Filipinas elevam alerta de inundações por causa de tempestade tropical

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] tempestade tropical Son-Tinh intensificou-se hoje depois de passar pela ilha de Luzon, no norte das Filipinas, onde as autoridades elevaram o alerta de inundações por causa das novas chuvas das monções. O tufão vai passar por Macau, prevendo-se o levantamento do sinal 3 até às 19h00 de hoje.

A Agência Meteorológica das Filipinas (PAGASA) declarou o alerta laranja nas províncias de Metro Manila, Bulacan, Bataan e Batangas, onde as águas subiram.

Em Manila, as áreas mais baixas sofreram inundações durante a manhã, causando engarrafamentos de trânsito.

Por isso, o governo filipino decretou a suspensão das aulas em todas as escolas públicas nas áreas de alerta de laranja, bem como o trabalho nos escritórios do governo.

O nível da água no rio Marikina atingiu 15,8 metros acima do nível do mar. Se atingir os 17 metros, as autoridades vão retirar as pessoas que moram juntam ao rio.

As inundações e as chuvas fortes também causaram atrasos e cancelamentos nos comboios e nos voos domésticos.

Além disso, as províncias de Rizal, Cavite, Pampanga e Zambales – também localizadas na ilha de Luzón – estão sob alerta amarelo, onde choveu muito e há risco de inundações.

As monções também afetam as ilhas de Mindoro, Palawan e as Visayas ocidentais, na região central do arquipélago.

17 Jul 2018

Cristiano Ronaldo diz que foi “uma decisão fácil” escolher Juventus

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] futebolista português Cristiano Ronaldo disse que a opção pela Juventus “foi uma decisão fácil”, tendo em conta a dimensão do clube campeão italiano, pelo qual assinou por quatro anos, após nove épocas no Real Madrid.

“Como disse muitas vezes, é uma das melhores equipas do mundo. Sempre disse quer era um clube no qual gostaria de jogar. Foi uma decisão fácil, pela dimensão do clube, e foi um passo importante na minha carreira. É o melhor clube italiano, habitado a ganhar, com um grande treinador, grandes jogadores e um grande presidente”, afirmou o avançado português, na apresentação como jogador da ‘Juve’.

O capitão da seleção portuguesa, de 33 anos, disse que não estava triste por deixar ao Real Madrid e sublinhou que não vai para Turim para terminar a carreira: “Há jogadores que vão para a China ou para o Qatar, para terminar carreira. Eu não, venho quase rejuvenescer, para um clube grande”, disse Cristiano Ronaldo, manifestando-se “agradecido à Juventus pela oportunidade de continuar a carreira”.

“Foi uma história brilhante no Real Madrid, que me ajudou muito. Agradeço aos adeptos, que me ajudaram a ser o que sou hoje, mas esta é uma etapa nova. Estou muito feliz, é como se estivesse a começar de novo”, sublinhou Ronaldo, pelo qual a ‘vecchia signora’ pagou 100 milhões de euros ao clube espanhol.

Sobre os objetivos da Juventus, o goleador luso disse que “a Liga dos Campeões não é uma obsessão, é uma prioridade”, e espera ajudar a equipa de Turim a lutar por todos os troféus nas competições em que estiver envolvida.

17 Jul 2018

Edição russa do Mundial de futebol fechou com 169 golos, a dois do recorde

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Mundial de futebol de 2018 terminou com 169 golos, o terceiro melhor registo de sempre em termos absolutos, apenas a dois do recorde da prova, partilhado pelas edições de 1998 e 2014.

Após uma final com seis golos, o triunfo da França sobre a Croácia por 4-2, a edição russa fechou com a média de 2,64 golos por encontro, sendo que todas as 32 seleções presentes marcaram, pelo menos, dois golos.

Os 169 tentos passam a ocupar a última posição do pódio, oito acima dos 161 da edição de 2002, realizada na Coreia do Sul e no Japão.

Em termos de média, os 5,38 tentos por encontro de 1954 – com 140 golos em 26 jogos – continuam a liderar, sendo um registo aparentemente insuperável.

Coletivamente, a Bélgica foi a seleção mais goleadora, ao concluir a prova com 16 golos, contra 14 das duas finalistas, a França e a Croácia.

Individualmente, brilhou acima de todos Harry Kane, que marcou seis tentos, tornando-se o segundo inglês a coroar-se o ‘rei’ dos marcadores, 32 anos depois de Gary Lineker, no México, na edição de 1986.

O ponta de lança do Tottenham marcou mais dois tentos do que um quinteto, formado pelo belga Romelu Lukaku, os franceses Antoine Griezmann e Kylian Mbappé, o português Cristiano Ronaldo e o russo Denis Cheryshev.

Destaque ainda para os 22 penáltis concretizados, dos 29 assinalados, muitos com intervenção decisiva do VAR, e os 12 golos na própria baliza.

17 Jul 2018

Acções da Xiaomi recuam 1,9% devido a decisão das bolsas chinesas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s acções da Xiaomi caíram ontem 1,9% para 21 dólares de Hong Kong, na bolsa de Hong Kong, após as praças financeiras de Xangai e Shenzhen terem anunciado que os investidores chineses não poderão comprar títulos da empresa.

As ações do fabricante chinês de ‘smartphones’ chegaram a recuar 8%, após a abertura, depois de terem subido 11%, na passada sexta-feira. Durante a sessão acabaram por estabilizar e minimizar as perdas.

A queda ocorreu depois de as principais bolsas da China anunciarem, no sábado, que investidores na parte continental não poderão utilizar a conexão à bolsa de Hong Kong para comprar títulos de empresas com direito a super voto.

Esta decisão constitui um revés para a Xiaomi, que se estreou em bolsa há uma semana e queria beneficiar da ligação de Hong Kong às praças financeiras do continente.

Xangai e Shenzhen justificaram a decisão com a pouca familiaridade dos investidores para com empresas com dois tipos de ações com direito de voto.

A Xiaomi, que se estreou em bolsa na semana passada, foi a primeira empresa a ser cotada na bolsa de Hong Kong sob as novas normas, que permitem empresas com super voto.

Os títulos do fabricante chinês tiveram uma estreia discreta, mas a notícia de que se seriam incluídos no índice de Hang Seng contribuiu para que subissem 26%, devido à expectativa de que haveria forte procura por parte dos investidores da China continental, através da “Stock Connect”, que liga as praças financeiras.

A empresa, com sede em Pequim, é a quarta maior fabricante do mundo de ‘smartphones’ (telemóveis inteligentes) por quantidade de produção, segundo a unidade de pesquisa International Data Corp. A marca chinesa é já comercializada em Portugal em várias lojas e também em espaços de venda próprios.

17 Jul 2018

Morreu o jornalista e escritor Altino do Tojal, autor de “Histórias de Macau”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] escritor e jornalista Altino do Tojal morreu no domingo à noite, aos 78 anos, em Brunhais, Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, disse à Lusa fonte da família, acrescentando que as cerimónias fúnebres se realizam esta quarta-feira.

De acordo com a mesma fonte, o velório do autor de “Os Putos” inicia-se na quarta-feira, às 11:00, e o funeral realiza-se no mesmo dia, às 15 horas, na Igreja de Sobradelo da Goma, Póvoa de Lanhoso.

A fonte familiar indicou ainda que o corpo do escritor seguirá depois para o Porto, para ser cremado, “como era a sua vontade”.

Altino do Tojal nasceu a 26 de julho de 1939, em Braga, onde viveu até aos 27 anos, segundo recordam vários amigos.

Trabalhou em diversos jornais, nomeadamente no Jornal de Notícias, no lisboeta O Século, até ao seu encerramento, e depois no Comércio do Porto.

Destacou-se na escrita de ficção e a sua obra “Os Putos” foi adaptada ao teatro, à televisão e à banda desenhada.

A primeira versão deste livro surgiu ainda em 1964, com o título “Sardinhas e Lua”.

Escreveu igualmente “O Oráculo de Jamais” (1979), “Os Novos Putos” (1982), “Orvalho do Oriente” (1981) e “Viagem a Ver o Que Dá” (1983) .

Nos anos de 2005/2014, a Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) retomou títulos do autor, como “Ruínas e Gente”, “Jogos de Luz e Outros Natais” e ainda antologias como “Noite de Consoada”, “Histórias de Macau” e “Os Putos – Contos Escolhidos”.

Encetados na década de 1960, “Os Putos” constituiram um projeto que Altino do Tojal manteve em curso, durante anos, com histórias de crianças de rua, que o escritor Urbano Tavares Rodrigues definiu como “crianças sós, iludidas, deserdadas”, vítimas da “máquina trituradora dos adultos acomodados à brutalidade, à estupidez pomposa, à intriga reles, ao senhor rei hábito”.

Numa introdução à edição mais recente da INCM, datada de 2014, Altino do Tojal escreveu: “Fez-me bem escrever este livro, conto a conto, durante meio século, porque dei por mim a sublimar dificuldades de sobrevivência e fastios existenciais que, de contrário, exigiriam um estoicismo superior àquilo de que sou capaz, para serem toleráveis”.

“Embora desejando que ‘Os Putos’ fizessem doer a consciência tão cruelmente como os vivi, quis também que arrebatassem a imaginação tão magicamente como os sonhei. O facto de continuarem a ser lidos, tanto tempo decorrido, permite concluir que, da semente dos meu propósitos, germinou boa árvore.”

17 Jul 2018

Wan Kuok-koi consegue 750 milhões de dólares para a sua criptomoeda

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] antigo líder da tríade 14 kilates angariou, em menos de cinco minutos, 750 milhões de dólares para a sua nova criptomoeda (HB), noticiou o jornal South China Morning Post.

De acordo com a edição de domingo do jornal de Hong Kong, o objectivo de Wan Kouk-koi, mais conhecido como “Dente Partido”, é lançar, com uma empresa de Pequim, torneios de xadrez e póquer na ilha de Hainão, no sul da China.

O antigo líder da seita lançou uma oferta inicial de moeda num evento no Camboja, no qual estiveram presentes responsáveis governamentais e militares, empresários e celebridades da China continental e de Hong Kong, afirmou o jornal. No total, a empresa de Wan, World Hung Mun Investment, indicou ter vendido 450 milhões de ‘tokens’ da criptomoeda HB em três eventos no Camboja, Tailândia e nas Filipinas. O próximo e final evento vai acontecer na quarta-feira, na Malásia.

A empresa de “Dente Partido” está a planear emitir mil milhões de ‘tokens’ na criptomoeda HB, sendo parte do montante para pagar os prémios dos torneios de xadrez e póquer.

No início deste mês, a empresa Zhonggongxin Cosmos (Pequim) Internet Technology Limited, que organiza jogos de xadrez e póquer ‘online’, afirmou ter assinado um acordo com a companhia de investimento de Wan para uma parceira em torneios de xadrez e póquer em Hainão. Guo Jia, funcionário da Zhonggongxin, com autorização exclusiva do Governo chinês para organizar dois tipos de jogos de póquer, disse que o torneio de Outubro pode prolongar-se por todo o ano.

Os prémios, no valor total de mais de 10 milhões de yuan, vão ser pagos pela World Hung Mun e outros parceiros.

Em Fevereiro, a China anunciou que iria tentar travar o uso de criptomoedas como a Bitcoin, incluindo o encerramento de firmas que negoceiam em moedas virtuais e respectivas plataformas de intercâmbio. A agência chinesa detalha que o banco central chinês quer encerrar todas as plataformas que fazem transacções de moedas criptografadas.

17 Jul 2018

Inundações | Governo anuncia reforço de medidas de prevenção e resposta

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo de Macau afirmou ontem que o Governo vai reforçar as medidas de prevenção e de resposta imediata às inundações, nomeadamente na eficácia dos alertas prévios e das mensagens emitidas em tempo real.

Chui Sai On falava durante uma reunião interdepartamental, convocada na sequência das cheias ocorridas durante o fim-de-semana, que afectaram sobretudo a zona do Porto Interior, onde o nível de água subiu até aos 50 centímetros. Na opinião do governante, “as mensagens e a informação, emitidas em tempo real, podem ser transmitidas ao público por mais canais de comunicação e, em situações previstas de casos excecionais de maré cheia, deve-se aumentar os alertas de aviso”, segundo um comunicado do porta-voz do Governo. Chui Sai On garantiu, na mesma ocasião, que o Governo determinou já “uma série de medidas e projectos de obras para resolver o problema das cheias no Porto Interior, que vão desde a drenagem até à prevenção e protecção”.

De acordo com o Chefe do Executivo, as autoridades estão a aproveitar as obras actualmente em curso, na Avenida Almeida Ribeiro, para efectuar, ao mesmo tempo, “obras de preparação para corresponder ao sistema contra inundações, no intuito de minimizar o impacto, no futuro, causado às vias principais do trânsito”.

Apelou, por fim, aos serviços competentes “uma resposta mais eficaz sobre o impacto que a época das tempestades tropicais e do mau tempo trazem à cidade”.

17 Jul 2018

China | Censura tenta controlar narrativa sobre guerra comercial

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] censura chinesa está a tentar controlar a narrativa sobre a guerra comercial com Washington, através de uma lista enviada à imprensa doméstica sobre o que pode ou não escrever, revelou um jornal de Hong Kong.

O jornal South China Morning Post (SCMP), que cita quatro jornalistas chineses não identificados, diz que as autoridades pediram à imprensa que seja “extremamente cuidadosa” para não relacionar a guerra comercial com a queda nas praças financeiras chinesas, a desvalorização do yuan ou o abrandamento da economia, visando evitar o pânico.

No espaço de um mês, a bolsa de Xangai caiu já mais de 9 por cento, enquanto o yuan, a moeda chinesa, tem desvalorizando continuamente, reflectindo o nervosismo dos investidores, face às disputas comerciais entre Pequim e Washington. “Quando reportamos uma queda na bolsa ou a desvalorização do yuan não podemos escrever ‘guerra comercial’ na manchete”, contou ao SCMP um dos jornalistas. Outro jornalista contou que “diferentes organizações terão margens distintas na cobertura”.

A imprensa estatal com maior posicionamento político está autorizada a publicar notícias e editoriais sobre a guerra comercial, enquanto a imprensa local e portais electrónicos podem apenas republicar conteúdo dos órgãos oficiais, e sem dar muita relevância ao tema.

É também proibido publicar uma tradução imediata de afirmações do Presidente norte-americano, Donald Trump, no Twitter, rede social que está bloqueada na China.

17 Jul 2018

Coreia do Norte | Amnistia para condenados por crimes contra o país

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]yongyang anunciou ontem que vai amnistiar aqueles que foram “condenados por crimes contra o país e outras pessoas”, por ocasião da comemoração do 70.º aniversário da fundação daquele país asiático, que terá lugar em Setembro.

A amnistia entrará em vigor a partir de 1 de Agosto, revelou o regime de Pyongyang através da agência estatal de notícias KCNA, garantindo que serão tomadas “medidas práticas para ajudar as pessoas libertadas a reintegrarem-se na vida normal de trabalho”.

A Assembleia Popular Suprema (Parlamento) emitiu um decreto a 12 de Julho, informou a KCNA, sem dar mais detalhes sobre quantas pessoas estão envolvidas na amnistia. “Proteger a vida independente e criativa das massas populares e servir o povo com total disponibilidade para materializar plenamente a ideia de dar primazia às massas populares” é “a exigência essencial do sistema socialista coreano e o princípio invariável das actividades estatais”, citou a agência estatal.

A Coreia do Norte vai comemorar a 9 de Setembro o aniversário da fundação do país, evento que nos últimos anos tem usado para recuperar seu arsenal nuclear e balístico e que é esperado com grande expectativa após a reaproximação do país à Coreia do Sul e a mudança diplomática na relação com os Estados Unidos.

17 Jul 2018

China | Crescimento económico de 6,7 por cento no segundo trimestre

A economia chinesa cresceu 6,7 por cento, no segundo trimestre de 2018, duas décimas acima da meta definida pelo Governo para este ano e uma décima menos do que no primeiro trimestre

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s previsões apontavam já para um ritmo de crescimento menor no segundo trimestre, depois de Pequim ter restringindo o crédito bancário, visando travar o aumento da dívida, e ainda antes do início das disputas comerciais com os Estados Unidos. A actividade económica deverá continuar a abrandar, à medida que a procura global pelas exportações chinesas recua e as restrições ao crédito atingem o sector da construção e o investimento, importantes motores de crescimento.

Pequim reagiu anteriormente a reduções no ritmo de crescimento económico com um aumento do crédito para o sector estatal, mas o subida dos níveis de endividamento levou já as agências de ‘rating’ internacionais a reduzir a nota da dívida do Governo chinês.

Os líderes chineses estão a preparar uma transição no modelo económico, com o objectivo de transformar o consumo interno no principal motor de crescimento, em detrimento das exportações e investimento. Em Junho, as vendas a retalho subiram 9 por cento, em termos homólogos, impulsionadas por um rápido aumento do consumo de produtos de alta qualidade, incluindo cosméticos e equipamento de vídeo.

O investimento em activos fixos, como fábricas ou imobiliário, cresceu 6 por cento na primeira metade do ano, face ao mesmo período de 2017, mas com o ritmo dos últimos três meses ficaram 1,5 por cento abaixo da média do semestre.

Guerra e tarifas

As disputas comerciais com Washington ameaçam também atingir a economia chinesa. Este mês, o Presidente norte-americano, Donald Trump, impôs taxas alfandegárias de 25 por cento sobre 34 mil milhões de dólares (29 mil milhões de euros) de importações chinesas, contra o que considera serem “tácticas predatórias” por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu sector tecnológico. A China retaliou com o aumento dos impostos sobre o mesmo valor de importações oriundas dos EUA. Trump ameaçou impor mais taxas alfandegárias, de 10 por cento, sobre um total de 200 mil milhões de dólares de produtos chineses e, caso Pequim volte a retaliar e recuse aceder às exigências norte-americanas, subirá para 500 mil milhões, cerca da totalidade das importações norte-americanas oriundas do país asiático.

Analistas preveem que aquelas medidas, case se concretizem, levariam a um abrandamento de mais de 0,3 por cento no ritmo de crescimento da economia chinesa.

17 Jul 2018

Cimeira: Putin nega ingerência russa nas eleições dos EUA apesar de querer vitória de Trump

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ontem que queria que Donald Trump vencesse a eleição presidencial de 2016, mas rejeitou que tenha tomado alguma atitude durante a campanha eleitoral para que isso acontecesse. Putin referiu que pretendia a vitória de Donald Trump devido às suas políticas.

Os dois chefes de Estado reuniram-se em Helsínquia, na primeira cimeira entre os dois, e passaram “muito tempo” a discutir as acusações de interferência eleitoral da Rússia nas eleições norte-americanas, disse na conferência de imprensa final o Presidente dos Estados Unidos.

Donald Trump também reafirmou que não houve “conluio” entre a sua campanha e os russos. Também Vladimir Putin negou tudo, durante a conferência de imprensa conjunta dos dois líderes.

“Fizemos uma campanha brilhante, por isso é que eu sou o Presidente. As sondagens são um desastre no nosso país, não existiu nenhum conluio”, afirmou Trump.

O Presidente russo também negou aquilo a que chamou “a alegada ingerência da Rússia” nas eleições.

Putin salientou que a alegada ingerência da Rússia nas eleições é “um disparate”, garantindo que a Rússia nunca interferiu e nunca vai interferir no processo eleitoral norte-americano.

Na sexta-feira, o procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, revelou a acusação a 12 oficiais de inteligência russa, por práticas de pirataria informática no ato que elegeu Donald Trump para a Presidência.

De acordo com informação do procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, os russos foram indiciados de pirataria, numa investigação sobre a possível coordenação entre a campanha de Donald Trump e a Rússia.

Os russos são acusados de invadir as redes de computadores do Comité Nacional Democrata, do Comité Democrata de Campanha do Congresso e da campanha presidencial de Hillary Clinton, libertando depois correios eletrónicos roubados na Internet nos meses que antecederam a eleição.

Anteriormente, 20 pessoas e três empresas tinham já sido indiciadas na investigação à alegada ingerência russa nas últimas eleições, que o procurador especial Robert Mueller lidera.

Isso inclui quatro ex-elementos da campanha de Trump e assessores da Casa Branca e 13 russos acusados de participar numa campanha de redes sociais, para influenciar a opinião pública norte-americana na eleição de 2016.

O encontro entre os dois presidentes realizou-se no Palácio Presidencial em Helsínquia, no centro da capital finlandesa, que tem uma longa tradição no acolhimento de cimeiras Leste-Oeste.

“Cimeira produtiva e útil”

Ambos os presidentes consideraram ontem que a primeira cimeira entre os dois Estados foi produtiva e útil. “Acabo de concluir uma reunião com o Presidente Putin sobre uma série de questões críticas para os nossos dois países. Tivemos um diálogo directo, aberto e muito produtivo”, declarou Trump na conferência de imprensa conjunta no final da cimeira na capital da Finlândia.

“As conversações decorreram num ambiente franco e de trabalho. Considero-as muito bem-sucedidas e muito úteis”, disse, por seu turno, Putin.

O chefe de Estado russo considerou não existirem “razões objetivas” para as dificuldades nas relações russo-americanas, assinalando que a Guerra Fria terminou e que Rússia e Estados Unidos devem resolver os problemas em conjunto.

O Presidente dos Estados Unidos pronunciou-se no mesmo sentido, defendendo que Washington e Moscovo devem encontrar formas para “cooperar em relação a interesses partilhados”.

A propósito, Putin disse que Moscovo está pronto para prolongar a colaboração com Washington ao nível dos serviços de informações em relação ao terrorismo e às ameaças cibernéticas. “Os nossos serviços especiais trabalham com muito sucesso”, disse.

17 Jul 2018

Guerra Comercial | União Europeia pede cooperação dos EUA, Rússia e China

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apelou ontem ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Rússia e à China para que cooperem com a Europa a fim de evitar uma guerra comercial

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] isolacionismo norte-americano vendido por Donald Trump na campanha eleitoral está a ser cumprida, tanto do lado de Washington, como agora por parte de vários blocos de antigos aliados dos Estados Unidos. “Estamos todos conscientes do facto de que a arquitectura do mundo está a mudar diante dos nossos olhos e é nossa responsabilidade comum tornar esta mudança para melhor”, afirmou Donald Tusk, em Pequim, na abertura da 20.ª cimeira anual China-UE.

Estas declarações foram feitas poucas horas antes do encontro entre Trump e o Presidente russo, Vladimir Putin, que se realiza na residência oficial do chefe de Estado da Finlândia.

Na semana passada, Tusk recriminou as críticas de Trump aos aliados europeus, instando-o a lembrar-se de quem são os seus amigos quando reunir com Putin.

Em Pequim, Tusk afirmou que a Europa, China, EUA e Rússia têm a “obrigação comum” de não destruir a ordem global, mas antes melhorá-la, ao reformar as regras internacionais de comércio. “Por isso apelo aos meus anfitriões chineses, mas também aos presidentes Trump e Putin, que comecemos em conjunto este processo a partir de uma ampla reforma da OMC [Organização Mundial do Comércio]”, afirmou. “Ainda vamos a tempo de evitar o conflito e o caos”, acrescentou.

A cimeira anual China-UE ocorre numa altura em que entram em vigor nos EUA taxas alfandegárias sobre 34.000 milhões de dólares (29 mil milhões de euros) de importações chinesas, contra o que Washington considera serem “tácticas predatórias” por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu sector tecnológico. A China retaliou com um aumento dos impostos sobre o mesmo valor de importações oriundas dos EUA.

Trump impôs também taxas sobre o aço e alumínio importados da UE, que retaliou com taxas sobre um total de 3,25 mil milhões de dólares de importações oriundas dos EUA.

Fortaleza Europa

Durante a cimeira, Xi Jinping vai oferecer um jantar ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que vão reunir-se com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

Ambos os lados esperam “trabalhar em conjunto” para “proteger o multilateralismo, promover o comércio e facilitação do investimento”, afirmou Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Pequim e Bruxelas deverão expressar o seu apoio a um sistema de comércio multilateral baseado em regras e confirmar o seu compromisso com a modernização da Organização Mundial do Comércio, segundo o portal oficial do Conselho Europeu, numa altura em que China e UE se deparam com políticas comerciais protecionistas nos EUA.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, prometeu que a China vai continuar o processo de abertura da sua economia aos investimentos e exportações europeias. “A China aumentará de forma significativa o acesso ao seu mercado e reduzirá as taxas alfandegárias” sobre produtos necessários aos seus consumidores e empresas, disse Li, numa conferência de imprensa.

Pequim e Bruxelas avançaram para uma “nova fase” nas negociações de um tratado bilateral de investimentos, que se desenvolvem há já quatro anos, afirmou. Li Keqiang apoiou ainda os esforços para actualizar as regras da OMC, que Washington considera estarem desactualizadas e complexas.

Questionado se a China usou a cimeira de ontem para forjar uma aliança com a UE contra as políticas comerciais de Trump, o primeiro-ministro chinês afirmou que as disputas com Washington são uma questão bilateral. “A nossa cimeira não é dirigida a um terceiro país”, disse.

A China tem tentado recrutar o apoio da UE para fazer frente às políticas comerciais dos EUA, mas há muito que os governos europeus partilham das mesmas queixas de Trump em relação a Pequim, nomeadamente a falta de acesso a vários sectores da economia chinesa. “Nós partilhamos das mesmas preocupações que os EUA. Mas há formas melhores e menos arriscadas de lidar com os problemas”, afirmou na semana passada Mats Harborn, presidente da Câmara de Comércio da UE na China.

Em 2017, a UE registou um défice de 176.000 milhões de euros nas trocas comerciais com a China. “Pensamos que a China se pode abrir ainda mais”, disse Juncker, reafirmando o desejo da UE de que o país asiático melhore ainda mais as oportunidades para as firmas estrangeiras.

Um relatório recente da UE afirmou que Pequim impôs mais obstáculos às importações e investimentos, em 2017, do que qualquer outro Governo.

17 Jul 2018

Casinos | Pedidos de exclusão aumentaram no primeiro semestre

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ) de Macau recebeu, nos primeiros seis meses do ano, 233 pedidos de exclusão de acesso aos casinos, mais 54 do que em igual período do ano passado, foi ontem divulgado. Do total, 200 pedidos foram de auto-exclusão (85,8 por cento), enquanto os restantes 33 (14,2 por cento) foram submetidos por terceiros, de acordo com dados publicados no ‘site’ da entidade reguladora.

No ano passado, foram registados 376 pedidos de exclusão aos casinos, contra 351 em 2016, 355 em 2015, 280 em 2014 e 276 em 2013.

Ao abrigo da lei, que entrou em vigor em Novembro de 2012, a DICJ pode interditar a entrada em todos os casinos, ou apenas em alguns, às pessoas que o solicitem ou confirmem requerimento apresentado para este efeito por cônjuge, ascendente, descendente ou parente em 2.º grau, pelo prazo máximo de dois anos.

A lei prevê sanções administrativas para quem violar as regras, cujas multas oscilam entre as mil e dez mil patacas. É ainda imposto um “dever de fiscalização” às concessionárias de jogo, cujo incumprimento é penalizado com coimas que vão de dez mil patacas até 500 mil patacas.

Na última quinta-feira, a Assembleia Legislativa aprovou, na generalidade, uma proposta de lei que proíbe todos os funcionários dos casinos de entrarem dentro dos espaços destinados ao jogo. “Entre os indivíduos registados nestes últimos anos como tendo sido afectados pelo distúrbio do vício do jogo, os “croupiers” e os trabalhadores do sector do jogo constituíam, conjuntamente, a maior percentagem”, afirmou na AL o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, para justificar a necessidade da nova legislação.

Cerca de 56 mil desempenham funções, directamente ou indirectamente, no setor do jogo em Macau, de acordo com os últimos dados do Governo.

17 Jul 2018

Luís Represas reconhece “outra dimensão” em novo álbum sem perder identidade

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] músico Luís Represas disse à agência Lusa que o seu novo álbum, “Boa Hora”, no qual partilha interpretações com Carlos do Carmo e Ivan Lins, revela “uma outra dimensão e outro olhar” sem perder a sua “impressão digital”.

“Todo o processo criativo, de produção, em todo o processo de juntar os parceiros, tudo isto levou a se destapar uma pedra e descobrir a fase em que estou e me sinto muito bem, com uma outra dimensão e um outro olhar, sem perder a minha impressão digital”, disse o músico à agência Lusa.

A “impressão digital é algo que custa muito a criar”, disse o músico, referindo que “há compositores que pulam de fases para maneiras de estar, e há outros que gostam de ir evoluindo, progredindo e caminhando, mantendo essa impressão digital, que é uma coisa que leva muito tempo e custa muito a ganhar”.

A “impressão digital demora tempo a criar, mas é aquilo pelo qual o artista é reconhecido, quando se ouve, mas depois pegar nela e ir evoluindo e trabalhando com ela, é a forma como eu gosto de estar”, disse Represas, reconhecendo que tendo tido, ao longo da carreira, influências latino-americanas ou do fado, “há um veio que se mantém autêntico, que é um ADN”, que, no seu caso, defendeu, vem de quando começou nos Trovante, grupo que apontou como o seu berço e a sua escola.

O álbum, cuja concretização contou com o apoio do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), é constituído por 14 temas, entre os quais “Boa Hora”, que abre e dá título ao CD, uma letra de Jorge Cruz que também assina a música com Represas.

Luís Represas partilha a interpretação de alguns temas com nomes como Jorge Palma e Paulo Gonzo, em “Cinema Estrada”, Mia Rose, em “A Curva do Horizonte”, Carlos do Carmo, em “O Colo do Vento”, e Stewart Sukuma, com quem colaborou várias vezes, em “Se Achas Bem”, que inclui versos numa das línguas de Moçambique, o changana.

“Cada um [desses temas] tem uma razão especial e surge da conversa amena e boa, que temos mantido ao longo do tempo, mas foram surgindo conforme o correr da composição, nenhum foi premeditado”, defendeu Represas, referindo que era “uma lacuna” não ter ainda gravado com Carlos do Carmo, de quem é amigo “há muitos anos”.

Entre os autores escolhidos, há José Calvário (1951-2009). Luís Represas gravou uma composição que o maestro lhe tinha dado, que encontrou casualmente e para a qual escreveu “A Curva do horizonte”.

“Depois de Ti” surge de um poema da filha, Carolina Represas, com quem já tinha colaborado, tendo assinado, por exemplo “O Aprendiz”, de um anterior CD.

“Não sou um ‘pai coruja’, e a Carolina é uma parceira como os outros. E desde que me reveja na forma como ela trabalha e nas palavras e nas ideias, e se o faz bem… é uma parceira como outros”, afirmou o músico que não escondeu o “orgulho” de a filha “estar a trabalhar na música e bem”.

Para o CD, produzido por Fred Ferreira, foi “fundamental” o apoio da SPA, que qualificou como “um balão de oxigénio” e “a única hipótese de os artistas fazerem os seus próprios discos”.

“O capital de investimento das discográficas é cada vez menor e menos eficaz”, o que se faz mais sentir quando se trata de um solista, como foi o caso.

Sobre o álbum, Luís Represas realçou que “junta várias gerações e formas, aparentemente diferentes de estar na música”, o que qualificou como “muito bom”, pois demonstra que “não há preconceitos ou ‘conflitos’ geracionais ou de estilos de música”, sendo antes “uma enorme partilha de ideias”.

“A música é uma das formas de arte mais transversais e aglutinadoras e serve, essencialmente, para unir”, conclui.

16 Jul 2018

Ingerência russa nas eleições nos EUA e situação na Ucrânia e na Síria pairam sobre cimeira Trump-Putin

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s presidentes dos EUA e da Rússia realizam hoje em Helsínquia a sua primeira cimeira bilateral, sob o espetro da ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 e ainda da situação na Ucrânia e na Síria.

O encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin realiza-se na residência oficial do chefe de Estado da Finlândia, Sauli Niinisto, e o Presidente norte-americano voltará pela terceira vez a discutir com o homólogo russo a situação na Síria, na Ucrânia e no Médio Oriente, e ainda o estado das relações bilaterais, de que se destaca a alegada ingerência russa nas eleições de 2016.

Na sexta-feira, o procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, revelou a acusação a 12 oficiais de inteligência russa, por práticas de pirataria informática no ato que elegeu Donald Trump para a Presidência.

A proximidade entre os presidentes norte-americano e russo tem sido notória há mais de um ano, como também tem sido um facto que a Administração de Donald Trump foi envolvida em controvérsias por causa da ingerência russa.

Antes de viajar para Helsínquia, durante a visita que efetuou ao Reino Unido, Donald Trump afirmou que os ataques ao Presidente russo são uma “caça às bruxas” e estão a prejudicar as relações com Moscovo.

“Eu acho que isso prejudica a sério o nosso país, e prejudica a sério a nossa relação com a Rússia. Eu acho que nós teríamos uma oportunidade de ter uma relação muito boa com a Rússia e uma relação muito boa com o Presidente Putin”, afirmou.

Por outro lado, o apoio, difícil de esconder, de Moscovo aos separatistas ucranianos e a intervenção militar na Síria, para manter Bashar al-Assad na Presidência, colocam a Rússia e os Estados Unidos em lados diferentes do conflito.

Na Síria, o único denominador comum é o combate ao grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, mas tal não chega para esbater as diferenças que se acumulam entre Washington e Moscovo noutros domínios, apesar do bom relacionamento pessoal que os dois presidentes mutuamente cultivam.

A cimeira de Helsínquia será a terceira entre presidentes dos dois países e embora não se pronuncie sobre a agenda do encontro, Trump ainda acredita que a melhoria das relações bilaterais assenta no bom relacionamento pessoal que mantém com Putin.

Todavia, numa entrevista à CBS News, divulgada domingo por aquela cadeia de televisão norte-americana, Donald Trump afirmou que não espera muito da cimeira: “Não vou com altas expetativas”.

Cerca de 2.000 pessoas manifestaram-se contra Trump e Putin em Helsínquia

Cerca de 2.000 pessoas manifestaram-se ontem na capital finlandesa contra as políticas de Putin e Trump, que hoje se encontram em Helsínquia para a terceira cimeira entre os chefes de Estado da Rússia e dos Estados Unidos.

A manifestação percorreu o centro de Helsínquia em protesto contra as políticas de imigração da Administração de Donald Trump e a intenção do Presidente dos Estados Unidos construir um muro na fronteira com o México e contra a homofobia impulsionada pelo Kremlin, a falta de liberdade e a detenção de ativistas na Rússia.

O lema da manifestação foi “Seremos novamente grandes nos direitos humanos”, em alusão ao ‘slogan’ de Donald Trump desde que chegou à Casa Branca, há um ano e meio.

O protesto contra os líderes das duas grandes potências nucleares reuniu ativistas da Amnistia Internacional, ecologistas, anarquistas e membros do movimento LGBT (lésbicas, homossexuais, bissexuais e transexuais).

Também a comunidade ucraniana que vive em Helsínquia protestou contra o facto de a Rússia continuar a ocupar a Crimeia.

“Que Putin faça tudo o que queira no seu próprio país é uma coisa, mas invadir outros países para lhes roubar territórios não está nada bem”, disse à agência Efe o ucraniano Víctor Ivanov, que marchou acompanhado da sua mulher envolto numa bandeira da Ucrânia.

Oki, um finlandês que se expressa em russo, percorreu 250 quilómetros desde a cidade de Pori, no noroeste da Finlândia, para manifestar-se no centro de Helsínquia com um grande cartaz com os dizeres “Deportemos o racismo”.

“Queremos que Putin e Trump deixem de estimular guerras em todo o mundo”, disse à Efe.

A poucos metros, Helena, finlandesa que trabalha numa instituição da ONU em Genebra, exibia um cartaz que exigia a liberdade para o cineasta ucraniano Oleg Sentsov, que cumpre uma pena de 20 anos de prisão na Rússia, por delitos de terrorismo, e que se encontra em greve de fome há dois meses.

“A situação da liberdade de imprensa na Rússia é realmente deplorável. Falar com liberdade e trabalhar para os direitos humanos é muito problemático na Rússia”, afirmou Helena.

A política migratória de Trump, que desde abril provocou a separação de cerca de 3.000 crianças indocumentadas das suas famílias, na fronteira com o México, foi outro dos temas que motivou o protesto.

16 Jul 2018

Luka Modric conquista a Bola de Ouro do Mundial 2018

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] médio Luka Modric conquistou a Bola de Ouro, o prémio de melhor jogador do Mundial 2018 de futebol, que decorreu na Rússia, apesar da derrota da Croácia na final perante a França (4-2).

O jogador de 32 anos, que alinha no Real Madrid, foi titular em todos os sete jogos disputados pela seleção croata, tendo marcado dois golos, e foi determinante na caminhada da equipa de Zlatko Dalic até à final, naquela que foi a melhor participação de sempre da Croácia.

Kylian Mbappé, de 19 anos, foi eleito o melhor jogador jovem do torneio, depois de ter marcado quatro golos pela França, incluindo um na final, e Thibaut Courtois, que ajudou a Bélgica a alcançar o terceiro lugar, foi nomeado o melhor guarda-redes da prova.

O avançado Harry Kane, com seis golos, foi o melhor marcador deste Campeonato do Mundo, tornando-se no segundo jogador inglês a alcançar esse feito, depois de Gary Lineker, em 1986, no Mundial do México.

16 Jul 2018

Cristiano Ronaldo chegou a Turim e é apresentado hoje pela Juventus

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] futebolista português Cristiano Ronaldo chegou ontem a Turim e será apresentado hoje como jogador da Juventus, depois de passar pelos exames médicos e formalizar o contrato com o campeão italiano.

A Juventus informou que o avançado português aterrou no aeroporto de Caselle, em Turim, pouco depois da 17:30 locais (16:30 em Lisboa) a bordo do seu avião privado.

Cristiano Ronaldo, pelo qual a Juventus pagou 100 milhões de euros ao Real Madrid, dará uma conferência de imprensa no Estádio Allianz, às 18:30 (17:30 em Lisboa), depois de se submeter a exames na J Medical, clínica do clube de Turim, e assinar um contrato de quatro anos, pelo qual deve arrecadar cerca de 31 milhões de euros líquidos por temporada.

O capitão da seleção portuguesa deixou o Real Madrid após nove temporadas, durante as quais conquistou 16 troféus, incluindo quatro Ligas dos Campeões, e se tornou o melhor marcador da história do clube espanhol, com 451 golos em 438 jogos.

16 Jul 2018

França campeã mundial pela segunda vez, ao bater Croácia na final

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] França sagrou-se ontem campeã mundial de futebol pela segunda vez na sua história, 20 anos depois, ao vencer a Croácia por 4-2, na final da 21.ª edição da prova, disputada no Estádio Luzhniki, em Moscovo.

Mario Mandzukic (18 minutos), na própria baliza, Antoine Griezmann (38), de grande penalidade, Paul Pogba (59) e Kylian Mbappé (65) apontaram os tentos dos franceses, enquanto Ivan Perisic (28) e Mandzukic (69) faturaram para os croatas.

Os gauleses tornaram-se a sexta seleção a ‘bisar’ o título mundial, depois de Itália, Uruguai, Brasil, Alemanha e Argentina, sendo que conquistaram o primeiro fora, depois do triunfo em solo gaulês, em 1998, selado com um 3-0 ao Brasil na final.

A final do Mundial não registava tantos golos desde 1966, há 52 anos, quando a anfitriã Inglaterra superou a RFA por 4-2, após prolongamento, sendo que o recorde, de 1958 (5-2 do Brasil à Suécia), ficou apenas a um tento.

16 Jul 2018

Militantes de Hong Kong assinalam 1.º aniversário da morte de dissidente Liu Xiaobo

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ilitantes pró-democracia de Hong Kong ataram na sexta-feira faixas negras nas grades que rodeiam o edifício do gabinete de ligação do Governo chinês no território para marcar o primeiro aniversário da morte do dissidente Liu Xiaobo.

Figura das manifestações pró-democracia em Tiananmen, em 1989, Liu Xiabo, primeiro chinês a ser distinguido com o Nobel da Paz (2010), morreu a 13 de julho de 2017 num hospital de Shenyang, no nordeste da China, vítima de cancro do fígado.

O dissidente, que cumpria há mais de oito anos uma pena de 11 anos por subversão, foi libertado condicionalmente no final de maio da prisão, dias depois de lhe ter sido diagnosticado o cancro em fase terminal, e transferido para o hospital.

Dezenas de manifestações concentraram-se em frente do gabinete de ligação chinês em Hong Kong, antes de uma outra ação mais importante ao fim da tarde.

Este aniversário assinala-se alguns dias depois da partida para Berlim da viúva de Liu Xiaobo, a poetisa e pintora Liu Xia, após oito anos passados sob residência vigiada.

Os manifestantes, que também colocaram um retrato do primeiro prémio Nobel da Paz chinês numa parede, exigiram ainda a libertação de Qing Yongmin, veterano da dissidência, condenado na quarta-feira, na China, a 13 anos de prisão. Qing Yongmin passou já 22 anos em detenção.

O Governo chinês “libertou Liu Xia na terça-feira e prendeu Qin Yongmin na quarta-feira”, declarou Leung Kwok-hung, veterano da luta pela democracia na região administrativa especial chinesa. “A libertação de Liu Xia foi uma forma de enganar as pessoas”, sublinhou.

O advogado democrata Kwok Ka-ki reclamou eleições livres na China e considerou a libertação de Liu uma forma de tentar obter o apoio de países europeus em plena guerra comercial com os Estados Unidos.

Liu Xia, que não foi acusada de qualquer crime, estava sob residência vigiada, desde 2010, quando o marido foi distinguido com o Nobel da Paz.

Liu Xiaobo foi o primeiro prémio Nobel a morrer privado de liberdade desde o pacifista alemão Carl von Ossietzky, que morreu em 1938, num hospital, detido pelos nazis.

16 Jul 2018

Hamas anuncia que trégua foi para acabar com ataques israelitas sobre Gaza

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Hamas anunciou ter chegado a uma trégua para pôr fim aos ataques de Israel sobre a faixa de Gaza, parte de uma operação de grande escala que fez pelo menos dois mortos e 25 feridos palestinianos. O acordo terá sido conseguido com a mediação do Egipto, afirmou um porta-voz do movimento palestiniano que controla a Faixa de Gaza, Fawzi Barhum, em comunicado, embora Israel ainda não tenha feito nenhum comentário.

Israel admitiu que fez os maiores ataques aéreos em Gaza desde a campanha de 2014 contra o Hamas. O primeiro-ministro israelita ameaçou “aumentar, se necessário, a intensidade dos ataques”, que chamou “uma acção contundente contra o terrorismo do Hamas”.

Dois jovens de 15 e 16 anos atingidos por estilhaços dos bombardeamentos e 25 pessoas ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.

Netanyahu garantiu que os ataques continuarão até que o movimento palestiniano “entenda a mensagem”, com bombardeamentos sobre dezenas de objetivos, incluindo dois túneis, armazéns e fábricas de armas, centros de treino e outros.

Segundo indicaram responsáveis militares israelitas, trata-se de uma “operação em massa que está a acontecer em Gaza” e é uma represália por ataques contra Israel, nomeadamente “a grande quantidade de explosivos e projécteis incendiários e os ‘rockets'” disparados para Israel. Três civis israelitas ficaram feridos quando um ‘rocket’ atingiu a sua casa, no sul. Segundo o exército israelita, cerca de uma centena daqueles projécteis e granadas de morteiro caíram no sábado sobre Israel vindas da Faixa de Gaza.

Entretanto, o exército israelita suspendeu as restrições que tinha imposto ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, num sinal de que aceitou o cessar-fogo mediado pelo Egipto, terminando com 24 horas de combates com militantes do Hamas. Os militares fecharam uma praia popular e impuseram limitações às aglomerações de grandes multidões, mas o exército informou ontem que os acampamentos de Verão vão funcionar normalmente e que a rotina diária pode ser retomada.

16 Jul 2018

Japão | Cerca de 18 mil voluntários nas operações de limpeza e reconstrução

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]erca de 18 mil voluntários de todo o Japão participam no fim-de-semana em tarefas de limpeza e reconstrução das áreas oeste do país devastadas pelas fortes chuvas da passada semana, que causaram mais de 200 mortes e dezenas de desaparecidos.

O Governo lançou um programa de voluntariado em colaboração com as autoridades locais para organizar os movimentos de voluntários e distribuir o trabalho, explicou o Conselho de Assistência Social do executivo. Quarenta centros de voluntários foram estabelecidos nas prefeituras de Ehime, Okayama e Hiroshima, localizadas no oeste do país e onde as chuvas causaram o maior dano, para gerir as tarefas de cerca de 18 mil pessoas que participam no programa de ajuda. “As autoridades locais estão demasiado ocupadas com as operações de assistência e evacuação, pelo que precisamos da ajuda necessária para as tarefas de reconstrução”, disse um porta-voz do Governo de Hiroshima à agência de notícias Kyodo.

As chuvas fortes registadas desde 6 de Julho em quase metade do arquipélago japonês causaram 204 mortes e cerca de 40 desaparecidos, de acordo com os dados mais recentes fornecidos pelo Executivo. Cerca de 160 casas foram destruídas e outras 700 sofreram danos significativos, como resultado de inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas, enquanto cerca de 5.800 pessoas permanecem desalojadas.

O acesso rodoviário a muitas das localidades continua a ser um problema para as autoridades, o que complica tanto as tarefas de encontrar pessoas desaparecidas como as tarefas de assistência aos desalojados.

16 Jul 2018

Coreia do Norte | Pequim vinca compromisso com desnuclearização

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m responsável chinês reafirmou ontem o compromisso de Pequim com a desnuclearização da península coreana, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter sugerido que a China poderá interferir nas conversações entre Pyongyang e Washington.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Kong Xuanyou, disse em conferência de imprensa que a China e os EUA têm “mantido uma comunicação e coordenação próximas” na questão da península coreana.

Ao reconhecer que “não vai ser um processo fácil”, Kong disse acreditar que se o diálogo for sincero e feito com base no respeito mútuo e igualdade, “todas as questões encontrarão resposta”.

Na segunda-feira, Trump escreveu na rede social Twitter que a China “talvez esteja a exercer pressão negativa” sobre a Coreia do Norte, devido às crescentes disputas comerciais com os EUA, acrescentando: “espero que não!”.

Entretanto, o porta-voz da Administração-Geral das Alfândegas da China, Huang Songping, garantiu que Pequim “está a implementar consistentemente” as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte, relativamente ao programa nuclear e de mísseis.

De acordo com os últimos dados oficiais, as importações chinesas oriundas da Coreia do Norte caíram 92,6 por cento, em Junho, em relação ao mesmo mês do ano passado. As exportações de petróleo e de outros bens, da China para a Coreia do Norte, recuaram 40,6 por cento, durante o mesmo período. As alfândegas chinesas não indicaram os valores envolvidos nas trocas comerciais entre os dois países em Junho, e divulgaram apenas as variações homólogas.

Nos primeiros seis meses do ano, as importações chinesas da Coreia do Norte caíram 88,7 por cento, relativamente ao mesmo período de 2017, para 690 milhões de yuan. As exportações recuaram 43,1 por cento, para 6,4 mil milhões de yuan.

16 Jul 2018

Taiwan | Xi Jinping diz que reunificação é imparável

O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a reunificação de Taiwan com a China faz parte do “imparável rumo da história”, levando o Governo taiwanês a apelar a este que respeite a vontade popular

 

[dropcap style≠’circle’]X[/dropcap]i reuniu-se com Lien Chan, o antigo vice-Presidente taiwanês, que dirige agora o partido de oposição e pró-Pequim Kuomintang, e a quem reafirmou a sua confiança numa reunificação pacífica.

“Enquanto corrigimos as coordenadas históricas e agarramos com firmeza o leme, o rumo do desenvolvimento pacífico e da reunificação pacífica seguirá vitorioso”, afirmou o líder chinês, citado pela imprensa oficial.

O Governo taiwanês reagiu com um apelo a Xi para que aceite a realidade e respeite a vontade popular da ilha. Taipé vai manter a actual situação pacífica e não deixará de defender a soberania taiwanesa, assegurou Qiu Chui-zheng, porta-voz do Conselho para os Assuntos da China Continental. Qiu afirmou que a China deve reduzir as suas “acções negativas” contra Taiwan, que estão a afectar as relações, e resolver as suas diferenças com Taipé por via da comunicação e sem intimidações.

Ponto de viragem

Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição da Presidente Tsai Ing-wen do Partido Democrático Progressista, pró-independência, em 2016, e só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China.

Lien fez, em 2005, uma histórica visita a Pequim, num período de tensão entre o regime comunista e o governo pró-independência de Chen Shui-bian, e conseguiu vários acordos com o então Presidente chinês, Hu Jintao, que foram implementados após o Kuomintang regressar ao poder, em 2008.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana.

Desde o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), que decorreu em Outubro passado, que as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo taiwanês se intensificaram, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável que a China invada Taiwan.

16 Jul 2018

China | Número de nascimentos diminuiu entre 2016 e 2017

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de nascimentos na China diminuiu 3,2 por cento entre 2016 e 2017, segundo dados divulgados ontem pela Comissão Nacional de Saúde citados pela imprensa estatal. Em 2016, o primeiro após o fim da política do filho único, os números apontavam para 18,46 milhões de nascimentos, com um aumento de 11,5 por cento em relação a 2015.

Agora, em 2017, registou-se o nascimento de 17,58 milhões de bebés, sendo que 51 por cento não eram filhos únicos. O Governo chinês eliminou a política do filho único a 1 de Janeiro de 2016 para combater o envelhecimento demográfico e permitiu que as famílias tivessem dois filhos.

No entanto, apesar do aumento inicial no primeiro ano, a desaceleração em 2017 e os números relativos ao primeiro semestre de 2018 estão a levar as autoridades a ponderar eliminar todos os limites de nascimento, de acordo com notícias publicadas pelos ‘media’ chineses, algo que pode acontecer já este ano.

Após o fim da política do filho único, que foi introduzida em 1979, os nascimentos não aumentaram como o esperado pelas autoridades devido ao alto custo para as famílias com a habitação nas grandes cidades e serviços relacionados com a educação ou a saúde.

16 Jul 2018