Hoje Macau EventosCulinária | Tertuliano de Senna Fernandes premiado [dropcap]T[/dropcap]ertuliano de Senna Fernandes foi distinguido como embaixador de gastronomia no sul da China, segundo um comunicado enviado ontem à comunicação social. A distinção é o resultado do concurso “King of Gastronomy in South of China” organizado pela Estação de televisão de Zhujiang e pelo Comité de Cantão. Foi há 14 anos que o ‘Chef’ Tertuliano de Senna Fernandes começou a fazer formações na área da gastronomia na República Popular da China, tendo trabalhado no continente e, posteriormente, em Macau. “A sua notoriedade levou a que começasse a ser convidado a participar em vários eventos tornando-se cada vez mais conhecido no meio, com a particularidade de ser o único macaense de ascendência portuguesa”, aponta um comunicado. Tertuliano de Senna Fernandes é Presidente da Associação de Gastronomia Internacional de Macau, instituição que se encontra na rede das Cidades Criativas da Ásia.
Hoje Macau SociedadePatrimónio | IC reporta à polícia violação a embargo de obras no Templo de Kun Iam Tong [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) informou ontem a polícia sobre a violação à ordem de embargo às obras levadas a cabo recentemente pelo Templo de Kun Iam Tong. Em comunicado, o IC indica que, após as obras ilegais, o organismo emitiu uma ordem de embargo, a qual o responsável do templo prometeu respeitar rigorosamente, num encontro mantido na quarta-feira. No entanto, após uma inspecção ao local no fim-de-semana, o IC descobriu que as obras continuavam em curso, causando danos no edifício patrimonial. Uma violação que, sublinha, constitui ilícito criminal, pelo que o IC reportou ontem os factos às autoridades. Na mesma nota, o IC reitera que irá acompanhar estritamente o assunto e tomar diligências para efectivar as responsabilidades legais do templo na sequência da violação à ordem de embargo.
Hoje Macau SociedadeGrande Baía | 20 mil residentes de Macau pediram identidade chinesa [dropcap]E[/dropcap]m entrevista à televisão estatal CCTV, Zhang Xiaoming, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado chinês, revelou quase 20 mil residentes de Macau pediram o cartão de identidade chinês, abrindo portas a uma vasta gama de apoios sociais. Em Hong Kong, quase 100 mil residentes pediram o mesmo documento de identificação. A “contabilidade” abrange o período temporal desde que a iniciativa foi lançada em Setembro último. Chen Jining, dirigente autárquico da cidade de Pequim, referiu que foram tratados cerca de 5,9 mil casos de autorização de residência para os residentes de Hong Kong, Macau e Taiwan em 2018 na capital chinesa, e mais de 600 talentos do exterior obtiveram direito à residência permanente na China. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, durante a cerimónia de inauguração da reunião da Assembleia Popular de Pequim, o dirigente adiantou que este ano a cidade vai empenhar-se em disponibilizar mais canais para importar talentos internacionais.
Hoje Macau PolíticaGrande Baía | Vice-PM chinês aponta final de Fevereiro para divulgar planos O vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, revelou que Pequim deu luz verde para a divulgação do plano concreto do projecto da Grande Baía. Os detalhes do programa de integração devem ser conhecidos entre o final de Fevereiro e início de Março [dropcap]“N[/dropcap]enhum detalhe ou assunto, inclusive a protecção ambiental, ficará para trás neste plano que engloba tudo”. As palavras são Han Zheng, vice-primeiro-ministro chinês, citado pelo South China Morning Post. O responsável, que se debruça sobre os assuntos de Macau e Hong Kong, adiantou que foi dada luz verde para divulgação do documento oficial do planeamento do projecto da Grande Baía Guangdong – Hong Kong – Macau. Segundo uma fonte ouvida pelo jornal da região vizinha, a divulgação do plano surge na sequência “extensivas consultas aos Governos locais”. Zhang Xiaoming, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado chinês, adiantou que o ano passado foi marcado pelo “grande progresso” nos trabalhos de planeamento. Em entrevista à televisão estatal CCTV no sábado, Zhang declarou que chegou a altura das autoridades se focarem na implementação das políticas de integração. Para Macau estão destinados papéis bastante familiares ao abrigo da Grande Baía, nomeadamente cumprir a função de cidade de turismo internacional e de plataforma comercial com os países de língua portuguesa. Em relação às outras três principais cidades abrangidas – Hong Kong, Guangzhou e Shenzhen – cabe à outra região administrativa especial a função de centro internacional financeiro e comercial, assim como a missão de manter o estatuto de “hub” de transportes da região. Além disso, Hong Kong será a cidade na Grande Baía com a responsabilidade de assegurar serviços de comércio, finanças e logística para mercados “premium”. Guangzhou ocupará o papel da principal cidade nacional do interior, enquanto Shenzhen terá a seu cargo a inovação tecnológica. Quando e o quê No que diz respeito a datas concretas para a divulgação do plano, o South China Morning Post aponta o dia 21 de Fevereiro como uma possibilidade forte, ou antes das reuniões anuais das mais altas esferas legislativas e consultivas chinesas marcadas para 5 de Março. Os detalhes que se aguardam são fruto da resolução de um mar de problemas técnicos, nomeadamente em questões jurídicas devido às discrepâncias entre os três ordenamentos jurídicos. Como tal, no final de Novembro, Sónia Chan mencionou a cooperação judicial no âmbito da Grande Baía. “Num primeiro passo, queremos fazer uma comunicação entre Guangdong, Hong Kong e Macau em matéria judicial. No futuro, quando for divulgado o planeamento da Grande Baía, e se for necessário o nosso apoio a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça vai proceder à revisão dos regimes em termos de colaboração judiciária”, frisou a secretária para a Administração e Justiça. Independentemente do que ficou firmado entre as regiões administrativas especiais e as cidades de Guangdong, Zhang Xiaoming entende que de acordo com as novas circunstâncias, Hong Kong e Macau vão manter os seus estatutos e posições intactas. Exemplo japonês O projecto da Grande Baía Guangdong – Hong Kong – Macau tem sido inúmeras vezes comparado a Silicon Valley. No entanto, a inspiração para a iniciativa parece estar a oriente, nomeadamente na Área da Baía de Tóquio. Aproveitando o momento de alívio nas tensas relações com o Japão, os principais actores políticos da região preparam uma visita oficial à capital nipónica em Abril. A novidade foi adiantada ao South China Morning Post por Jonathan Choi Koon-shum, presidente da Guangdong – Hong Kong – Macao Bay Area Entrepreneurs Union, que está a preparar um fórum de intercâmbio onde vão participar Chui Sai On, Carrie Lam e Ma Xingrui, Governador da província de Guangdong.
Hoje Macau Sociedade‘Chefs’ de cidades criativas da UNESCO juntos em demonstração culinária em Macau [dropcap]M[/dropcap]acau vai acolher, no próximo fim de semana, uma demonstração culinária ao ar livre protagonizada por mais de 30 ‘chefs’ de 20 cidades criativas da UNESCO, anunciou hoje o Instituto Cultural (IC). O evento é um dos destaques do “Fórum Internacional de Gastronomia”, que se realiza no território entre os dias 19 e 21 de Janeiro, dando a conhecer ao público “as novas gerações de artes culinárias das diferentes geografias”, indicou o IC em comunicado. Enquanto anfitrião, Macau irá realizar cinco demonstrações culinárias, conduzidas por três ‘chefs’ locais. Além de Macau também estarão representadas no evento cidades do interior da China, Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Turquia, Espanha, Noruega, Suécia, Itália, Colômbia, México, Brasil, Panamá e Estados Unidos. As demonstrações têm lugar no próximo sábado e domingo, no espaço Anim’Arte Nam Van. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de Outubro de 2017, tornando-se na terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Após o reconhecimento, foi lançado no início de 2018 o “Ano da Gastronomia de Macau”, uma iniciativa inserida num plano a quatro anos para “forjar uma Cidade Criativa” à boleia da designação recém-atribuída. Realizado pela primeira vez em 2016, quando Macau preparava a candidatura à Rede de Cidades Criativas de Gastronomia da UNESCO, o Fórum Internacional de Gastronomia pretende ser “uma plataforma de relevo para intercâmbio e exploração de iniciativas de colaboração entre Macau, outras Cidades Criativas de Gastronomia, profissionais e académicos do ramo”.
Hoje Macau EventosMiguel Gonçalves Mendes pede ajuda financeira a Macau para acabar filme [dropcap]O[/dropcap] cineasta português Miguel Gonçalves Mendes tem vindo a promover uma campanha de recolha de fundos para concluir o seu mais recente projecto, “Sentido da Vida”, tendo alargado esse pedido de apoio a Macau. “Neste momento, e ao fim de seis anos de filmagens, encontro-me a terminar o filme ‘O Sentido da Vida’, cuja acção também se desenrola em Macau e [aborda] a nossa relação com a lusofonia. Contudo, a nossa situação financeira é tão delicada que criamos uma plataforma de financiamento colectivo para tentar concluir o filme”, escreveu em comunicado. A campanha de recolha de fundos termina a 18 de Fevereiro e visa angariar 350 mil euros (cerca de três milhões de patacas), montante que “permitirá concluir a edição e a pós-produção do filme”. No total, o “Sentido da Vida” custa 1,8 milhões de euros (cerca de 16 mil milhões de patacas). A produtora JumpCut, responsável pelo filme, propõe contrapartidas para aqueles que se disponham a apoiar financeiramente o projecto. “Independentemente do valor escolhido para financiar a obra, todos terão a oportunidade de dar a cara num frame do filme por 10 euros (92 patacas). Para tal, bastará enviar uma foto. Existem ainda contributos especiais para estudantes, com acesso a um workshop leccionado pelo realizador sobre o género documentário biográfico.” “O Sentido da Vida” foca-se na história real de Giovanne Brisotto, “um jovem brasileiro com Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF, vulgarmente conhecida como Paramiloídose ou Doença dos Pezinhos), uma doença incurável, de origem portuguesa, que foi espalhada pelo mundo durante o período das grandes navegações”. No filme, “Giovane dá uma volta ao mundo, de mais de 56 mil quilómetros, desembarcando na Índia e estabelecendo depois a rota que se pensa ter sido a da primeira viagem a disseminar a doença. Segue até Macau e, depois, para o Japão, numa jornada onde ambiciona perceber qual, afinal, ‘O Sentido da Vida’”. Ao mesmo tempo, o filme acompanha sete histórias de oito figuras públicas portuguesas, “estabelecendo uma constelação de personagens que nos faz questionar até que ponto seremos mais parecidos aos heróis que admiramos e qual a diferença entre a imagem pública e privada num mundo em rede e em constante processo de aceleração”. Miguel Gonçalves Mendes realizou o documentário “José e Pilar” sobre José Saramago, tendo este projecto sido produzido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar e Fernando Meirelles. O cineasta português é também autor do documentário sobre o poeta e pintor Mário Cesariny, intitulado “Autografia”.
Hoje Macau EventosBanda portuguesa Xutos & Pontapés cumpriram 40 anos este domingo [dropcap]N[/dropcap]uma madrugada de Janeiro de 1979, e em minutos, apresentou-se pela primeira vez ao vivo uma das mais duradouras bandas rock portuguesas. Os Xutos & Pontapés cumpriram 40 anos no domingo. A data de aniversário serviu para assinalar o nascimento oficial dos Xutos & Pontapés, que aconteceu a 13 de Janeiro de 1979 no salão de baile dos Alunos de Apolo, em Lisboa, numa noite em que tocaram quatro músicas em pouco mais de cinco minutos. Na altura, o grupo, que chegou a chamar-se Delirium Tremens e depois Beijinhos e Parabéns, integrava os jovens Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, influenciados pelo punk-rock que entrava em força na cena musical estrangeira. Quarenta anos depois, o grupo persiste na música portuguesa – já sem Zé Pedro e sem Zé Leonel -, com mais de uma dezena de álbuns e muitas canções que servem de âncora para um clã do rock com milhares de fãs de várias gerações. Para festejar a data redonda, os Xutos & Pontapés editam um novo álbum, “Duro”, que sairá no dia 25, coincidindo com um concerto no espaço Lisboa ao Vivo. A 1 de Fevereiro apresentam-no no Hard Club, no Porto. Este é também o primeiro álbum que Kalú, Tim, João Cabeleira e Gui editam sem o guitarrista Zé Pedro, que morreu em 2017, mas o registo incluirá gravações feitas ainda por este músico. Musicalmente, “Duro” deverá ser de rock mais pesado, como resposta ao registo anterior, “Puro”, de 2014, como contou o baixista e vocalista Tim e o guitarrista João Cabeleira em 2018 à agência Lusa. Aos fãs, a banda explica que o álbum “Duro” é “um legado de perseverança e persistência, de luto e de alegria, de ansiedade e calma”.
Hoje Macau China / ÁsiaEncontrada caixa negra que regista o áudio da cabine do avião que caiu na Indonésia [dropcap]A[/dropcap]s autoridades indonésias anunciaram ontem que localizaram a caixa negra que registra que regista o áudio da cabine do avião da Lion Air, que caiu na Indonésia em Outubro, matando 189 pessoas. “Recebemos a confirmação esta manhã do presidente do Comité Nacional de Segurança nos Transportes”, disse o vice-ministro do Mar, Ridwan Djamaluddin, aos jornalistas. Restos humanos também foram descobertos no mesmo local onde as equipas de investigação encontraram o equipamento que regista o áudio na cabine, acrescentou Djamaluddin. Se caixa negra que registra as conversações entre os pilotos não estiver danificada, poderá fornecer informações adicionais valiosas para os investigadores. Uma das caixas negras, a que colige os dados do voo, foi encontrada pouco depois do acidente que mostrou que o indicador de velocidade do avião havia apresentado defeitos nos últimos quatro voos do avião da Lion Air antes de este cair no Mar de Java. O director do Comité Nacional de Segurança nos Transportes, Soerjanto Tjahjono, indicara já que os sensores do Boeing 737 MAX 8 que calculam o ângulo de ataque registaram uma diferença de 20 graus entre os dois lados do avião durante o voo anterior ao do acidente, entre Denpasar e Jacarta. O ângulo de ataque de um avião é o ângulo que se forma entre a asa e a direcção do ar que incide sobre esta e é um parâmetro que influencia a capacidade do avião em se manter no ar. O voo JT610 da companhia Lion Air caiu no mar 13 minutos depois de descolar de Jacarta com destino a uma ilha vizinha e logo após o piloto pedir para regressar ao aeroporto na capital indonésia, no dia 29 de Outubro.
Hoje Macau EventosBiografia de Leonard Cohen e segundo volume de “Eliete” nas novidades da editora Tinta-da-China [dropcap]U[/dropcap]ma biografia de Leonard Cohen, ilustrada com fotografias e documentos, uma edição fac-similada da revista “Persona”, dedicada a Fernando Pessoa, e a segunda parte do romance “Eliete”, de Dulce Maria Cardoso, marcam as novidades da editora portuguesa Tinta-da-China para este ano. A editora vai lançar uma caixa de colecção, reunindo edições fac-similadas dos 12 números da mítica revista publicada entre 1977 e 1985, dedicada a Fernando Pessoa, que inclui textos de autores como Eugénio de Andrade, Agustina Bessa Luís, Eduardo Prado Coelho, Ana Hatherly, Eduardo Lourenço, Vasco Graça Moura, Jorge de Sena e Mário Cesariny. Esta edição, que é uma parceria com a Casa Fernando Pessoa, inclui ainda um caderno original, com textos de Arnaldo Saraiva e Jerónimo Pizarro. Outra das novidades da Tinta-da-China é o lançamento de “I’m Your Man: A vida de Leonard Cohen”, por Sylvie Simmons, “a monumental biografia, profusamente ilustrada com fotografias e documentos, do músico e poeta de culto desaparecido em 2016”, segundo a editora. A Tinta-da-China vai ainda publicar “Mapas”, de John Freeman, o primeiro livro de poesia deste norte-americano, que foi editor da Granta em língua inglesa durante vários anos e responsável pela revitalização da revista literária. Na Colecção de Poesia dirigida por Pedro Mexia, os destaques da editora vão para “A Musa Irregular – Edição aumentada”, de Fernando Assis Pacheco, que reúne toda a sua produção poética, “Retratos com Erro”, novo livro de Eucanaã Ferraz, considerado um dos maiores poetas contemporâneos da língua portuguesa, publicado imediatamente após a edição brasileira, e “Câmera Lenta e Outros Poemas”, de Marília Garcia, que lhe valeu o Prémio Oceanos 2018 e que estava apenas publicado no Brasil. Na mesma colecção será ainda lançado “Ideas of Order” (no título original), uma das obras seminais de Wallace Stevens, poeta de língua inglesa, traduzido por Pedro Mexia. No que respeita à ficção, a Tinta-da-China prepara-se para publicar a segunda parte da história de Eliete, de Dulce Maria Cardoso, cujo primeiro volume foi lançado em 2018, e uma antologia de contos de Sérgio Sant’Anna, organizada pelo escritor Gustavo Pacheco, a partir dos vários livros do autor, e nunca antes publicada. Outra novidade na área do romance é o início da publicação da obra de Emmanuel Carrère, que se inicia com a reedição, em nova tradução, de “O adversário”, obra que consagrou o autor, a que se seguirá “o monumental” “O Reino”. Durante este ano será também editado um volume de contos do autor catalão que a Tinta-da-china tem vindo a publicar desde 2007, Jaume Cabré, intitulado “Quando a penumbra vem”. Na Colecção Pessoa, dirigida por Jerónimo Pizarro, será publicada a primeira biografia inglesa de Fernando Pessoa, com o título “Fernando Pessoa, the Poet with Many Faces: a biography and anthology”, de Hubert D. Jenings. “Escrito na década de 1970, o livro deveria ter sido impresso em 1974, mas a Revolução dos Cravos interrompeu os planos editoriais. O datiloscrito, encontrado numa garagem em Joanesburgo, na África do Sul, e colocado à guarda da Universidade de Brown (EUA), é agora enfim publicado, numa edição de Carlos Pittella, que selecionou os poemas que compõem a antologia apensa”, explica a Tinta-da-China. Na Coleção de Literatura de Viagens, dirigida por Carlos Vaz Marques, destacam-se “Cinco travessias do inferno”, de Martha Gellhorn, correspondente de guerra, que partilha as suas cinco “melhores viagens de terror”, e “O Uso do Mundo” (título provisório), obra de Nicolas Bouvier, que relata uma viagem de longos meses entre os Balcãs e o Afeganistão, nos anos 50. Ainda no âmbito da literatura de viagens, a editora publicará “Uma Estranha no Comboio” (título provisório), de Jenny Diski, no qual a escritora britânica, nunca antes publicada em Portugal, parte da sua longa viagem de comboio pelos Estados Unidos para contar todo o tipo de episódios insólitos que viveu e encontros que teve com figuras bizarras. Relativamente a ensaios, a Tinta-da-China vai apostar num livro sobre a história da expansão portuguesa “contada às avessas”: não do ponto de vista da metrópole, mas sim do ponto de vista daqueles que partiram e se instalaram nas margens do império português. Intitulado “Filhos da Terra: Identidades mestiças nos confins da expansão portuguesa” é escrito pelo historiador António Hespanha. O outro ensaio a ser publicado é assinado por Fernando Rosas e, sob o título “Salazar e os Fascismos”, debruça-se sobre os fascismos que têm vindo a recair sobre o mundo, examinando e comparando os vários fascismos que grassaram na Europa ao longo do século passado e as ameaças que se fazem sentir no século XXI.
Hoje Macau China / ÁsiaDesmoronamento em mina de carvão na China causa 21 mortos [dropcap]O[/dropcap] número de vítimas mortais após a derrocada do tecto numa mina de carvão na província de Shaanxi, no noroeste da China, subiu de 19 para 21, informaram autoridades citadas pela agência de notícias Xinhua. As equipas de resgate encontraram os corpos dos dois mineiros que permaneciam presos no subsolo. O acidente aconteceu na tarde de sábado na mina de carvão de Lijiagou, na cidade de Shenmu, explorada pela empresa Baiji Mining Co., Ltd. Naquele momento, 87 pessoas estavam a trabalhar no subsolo. As autoridades indicaram que foi aberta uma investigação para apurar a causa do acidente.
Hoje Macau China / ÁsiaCrescimento do comércio externo chinês recua em período de disputas com EUA [dropcap]O[/dropcap] ritmo de crescimento do comércio externo da China desacelerou, em 2018, coincidindo com outros indicadores negativos da economia chinesa, numa altura de crescentes disputas comerciais com Washington e de queda na procura global. Segundo dados das alfândegas da China hoje divulgados, as exportações subiram 7,1%, depois de terem aumentado 7,9%, em 2017. As importações avançaram 12,9%, após um aumento de 15,9%, no ano anterior. A desaceleração pressiona Pequim a resolver as disputas comerciais com os Estados Unidos, suscitadas pelas ambições do país asiático para o sector tecnológico. O ritmo de crescimento das exportações da China para os EUA não recuaram até ao final de 2018, apesar de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter aumentado as taxas alfandegárias sobre cerca de metade das importações oriundas da China. Analistas consideram, no entanto, que as encomendas devem cair drasticamente a partir deste ano.
Hoje Macau China / ÁsiaCompanhia aérea vendeu por erro bilhetes de Portugal para Hong Kong por cerca de mil dólares [dropcap]A[/dropcap] companhia aérea de Hong Kong Cathay Pacific vendeu voos entre Portugal e a região administrativa especial, em primeira classe, por cerca de mil dólares, repetindo um erro de sistema que já tinha acontecido há duas semanas. A escala do voo era em Londres. “Estamos à procura da causa deste incidente tanto interna como externamente com os nossos vendedores”, disse um porta-voz da empresa ao jornal da China. Os clientes que conseguiram esta tarifa – cerca de dez vezes abaixo do normal – são “um número muito pequeno de pessoas”, afirmou a mesma fonte. Na noite de Ano Novo, dezenas de viajantes também compraram bilhetes a preços muito baixos entre o Vietname e a América do Norte. A empresa teve um ano de 2018 difícil, com perdas de 33 milhões de dólares no primeiro semestre, já que enfrenta uma concorrência cada vez maior das empresas chinesas, com preços agressivos. A Cathay também foi vítima de um gigantesco caso de violação de dados, admitindo no final de Outubro que 9,4 milhões de passageiros foram atingidos. Os piratas informáticos acederam a dados pessoais, como datas de nascimento, números de telefone e passaportes.
Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | Despedido funcionário detido na Polónia por espionagem [dropcap]O[/dropcap] gigante de telecomunicações Huawei despediu o seu funcionário chinês detido na Polónia por suspeita espionagem, num comunicado citado pelo Global Times. O grupo explicou que “decidiu rescindir imediatamente o contrato com Wang Weijing” uma vez que “este incidente teve efeitos nefastos sobre a reputação mundial da Huawei” e disse que respeita as leis dos países em que opera. “A Huawei sempre respeitou as leis e regulamentos em vigor no país onde está localizada (…) e exige que todos os funcionários cumpram as leis e regulamentos do país”, afirmou o grupo chinês, no comunicado, em que acrescentou que Wang Weijing foi preso por “motivos pessoais”, sem mais detalhes. Segundo informações prestadas na sexta-feira pelas autoridades polacas, um empresário chinês e um outro polaco, ambos funcionários de “uma grande empresa de electrónica”, foram detidos, na terça-feira, por acusação de espionagem a favor do governo chinês, podendo enfrentar uma pena até dez anos de prisão. Os média polacos e chineses apontaram então os dois empresários como sendo funcionários da Huawei. Uma fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou a “grande preocupação” com este caso e diz que já pediu ao governo polaco um “tratamento justo, de acordo com a lei, e a protecção efectiva” do empresário.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai facilitar acesso de turistas estrangeiros ao Tibete [dropcap]A[/dropcap] China vai facilitar o acesso dos turistas estrangeiros ao Tibete, visando aumentar em 50% as visitas à Região Autónoma, enquanto o acesso por diplomatas e correspondentes continuará a ser limitado, informou a televisão estatal CCTV. As autoridades pretendem reduzir para metade o tempo que demora a emissão da autorização necessária para turistas estrangeiros entrarem na região, um processo que demora, actualmente, pelo menos 15 dias, revelou o presidente do governo regional, Qi Zhala, citado pela CCTV. Além do visto chinês, os estrangeiros precisam da uma autorização especial para visitar o Tibete, uma exigência que as autoridades justificam com as “tradições únicas da etnia tibetana, o património cultural, a capacidade de receber turistas e as necessidades de protecção ambiental”. No ano passado, o número de turistas que visitou a região registou um crescimento homólogo de 31,5%, para 33,68 milhões de pessoas, mas apenas 270.000 dos visitantes foram estrangeiros, segundo dados oficiais. Com cerca de três milhões de habitantes, o Tibete tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica, mas é há várias décadas palco de protestos e revoltas contra o domínio chinês, desde a sua ocupação por tropas da República Popular, em 1951. A região é mantida sob rigoroso controlo pelo Governo central e as autoridades locais, enquanto Pequim proíbe diplomatas e jornalistas estrangeiros de entrarem na região, excepto em visitas organizadas pelas autoridades ou pelo departamento de propaganda do Partido Comunista. Os turistas estrangeiros que querem visitar o Tibete, incluindo a capital Lhasa, têm de fazê-lo em grupo e acompanhados de um guia. O plano para facilitar o acesso à região surge depois de, em Dezembro passado, o senado dos Estados Unidos aprovar a Lei de Acesso Recíproco do Tibete (“Reciprocal Access to Tibet Act”). A normativa, que deverá ser aprovada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, prevê a proibição de entrada nos EUA de funcionários chineses que impeçam funcionários, jornalistas e outros cidadãos norte-americanos de viajarem livremente no Tibete. Segundo a organização com sede em Washington International Campaign for Tibet, mais de 150 tibetanos imolaram-se pelo fogo desde fevereiro de 2009, em protestos contra o que classificam de opressão do Governo Chinês. Pequim considera que a região é desde há séculos parte do território chinês. O líder político e espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama, que Pequim acusa de ter “uma postura separatista”, vive exilado na vizinha Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa em 1959. Seguidores do Dalai Lama, que em 1989 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz, acusam Pequim de tentar destruir a identidade religiosa e cultural do Tibete.
Hoje Macau China / ÁsiaRepatriados mais de mil suspeitos de corrupção na China em 2018 [dropcap]A[/dropcap China conseguiu a repatriação de mais de mil suspeitos de corrupção fugidos além-fronteiras e recuperar 519 milhões de dólares em ganhos ilícitos, no ano passado, parte da mais ampla campanha anti-corrupção da história da República Popular. O órgão máximo anti-corrupção do país informou que entre os 1.335 repatriados, 307 eram membros do Partido Comunista Chinês ou funcionários do Governo, e cinco faziam parte de uma lista entregue por Pequim à Interpol. Entre estes constam Xu Chaofan, ex-gerente de uma sucursal do Banco da China na província de Guangdong, no sul do país, e suspeito de ter desviado 485 milhões de dólares, antes de ter fugido para os Estados Unidos, há 17 anos. Yao Jinqi, um antigo vice-chefe de condado, foi extraditado a partir da Bulgária, sendo o único fugitivo repatriado desde um país da União Europeia. Desde que há quatro anos lançou a operação “Skynet”, visando suspeitos de corrupção evadidos além-fronteiras, a China conseguiu capturar 5.000 fugitivos. Só no ano passado, 621.000 pessoas foram punidas por corrupção no país, incluindo 51 quadros de nível ministerial ou superior, segundo a Comissão Central de Disciplina e Inspecção do PCC.
Hoje Macau EventosFotografia | Roberto Santandreu revisita estaleiros de Lai Chi Vun [dropcap]O[/dropcap]s estaleiros de Lai Chi Vun, o maior grupo de estaleiros navais de Macau, estão em foco numa exposição de fotografia de Roberto Santandreu que é inaugurada a 17 de Janeiro na Casa da América Latina, em Lisboa. Intitulada “O Estaleiro”, a exposição apresenta uma proposta fotográfica com imagens marcadas pelo tempo, nas quais o autor partilha as vivências e sensações que teve ao fotografar os estaleiros abandonados de Lai Chi Vun. Na mesma exposição, que ficará patente até 1 de Março, segundo uma nota da organização, são igualmente exibidas fotografias de frases manuscritas encontradas naquela histórica estrutura naval. Construídos a partir da década de 1950, os Estaleiros Navais de Lai Chi Vun são o maior grupo de estaleiros navais de Macau, e considerados um dos maiores legados de património industrial da construção naval da região do sul da China. Os estaleiros apresentam técnicas e métodos relacionados com a construção naval no final do século XIX, revelando igualmente a organização e o modo de vida da comunidade da vila de Lai Chi Vun e as influências que tiveram do sector da indústria naval. Em 2017, o Instituto Cultural de Macau recebeu um pedido para iniciar o procedimento da classificação dos estaleiros navais, por iniciativa de um grupo local, e o projecto avançou no ano passado para ser preservado como património cultural. Nascido em Milão, em 1948, de nacionalidade chilena, Roberto Santandreu trabalhou em Oslo e em Londres, fixando residência em Lisboa, em 1975.
Hoje Macau SociedadeProfessores de Macau podem candidatar-se para ensinar na China [dropcap]O[/dropcap]s professores de Macau, Hong Kong e Taiwan vão poder fazer exames para se qualificarem para ensinar nas escolas da China. Ao abrigo do programa, anunciado pelo Ministério da Educação chinês na semana passada, os docentes têm, no entanto, de preencher requisitos como “defender voluntariamente a liderança do Partido Comunista Chinês, aderir à direcção da educação socialista e implementar a política educacional do partido”.
Hoje Macau SociedadeConselho de Consumidores | Queixas aumentaram no ano passado [dropcap]O[/dropcap] Conselho de Consumidores recebeu, ao longo do ano passado, um total de 5.043 casos, dos quais 2.290 foram queixas, traduzindo um aumento face a 2017 (1.647). Os restantes foram pedidos de informações. O preço e a qualidade de artigos de ourivesaria e bijutaria motivaram o maior número de reclamações (201), em particular por parte de turistas. Seguiram-se as queixas relativas aos transportes públicos (166), das quais 75 por cento incidiram sobre os táxis, devido à cobrança abusiva de tarifas e à atitude dos taxistas, as quais aumentaram mais de 40 por cento face a 2017, indicou o Conselho de Consumidores, dando conta de que todos os casos foram tratados e encaminhados para as autoridades competentes. Já em terceiro lugar surgem as reclamações relacionadas com o preço e qualidade das comidas e bebidas (163) que aumentaram aproximadamente 60 por cento em termos anuais. No ‘ranking’ das queixas surgem os serviços de restauração, que subiram cerca de 70 por cento, dos quais mais de dez casos tiveram que ver com serviços prestados por plataformas ‘online’ de entrega de comida. O Conselho de Consumidores indicou ainda que foram registadas mais de 20 reclamações associadas à área de serviços de utilidade pública no ano passado, sem facultar pormenores, remetendo detalhes para breve.
Hoje Macau DesportoVaticano cria equipa de atletismo com religiosos e funcionários [dropcap]O[/dropcap] Vaticano apresentou ontem a sua primeira associação desportiva, “Athletica Vaticana”, que terá uma equipa composta por padres, freiras e funcionários do Vaticano, para mostrar que o desporto pode ser uma ferramenta de solidariedade. A associação nasce de um acordo com o Comité Olímpico Italiano (CONI) e será composto por cerca de 70 pessoas com o objectivo de fazer uma “corrida divertida”, disse em conferência de imprensa o subsecretário do Conselho Pontifício para a Cultura e presidente da “Athletica Vaticana”. Através de um acordo com o CONI, a associação poderá participar em competições em Itália e no resto da Europa, e realizará a sua primeira corrida a 20 de Janeiro nas ruas de Roma. A associação tem também dois jovens refugiados como parceiros honorários tendo sido ainda assinado um protocolo com a Federação Italiana de Desportos Paraolímpicos e Experimentais, uma iniciativa que visa demonstrar como o desporto pode promover a inclusão. A apresentação também contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho da Cultura, o cardeal Gianfranco Ravasi, que destacou a relação entre o desporto, solidariedade e a fé. O papa Francisco defendeu em várias ocasiões os valores do desporto como um antídoto ao individualismo e como uma ajuda para fomentar uma cultura de encontro.
Hoje Macau DesportoTenista britânico Andy Murray anuncia abandono da carreira este ano [dropcap]O[/dropcap] tenista britânico Andy Murray anunciou que se vai retirar dos campos este ano e admitiu que o Open da Austrália pode até ser seu último torneio por causa da lesão na anca que lhe prejudicou a carreira. Murray, de 31 anos, que chegou a ser número um do mundo no ranking ATP, disse numa conferência de imprensa que tem treinado com o objectivo principal de fazer uma última participação em Wimbledon, onde venceu por duas vezes. O escocês, emocionado, chegou mesmo a abandonar a sala a chorar, mas regressou para afirmar não tinha certeza sobre o tempo que poderia ainda jogar. “Eu vou jogar [na Austrália]. Ainda posso jogar a um nível – não ao nível que eu estou satisfeito. (…) Mas também, não é só isso. A dor é demasiada”, lamentou. O tricampeão de torneios do Grand Slam vai disputar a sua primeira partida no Open da Austrália contra o número 23 do ranking, Roberto Bautista, numa prova em que foi finalista vencido em cinco ocasiões. Murray foi submetido a uma cirurgia à anca em Janeiro de 2018. Depois de duas breves tentativas para regressar, jogou apenas 12 partidas no ano passado. O tenista voltou aos campos em Brisbane na semana passada, onde venceu sua partida de estreia, mas perdeu na segunda ronda para Daniil Medvedev, mostrando óbvias dificuldades para se movimentar. Murray teve uma carreira de sucesso, acabando com prolongados períodos sem vitórias nos Grand Slam para os britânicos, quando venceu o Open dos Estados Unidos em 2012 e Wimbledon no ano seguinte, tornando-se no único jogador a ganhar medalhas de ouro consecutivas nas Olimpíadas. O Britânico fez parte do grupo de quatro tenistas masculinos que dominaram num mesmo período os grandes torneios mundiais, com Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic. Agora, será provavelmente o mais novo deles aposentar-se. Aos 37 anos, Federer está na Austrália para tentar conquistar o título pelo terceiro ano consecutivo e pela sétima vez no geral. Aos 31 anos, Djokovic, no topo do ranking ATP, procura conquistar o sétimo título australiano. Nadal, de 32 anos, número dois do ranking, está confiante em prolongar a sua carreira por mais alguns anos. Murray, que chegou a seis finais em torneios de Grand Slam, contabiliza 663 vitórias e 190 derrotas, que resultaram na conquista de 45 títulos, entre eles os de Wimbledon (2013 e 2016), Open dos Estados Unidos (2012), bem como em duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos (2012 e 2016).
Hoje Macau EventosVice-presidente da Assembleia da República portuguesa defende canal de televisão lusófono [dropcap]O[/dropcap] vice-presidente da Assembleia da República de Portugal, Jorge Lacão, defendeu ontem a criação de um canal lusófono partilhado pelos vários canais de televisão dos países de língua portuguesa, com “uma dimensão à escala planetária”. Jorge Lacão falava à agência Lusa à margem dos trabalhos da VIII Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), que decorre na capital de Cabo Verde, e na qual está a participar em substituição do presidente da Assembleia da República de Portugal, Eduardo Ferro Rodrigues, ausente por motivos de doença. O deputado, que irá intervir hoje, sexta-feira, durante a sessão plenária desta AP-CPLP, que tem como tema “CPLP – Uma comunidade de pessoas”, irá voltar a esta ideia, a qual já foi aflorada em encontros anteriores. Este canal lusófono, explicou, seria “partilhado pelos vários canais de televisão dos vários países, com uma dimensão à escala planetária”. “Pode parecer uma ideia excessivamente megalómana, mas, se pensarmos bem nas capacidades de emissão já hoje existentes em cada país, uma partilha deste género poderia ser um contributo qualitativo de grande alcance para a aproximação dos nossos povos”, adiantou. Questionado sobre o tema da mobilidade, comum a todas as intervenções da sessão de abertura desta Assembleia Parlamentar, Jorge Lacão recordou que a política oficial portuguesa, conduzida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, vai no sentido de colocar toda a política de vistos “ao alcance deste objectivo da mobilidade dos cidadãos da CPLP”. Jorge Lacão sublinhou “a forma extraordinariamente empenhada” com que Cabo Verde está a receber as delegações da Assembleia Parlamentar e de como o presidente da Assembleia Nacional cabo-verdiana se está a empenhar neste mandato de dois anos à frente da AP-CPLP, que agora começa. O parlamentar considerou de “extraordinária relevância” o discurso do Presidente da República de Cabo Verde, o qual “revela uma visão cosmopolita, de grande alcance relativamente ao aprofundamento do que gostamos de designar como o estatuto da lusofonia, um estatuto que permita ao conjunto dos cidadãos dos países da CPLP partilhar cada vez mais fatores de mobilidade de todos os níveis”. Durante a sua intervenção, que decorreu na sessão de abertura, Jorge Carlos Fonseca lembrou que ainda este ano vai organizar, em Cabo Verde, “um grande encontro de jovens da CPLP e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental [CEDEAO] que deverá ser um espaço de reflexão e de proposições relativamente ao devir dos nossos países, na perspectiva dos jovens”. O chefe de Estado cabo-verdiano aproveitou para “solicitar o decisivo apoio dos senhores representantes do Parlamento da CPLP para a realização desse evento”. A este pedido, Jorge Lacão referiu que a iniciativa será apoiada por Portugal “em todo o alcance” e “em todo o sentido”.
Hoje Macau EventosEditora portuguesa Relógio d’Água vai publicar últimos poemas de Leonard Cohen [dropcap]O[/dropcap]s últimos poemas escritos por Leonard Cohen, o romance considerado o melhor Prémio Man Booker de sempre e um livro de crónicas e ensaios de Djaimilia Pereira de Almeida são algumas das novidades da Relógio d’Água para este ano. Dois anos após a morte do músico canadiano Leonard Cohen, a Relógio d’Água publica neste mês “A Chama”, livro que reúne os seus últimos poemas, letras de canções, desenhos e versos dispersos em cadernos de apontamentos e guardanapos de bares, revela o editor Francisco Vale, acrescentando que esta obra foi preparada para publicação pelo próprio Leonard Cohen e está traduzida pela poeta Inês Dias. O mês de Janeiro reserva ainda a publicação de “Léxico Familiar”, de Natalia Ginzburg, um clássico da literatura italiana contemporânea, cuja narrativa acompanha a vida dos Levi, que viveram em Turim no período da ascensão do fascismo, da Segunda Guerra Mundial e do que se lhe seguiu. O livro “No Verão”, de Karl Ove Knausgård, que encerra o quarteto de ensaios com títulos das estações do ano do escritor norueguês, sairá também no mês de Janeiro. Ainda este mês, a Relógio d’Água planeia publicar “Tchékhov na Vida”, a biografia do escritor russo, escrita por Ígor Sukhikh, através das suas cartas, diários, livros e conferências, assim como “Na América, disse Jonathan”, de Gonçalo M. Tavares, no qual o autor viaja pelos EUA na companhia de Kafka, e a nova edição de “O Susto”, de Agustina Bessa-Luís, com prefácio de António M. Feijó. “O doente inglês” na agenda Em Fevereiro, chega “O doente inglês”, de Michael Ondaatje, romance de 1992, lançado em Portugal pela D. Quixote em 1996, e que em 2018 foi premiado com um “Booker Dourado”, uma distinção especial que a organização do Prémio Literário Man Booker decidiu atribuir ao livro que fosse escolhido como o melhor das 51 edições já realizadas. A publicação deste romance pela Relógio d’Água segue-se à de “A luz da guerra”, editado em Dezembro do ano passado, o mais recente romance do escritor canadiano e que esteve na lista dos nomeados para o Prémio Man Booker 2018. Fevereiro é também mês de publicar “História da Sexualidade IV, As Confissões da Carne”, de Michel Foucault, volume que completa os três livros da História da Sexualidade. Outra novidade é a publicação de “Tess dos D’Urbervilles”, um dos principais romances de Thomas Hardy, há muito esgotado em Portugal, que pôs em causa as convenções sociais do seu tempo e chocou os leitores da sua época, quando foi publicado em 1891. “As Novas Rotas da Seda”, de Peter Frankopan, “Todos Nós Temos Medo do Vermelho, Amarelo e Azul”, um livro de contos de Alexandre Andrade sobre a intensa perturbação que é possível sentir perante certas cores nalguns locais, e “O Abismo de Fogo: A Destruição de Lisboa”, do historiador norte-americano Mark Molesky, sobre o terramoto de Lisboa de 1755 são outras das novidades para este mês. Em Março chega mais um livro de Agustina Bessa-Luís – de quem a Relógio d’Água tem estado a publicar a obra -, intitulado “As Pessoas Felizes”, com prefácio de António Barreto, que assina também um livro intitulado “Fotomaton — Retratos de Salazar, Cunhal e Soares”, reunião das biografias desses três políticos, a ser editado no mesmo mês. “Pintado com o Pé”, de Djaimilia Pereira de Almeida, autora de “Luanda, Lisboa, Paraíso” (publicado na Companhia das Letras) é um livro de crónicas e breves ensaios, completado com dois ensaios, “Amadores” e “Inseparabilidade”, que vai chegar às livrarias pela mão da Relógio d’Água. “Bom Entretenimento”, do filósofo germano-coreano Byung-Chul Han, “A Mulher de Trinta Anos” – um dos episódios de A Comédia Humana – do romancista francês do século XIX Honoré de Balzac, “Vento, Areia e Amoras Bravas”, de Agustina Bessa-Luís, e “Sabes Que Queres Isto”, de Kristen Roupenian, livro de contos que inclui “Cat Person”, o conto mais lido, tanto ‘online’ como em papel, da The New Yorker, são os restantes livros anunciados por Francisco Vale. Na colecção de viagens, será editado “Açores — O Canto das Ilhas”, de Carlos Pessoa. No mês de Abril, a editora vai publicar “Movimento das Ideias”, de José Gil, e “Normal People”, de Sally Rooney, romance apontado pelo The Guardian como um futuro clássico, que foi finalista do Prémio Man Booker e venceu o Prémio Costa 2018 na categoria de romance. Outra das apostas da editora é o mais recente romance da canadiana Rachel Cusk, “Kudos”, que encerra a trilogia iniciada com “A contraluz” e continuada com “Trânsito”, ambos editados pela Quetzal. “Correspondências + Minhas Queridas”, de Clarice Lispector, a antologia “Provocações”, de Camille Paglia, conhecida pelo seu feminismo viril e heterodoxo, e “O Estendal e Outros Contos”, de Jaime Rocha, são as outras novidades. Para o mês de Maio, está reservado o livro “Álvaro Siza: Conversas com Estudantes de Arquitectura”, organizado por Manuel Graça Dias, “A Balada do Medo”, de Norberto Morais, “Pensamentos”, de Blaise Pascal, com prefácio de T. S. Eliot, e “Pensar sem Corrimão”, uma antologia de ensaios de Hannah Arendt.
Hoje Macau DesportoDakar 2019 | Paulo Gonçalves sobe mais uma posição nas motas em dia de nova mudança de líder [dropcap]P[/dropcap]aulo Gonçalves (Honda) subiu ontem ao oitavo lugar na classificação das motas no rali Dakar de todo-o-terreno, após o sexto lugar conquistado na quarta etapa, disputada ontem entre Arequipa e Moquegua, no Peru. O piloto português gastou 3:54.06 horas para cumprir os 405 quilómetros cronometrados de um total de 511 quilómetros, terminando a 13.36 minutos do vencedor da tirada, o norte-americano Ricky Brabec, seu companheiro de equipa na Honda. Com a vitória de hoje, Brabec é o novo líder nas motas, aproveitando os 20 minutos de atraso do anterior líder, o chileno Pablo Quintanilha (Husqvarna), que teve de abrir a pista. Para Paulo Gonçalves, cumpriu-se “o objectivo”: “Hoje foi uma especial com 400 quilómetros, em que mudou muito o cenário. Só tivemos os primeiros cenários com dunas, tudo o resto eram pistas. Nos últimos 50 quilómetros, apanhámos um rio com muita pedra, que era muito perigoso. O meu objectivo era chegar a esta primeira parte da etapa maratona sem problemas, para não ter de trabalhar na mecânica e poder recuperar o físico. O piloto de Esposende espera “terminar sem problemas” a quinta etapa, que vai ligar Monquegua a Arequipa, com um total de 776 quilómetros e uma especial cronometrada de 345 quilómetros, “para poder chegar ao dia de descanso e recuperar fisicamente”. O português está na oitava posição, a 20.45 minutos do companheiro de equipa. Mário Patrão (KTM) repetiu o 23.º lugar da véspera, a 28.58 minutos do vencedor da tirada. “Realizei a minha etapa num timbre mais cauteloso, para evitar desgastes que esta sexta-feira podem ser cruciais nos 800 quilómetros que nos esperam”, explicou o piloto de Seia, que perdeu uma posição, caindo para 21.º. Sebastian Bühler (Yamaha) foi o 27.º, com Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) em 30.º e António Maio (Yamaha) em 33.º. David Megre (KTM) foi 54.º e Miguel Caetano 87.º. Fausto Mota (Husqvarna) teve uma avaria no chassis da sua mota a meio da especial e perdeu muito tempo para a reparar, terminando na 100.ª posição, já a 3:16.08 horas do vencedor. Na geral, Quim Rodrigues Jr. é 31.º, Bühler 33.º e Maio 34.º. Nos automóveis, a vitória sorriu ao catari Nasser Al-Attiyah (Toyota), que alargou, assim, a vantagem sobre o segundo, o francês Stéphane Peterhansel (MINI) em 1.52 minutos. O piloto gaulês foi também o segundo na etapa de hoje e está já a 8.55 minutos do piloto catari. A 41.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno disputa-se até 17 de Janeiro integralmente em solo peruano.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente de Taiwan nomeia novo primeiro-ministro após renúncia do Governo [dropcap]A[/dropcap] Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, nomeou hoje Su Tseng-chang como o novo primeiro-ministro da ilha, após a renúncia esperada de todos os membros do Governo, motivada pela derrota eleitoral do partido em Novembro. A governante oficializou a nomeação numa conferência de imprensa, na qual estiveram presentes o primeiro-ministro cessante, Lai Ching-te, e o primeiro-ministro eleito, que já havia ocupado o cargo entre 2006 e 2007. Lai Ching-te anunciou a demissão na noite de quinta-feira, após um Conselho de Ministros extraordinário no qual todo o Governo também se demitiu. A decisão era esperada em Taiwan, onde os primeiros-ministros normalmente renunciam após uma derrota eleitoral do seu partido. O Partido Progressista Democrático (PPD) sofreu uma derrota clara nas eleições locais de 24 de Novembro, o que desencadeou disputas internas e críticas de sectores radicais pró-independência face à possível candidatura presidencial de Tsai em 2020. Tsai Ing-Wen, eleita em 2016, tinha apresentado as eleições como um referendo à vontade da sua administração em manter a independência da ilha face a Pequim. O vice-primeiro-ministro deverá ser Chen Chi-mai, candidato derrotado à autarquia da cidade de Kaohsiung, no sul de Taiwan, de acordo com o jornal da ilha Ziyou Shibao.