na província de Guangdong, sudeste do país, com comboios interurbanos, que alcançam 200 quilómetros por hora.

Mas os comboios que ligarão Pequim a Zhangjiakou vão deslocar-se a uma velocidade de 350 quilómetros por hora.

Este ano, a China planeia expandir a sua malha ferroviária de alta velocidade em 3.200 quilómetros, para um total de 30.000 quilómetros, anunciou na quarta-feira Lu Dongfu, o diretor-geral da China Railway, entidade que opera as ferrovias do país.

A primeira linha chinesa de alta velocidade – um troço de 117 quilómetros entre Pequim e Tianjin – começou a funcionar em 2008, quando a capital chinesa organizou os Jogos Olímpicos, 28 anos depois do nascimento do TGV francês.

E quando o Japão lançou o seu “comboio-bala”, em 1964, a China era um país pobre e isolado, mergulhado em constantes “campanhas políticas” e empenhada em “aprofundar a luta de classes”.

Em 2012, o país inaugurou a linha de alta velocidade mais extensa do mundo, com 2.298 quilómetros, que liga Pequim a Cantão.

Hoje, a malha ferroviária de alta velocidade da China compõe dois terços do total do mundo.

Durante a última dinastia imperial (1644-1911), o governo chinês começou por se opor ao caminho-de-ferro e só em 1881 autorizou a construção da primeira via-férrea.

O acelerado desenvolvimento da rede chinesa de alta velocidade ficou também marcado por um grave acidente, que matou 40 pessoas, no verão de 2011.

 

 

4 Jan 2019

IIM | Tese sobre ensino superior após transição distinguida com prémio

[dropcap]L[/dropcap]ai Chi Ian foi um dos investigadores distinguido pelo Instituto Internacional de Macau (IIM) para o Prémio Jovem Investigador 2018, que será entregue no próximo dia 31. A tese de Lai Chi Ian versa sobre o ensino superior após o período da transição de soberania, e intitula-se “The Impacts of Colonial Transition on the Development of Higher Education in Macau, with reference to Hong Kong”.

O IIM decidiu atribuir o mesmo prémio a um outro investigador, de nome Cheong Iok Kei, por ter desenvolvido o trabalho de investigação “Parenting stress, parental self-efficacy, social support and the quality of life with Macao SEN’s parent”. Ambos os prémios foram atribuídos na área das ciências sociais, sendo que o júri decidiu não atribuir o prémio relativo às ciências aplicadas.

De acordo com um comunicado do IIM, o prémio em questão “tem por objectivo incentivar jovens estudantes, professores, recém-licenciados e criativos a investigação e ao aprofundamento dos estudos visando o desenvolvimento da RAEM, essencialmente nos sectores estratégicos da economia e da diversificação, do património e da identidade, das ciências aplicadas, e da História de Macau”.

O concurso “foi muito concorrido”, uma vez que foram entregues 27 trabalhos de investigação a concurso, analisados pelos professores universitários Mok Kai Meng e Chan Ka Wai.

O prémio tem o apoio da Fundação Macau e um valor pecuniário de 25 mil patacas. Este é atribuído desde 2001 e “pretende estimular uma maior participação das novas gerações, destinado a diversificar a intervenção social, criar oportunidades e expandir o âmbito do conhecimento”.

4 Jan 2019

Agnes Lam e Joey Lao distinguidos com prémio da Fundação Macau

[dropcap]A[/dropcap] deputada Agnes Lam, também investigadora e docente na Universidade de Macau (UM) viu o seu trabalho distinguido na quinta edição do Prémio de Estudos de Ciências Humanas e Sociais de Macau, uma organização conjunta da Fundação Macau, Social Sciences in China Press e Guangdong Social Sciences Association.

O trabalho premiado versa sobre a história da imprensa chinesa e intitula-se “The Beginning of the Modern Chinese Press History – Macao Press History 1557-1840”. Dentro do grupo dos prémios que ficaram em primeiro lugar, ao nível das monografias, foi também distinguido o trabalho de Tong Kai Jian, intitulado “A Touch of Alienation in the Celestial Empire – Western Civilization in Macau, XVI-XIX Centuries”.

Ainda no primeiro lugar, mas no grupo de tese, foram escolhidos quatro trabalhos, dois deles em língua portuguesa. Hao Yufan escreveu a tese com o nome “’Aberta’ e ‘Fechada’ da Embaixada dos EUA em Macau em meados do século XIX”, enquanto que Kuo Hio Meng fez o trabalho “Ao encontro de uma tradição educativa da língua chinesa própria de Macau”.

Ambos os grupos foram distinguidos com prémios de excelência que variam entre 10 a 50 mil patacas. No total, foram entregues 321 trabalhos a concurso, “o que representa um aumento de dez por cento face ao ano anterior”, com um maior número de trabalhos produzidos em inglês. O processo culminou com uma selecção de 56 trabalhos.

Em nome da economia

Joey Lao, deputado nomeado pelo Chefe do Executivo e também professor universitário da UM, ganhou um prémio de excelência com os investigadores Ng Sin I e Lou Kun Teak. O trabalho de investigação tem como nome “Estudo sobre a Utilização e a Exploração adequada das Áreas Marítimas sob a jurisdição da RAEM na Perspectiva do Desenvolvimento Sustentável da Economia e Sociedade”.

Outro trabalho universitário distinguido faz referência à problemática dos terrenos e da Lei de Terras e é da autoria de Dong Hao, tendo como nome “Terreno arrendado pela RAEM: um modelo inovador do regime jurídico da cooperação regional”.

Sonny Lo e Eric Chong, de Hong Kong, também foram distinguidos pelo trabalho “Casino interests, Fujian Tongxianghui and Electoral Politics in Macao”.

4 Jan 2019

Presidente chinês felicita Bolsonaro e pede respeito por “interesses fundamentais”

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou o novo homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, apelando ao respeito pelos “interesses fundamentais” dos dois países, numa carta citada pela imprensa estatal e entregue por um enviado de Pequim.

Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Xi afirmou que, como dois grandes países em desenvolvimento e importantes mercados emergentes, a China e o Brasil têm “a responsabilidade” de melhorar as suas economias, preservar a paz mundial e promover o desenvolvimento.

O chefe de Estado chinês enalteceu ainda as afirmações de Bolsonaro, após vencer as eleições, nas quais assegurou que o Brasil está comprometido em manter os laços com a China, independentemente das diferenças ideológicas. A relação bilateral tem “grandes perspectivas”, escreveu Xi.

A carta do Presidente chinês foi entregue a Bolsonaro por Ji Bingxuan, vice-presidente da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, à margem da tomada de posse do novo presidente brasileiro, na quarta-feira, detalhou a Xinhua.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil e o principal investidor externo no país sul-americano, tendo comprado, nos últimos anos, activos estratégicos nos sectores da energia ou mineração.

Durante a campanha eleitoral, no entanto, Bolsonaro lançou ataques ao investimento oriundo do país asiático.

“A China não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil”, afirmou, advertindo: “Você vai deixar o Brasil na mão do chinês”.

Bolsonaro tem tentando uma aproximação ao presidente norte-americano, Donald Trump, e prometeu já repensar a filiação do país ao BRICS [bloco de grandes economias emergentes, que inclui ainda China, Rússia, Índia e África do Sul], pondo em causa mais de uma década e meia de diplomacia brasileira baseada em alianças com o mundo emergente.

Em Fevereiro, o político de extrema-direita visitou Taiwan, resultando num protesto formal da diplomacia chinesa, que considera a ilha parte do seu território.

3 Jan 2019

Milhares de turistas deixam ilhas na Tailândia à aproximação de tempestade

[dropcap]M[/dropcap]ilhares de turistas começaram a sair de várias ilhas no golfo da Tailândia à aproximação da tempestade tropical Pabuk, que deverá causar fortes chuvas, ventos e ondas de pelo menos cinco metros, anunciaram hoje as autoridades.

Da ilha de Koh Phangan, uma das mais turísticas do país, as ligações marítimas para os restantes destinos no golfo tailandês foram suspensas às 12h30, prevendo-se que reabram no sábado à tarde, disse à Lusa uma das empresas gestora de serviços de ‘ferry’, Songserm.

Já depois da passagem do ano, entre 30 e 50 mil pessoas deixaram Koh Phangan, afirmou à agência de notícias France-Presse (AFP) o chefe do distrito, Krikkkrai Songthanee.

Apesar de as autoridades não terem emitido qualquer ordem de retirada, milhares de turistas começaram a sair na quarta-feira, antecipando o impacto da tempestade, que deverá atingir as ilhas de Koh Samui, Koh Phangnan e Koh Tao na sexta-feira à noite.

“Muitos turistas saíram, mas houve também muita gente que preferiu ficar, especialmente os residentes locais, que ficaram quase todos”, disse à Lusa um funcionário de uma unidade hoteleira de Koh Phangnan, Guilherme Toyosato.

De acordo com o brasileiro, os que ficaram estão a prevenir-se com o abastecimento de bens essenciais.

Também em Koh Samui, as autoridades anunciaram que estão a preparar abrigos para aqueles que decidiram não partir.

Pabuk, a primeira tempestade tropical a atingir esta zona do país fora da estação das monções, em quase 30 anos, não deverá evoluir para um tufão, indicaram meteorologistas.

“Esperamos ondas com cinco a sete metros, perto do coração da tempestade. Normalmente, no golfo da Tailândia, há apenas ondas de dois metros de altura”, disse o diretor do Centro Meteorológico da Tailândia, num comunicado à imprensa.

“É difícil prever a gravidade da tempestade, pelo que as pessoas devem seguir as recomendações das autoridades”, acrescentou.

Pabuk, nome de um peixe-gato gigante existente no Laos, deverá causar fortes chuvas noutros destinos turísticos no mar de Andaman, como Krabi, e nas províncias vizinhas da Malásia, Pattani, Narathiwat e Yala.

3 Jan 2019

China torna-se primeiro país a pousar no lado ‘oculto’ da Lua

A China fez ontem história ao transformar-se no primeiro país a fazer aterrar uma sonda no lado oculto da Lua, assim chamado porque não se vê a partir da Terra, devido ao movimento de rotação. Um grande passo para a Humanidade e para as ambições espaciais de Pequim

 

[dropcap]C[/dropcap]hama-se “Chang’e 4” a protagonista do feito histórico que elevou a China a um novo patamar, quando aterrou no lado mais afastado da Lua, dando novo fulgor aos ambiciosos planos espaciais de Pequim. A sonda, baptizada com o nome da deusa da lua na mitologia chinesa, pousou, na manhã de ontem, no satélite natural da Terra.

Lançada a partir do Centro Especial de Xichang, na província de Sichuan, a 8 de Dezembro, a sonda, que entrou na orbita lunar quatro dias depois, alunou, de forma “suave e precisa”, em Von Kármán, uma zona de planície de 177 quilómetros de diâmetro que assenta sobre uma ampla bacia perto do pólo sul da Lua. O engenho transporta um robô, de 136 quilogramas, ao qual caberá a tarefa de percorrer a cratera.

A Administração Nacional Espacial da China (CNSA, na sigla inglês) fez o engenho aterrar na inexplorada bacia de Aitken, a maior, mais antiga e mais profunda cratera da superfície da Lua. O sucesso da missão gerou, no entanto, uma certa confusão inicial, depois de os ‘media’ estatais como o jornal China Daily e a CGTN terem apagado ‘tweets’ a celebrar a missão, de acordo com a imprensa estrangeira.

A confirmação oficial chegara através da CCTV, duas horas depois, que deu conta de que o engenho tinha tocado terra pelas 10h26, bem como pelo Global Times, jornal em língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês, que destacou que a sonda tinha “efectuado, com sucesso, o seu primeiro pouso suave” no lado oculto da Lua, falando num “marco” para a exploração espacial. Uma imagem enviada através do Twitter pela versão em inglês da CCTV exibiu, pouco depois, o primeiro ‘close-up’ da distante superfície lunar.

Objectivo

A sonda deve conduzir uma série de tarefas, incluindo captar sinais rádio de baixa frequência, normalmente bloqueados pela atmosfera terrestre, testar o crescimento de plantas no ambiente de baixa gravidade e explorar a existência de água e de outros recursos nos pólos, bem como tirar medições detalhadas do terreno e da composição mineral da Lua. Acredita-se que a base Aitken terá sido formada durante uma gigantesca colisão no início da história da Lua que muito provavelmente provocou o lançamento de matéria do seu interior, pelo que “Chang’e 4” pode vir a facultar novas pistas sobre como foi formado o satélite natural. A missão “abriu um novo capítulo na exploração da Lua pelo Homem”, escreveu a agência espacial chinesa no seu portal.

As comunicações entre a sonda e a Terra são possíveis graças a um satélite, denominado de “Queqiao”, posto em órbita em Maio e que funciona como um transmissor “espelho” de informações.

Mais do que uma missão científica

A alunagem foi considerada “um grande êxito” da China, por Malcom Davis, analista sénior em defesa do Instituto de Política Estratégica Australiano. “Há muita geopolítica e astropolítica relativamente a isto, não se trata apenas de uma missão científica. Isto tem tudo a ver com a ascensão da China como superpotência”, afirmou, citado pelo Guardian. “Há muito entusiasmo em torno do programa espacial e muito nacionalismo na China, pelo que vêem o papel da China no Espaço como parte fundamental da sua ascensão”, sustentou ao mesmo jornal.

Para Malcom Davis, o feito pode “provocar os americanos”, que podem não ficar agradados com a ideia de que a próxima pessoa a pisar a Lua seja um ‘taikonauta’, como são oficialmente designados os astronautas chineses. “Imagino que venhamos a assistir ao anúncio dos chineses da intenção de enviar ‘taikonautas’ para a Lua em 2030”, complementou o especialista.

Os americanos já saudaram os chineses pela conquista, com o administrador da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), Jim Brindestine, a deixar uma mensagem no Twitter. “Parabéns à equipa da Chang’e-4, da China, pelo que aparenta ser uma aterragem bem-sucedida no lado extremo da Lua. Esta é uma estreia para a humanidade e um feito impressionante!”, escreveu. Já um porta-voz da Agência Espacial Australiana declinou comentar a missão, limitando-se apenas a congratular a China pelo sucesso e a desejar-lhe o melhor.

Apesar de, em 2013, a China ter conseguido o feito de fazer aterrar uma sonda espacial na lua pela primeira vez – numa proeza apenas realizada até então pela antiga União Soviética e pelos Estados Unidos –, a nova missão da agência espacial chinesa foi a primeira a enviar uma sonda e um veículo robotizado para o chamado lado ‘oculto’ da lua, o hemisfério lunar que não pode ser visualizado a partir da Terra.

“Esta missão espacial mostra que a China alcançou o nível avançado de classe mundial na exploração do Espaço profundo”, afirmou Zhu Menghua, professor na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla em inglês), que tem trabalhado de perto com a agência espacial chinesa. “Nós, chineses, fizemos algo que os americanos não se atreveram a tentar”, enfatizou, citado pelo New York Times.

De facto, naves espaciais recolheram imagens do lado oculto da Lua há décadas, mas nunca nenhum engenho lá havia pousado, apesar de pelo menos uma tentativa falhada, pelo que este avanço marca mais um passo na sua ambição de se transformar numa potência líder na exploração espacial ao lado dos Estados Unidos e da Rússia.

“Trata-se de um grande feito tanto técnico como simbólico”, observou, por seu turno, Namrata Goswami, um analista independente que escreve sobre Espaço para o Departamento de Defesa do Instituto de Investigação Minerva, em declarações reproduzidas pelo NYT. “A China vê a aterragem como apenas um ponto de partida, já que também vê a sua futura missão lunar tripulada, dado que o seu objectivo a longo prazo passa por colonizar a Lua e usar a sua vasta fonte de recursos energéticos”, apontou. Para o especialista, no futuro, o lugar em causa pode tornar-se mesmo uma base para reabastecimento para missões de exploração do Espaço mais profundas.

“A China está ansiosa por entrar nos livros de recordes com as suas conquistas espaciais”, afirmou Joan Johnson-Freese, especialista no programa espacial chinês. “As probabilidades de a próxima voz de uma transmissão da Lua falar em mandarim são elevadas”, sublinhou a professora na US Naval War College, citada pela CNN.

Ambições variadas

As ambições extraterrestres da China são motivadas por múltiplos factores, incluindo o desejo de domínio militar do Espaço, defendeu Malcom Davis. Outras motivações têm que ver com o acesso à vasta riqueza de recursos oferecida pela Lua e pelos asteróides, em particular Helium-3, que se acredita que exista em abundância na Lua, apontou. “A China tem sido muito clara no seu entendimento relativamente a isto. Eles têm comparado a Lua ao Mar do Sul da China e a Taiwan e os asteróides ao Mar da China Oriental. Eles estão a fazer uma comparação geopolítica muito evidente com o que se está a passar no Espaço e precisamos de prestar atenção a isso”, sustentou.

Em 2020, a China planeia enviar a sonda Chang’e 5, com o objectivo final de regressar à Terra com amostras de matéria recolhida na Lua. A verificar-se será a primeira missão deste género desde 1976.
Até agora, o país realizou também cinco missões tripuladas, a primeira em 2003 e a mais recente em 2013, enviando para o espaço dez astronautas (oito homens e duas mulheres).

A primeira tentativa da China de entrar na corrida espacial foi no final dos anos 1950, como resposta ao lançamento do Sputnik 1 – o primeiro satélite em órbita – pela União Soviética.

Mao Zedong ordenou então a construção e envio do primeiro satélite chinês, antes de 1 de Outubro de 1959, por altura do 10.º aniversário da fundação da República Popular. A iniciativa acabou por falhar devido à inexperiência do país em tecnologia aeroespacial. No entanto, em Abril de 1970, em plena Revolução Cultural, uma radical campanha política de massas lançada por Mao, a China concluiu com êxito o lançamento do seu primeiro satélite para o espaço, o “Dong Fang Hong” (“O Leste é Vermelho”).

3 Jan 2019