Hoje Macau PolíticaHabitação | Ella Lei pede revisão legal acerca de edifícios em construção [dropcap]A[/dropcap] deputada Ella Lei pede ao Governo a revisão do “Regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção”. O objectivo da deputada é proteger os direitos dos compradores exigindo mais garantias de qualidade na construção de edifícios. Para o efeito, a legisladora sugere que sejam tomadas medidas que garantam que o dinheiro avançado pelos compradores de fracções ainda em construção seja, obrigatoriamente, destinado a garantir edificação com qualidade. Por outro lado, a deputada pretende evitar que os construtores apliquem esse dinheiro “noutros fins”. Para garantir a eficácia da medida, Lei aponta a necessidade de “um sistema de supervisão para inspeccionar a venda de fracções em construção e garantir o desenvolvimento saudável do mercado, bem como proteger efectivamente os direitos e interesses dos ‘pequenos’ proprietários”.
Hoje Macau PolíticaHotéis | Deputados contra inspecção dos Serviços de Turismo em quartos A lei que vai regular a actividade dos estabelecimentos hoteleiros admite que os funcionários da DST tenham pleno acesso aos quartos, desde que identificados. Os deputados da 2ª Comissão Permanente consideram a proposta uma invasão de privacidade dos clientes [dropcap]O[/dropcap]s deputados de 2ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa não aceitam que os funcionários da Direcção de Serviços de Turismo (DST) possam entrar nos quartos dos hotéis para efeitos de fiscalização. A ideia foi reforçada ontem na reunião da comissão que está a analisar na especialidade a proposta de lei que vai regular da actividade dos estabelecimentos hoteleiros. “A maior parte dos deputados não concorda”, afirmou o presidente da comissão, Chan Chak Mo. Os deputados consideram a medida uma invasão de privacidade, uma vez que “os quartos funcionam como um lugar privado para os clientes”, referiu. A DST defende a necessidade da medida para identificar infracções. “O Governo disse que, por vezes, dentro dos quartos funcionam bares e pessoas que lá vivem, mas que não efectuam registo no hotel, tudo situações que violam a lei”, apontou Chan. “Houve alguns quartos em que os clientes destruíram paredes para que ficassem ligados às salas VIP”, acrescentou. No entanto, a comissão considera que a DST pode adoptar outras medidas que não passem pela entrada dos seus agentes nas áreas privadas. Chan Chak Mo revelou que, na opinião dos deputados, o pessoal da DST pode fiscalizar através de outro métodos. Soluções alternativas A comissão apontou outras soluções, referindo que a DST pode recorrer a depoimentos de clientes ou mesmo não renovar a licença do hotel no caso de serem detectadas infracções. Dessa forma, a DST só poderia inspeccionar quartos na altura da renovação das licenças. Em resposta, o Governo defendeu que, “como não pode recolher provas, não pode sancionar”, apesar de “todos os dias existirem pessoas nos quartos em situação ilegal”. Recorde-se que segundo a proposta em análise, basta aos agentes da DST estarem devidamente identificados para poderem aceder a todas as áreas dos hotéis incluindo os quartos, o que representa uma novidade legal. Ao Corpo de Polícia de Segurança Pública compete “fiscalizar o cumprimento da presente lei, os horários de funcionamento, entradas de menores, etc.”, referiu Chan Chak Mo. Outra questão levantada na reunião de ontem diz respeito à ausência de exigências de quartos dirigidos a clientes portadores de deficiência. O Governo apontou que esta situação irá ser definida em regulamento administrativo.
Hoje Macau SociedadeColoane | Conselho Consultivo das Ilhas quer fim do mau cheiro [dropcap]S[/dropcap]io Caleo Ieaki, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários das Ilhas, disse que o grupo deseja uma solução breve para o fim do mau cheiro em Coloane, causado pela Estação do Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da ilha. “Este problema persiste há muito tempo e espero que o Governo o resolva e possa prevenir danos no meio ambiente”, apontou. O responsável recordou que há muito que a ETAR trabalha acima das suas capacidades. “O Governo está a tentar alargar o percurso pedonal na zona de lazer da marginal da Taipa, mas como a ETAR fica perto do local, o mau cheiro torna-se insuportável, o que afecta os moradores que utilizam essa zona de lazer”, frisou. Sio Caleo Ieaki alertou também para o problema das descargas no Delta do Rio das Pérolas. Outro membro do conselho consultivo, U Chi Man, sugere que as autoridades optimizem o ambiente ao redor das pistas de ciclismo.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | Abril foi o mês mais movimentado de sempre [dropcap]O[/dropcap] Aeroporto Internacional de Macau (MIA) registou em Abril 800 mil passageiros e a descolagem e aterragem de mais de 6.400 aviões, um recorde nos 24 anos de história, foi ontem anunciado. Abril foi “o mês mais movimentado de sempre”, sublinhou o MIA em comunicado, no qual se destaca também que mais de 3,1 milhões de passageiros foram contabilizados no primeiro quadrimestre de 2019, um crescimento de 17 por cento em relação a igual período do ano passado. Em apenas quatro dias da Páscoa registaram-se 120 mil passageiros, um aumento de 31 por cento em relação a 2018. “Até ao final de Abril de 2019, o MIA geriu cerca de 1.500 voos regulares por semana com 28 companhias aéreas que ligam Macau a 55 cidades em todo o mundo”, sublinha-se na mesma nota. Com o aumento contínuo de rotas e de novas companhias aéreas a operar, os mercados da China, Sudeste Asiático e Taiwan tiveram um aumento de 33, 13 e 12 por cento, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeCotai | Homem mutilou-se no casino do Parisian [dropcap]A[/dropcap] imprensa chinesa noticiou ontem o caso de um homem que se mutilou com uma lâmina de barbear num casino do hotel Parisian. O incidente ocorreu na noite de terça-feira e o alerta foi dado às autoridades policiais pelo segurança do empreendimento. O homem tem cerca de 30 anos de idade e mostrou-se alterado enquanto jogava, tendo feito cortes nos pulsos. A Polícia Judiciária (PJ) deslocou-se ao local e depois de duas horas de diálogo, conseguiu convencer o indivíduo a receber tratamento médico no local. O homem acabou por recusar receber tratamento no hospital e foi levado pela PJ. O caso continua sob investigação.
Hoje Macau VozesRAEM alcançou resultados notáveis nos últimos 20 anos O Tin Lin* [dropcap]A[/dropcap] Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) da República Popular da China foi estabelecida a 20 de Dezembro de 1999, altura em que também entrou em vigor a Lei Básica da RAEM. Durante os últimos vinte anos, o Governo da RAEM cumpriu rigorosamente a Lei Básica e concretizou com sucesso as políticas “Um País, Dois Sistemas”, “Macau governado pelas suas gentes” e com alto grau de autonomia. A RAEM conseguiu manter a estabilidade social e o desenvolvimento acelerado da sua economia, ao mesmo tempo que preservou a convivência harmoniosa entre as diversas comunidades, incluído a portuguesa e a macaense. Simultaneamente, Macau tem assegurado habitação e emprego para os residentes, melhorado o nível de vida da população e realizado contactos e intercâmbios com o exterior, destacando o seu papel e imagem junto da comunidade internacional. Conforme a Lei Básica da RAEM, o Governo Central é responsável pelos assuntos das relações externas e da defesa da RAEM; já a RAEM é autorizada a exercer um alto grau de autonomia, a gozar de poderes executivo, legislativo e judicial independente, incluindo o de julgamento em última instância; a RAEM segue o princípio “Um País, Dois Sistemas”, não se aplicando o sistema e as políticas socialistas e mantendo-se inalterados durante cinquenta anos tanto o sistema capitalista como a maneira de viver anteriormente existentes. De acordo com as políticas “Macau governado pelas suas gentes” e com alto grau de autonomia, e nos termos da lei, os residentes permanentes exercem o direito de eleger e ser eleitos, tendo decorrido com tranquilidade as eleições do Chefe do Executivo e para a Assembleia Legislativa. A par da língua chinesa, o Português também é língua oficial. Depois do estabelecimento da RAEM, a relação entre Macau e Portugal avançou para uma nova etapa. O Governo da RAEM presta a maior atenção às relações amistosas, de grande tradição histórica, com Portugal. O anterior Chefe do Executivo, Edmund Ho, efectuou duas visitas oficiais a Portugal, em Maio de 2000 e Junho de 2006, e o actual Chefe do Executivo, Chui Sai On, à frente de delegações da RAEM, já visitou oficialmente Portugal duas vezes, em Junho de 2010 e Setembro de 2016. Os dois Chefes do Executivo tiveram, durante as suas viagens oficiais a Portugal, encontros com o Presidente da República Portuguesa e com o primeiro-ministro e dirigentes das respectivas tutelas dos governos constitucionais. Os líderes da RAEM assinaram ou testemunharam a celebração de acordos bilaterais de cooperação, e aprofundaram os intercâmbios e colaborações entre as partes nas áreas económica, comercial, cultural, educativa, de ensino de línguas, desportiva, turística, de protecção ambiental, entre outras. Os antigos presidentes Jorge Sampaio e Cavaco Silva realizaram visitas oficiais a Macau, respectivamente em Janeiro de 2005 e Maio de 2014, demonstrando esta manutenção de visitas mútuas frequentes a importância que Portugal atribui às relações com a RAEM. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita a Macau nos dias de 30 de Abril a 1 de Maio, durante a qual conheceu de perto o desenvolvinento da RAEM nos últimos vinte anos, e trocou opiniões com o governo e as personalidades dos diversos sectores de Macau sobre a promoção da cooperação entre Portugal e Macau. Com vista a concretizar os projectos de intercâmbio e cooperação em diversos domínios, as duas partes criaram o mecanismo da Comissão Mista Macau-Portugal, que realiza reuniões rotativamente em Macau e Lisboa, tendo a 5ª Reunião sido realizada em Macau, em Outubro de 2018. Durante 20 anos, a RAEM conseguiu resultados notáveis nas áreas económica e social, assim como, entre outras, ao nível da qualidade de vida dos residentes. Macau tornou-se num centro mundial de turismo e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita consta entre os mais altos do mundo. A economia de Macau regista um desenvolvimento estável e sustentável, desde que a RAEM foi estabelecida. Em 2002, o governo local autorizou a liberalização do sector dos jogos de fortuna ou azar, colocando fim à exploração exclusiva e aceitando investimento estrangeiro. Assim, actualmente existem três concessionárias do jogo e três subconcessionárias que promovem o avanço da economia local. Em 2018, os impostos directos sobre o jogo alcançaram um valor de 106,78 mil milhões patacas (cerca de 11,65 mil milhões euros). Ao mesmo tempo, o Governo da RAEM promoveu a diversificação adequada da economia, tendo obtido progressos preliminares. Assim, até ao final de 2017, o valor acrescentado bruto das indústrias emergentes, nomeadamente da indústria de convenções e exposições, das actividades financeiras com características próprias, da indústria de medicina tradicional chinesa e das indústrias culturais e criativas, aumentou 23,6 por cento, em comparação com 2015, representando 8,1 por cento do valor acrescentado global de todos os sectores. Em 2018, o PIB per capita era de cerca de 660 mil patacas (cerca de 72 mil euros), ou seja, seis vezes superior aquele registado em 1999, de aproximadamente 110 mil patacas (cerca de 12 mil euros). A taxa de desemprego, que no início da transição se fixava nos 6,4 por cento, desceu para um valor inferior a 2 por cento, que se tem mantido nos últimos anos. Já as receitas públicas atingiram 134,2 mil milhões patacas (cerca de 14,65 mil milhões euros) em 2018, quando, em 1999, se cifravam em 16,9 mil milhões patacas (cerca de 1,8 mil milhões euros). Em 2018, a mediana do rendimento mensal do emprego da população empregada fixou-se em 16.000 patacas (cerca de 1.745 euros), enquanto no início da transição era de apenas 5.000 patacas (cerca de 545 euros). O aumento contínuo do número de turistas durante este anos culminou num total de 35,8 milhões de turistas em 2018, o que significou um créscimo anual de 9,8 por cento. O Centro Histórico de Macau tem uma história de mais de 400 anos e combina o estilo arquitectónico ocidental com as características chinesas. Este Centro é aquele que, em toda a China, tem a história mais longa, a maior proporção e está em melhor estado de conservação. Em 2005, o Centro Histórico de Macau foi incluído na Lista do Património Mundial e, em 2017, Macau é designado membro da Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área da Gastronomia. O Governo da RAEM organiza anualmente diversas actividades culturais, turísticas, e desportivas e apoia igualmente entidades civis a realizarem eventos nessas áreas, destacando-se o Festival Internacional de Música de Macau, o Festival de Artes de Macau, o Festival Fringe da Cidade de Macau, o Desfile Internacional de Macau, o Festival de Luz de Macau, a Parada de carros alegóricos com espectáculos, o Grande Prémio de Macau, a Maratona Internacional de Macau, a Liga das Nações de Voleibol Feminino da FIVB Macau, o Encontro de Mestres de Wushu, o Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, entre outros. O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) foi criado em Outubro de 2003, por iniciativa do Governo Central da China, com organização do Ministério do Comércio da China. A colaboração do Governo da RAEM é feita através da criação do Secretariado Permanente do Fórum Macau, em coordenação com os delegados acreditados no território de oito Países de Língua Portuguesa, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste. O Fórum Macau é um mecanismo multilateral de cooperação intergovernamental, almejando a consolidação do intercâmbio económico e comercial entre a China e os países lusófonos. Até hoje, já foram realizadas cinco Conferências Ministeriais do Fórum Macau, durante as quais se aprovaram os Planos de Acção para a Cooperação Económica e Comercial. No âmbito do Fórum Macau, foram ainda criados o Centro de Formação, o Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a Plataforma de Liquidação em Renminbi para os Países de Língua Portuguesa, promovendo-se empenhadamente o desenvolvimento comum da China e dos Países de Língua Portuguesa nas áreas económica, comercial, financeira, de construção civil, turística, cultural, etc. Em 2018, o valor do comércio entre a China e os Países de Língua Portuguesa alcançou 147,3 mil milhões de dólares norte-americanos, um número 13 vezes superior aos 11 mil milhões registados em 2003, quando o Fórum Macau iniciou o seu funcionamento. Ainda em 2018, o investimento que a China fez nos Países de Língua Portuguesa totalizou 50 mil milhões de dólares norte-americanos, e, por seu lado, o investimento directo e não-financeiro dos Países de Língua Portuguesa na China alcançou os mil milhões de dólares. A par disso, o Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa proporciona mil milhões de dólares norte-americanos para projectos nas áreas da agricultura, indústria de transformação, sector da energia, etc., tanto em Moçambique, como em Angola, Brasil e outros, oferecendo serviços financeiros igualmente para a construção de “Uma Faixa, Uma Rota”. Neste contexto, a RAEM está a aproveitar as suas vantagens no desempenho da sua função de Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Durante os últimos 20 anos, o Governo Central da China tem prestado especial atenção e apoio e elaborado diversas políticas e medidas preferenciais à RAEM. No dia 20 de Dezembro de 2015, o Conselho de Estado promulgou o novo Mapa da Divisão Administrativa da RAEM que define novamente as fronteiras terrestres, incluindo uma área marítima de 85 quilómetros quadrados, sob jurisdição da RAEM. A Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, cuja construção teve início em 2009 e liga as três cidades num total de 55 quilómetros, foi inaugurada pelo Presidente Xi Jinping a 23 de Outubro de 2018, e aberta ao público no dia seguinte. Em Novembro de 2009, o Conselho de Estado tinha já autorizado o pedido da RAEM para a construção de novas zonas urbanas através de aterro, numa área de 350 hectares. Em 2009, o Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional aprovava a concessão de uma área de um quilómetro quadrado na Ilha de Hengqin da Província Guangdong para o novo campus da Universidade de Macau, delegando à RAEM a jurisdição da mesma, tendo a universidade mudado para ali as suas instalações em Agosto de 2014. O Governo Central da China apoia o desenvolvimento da RAEM na nova era, definindo as suas funções nos 12° e 13° Planos Quinquenais Nacionais, a saber, de Centro Mundial de Turismo e Lazer (Um Centro) e de Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Uma Plataforma). A RAEM ganha novas funções e posição específicas na nova era de reforma e abertura ao exterior e de desenvolvimento económico da China. Em Dezembro de 2018, o Governo da RAEM assinou o protocolo de Preparação para a Participação Plena de Macau na Construção de “Uma Faixa, Uma Rota”, com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma. Em Fevereiro de 2019, o Governo Central da China anunciou as Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, concedendo uma nova função a Macau que é a criação de uma base de intercâmbio e cooperação que, tendo a cultura chinesa como predominante, promove a coexistência de diversas culturas (Uma Base). Com o princípio “atender às necessidades do País e potenciar as vantagens próprias de Macau”, a RAEM desempenha as suas funções de “Um Centro, Uma Plataforma, Uma Base”, participa na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e integra-se na conjuntura de desenvolvimento global do País, concretizando a nova prática dos princípios “Um País, Dois Sistemas”, “Macau governado pelas suas gentes” e com alto grau de autonomia, para, juntamente com a Pátria, realizar o “Sonho da China”. A RAEM aproveitará ainda mais as suas vantagens, no âmbito de contactos culturais com o exterior e de longa ligação histórica com Portugal, para promover os intercâmbios e cooperação não só com Portugal mas também com os restantes Países de Língua Portuguesa nas áreas económica, comercial e cultural. A par disso, terá um papel mais activo e funções mais específicas no desenvolvimento de uma parceria estratégica na nova era entre a China e Portugal. *Chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa Hoje Macau EntrevistaChefe do Executivo diz que integraçao na China é “oportunidade de ouro” para portugueses em Macau Entrevista de João Carreira, da agência Lusa Em entrevista à Lusa, o líder do Governo deixou um apelo à comunidade portuguesa em Macau para que confie no projecto da Grande Baía e que uma China forte vai beneficiar a RAEM. Chui Sai On dá início amanhã à sua visita a Portugal [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo deixou ontem a garantia, numa entrevista à agência Lusa, que a comunidade portuguesa em Macau vai ter uma “oportunidade de ouro” com a criação da Grande Baía. Segundo Chui Sai On, que inicia uma visita a Portugal no sábado, a maior integração no Interior da China de Macau não deve ser temida, mas antes vista com confiança porque vai permitir novas oportunidades de desenvolvimento. “Acredita-se que com a entrada do País numa nova era, o desenvolvimento de Macau irá também avançar para uma nova fase, e, neste sentido, a comunidade portuguesa de Macau poderá igualmente ter um papel maior e mais activo”, afirmou Chui Sai On numa entrevista por escrito à Lusa. O líder do Executivo sublinhou também que “desde o estabelecimento da RAEM, há 20 anos, o Governo tem dado elevada importância ao papel social da comunidade portuguesa, no respeito e na protecção da sua língua, cultura, religião e costumes”. Ainda no que diz respeito à comunidade portuguesa, Chui explicou que o Executivo “tem ainda incentivado e apoiado a comunidade portuguesa a participar, de forma activa, no desenvolvimento e nos assuntos da RAEM, em vários domínios”, apontou. Por outro lado, elogiou o papel dos macaenses: “a comunidade portuguesa de Macau, especialmente os macaenses, potenciou o papel de ponte de comunicação e intercâmbio de culturas com impacto desenvolvimento da cidade e progresso histórico”. Esta política de integração, segundo Chui Sai On, que deixa o cargo em Dezembro, não vai mudar com a maior integração frisa acrescentando que a comunidade portuguesa “deve ter ainda maior confiança nas perspectivas de desenvolvimento de Macau”. Sistema intacto Ainda no plano da integração de Macau no Interior da China, Chui Sai On garante que a actual realidade vai justificando que o sistema de vida anterior à transição, ou seja com base no sistema capitalista, por contraste com o interior comunista, seja mantido. “A realidade justifica a manutenção do sistema capitalista e da maneira de viver anteriormente existentes em Macau”, sustentou Chui, que garantiu que o Segundo Sistema não vai ser substituído, no âmbito da integração. “A nossa participação na estratégia e na conjuntura de desenvolvimento nacional é importante para o enriquecimento da implementação do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, não visando a sua substituição”, prometeu. Em relação à integração, Chui não deixa dúvidas, com ele ou com o sucessor, esta vai não só ser uma prioridade, mas também um dever patriótico: “de momento, e ainda por um longo espaço de tempo, essa integração será uma das prioridades das acções governativas da RAEM, sendo, simultaneamente, um dever e um compromisso”, esclareceu. Chui Sai On frisou também que o País deve estar ligado e que “quando a Pátria está bem, Macau está melhor”. Em termos de balanço dos dez anos em que esteve à frente do Executivo, o líder da RAEM considerou que o território “concretizou com sucesso” vários princípios basilares: “‘Um país, Dois sistemas’, ‘Macau governado pelas suas gentes” e a política de ‘um alto grau de autonomia’”. “O nosso orgulho é ter conseguido que o valor fundamental de ‘amor à Pátria e a Macau’ passe de geração em geração”, que a “potencialidade da mistura multicultural tenha desempenhado o seu papel”, e que “a função de Macau como ponte e plataforma tenha sido reconhecida”, resumiu. Por outro lado, defendeu que se atingiram no território “resultados faseados, no que respeita à transformação de Macau num ‘centro mundial de turismo e lazer’ e numa ‘plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa’, pois é notório o êxito do desenvolvimento”, considerou. Visita a Portugal Em relação à deslocação a Lisboa e ao Porto, o Chefe do Executivo diz que o objectivo passa por garantir “mais consenso” e reforçar as relações entre os dois países. “Esta visita da delegação da RAEM a Portugal, tem como objectivo dar continuidade, inovar e reforçar a relação amigável de cooperação entre ambos, em prol de mais resultados frutíferos para a cooperação, impulsionando profundamente o futuro desenvolvimento, contribuindo para o desenvolvimento mútuo e outras parcerias”, referiu Chui Sai On. “Esperamos alcançar ainda mais consensos com Portugal, complementar as vantagens mútuas e também promover o desenvolvimento conjunto, aproveitando (…) o papel de Macau para reforçar, acelerar e fazer da melhor forma os trabalhos”, adiantou. O papel de Macau, enquanto plataforma estratégica da China nas relações com Portugal, como porta de entrada para a Europa, e os países lusófonos, para assegurar os mercados africanos e na América Latina, foi igualmente salientado. “O que nos deixa mais felizes e satisfeitos, é sermos um factor importante nas relações sino-portuguesas e desempenhar bem as nossas funções no desenvolvimento da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, sintetizou. Sobre a visita, Chui Sai On sublinhou também que “desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal [assinala-se em 2019 o 40.º aniversário], a cooperação tem vindo a aumentar, assim como as áreas têm sido cada vez mais alargadas, e além das relações económicas, também o intercâmbio e a cooperação têm sido reforçadas, de forma continuada, no âmbito da cultura, arte, educação, desporto”. É por essa razão que, “actualmente, a China e Portugal elevaram a sua relação a uma importante parceria estratégica de cooperação, cujas características singulares e fundamentais da relação bilateral são: proeminente importância estratégica, complementaridade de interesses elevada e complementaridade económica forte”, assinalou. Grande Baía em Português A criação da Grande Baía, que inclui Macau, é vista como uma forma de reforçar a cooperação sino-lusófona e a formação de quadros bilingues chinês-português. “A participação dos países de língua portuguesa na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e na iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ pode servir [para] elevar (…) e alargar o espaço de cooperação, de modo a que os frutos da abertura da China possam ser partilhados por todos, enquanto se avança com um desenvolvimento que proporciona benefícios mútuos”, salientou. Ainda segundo Chui, “Macau surge como uma das quatro cidades principais no plano de construção da Grande Baía e antevê-se o reforço das suas funções de plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”. Ao mesmo tempo frisou que a China “apoia o ensino da língua portuguesa e a formação de quadros bilingues qualificados, sendo que, nas linhas gerais da Grande Baía, está definido, como um dos principais projectos, a construção de uma base que garanta a formação de quadros bilingues em chinês e português”. Razão pela qual, concluiu, “o Governo da RAEM irá ainda beneficiar das vantagens no ensino do português, e da plataforma entre a China e os países da língua portuguesa, para construir, de forma mais segura e profunda, uma base que garanta a formação de quadros bilingues em chinês e português”. A visita a Portugal do chefe do Governo prolonga-se até 19 de Maio, estando agendadas reuniões com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, António Costa. O líder de Macau vai ainda presidir à sexta reunião da Comissão Mista Macau-Portugal com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Hoje Macau Manchete SociedadeSCMM | Governo tem dinheiro para dar maior apoio às instituições sociais O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macau defendeu ontem que o Governo de Macau, com as receitas milionárias do jogo, tem condições para garantir mais apoios financeiros a instituições sociais. À beira do 450.º aniversário da fundação, António José Freitas caracteriza a situação financeira da Santa Casa como “muito sólida” [dropcap]E[/dropcap]m entrevista à agência Lusa, António José Freitas considerou que o Governo do território que regista o segundo rendimento ‘per capita’ mais alto do mundo tem condições para “dar um maior apoio financeiro para as organizações e instituições de índole social sem fins lucrativos”. A poucos dias de comemorar 450 anos da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCMM), cuja situação financeira o provedor apelidou de “muito sólida”, António José de Freitas assinalou, no entanto, as dificuldades vividas por outras organizações. “A Santa Casa [da Misericórdia] é uma organização multissecular, teve sempre fundos próprios, mas é do meu conhecimento que existem muitas instituições a fazer um bom trabalho, [que] querem fazer mais e melhor, mas [que] não têm condições”, destacou. “Não têm condições precisamente pelo fraco apoio da parte do Governo. Acho que nesse aspecto o Governo podia fazer mais e melhor”, sublinhou. O provedor, contudo, ressalvou que “o Governo tem dado muita atenção” às necessidades sociais do território, traduzida “nas Linhas de Acção Governativa, que estão também muito orientadas para a parte assistencial, para a parte de apoio aos necessitados, mas”, frisou, “há sempre uma pobreza escondida” à qual é preciso responder. Ajudar quem precisa As comemorações da SCMM, fundada em 1569 pelo bispo Belchior Carneiro têm lugar entre 13 e 18 de Maio, marcadas ainda pela inédita realização do XII Congresso Internacional da Confederação Internacional das Misericórdias. “A História da Santa Casa da Misericórdia de Macau confunde-se com a do próprio território de Macau, outrora sob administração portuguesa, hoje Região Administrativa Especial da República Popular da China”, segundo a instituição na sua página na Internet. A instituição tem um orçamento superior a 70 milhões de patacas, com uma despesa mensal em salários superior a três milhões de patacas (próximo do valor que a instituição arrecada das rendas do seu património imobiliário) e um subsídio governamental que “representa apenas cerca de 25 por cento”, adiantou o provedor. A obra social da Misericórdia em Macau abrange áreas como o apoio a deficientes, idosos e crianças. Um centro de apoio a invisuais (80), um lar (135), uma creche (258) e uma loja social são estruturas que traduzem a actividade social da instituição que tem mais de 180 funcionários. O provedor da SCMM disse à Lusa que o apoio aos idosos deve ser prioritário na definição de políticas sociais futuras no território, pressionado pelo envelhecimento da população. “O envelhecimento da população (…) é um problema que a sociedade, as instituições e o Governo, sobretudo, devem pensar já em definir políticas a médio e longo prazo”, defendeu António José de Freitas. Em entrevista à agência Lusa, o provedor da instituição sublinhou que “a população está cada vez mais envelhecida” e que “a procura por uma cama em lares de Macau tem sido uma constante”, existindo “uma enorme lista de espera”. António José de Freitas dá o exemplo do lar da Santa Casa da Misericórdia de Macau, cuja média de idades dos utentes não só é cada vez mais alta, mas a inspirar cuidados continuados. “Nos últimos dois, três anos, têm idade média superior a 85 anos, com necessidade de cuidados continuados, acamados ou com graves problemas de mobilidade”, explicou. Reconhecimento e finanças Em 1 de Maio, durante a visita do Presidente da República português a Macau, o provedor da Santa Casa da Misericórdia foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa, uma distinção também feita ao antigo presidente do Instituto Politécnico de Macau Lei Heong Iok. Uma distinção que deixou António José de Freitas “emocionado”, apesar de ressalvar que “não é pessoal, mas mais o reconhecimento de um trabalho colectivo” e a prova de que “Portugal não se esqueceu de Macau”. “Diria até que é também o reconhecimento para a comunidade portuguesa e também para a comunidade católica aqui em Macau. (…) Dedico esta medalha à Santa Casa [da Misericórdia], à comunidade portuguesa em Macau, comunidade católica e sobretudo aos funcionários”, disse. A actual saúde financeira da Santa Casa da Misericórdia de Macau garante em 2069 a comemoração, “sem sobressaltos”, do seu 500.º aniversário, disse à Lusa o provedor da instituição que assinala este mês 450 anos. “Estamos em condições sólidas financeiras, por isso me atrevo a dizer [que], com as condições que estão criadas, com o reconhecimento do Governo e autoridades da RAEM e da sociedade civil esta Santa Casa [da Misericórdia] tem condições para celebrar sem sobressaltos o seu quinto centenário em 2069, não tenho dúvidas disso”, sustentou António José de Freitas. António José de Freitas salientou que a obra social da instituição “é inacabável”, mas recordou com orgulho que é a única sobrevivente na Ásia: “todas elas sucumbiram no tempo e esta é a única que permanece viva e actuante”. Ainda em relação à celebração que se avizinha, António José de Freitas sublinha que “são eventos que, pelas suas características e simbolismo, vão decerto contribuir para projecção do nome e imagem de Macau, que se pretende afirmar como uma cidade de uma singularidade histórica, para mostrar que Macau é uma cidade de bem-fazer”. Inicialmente designada de “Confraria e Irmandade da Misericórdia de Macau”, foi criada poucos anos após a fundação de Macau, como entreposto português. O fundador, o jesuíta Belchior Carneiro, esteve mesmo ligado à fundação do Senado, em 1853, a primeira instituição política no território. Nesse período, a instituição “contribuiu para a implementação de taxas organizadas sobre diversas actividades até então não reguladas, funcionou como banco, emprestando dinheiro, e promoveu uma lotaria muito popular”, pode ler-se no site da Santa Casa da Misericórdia de Macau. Hoje Macau SociedadeUNESCO | Grupo para a Protecção do Farol da Guia vai submeter relatório [dropcap]O[/dropcap] Grupo para a Protecção do Farol da Guia está a aceitar, até ao final deste mês, opiniões para a elaboração de um relatório relativo à protecção do património de Macau e do Centro Histórico, e que será submetido à UNESCO. Num comunicado, o grupo independente assegura que vai entregar o documento a Mechtild Rossler, director do Centro para a Protecção do Património Mundial da UNESCO para “reflectir a situação real” do património no território. A 43a sessão do Comité do Património Mundial acontece na capital do Azerbaijão, Baku, entre 30 de Junho e 10 de Julho deste ano. Hoje Macau SociedadeReciclagem | DSPA lança campanha para recolha de lâmpadas usadas [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) lança este mês uma campanha de recolha de lâmpadas usadas, intitulada “É fácil descartar as lâmpadas usadas”. A actividade é realizada em cooperação com a Associação de Administração de Propriedades de Macau, a União Geral das Associações dos Moradores de Macau, a Aliança de Povo de Instituição de Macau, a Associação dos Merceeiros e Quinquilheiros de Macau e a Associação da União dos Fornecedores de Macau. De acordo com um comunicado oficial, participam mais de 500 edifícios, supermercados e entidades comerciais que disponibilizam pontos de recolha, “com vista a incentivar os cidadãos a praticar os comportamentos ecológicos”. A DSPA explica que esta campanha “tem por objectivo recolher as lâmpadas mais usadas na vida quotidiana, tais como, lâmpadas fluorescentes, lâmpadas economizadoras, lâmpadas LED, lâmpadas de tungsténio, lâmpadas de halogéneo, lâmpadas de descarga de alta intensidade e outras lâmpadas com teor de mercúrio”. Hoje Macau SociedadeHabitação | Casas mais caras na Taipa e Coloane [dropcap]D[/dropcap]ados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que o Índice de Preços da Habitação (IPC), em termos globais, aumentou 0,2 por cento face ao período compreendido entre Dezembro de 2018 e Fevereiro de 2019, sendo actualmente de 263,4. Contudo, o IPC relativo à península de Macau manteve-se inalterado face ao mesmo período, enquanto que o IPC das habitações de Taipa e Coloane aumentou 1,2 por cento. A DSEC dá conta que o IPC de casas construídas, na ordem dos 283,9, subiu apenas 0,1 por cento, sendo que o IPC relativo às ilhas de Taipa e Coloane subiu 1,8 por cento. Por sua vez, o IPC desceu 0,4 por cento relativamente às casas construídas na península de Macau. Em termos do ano de construção, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão dos 11 aos 20 anos de construção e o índice do escalão inferior ou igual a 5 anos de construção cresceram 2,7 por cento e 1,1 por cento, respectivamente, porém, o índice do escalão superior a 20 anos de construção baixou 0,7 por cento. O índice de preços de habitações em construção (272,1) aumentou 1,9 por cento, face ao período transacto, revela a DSEC. Hoje Macau PolíticaTáxis | Angela Leong diz que novas licenças não são suficientes [dropcap]A[/dropcap] deputada Angela Leong defende que as 200 novas licenças de táxis especiais que irão entrar em funcionamento ainda este ano, graças a um contrato celebrado entre o Governo e a Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau, S.A, não são suficientes para as necessidades do território. Em interpelação escrita, a deputada questiona que medidas vão ser adoptadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) para fiscalizar a qualidade do serviço dos táxis quando entrar em vigor o novo regulamento. Além disso, Angela Leong recorda que, no relatório das Linhas de Acção Governativa para este ano, o Chefe do Executivo declarou que seria feito um novo estudo para avaliar a qualidade dos serviços de táxi no território, o tempo de espera e o número de táxis necessários. Nesse sentido, Angela Leong quer saber qual o progresso do referido estudo e quais as medidas que devem ser adoptadas tendo em conta os resultados. Hoje Macau China / ÁsiaEmbaixador de Portugal apela aos jornalistas timorenses que aprendam português [dropcap]O[/dropcap] embaixador português em Díli apelou hoje aos jornalistas timorenses que aprendam português, salientando a importância da comunicação social em língua portuguesa na construção democrática de Timor-Leste. “Aprendam português pela vossa identidade, pela vossa profissão, pelo mundo imenso da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, a CPLP, que vos pertence”, disse José Pedro Machado Vieira. “Sabemos todos da importância da comunicação social, bem como do papel que o acesso a informação certa e rigorosa cumpre na construção das democracias, pelo que não podemos descurar a formação permanente dos jornalistas”, referiu José Pedro Camacho Vieira, num seminário “Jornalismo em tempo de luta: relatos em português”, organizado pela embaixada e pelo Camões no âmbito da Semana da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Actualmente, encontra-se em implementação o projecto “Consultório da Língua para Jornalistas”, fruto da parceria entre o Camões, I.P. e a Secretaria de Estado da Comunicação Social de Timor-Leste, que tem como objectivos “a capacitação de profissionais da comunicação de Timor-Leste em língua portuguesa para a transmissão de informação fidedigna ao público”. Actualmente, existem cerca de 80 formandos neste projecto. “Estudantes, jovens profissionais, peço-vos que aproveitem o conhecimento. No vosso percurso, privilegiem o mérito, a competência e a ética”, disse aos jornalistas timorenses. Na sua intervenção, o embaixador português recordou que no último ranking de liberdade de imprensa, Timor-Leste, subiu 11 lugares mas ainda se encontra em “situação difícil”, motivo pelo qual a cooperação portuguesa “tem vindo a apoiar a Comunicação Social de Timor-Leste, através da formação de jornalistas, da redacção do quadro legal e mesmo do impulso à criação do Conselho de Imprensa, em 2015”. O encontro, que juntou jornalistas com experiência de cobertura do país, entre os quais o delegado da Lusa, permitiu celebrar “a língua, sublinhando o valor da palavra em português”, salientou a diplomata. Perante uma plateia de dezenas de jornalistas timorenses, os jornalistas veteranos Adelino Gomes e Max Stahl recordaram o trabalho feito no passado. Adelino Gomes, que está em Timor-Leste numa iniciativa do Conselho de Imprensa e da Embaixada de Portugal, mostrou excertos dos seus blocos de notas da altura e descreveu os condicionalismos técnicos de operar na altura no território. Max Stahl, que filmou o massacre de Santa Cruz em 1991, aproveitou a sua participação no seminário para falar do período de 1999, nomeadamente durante o período de grande violência após o referendo de 30 de Agosto. O jornalista referiu-se ao facto dos vários poderes usarem imagens ou outros instrumentos para tentar manipular a opinião pública e apresentar versões diferentes da realidade. Já Virgílio Guterres, presidente do Conselho de Imprensa timorense, recordou os seus primeiros passos no jornalismo, nomeadamente nos últimos anos da ocupação indonésia – que terminou em 1999. Guterres salientou a criação de publicações como a Talitakum ou a Vox Populi, algumas revistas pioneiras na luta contra a ocupação indonésia. Hoje Macau China / ÁsiaChina defende acordo do Irão face a sanções unilaterais dos EUA [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês defendeu hoje uma “rigorosa” implementação do acordo nuclear do Irão, face às sanções “unilaterais” dos Estados Unidos, que visam “aumentar a tensão” no Médio Oriente. “Rejeitamos as acções dos EUA, que levaram a uma escalada da tensão”, afirmou Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. A China foi um dos países que assinou o chamado Plano Integral de Acção Conjunta (JCPOA). Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha são os outros signatários. Depois de anunciar a sua retirada unilateral, Washington voltou a impor sanções contra Teerão, em Agosto e Novembro, incluindo sobre os sectores bancário e petrolífero. Na sexta-feira passada, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a imposição de mais sanções. Em resposta, o presidente iraniano, Hasan Rohaní, deu hoje 60 dias às potências mundiais para se negociar um novo acordo nuclear, caso contrário retomará o enriquecimento do urânio, e anunciou a redução de compromissos firmados no pacto de 2015. Rohaní afirmou que o país vai deixar de limitar as suas reservas de urânio e água pesada, uma decisão que contraria o acordo nuclear de 2015. O líder iraniano disse que a redução dos compromissos nucleares é uma medida que visa “salvar” o JCPOA, e que o Irão “não escolheu o caminho da guerra, mas o caminho da diplomacia”. Geng considerou que Teerão “cumpriu com as suas obrigações” nos termos do acordo, que foi implementado “rigorosamente” apesar das “sanções unilaterais” dos Estados Unidos. O porta-voz chinês destacou que a manutenção e implementação do acordo nuclear é uma “responsabilidade comum” de todos os países signatários, apelando a um “fortalecer do diálogo”, que “evite uma escalada de tensão” na região. “A China continuará em contacto com todas as partes envolvidas, para implementar o acordo e manter os direitos e interesses legítimos dos nossos negócios”, disse Geng. Hoje Macau EventosCaves de vinho do Porto Cálem com visitas guiadas em mandarim para atrair chineses [dropcap]A[/dropcap]s caves de vinho do Porto Cálem estão a organizar visitas guiadas em mandarim para atrair turistas chineses, um “mercado novo com potencial forte de crescimento” e elevado poder de compra, disse à Lusa a directora de turismo da marca. “Com a iminência do ‘Brexit’ e a ascensão da concorrência de destinos como a Turquia, Tunísia e Egipto (que estiveram adormecidos e que, desde 2016, têm vindo a recuperar), sentimos a necessidade de trabalhar mercados novos e com um potencial forte de crescimento”, afirmou Maria Manuel Ramos. Segundo salientou, “sendo o mercado chinês o número um em ‘outbound’ [emissão] de turistas no mundo e tendo em conta que a Espanha surge já como o quarto país na lista de preferências deste mercado, Portugal, por questões de localização e de proximidade, posiciona-se, sem dúvida, como uma boa porta de entrada para estes visitantes”. Adicionalmente, tem vindo a registar-se uma “procura crescente” por parte dos turistas chineses pelo destino Porto e Norte de Portugal. “Decidimos explorar esta oportunidade, uma vez que acreditamos que apostar num dos mercados com maior poder de compra será também um dos caminhos acertados para marcar a diferença face à concorrência. Criar ofertas diversificadas, de modo a crescer num segmento competitivo, foi outro dos motivos que nos levou a fazer esta aposta”, acrescentou a directora de turismo da marca. As visitas às caves com guias chineses, que explicam e acompanham os turistas ao longo de toda a experiência de descoberta do mundo do vinho do Porto, estão já disponíveis desde o início de Abril, sob reserva prévia e para grupos com um máximo de 45 pessoas, complementando a oferta já existente de visitas guiadas em português, inglês, espanhol e francês. Apesar de actualmente os turistas chineses representarem apenas 1% dos visitantes das caves Cálem, localizadas em Vila Nova de Gaia, o objectivo é “chegar a pelo menos 5% através de todas as acções implementadas”. Estas acções incluem a promoção das novas visitas guiadas em mandarim “junto dos operadores que trabalham este nicho, principalmente aqueles que têm escritório ou representantes em Espanha”. Paralelamente, a aposta da Cálem no mercado chinês passa pela presença da marca “numa das plataformas de reservas com maior implementação no mercado asiático – ‘Klook’ – e, brevemente, pela disponibilização em todas as lojas e centros de visita das marcas do grupo Sogevinus de um método de pagamento através da plataforma Alipay (a maior plataforma de pagamentos digitais da China), para facilitar as transacções junto dos turistas chineses. Fundada em 1859 por António Alves Cálem, a marca Cálem apresenta-se como “uma embaixadora do Porto pelo mundo” e reclama a liderança no mercado português, “em larga medida graças à insígnia Cálem Velhotes”, tendo vindo a apostar em vários mercados externos. Segundo a marca, que integra o grupo Sogevinus Fine Wines, as caves Cálem “são as mais visitadas caves de vinho do Porto e uma das mais visitadas caves de vinho em todo o mundo”. No mercado desde a década de 1990, o grupo Sogevinus Fine Wines produz e comercializa vinhos do Porto e vinhos Douro DOC. Hoje Macau SociedadeMaioria dos alunos que entram na Escola Portuguesa de Macau sem português como 1.ª língua [dropcap]A[/dropcap] maioria dos alunos inscritos no primeiro ano da Escola Portuguesa de Macau (EPM) não tem o português como primeira língua, num universo de 612 alunos de 24 nacionalidades, segundo o director da instituição. O presidente da direcção da EPM, Manuel Peres Machado, falava à agência Lusa à margem do primeiro encontro das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, que decorre na capital de Cabo Verde, encontro que está a permitir aos responsáveis destas escolas “trocarem impressões e falarem um pouco das especificidades das escolas e dos locais onde estão inseridas”. E a principal especificidade da EPM é o facto de ser a única que não está inserida “num meio em que se fale português com fluência”. “Os nossos alunos não estão imersos num meio em que a língua portuguesa é usada no dia a dia fora da escola”, disse. Para Manuel Peres Machado, esta particularidade de os alunos apenas terem o português como língua curricular produz dificuldades, mas também traz vantagens. “Dificulta no sentido em que torna mais difícil o delinear de estratégias que levem a que os alunos e os encarregados de educação desenvolvam fora da escola o seu trabalho necessário para o conhecimento da língua que têm de dominar para a frequência da escola portuguesa”, referiu. Por outro lado, tem a “vantagem de permitir esta vivência multicultural em que há duas culturas que são bem diferentes – a portuguesa e a chinesa -, que não estão de costas voltadas, mas antes se completam no espaço Escola Portuguesa de Macau”. E apesar de não estarem inseridas num ambiente que fala português, os alunos acabam sempre por o levar para as suas casas: “Nunca fica restrito ao espaço escola. Há obviamente a transmissão aos encarregados de educação do que é alvo da aprendizagem da escola”. O que aprendem e transmitem “é apreciado”, como o demonstra o número de alunos que não tem o português como primeira língua e que este ano se inscreveu no primeiro ano da EPM. “Este ano, matriculou-se no primeiro ano mais de 60% de alunos que não tem o português como primeira língua, o que exige da escola estratégias para ensinar a língua para os alunos adquirirem as ferramentas necessárias ao acompanhamento do currículo nos anos consequentes”, disse. O director da EPM adiantou que muitas destas crianças “não falam de todo português. Vêm de agregados familiares chineses, filipinos, ou de outras nacionalidades”. Ao todo, estudam nesta escola 612 alunos, provenientes de 24 nacionalidades, sendo a portuguesa a mais representada, seguindo-se a chinesa (88 alunos) e outras como a brasileira, a angolana, guatemalteca, russa, inglesa. “Existem alunos provenientes de todas as partes do mundo”, sublinhou, acrescentando que, “as crianças, desde que se dediquem, estão numa altura do seu crescimento em que absorvem a língua e começam a praticar”. Para ensinar estes 612 alunos, que frequentam do 1.º ao 12.º ano, leccionam 65 professores. Para já, apesar da procura crescente, a escola ainda não tem lista de espera, mas as instalações “estão praticamente ocupadas”. A situação deverá resolver-se com a criação de um novo pólo da EPM, a ser construído num terreno cedido pela administração da Região Administrativa Especial de Macau, conforme anunciou recentemente o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, aquando da sua visita a Macau. O primeiro encontro das Escolas Portuguesas no Estrangeiro arrancou sábado na cidade da Praia e reúne os directores destas instituições, onde estudam 6.000 alunos de várias nacionalidades e leccionam 500 professores. Hoje Macau EventosGuia de conversação vietnamita-português apresentado em Hanói [dropcap]O[/dropcap] Instituto Português do Oriente (IPOR) apresentou ontem o guia de conversação vietnamita-português durante um colóquio sobre língua portuguesa, que decorre até quarta-feira na Universidade de Hanói. “O IPOR está a desenvolver uma série de ferramentas na área de publicações de guias lexicais e de conversação, a maior parte deles voltados para fins específicos”, como contabilidade e economia, saúde e jornalismo, afirmou o director da instituição, Joaquim Coelho Ramos, que se deslocou a Hanoi para apresentar o guia a professores e investigadores. Editado em 2017, quando 180 alunos frequentavam o curso de licenciatura em português naquela Universidade, o “Guia de conversação vietnamita-português” apresenta noções básicas sobre língua portuguesa, vocabulário, estruturas gramaticais próprias, sinalética e gestos e expressões não-verbais documentados com imagens, abordando temas como socialização, alojamentos, estudos, visitas, deslocações, sair e fazer compras. O desenvolvimento de materiais didácticos é também uma das prioridades do IPOR para a nova delegação em Pequim, resultante do protocolo agora assinado entre o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e a Sociedade de Jogos de Macau S.A., disse. “Gostávamos que a delegação [arrancasse] em Setembro ou Outubro, mas depende de um concurso que vai ser lançado para seleccionar o delegado”, afirmou o responsável. Aquele protocolo, firmado aquando da visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Macau, em 1 de Maio passado, visou a constituição de um fundo para apoiar a difusão e promoção da língua portuguesa na República Popular da China. Esta delegação vai ter como “conteúdos funcionais”, além da produção de material didáctico adequado às especificidades da China continental, “a formação contínua de professores” e o desenvolvimento de “actividades de intervenção cultural”. “É nossa intenção que o delegado se desloque, dentro das suas possibilidades, para dar apoio às instituições que são cada vez mais”, disse Joaquim Coelho Ramos, numa referência ao ensino do português na China, actualmente a decorrer já em 48 universidades chinesas. “Uma vez cumprido este núcleo muito voltado para a língua portuguesa”, o delegado vai desenvolver “actividades de intervenção cultural, sempre em articulação com a embaixada de Portugal”, já que “é um mecanismo essencial associar a cultura à língua para facilitar as aprendizagens”, explicou. Ainda ao abrigo deste fundo, o IPOR vai desenvolver uma presença em Chengdu, na província de Sichuan (centro). Joaquim Coelho Ramos afirmou que “há já algum tempo” que o IPOR se desloca àquela cidade chinesa para dar aulas de português a médicos, enfermeiros e técnicos de planeamento familiar do Centro Internacional de Formação na área da Saúde e do Planeamento Familiar. Estes técnicos integram as dinâmicas de cooperação e desenvolvimento da China junto dos países lusófonos, indicou. “Com esta nova ferramenta financeira, vai ser possível aprofundar essa colaboração e criar um centro de língua e cultura portuguesa, o que também vai facilitar muito a formação”, acrescentou. O IPOR lançou recentemente um laboratório digital de línguas, um recurso tecnológico “que permite aumentar os níveis de sucesso no ensino das línguas estrangeiras”, uma vez que os professores podem fazer “um ensino mais individualizado” e acompanhar “através da consola central a evolução dos alunos”, afirmou. Este laboratório tem capacidade para 25 alunos em simultâneo, e possibilita também o treino auditivo “muito importante para articular as palavras uma vez que são línguas muito diferentes”, disse. Além da valência no ensino-aprendizagem, o laboratório permite explorar a área da investigação. “Através de resultados que podem ser computados ao longo da aula, o professor pode recolher elementos que permitem acompanhar a evolução do aluno”, ao mesmo tempo que permite compilar “elementos estatísticos que vão ajudar a instituição a acomodar necessidades específicas dos alunos”. Joaquim Coelho Ramos adiantou que o IPOR vai “abrir o laboratório à colaboração de escolas de Macau, em articulação com a DSEJ [Direcção dos Serviços de Educação e Juventude] ou com o centro de difusão de línguas, parceiros institucionais do instituto”. Este laboratório decorre “de um apoio” da região administrativa especial chinesa, sendo “de toda a justiça” que seja colocado à disposição do território”, o que também vem reforçar a vontade do IPOR de “servir de elo de ligação de todas as comunidades”, sublinhou. Hoje Macau China / ÁsiaMarcelo recebe em audiência cardeal filipino que preside às cerimónias de Fátima [dropcap]O[/dropcap] cardeal filipino e arcebispo de Manila, Luis Antonio Tagle, que este ano preside à peregrinação de 13 de Maio de Fátima, encontra-se na sexta-feira com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, adiantou hoje a agência Ecclesia. O cardeal filipino, que é também o presidente da Caritas Internationalis, chega na quinta-feira, dia 9, a Portugal, onde fica até dia 15. Na agenda, além das cerimónias do 13 de Maio, em Fátima, às quais preside este ano, tem uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa na sexta-feira, pelas 16:30. Do seu programa constam ainda visitas às Caritas diocesanas de Lisboa, Coimbra, Santarém e Setúbal. Na sexta-feira, dia 10, depois do encontro com o Presidente da República, o arcebispo de Manila segue para um encontro com a comunidade filipina radicada em Portugal, na Igreja São Tomás de Aquino, em Lisboa, onde pelas 18:00 dará uma conferência a que se segue uma missa em inglês. O cardeal Luis Antonio Tagle vai presidir à peregrinação internacional de maio de Fátima, anunciou hoje o Santuário, justificando, em comunicado enviado à Lusa, que a escolha reflecte um “sinal de atenção à Ásia, cujo número de peregrinos não para de surpreender”. Em 2018, o bispo emérito de Hong Kong presidiu à peregrinação de maio e o bispo de Hiroshima à de Outubro. Este ano, em Outubro, será também um cardeal asiático a presidir, Andrew Yeom Soo-Jung, arcebispo de Seul, capital da Coreia do Sul. O Santuário de Fátima salienta que, nos primeiros quatro meses do ano, aquele espaço já acolheu 60 grupos de peregrinos asiáticos, nove dos quais das Filipinas. Segundo a nota, “os peregrinos sul-coreanos continuam a destacar-se na Cova da Iria como o grupo mais expressivo da presença asiática neste lugar”, sendo que, entre Janeiro e Abril, “fizeram-se anunciar 30 grupos da Coreia do Sul, num total de 730 peregrinos”. Em 2018, dos 456 grupos asiáticos que visitaram Fátima, 125 eram sul-coreanos, 93 filipinos, 48 indonésios e 36 vietnamitas. Dos cerca de cem grupos já inscritos para a peregrinação de maio, cerca de 10% dos peregrinos vêm de Hong Kong, Coreia do Sul, Vietname, Filipinas e Singapura, frisa o Santuário. De acordo com a nota do Santuário de Fátima, Luis Antonio Tagle é, desde 2011, arcebispo de Manila, capital das Filipinas, o único país do continente asiático onde os católicos são maioritários. Luis Antonio Tagle é também o actual presidente da Cáritas Internacional, sendo que, durante a sua estada em Portugal, terá vários encontros com a Cáritas nacional e com responsáveis locais da Igreja “por projectos de intervenção social para migrantes e sem abrigo”. A peregrinação de maio, que decorre a 12 e 13, vai ter como tema “Dar graças por peregrinar em Igreja”. Hoje Macau China / ÁsiaJornalistas libertados em nome do interesse nacional, diz Governo de Myanmar [dropcap]O[/dropcap]s dois jornalistas da Reuters libertados ontem em Myanmar (antiga Birmânia), após serem sentenciados a sete anos de prisão pela investigação sobre o massacre de muçulmanos Rohingya, foram perdoados em nome do “interesse nacional”, segundo o Governo local. “Os dois jornalistas da Reuters foram libertados depois de os líderes levarem em conta o interesse nacional a longo prazo”, disse à agência de notícias francesa AFP o porta-voz do Governo de Myanmar, Zaw Htay. De acordo com o chefe da prisão de Insein, Zaw Zaw, os dois jornalistas foram libertados esta manhã depois de o Presidente de Myanmar, Win Myint, ter perdoado 6.520 presos. Nas primeiras declarações à imprensa, um dos jornalistas garantiu que vai continuar a exercer a profissão. “Sou jornalista e vou continuar a sê-lo”, disse Wa Lone, citado pela AFP. Por seu lado, a agência Reuters emitiu um comunicado a saudar a decisão das autoridades de Myanmar, destacando a coragem dos dois trabalhadores, “símbolos da importância da liberdade de imprensa”. Os dois jornalistas partilharam com os seus colegas da Reuters, no início de Abril, o Prémio Pulitzer de reportagem internacional, uma das maiores distinções do jornalismo. No dia 23 de Abril, o Supremo Tribunal de Myanmar tinha rejeitado o último recurso de Wa Lone e Kyaw Soe Oo, confirmando as sentenças de prisão de sete anos, na sequência de reportagens sobre a repressão militar contra a minoria muçulmana rohingya. O escritório das Nações Unidas em Myanmar também já saudou a libertação dos dois jornalistas. “Estamos satisfeitos que Wa Lone e Kyaw Soe Oo, dois jornalistas da Reuters presos sob a lei de segredos oficiais de 1923, obtiveram hoje [ontem] um perdão presidencial. Agora, estão livres e podem reunir-se com suas famílias e retomar o seu trabalho vital “, declarou também a porta-voz da comissária da União Europeia dos Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, num comunicado. A ratoeira Wa Lone e Kyaw Soe Oo foram acusados de se terem apoderado de documentos secretos relativos às operações das forças de segurança no estado de Rakhine, região do noroeste de Myanmar, palco das atrocidades cometidas contra a minoria muçulmana rohingya do país. Quando foram detidos, em Dezembro de 2017, estavam a investigar o massacre de rohingyas em Inn Din, uma aldeia do norte do estado de Rakhine. Desde então, as forças armadas reconheceram que realmente tinham sido cometidas atrocidades em Setembro de 2017, e sete militares foram condenados a dez anos de prisão. Ambos os repórteres declararam sempre ter sido enganados, e um dos polícias que testemunhou no julgamento admitiu que o encontro durante o qual os documentos secretos lhes foram entregues foi “uma armadilha” destinada a impedi-los de prosseguir o trabalho. Desde 2017, mais de 700.000 rohingyas abandonaram a região, fugindo à violência do exército birmanês e de milícias budistas e refugiaram-se em campos improvisados no vizinho Bangladesh, um dos países mais pobres do mundo. Hoje Macau EventosIPM Art-Venture mostra trabalhos de finalistas até Outubro [dropcap]O[/dropcap] Instituto Politécnico de Macau (IPM) lançou a iniciativa “IPM Art-Venture” que prevê “a realização de uma série de actividades e representações artísticas durante seis meses, de Maio a Outubro”, destinadas a revelar ao público os trabalhos dos alunos dos cursos de arte e de música do IPM. De acordo com um comunicado, esta iniciativa visa comemorar os 70 anos da criação da República Popular da China (RPC) e os 20 anos da transferência de soberania de Macau para a China, bem como os 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e Portugal. O programa inclui 12 actividades e apresentações artísticas nas áreas de música, design e artes visuais. Na inauguração do programa, esta quinta-feira, irá realizar-se um concerto de graduação, em que os alunos finalistas do Curso de Música demonstrarão as competências aprendidas ao longo de quatro anos. Serão ainda apresentadas três exposições com trabalhos de alunos. Parcerias com Portugal Nos meses de Verão serão lançados também três eventos. A Exposição “Cidade Artística – Criações Artísticas”, a realizar em colaboração com a Universidade de Porto e a Universidade de Aveiro, e que mostra trabalhos de alunos e professores das escolas de artes da China (Macau) e de Portugal. As três instituições, trazem a cultura própria da sua cidade, fazendo um intercâmbio, através da exposição dos trabalhos criativos de design e de artes visuais. O segundo evento corresponde ao 12.º Fórum sobre a investigação e a educação de música na Região Ásia-Pacífico, onde “académicos e especialistas na área da música provenientes de todo o mundo vão trocar experiências e explorar em conjunto o desenvolvimento futuro de actividades educativas na área da música”. Já o terceiro evento diz respeito à “Exposição dos antigos alunos do Curso de Artes Visuais nos 30 anos”, que reúne trabalhos dos alunos graduados do Curso de Artes Visuais, das últimas três décadas. Em Setembro acontece ainda a “Exposição de criatividade e cultura em comunidade”, que vai apresentar os resultados dos projectos criativos culturais da comunidade de Macau e do projecto de transformação de restaurantes antigos. Em simultâneo, realiza-se o “Fórum de criatividade e cultura de Macau”, para o qual são convidados especialistas da China e do exterior para abordarem temáticas sobre a teoria e a prática ligadas às indústrias culturais e criativas na área de gastronomia. Hoje Macau SociedadeMGM Cotai, Morfeu e Okura distinguidos pelos Prémios Hotel Verde [dropcap]A[/dropcap]s unidades hoteleiras MGM Cotai, Hotel Morfeu e Okura ganharam a distinção ouro no “Prémio Hotel Verde 2018”, organizado pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), que distingue práticas amigas do ambiente no sector hoteleiro. A escolha foi feita de entre um conjunto de 19 hotéis do território. A DSPA aponta, em comunicado, que os “hotéis premiados tomaram as devidas medidas para reduzir o fornecimento de bebidas em garrafa de plástico descartável, nomeadamente a instalação do sistema de água potável filtrada para substituir dispensadores de água de garrafão, a instalação de locais ‘self-service’ ou diminuindo ou até suspendendo o fornecimento de água engarrafada em garrafas de plástico”. Além disso, o MGM Cotai, Okura e Morfeu destacaram-se na “melhoria evidente nas vertentes da conservação de energia e a poupança de água, redução de resíduos e recolha de resíduos recicláveis, e o controlo da poluição do ruído e da luz”. Em Junho, realiza-se a cerimónia para atribuir os louvores aos diversos hotéis premiados. Além dos três hotéis premiados com o ouro, cinco hotéis ganharam o prémio de prata, quatro o prémio de bronze e três o prémio de excelências. A DSPA nota também que “o sector hoteleiro de Macau tem vindo a concretizar a gestão de resíduos alimentares e em quase 64 por cento dos hotéis galardoados já foi efectuada a recolha de resíduos alimentares”. Foi também notado que “80 por cento dos hotéis premiados efectuaram acções relativas à reciclagem de resíduos recuperáveis, as quais incluem papéis usados, garrafas de plástico, latas de alumínio, garrafas de vidro e pilhas e baterias usadas, entre outros, sendo a quantidade total de recolha acumulada de mais de 21 toneladas métricas”. O mesmo comunicado dá conta de que 20 por cento dos hotéis vencedores utilizam veículos eléctricos. Hoje Macau SociedadeTurismo | Aproveitamento dos passeios marítimos depende de empresas [dropcap]A[/dropcap] directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, apresentou ontem os três produtos turísticos que caracterizam o passeio marítimo de Macau. São eles o Passeio Marítimo “Reel Fun”, o Passeio Aquático do Porto Interior à Ilha Artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e o Passeio Aquático do Terminal de Passageiros da Taipa à Ponte Cais de Coloane. Segundo informação do canal chinês da TDM-Rádio Macau, a directora informou que o futuro depende do desenvolvimento do passeio marítimo, e que cabe às respectivas empresas a decisão de promover novos produtos turísticos. Acerca da proposta da DSSOPT, sobre a eventual construção de instalações de prevenção de cheias no Cais de Coloane poder vir a influenciar a paisagem do local, Maria Helena de Senna Fernandes respondeu que a segurança do público é uma consideração essencial. Mas mencionou também que a DSSOPT vai equilibrar as necessidades de todos os sectores, sem descartar a influência na paisagem. Hoje Macau SociedadeAlargada proibição de autocarros de turismo nas Portas do Cerco [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem que o período de proibição de entrada de autocarros de turismo no lado leste da Praça das Portas do Cerco passa a ser diário. A partir da próxima sexta-feira, estes veículos não podem circular, diariamente, entre as 14h e as 20h. A medida já era aplicada desde Dezembro durante os fins-de-semana e os feriados, e passou a ser uma realidade também durante os dias úteis desde Fevereiro. A DSAT explica em comunicado que depois de feito o balanço ao funcionamento de todos os postos fronteiriços e de ouvir a Direcção dos Serviços do Turismo e o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), decidiu alargar definitivamente a proibição de circulação todos os dias. A medida procura “desviar o fluxo de pessoas e melhorar a situação do trânsito na zona das Portas do Cerco”. Além disso, a medida “não impede que o CPSP adapte a proibição provisória fora do período indicado, sempre que a situação de trânsito e o fluxo de passageiros o justifiquem”. Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Autocarros entre Macau e aeroporto de Hong Kong para breve [dropcap]E[/dropcap]m resposta a interpelação do deputado Ho Ion Sang, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) revelou estar para breve a ligação directa, de autocarro, entre o posto fronteiriço de Macau da Ponte HKZM e o Aeroporto Internacional de Hong Kong. As rotas de autocarros vão ser supervisionadas pelas autoridades de ambas as regiões administrativas especiais e, de acordo com a DSAT, o Executivo de Carrie Lam já estará a afinar detalhes logísticos. Outro detalhe revelado pela DSAT, e citado pela Macau News Agency, indica que o parque de estacionamento leste do posto fronteiriço de Macau da Ponte HKZM teve uma ocupação de 0,74 por cento do total da capacidade, enquanto o parque oeste registou cerca de 3 por cento. Face à fraca afluência aos espaços de estacionamento, as autoridades de Hong Kong reduziram o tempo mínimo de permanência no parque de 12 para 6 horas, enquanto Macau continua a exigir a reserva mínima de 12 horas. A DSAT justifica a fraca afluência nos parques de estacionamento com o facto de mais de 80 por cento dos visitantes que chegam a Macau através da Ponte HKZM o fazerem de autocarro. «1...539540541542543544545...854»
Hoje Macau EntrevistaChefe do Executivo diz que integraçao na China é “oportunidade de ouro” para portugueses em Macau Entrevista de João Carreira, da agência Lusa Em entrevista à Lusa, o líder do Governo deixou um apelo à comunidade portuguesa em Macau para que confie no projecto da Grande Baía e que uma China forte vai beneficiar a RAEM. Chui Sai On dá início amanhã à sua visita a Portugal [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo deixou ontem a garantia, numa entrevista à agência Lusa, que a comunidade portuguesa em Macau vai ter uma “oportunidade de ouro” com a criação da Grande Baía. Segundo Chui Sai On, que inicia uma visita a Portugal no sábado, a maior integração no Interior da China de Macau não deve ser temida, mas antes vista com confiança porque vai permitir novas oportunidades de desenvolvimento. “Acredita-se que com a entrada do País numa nova era, o desenvolvimento de Macau irá também avançar para uma nova fase, e, neste sentido, a comunidade portuguesa de Macau poderá igualmente ter um papel maior e mais activo”, afirmou Chui Sai On numa entrevista por escrito à Lusa. O líder do Executivo sublinhou também que “desde o estabelecimento da RAEM, há 20 anos, o Governo tem dado elevada importância ao papel social da comunidade portuguesa, no respeito e na protecção da sua língua, cultura, religião e costumes”. Ainda no que diz respeito à comunidade portuguesa, Chui explicou que o Executivo “tem ainda incentivado e apoiado a comunidade portuguesa a participar, de forma activa, no desenvolvimento e nos assuntos da RAEM, em vários domínios”, apontou. Por outro lado, elogiou o papel dos macaenses: “a comunidade portuguesa de Macau, especialmente os macaenses, potenciou o papel de ponte de comunicação e intercâmbio de culturas com impacto desenvolvimento da cidade e progresso histórico”. Esta política de integração, segundo Chui Sai On, que deixa o cargo em Dezembro, não vai mudar com a maior integração frisa acrescentando que a comunidade portuguesa “deve ter ainda maior confiança nas perspectivas de desenvolvimento de Macau”. Sistema intacto Ainda no plano da integração de Macau no Interior da China, Chui Sai On garante que a actual realidade vai justificando que o sistema de vida anterior à transição, ou seja com base no sistema capitalista, por contraste com o interior comunista, seja mantido. “A realidade justifica a manutenção do sistema capitalista e da maneira de viver anteriormente existentes em Macau”, sustentou Chui, que garantiu que o Segundo Sistema não vai ser substituído, no âmbito da integração. “A nossa participação na estratégia e na conjuntura de desenvolvimento nacional é importante para o enriquecimento da implementação do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, não visando a sua substituição”, prometeu. Em relação à integração, Chui não deixa dúvidas, com ele ou com o sucessor, esta vai não só ser uma prioridade, mas também um dever patriótico: “de momento, e ainda por um longo espaço de tempo, essa integração será uma das prioridades das acções governativas da RAEM, sendo, simultaneamente, um dever e um compromisso”, esclareceu. Chui Sai On frisou também que o País deve estar ligado e que “quando a Pátria está bem, Macau está melhor”. Em termos de balanço dos dez anos em que esteve à frente do Executivo, o líder da RAEM considerou que o território “concretizou com sucesso” vários princípios basilares: “‘Um país, Dois sistemas’, ‘Macau governado pelas suas gentes” e a política de ‘um alto grau de autonomia’”. “O nosso orgulho é ter conseguido que o valor fundamental de ‘amor à Pátria e a Macau’ passe de geração em geração”, que a “potencialidade da mistura multicultural tenha desempenhado o seu papel”, e que “a função de Macau como ponte e plataforma tenha sido reconhecida”, resumiu. Por outro lado, defendeu que se atingiram no território “resultados faseados, no que respeita à transformação de Macau num ‘centro mundial de turismo e lazer’ e numa ‘plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa’, pois é notório o êxito do desenvolvimento”, considerou. Visita a Portugal Em relação à deslocação a Lisboa e ao Porto, o Chefe do Executivo diz que o objectivo passa por garantir “mais consenso” e reforçar as relações entre os dois países. “Esta visita da delegação da RAEM a Portugal, tem como objectivo dar continuidade, inovar e reforçar a relação amigável de cooperação entre ambos, em prol de mais resultados frutíferos para a cooperação, impulsionando profundamente o futuro desenvolvimento, contribuindo para o desenvolvimento mútuo e outras parcerias”, referiu Chui Sai On. “Esperamos alcançar ainda mais consensos com Portugal, complementar as vantagens mútuas e também promover o desenvolvimento conjunto, aproveitando (…) o papel de Macau para reforçar, acelerar e fazer da melhor forma os trabalhos”, adiantou. O papel de Macau, enquanto plataforma estratégica da China nas relações com Portugal, como porta de entrada para a Europa, e os países lusófonos, para assegurar os mercados africanos e na América Latina, foi igualmente salientado. “O que nos deixa mais felizes e satisfeitos, é sermos um factor importante nas relações sino-portuguesas e desempenhar bem as nossas funções no desenvolvimento da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, sintetizou. Sobre a visita, Chui Sai On sublinhou também que “desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal [assinala-se em 2019 o 40.º aniversário], a cooperação tem vindo a aumentar, assim como as áreas têm sido cada vez mais alargadas, e além das relações económicas, também o intercâmbio e a cooperação têm sido reforçadas, de forma continuada, no âmbito da cultura, arte, educação, desporto”. É por essa razão que, “actualmente, a China e Portugal elevaram a sua relação a uma importante parceria estratégica de cooperação, cujas características singulares e fundamentais da relação bilateral são: proeminente importância estratégica, complementaridade de interesses elevada e complementaridade económica forte”, assinalou. Grande Baía em Português A criação da Grande Baía, que inclui Macau, é vista como uma forma de reforçar a cooperação sino-lusófona e a formação de quadros bilingues chinês-português. “A participação dos países de língua portuguesa na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e na iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ pode servir [para] elevar (…) e alargar o espaço de cooperação, de modo a que os frutos da abertura da China possam ser partilhados por todos, enquanto se avança com um desenvolvimento que proporciona benefícios mútuos”, salientou. Ainda segundo Chui, “Macau surge como uma das quatro cidades principais no plano de construção da Grande Baía e antevê-se o reforço das suas funções de plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”. Ao mesmo tempo frisou que a China “apoia o ensino da língua portuguesa e a formação de quadros bilingues qualificados, sendo que, nas linhas gerais da Grande Baía, está definido, como um dos principais projectos, a construção de uma base que garanta a formação de quadros bilingues em chinês e português”. Razão pela qual, concluiu, “o Governo da RAEM irá ainda beneficiar das vantagens no ensino do português, e da plataforma entre a China e os países da língua portuguesa, para construir, de forma mais segura e profunda, uma base que garanta a formação de quadros bilingues em chinês e português”. A visita a Portugal do chefe do Governo prolonga-se até 19 de Maio, estando agendadas reuniões com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, António Costa. O líder de Macau vai ainda presidir à sexta reunião da Comissão Mista Macau-Portugal com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Hoje Macau Manchete SociedadeSCMM | Governo tem dinheiro para dar maior apoio às instituições sociais O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macau defendeu ontem que o Governo de Macau, com as receitas milionárias do jogo, tem condições para garantir mais apoios financeiros a instituições sociais. À beira do 450.º aniversário da fundação, António José Freitas caracteriza a situação financeira da Santa Casa como “muito sólida” [dropcap]E[/dropcap]m entrevista à agência Lusa, António José Freitas considerou que o Governo do território que regista o segundo rendimento ‘per capita’ mais alto do mundo tem condições para “dar um maior apoio financeiro para as organizações e instituições de índole social sem fins lucrativos”. A poucos dias de comemorar 450 anos da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCMM), cuja situação financeira o provedor apelidou de “muito sólida”, António José de Freitas assinalou, no entanto, as dificuldades vividas por outras organizações. “A Santa Casa [da Misericórdia] é uma organização multissecular, teve sempre fundos próprios, mas é do meu conhecimento que existem muitas instituições a fazer um bom trabalho, [que] querem fazer mais e melhor, mas [que] não têm condições”, destacou. “Não têm condições precisamente pelo fraco apoio da parte do Governo. Acho que nesse aspecto o Governo podia fazer mais e melhor”, sublinhou. O provedor, contudo, ressalvou que “o Governo tem dado muita atenção” às necessidades sociais do território, traduzida “nas Linhas de Acção Governativa, que estão também muito orientadas para a parte assistencial, para a parte de apoio aos necessitados, mas”, frisou, “há sempre uma pobreza escondida” à qual é preciso responder. Ajudar quem precisa As comemorações da SCMM, fundada em 1569 pelo bispo Belchior Carneiro têm lugar entre 13 e 18 de Maio, marcadas ainda pela inédita realização do XII Congresso Internacional da Confederação Internacional das Misericórdias. “A História da Santa Casa da Misericórdia de Macau confunde-se com a do próprio território de Macau, outrora sob administração portuguesa, hoje Região Administrativa Especial da República Popular da China”, segundo a instituição na sua página na Internet. A instituição tem um orçamento superior a 70 milhões de patacas, com uma despesa mensal em salários superior a três milhões de patacas (próximo do valor que a instituição arrecada das rendas do seu património imobiliário) e um subsídio governamental que “representa apenas cerca de 25 por cento”, adiantou o provedor. A obra social da Misericórdia em Macau abrange áreas como o apoio a deficientes, idosos e crianças. Um centro de apoio a invisuais (80), um lar (135), uma creche (258) e uma loja social são estruturas que traduzem a actividade social da instituição que tem mais de 180 funcionários. O provedor da SCMM disse à Lusa que o apoio aos idosos deve ser prioritário na definição de políticas sociais futuras no território, pressionado pelo envelhecimento da população. “O envelhecimento da população (…) é um problema que a sociedade, as instituições e o Governo, sobretudo, devem pensar já em definir políticas a médio e longo prazo”, defendeu António José de Freitas. Em entrevista à agência Lusa, o provedor da instituição sublinhou que “a população está cada vez mais envelhecida” e que “a procura por uma cama em lares de Macau tem sido uma constante”, existindo “uma enorme lista de espera”. António José de Freitas dá o exemplo do lar da Santa Casa da Misericórdia de Macau, cuja média de idades dos utentes não só é cada vez mais alta, mas a inspirar cuidados continuados. “Nos últimos dois, três anos, têm idade média superior a 85 anos, com necessidade de cuidados continuados, acamados ou com graves problemas de mobilidade”, explicou. Reconhecimento e finanças Em 1 de Maio, durante a visita do Presidente da República português a Macau, o provedor da Santa Casa da Misericórdia foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa, uma distinção também feita ao antigo presidente do Instituto Politécnico de Macau Lei Heong Iok. Uma distinção que deixou António José de Freitas “emocionado”, apesar de ressalvar que “não é pessoal, mas mais o reconhecimento de um trabalho colectivo” e a prova de que “Portugal não se esqueceu de Macau”. “Diria até que é também o reconhecimento para a comunidade portuguesa e também para a comunidade católica aqui em Macau. (…) Dedico esta medalha à Santa Casa [da Misericórdia], à comunidade portuguesa em Macau, comunidade católica e sobretudo aos funcionários”, disse. A actual saúde financeira da Santa Casa da Misericórdia de Macau garante em 2069 a comemoração, “sem sobressaltos”, do seu 500.º aniversário, disse à Lusa o provedor da instituição que assinala este mês 450 anos. “Estamos em condições sólidas financeiras, por isso me atrevo a dizer [que], com as condições que estão criadas, com o reconhecimento do Governo e autoridades da RAEM e da sociedade civil esta Santa Casa [da Misericórdia] tem condições para celebrar sem sobressaltos o seu quinto centenário em 2069, não tenho dúvidas disso”, sustentou António José de Freitas. António José de Freitas salientou que a obra social da instituição “é inacabável”, mas recordou com orgulho que é a única sobrevivente na Ásia: “todas elas sucumbiram no tempo e esta é a única que permanece viva e actuante”. Ainda em relação à celebração que se avizinha, António José de Freitas sublinha que “são eventos que, pelas suas características e simbolismo, vão decerto contribuir para projecção do nome e imagem de Macau, que se pretende afirmar como uma cidade de uma singularidade histórica, para mostrar que Macau é uma cidade de bem-fazer”. Inicialmente designada de “Confraria e Irmandade da Misericórdia de Macau”, foi criada poucos anos após a fundação de Macau, como entreposto português. O fundador, o jesuíta Belchior Carneiro, esteve mesmo ligado à fundação do Senado, em 1853, a primeira instituição política no território. Nesse período, a instituição “contribuiu para a implementação de taxas organizadas sobre diversas actividades até então não reguladas, funcionou como banco, emprestando dinheiro, e promoveu uma lotaria muito popular”, pode ler-se no site da Santa Casa da Misericórdia de Macau.
Hoje Macau SociedadeUNESCO | Grupo para a Protecção do Farol da Guia vai submeter relatório [dropcap]O[/dropcap] Grupo para a Protecção do Farol da Guia está a aceitar, até ao final deste mês, opiniões para a elaboração de um relatório relativo à protecção do património de Macau e do Centro Histórico, e que será submetido à UNESCO. Num comunicado, o grupo independente assegura que vai entregar o documento a Mechtild Rossler, director do Centro para a Protecção do Património Mundial da UNESCO para “reflectir a situação real” do património no território. A 43a sessão do Comité do Património Mundial acontece na capital do Azerbaijão, Baku, entre 30 de Junho e 10 de Julho deste ano.
Hoje Macau SociedadeReciclagem | DSPA lança campanha para recolha de lâmpadas usadas [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) lança este mês uma campanha de recolha de lâmpadas usadas, intitulada “É fácil descartar as lâmpadas usadas”. A actividade é realizada em cooperação com a Associação de Administração de Propriedades de Macau, a União Geral das Associações dos Moradores de Macau, a Aliança de Povo de Instituição de Macau, a Associação dos Merceeiros e Quinquilheiros de Macau e a Associação da União dos Fornecedores de Macau. De acordo com um comunicado oficial, participam mais de 500 edifícios, supermercados e entidades comerciais que disponibilizam pontos de recolha, “com vista a incentivar os cidadãos a praticar os comportamentos ecológicos”. A DSPA explica que esta campanha “tem por objectivo recolher as lâmpadas mais usadas na vida quotidiana, tais como, lâmpadas fluorescentes, lâmpadas economizadoras, lâmpadas LED, lâmpadas de tungsténio, lâmpadas de halogéneo, lâmpadas de descarga de alta intensidade e outras lâmpadas com teor de mercúrio”.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Casas mais caras na Taipa e Coloane [dropcap]D[/dropcap]ados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que o Índice de Preços da Habitação (IPC), em termos globais, aumentou 0,2 por cento face ao período compreendido entre Dezembro de 2018 e Fevereiro de 2019, sendo actualmente de 263,4. Contudo, o IPC relativo à península de Macau manteve-se inalterado face ao mesmo período, enquanto que o IPC das habitações de Taipa e Coloane aumentou 1,2 por cento. A DSEC dá conta que o IPC de casas construídas, na ordem dos 283,9, subiu apenas 0,1 por cento, sendo que o IPC relativo às ilhas de Taipa e Coloane subiu 1,8 por cento. Por sua vez, o IPC desceu 0,4 por cento relativamente às casas construídas na península de Macau. Em termos do ano de construção, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão dos 11 aos 20 anos de construção e o índice do escalão inferior ou igual a 5 anos de construção cresceram 2,7 por cento e 1,1 por cento, respectivamente, porém, o índice do escalão superior a 20 anos de construção baixou 0,7 por cento. O índice de preços de habitações em construção (272,1) aumentou 1,9 por cento, face ao período transacto, revela a DSEC.
Hoje Macau PolíticaTáxis | Angela Leong diz que novas licenças não são suficientes [dropcap]A[/dropcap] deputada Angela Leong defende que as 200 novas licenças de táxis especiais que irão entrar em funcionamento ainda este ano, graças a um contrato celebrado entre o Governo e a Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau, S.A, não são suficientes para as necessidades do território. Em interpelação escrita, a deputada questiona que medidas vão ser adoptadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) para fiscalizar a qualidade do serviço dos táxis quando entrar em vigor o novo regulamento. Além disso, Angela Leong recorda que, no relatório das Linhas de Acção Governativa para este ano, o Chefe do Executivo declarou que seria feito um novo estudo para avaliar a qualidade dos serviços de táxi no território, o tempo de espera e o número de táxis necessários. Nesse sentido, Angela Leong quer saber qual o progresso do referido estudo e quais as medidas que devem ser adoptadas tendo em conta os resultados.
Hoje Macau China / ÁsiaEmbaixador de Portugal apela aos jornalistas timorenses que aprendam português [dropcap]O[/dropcap] embaixador português em Díli apelou hoje aos jornalistas timorenses que aprendam português, salientando a importância da comunicação social em língua portuguesa na construção democrática de Timor-Leste. “Aprendam português pela vossa identidade, pela vossa profissão, pelo mundo imenso da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, a CPLP, que vos pertence”, disse José Pedro Machado Vieira. “Sabemos todos da importância da comunicação social, bem como do papel que o acesso a informação certa e rigorosa cumpre na construção das democracias, pelo que não podemos descurar a formação permanente dos jornalistas”, referiu José Pedro Camacho Vieira, num seminário “Jornalismo em tempo de luta: relatos em português”, organizado pela embaixada e pelo Camões no âmbito da Semana da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Actualmente, encontra-se em implementação o projecto “Consultório da Língua para Jornalistas”, fruto da parceria entre o Camões, I.P. e a Secretaria de Estado da Comunicação Social de Timor-Leste, que tem como objectivos “a capacitação de profissionais da comunicação de Timor-Leste em língua portuguesa para a transmissão de informação fidedigna ao público”. Actualmente, existem cerca de 80 formandos neste projecto. “Estudantes, jovens profissionais, peço-vos que aproveitem o conhecimento. No vosso percurso, privilegiem o mérito, a competência e a ética”, disse aos jornalistas timorenses. Na sua intervenção, o embaixador português recordou que no último ranking de liberdade de imprensa, Timor-Leste, subiu 11 lugares mas ainda se encontra em “situação difícil”, motivo pelo qual a cooperação portuguesa “tem vindo a apoiar a Comunicação Social de Timor-Leste, através da formação de jornalistas, da redacção do quadro legal e mesmo do impulso à criação do Conselho de Imprensa, em 2015”. O encontro, que juntou jornalistas com experiência de cobertura do país, entre os quais o delegado da Lusa, permitiu celebrar “a língua, sublinhando o valor da palavra em português”, salientou a diplomata. Perante uma plateia de dezenas de jornalistas timorenses, os jornalistas veteranos Adelino Gomes e Max Stahl recordaram o trabalho feito no passado. Adelino Gomes, que está em Timor-Leste numa iniciativa do Conselho de Imprensa e da Embaixada de Portugal, mostrou excertos dos seus blocos de notas da altura e descreveu os condicionalismos técnicos de operar na altura no território. Max Stahl, que filmou o massacre de Santa Cruz em 1991, aproveitou a sua participação no seminário para falar do período de 1999, nomeadamente durante o período de grande violência após o referendo de 30 de Agosto. O jornalista referiu-se ao facto dos vários poderes usarem imagens ou outros instrumentos para tentar manipular a opinião pública e apresentar versões diferentes da realidade. Já Virgílio Guterres, presidente do Conselho de Imprensa timorense, recordou os seus primeiros passos no jornalismo, nomeadamente nos últimos anos da ocupação indonésia – que terminou em 1999. Guterres salientou a criação de publicações como a Talitakum ou a Vox Populi, algumas revistas pioneiras na luta contra a ocupação indonésia.
Hoje Macau China / ÁsiaChina defende acordo do Irão face a sanções unilaterais dos EUA [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês defendeu hoje uma “rigorosa” implementação do acordo nuclear do Irão, face às sanções “unilaterais” dos Estados Unidos, que visam “aumentar a tensão” no Médio Oriente. “Rejeitamos as acções dos EUA, que levaram a uma escalada da tensão”, afirmou Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. A China foi um dos países que assinou o chamado Plano Integral de Acção Conjunta (JCPOA). Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha são os outros signatários. Depois de anunciar a sua retirada unilateral, Washington voltou a impor sanções contra Teerão, em Agosto e Novembro, incluindo sobre os sectores bancário e petrolífero. Na sexta-feira passada, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a imposição de mais sanções. Em resposta, o presidente iraniano, Hasan Rohaní, deu hoje 60 dias às potências mundiais para se negociar um novo acordo nuclear, caso contrário retomará o enriquecimento do urânio, e anunciou a redução de compromissos firmados no pacto de 2015. Rohaní afirmou que o país vai deixar de limitar as suas reservas de urânio e água pesada, uma decisão que contraria o acordo nuclear de 2015. O líder iraniano disse que a redução dos compromissos nucleares é uma medida que visa “salvar” o JCPOA, e que o Irão “não escolheu o caminho da guerra, mas o caminho da diplomacia”. Geng considerou que Teerão “cumpriu com as suas obrigações” nos termos do acordo, que foi implementado “rigorosamente” apesar das “sanções unilaterais” dos Estados Unidos. O porta-voz chinês destacou que a manutenção e implementação do acordo nuclear é uma “responsabilidade comum” de todos os países signatários, apelando a um “fortalecer do diálogo”, que “evite uma escalada de tensão” na região. “A China continuará em contacto com todas as partes envolvidas, para implementar o acordo e manter os direitos e interesses legítimos dos nossos negócios”, disse Geng.
Hoje Macau EventosCaves de vinho do Porto Cálem com visitas guiadas em mandarim para atrair chineses [dropcap]A[/dropcap]s caves de vinho do Porto Cálem estão a organizar visitas guiadas em mandarim para atrair turistas chineses, um “mercado novo com potencial forte de crescimento” e elevado poder de compra, disse à Lusa a directora de turismo da marca. “Com a iminência do ‘Brexit’ e a ascensão da concorrência de destinos como a Turquia, Tunísia e Egipto (que estiveram adormecidos e que, desde 2016, têm vindo a recuperar), sentimos a necessidade de trabalhar mercados novos e com um potencial forte de crescimento”, afirmou Maria Manuel Ramos. Segundo salientou, “sendo o mercado chinês o número um em ‘outbound’ [emissão] de turistas no mundo e tendo em conta que a Espanha surge já como o quarto país na lista de preferências deste mercado, Portugal, por questões de localização e de proximidade, posiciona-se, sem dúvida, como uma boa porta de entrada para estes visitantes”. Adicionalmente, tem vindo a registar-se uma “procura crescente” por parte dos turistas chineses pelo destino Porto e Norte de Portugal. “Decidimos explorar esta oportunidade, uma vez que acreditamos que apostar num dos mercados com maior poder de compra será também um dos caminhos acertados para marcar a diferença face à concorrência. Criar ofertas diversificadas, de modo a crescer num segmento competitivo, foi outro dos motivos que nos levou a fazer esta aposta”, acrescentou a directora de turismo da marca. As visitas às caves com guias chineses, que explicam e acompanham os turistas ao longo de toda a experiência de descoberta do mundo do vinho do Porto, estão já disponíveis desde o início de Abril, sob reserva prévia e para grupos com um máximo de 45 pessoas, complementando a oferta já existente de visitas guiadas em português, inglês, espanhol e francês. Apesar de actualmente os turistas chineses representarem apenas 1% dos visitantes das caves Cálem, localizadas em Vila Nova de Gaia, o objectivo é “chegar a pelo menos 5% através de todas as acções implementadas”. Estas acções incluem a promoção das novas visitas guiadas em mandarim “junto dos operadores que trabalham este nicho, principalmente aqueles que têm escritório ou representantes em Espanha”. Paralelamente, a aposta da Cálem no mercado chinês passa pela presença da marca “numa das plataformas de reservas com maior implementação no mercado asiático – ‘Klook’ – e, brevemente, pela disponibilização em todas as lojas e centros de visita das marcas do grupo Sogevinus de um método de pagamento através da plataforma Alipay (a maior plataforma de pagamentos digitais da China), para facilitar as transacções junto dos turistas chineses. Fundada em 1859 por António Alves Cálem, a marca Cálem apresenta-se como “uma embaixadora do Porto pelo mundo” e reclama a liderança no mercado português, “em larga medida graças à insígnia Cálem Velhotes”, tendo vindo a apostar em vários mercados externos. Segundo a marca, que integra o grupo Sogevinus Fine Wines, as caves Cálem “são as mais visitadas caves de vinho do Porto e uma das mais visitadas caves de vinho em todo o mundo”. No mercado desde a década de 1990, o grupo Sogevinus Fine Wines produz e comercializa vinhos do Porto e vinhos Douro DOC.
Hoje Macau SociedadeMaioria dos alunos que entram na Escola Portuguesa de Macau sem português como 1.ª língua [dropcap]A[/dropcap] maioria dos alunos inscritos no primeiro ano da Escola Portuguesa de Macau (EPM) não tem o português como primeira língua, num universo de 612 alunos de 24 nacionalidades, segundo o director da instituição. O presidente da direcção da EPM, Manuel Peres Machado, falava à agência Lusa à margem do primeiro encontro das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, que decorre na capital de Cabo Verde, encontro que está a permitir aos responsáveis destas escolas “trocarem impressões e falarem um pouco das especificidades das escolas e dos locais onde estão inseridas”. E a principal especificidade da EPM é o facto de ser a única que não está inserida “num meio em que se fale português com fluência”. “Os nossos alunos não estão imersos num meio em que a língua portuguesa é usada no dia a dia fora da escola”, disse. Para Manuel Peres Machado, esta particularidade de os alunos apenas terem o português como língua curricular produz dificuldades, mas também traz vantagens. “Dificulta no sentido em que torna mais difícil o delinear de estratégias que levem a que os alunos e os encarregados de educação desenvolvam fora da escola o seu trabalho necessário para o conhecimento da língua que têm de dominar para a frequência da escola portuguesa”, referiu. Por outro lado, tem a “vantagem de permitir esta vivência multicultural em que há duas culturas que são bem diferentes – a portuguesa e a chinesa -, que não estão de costas voltadas, mas antes se completam no espaço Escola Portuguesa de Macau”. E apesar de não estarem inseridas num ambiente que fala português, os alunos acabam sempre por o levar para as suas casas: “Nunca fica restrito ao espaço escola. Há obviamente a transmissão aos encarregados de educação do que é alvo da aprendizagem da escola”. O que aprendem e transmitem “é apreciado”, como o demonstra o número de alunos que não tem o português como primeira língua e que este ano se inscreveu no primeiro ano da EPM. “Este ano, matriculou-se no primeiro ano mais de 60% de alunos que não tem o português como primeira língua, o que exige da escola estratégias para ensinar a língua para os alunos adquirirem as ferramentas necessárias ao acompanhamento do currículo nos anos consequentes”, disse. O director da EPM adiantou que muitas destas crianças “não falam de todo português. Vêm de agregados familiares chineses, filipinos, ou de outras nacionalidades”. Ao todo, estudam nesta escola 612 alunos, provenientes de 24 nacionalidades, sendo a portuguesa a mais representada, seguindo-se a chinesa (88 alunos) e outras como a brasileira, a angolana, guatemalteca, russa, inglesa. “Existem alunos provenientes de todas as partes do mundo”, sublinhou, acrescentando que, “as crianças, desde que se dediquem, estão numa altura do seu crescimento em que absorvem a língua e começam a praticar”. Para ensinar estes 612 alunos, que frequentam do 1.º ao 12.º ano, leccionam 65 professores. Para já, apesar da procura crescente, a escola ainda não tem lista de espera, mas as instalações “estão praticamente ocupadas”. A situação deverá resolver-se com a criação de um novo pólo da EPM, a ser construído num terreno cedido pela administração da Região Administrativa Especial de Macau, conforme anunciou recentemente o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, aquando da sua visita a Macau. O primeiro encontro das Escolas Portuguesas no Estrangeiro arrancou sábado na cidade da Praia e reúne os directores destas instituições, onde estudam 6.000 alunos de várias nacionalidades e leccionam 500 professores.
Hoje Macau EventosGuia de conversação vietnamita-português apresentado em Hanói [dropcap]O[/dropcap] Instituto Português do Oriente (IPOR) apresentou ontem o guia de conversação vietnamita-português durante um colóquio sobre língua portuguesa, que decorre até quarta-feira na Universidade de Hanói. “O IPOR está a desenvolver uma série de ferramentas na área de publicações de guias lexicais e de conversação, a maior parte deles voltados para fins específicos”, como contabilidade e economia, saúde e jornalismo, afirmou o director da instituição, Joaquim Coelho Ramos, que se deslocou a Hanoi para apresentar o guia a professores e investigadores. Editado em 2017, quando 180 alunos frequentavam o curso de licenciatura em português naquela Universidade, o “Guia de conversação vietnamita-português” apresenta noções básicas sobre língua portuguesa, vocabulário, estruturas gramaticais próprias, sinalética e gestos e expressões não-verbais documentados com imagens, abordando temas como socialização, alojamentos, estudos, visitas, deslocações, sair e fazer compras. O desenvolvimento de materiais didácticos é também uma das prioridades do IPOR para a nova delegação em Pequim, resultante do protocolo agora assinado entre o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e a Sociedade de Jogos de Macau S.A., disse. “Gostávamos que a delegação [arrancasse] em Setembro ou Outubro, mas depende de um concurso que vai ser lançado para seleccionar o delegado”, afirmou o responsável. Aquele protocolo, firmado aquando da visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Macau, em 1 de Maio passado, visou a constituição de um fundo para apoiar a difusão e promoção da língua portuguesa na República Popular da China. Esta delegação vai ter como “conteúdos funcionais”, além da produção de material didáctico adequado às especificidades da China continental, “a formação contínua de professores” e o desenvolvimento de “actividades de intervenção cultural”. “É nossa intenção que o delegado se desloque, dentro das suas possibilidades, para dar apoio às instituições que são cada vez mais”, disse Joaquim Coelho Ramos, numa referência ao ensino do português na China, actualmente a decorrer já em 48 universidades chinesas. “Uma vez cumprido este núcleo muito voltado para a língua portuguesa”, o delegado vai desenvolver “actividades de intervenção cultural, sempre em articulação com a embaixada de Portugal”, já que “é um mecanismo essencial associar a cultura à língua para facilitar as aprendizagens”, explicou. Ainda ao abrigo deste fundo, o IPOR vai desenvolver uma presença em Chengdu, na província de Sichuan (centro). Joaquim Coelho Ramos afirmou que “há já algum tempo” que o IPOR se desloca àquela cidade chinesa para dar aulas de português a médicos, enfermeiros e técnicos de planeamento familiar do Centro Internacional de Formação na área da Saúde e do Planeamento Familiar. Estes técnicos integram as dinâmicas de cooperação e desenvolvimento da China junto dos países lusófonos, indicou. “Com esta nova ferramenta financeira, vai ser possível aprofundar essa colaboração e criar um centro de língua e cultura portuguesa, o que também vai facilitar muito a formação”, acrescentou. O IPOR lançou recentemente um laboratório digital de línguas, um recurso tecnológico “que permite aumentar os níveis de sucesso no ensino das línguas estrangeiras”, uma vez que os professores podem fazer “um ensino mais individualizado” e acompanhar “através da consola central a evolução dos alunos”, afirmou. Este laboratório tem capacidade para 25 alunos em simultâneo, e possibilita também o treino auditivo “muito importante para articular as palavras uma vez que são línguas muito diferentes”, disse. Além da valência no ensino-aprendizagem, o laboratório permite explorar a área da investigação. “Através de resultados que podem ser computados ao longo da aula, o professor pode recolher elementos que permitem acompanhar a evolução do aluno”, ao mesmo tempo que permite compilar “elementos estatísticos que vão ajudar a instituição a acomodar necessidades específicas dos alunos”. Joaquim Coelho Ramos adiantou que o IPOR vai “abrir o laboratório à colaboração de escolas de Macau, em articulação com a DSEJ [Direcção dos Serviços de Educação e Juventude] ou com o centro de difusão de línguas, parceiros institucionais do instituto”. Este laboratório decorre “de um apoio” da região administrativa especial chinesa, sendo “de toda a justiça” que seja colocado à disposição do território”, o que também vem reforçar a vontade do IPOR de “servir de elo de ligação de todas as comunidades”, sublinhou.
Hoje Macau China / ÁsiaMarcelo recebe em audiência cardeal filipino que preside às cerimónias de Fátima [dropcap]O[/dropcap] cardeal filipino e arcebispo de Manila, Luis Antonio Tagle, que este ano preside à peregrinação de 13 de Maio de Fátima, encontra-se na sexta-feira com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, adiantou hoje a agência Ecclesia. O cardeal filipino, que é também o presidente da Caritas Internationalis, chega na quinta-feira, dia 9, a Portugal, onde fica até dia 15. Na agenda, além das cerimónias do 13 de Maio, em Fátima, às quais preside este ano, tem uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa na sexta-feira, pelas 16:30. Do seu programa constam ainda visitas às Caritas diocesanas de Lisboa, Coimbra, Santarém e Setúbal. Na sexta-feira, dia 10, depois do encontro com o Presidente da República, o arcebispo de Manila segue para um encontro com a comunidade filipina radicada em Portugal, na Igreja São Tomás de Aquino, em Lisboa, onde pelas 18:00 dará uma conferência a que se segue uma missa em inglês. O cardeal Luis Antonio Tagle vai presidir à peregrinação internacional de maio de Fátima, anunciou hoje o Santuário, justificando, em comunicado enviado à Lusa, que a escolha reflecte um “sinal de atenção à Ásia, cujo número de peregrinos não para de surpreender”. Em 2018, o bispo emérito de Hong Kong presidiu à peregrinação de maio e o bispo de Hiroshima à de Outubro. Este ano, em Outubro, será também um cardeal asiático a presidir, Andrew Yeom Soo-Jung, arcebispo de Seul, capital da Coreia do Sul. O Santuário de Fátima salienta que, nos primeiros quatro meses do ano, aquele espaço já acolheu 60 grupos de peregrinos asiáticos, nove dos quais das Filipinas. Segundo a nota, “os peregrinos sul-coreanos continuam a destacar-se na Cova da Iria como o grupo mais expressivo da presença asiática neste lugar”, sendo que, entre Janeiro e Abril, “fizeram-se anunciar 30 grupos da Coreia do Sul, num total de 730 peregrinos”. Em 2018, dos 456 grupos asiáticos que visitaram Fátima, 125 eram sul-coreanos, 93 filipinos, 48 indonésios e 36 vietnamitas. Dos cerca de cem grupos já inscritos para a peregrinação de maio, cerca de 10% dos peregrinos vêm de Hong Kong, Coreia do Sul, Vietname, Filipinas e Singapura, frisa o Santuário. De acordo com a nota do Santuário de Fátima, Luis Antonio Tagle é, desde 2011, arcebispo de Manila, capital das Filipinas, o único país do continente asiático onde os católicos são maioritários. Luis Antonio Tagle é também o actual presidente da Cáritas Internacional, sendo que, durante a sua estada em Portugal, terá vários encontros com a Cáritas nacional e com responsáveis locais da Igreja “por projectos de intervenção social para migrantes e sem abrigo”. A peregrinação de maio, que decorre a 12 e 13, vai ter como tema “Dar graças por peregrinar em Igreja”.
Hoje Macau China / ÁsiaJornalistas libertados em nome do interesse nacional, diz Governo de Myanmar [dropcap]O[/dropcap]s dois jornalistas da Reuters libertados ontem em Myanmar (antiga Birmânia), após serem sentenciados a sete anos de prisão pela investigação sobre o massacre de muçulmanos Rohingya, foram perdoados em nome do “interesse nacional”, segundo o Governo local. “Os dois jornalistas da Reuters foram libertados depois de os líderes levarem em conta o interesse nacional a longo prazo”, disse à agência de notícias francesa AFP o porta-voz do Governo de Myanmar, Zaw Htay. De acordo com o chefe da prisão de Insein, Zaw Zaw, os dois jornalistas foram libertados esta manhã depois de o Presidente de Myanmar, Win Myint, ter perdoado 6.520 presos. Nas primeiras declarações à imprensa, um dos jornalistas garantiu que vai continuar a exercer a profissão. “Sou jornalista e vou continuar a sê-lo”, disse Wa Lone, citado pela AFP. Por seu lado, a agência Reuters emitiu um comunicado a saudar a decisão das autoridades de Myanmar, destacando a coragem dos dois trabalhadores, “símbolos da importância da liberdade de imprensa”. Os dois jornalistas partilharam com os seus colegas da Reuters, no início de Abril, o Prémio Pulitzer de reportagem internacional, uma das maiores distinções do jornalismo. No dia 23 de Abril, o Supremo Tribunal de Myanmar tinha rejeitado o último recurso de Wa Lone e Kyaw Soe Oo, confirmando as sentenças de prisão de sete anos, na sequência de reportagens sobre a repressão militar contra a minoria muçulmana rohingya. O escritório das Nações Unidas em Myanmar também já saudou a libertação dos dois jornalistas. “Estamos satisfeitos que Wa Lone e Kyaw Soe Oo, dois jornalistas da Reuters presos sob a lei de segredos oficiais de 1923, obtiveram hoje [ontem] um perdão presidencial. Agora, estão livres e podem reunir-se com suas famílias e retomar o seu trabalho vital “, declarou também a porta-voz da comissária da União Europeia dos Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, num comunicado. A ratoeira Wa Lone e Kyaw Soe Oo foram acusados de se terem apoderado de documentos secretos relativos às operações das forças de segurança no estado de Rakhine, região do noroeste de Myanmar, palco das atrocidades cometidas contra a minoria muçulmana rohingya do país. Quando foram detidos, em Dezembro de 2017, estavam a investigar o massacre de rohingyas em Inn Din, uma aldeia do norte do estado de Rakhine. Desde então, as forças armadas reconheceram que realmente tinham sido cometidas atrocidades em Setembro de 2017, e sete militares foram condenados a dez anos de prisão. Ambos os repórteres declararam sempre ter sido enganados, e um dos polícias que testemunhou no julgamento admitiu que o encontro durante o qual os documentos secretos lhes foram entregues foi “uma armadilha” destinada a impedi-los de prosseguir o trabalho. Desde 2017, mais de 700.000 rohingyas abandonaram a região, fugindo à violência do exército birmanês e de milícias budistas e refugiaram-se em campos improvisados no vizinho Bangladesh, um dos países mais pobres do mundo.
Hoje Macau EventosIPM Art-Venture mostra trabalhos de finalistas até Outubro [dropcap]O[/dropcap] Instituto Politécnico de Macau (IPM) lançou a iniciativa “IPM Art-Venture” que prevê “a realização de uma série de actividades e representações artísticas durante seis meses, de Maio a Outubro”, destinadas a revelar ao público os trabalhos dos alunos dos cursos de arte e de música do IPM. De acordo com um comunicado, esta iniciativa visa comemorar os 70 anos da criação da República Popular da China (RPC) e os 20 anos da transferência de soberania de Macau para a China, bem como os 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e Portugal. O programa inclui 12 actividades e apresentações artísticas nas áreas de música, design e artes visuais. Na inauguração do programa, esta quinta-feira, irá realizar-se um concerto de graduação, em que os alunos finalistas do Curso de Música demonstrarão as competências aprendidas ao longo de quatro anos. Serão ainda apresentadas três exposições com trabalhos de alunos. Parcerias com Portugal Nos meses de Verão serão lançados também três eventos. A Exposição “Cidade Artística – Criações Artísticas”, a realizar em colaboração com a Universidade de Porto e a Universidade de Aveiro, e que mostra trabalhos de alunos e professores das escolas de artes da China (Macau) e de Portugal. As três instituições, trazem a cultura própria da sua cidade, fazendo um intercâmbio, através da exposição dos trabalhos criativos de design e de artes visuais. O segundo evento corresponde ao 12.º Fórum sobre a investigação e a educação de música na Região Ásia-Pacífico, onde “académicos e especialistas na área da música provenientes de todo o mundo vão trocar experiências e explorar em conjunto o desenvolvimento futuro de actividades educativas na área da música”. Já o terceiro evento diz respeito à “Exposição dos antigos alunos do Curso de Artes Visuais nos 30 anos”, que reúne trabalhos dos alunos graduados do Curso de Artes Visuais, das últimas três décadas. Em Setembro acontece ainda a “Exposição de criatividade e cultura em comunidade”, que vai apresentar os resultados dos projectos criativos culturais da comunidade de Macau e do projecto de transformação de restaurantes antigos. Em simultâneo, realiza-se o “Fórum de criatividade e cultura de Macau”, para o qual são convidados especialistas da China e do exterior para abordarem temáticas sobre a teoria e a prática ligadas às indústrias culturais e criativas na área de gastronomia.
Hoje Macau SociedadeMGM Cotai, Morfeu e Okura distinguidos pelos Prémios Hotel Verde [dropcap]A[/dropcap]s unidades hoteleiras MGM Cotai, Hotel Morfeu e Okura ganharam a distinção ouro no “Prémio Hotel Verde 2018”, organizado pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), que distingue práticas amigas do ambiente no sector hoteleiro. A escolha foi feita de entre um conjunto de 19 hotéis do território. A DSPA aponta, em comunicado, que os “hotéis premiados tomaram as devidas medidas para reduzir o fornecimento de bebidas em garrafa de plástico descartável, nomeadamente a instalação do sistema de água potável filtrada para substituir dispensadores de água de garrafão, a instalação de locais ‘self-service’ ou diminuindo ou até suspendendo o fornecimento de água engarrafada em garrafas de plástico”. Além disso, o MGM Cotai, Okura e Morfeu destacaram-se na “melhoria evidente nas vertentes da conservação de energia e a poupança de água, redução de resíduos e recolha de resíduos recicláveis, e o controlo da poluição do ruído e da luz”. Em Junho, realiza-se a cerimónia para atribuir os louvores aos diversos hotéis premiados. Além dos três hotéis premiados com o ouro, cinco hotéis ganharam o prémio de prata, quatro o prémio de bronze e três o prémio de excelências. A DSPA nota também que “o sector hoteleiro de Macau tem vindo a concretizar a gestão de resíduos alimentares e em quase 64 por cento dos hotéis galardoados já foi efectuada a recolha de resíduos alimentares”. Foi também notado que “80 por cento dos hotéis premiados efectuaram acções relativas à reciclagem de resíduos recuperáveis, as quais incluem papéis usados, garrafas de plástico, latas de alumínio, garrafas de vidro e pilhas e baterias usadas, entre outros, sendo a quantidade total de recolha acumulada de mais de 21 toneladas métricas”. O mesmo comunicado dá conta de que 20 por cento dos hotéis vencedores utilizam veículos eléctricos.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Aproveitamento dos passeios marítimos depende de empresas [dropcap]A[/dropcap] directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, apresentou ontem os três produtos turísticos que caracterizam o passeio marítimo de Macau. São eles o Passeio Marítimo “Reel Fun”, o Passeio Aquático do Porto Interior à Ilha Artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e o Passeio Aquático do Terminal de Passageiros da Taipa à Ponte Cais de Coloane. Segundo informação do canal chinês da TDM-Rádio Macau, a directora informou que o futuro depende do desenvolvimento do passeio marítimo, e que cabe às respectivas empresas a decisão de promover novos produtos turísticos. Acerca da proposta da DSSOPT, sobre a eventual construção de instalações de prevenção de cheias no Cais de Coloane poder vir a influenciar a paisagem do local, Maria Helena de Senna Fernandes respondeu que a segurança do público é uma consideração essencial. Mas mencionou também que a DSSOPT vai equilibrar as necessidades de todos os sectores, sem descartar a influência na paisagem.
Hoje Macau SociedadeAlargada proibição de autocarros de turismo nas Portas do Cerco [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem que o período de proibição de entrada de autocarros de turismo no lado leste da Praça das Portas do Cerco passa a ser diário. A partir da próxima sexta-feira, estes veículos não podem circular, diariamente, entre as 14h e as 20h. A medida já era aplicada desde Dezembro durante os fins-de-semana e os feriados, e passou a ser uma realidade também durante os dias úteis desde Fevereiro. A DSAT explica em comunicado que depois de feito o balanço ao funcionamento de todos os postos fronteiriços e de ouvir a Direcção dos Serviços do Turismo e o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), decidiu alargar definitivamente a proibição de circulação todos os dias. A medida procura “desviar o fluxo de pessoas e melhorar a situação do trânsito na zona das Portas do Cerco”. Além disso, a medida “não impede que o CPSP adapte a proibição provisória fora do período indicado, sempre que a situação de trânsito e o fluxo de passageiros o justifiquem”.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Autocarros entre Macau e aeroporto de Hong Kong para breve [dropcap]E[/dropcap]m resposta a interpelação do deputado Ho Ion Sang, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) revelou estar para breve a ligação directa, de autocarro, entre o posto fronteiriço de Macau da Ponte HKZM e o Aeroporto Internacional de Hong Kong. As rotas de autocarros vão ser supervisionadas pelas autoridades de ambas as regiões administrativas especiais e, de acordo com a DSAT, o Executivo de Carrie Lam já estará a afinar detalhes logísticos. Outro detalhe revelado pela DSAT, e citado pela Macau News Agency, indica que o parque de estacionamento leste do posto fronteiriço de Macau da Ponte HKZM teve uma ocupação de 0,74 por cento do total da capacidade, enquanto o parque oeste registou cerca de 3 por cento. Face à fraca afluência aos espaços de estacionamento, as autoridades de Hong Kong reduziram o tempo mínimo de permanência no parque de 12 para 6 horas, enquanto Macau continua a exigir a reserva mínima de 12 horas. A DSAT justifica a fraca afluência nos parques de estacionamento com o facto de mais de 80 por cento dos visitantes que chegam a Macau através da Ponte HKZM o fazerem de autocarro.